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Indicadores econômicos SPC Brasil e CNDL Dados referentes a abril de 2014 SUMÁRIO RELEASE DE IMPRENSA................................................................................................................. 2 ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................... 6 Resumo.............................................................................................................................. 6 Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil................................... 7 Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física............................. 10 Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física............................... 14 METODOLOGIA DOS INDICADORES............................................................................................. 16 INFORMAÇÕES RELEVANTES........................................................................................................ 20 Presidentes Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil) Publicação em maio de 2014

Inadimplência encerra abril com alta recorde de 8,60%

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Indicadores econômicos

SPC Brasil e CNDL

Dados referentes a abril de 2014

SUMÁRIO

RELEASE DE IMPRENSA................................................................................................................. 2

ANÁLISE ECONÔMICA................................................................................................................... 6

Resumo.............................................................................................................................. 6

Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil................................... 7

Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física............................. 10

Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física............................... 14

METODOLOGIA DOS INDICADORES............................................................................................. 16

INFORMAÇÕES RELEVANTES........................................................................................................ 20

Presidentes

Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)

Publicação em maio de 2014

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Inadimplência encerra abril com alta

recorde de 8,60%, aponta SPC Brasil

Para economistas, ciclo de arrochos monetários e o consecutivo encarecimento

do crédito está diminuindo capacidade do consumidor brasileiro de quitar dívidas

Em abril, o número de pessoas inadimplentes registradas no banco de dados do SPC

Brasil apresentou aceleração recorde e avançou 8,60%, em relação ao mesmo mês

do ano passado. Esta é a maior variação anual já registrada em toda a série histórica

do SPC. Considerando todos os bancos de dados aos quais o SPC Brasil tem acesso, os

economistas da empresa estimam que atualmente existam cerca de 53,8 milhões de

consumidores registrados em birôs de crédito de todo o país. Em março, este número

era de 52,5 milhões. Isso significa dizer que, entre março e abril, houve um aumento

líquido de 1,3 milhões de adultos inadimplentes.

Gráfico 1- Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil

Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil,

mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC

Na análise do presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas),

Roque Pellizzaro Junior, a trajetória de consecutivas altas da inadimplência coincide

com o período de apertos monetários, iniciado em abril de 2013 pelo Banco Central, o

que tem impactado negativamente na capacidade de os consumidores quitarem seus

compromissos. “O encarecimento do crédito associado à alta dos preços diminui o

poder de compra do consumidor, que não consegue achar espaço no orçamento para

pagar dívidas”, explica Pellizzaro Junior.

Na comparação mensal, entre abril e março deste ano, o número de inadimplentes

cresceu 2,14%. Para a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, este aumento

mensal foi puxado principalmente pelos “novos devedores”, que começaram a atrasar

dívidas há menos de seis meses. “O aumento de inclusão desses novos inadimplentes

também sugere que o ciclo de alta dos juros e o consecutivo encarecimento dos

empréstimos têm contribuído com o aumento da trajetória da inadimplência dos últimos

meses”, afirmar Luiza.

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Gráfico 2– Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 3–Pessoas Físicas Inadimplentes

Variação mensal por tempo de atraso (abr/14) Participação por faixa de tempo de atraso - %

Fonte: SPC Brasil

Faixa etária dos inadimplentes

Como aconteceu nos meses anteriores, o número de inadimplentes entre março e abril

aumentou em todas as faixas etárias (Gráfico 4). No entanto, os adultos entre 25 e 39

anos são 41,18% dos inadimplentes na base do SPC Brasil (Gráfico ), ao mesmo tempo

que esta faixa etária representa cerca de 35,8% dos adultos brasileiros, segundo

dados do IBGE. “O detalhamento indica que este grupo etário tem maior chance de

ficar inadimplente que qualquer outro, possivelmente por esta fase da vida coincidir

com grandes gastos como a compra de imóveis, carros e gastos com filhos”, explica

Luiza Rodrigues.

Gráfico 4 – Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 5 – Pessoas Físicas Inadimplentes

Variação mensal por idade (abr/14) Participação por idade(abr/14)

Fonte: SPC Brasil

Setor credor

Na comparação anual, a principal contribuição para a alta do número de dívidas veio do

segmento de bancos, seguradoras e planos de saúde (4,83%). O segundo maior

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impacto ficou por conta do avanço do número de dívidas nos setores de telefonia, TV a

cabo e internet (5,78%). Já as dívidas no segmento de água, luz e gás tiveram o

terceiro maior impacto sobre a variação total anual (12,38%). E somente o setor de

serviços de contadores, advogados e arquitetos apresentou ligeira queda (-0,15%).

Baixe o material completo e a série histórica em

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Informações à imprensa:

Guilherme de Almeida

(61) 3213-2030 | (61) 8350 3942

[email protected]

Vinícius Bruno

(11) 3251-2035 | (11) 9-7142-0742 | (11) 9-4161-6181

[email protected]

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ANÁLISE ECONÔMICA

Resumo

Número de pessoas inadimplentes cresce a taxa recorde em abril

Em abril, o número de pessoas inadimplentes mostrou aceleração histórica: na comparação com

abril de 2013, o avanço foi de 8,60%, a maior alta observada desde o início da série. Levando em

consideração todos os CPFs registrados como inadimplentes nas bases a que o SPC Brasil tem acesso,

além de uma amostra estatisticamente significante de outros serviços de proteção ao crédito, o SPC

Brasil estima que, ao final de abril de 2014, existiam pelo menos 53,8 milhões de CPFs de adultos vivos

registrados em serviços de proteção ao crédito no Brasil1. Assim, considerando a estimativa feita para

março pelo SPC Brasil (52,5 milhões de inadimplentes), pode-se dizer que, entre o final de março e o

final de abril de 2014, ocorreu ingresso líquido de 1,3 milhões de adultos em serviços de proteção ao

crédito.

Esse ingresso também se refletiu na base do SPC Brasil na formade uma alta expressiva do

número de “novos inadimplentes”: o avanço mensal foi primordialmente puxado pelos devedores que

começaram a atrasar dívidas há menos de seis meses. O resultado sugere que o ciclo de aperto

monetário, iniciado em abril de 2013, tem influenciado negativamente a capacidade de pagamento das

dívidas. Tal fato reforça que a trajetória da inadimplência nos últimos meses tem sido fortemente

influenciada pela desaceleração da atividade econômica2, impactada pela alta dos juros3, elevação da

inflação4e crescimento moderado da massa salarial5.

A abertura das dívidas em atraso por setor credor revela forte contribuição do setor de bancos,

seguradoras e planos de saúde (as dívidas contra esse setor cresceram 4,83%) para a alta total de 4,93%

em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. É ainda relevante destacar as fortes

contribuições dos segmentos de telefonia, TV a cabo e internet e de água, luz e gás.

Finalmente, o número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente atingiu 2,018

dívidas, resultado ligeiramente menor do que o registrado no mês anterior (2,032), dando continuidade

à tendência de queda do número médio de dívidas por inadimplente. Essa tendência tem sido verificada

mesmo entre os mais jovens, que tradicionalmente tem maior número médio de dívidas.

1É importante notar que esse dado não inclui apenas a base do SPC Brasil, mas uma estimativa de todos os serviços de proteção ao crédito existentes no país. Por favor, veja a seção “Metodologia” para entender como essa estimativa foi feita e quais são suas premissas. 2No último relatório Focus, no qual o Banco Central do Brasil apresenta as principais expectativas do mercado, o crescimento do PIB esperado para 2014 foi revisado novamente para baixo, caindo para 1,63% a.a. 3 No dia 02/04, o Banco Central do Brasil anunciou novo aumento da taxa Selic, que passou a 11,00% ao ano. O aumento correspondeu à nona alta consecutiva. O processo de aumento foi iniciado em abril de 2013 4De acordo com o IBGE, o IPCA de março subiu 0,92% frente a fevereiro, acima da mediana das expectativas de mercado. O resultado em 12 meses foi de 6,15%, acima do centro da meta de inflação. 5Segundo o Banco Central do Brasil, a massa salarial ampliada disponível, em termos reais, cresceu 3,0% em fevereiro, considerando a variação acumulada nos últimos 12 meses. A massa salarial ampliada disponível é obtida pelo Banco Central do Brasil através da soma de todos os salários e rendimentos, líquidos de imposto de renda, somados a benefícios de proteção social (como bolsa família) e benefícios previdenciários. Os dados foram corrigidos pela inflação (medida pelo IPCA) pelo SPC Brasil. Esse indicador mede, portanto, o poder de compra da população.

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Indicador 1: Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil

Alta de 2,14% no número de inadimplentes em abril, concentrada em adultos de 30 a 39 anos

O número de pessoas físicas inadimplentes registradas na base de dados do SPC Brasil cresceu2,14% em abril

de 2014 em relação a março. O resultado correspondeu a maior alta da série histórica para os meses de abril.

Na comparação com o mesmo período de 2013, o indicador cresceu 8,60% (Gráfico 6), maior alta da série

histórica.

Gráfico 6- Pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

Fonte: SPC Brasil. Os dados não refletem apenas o aumento do número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil, mas também o aumento do registro das pessoas inadimplentes nas bases de dados do SPC Brasil.

Faixa de tempo de atraso do devedor

O aumento de 2,14% no número de inadimplentes em abril foi puxado por “novos” inadimplentes, ou seja,

pessoas que começaram a atrasar dívidas há menos de seis meses (Gráfico 7).

O resultado sugereque as dificuldades de pagamento de dívidas aumentaram após o início do ciclo de aperto

monetário, em abril de 2013. Mesmo com essa alta, entretanto, o número de inadimplentes há mais de dois

anos (por causa de uma ou mais dívidas) ainda representa a maior parte dos inadimplentes na base do SPC

Brasil (Gráfico 8).

Gráfico 7– Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 8–Pessoas Físicas Inadimplentes Variação mensal por tempo de atraso (abr/14) Participação por faixa de tempo de atraso - %

Fonte: SPC Brasil.

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Faixa Etária das pessoas físicas inadimplentes6

O número de inadimplentes aumentou em todas as faixas etárias em abril, na comparação com março

(Gráfico 9). Como vem ocorrendo nos últimos meses, a alta foi mais expressiva entre os consumidores com

mais de 30 anos. O fenômeno reflete o próprio envelhecimento da população brasileira7, mas também a

queda da participação dos jovens no mercado de trabalho, o que tende a diminuir seu acesso ao crédito8.

Os adultos entre 25 e 39 anos representaram em abril 41,17% dos inadimplentes na base do SPC Brasil

(Gráfico ), mas representam cerca de 35,8% dos adultos9. Os resultadossugerem que este grupo etário tem

maior chance de ficar inadimplente que qualquer outro, possivelmente por esta fase da vida coincidir com

grandes gastos (com compra de imóvel, automóvel, filhos pequenos etc).

Gráfico 9– Pessoas Físicas Inadimplentes Gráfico 10–Pessoas Físicas Inadimplentes Variação mensal por idade (abr/14) Participação por idade(abr/14)

Fonte: SPC Brasil.

6As idades comentadasneste texto são as que estão entre 18 e 94 anos. A base do SPC inclui algumas dívidas em atraso detidas por menores de 18 anos e maiores de 95 anos, mas elas não são incluídas nos comentários por conterem, historicamente, alto índice de fraudes (por exemplo, dívidas contraídas em nome de pessoa já falecida). Essas duas faixas etárias representam, juntas, apenas 0,249% do total das pessoas inadimplentes. Para detalhes sobre a evolução dessas duas faixas, consulte a base de dados em Excel® em www.spcbrasil.org.br/imprensa. 7 Segundo as projeções do IBGE, entre 2013 e 2014 a população entre 18 e 29 anos cairá 0,52%, enquanto a população com idade maior ou igual a 50 anos crescerá 3,56%. Fonte: IBGE, Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060. 8 Segundo o IBGE, o percentual de jovens de 18 a 24 anos que estão efetivamente trabalhando caiu de 58,6% para 56,4% entre março de 2013 e março de 2014. Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. O dado refere-se apenas a regiões metropolitanas e inclui o emprego formal e o emprego informal. 9 Fonte: IBGE, Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060.

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Tabela 1 – Resumo da evolução do número de pessoas físicas inadimplentes na base do SPC Brasil

abr/13 mar/14 abr/14 abr/13 mar/14 abr/14 abr/13 abr/14

0,25% 1,31% 2,14% 3,68% 6,58% 8,60% 100,00% 100,00%

18 a 24 anos 0,79% 0,86% 1,58% 0,35% -1,16% -0,39% 11,97% 10,98%

25 a 29 anos 0,46% 1,21% 2,04% 0,74% 4,82% 6,46% 14,46% 14,18%

30 a 39 anos 0,27% 1,22% 2,08% 3,25% 6,01% 7,93% 27,16% 27,00%

40 a 49 anos -0,06% 1,13% 2,06% 2,98% 5,36% 7,61% 19,55% 19,38%

50 a 64 anos -0,07% 1,28% 2,09% 5,79% 7,43% 9,76% 16,68% 16,86%

65 a 84 anos -0,17% 1,26% 1,86% 8,17% 9,11% 11,33% 7,22% 7,40%

Até 90 dias -6,00% 3,14% 7,17% -6,47% 22,67% 39,86% 7,79% 10,03%

91 a 180 dias 6,60% 8,81% 14,77% 5,76% 13,86% 22,59% 7,17% 8,09%

181 a 360 dias -0,48% 2,76% 0,09% 1,30% 2,52% 3,10% 11,44% 10,86%

361 dias a 2 anos 0,86% -0,65% 0,87% 11,27% 0,57% 0,57% 21,14% 19,58%

2 a 3 anos 1,79% 0,01% 0,23% 12,04% 16,84% 15,05% 16,92% 17,92%

3 a 5 anos -0,35% 0,73% 0,50% -1,13% 1,54% 2,40% 35,54% 33,51%

Por tempo de

Inadimplência

Variação mensal Variação anual

Participação no

total de pessoas

inadimplentes

Total

Por faixa etária na

data da extração

Fonte: SPC Brasil. Um mesmo CPF é contado neste indicador apenas uma vez, mesmo que tenha mais de uma dívida em atraso.

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Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil – Pessoa Física

Alta de 1,41% do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil

Em abril de 2014, o número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil cresceu 1,41% em relação a março

(Gráfico 11). O resultado correspondeu ao maior avanço já observado para os meses de abril desde o início

da série histórica. Na comparação com o mesmo mês de 2013, o crescimento foi de 4,93%, a alta mais

acentuada dos últimos 16 meses (Gráfico 12).

Gráfico 11– Dívidas em Atraso PF Gráfico 12– Dívidas em Atraso PF Variação mensal (abr/14) Variação anual (abr/14)

Fonte: SPC Brasil. O dado não reflete apenas o número de dívidas em atraso no Brasil, mas também o aumento do registro dasdívidas registradas nas bases de dados a que o SPC tem acesso.

Faixa de tempo de atraso

Em relação ao mês imediatamente anterior, houve alta expressiva (8,64%) do número de dívidas de 91 a 180

dias, sugerindo que as dívidas antes em atraso há até 90 dias, as quais mostraram crescimento intenso no

mês anterior, continuaram não sendo pagas (Gráfico 13). O aumento dessas dívidas pode estar parcialmente

relacionado ainda aos gastos de inícios de ano. A partir de maio, essa tendência tende a se reverter.

Gráfico 13– Quantidade de dívidas em atraso por faixa de tempo de atraso Variação em março de 2014, em relação a fevereiro de 2014

Fonte: SPC Brasil.

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Comparativamente a abril de 2013, destacou-se o crescimento surpreendente de 16,86% das dívidas

vencidas há menos de 90 dias (Gráfico 14). O avanço das dívidas com essa faixa de tempo de atraso foi o mais

acentuado desde outubro de 2012. Esse resultado sugere que a explicação para o crescimento do total de

dívidas não se limita a fatores sazonais.

Gráfico 14– Quantidade de dívidas em atraso por faixa de tempo de atraso Variação Anual (abr/14)

Fonte: SPC Brasil.

Faixa etária dos detentores das dívidas em atraso

A trajetória das dívidas por faixa etária em abril, em relação ao mesmo período do ano anterior, seguiu a

mesma tendência observada no mês passado. Houve avanço das dívidas em todas as idades consideradas

(Gráfico 15), com exceção da faixa de 18 a 24 anos (-0,73%).

Gráfico 15– Dívidas em atraso – Pessoa Física, por faixa etária do detentor da dívida Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - %

As dívidas entre os mais jovens mostrou queda de participação com relação ao total das dívidas, enquanto

aqueles entre 50 a 84 aumentaram novamente sua participação sobre esse mesmo total (Gráfico 16).O

resultado está relacionado a fatores demográficos como o envelhecimento da população e menor

participação dos jovens no mercado de trabalho.

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Gráfico 16– Dívidas em atraso – Pessoa Física

Participação por faixa etária do devedor

Fonte: SPC Brasil.

Setor credor

Na comparação mensal, o aumento da quantidade de dívidas em atraso foi generalizado entre os setores

(Gráfico 17). A elevação foi puxada por uma alta expressiva no setor de bancos, seguradoras e planos de

saúde (1,60%). O segundo maior impacto nessa comparação veio da alta (4,15%) do número de dívidas de

água, luz e esgoto e gás.

Gráfico 17– Dívidas em atraso PF Gráfico 18– Dívidas em atraso PF Variação mensal por setor credor (mar/14) Participação por setor credor em mar/14

Fonte: SPC Brasil. O nome do setor credor é uma simplificação da classificação CNAE. Para mais detalhes, veja a seção de metodologia. Na comparação anual, apenas o setor de serviços de contadores, advogados, arquitetosetc apresentou ligeira

queda (Gráfico 19). A principal contribuição para a alta do número de dívidas veio novamente do segmento

de bancos, seguradoras e planos de saúde (as dívidas contra este setor aumentaram 4,83%). O segundo

maior impacto ficou por conta do avanço de 5,78% do número de dívidas cujos credores são os setores de

telefonia, TV a cabo e internet. Finalmente, é importante apontar para o crescimento expressivo das dívidas

no segmento de água, luz e gás (12,38%), as quais tiveram o terceiro maior impacto sobre a variação total

anual.

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Gráfico 19– Dívidas em atraso , com abertura por setor credor (de acordo com a seção CNAE) Variação com relação ao mesmo mês do ano anterior - %

Fonte: SPC Brasil.

Tabela 2 – Evolução do número de dívidas em atraso na base do SPC Brasil

abr/13 mar/14 abr/14 abr/13 mar/14 abr/14 abr/13 abr/14

0,33% 0,75% 1,41% 2,48% 3,81% 4,93% 100,00% 100,00%

Até 90 dias -4,93% 6,29% 5,75% -5,76% 5,06% 16,86% 8,30% 9,24%

91 a 180 dias 7,25% 1,68% 8,64% 4,20% 2,94% 4,27% 8,01% 7,96%

181 a 360 dias -1,00% 1,29% -1,13% 0,87% -0,82% -0,96% 13,35% 12,60%

361 dias a 3 anos 1,50% -0,75% 0,43% 12,24% 9,46% 8,32% 40,96% 42,28%

3 a 5 anos -0,86% 0,92% 0,79% -6,31% -1,93% -0,30% 29,38% 27,92%

18 a 24 anos 1,16% -0,16% 0,65% 2,19% -0,23% -0,73% 12,52% 11,84%

25 a 29 anos 0,58% 0,42% 1,37% 0,14% 2,69% 3,49% 15,13% 14,92%

30 a 39 anos 0,32% 0,62% 1,38% 2,20% 3,09% 4,18% 29,15% 28,95%

40 a 49 anos -0,04% 0,82% 1,39% 1,60% 2,50% 3,97% 20,04% 19,86%

50 a 64 anos -0,05% 1,11% 1,47% 3,93% 4,54% 6,13% 15,48% 15,66%

65 a 84 anos -0,08% 1,30% 1,46% 6,75% 7,92% 9,58% 5,72% 5,97%

Água, luz, esgoto e gás (D e E) -5,59% -0,48% 4,15% 18,88% 1,87% 12,38% 6,37% 6,82%

Comércio (G) 0,57% 1,33% 0,81% -1,74% 2,30% 2,54% 21,30% 20,82%

Telefonia, TV a cabo e internet (I) 0,55% 1,48% 0,68% 12,42% 5,64% 5,78% 13,85% 13,96%

Bancos, seguradoras e planos de saúde (K) 0,99% 0,51% 1,60% 0,60% 4,19% 4,83% 45,22% 45,17%

Contador, advogado,arquiteto etc (M e N) -1,33% 0,96% 0,35% -2,09% -1,82% -0,15% 5,07% 4,83%

Outros 1,69% 0,24% 1,56% 1,15% 7,73% 7,60% 8,19% 8,40%

Por setor da

empresa

credora

(Seções CNAE)

Variação mensal Variação anualParticipação no

total de dívidas

Total

Por tempo de

atraso

Por faixa etária

na data da

extração

Fonte: SPC Brasil.

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Indicador 3: Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente

Número médio de dívidas em atraso por inadimplente continua em queda

Em abril de 2014, o número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente atingiu 2,018 dívidas,

resultado um pouco menor do que o registrado no mês anterior (2,032 dívidas). A redução é uma

continuação da tendência de longo prazo de queda do número médio de dívidas por inadimplente (Gráfico

20), e ocorre até mesmo em faixas etárias com tradicionalmente maior número médio de dívidas, como os

mais jovens.

A queda do número médio de dívidas por pessoa inadimplente, em especial nos últimos cinco meses, reflete

em parte o maior aperto na concessão de crédito: diante das perspectivas de crescimento econômico menos

favoráveis, as empresas estão menos dispostas a conceder crédito a pessoas já inadimplentes, o que

lentamente leva à queda do número médio de dívidas por inadimplente na base do SPC Brasil.

Fonte: SPC Brasil

Faixa etária dos detentores das dívidas em atraso

Tanto na comparação mensal quanto na comparação anual, todas as faixas etárias mostraram queda (Gráfico

21). O recuo foi mais expressivo na faixa etária de 30 a 39 anos, justamente a faixa que concentra o maior

número de dívidas e o maior número de inadimplentes. O menor número pertence à faixa de 50 a 84 anos

(1,799), provavelmente porque a maior parte das pessoas dessa faixa etária tem acesso a crédito consignado, o

que limita a inadimplência.

Gráfico 20- Número médio de dívidas por tempo de atraso Número de dívidas em atraso dividido pelo número de inadimplentes

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Gráfico 21- Número médio de dívidas por faixa etária

Número de dívidas em atraso dividido pelo número de inadimplentes

Fonte: SPC Brasil.

Tabela 3 – Número médio de dívidas em atraso por pessoa física inadimplente na base do SPC Brasil

abr/10 abr/11 abr/12 abr/13 mar/14 abr/14

2,142 2,124 2,113 2,089 2,032 2,018

18 a 24 anos 2,106 2,107 2,144 2,184 2,196 2,176

25 a 29 anos 2,221 2,199 2,197 2,184 2,137 2,123

30 a 39 anos 2,289 2,276 2,265 2,242 2,179 2,164

40 a 49 anos 2,200 2,187 2,170 2,141 2,082 2,068

50 a 64 anos 2,004 1,987 1,973 1,938 1,886 1,874

65 a 84 anos 1,676 1,668 1,677 1,655 1,636 1,629

Quantidade de dívidas em atraso/ Número de inadimplentes

Total

Faixa

etária

Fonte: SPC Brasil.

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METODOLOGIA DOS INDICADORES

Os indicadores de inadimplência apresentados neste material sumarizam todas as informações disponíveis

nas bases de dados a que o SPC Brasil tem acesso (simplificadamente chamados de "Bases de dados do SPC

Brasil"). A abrangência dos dados é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados

da federação, além do Distrito Federal.

Quando um consumidor deixa de pagar um título, seja ele uma fatura de cartão de crédito, uma conta de

água ou um boleto de uma compra parcelada em uma loja, a empresa associada ao SPC Brasil pode (mas não

é obrigada a) registrar essa inadimplência junto ao SPC Brasil. Em geral, as empresas credoras costumam

registrar a inadimplência depois de verificar que o pagamento não ocorre mesmo após 30 dias após o

vencimento. Entretanto, não há regra, e o registro pode ocorrer no dia seguinte ao vencimento ou mais de

um ano após o vencimento.

O consumidor é informado via correspondência sobre o registro e poderá, a qualquer momento, pagar a

dívida ou renegociá-la. Em ambos os casos, o registro referente àquela pendência será retirado da base do

SPC Brasil, mas o consumidor ainda pode constar como inadimplente (“negativado”) se tiver outras

pendências.

Para todos os indicadores abaixo, o SPC Brasil considera que uma dívida é a relação de um credor com um

devedor, mesmo que esse credor tenha registrado várias pendências desse devedor junto ao SPC Brasil.

Assim, se o consumidor deixa de pagar quatro parcelas de uma mesma compra e tem por isso quatro

registros no SPC Brasil, os indicadores abaixo assumem que esse consumidor tem apenas uma dívida, já que

os registros foram, todos, feitos pela mesma empresa credora associada (mesmo CNPJ).

Cada pessoa física inadimplente é classificada, mensalmente, de acordo com sua idade no último dia do mês

de referência (data de extração dos dados que embasam os indicadores do SPC Brasil). Por exemplo, suponha

que o consumidor inadimplente João tinha 24 anos em fevereiro e completa 25 anos no começo de março.

Tudo o mais constante, a faixa etária “18 a 24 anos” mostrará queda do número de inadimplentes entre

fevereiro e março, enquanto a faixa “25 a 29 anos” mostrará alta.

Para cerca de 4% dos CPFs, o SPC Brasil não tem informação sobre a data de nascimento. No futuro, se um

cliente do SPC Brasil cadastrar essa informação na base de dados, as séries históricas com abertura por faixa

etária podem sofrer revisões. Nesse caso, a categoria “faixa etária ignorada” sofrerá redução e a faixa etária

correspondente sofrerá aumento do número de CPFs. Esse processo visa aumentar continuamente a acurácia

da informação.

As séries históricas relativas aos dados comentados nesse texto estão disponíveis para download em

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.

Indicador 1: Pessoas físicas Inadimplentes na base de dados do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês do número de pessoas físicas registradas na base do SPC Brasil.

Cada pessoa física inadimplente é contada apenas uma vez, independente do número de dívidas que tenha

em atraso.

Exemplo: na tabela abaixo, duas pessoas físicas, João e Pedro, intercalam meses em que aparecem

inadimplentes na base do SPC Brasil. Pode-se classificar João e Pedro, mês a mês, da seguinte forma:

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jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

João Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente

Pedro Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente

Número de pessoas físicas

inadimplentes2 2 1 1 2 2

Indicador "pessoas inadimplentes

PF" - variação mensal ------ 0% -50% 0% 100% 0%

É importante notar que a variação no número de pessoas inadimplentes registradas na base do SPC Brasil

não representa, exatamente, o número de pessoas inadimplentes no Brasil, por três motivos.

A base de dados do SPC Brasil é a que tem a maior capilaridade nacional, mas existem outros

serviços de proteção ao crédito, cujos dados não são considerados para este indicador.

Há empresas que, eventualmente ou sempre, decidem não registrar o atraso de seus

clientes. Isso pode ocorrer, por exemplo, porque o cliente tem uma relação de longa data

com a empresa.

Há empresas que só registram o atraso de seus clientes muito tempo após o vencimento da

fatura, possivelmente após esgotarem todas as tentativas de negociação. Por isso, pode

ocorrer que a inadimplência tenha aumentado em janeiro mas o aumento do número de

devedores só ocorra em março na base do SPC Brasil.

As pessoas físicas inadimplentes são classificadas de acordo com:

Sua faixa etária no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que embasam os

indicadores do SPC Brasil).

Sua faixa de tempo de atraso, que é igual ao atraso da dívida em atraso mais antiga registrada no

SPC. Por exemplo, suponha que

o A empresa B registre o consumidor João em janeiro de 2013 por dívida vencida em

dezembro. Ao final de janeiro, a dívida estará atrasada 40 dias. Se a dívida não for paga em

fevereiro, ao final de fevereiro ela estará atrasada 68 dias (=40+28 dias de fevereiro).

o A empresa A registre o consumidor João em fevereiro de 2013, por dívida vencida há

bastante tempo (seis meses antes). Tentou negociar com o consumidor, mas não conseguiu,

e por isso decidiu registrar a inadimplência. Ao fim de fevereiro, a dívida estava atrasada 181

dias.

jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

Credor A Adimplente 181 dias Adimplente Adimplente Adimplente 20 dias

Credor B 40 dias 68 dias 99 dias Adimplente Adimplente 25 dias

Credor C Adimplente Adimplente Adimplente Adimplente 361 dias Adimplente

40 dias 181 dias 99 dias -------- 361 dias 25 dias

De 31 a 60 diasDe 181 a 360

dias

De 91 a 180

diasNenhuma

De 361 dias a 2

anos De 14 a 30 dias

Vencimento mais antigo

Credor

Dias em atraso (intervalo entre data de vencimento e o último dia do mês de referência)

Faixa de tempo de atraso

Indicador 2: Dívidas em atraso na base do SPC Brasil Este indicador mostra a variação mês a mês da quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas.

Exemplo: Os credores A, B e C são as empresas para quem João e Pedro, as duas pessoas físicas do exemplo

do indicador 1,devem. Os credores podem ser lojistas, empresas de serviços, como telefonia, energia,

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fornecimento de água, etc. A soma das dívidas de todos os devedores resulta na quantidade total de dívidas

da base do SPC Brasil.

Devedor Credor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

credor A Inadimplente Inadimplente

credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente Inadimplente

credor C Inadimplente

Total de dívidas em atraso 1 2 1 - 1 2

credor A Inadimplente Inadimplente Inadimplente

credor B Inadimplente Inadimplente Inadimplente

credor C Inadimplente Inadimplente

Total de dívidas em atraso 1 2 - 3 1 1

2 4 1 3 2 3

-------- 100% -75% 200% -33% 50%

João

Pedro

Quantidade de dívidas em atraso

(João + Pedro)

Indicador "Dívidas em atraso PF" -

variação mensal

As dívidas em atraso sãoclassificadas de acordo com:

A faixa etária do devedor no último dia do mês de referência (data de extração dos dados que

embasam os indicadores do SPC Brasil).

A faixa de atraso da dívida, que é igual a diferença entre a data de vencimento e o último dia do mês

de referência.

o Por exemplo, se a dívida venceu em 1º de março, o resultado de março, extraído no dia 31,

informará que essa dívida está vencida há 30 dias.

Setor credor, identificado de acordo com a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).

As empresas credoras foram classificadas pelas seções CNAE (identificadas por letras), conforme

tabela abaixo.

Descrição da seção CNAE Classificação utilizada para os gráficos deste texto

A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Outros

B indústrias extrativas Outros

C indústrias de transformação Outros

D eletricidade e gás Água, luz, esgoto e gás (D e E)

E água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Água, luz, esgoto e gás (D e E)

F construção Outros

G comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio (G)

H transporte, armazenagem e correio Outros

I alojamento e alimentação Outros

J informação e comunicação Telefonia, TV a cabo e internet (I)

K atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Bancos, seguradoras e planos de saúde (K)

L atividades imobiliárias Outros

M atividades profissionais, científicas e técnicas Contador, advogado,arquiteto etc (M e N)

N atividades administrativas e serviços complementares Contador, advogado,arquiteto etc (M e N)

O administração pública, defesa e seguridade social Outros

P educação Outros

Q saúde humana e serviços sociais Outros

R artes, cultura, esporte e recreação Outros

S outras atividades de serviços Outros

T serviços domésticos Outros

U organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Outros

Indicador 3:Número médio de dívidas em atraso de pessoas físicas Este indicador mostra onúmero médio de dívidas em atraso, calculado através da divisão da

quantidade total de dívidas em atraso de pessoas físicas pela quantidade total de pessoas físicas

inadimplentes no mês de referência.

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Exemplo: ainda usando o exemplo inicial e dividindo-se o total de dívidas em atraso pela quantidade

de pessoas inadimplentes, mês a mês, tem-se que o número médio de dívidas mensalmente.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

2 4 1 3 2 3

2 2 1 1 2 2

1,000 2,000 1,000 3,000 1,000 1,500

Quantidade de dívidas em atraso

Quantidade de pessoas físicas

inadiplentes

Numero médio de dívidas em atraso

por pessoa inadimplente

As pessoas inadimplentes e as dívidas são classificadas de acordo com a faixa etária do inadimplente, de

maneira a permitir uma abertura desse indicador por faixa etária.

Indicador 4:Estimativa mensal do número de inadimplentes no Brasil O que mostra: estimativa mensal do número de pessoas físicas com dívidas em atraso no país

A estimativa parte da base de dados do SPC Brasil. Em seguida, toma-se uma amostra aleatória de 600 CPFs

regulares de pessoas de 18 a 90 anos, inadimplentes ou não. Esses CPFs são consultados no SPC Brasil e em

outros serviços de proteção ao crédito. Com isso, verifica-se a proporção de inadimplentes em pelo menos

uma das bases. Esseresultado é aplicadosobre o número de adultos na população brasileira em 2014

(projeção do IBGE).

Como não há informação pública e consolidada sobre quais CPFs pertencem a pessoas já falecidas, aplicou-se

um redutor de CPFs, com base na expectativa de mortalidade e nas informações do DataSUS.

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INFORMAÇÕES RELEVANTES Este material foi elaborado e publicado pelo SPC Brasil e tem como único objetivo prover informações sobre os indicadores econômicos produzidos pela Organização. Todos os dados desta publicação foram apurados criteriosamente por profissionais qualificados, a partir de fontes públicas e privadas, não tendo o SPC Brasil qualquer gerência e/ou responsabilidade sobre tais informações. O conteúdo deste documento, eventualmente, poderá apresentar opiniões e análises realizadas pelos profissionais responsáveis no momento da divulgação e poderá estar sujeito a alterações, a qualquer momento, sem aviso prévio. Os dados apresentados neste material poderão representar projeções de variáveis econômicas, elaboradas criteriosamente a partir de dados disponíveis no momento de sua elaboração, tendo em vista o cenário econômico atual macroeconômico. O SPC Brasil não se responsabiliza por eventuais alterações em suas projeções, análises e/ou por desvios de suas projeções em relação às fontes consultadas. Todos os dados apresentados nesse relatório têm caráter meramente informativo, sendo que o SPC Brasil não concede nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, pela utilização dos mesmos para fins de avaliação ou tomada de decisão por seu consulente. Desta forma, o SPC Brasil não se responsabiliza por nenhuma consequência ou perda, patrimonial ou extrapatrimonial, decorrentes do uso de quaisquer dados ou análises desta publicação, sendo isento de todas as responsabilidades decorrentes do uso deste material. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, sob as penas da lei, exceto com autorização prévia e expressa do SPC Brasil ou com a citação integral da fonte. Sobre a CNDL Fundada em 1960, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), é a mais antiga entidade representativa do comércio lojista. Reunindo as federações (representação local nos Estados) e câmaras de dirigentes lojistas (representação local nos municípios), a instituição tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Sobre o SPC Brasil O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) é o sistema de informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), constituindo-se no maior banco de dados da América Latina em informações creditícias sobre pessoas físicas e jurídicas. A capilaridade alcançada pelo SPC Brasil é a mais representativa do setor. Sua base de dados reúne informações de todos os segmentos da economia nas 27 unidades da Federação. O SPC Brasil reúne informações creditícias de praticamente todos os CPFs do Brasil, estejam eles em situação de inadimplência ou não. Os serviços e soluções oferecidos pelo SPC Brasil auxiliam empresas a proteger-se de prejuízos, maximizar seus lucros e a promover ações de vendas e recuperação de crédito, incluindo prospecção de negócios e gestão de carteira.