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2a geração - modenista poesia

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Nazifascismo

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Segunda Guerra Mundial (1939-1945)

Estado Novo (1937-1945)

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Intentona comunista (1935)

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Combate ao socialismo

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PoesiaA poesia nessa época vivia um de seusmelhores momentos.Tratava de um período de maturidade ealargamento das conquistas dos modernistasda primeira geração.Nessa geração os poetas sentiam-se àvontade tanto para criar um poema comversos livres quanto para fazer um soneto.

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Principais Poetas Carlos Drummond de Andrade;

Murilo Mendes;

Cecília Meireles;

Vinícius de Moraes;

Jorge de Lima.

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A 1ª fase (a fase gauche) tem como características o pessimismo, o isolamento, o individualismo e a reflexão existencial. Nota-se nesta fase um desencanto em relação ao mundo.Obras “Alguma Poesia” (1930) ;“Brejo das Almas” (1934); Características dessas obras: ironia, o humor e a linguagem coloquial.

A 2ª fase, chamada fase social, é marcada pela vontade do poeta de participar e tentar transformar o mundo, o pessimismo e o isolamento da 1ª fase é posto de lado. O poeta se solidariza com os problemas do mundo.Obras “Sentimento do mundo” (1940);“José” (1942);“Rosa do Povo” (1945)

A 3ª fase pode ser dividida em 2 momentos: poesia filosófica e poesia nominal.

Poesia Filosófica: textos que refletem sobre vários temas de preocupação universal como a vida e a morte.Obras“Fazendeiro do ar” (1955);“Vida passada a limpo” (1959)

Poesia Nominal: repletas de neologismos e aliterações.Obras“Lição de coisas” (1962)

A fase final (o tempo das memórias)Como o próprio nome já diz, as obras destafase (década de 70 e 80), são cheias derecordações do poeta. Os temasinfância e família são retomados eaprofundados além dos temas universais jádiscutidos anteriormente.Obras“Boitempo”; “Boitempo III”;“As impurezas do branco”;“Amor Amores”

Conto: “Contos de Aprendiz”Crônica: “Passeios na Ilha”, “Cadeira de balanço”, “Os dias lindos”.

João amava Teresa que amava Raimundoque amava Maria que amava Joaquim queamava Lili que não amava ninguém.João foi para os Estados Unidos, Teresapara o convento,Raimundo morreu dedesastre, Maria ficou para tia,Joaquimsuicidou-se e Lili casou com J. PintoFernandes que não tinha entrado nahistória

Quadrilha (1954)

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Amor – pois que é palavra essencialAmor – pois que é palavra essencialcomece esta canção e toda a envolva.Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,reúna alma e desejo, membro e vulva.Quem ousará dizer que ele é só alma?Quem não sente no corpo a alma expandir-seaté desabrochar em puro gritode orgasmo, num instante de infinito?O corpo noutro corpo entrelaçado,fundido, dissolvido, volta à origemdos seres, que Platão viu completados:é um, perfeito em dois; são dois em um.Integração na cama ou já no cosmo?Onde termina o quarto e chega aos astros?Que força em nossos flancos nos transportaa essa extrema região, etérea, eterna?Ao delicioso toque do clitóris, já tudo se transforma, num relâmpago.Em pequenino ponto desse corpo,a fonte, o fogo, o mel se concentraramVai a penetração rompendo nuvense devassando sóis tão fulgurantesque nunca que a vista humana os suportara,mas, varado de luz, o coito segue.E prossegue e se espraia de tal sorte que, além de nós, além da própria vida,como ativa abstração que se faz carne,a idéia de gozar está gozando (...)

CuriosidadeApós a sua morte descobriu-se um conjuntode poemas eróticos que ele mantinha emsegredo intitulado “O amor natural” (1992).

E agora, josé?A festa acabou,A luz apagou,O povo sumiu,A noite esfriou,E agora, josé?E agora, você?Você que é sem nome,Que zomba dos outros,Você que faz versos,Que ama, protesta?E agora, josé?

Está sem mulher,Está sem carinho,Está sem discurso,Já não pode beber,Já não pode fumar,Cuspir já não pode,A noite esfriou,O dia não veio,O bonde não veio,O riso não veioNão veio a utopiaE tudo acabouE tudo fugiuE tudo mofou,E agora, josé?

Sua doce palavra,Seu instante de febre,Sua gula e jejum,Sua biblioteca,Sua lavra de ouro,Seu terno de vidro,Sua incoerência,Seu ódio - e agora?

Com a chave na mãoQuer abrir a porta,Não existe porta;Quer morrer no mar,Mas o mar secou;Quer ir para minas,Minas não há mais.José, e agora?

Se você gritasse,Se você gemesse,Se você tocasseA valsa vienense,Se você dormisse,Se você cansasse,Se você morresse...Mas você não morre,Você é duro, josé!

Sozinho no escuroQual bicho-do-mato,Sem teogonia,Sem parede nuaPara se encostar,Sem cavalo pretoQue fuja a galope,Você marcha, josé!José, para onde?

Você marcha José, José para onde?Marcha José, José para onde?José para onde?Para onde?E agora José?José para onde?E agora José?Para onde?

POEMA DE SETE FACES

Quando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homensque correm atrás de mulheres.A tarde talvez fosse azul,não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:pernas brancas pretas amarelas.Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.Porém meus olhosnão perguntam nada.

O homem atrás do bigodeé sério, simples e forte.Quase não conversa.Tem poucos, raros amigoso homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonastese sabias que eu não era Deusse sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,se eu me chamasse Raimundoseria uma rima, não seria uma solução.Mundo mundo vasto mundo,mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizermas essa luamas esse conhaquebotam a gente comovido como o diabo.

As sem razões do amor (Carlos Drummond de Andrade)

Eu te amo porque te amo.Não precisas ser amante,e nem sempre sabes sê-lo.Eu te amo porque te amo.Amor é estado de graçae com amor não se paga.

Amor é dado de graça,é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.Amor foge a dicionáriose a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amobastante ou demais a mim.Porque amor não se troca,não se conjuga nem se ama.Porque amor é amor a nada,feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,e da morte vencedor,por mais que o matem (e matam)a cada instante de amor.

Em 1930, publicou “Poemas”, seu primeirolivro, sempre negando ser filiado de algummovimento específico, nem mesmo doModernismo, até que em 1934 converteu-seao Catolicismo e, com Jorge de Lima, dedicou-se à poesia religiosa, mística, num movimentode "restauração da poesia em Cristo".

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“Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meupai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridasna família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmotempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte quedocemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno(...)”

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(...) Minha infância de menina sozinha deu-meduas coisas que parecem negativas, e foramsempre positivas para mim: silêncio e solidão.Essa foi sempre a área de minha vida. Áreamágica, onde os caleidoscópios inventaramfabulosos mundos geométricos, onde osrelógios revelaram o segredo do seumecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar.Mais tarde foi nessa área que os livros seabriram, e deixaram sair suas realidades e seussonhos, em combinação tão harmoniosa queaté hoje não compreendo como se possaestabelecer uma separação entre esses doistempos de vida, unidos como os fios de umpano."

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Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face?

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Fruto de longa pesquisa histórica, Romanceiroda Inconfidência é, para muitos, a principalobra de Cecília Meireles. Nesse livro, por meiode uma hábil síntese entre o dramático, oépico e o lírico, há um retrato da sociedade deMinas Gerais do século XVIII, principalmentedos personagens envolvidos na InconfidênciaMineira, abortada pela traição de JoaquimSilvério dos Reis, o que culminou na execuçãode Tiradentes.

Espectro - 1919Criança, meu amor - 1923Nunca mais... - 1923Poema dos Poemas -1923Baladas para El-Rei - 1925O Espírito Vitorioso - 1935Viagem - 1939Vaga Música - 1942Poetas Novos de Portugal - 1944Mar Absoluto - 1945Rute e Alberto - 1945Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948Retrato Natural - 1949Amor em Leonoreta - 195212 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952Romanceiro da Inconfidência -1953Poemas Escritos na Índia - 1953Batuque - 1953Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955

Panorama Folclórico de Açores -1955Canções - 1956Giroflê, Giroflá - 1956Romance de Santa Cecília - 1957A Rosa - 1957Obra Poética -1958Metal Rosicler -1960Solombra -1963Ou Isto ou Aquilo -1964Escolha o Seu Sonho - 1964

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Tarde Em ItapoãVinicius de MoraesUm velho calção de banhoO dia pra vadiarUm mar que não tem tamanhoE um arco-íris no arDepois na praça CaymmiSentir preguiça no corpoE numa esteira de vimeBeber uma água de cocoÉ bomPassar uma tarde em ItapuãAo sol que arde em ItapuãOuvindo o mar de ItapuãFalar de amor em ItapuãEnquanto o mar inauguraUm verde novinho em folhaArgumentar com doçuraCom uma cachaça de rolhaE com o olhar esquecidoNo encontro de céu e marBem devagar ir sentindoA terra toda a rodar

É bomPassar uma tarde em ItapuãAo sol que arde em ItapuãOuvindo o mar de ItapuãFalar de amor em ItapuãDepois sentir o arrepioDo vento que a noite trazE o diz-que-diz-que macioQue brota dos coqueiraisE nos espaços serenosSem ontem nem amanhãDormir nos braços morenosDa lua de Itapuã

Soneto de Fidelidade De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure

Eu sei que vou te amarVinicius de Moraes

Eu sei que vou te amarPor toda a minha vida eu vou te amarEm cada despedida eu vou te amarDesesperadamente, eu sei que vou te amarE cada verso meu seráPra te dizer que eu sei que vou te amarPor toda minha vidaEu sei que vou chorarA cada ausência tua eu vou chorarMas cada volta tua há de apagarO que esta ausência tua me causouEu sei que vou sofrer a eterna desventura de viverA espera de viver ao lado teuPor toda a minha vida

A Rosa de HiroshimaPensem nas criançasMudas telepáticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas cálidasMas oh não se esqueçamDa rosa da rosaDa rosa de HiroximaA rosa hereditáriaA rosa radioativaEstúpida e inválida.A rosa com cirroseA antirrosa atômicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada.

Soneto de separaçãoDe repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distanteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente.

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Até a próxima aula, pessoal!