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Caderno especial do Forum Desafios Para Transito do Amanhã - Parte 4 (31 de julho de 2011)
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CADERNO
ESPECIA
L
DIA
RIO
dePP
EERRNNAAMM
BBUUCCOO
DOMINGORecife, 31 de julho de 2011
EXPEDIENTE: Diretora de redação: Vera Ogando Textos: Tânia Passos Edição: Lydia Barros Edição de fotografia: Heitor Cunha Edição de arte: Christiano Mascaro
encencararamospramosproblemasoblemasda (i)mobilidadeda (i)mobilidade
Olinda e Jaboatão
Onde começa um e termina o outro ? Os dois vizinhos de
(porta)doRecifevivemosextremosdasdiferençasesemelhan-
ças. JaboatãodosGuararapes temcincovezes o território de
Olinda,quaseodobrodapopulaçãoepossuia segundamaior
arrecadaçãodoestado.Masquandose falaemmobilidadeur-
bana, eles comungampraticamentedosmesmosproblemas.
A frota de veículos dos doismunicípios é semelhante e, nes-
secaso,Olinda ficaemdesvantagempelapoucadimensão ter-
ritorial. Ambos superaram amarca dos 100mil veiculos.
Jaboatão tem 21mil carros amais do que Olinda e apenas
13agentesamais.Quantoaonúmerodesemáforos,Olinda fi-
ca na frente com65 equipamentos contra 48 de Jaboatão. E
nenhum dos dois municípios possui equipamentos reduto-
res de velocidade. Faltando apenas três anos para a Copa de
2014, eles têmumenormedesafioacumprir -umdeverdeca-
sa sempre adiado. O tempo é curto paramelhorar as vias ur-
banaseacapacidadeoperacionaldo tráfego.Na4ªediçãodo
FórumDesafiosparaoTrânsitodoAmanhã,umaradiogra-
fiadosdoismunicípiosmaispróximosdacapital pernambu-
cana, carentes de uma política de mobilidade que deve ir
muito além da Copa.
PAULO PAIVA/ESP. DP/D.A PRESS.
Não há como melhorar amobilidade de uma ci-dade se não for levada
em conta a qualidade do trans-porte público. Em Jaboatão dosGuararapes, o sistema que deveriaser complementar é responsávelpor 80% do transporte de passagei-ros na área urbana do município,cerca de 120 mil pessoas por dia.E deixa muito a desejar. Mesmocom a regulamentação do siste-ma, que reduziu o número de veí-culos pela metade, a forma de tra-balhar não mudou em nada emrelação à época dos clandestinos.Em Olinda, o transporte comple-mentar responde por 6,43% dospassageiros transportados por diano município, o que representacerca de 2.400 pessoas. A regula-mentação do sistema em 2002,reduziu de mil kombis para 25microônibus. O complementarpassou a fazer apenas a funçãode alimentar o sistema onde oônibus convencional não chega.
O terminal do Caenga, no bair-ro de Rio Doce, em Olinda, inau-
gurado em 2008, é exclusivamen-te para o complementar. Os pas-sageiros esperam sentandos oufazem fila para entrar no veículo.O cronograma das viagens é defi-nido pelo Grande Recife Consór-cio de Transporte Metropolitano.Somente Olinda e Recife integramatualmente o consórcio. Os passa-geiros admitem que o modeloatual é mais organizado, mas ain-da há críticas. A dona de casa Cris-tina Leite, 37 anos, reclama da de-mora nos intervalos de saída dosveículos e da cobertura do termi-nal. “Sem dúvida é mais organi-zado, mas quando tem chuva devento a gente se molha e às vezesa gente espera mais de 40 minu-tos para sair um carro”, disse.
Em Jaboatão dos Guararapes asparadas não têm cobertura. Ospassageiros esperam em calçadasestreitas e até na rua. É só umaparte do sofrimento. Na AvenidaBarreto de Menezes, uma das prin-cipais vias do centro de Prazeres,os veículos chegam nas paradas atodo instante e os cobradores des-cem para disputar a preferênciados passageiros. O acerto do paga-mento é feito na rua mesmo e,para não perder tempo com o abree fecha das portas, é comum osdeslocamentos de porta aberta.Mas não é só isso. Não há contro-
le para evitar a superlotação e ospassageiros se acomodam do jei-to que podem. A cabeleireira IranMaria dos Santos, 30 anos, recla-ma do excesso de passageiros.“Tem gente que vai quase sentan-do no colo do motorista”.
A gerente de operações de trân-sito de Jaboatão, Lúcia Recena ad-mite que o sistema tem ainda mui-to o que melhorar. “Nós consegui-mos acabar com os clandestinos,mas há ainda um hábito adquiri-
do na forma antiga de se traba-lhar, que ainda não foi superado.O nosso trabalho será de intensi-ficar a fiscalização”, afirmou. Ja-boatão também não está inseri-da no Consórcio Metropolitano eisso significa que o passageiro,que usa o transporte complemen-tar ou as linhas de ônibus muni-cipais não pode fazer parte do Sis-tema Estrutural Integrando (SEI),onde com apenas uma passagemé possível entrar e se deslocar pa-
ra qualquer município da regiãometropolitana. “Eu vim de BoaViagem para Prazeres e tive quepagar duas passagens”, reclamoua dona de casa Daniele da Silva,22 anos. De acordo com o prefei-to Elias Gomes, a previsão é queo município passe a fazer parte doconsórcio ainda este ano. “O sis-tema de bilhetagem eletrônica jáfoi implantado no complemen-tar. Faltam alguns ajustes”, afir-mou o prefeito.
desafios para o trânsito do amanhã
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2 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 31 de julho de 2011especial
saibamais+
EmOlinda, transportecomplementar facilitamobilidade. Jabotãosofre por não integrar oSistema Integrado (SEI)
Transportepúbliconãopodeservilão
Olinda
43,5km2é a área domunicípio
380milhabitantes
108milveículos é a frota registrada até
junho/2011
75agentes de trânsito
65semáforos
50 permissionárioscadastrados no transportecomplementar
7 linhasmunicipais
77 linhas intermunicipais
11 linhas complementares
2.400pessoas são transportadas pordia pelo complementar
37.321pessoas são transportadas pordia pelas linhasmunicipais
358.804pessoas são transportadas pordia pelas linhas intermunicipais
Com quase a mesma frota,Olinda e Jaboatão dos Guarara-pes enfrentam problemas seme-lhantes na operacionalização dotrânsito. A cidade PatrimônioCultural da Humanidade tentaadministrar não apenas sua fro-ta de 108 mil veículos, mas tam-bém o trânsito vindo de outrosmunicípios. Tanto Olinda quan-to Jaboatão são corredores natu-rais para quem se desloca para oslitorais Norte ou Sul. “Olinda re-cebe um número muito maiorde carros do que a sua frota enós temos corredores de tráfegomuito curtos, mas com um fluluf -xos intensos”, explicou o prefei-to Renildo Calheiros.
A municipalização do trânsitoem Olinda ocorreu no ano de2005, sete anos depois de Jaboatão
dos Guararapes. Os dois municií-pios ainda engatinham na ques-tão da operacionalização do trân-sito. Olinda até bem pouco tem-po tinha apenas 29 agentes detrânsito e hoje conta com 75, maso número ainda é insuficiente.Jaboatão tem apenas 88 para umafrota de 129 mil veículos.
De acordo com o prefeito EliasGomes, está sendo elaborado umplano de mobilidade para o mu-nicípio que prevê, entre outrasações, a implantação de uma cen-tral de controle de tráfego e umconcurso público para 200 agen-tes, além da compra de equipa-mentos de monitoramento. “Anossa expectativa é de implantaressas melhorias até o próximoano”, afirmou Elias Gomes.
Em Olinda são 65 semáforos,
implantados há 35 anos. O muni-cípio não dispõe de nenhumalombada eletrônica ou equipa-mentos que flaglagf rem o avanço desinal. Déficit de material huma-no e tecnológico, insufientes pa-ra atendar a demanda do muni-cípio. “Nós vamos licitar uma sé-
rie de ações para melhoria do ge-renciamento de tráfego, inclusi-ve a modernização dos semáfo-ros e a compra de equipamentoseletrônicos para monitorar o trân-sito”, afirmou o secretário exe-cutivo de transporte, controle ur-bano e ambiental, Adriano Max.
Aprendendo a desatar os nós
Na Avenida Barreto deMenezes, em Jaboatão, veículos param a todo instante e cobradores disputam passageiros como os velhos clandestinos
JaboatãodosGuararapes
256km2
é a área domunicípio
645milhabitantes
129milveículos é a frota registrada até
junho de 2011
88agentes de trânsito
48semáforos
400 permissionários dotransporte complementar
12 linhasmunicipais
58 linhas intermunicipais
120milpessoas são transportadas pordia pelo complementar
24milpessoas são transportadas pordia nas linhasmunicipais
246milpessoas são transportadas pordia nas linhas intermunicipais
Fonte: Prefeituras deOlinda e JaboatãodosGuararapes eGrande Recife Consórcio
Passageirospodemesperar sentadosocomplementar noTerminal doCaenga, emOlinda
EmOlinda, semáforosjá contabilizam 35 anos
Sinais sincronizados facilitammobilidade em Piedade
PAULO PAIVA/ESP. DP/D.A PRESS.
MARCELO SOARES/ESP DP/D. A PRESS
MARCELO
SOARES/ESP
DP/D
.APRESS
ALCIONE FERREIRA/DP/D.A PRESS.
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DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 31 de julho de 2011 especial 3
desafios para o trânsito do amanhã
Mapa cicloviário de Olinda
2km de ciclovia na orla (existe
atualmente)
4km de ciclovia na orla da
ampliação da via litorânea ( em
execução)
6km de ciclovia margeando a
futura Via Metropolitana Norte
(projeto)
4km de ciclovia na duplicação
do trecho da 2ª perimetral
(projeto)
2km de ciclovia margeando um
trecho do canal de Bultrins
(projeto)
8km de ciclovia no trecho a ser
recuperado da PE -15 (do estado)
Total
26km de ciclovia para
serem implantados até 2014
Mapa cicloviário previsto
para Jaboatão
3km de ciclovia na orla ( existe
atualmente)
2km para fazer a ligação com a
orla de Recife (projeto)
2km de ciclovia na pista Leste
daAyrton Senna (em execução)
Total
7km de ciclovia para ser
implantado até o fim do ano
saibamais+
Na mobilidade urbana, pe-destre e ciclista não po-dem ser esquecidos.
Quanto mais existir a opção dosdeslocamentos não motorizados,menos carros haverá nas vias. Osmunicípios de Olinda e Jaboatãodos Guararapes não são os únicosa deixar essa premissa em últimoplano. As duas cidades dispõem deciclovias, ambas na orla. Olindatem dois quilômetros de cicloviano Bairro Novo e terá mais quatrocom a ampliação da via litorâneaaté a Ponte do Janga. Jaboatão temtrês quilômetros de ciclovia naorla e projeto para fazer a ligaçãocom a ciclovia da orla de Recife.Também em obras no município,a requalificação da Avenida Ayr-ton Senna, que passará a ter umaciclovia de 2 kms na pista leste.
As ciclovias em trechos isola-dos são apenas um primeiro pas-so. A interligação da cidade em
vias seguras para o ciclista aindaé um sonho distante para os doismunicípios, e mesmo para o Re-cife. As dificuldades vão desde acaptação de recursos à adaptaçãode vias não projetadas para estefim. “Em Olinda, as ruas são mui-to estreitas e teria que haver gran-des desapropriações”, explicou asecretária de planejamento e ges-tão do município, Sônia Calheiros.Segundo ela, na requalificação daicação daualifAvenida Presidente Kennedy, nãofoi possível implantar uma ciclo-via por falta de espaço. O mesmoocorreu com o binário das aveni-das Transamazônica e Brasília.
Nem sempre espaço é o proble-ma. A Ponte do Paiva tem ciclovia,mas a avenida que foi construídana orla de Barra de Jangada, quese liga a ponte, não tem. “É per-feitamente possível implantaruma ciclovia na orla de Barra deJangada e fazer a ligação com oPaiva, depois com a orla de Jaboa-tão e com a orla de Recife”, afir-mou o secretário de Serviços Pú-blicos do município, Evandro Ave-lar. Segundo ele, também há pro-jetos de implantar ciclovias na re-qualificação da Estrada de Curcu-rana e no trecho do eixo de inte-gração da BR 101 com JaboatãoCentro pela PE - 17.
CicloviascontinuamesquecidasGestores deixam emsegundo plano projetosque viabilizam osdeslocamentos nãomotorizados. Cidadescorrem atrás do prejuízo
EmOlinda, as
ruas sãomuito
estreitas e teria
que havermuitas
desapropriações”
“Sônia Calheiros, sec. de Planejamento
Jaboatão tem3kmde ciclovia na orla e projeto de ligação comciclovia deBoaViagem
BairroNovo tem2kmdeciclovia evai ganharmais 4km
RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS
BLENDASOUTO
MAIO
R/ESP
.DP/D
.APRESS
ACidade Patrimônio Cul-tural da humanidadetem carências de mobili-
dade na área do Sítio Histórico.Mas não é só. Além dos limites dacidade histórica, os problemas sãoainda mais evidentes. Um dosgrandes desafios é melhorios é melhordesaf ar a qua-lidade do pavimento das vias, a si-nalização e os passeios. Uma dasintervenções previstas é a recupe-ração das vias de interesse turís-tico. Pelo menos treze vias serãorecuperadas. O projeto não inclui,no entanto, obras de acessibilida-de e a implantação de ciclovias.
“Não há como fazer tudo deuma só vez. Os recursos que Olin-da conseguiu foram para deixaressas vias, de importância turísti-ca, em condições adequadas detrafegabilidade”, explicou o secre-tário de Serviços Públicos do mu-nicípio, Oswaldo Lima Neto. Es-
pecialista em trânsito e professorda Universidade Federal de Per-nambuco, ele conhece bem os de-safios da mobilidade. “Não hou-ve planejamento das cidades e hámuito o que ser feito. O trabalhoconjunto de melhoria de pavi-mentação e gerenciamento do trá-fego é o caminho dentro das li-mitações existentes”, afirmou.
Uma cidade com pouco maisde 300 mil habitantes e uma fro-ta de 108 mil veículos, não era pa-ra sofrer tanto com os gargalosdiários, mas sofre. Olinda fica narota do Recife para quem vem dolitoral Norte. A PE-15, que corta omunicípio é uma rodovia esta-dual que faz parte do projeto doCorredor Norte/Sul. O trânsito in-tenso na via acaba trazendo im-pacto nas vias internas.
Um dos projetos mais espera-dos é a duplicação do trecho da2ª perimetral que fará ligaçãocom uma nova via a ser implan-tada: a Metropolitana Norte. Se-gundo o prefeito de Olinda, Re-nildo Calheiros, a via é a mais im-portante intervenção para me-lhorar o tráfego que hoje passadentro do município e está orça-da em mais de R$ 400 milhões.Pelo projeto, a Metropolitana
Norte vai margear os canais doFragoso e do Bultrins, saindo dolimite de Paulista para se encon-trar com a 2ª perimetral na PE-15. “Haverá um viaduto que vaipassar por cima do terminal deintegração da PE-15 ligando aMetropolitana Norte, explicou oprefeito.
A nova via e o trecho duplica-do da perimetral vão totalizar 10quilômetros de extensão. “Quemvier de Paulista e quiser ir para oRecife não precisará usar a Getú-
lio Vargas ou Carlos de Lima Ca-valcanti. Poderá fazer fazer essa li-gação pela Metropolitana Norte”,afirmou. Apesar da sua importân-cia não há ainda um cronogramadefinido das obras. “É uma obramuito cara que será feita em par-ceria com o estado e o governo fe-deral. Nós estamos trabalhandoo trecho do canal dos Bultrins”,adiantou o prefeito.
Outra via estratégica dentroda dinâmica do trânsito no mu-nicípio é a Presidente Kennedy,
principal ligação para os altosde Olinda e para a segunda pe-rimetral. A via que está sendorequalificada vai receber um cor-redor exclusivo de ônibus no can-teiro central, semelhante ao queexiste hoje na Avenida Caxangá.“Paralela à Presidente Kennedy,nós criamos um binário com asavenidas Transamazônica e Bra-sília, que vão servir para desafo-gar a Kennedy”, explicou a se-cretária de planejamento e ges-tão, Sônia Calheiros.
desafios para o trânsito do amanhã
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4 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 31 de julho de 2011especial
saibamais+
Intervenções nasrotas do turismo eduplicação da segundaperimetral interligadaa uma nova via sãoprioridades em Olinda
Metropolitana
Norte,orçadaem
R$400mi,éobra
maisambiciosa
FOTOS: PAULO PAIVA/ESP. DP/D.A PRESS
Pavimentandoo futuro
Avenida Presidente Kennedy vai ganhar um corredor de ônibus no canteiro central
Cartão de visitas da cidade-patrimônio, Sítio Histórico será recuperado com a pavimentação das vias, dos passeios e o reforço na sinalização
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Cana
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rretetoo
Cana
lBultrins
Cana
lBultrins
PE15
PE15
PE15
PE15
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4
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Requalificação da Avenida Presidente KennedyImplantação do binário da KennedyDuplicação da 2ª perimetralExpansão da via litorânea até a Ponte do JangaRecuperação das vias dos bairros da bacia do Beberibeacia do BebeVetor Norte/Sul (da Avenida Olinda até o limite de Pe de aulistaVetor Norte/Sul- PE-15Vetor Leste/Oeste - Avenida Presidente Kennedyennedy
Fonte: Prefeitura de Olinda
Projeto deUrbanização - canal de Bultrins
Complementação da 2ª perimetral/ViaMetropolitanaNorte
Construção de lagoas de retenção e urbanizaçãodo entorno
Áreas para reassentamentos- construção deconjuntos habitacionais
Via Metropolitana Norte - Olinda
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Mapa viário das obras de Olinda
Como tirar uma cidade doisolamento metropolita-no? O município de Jaboa-
tão dos Guararapes está sendo re-desenhado do ponto de vista viá-rio. A começar pela requalifica-ção da Estrada da Batalha, um dosprincipais acessos ao litoral Sul. Aobra foi o pontapé para uma sé-rie de mudanças no traçado viá-rio do município. O bairro de Pra-zeres, por onde passa a via, tam-bém receberá um binário que vailigar a Estrada da Batalha à Ave-nida Ayrton Senna, que tambémserá requalificada. A Ayrton Sen-na vai receber um corredor exclu-sivo de ônibus e ciclovia. O proje-to também inclui a melhoria dascalçadas e sinalização.
“Nós estamos priorizando osprincipais corredores de tráfegopara dar mais velocidade ao trân-sito. Pela Avenida Ayrton Sennatambém vai passar o projeto do es-tado, do Corredor Norte/Sul”, ex-plicou o secretário de Serviços Pú-blicos do município, Evandro Ave-lar. Um dos maiores desafios queo prefeito Elias Gomes disse quetem pela frente não é apenas ti-rar a cidade do isolamento me-tropolitano, mas também do seupróprio isolamento. Segundo oprefeito, são várias cidades dentrode uma que não se interligam.“Tem a cidade de Prazeres, de Pie-dade e Candeias, de Jaboatão Cen-tro e de Cavaleiro. Nós queremoscriar uma unidade e o sistema
viário é fundamental na melho-ria da mobilidade”, explicou.
Melhorar as condições das viase criar novas mecanismos de liga-ção entre os bairros fazem partedo plano de mobilidade do mu-nicípio previsto para ser implan-tado até 2020. Mas algumas açõesjá estão em curso. A Avenida Ber-nardo Vieira de Melo, que sequerera sinalizada, ganhou sinaliza-ção horizontal e vertical e semá-
foros sicronizados. Dentro dasações de mobilidade, estão pre-vistos investimentos na ordem deR$ 71,5 milhões dos cofres do mu-nicípio para cerca de 300 interven-ções este ano, incluindo o biná-rio da Avenida Aarão Lins de An-drade, em Prazeres. Além da pa-vimentação de 254 ruas com ser-viços de drenagem e saneamen-to. É um esforço, sem dúvida, po-rém mais uma vez a acessibilida-
de não será contemplada nessasobras. Para um município quenunca priorizou o sistema viário,as lacunas ainda são grandes.
De acordo com o secretário deServiços Públicos, Evandro Avelaras ações de melhoria da mobilida-de dos centros urbanos do muni-cípio envolvem inerligação deáreas até agora esquecidas. É o ca-so de Jaboatão Centro. “A via prin-cipal do centro de Jaboatão não
comporta mais o tráfego.É uma si-tuação insustentável”, afirmou.No local será construído um biná-rio das avenidas Manuel Rabelo eVisconde do Rio Branco.
A intervenção inclui ainda a re-qualificação da PE-07, uma via es-tadual, que faz a ligação ao bair-ro de Cavaleiro e a BR-101. A açãotambém prevê a requalificação daicação daualifEstrada da Luz, que faz a ligaçãode Jaboatão Centro com a BR-232.
“Com essas intervenções a gentevai possibilitar tirar a área mais an-tiga de Jaboatão do isolamento”,afiriraf mou o secretário. No bairro deCavaleiro está prevista a requalifi-cação das ruas do entorno do mer-cado e a implantação de um bi-nário. Na área das praias, uma dasintervenções previstas em parceriacom o estado é a duplicação daEstrada de Curcurana com paradasem baias e ciclovia.
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DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 31 de julho de 2011 especial 5
desafios para o trânsito do amanhã
Jaboatão quer garantirvelocidade ao trânsito,quebrar o isolamentoexterno e investir naligação dos bairros quenão se interligam
saibamais+
Estãoprevistas
cercade300
intervenções
paraesteano
Porumsistemaviário integrado
MARCELO SOARES/ESP DP/D. A PRESS
BR 232BR 232
BR40
8BR
408
PE 00PE 0077
BR1
BR10
1 01
BR1
BR10101
CurCurcurcuranaana
CaCavvaleiraleiroo
PE 01PE 0177
EixEixooIntIntegregraçãoação
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Jaboatão Centro: BináriodaAvenidaManuel Rabelo eAv.Visconde do Rio Branco ea requalificação das PE-07
Jaboatão Centro: Estrada daLuz, a requalificação da via
Centro Urbano de Prazeres:AvenidaAyrton Senna e bi-nário daAarão Lins deAn-drade e as ruas Emiliano Ri-beiro e Cel Francisco Galvão
Centro Urbano de Cavaleiro:Requalificação das ruas doentorno domercado com aimplantação de umbinário
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Mobilidade nos centrosurbanos de Jaboatão
Principais eixosmetropolitanos de Jaboatão
1.BR-101 (Radial do contornoda RMR)
2. BR-232 (Interiorização)
3. BR-408 (Acesso Cidadeda Copa)
4. Eixo de Integração (PE-17,Estrada de Curcurana,Av.Manoel Rabelo/Av.Barão deLucena e Estrada da Batalha)
5. Eixo doMetrô (LinhaRecife/Jaboatão Centro;LinhaTip e Linha Cajueiro Seco)
6. Eixo do Trem (Cabo/Curadoe futura implantação doVLTCajueiro Seco/Cabo)
7. Corredor Norte/Sul(BR-101, PE-15,Av.AgamenonMagalhães, Domingos Ferreirae Ayrton Senna)
Fonte: Prefeitura do Recife
Av. Bernardo Vieira deMelo já tem sinalizaçãovertical e horizontal
Nos últimos quatro anos e meio, o Sistema Estrutural Integrado (SEI),
que permite ao usuário de transporte coletivo circular na Região
Metropolitana do Recife pagando apenas uma passagem para cada
sentido, teve grande expansão. Os Terminais Integrados da Caxangá,
do Cais de Santa Rita, da Macaxeira e da PE-15 passaram por
reformas e dois novos Terminais foram construídos: o Pelópidas
Silveira, em Paulista, e o José Faustino dos Santos, no Cabo de Santo
Agostinho. Hoje, o sistema atende a 800 mil pessoas, diariamente.
Até 2013, o Governo de Pernambuco vai dobrar esse número para 1,6
milhão. As reformas dos Terminais Integrados de Rio Doce e de
Jaboatão dos Guararapes já estão em andamento e mais dez
Terminais em construção: Aeroporto, Cajueiro Seco, Tancredo Neves,
TIP, Xambá, Prazeres, Santa Luzia, Largo da Paz, Barro e Joana
Bezerra. Além destes, ainda será construído o Terminal Integrado
Cosme e Damião, na Cidade da Copa. O investimento totalizará R$ 76
milhões, vindos do Plano de Aceleração do Crescimento, da Caixa
Econômica Federal e do Tesouro Estadual. Com novos Terminais
Integrados, o SEI vai transportar ainda mais pernambucanos de
um lado para o outro, com muito mais conforto e economia.
NOVOSTERMINAISINTEGRADOS.PARAVOCÊIRAINDAMAISLONGE
COMAPENASUMAPASSAGEM.
6 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 31 de julho de 2011especial