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A CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA CENTRADA NO PROTAGONISMO DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR Inge Renate Fröse Suhr [email protected] Centro Universitário Internacional – Uninter Eixo Temático: Aprendizagem em serviço e desenvolvimento profissional docente Tipo de Apresentação: Pôster com relato de experiência Resumo Este trabalho relata uma experiência de formação continuada de professores desenvolvida numa IES privada. Toma por base a pesquisa-ação, compreendendo que a percepção da pesquisadora e as informações destacadas pelos interlocutores se completam e favorecem o avanço na compreensão de ambos os lados da pesquisa em relação ao objeto em questão. O objetivo da pesquisa foi refletir sobre o potencial da constituição de grupos de estudos, com adesão voluntária, na mobilização da reflexão dos docentes sobre sua prática, buscando referencial teórico para compreendê-la de maneira mais ampliada. Como resultados é possível relatar que para os participantes do grupo a aprendizagem foi extremamente significativa, tanto nos aspectos teórico-práticos quanto na constituição de uma rede de apoio. Palavras-chave: formação continuada, docência no ensino superior, grupo de estudos

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A CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO COMO ESTRATÉGIA

DE FORMAÇÃO CONTINUADA CENTRADA NO PROTAGONISMO

DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR

Inge Renate Fröse Suhr

[email protected]

Centro Universitário Internacional – Uninter

Eixo Temático: Aprendizagem em serviço e desenvolvimento profissional

docente

Tipo de Apresentação: Pôster com relato de experiência

Resumo Este trabalho relata uma experiência de formação continuada de professores desenvolvida numa IES privada. Toma por base a pesquisa-ação, compreendendo que a percepção da pesquisadora e as informações destacadas pelos interlocutores se completam e favorecem o avanço na compreensão de ambos os lados da pesquisa em relação ao objeto em questão. O objetivo da pesquisa foi refletir sobre o potencial da constituição de grupos de estudos, com adesão voluntária, na mobilização da reflexão dos docentes sobre sua prática, buscando referencial teórico para compreendê-la de maneira mais ampliada. Como resultados é possível relatar que para os participantes do grupo a aprendizagem foi extremamente significativa, tanto nos aspectos teórico-práticos quanto na constituição de uma rede de apoio. Palavras-chave: formação continuada, docência no ensino superior, grupo de estudos

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O nível de titulação dos professores do ensino superior vem evoluindo

significativamente no Brasil, indicando a melhoria de sua formação no que ser refere

ao domínio e ao aprofundamento do conhecimento na área específica. Por outro

lado, Pimenta e Anastasiou (2002), Severino (2003), Fernandes (1988) Isaia (2006),

Suhr (2008) apontam que grande parte dos professores se vê na situação de

assumir uma turma de ensino superior sem preparação para isso nos programas de

pós-graduação. Comumente estes docentes repetem o que vivenciaram como

alunos e tendem a idealizar a figura do aluno, tendo dificuldades para lidar com o

“novo” público que hoje busca o ensino superior: o aluno trabalhador, oriundo de

classes que até pouco tempo não tinham acesso a este nível de ensino. Soma-se a

isso o fato que a realidade do século XXI demanda cidadãos e profissionais com

maior autonomia ética e intelectual, capazes de aprenderem no decorrer de toda a

vida, preparados para a incerteza, indicando que o paradigma de ensino no qual os

“iniciados” transmitem a alguns poucos aprendizes o conhecimento considerado

válido, já não se sustenta.

Os argumentos acima justificam a necessidade de formação continuada dos

professores de ensino superior abordando os aspectos do fazer docente.

Defendemos que, para além dos processos formativos individuais, é necessário

instituir, sob responsabilidade da Instituição de Ensino Superior (IES), processos

coletivos, tomando a realidade vivenciada como ponto de partida para as reflexões,

que serão fundamentadas teoricamente.

A formação continuada precisa ser processual porque a construção do saber

docente na interface entre teoria e prática, que não se dá de modo imediato. Nóvoa

(1997) nos lembra que o diálogo entre os professores é fundamental para consolidar

os saberes oriundos da prática, da vivência e que estes devem ser tomados como

ponto de partida para a reflexão teoricamente fundamentada.

A defesa do próprio local de trabalho como espaço de formação tem apoio em

Candau (1996) e Vasconcellos (2007), e se coloca porque as características do

espaço físico, a cultura organizacional, o perfil do aluno atendido, dentre outros, são

fatores que influem diretamente no trabalho docente e que precisam ser ponto de

partida para o que Libâneo, Oliveira e Toschi (2003) denominam reflexão crítico-

reflexiva do professor sobre sua práxis e reconstrução de sua identidade pessoal.

Do mesmo modo, tomar as dúvidas, anseios, inquietações, bem como

práticas exitosas dos participantes como ponto de partida favorece que a busca de

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referencial teórico adquira significado, contribua para elucidar aspectos que o grupo

deseja compreender melhor, aspecto também descrito por Vasconcelos (2007).

Nesta forma de organizar a formação, abre-se espaço para a formação mútua,

baseada nos saberes da experiência, à luz dos referenciais teóricos.

A defesa da fundamentação teórica como elemento essencial objetiva superar

o que Moraes (2003) denomina epistemologia da prática. Este termo se refere à

ênfase na prática na formação docente, desvalorizando a busca de referenciais

teóricos. Concordamos com a autora que somente a “prática iluminada pela prática

(práxis) é que garante uma ação pedagógica mais consciente, crítica, e não alienada

e alienadora”. (Suhr, 2011, p.193) A teoria, que em última instância, sempre tem

origem na prática, cumpre o papel de permitir a compreensão ampliada dos

problemas vivenciados e ajudar no planejamento de ações mais acertadas na

direção da qualidade do processo ensino-aprendizagem.

Relatando a vivência no grupo de estudos

Com base nos elementos indicados – formação no local de trabalho; vivencias

dos docentes como ponto de partida; fundamentação teórica como elemento

necessário à compreensão ampliada do fenômeno educativo – a Coordenação

Pedagógica da IES pesquisada propôs a criação de um grupo de estudos. A

divulgação do grupo ocorreu por meio de cartazes, e-flyers, e-mails e a adesão por

parte dos professores, voluntária. A contrapartida da IES para a participação foi a

oferta dos livros sugeridos pelo grupo para estudo, além um certificado para os que

tivessem, no mínimo, 75% de frequência aos encontros – que poderia ser

aproveitado para o avanço no plano de cargos e salários. O grupo de estudos iniciou

suas atividades em fevereiro de 2014 e manteve, no decorrer deste ano, encontros

quinzenais com duas horas de duração.

Num primeiro encontro a Coordenação Pedagógica expôs a proposta e os

presentes definiram como objetivos para o grupo: a) refletir acerca das

características do aluno na atualidade a partir da realidade da IES; b) favorecer a

constante melhoria da ação docente na IES; c) propiciar a construção coletiva de

conhecimento e sua divulgação (artigos, eventos). A metodologia de trabalho,

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apresentada pela coordenação e aprovada pelos participantes é a discussão, mas

sempre fundamentada em leituras prévias. Como parte desta estratégia maior, em

alguns momentos houve divisão de tarefas de estudo entre os participantes e

posterior apresentação aos colegas de textos ou capítulos de livros. Outras

estratégias, tais como cine-debate e convite a professores ou consultores externos

também foram previstas, mas no decorrer do ano, a opção do grupo foi mais na

direção de discutir, com base nas leituras realizadas, as vivências em sala.

Ficou acordado também, que a cada encontro um dos participantes

assumisse o papel de escriba, registrando as discussões do grupo. A memória de

cada reunião era disponibilizada num ambiente virtual criado para o grupo, de modo

que todos tivessem acesso e pudessem, inclusive, ampliar, complementar,

questionar o relato. Neste mesmo ambiente virtual cada um dos participantes

poderia também postar vídeos, filmes, músicas, textos, links, que contribuíssem para

as reflexões.

As discussões partiram da análise dos dados coletados pela Comissão

Própria de Avaliação (CPA) com os alunos ingressantes nos últimos 3 anos. O

objetivo disso era conhecer melhor e desmistificar a visão idealizada em relação a

quem é o aluno com o qual estes docentes estão trabalhando. O aporte teórico para

esta reflexão veio de duas obras: uma, tomando como foco o olhar docente sobre o

aluno (Pimenta & Anastasiou, 2003) e a aprendizagem do adulto (Nogueira, 2009).

No decorrer do processo os participantes foram se sentindo mais à vontade,

constituindo realmente um grupo, para o qual traziam suas angústias e descobertas,

sentindo-se apoiados nos colegas. Como a constituição de uma rede de apoio

também era um objetivo do grupo de estudos, em vários momentos a coordenação

do mesmo permitiu que as discussões “saíssem” do que havia sido previsto,

direcionando-as no sentido das demandas trazidas. Mas, era forte seu papel de

levar à reflexão à luz da teoria, tentando evitar a leitura rasa das situações relatadas,

bem como o tom de reclamação.

Ao final do primeiro semestre foi realizada uma reunião específica para

registrar, segundo a visão dos participantes, quais as situações relativas ao trabalho

docente na IES lhes causavam incômodo e que poderiam orientar as discussões no

segundo semestre. Apesar de serem temas específicos à IES, consideramos

relevantes citá-los, pois podem contribuir para que outros professores percebam

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que, em outros lugares e tempos, colegas seus vivem e refletem sobre coisas

semelhantes.

O primeiro ponto se refere a dificuldades em lidar com alunos que tem

dificuldades específicas (leitura, cálculo, dislexia, TDAH, etc.) ou mesmo, que são

alunos com necessidades educativas especiais (cegos, surdos, portadores de

síndromes do espectro autista). Questionou-se o papel do professor e da IES em

relação a estes alunos e, em contrapartida, com a sociedade: temos o compromisso

de formar profissionais capacitados? É o mercado que seleciona os profissionais? O

avanço de alguns alunos, mesmo que não suficientes para considerá-los

competentes, é mais importante do que o resultado final de aprendizagem?

Outro aspecto citado se refere a como lidar com a questão da imaturidade dos

alunos, o uso intensivo de celulares e outros equipamentos similares em sala

distraindo a atenção, bem como o imediatismo, o utilitarismo, o que dificulta o

aprofundamento do estudo quando este implica em mais tempo, em leitura e

reflexão. Isso remete também ao fato de parte dos alunos assumem postura passiva

em sala e com o curso, esperando que o professor ensine, cobre, exija, e abrindo

mão da autonomia intelectual e ética que já deveriam ter no ensino superior.

O terceiro ponto se refere a como potencializar o uso da tecnologia de modo a

favorecer uma aprendizagem significativa. Os docentes consideram que os alunos

se acostumaram a um ensino “zipado”, superficial e utilitário e desejam refletir sobre

como criar a necessidade, o desejo de aprender no aluno, e, ao mesmo tempo,

ensina a disciplina mental necessária para o estudo e a aprendizagem. Ainda nesta

direção, desejam aprender a usar a linguagem dos meios tecnológicos mais

baseados na imagem, mas não para substituir os textos científicos e sim, para

suscitar discussões, comparações, análises...

Merece reflexão também, segundo os docentes, a questão de como lidar o

conflito entre atender as necessidades de alunos que tiveram trajetórias escolares

truncadas e, por isso mesmo, têm menos base no que se refere aos conhecimentos

demandados pelo ensino superior e as exigências de resultados no ENADE, provas

de proficiência, etc.

Os quatro pontos acima citados organizaram o planejamento das ações para

o segundo semestre. Ficou acordado que o grupo intercalaria um encontro de

discussão teórica e um de apresentação e debate acerca de situações vivenciadas

em sala de aula.

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As reuniões de estudo do segundo semestre tiveram como base o livro de

Celso Vasconcellos intitulado Construção do Conhecimento em sala de aula, que

também foi disponibilizado aos docentes pela IES. Para as reuniões cujo foco era a

discussão de vivências, alguns componentes se ofereceram para relatar casos,

apresentar estratégias usadas em sala com sucesso, trazer algum estudo ou filme

que disparasse as discussões, etc. O referencial para as discussões sobre a prática

se encontra nas obras lidas e nos dados da CPA analisados no semestre anterior.

À guisa de conclusão: indicativos para o futuro, limites e possibilidades

Ao final de um ano do grupo de estudos, é possível apresentar algumas

reflexões, que, embora embebidas pela parcialidade de quem participou

efetivamente do trabalho, podem orientar outros grupos que desejam trilhar este

caminho. Temos claro que a experiência aqui relatada não pode ser meramente

replicada para outras IES, sob o risco de descumprirmos o princípio norteador da

proposta: pensar a formação continuada a partir do contexto de cada realidade.

Mesmo assim, consideramos que este relato pode suscitar debates, concordâncias e

discordâncias e, com isso, impulsionar o avanço da reflexão acerca da necessária

formação dos professores que atuam em cursos da área de gestão.

Inicialmente importa reconhecer que a IES ofereceu as condições necessárias

para a realização deste processo formativo, inclusive disponibilizando as obras de

referência para os participantes e incluindo a participação no grupo como uma das

atividades que podem ser consideradas para avanço na carreira docente segundo o

Plano de Cargos e Salários. Aos que participaram em pelo menos 75% dos

encontros foi conferido um certificado de participação que pode ser apresentado

para esta finalidade.

Infelizmente alguns docentes não puderam continuar com o grupo até o final,

devido à grande quantidade de atividades que cada um tem. Como a maioria dos

participantes em 2014 eram professores horistas e não com dedicação exclusiva,

esta atividade não fazia parte de suas atividades remuneradas e, à medida em que

recebiam convites para realizarem outros trabalhos, alguns foram deixando o grupo.

Este fato nos aponta o limite do tipo de contrato de trabalho nas IES privadas, em

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que o docente é horista e, por isso mesmo, tem mais dificuldades para se envolver

na dinâmica de trabalho como um todo.

Por outro lado, mesmo que alguns professores tenham deixado o grupo,

outros foram se agregando no decorrer do processo e suas inquietações serviram

para oxigenar o grupo. A chegada de “calouros” foi importante para que o grupo não

se fechasse em si mesmo e assumisse, mesmo que indiretamente, a tarefa de pôr

os novatos a par das discussões anteriores.

Como a ideia do grupo era exatamente a participação voluntária, entendendo

que os envolvidos servirão como multiplicadores das ideias e farão, indiretamente, a

divulgação do trabalho realizado, não consideramos um ponto negativo o fato de só

termos tido, em média, 15 participantes. Mas, vale refletir sobre a necessidade de

ampliar este grupo – ou criar outros – de modo que a formação em serviço

realmente se dê.

Não estamos com isso negando o valor de atividades formais, oferecidas

pelas IES a seus professores, tais como palestras ou cursos, mas defendendo as

ricas possibilidades trazidas pela organização de grupos de estudo, principalmente

se seguidos os princípios apresentados desde o início deste texto: formação no local

de trabalho e partir da realidade concreta, relação teórico-prática e protagonismo do

professor.

É possível apontar também alguns aspectos que, ao nosso ver, são

extremamente positivos. Ficou muito claro que, na medida em que as pessoas se

conheciam melhor, foi se estabelecendo um clima de acolhimento e parceria entre

os participantes. Os vínculos criados permitiram que eles relatassem suas

dificuldades e anseios sem medo do julgamento e sim, como forma de buscar apoio

para o crescimento pessoal e profissional. Tais vínculos se estenderam para além do

grupo de estudos, de modo que estas pessoas se reconheciam como “parceiras” e

passaram a conversar mais em momentos informais como por exemplo nos

intervalos, em salas de professores.

Num ambiente acadêmico, em que o trabalho dos professores costuma ser

muito solitário (lecionam disciplinas diferentes, encontram-se pouco) e altamente

exigente, a possiblidade de pertencimento a um grupo de iguais, que ofereça apoio

e, ao mesmo tempo contribua para ampliar a compreensão dos fenômenos

vivenciados por meio da fundamentação teórica, é de grande relevância. Vários

foram os relatos de participantes no sentido de ansiarem pelo dia da reunião para

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poderem trocar ideias com os colegas, contar uma experiência bem sucedida, trazer

um texto que complementasse o que estava sendo discutido.

Obviamente o grupo de estudos, por si só, não basta como estratégia de

formação continuada dos professores da área de gestão, mas consideramos, após a

experiência de um ano, que ele pode vir a desempenhar um papel importante

inclusive na sedimentação de outros momentos tais como palestras, cursos ou

oficinas.

REFERÊNCIAS

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Libaneo, J.C., Oliveira, J.F., Toschi, M. (2003) Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez.

Moraes. M. C. (Org.). (2003) Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de formação docente. Rio de Janeiro: DP&A.

Nogueira, M. (2009) Aprendizagem do aluno adulto: implicações para a prática docente. Curitiba, IBPEX.

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Pimenta, S., Anastasiou, L. (2002) Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez.

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Vasconcellos, C. (2005) Construção do conhecimento em sala de aula. 17ed. São Paulo: Libertad.