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Revista Ciências da Educação Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL Vera Lúcia Reis Pacheco ¹ André Luiz Coelho Chaves 2 RESUMO Este artigo tem como objetivo principal, o aprimoramento do estudo sobre o conhecimento de como avaliar, quando avaliar e o que avaliar, no processo ensino aprendizagem do Ensino Fundamental, como forma de incentivar, renovar e ao mesmo tempo fazer uma reflexão e uma auto-avaliação com um novo olhar, refletindo sobre a prática avaliativa e a prática educativa, o que precisará mudar ou modificar para assim contribuir pára o bom desenvolvimento da aprendizagem e ao mesmo tempo o educador entender que o momento avaliativo necessita ser acolhedor para que ambos educador e educando vejam os pontos positivos e os negativos no que o educando aprendeu e no que o educador ensinou, para que os mesmos tenham condições de se auto-avaliarem, o primeiro em que precisa melhorar na sua aprendizagem, e o segundo no que se refere a sua metodologia de ensino, se atingiu o objetivo, se necessita ser replanejada, assim depois desse processo, pode se chegar a uma avaliação de qualidade tão desejada pela maioria dos que fazem a educação, portanto a avaliação do ensino aprendizagem será bem sucedida quando a mesma passa a ser refletida, repensada e aperfeiçoada no seu planejar, só assim teremos um bom desenvolvimento por parte de nossos dos nossos educandos. A metodologia utilizada para a realização deste artigo ocorreu através de pesquisas bibliográficas de vários autores que tratam do tema apresentado e leituras de outras fontes que muito contribuíram para a realização do mesmo. PALAVRAS CHAVE: Ensino. Aprendizagem. Avaliação. Reflexão. RESUMEN Este trabajo tiene como objetivo principal la mejora del estudio sobre el conocimiento de la forma de evaluar, evaluar y cuándo evaluar el proceso de aprendizaje de la escuela primaria como una manera de alentar, renovar y al mismo tiempo hacer una reflexión y la autoevaluación con una nueva mirada, la reflexión sobre la práctica de evaluación y la práctica educativa, que deben cambiar o modificar con el fin de contribuir al desarrollo adecuado de aprendizaje, mientras que el maestro a entender que el tiempo de evaluación tiene que ser bienvenida tanto para el profesor y el estudiante busque lo positivo y lo negativo en lo que el estudiante aprendió y señala que el profesor enseña, para que sean capaces de auto - evaluar, el primero de lo que se necesita mejorar en su aprendizaje, y el segundo en cuanto a su metodología de educación, se alcanza la meta, es necesario que ser rediseñado, así que después de este proceso, se puede obtener una evaluación de la calidad según lo deseado por la mayoría de los cuales son la educación, por lo tanto, la evaluación de la enseñanza y el aprendizaje tendrá éxito cuando se convierte reflejada, refinado y repensado en su plan, sólo por lo que tenemos un buen desarrollo de nuestro de nuestros estudiantes. La metodología utilizada para la realización de este artículo se produjo a través de búsquedas en la literatura de varios autores que se ocupan de las lecturas de emisión presentado y de otras fuentes que han contribuido en gran medida a su realización.

A importância da avaliação da aprendizagem como prática reflexiva no ensino fundamental

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Este artigo tem como objetivo principal, o aprimoramento do estudo sobre o conhecimento de como avaliar, quando avaliar e o que avaliar, no processo ensino aprendizagem do Ensino Fundamental, como forma de incentivar, renovar e ao mesmo tempo fazer uma reflexão e uma auto-avaliação com um novo olhar, refletindo sobre a prática avaliativa e a prática educativa, o que precisará mudar ou modificar para assim contribuir pára o bom desenvolvimento da aprendizagem e ao mesmo tempo o educador entender que o momento avaliativo necessita ser acolhedor para que ambos educador e educando vejam os pontos positivos e os negativos no que o educando aprendeu e no que o educador ensinou, para que os mesmos tenham condições de se auto-avaliarem, o primeiro em que precisa melhorar na sua aprendizagem, e o segundo no que se refere a sua metodologia de ensino, se atingiu o objetivo, se necessita ser replanejada, assim depois desse processo, pode se chegar a uma avaliação de qualidade tão desejada pela maioria dos que fazem a educação, portanto a avaliação do ensino aprendizagem será bem sucedida quando a mesma passa a ser refletida, repensada e aperfeiçoada no seu planejar, só assim teremos um bom desenvolvimento por parte de nossos dos nossos educandos. A metodologia utilizada para a realização deste artigo ocorreu através de pesquisas bibliográficas de vários autores que tratam do tema apresentado e leituras de outras fontes que muito contribuíram para a realização do mesmo.

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Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA REFLEXIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Vera Lúcia Reis Pacheco ¹

André Luiz Coelho Chaves2

RESUMO

Este artigo tem como objetivo principal, o aprimoramento do estudo sobre o conhecimento de como avaliar, quando avaliar e o que avaliar, no processo ensino aprendizagem do Ensino Fundamental, como forma de incentivar, renovar e ao mesmo tempo fazer uma reflexão e uma auto-avaliação com um novo olhar, refletindo sobre a prática avaliativa e a prática educativa, o que precisará mudar ou modificar para assim contribuir pára o bom desenvolvimento da aprendizagem e ao mesmo tempo o educador entender que o momento avaliativo necessita ser acolhedor para que ambos educador e educando vejam os pontos positivos e os negativos no que o educando aprendeu e no que o educador ensinou, para que os mesmos tenham condições de se auto-avaliarem, o primeiro em que precisa melhorar na sua aprendizagem, e o segundo no que se refere a sua metodologia de ensino, se atingiu o objetivo, se necessita ser replanejada, assim depois desse processo, pode se chegar a uma avaliação de qualidade tão desejada pela maioria dos que fazem a educação, portanto a avaliação do ensino aprendizagem será bem sucedida quando a mesma passa a ser refletida, repensada e aperfeiçoada no seu planejar, só assim teremos um bom desenvolvimento por parte de nossos dos nossos educandos. A metodologia utilizada para a realização deste artigo ocorreu através de pesquisas bibliográficas de vários autores que tratam do tema apresentado e leituras de outras fontes que muito contribuíram para a realização do mesmo.

PALAVRAS CHAVE: Ensino. Aprendizagem. Avaliação. Reflexão.

RESUMEN

Este trabajo tiene como objetivo principal la mejora del estudio sobre el conocimiento de la forma de evaluar, evaluar y cuándo evaluar el proceso de aprendizaje de la escuela primaria como una manera de alentar, renovar y al mismo tiempo hacer una reflexión y la autoevaluación con una nueva mirada, la reflexión sobre la práctica de evaluación y la práctica educativa, que deben cambiar o modificar con el fin de contribuir al desarrollo adecuado de aprendizaje, mientras que el maestro a entender que el tiempo de evaluación tiene que ser bienvenida tanto para el profesor y el estudiante busque lo positivo y lo negativo en lo que el estudiante aprendió y señala que el profesor enseña, para que sean capaces de auto - evaluar, el primero de lo que se necesita mejorar en su aprendizaje, y el segundo en cuanto a su metodología de educación, se alcanza la meta, es necesario que ser rediseñado, así que después de este proceso, se puede obtener una evaluación de la calidad según lo deseado por la mayoría de los cuales son la educación, por lo tanto, la evaluación de la enseñanza y el aprendizaje tendrá éxito cuando se convierte reflejada, refinado y repensado en su plan, sólo por lo que tenemos un buen desarrollo de nuestro de nuestros estudiantes. La metodología utilizada para la realización de este artículo se produjo a través de búsquedas en la literatura de varios autores que se ocupan de las lecturas de emisión presentado y de otras fuentes que han contribuido en gran medida a su realización.

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PALABRAS CLAVE: Educación. Aprender. Revisar. Reflexión. ____________________________________________________________________________ ¹Graduada em pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil-ULBRA e especializando-se em Gestão Educacional e Coordenação pelo CESAMA. E-mail: verareys-

[email protected]. 2Mestrando em Ciências da Educação pela UNASUR-PY; Bel. em

Teologia pelo CESUMAR-PR; Psicopedagogo pelo CESAMA-AL; Pedagogo pela UNOPAR-PR. E-mail: [email protected].

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1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o educador se ver envolvido em questionamentos

relacionados a sua prática educativa, um desses diz respeito a avaliação, um tema

que envolve uma certa polemica nas escolas e vem exigindo que se reflita sobre o

mesmo para que se tenha um entendimento do que se quer avaliar, como e quando

avaliar na aprendizagem do ensino fundamental e de como, além dos instrumentos

utilizados na realização da avaliação.

Diante da importância do tema, surgiu a necessidade de abordar o tema em

pauta, tendo como objetivo promover um estudo e uma análise crítica e construtiva

sobre avaliação da aprendizagem e também ao mesmo tempo contribuir para uma

reflexão acerca de como desenvolver esse processo que tem sido um grande

desafio para a educação brasileira.

Assim, deve-se levar em consideração todos os problemas enfrentados na

maneira como avaliam crianças nas salas de aula. Por isso torna-se imprescindível

construir um conceito de avaliação que atenda as perspectivas de educador e

educando.

A hipótese que se pode pensar é que conhecer este processo caminha-se

para um conhecimento de novos métodos para resultados significativos e

conscientes que respeitem princípios mais interativos com relação ao processo de

avaliação.

A avaliação não deve ser utilizada para indicar o educando mais inteligente,

por alcançar melhores notas nos trabalhos, tornando se um instrumento de exclusão

e não de inclusão, como pode ocorrer, pois em vez de impulsionar o educando que

tem as suas dificuldades a superá-las, pode o destimular.

Portanto, foi neste sentido que este artigo foi realizado, para defender uma

metodologia que veja com outro olhar a maneira de avaliar e que a mesma

corresponda à realidade da escola, aluno e do educador, sendo desenvolvida de

forma processual, contínua e diagnóstica.

A metodologia utilizada no sentido de compreender melhor o processo de

avaliação, ocorreu através da pesquisa bibliográfica, de análise de obras de vários

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autores que tratam do tema.

O trabalho apresenta algumas reflexões sobre um novo olhar para avaliar, por

entender que é preciso ter uma visão que alcance de fato o que se deseja com o ato

da avaliação, para que o mesmo não se torne apenas um meio de se medir a

capacidade de aprendizagem do educando. Abordamos também o planejar para

avaliar, pois sabemos que para se ter bons resultados nas ações realizadas são

necessários se fazer um planejamento que contemple todo

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o contexto envolvido. Procuramos conhecer os princípios norteadores para se mudar

a prática avaliativa e por fim a avaliação da aprendizagem como prática educativa.

Com estudo esperamos contribuir para que os educadores reflitam sobre a

importância da avaliação para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo dos

educando e que tem um papel muito importante neste processo.

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2. UM NOVO OLHAR PARA O AVALIAR

A avaliação da aprendizagem quase sempre é encarada como um momento

de dificuldade e ansiedade para educadores e educandos, com a avaliação vem a

prova escrita, os trabalhos em grupos ou individuais e dom elas as notas, colocando

os avaliados em uma situação classificatória, passando os conceitos de

instrumentos para avaliar a ser instrumento disciplinar, sendo esse ainda o principal

instrumento de avaliação utilizado pela maioria das escolas.

Conforme Hoffan (1993) “A avaliação tradicional, onde a prova é a base para

medir o conhecimento dos educando, na maioria das vezes serve de instrumentos

de punição onde educadores usam para vingar-se do mau comportamento de seus

educandos”.

Esse tipo de avaliação não ajuda em nada o educando. Por isso ao falarmos

de avaliação da aprendizagem se faz necessário entender o que é avaliar, quando a

mesma tem que acontecer, o que avaliar e quem é o avaliado.

Avaliar, para o senso comum, parece como sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou conceito. Porém, nós, educadores, temos o compromisso de ir além do senso comum e não confundir avaliar com medir. A avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Avalia-se para tentar manter ou melhorar nossa atuação futura. Essa é a base da distinção entre medir e avaliar. Medir refere-se ao presente e ao passado e visa obter informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar refere-se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro (BRASIL, 2008, pg. 19).

Avaliar significa manter uma atenção constante para garantir a melhor opção

de ação. Avaliar é investigar as ações que estão sendo realizadas e sobre elas

refletir para poder replanejá-las e reorganizá-las sempre que necessário, de acordo

com os objetivos propostos, para assim, a avaliação se tornar um processo de

reflexão-ação-reflexão diretamente relacionado com um comportamento desejado,

planejado e consciente.

Desta forma a avaliação deve ser contínua e periodicamente, tendo caráter

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diagnóstico e formativo. Pode se tratar de um processo indissociável da prática

pedagógica, pelo qual se pretende analisar o nível de conhecimento e as

dificuldades dos educandos. A avaliação deve ocorrer a cada momento e orientar

cada etapa do processo.

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Para Hoffman (1993), “a avaliação é uma forma de conhecer/investigar o

movimento das crianças e a partir desta investigação, pensar formas de intervenção

que possa favorecer o desenvolvimento e a ampliação dos conhecimentos da

criança.

Entendemos então que sua função é, pois diagnosticar, visando a autonomia

moral e intelectual.

Avaliar é importante para ter a visão dos conhecimentos adquiridos e também

das habilidades, porém não se deve esquecer, que a criança aprende construindo e

reformulando hipóteses, seus erros são na verdade acertos na direção do

conhecimento.

Portanto é importante observar que a escolha de como avaliar deve ser feita

de forma criteriosa e com objetividade.

3. PLANEJAR PARA AVALIAR

Avaliação deve integrar todo um planejamento, ter objetivos claros e não

como simples verificador de conhecimentos dos alunos, mas como uma

oportunidade de, com base em informações coletadas em vários momentos do

processo de trabalho, fazer novas e diferenciadas intervenções, ajustes ou

modificações de planos. De fato, a avaliação é ima fonte de informações não só para

o professor, mas também para o educando que precisa ser informado quanto a seu

próprio processo de aprendizagem.

Outro aspecto essencial no que se refere ao planejamento é a definição dos

critérios que serão usados como referência para se preparar os instrumentos

adequados para atingir os objetivos propostos na avaliação e no trabalho realizado

no dia-a-dia escolar, e para por em prática o planejamento o mesmo terá que se

adequar as características da classe, [e importante que educador faça uma

avaliação diagnóstica. Principalmente porque, como ressalta Oliveira (2012, p. 02), “quando se percebe a importância do planejamento, se valoriza os

objetivos, existindo então, a grande probabilidade para que a distância entre o que

„falamos‟ e as nossas

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“ações” diminuam, havendo uma maior coerência.

entre o dizer e o fazer dos educadores”, o que é

fundamental.

A autora acima referenciada relata ainda que dentre os objetivos do Planejamento

estão:

A definição de metas que devem ser claras, simples e precisas;

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Dar uma visão global e detalhada do ensino a ser desenvolvido;

Previsão dos conteúdos; a estruturação dos planos de ação;

E a intenção das formas de avaliação (OLIVEIRA, 2012, pg. 03).

Uma questão importante também que se deve levar em consideração diz

respeito ao conhecimento que o aluno traz consigo, as informações que eles já

possuem, assim como as suas habilidades em relação aos conteúdos, o que o

educador deve dar oportunidade para que o mesmo faça uma auto-avaliação para

despertar nele a capacidade de análise e interpretação do que conseguiu aprender e

assim contribuir para a construção de sua autonomia.

4. PRINCIPIOS NORTEADORES PARA MUDAR A PRÁTICA AVALIATIVA

Para falar de mudanças sobre avaliação da aprendizagem e antes de se optar

por novos métodos e conseqüentemente alterar a prática de como avaliar,

fundamental pensar no papel social que exerce a escola e no papel da profissão do

educador.

Para tanto se faz necessário pensar alguns princípios que orientem o

educador para uma avaliação feita a partir de um olhar observador para a

aprendizagem d do educando, na valorização das experiências vividas na sala de

aula, na sua autonomia e na auto-avaliação.

Assim, para haver mudança tem que existir a reflexão acerca dos princípios

que regem a ação pedagógica que dará base para a construção de um projeto

pedagógico e para os processos de avaliação que ali esteja inserido.

Segundo Fusari (1998, p. 44 apud OLIVEIRA, 2012, p. 03):

Na prática docente atual, o planejamento tem-se reduzido à atividade em que o professor preenche e entrega à secretaria da escola um formulário. Este é previamente padronizado e diagramado em colunas, onde o docente redige os seus “objetivos gerais”, “objetivos específicos”, “conteúdos”, “estratégias” e “avaliação”. [...] É preciso esclarecer que o planejamento não é isto. Ele deve ser concebido, assumido e vivenciado no cotidiano da prática social docente, como um processo de reflexão.

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Esta reflexão deve estar envolvida pela pesquisa e pela avaliação buscando o

entendimento dos problemas para que se tenha um conhecimento acerca da

totalidade, do todo. Com isso haverá o embasamento do pensar e do agir do

educador.

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A transparência e a legitimidade de princípios poderão orientar para uma

prática coerente e própria de uma escola democrática, compromissada com o

crescimento e a valorização dos alunos e de seus educadores.

5. A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA EDUCATIVA

Faz-se importante afirmar que na prática educativa, a avaliação não [e um

instrumento para medir o quanto o aluno aprendeu e nem é uma forma de julgar,

reprovar ou aprovar uma criança.

Dependendo das formas de organizar a avaliação pode acontecer a

motivação ou desmotivação dos educandos, podem ser importantes alavancas para

superar obstáculos ou se tornar mais um obstáculo a ser superado e podem também

ajudá-los a estudar e a entender bem as suas limitações e potencialidades ou

simplesmente, desinteressá-los.

A avaliação pode e deve ter um papel relevante no desenvolvimento de aprendizagens complexas, no desenvolvimento moral e no desenvolvimento socioafetivo dos educados. A avaliação pode segregar ou pode integrar. Pode melhorar a autoestima dos educandos, pode piorá-la ou, em casos extremos, pode mesmo destruí-lo. Pode orientar o percurso escolar dos educandos ou pode afastá-los de qualquer percurso (FERNANDES, 2007, pg. 40).

Diante da sua importância a avaliação precisa ser mediadora e acolhedora

para assim acompanhar a criança em todos os momentos e para contribuir com seu

avanço rumo à ampliação de seu conhecimento, de si e do mundo, contribuindo para

a sua interação e socialização.

No acompanhamento do desenvolvimento do educando o educador pode

rever e aprimorar o seu trabalho, pois quando a avaliação é bem planejada tem

todos ganham inclusive o próprio sistema educacional, porque como explica

Fernandes (2007, p. 40):

Orienta os estudantes acerca dos saberes, das capacidades e das

atitudes que eles têm de desenvolver;

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Influencia sua motivação e percepção do que é importante aprender;

Estrutura a forma como os alunos estudam e o tempo que dedicam ao

trabalho acadêmico;

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Melhora e consolida as aprendizagens;

Promove o desenvolvimento dos processos de análise, síntese e

reflexão crítica;

Desenvolve os processos metagognitivos, o autocontrole e a auto-regulação.

Desta forma quando se avalia a criança conseqüentemente estaremos

reavaliando nossa ação pedagógica e a escola na qual estamos inseridos. Portanto

avaliar é o movimento de pensar tudo que envolve nossa prática e ao mesmo tempo

buscando caminhos para tornar a prática educativa mais coerente e mais

contextualizada.

Conforme Hoffman (2000, p. 15), devemos entender a avaliação como uma

prática que procura averiguar, buscar, pesquisar e não sentenciativa, julgadora,

mediadora e não constantiva, pois como relata o autor, não são os julgamentos que

explicam a avaliação, as afirmações inquestionáveis sobre o que a criança e ou não

é capaz de fazer.

Assim, não se deve avaliar os educandos para classificá-las, dizendo o que

sabem ou o que não sabem fazer, mostrando suas capacidades e dizendo onde

erraram, mas sim valorizar a sua aprendizagem e ajudando para que as limitações

sejam superadas e que o educando perceba que tem capacidade para tal.

Consequentemente a avaliação é essencial à educação enquanto concebida

com reflexão sobre a ação.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e de retomada de aspectos que devem ser revistos, ajudados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o educando, é instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender (PCN, 1997, pg. 81).

Assim sendo para a escola, será possível dá prioridades e determinar quais

ações aducacionais demandam um maior apoio e uma maior atenção, sempre

pensando estratégias para qualificar o ensino e a aprendizagem.

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Realizar a avaliação nessa perspectiva em toda essa dimensão se faz

necessário que a mesma ocorra durante todo o processo de ensino aprendizagem,

em que o processo também aprecia uma observação dos avanços e da qualidade da

aprendizagem que os alunos irão alcançar no final de um período de trabalho.

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6. O PROFESSOR E AS FORMAS DE AVALIAÇÃO

Na avaliação existem varias formas e métodos que são usadas pelos

educadores. A avaliação tradicional privilegia o caráter classificatório e comparativo

o educador ensina, o aluno presta atenção e faz a prova, se foi bem, aprendeu e se

foi mal, azar. É preciso seguir com o currículo, já a proposta da avaliação construtiva

a mesma vem para considerar e procurar superar as instabilidades e os altos e

baixos dos alunos, através de uma ação dialógica, mais criticas e participativa.

Segundo Souza (1993), “quando o educando participa da avaliação, ele passa

a acreditar no seu potencial de ser humano”. Assim o significado maior da educação,

passa a ser a promoção de um ser humano, autodeterminado, capaz.

Fica claro que para o educando ter sucesso na realização do seu trabalho

precisa sempre reavaliar sua maneira de avaliar, onde como ressalta Fernandes

(2007, pg. 21):

Entender e realizar uma prática avaliativa ao longo do processo é pautar o planejamento dessa avaliação, bem como construir seus instrumentos, partindo das interações que vão se construindo no interior da sala de aula com os estudantes e suas possibilidades de entendimentos dos conteúdos que estão sendo trabalhados.

A autora afirma ainda que a avaliação tem como foco fornecer informações

acerca das ações de aprendizagem, não devendo ser realizada apenas ao final do

processo, pois poderá não alcançar seu objetivo. Essa perspectiva pode ser

chamada de avaliação formativa.

Essa avaliação está relacionada à atenção que o educador dá aos processos

e às aprendizagens dos educandos. Sua avaliação não é para dar uma nota, pois de

acordo com avaliação formativa a nota é apenas uma conseqüência do processo e

não o seu fim. Nesta lógica o educador tem a compreensão de que a avaliação é

importante para dar seguimento ao desenvolvimento da aprendizagem, fazendo

parte do dia a dia das atividades, das práticas realizadas nas salas de aulas. Desta

forma, baseado em Fernandes (2007, pg. 22), pode-se dizer que avaliação formativa

é aquela que orienta os estudantes para a realização de seus trabalhos e de suas

aprendizagens, ajudando-os a localizar suas dificuldades e suas potencialidades,

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redirecionando-os em seus percursos. A avaliação formativa, assim, favorece os

processos de auto-avaliação, prática ainda não incorporada de maneira formal em

nossas escolas.

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É interessante também nos referirmos a avaliação classificatória, nesta

avaliação educador deve fazer o papel de problematizador, ou seja, problematizar as

situações fazendo com que o próprio aluno construa seu aprendizado sobre o tema

trabalhado, buscando assim, igualdade entre educador e educando, para assim

aprenderem e trocarem experiências e aprendizagens no processo educativo, uma

vez que “ não há educador tão sábio que nada possa aprender, nem educando tão

ignorante que nada possa ensinar” (BECKER, 19997, pg. 147).

Esse acontecimento vem confirmar a influência do educandor no processo de

ensino aprendizagem no que tem a ensinar ao outro, por isso a avaliação é um elo

entre a sociedade, a escola e os educandos.

Enfim, avaliar faz parte da ação pedagógica, que trás reflexão sobre o

processo de aprendizagem e de redimensionar o planejamento do professor, que

precisa refletir sobre a relação existente entre as propostas didáticas planejadas e a

aprendizagem conquistada por seu educando.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como podemos perceber através do estudo realizado, que a avaliação traz

toda uma complexidade para a prática pedagógica e provoca alguns

questionamentos quanto a sua conceituação, mas o que fica claro é que a mesma

tem que ser realizada de forma a contribuir para o aprendizado do educando. É

também um processo que, que implica uma reflexão sobre a prática do educador,

que deve estar sempre voltada para alcançar o bom desenvolvimento da

aprendizagem de seus educandos.

Para isso é fundamental que o educador tenha um novo olhar para avaliar e

que a faça levando em consideração alguns critérios, fazendo um bom

planejamento, para que não se torne apenas um ato de medir e deve ter cuidado nos

instrumentos utilizados, para que os mesmo de fato possam colaborar para o

desenvolvimento do ensino-aprendizagem.

Um fato importante a ser lembrado é que não se deve levar em conta um

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único meio para se avaliar, é relevante buscar novos caminhos, novos instrumentos,

sempre com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino aprendizagem e para que

de fato isso aconteça, a avaliação deve ser assumida para saber a capacidade do

educando e sim servir para que o

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mesmo tenha condições de crescer, tendo um bom desenvolvimento do seu

potencial no seu processo ensino aprendizagem.

Desta forma a avaliação só cumprirá a sua função se houver por parte do

professor um repensar e um constante recriar, onde o mesmo avalie também a sua

prática pedagógica, no sentido de ter o entendimento que a avaliação deve servir

como uma mola propulsora da aprendizagem do educando, impulsionando-o a

superar limitações e a buscar cada dia mais evoluir.

Citando o grande educador Paulo Freire (2006, p. 45), é preciso que a

educação esteja - em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos

adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-

se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os outros homens relações

de reciprocidade, fazer a cultura e a história [...] uma educação que liberte, que não

adapte, domestique ou subjugue.

E o educador, juntamente com a família tem um papel fundamental neste

processo e precisa assumir essa responsabilidade, buscando sempre melhorar a

sua prática, tendo a consciência que se forma um sujeito que será um cidadão

dentro de uma sociedade cada vez mais competitiva e exigente, por isso tem que se

educar visando a inclusão do mesmo de forma que possa cumprir com o sue papel

de cidadão, consciente dos seus deveres e direitos, sendo capaz de escrever a sua

própria história.

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REFERENCIAS

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Revista Ciências da Educação

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