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LEI DAS DOZE TÁBUAS (Lex Duodecim Tabularum) FONTES do Direito Romano: crenças, costumes, leis, jurisprudências (Direito consuetudinário) GOVERNO: Teocracia x Monarquia – República - Império FAZ (Direito sagrado ) x IUS (Direito positivo)

A lei das doze tábuas história e direito

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LEI DAS DOZE TÁBUAS (Lex Duodecim Tabularum)

FONTES do Direito Romano: crenças,

costumes, leis, jurisprudências (Direito

consuetudinário)

GOVERNO: Teocracia x Monarquia –

República - Império

FAZ (Direito sagrado ) x IUS (Direito

positivo)

LEI DAS DOZE TÁBUAS CONDIÇÕES SÓCIO-POLÍTICAS

PERÍODOS: MONARQUIA /REPÚBLICA

INSTITUIÇÕES DE PODER:

SACERDOTES, SENADO E

MAGISTRATURA

SOCIEDADE: PATRÍCIOS (direitos)

X

PLEBEUS (obrigações)

A LEI DAS DOZE TÁBUAS DO DIREITO NATURAL (DIVINO) AO DIREITO

PRIVADO Ius Naturale - uma norma criada pela

natureza e não pelo homem. Direito

estabelecido pela Providência Divina

(Antagônico ao conceito atual de Direito

Natural);

Ius Publicum – modo de ser do Estado

Romano;

Ius Privatum - trata do interesse dos

particulares;

A LEI DAS DOZE TÁBUAS Visão atual como DIREITOS SOCIAIS

1- DIREITO PÚBLICO

Direito Constitucional

Direito Administrativo

Direito Penal

Direito Ambiental

Direito Tributário

Direito Previdenciário

Direito Internacional Público

A LEI DAS DOZE TÁBUAS Visão atual como DIREITOS SOCIAIS

DIREITO PRIVADO

Direito Internacional Privado

Direito Civil

Direito Comercial

Direito Empresarial

Direito do Consumidor

Direito do Trabalho

Direito da Internet

A LEI DAS DOZE TÁBUAS E LEIS DESTAQUES EM ROMA

CÔNSULES- TRIBUNATO – DECENVIRATO

LEIS: LICÍNIA (376 a.C.) – proíbe escravidão por dívidas e permite um Cônsul plebeu.

CANULÉIA ano 445 a. C. – permite o casamento entre patrícios e plebeus.

HORTÊNSIA – ano 287 a.C. – validade política às decisões da Assembléia da Plebe (plebiscito)

A LEI DAS DOZE TÁBUAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS

ECONOMIA: EXPANSÃO TERRITORIAL

/GUERRAS

LATIFÚNDIOS

MERCANTILISMO (Mediterrâneo)

ESCRAVISMO

ÊXODO RURAL (pão e circo)

GUERRAS CIVIS

ÊXODO URBANO - COLONATO

A LEI DAS DOZE TÁBUAS ANTERIORIDADES

1- CULTURA ORIENTAL:

Código de Hamurábi – Mesopotâmia (1690 a.C.)

Influência filosófico-religiosa de Zoroastro (Pérsia, VII a.C), Confúcio (China, século VI a.C.) e Buda (Índia, V a.C.)

2- CULTURA OCIDENTAL:

Grécia (V a.C.) - Referências: Sólon (Atenas) e Licurgo (Esparta)

Atos de igualdade e liberdade do homem, de participação política dos cidadãos (res pública).

Existência de leis naturais e superiores às leis escritas, válidas para todos os homens em todas as partes do mundo (jusnaturalismo).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA 1 – DO CHAMAMENTO A JUÍZO

1. Se alguém é chamado a juízo, compareça. 2. Se não comparece, aquele que o citou tome testemunhar e o prenda. 3. Se procurar enganar ou fugir, o que citou pode lançar mão (manus injectio) sobre (segurar) o citado. 4. Se uma doença ou a velhice o impede de andar, o que citou, lhe forneça um cavalo. 5. Se não aceitá-lo, que forneça um carro, sem obrigação de dá-lo coberto. 6. Se se apresenta alguém para defender o citado, que este seja solto. 7. O rico será fiador do rico; para o pobre será quem quiser (qualquer um poderá servir de fiador).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA 1 – DO CHAMAMENTO A JUÍZO 8. Se as partes entram em acordo em caminho, que a causa

seja assim resolvida (encerrada, pelo acordo). 9. Se não entram em acordo, que o pretor os ouça no “comitium” ou no fórum e conheça da causa antes do meio-dia, presentes ambas as partes. 10. Depois do meio-dia, se apenas uma parte comparece, o pretor decida a favor da que está presente. (E à revelia da ausente). 11. O pôr do sol será o prazo (termo) final da audiência.

As partes devem se apresentar perante o magistrado pouco antes do meio-dia para que o processo possa começar ao meio-dia; e não poderá passar do pôr do sol.

(Observe-se que é mesmo horário de funcionamento atual do Judiciário).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA 2 – DOS JULGAMENTOS E DOS FURTOS

1. (“Observe-se”... Cauções ... sub-cauções ... a não ser que uma doença grave... um voto... uma ausência a serviço da república, ou uma citação por parte de estangeiro deem margem ao impedimento; pois se o citado, o juiz ou o árbitro, sofre qualquer destes impedimentos, que seja adiado o julgamento.

2. Aquele que não tiver testemunhas irá, por três dias de feira, para a porta da casa da parte contrária, anunciar a sua causa em altas vozes injuriosas, para que ela se defenda.

3. Se alguém comete furto à noite e é morto em flagrante, o que matou não será punido. (Legítima defesa).

4. Se o furto ocorrer durante o dia e o ladrão é pego em flagrante, que seja fustigado e entregue como escravo à vítima (se o ladrão é livre). Se for escravo, que seja fustigado e precipitado do alto da rocha Tarpéia. (Se é livre, fica escravo; se escravo, morre).

5. Se ainda não atingiu a puberdade (o ladrão), que seja fustigado com varas a critério do pretor, e que indenize o dano.

6. Se o ladrão durante o dia defende-se com arma, que a vítima peça socorro em altas vozes e se, depois disso, mata o ladrão, que fique impune.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA II – DOS JULGAMENTOS E DOS FURTOS

7. Se, pela procura de uma coisa roubada que o faça despido, mas cingido de uma faixa de couro nos rins e trazendo um disco ou prato na mão), a coisa furtada é encontrada na casa de alguém, que seja punido como se fora um furto manifesto. (A seminudez legal era para comprovar que o descobridor da coisa não levava panos em que a ocultasse e o prato era para exibi-la imediatamente; enfim, para o ladrão não apresentar a coisa roubada como achada. Donde a expressão “por em pratos limpos”).

8. Se alguém intenta ação por furto não manifesto, que o ladrão seja condenado ao dobro.

9. Se alguém, sem razão, cortou árvores de outrem, que seja condenado a indenizar à razão de 25 asses por árvore cortada.

10. Se transigiu com um furto, que a ação seja considerada extinta.

11. A coisa furtada nunca poderá ser adquirida por usucapião.

(Nem a res sacra: X. 16. Estrangeiro não adquire nada: III.3)

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA III – DOS DIREITOS DE CRÉDITO 1. Se o depositário, de má fé pratica alguma falta com relação

ao depósito, que seja condenado em dobro.

2. Se alguém coloca o seu dinheiro a juros superiores a um por cento ao ano, seja condenado a devolver o quádruplo.

3. O estrangeiro jamais poderá adquirir bem algum por usucapião. Contra ele eterna vigilância.

4. Aquele que confessa dívida perante o magistrado, ou é condenado, terá trinta dias para pagar.

5. Esgotados os trinta dias e não tendo pago, que seja agarrado (manus injectio) e levado à presença do magistrado.

6. Se não paga e ninguém se apresenta como fiador, que o devedor seja levado (manus injectio) pelo seu credor e amarrado pelo pescoço e pés com cadeias com peso até o máximo de quinze libras; ou menos, se assim o quiser o credor.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA III – DO DIREITO DE CRÉDITO

7. O devedor preso viverá à sua custa, se quiser; se não quiser, o credor que o mantém preso dar-lhe-á por dia uma libra de pão ou mais, a seu critério.

8. Se não houver conciliação, que o devedor fique preso por sessenta dias, durante os quais será conduzido em três dias de feira ao comitium, onde se proclamará, em altas vozes, o valor da dívida.

9. Se são muitos os credores, é permitido, depois do terceiro dia de feira, (matá-lo e) dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos sejam os credores, não importando cortar mais ou menos. Se os credores preferirem, poderão vender o devedor a um estrangeiro, além do Tibre. Revogado pela Lex Poetelia Papiria.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA IV - DO PÁTRIO PODER E DO CASAMENTO

1. É permitido ao pai matar o filho que nasce disforme, mediante o julgamento (testemunho) de cinco vizinhos. Influência do direito espartano.

2. O pai terá sobre os filhos nascidos de casamento legítimo (justas núpcias) o direito de vida e de morte (“jus vitae necisque”) e o poder de vendê-los.

3. Se o pai vendeu o filho três vezes, que este filho não recaia mais sob o pátrio poder (“patria potestas”).

4. Se um filho póstumo nasceu até o décimo mês após a dissolução do matrimônio, que este filho seja reputado legítimo.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA V – DAS HERANÇAS E TUTELAS

1. As disposições testamentárias de um pai de família sobre os seus bens ou a tutela dos filhos, terão força de lei.

2. Se o pai de família morre intestado, não deixando herdeiro seu (necessário), que o agnado (paterno) mais próximo seja o herdeiro.

3. Se não há agnados, que a herança seja entregue aos gentiles (da gens).

4. Se um liberto (escravo alforriado) morre intestado, sem deixar herdeiros seus (necessários), mas o patrono (quem o alforriou) ou os filhos do patrono a ele sobrevivem, que a sucessão desse liberto se transfira ao parente mais próximo da família do patrono.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA V – DAS HERANÇAS E TUTELAS 5. Que as dívidas ativas e passivas sejam divididas

entre os herdeiros, segundo o quinhão de cada um.

6. Quanto aos demais bens da sucessão indivisa, os herdeiros poderão partilhá-los, se assim o desejarem; para esse fim o pretor poderá indicar três árbitros.

7. Se o pai de família morre sem deixar testamento, indicando um herdeiro seu impúbere, que o agnado mais próximo seja o seu tutor.

8. Se alguém torna-se louco ou pródigo e não tiver tutor, que a sua pessoa e seus bens sejam confiados à curatela dos agnados e, se não há agnados, à dos gentiles.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VI – DO DIREITO DE PROPRIEDADE E DA POSSE

1. Se alguém empenha a sua coisa ou vende em presença de

testemunhas, o que prometeu (em voz alta: “uti lingua nuncupavit”: o que disse vale) tem força de lei.

2. Se não cumpre o que prometeu, que seja condenado em dobro.

3. O escravo a quem foi concedida a liberdade por testamento, sob a condição de pagar uma certa quantia, e que é vendido em seguida, tornar-se-á livre se pagar a mesma quantia ao comprador.

4. A coisa vendida, embora entregue, só será adquirida pelo comprador depois de pago o preço. (Que bom senso!). 5. As terras serão adquiridas por usucapião depois de dois anos de posse, as coisas móveis depois de um ano.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VI – DO DIREITO DE PROPRIEDADE E DA POSSE

6. A mulher que residiu durante um ano em casa de um homem, como se fora sua esposa, é adquirida por esse homem e cairá sob o seu poder (manus), salvo se se ausentar da casa por três noites (trinoctium).

7. Se uma coisa é litigiosa, que o pretor a entregue provisoriamente àquele que detém a posse (posse provisória); mas se se tratar da liberdade de um homem que está em escravidão, que o pretor lhe conceda a liberdade provisória.

8. Que a madeira utilizada para a construção de uma casa, ou para amparar a videira, não seja retirada só porque o proprietário reivindica; mas aquele que utilizou madeira que não lhe pertencia seja condenado a pagar o dobro do valor; e se a madeira é destacada da construção ou do vinhedo, que seja permitido ao proprietário reivindicá-la.

9. Se alguém quer repudiar a mulher, que apresente as razões desse repúdio.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VII – DOS DELITOS E DAS PENAS

1. Se um quadrúpede causar qualquer dano, que o seu proprietário indenize o valor desse dano ou abandone o animal ao prejudicado.

2. Se alguém causa um dano premeditadamente, que o repare. (Civil/1916, 159).

3. Aquele que fez encantamentos (feitiçaria) contra a colheita de outrem;

4. Ou a colheu furtivamente à noite antes de amadurecer ou a cortou depois de madura, será sacrificado a Ceres. (ou votado aos deuses infernais; é morto).

5. Se o autor do dano é impúbere, que seja fustigado a critério do pretor e indenize o prejuízo em dobro.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VII – DOS DELITOS E DAS PENAS 6. Aquele que fez pastar o seu rebanho em terreno alheio;

7. E o que intencionalmente incendiou uma casa ou um monte de trigo perto de uma casa (crime doloso), seja fustigado com varas e em seguida lançado ao fogo; (o incendiário veste a túnica “molexta”, isto é, queimado).

8. Mas se assim agiu por imprudência (culposo), que repare o dano; se não tem recursos para tanto, que seja punido menos severamente do que aquele que agiu intencionalmente (doloso).

9. Aquele que causar dano leve indenizará 25 asses.

10. Se alguém difama outrem com palavras ou cânticos, que seja fustigado.

11. Se alguém fere a outrem, que sofra a pena de talião, salvo se houver acordo.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VII – DOS DELITOS E DAS PENAS

12. Aquele que arrancar ou quebrar um osso a outrem deve ser condenado a uma multa de trezentos asses, se o ofendido é homem livre; e de cento e cinquenta asses, se o ofendido é escravo.

13. Se o tutor administra com dolo, que seja destituído como suspeito e com infâmia; se causou algum prejuízo ao tutelado, que seja condenado a pagar o dobro ao fim da gestão.

14. Se um patrono causa dano a seu cliente, que seja declarado sacer (sagrado). (Pode ser morto como vítima – hostia – devotada aos deuses infernais).

15. Se alguém participou de um ato como testemunha ou desempenhou nesse ato as funções de libripens (porta-balança) e recusa a dar o seu testemunho, que recaia sobre ele a infâmia e ninguém lhe sirva de testemunha.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VII – DOS DELITOS E DAS PENAS 16. Se alguém profere um falso testemunho, que seja

precipitado da rocha Tarpéia.

17. Se alguém matou um homem livre e empregou feitiçaria e veneno, que seja sacrificado com o último suplício. (Penal, 121, § 2º III).

18. Se alguém matou o pai ou a mãe, que se lhe envolva a cabeça e seja colocado em um saco costurado e lançado ao rio. NOTA: devia estar aqui o artigo 3 da Tábua II como o

19. Se alguém comete furto à noite e é morto, seja o causador da morte absolvido. NOTA: devia estar aqui o artigo 6 da Tábua II, como o

20. Mesmo que o ladrão esteja roubando em pleno dia, não terá direito a se defender com arma.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS

TÁBUA VIII – Dos Direitos Prediais

1. A distância entre as construções vizinhas deve ser de dois pés e meio. (Este espaço é res sacra. (Civil/1916, 569-571).

2. Que os sodales (sócios) façam para si os regulamentos que entenderem, contanto que não prejudiquem o público.

3. A área de cinco pés deixada livre entre os campos limítrofes (é res sacra não pode ser adquirida por usucapião.

4. Se surgem divergências entre possuidores de campos vizinhos, que o pretor nomeie três árbitros para estabelecer os limites respectivos.

5. (lei incerta sobre limites); 6. ..... Jardim;

7. .... herdade ...... 8. .... choupana .......

9. Se uma árvore se inclina sobre o terreno alheio, que os seus galhos sejam podados à altura de mais de 15 pés. (Civil/1916, 557).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA VIII – DOS DIREITOS PREDIAIS

10. Se caem frutos sobre o terreno vizinho, o proprietário da árvore tem o direito de colher esses frutos. (Civil/1916, 557).

11. Se a água da chuva retida ou dirigida por trabalho humano causa prejuízo ao vizinho, que o pretor nomeie três árbitros, e que estes exijam do dono da obra garantias contra o dano iminente.

12. Que o caminho em reta tenha oito pés de largura e o em curva tenha dezesseis. (Como é o dobro, resumamos esta lei: Que o caminho em curva tenha de largura o dobro de pés do em reta).

13. Se aqueles que possuem terrenos vizinhos a estradas não os cercam, que seja permitido deixar pastar o rebanho à vontade (nestes terrenos). (Civil/1916, 559 e 646).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA IX – DO DIREITO PÚBLICO

1. Que não se estabeleçam privilégios em leis. (Ou: Que não se façam leis especialmente para determinados indivíduos nem leis contra indivíduos).

2. Aqueles que foram presos por dívidas e as pagaram, gozam dos mesmos direitos como se não tivessem sido presos; os povos que forem sempre fiéis e aqueles cuja defecção for apenas momentânea gozarão de igual direito.

3. Se um juiz ou árbitro indicado pelo magistrado recebeu dinheiro para julgar a favor de uma das partes em prejuízo de outrem, que seja morto.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA IX – DO DIREITO PÚBLICO

4. Que os comícios por centúrias sejam os únicos a decidir sobre o estado de um cidadão. (Os status são três: liberdade, cidadania e família).

5. Os questores de homicídio ..........................

6. Se alguém promove em Roma assembléias noturnas, que seja morto.

7. Se alguém insuflou o inimigo contra sua pátria ou entregou um concidadão ao inimigo, que seja morto.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA X – DO DIREITO SACRO

1. ...................... do juramento .....................

2. Não é permitido sepultar nem incinerar na cidade um(a) defunto(a).

3. Moderai as despesas com os funerais.

4. Fazei apenas o que é permitido. (Isto é, enterrai com a maior simplicidade).

5. Não deveis polir a madeira que vai servir à incineração. (Da fogueira ou pira).

6. Que o cadáver seja vestido com três togas e o enterro se faça acompanhar (só) de dez tocadores de instrumento (flautistas). (Dez, no máximo).

7. Que as mulheres (carpideiras, ganham para prantear o defunto) não arranhem as faces nem soltem gritos imoderados. (Estas duas últimas, influência do direito grego, principalmente de Sólon).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA X – DO DIREITO SACRO

8. Não retireis da pira os restos de ossos de um morto, para lhe dar segundos funerais, a menos que tenha morrido na guerra ou em país estrangeiro.

9. Que os corpos dos escravos não sejam embalsamados e que seja abolido dos seus funerais o uso da bebida (libação) em torno do cadáver.

10. Que não se lancem licores sobre a pira de incineração nem sobre as cinzas do morto.

11. Que não se usem longas coroas nem turíbulos nos funerais.

12. Que aquele que mereceu uma coroa pelo próprio esforço, ou a quem seus escravos ou seus cavalos fizeram sobressair nos jogos, traga a coroa como prova de seu valor, assim como os seus parentes, enquanto o cadáver está em casa e durante o cortejo.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA X – DO DIREITO SACRO

13. Não é permitido fazer muitas exéquias nem muitos leitos fúnebres para o mesmo morto.

14. Não é permitido enterrar ouro com o cadáver; mas se seus dentes são presos (chumbados, obturados) com ouro, pode-se enterrar ou incinerar com esse ouro.

15. Não é permitido, sem o consentimento do proprietário, levantar uma pira ou cavar novo sepulcro, a menos de sessenta pés de distância da casa. (Este espaço é res sacra).

16. Que o vestíbulo de um túmulo jamais possa ser adquirido por usucapião, assim como o próprio túmulo.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS TÁBUA XI – Complementar às tábuas I a V

1. Que a última vontade do povo tenha

força de lei.

2. Não é permitido o casamento entre

patrícios e plebeus. (Revogada pela Lex

Canulea).

3. ...................... (da declaração pública de

novas consagrações).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS

Complementar às tábuas VI a X

1. ...................... do penhor ......................

2. Se alguém faz consagrar uma coisa litigiosa (dedicando-a aos deuses, para não entregá-la ou não a devolver), que pague o dobro do valor da coisa consagrada (aos deuses).

3. Se alguém de má fé obtém a posse provisória de uma coisa, que o pretor, para pôr fim ao litígio, nomeie três árbitros, e que estes condenem o possuidor de má fé a restituir o dobro dos frutos.

4. Se um escravo comete um furto, ou causa algum dano, sabendo-o patrono, que seja obrigado esse patrono a entregar o escravo, como indenização, ao prejudicado.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS POSTERIDADES: IMPÉRIO ROMANO E IDADE

MÉDIA

Código de Teodósio: Teodósio I (346-

395), tornou o cristianismo ortodoxo a

religião oficial romana.

Código de Justiniano: 529, Justiniano I,

último Imperador (483-565), imperador

bizantino, editou o Corpus Iuris Civilis

Magna Carta – ( 215) Séc XIII –

Inglaterra -– João Sem Terra

A LEI DAS DOZE TÁBUAS PORTUGAL E BRASIL-COLÔNIA

Ordenações Afonsinas: 1446,

compiladas por D. Afonso V, o Africano

(1432-1481);

Ordenações Manuelinas: 1512,

compiladas por D. Manuel I, o Venturoso

(1469-1521);

Ordenações Filipinas: 1603, domínio

espanhol, Felipe II de Portugal ou Felipe III

de Espanha (1578-1621).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS Racionalismo e Liberalismo

Revolução Francesa - séc. XVIII

Revolução Americana (Independência) – Séc. XVIII

Revolução Industrial – Séc. XIX

Despotismo esclarecido - Códigos Prussiano (1794) e Austríaco (1881).

Ideologia liberal: Código de Napoleão (Código Civil Francês de 1804).

Avanço do liberalismo: códigos em Portugal, Espanha e Itália, influência do código francês.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS SÉCULO XX – PRAGMATISMO E NEOLIBERALISMO

Código Civil alemão: 1900 - tomou o

lugar do código francês e influenciou os

códigos posteriores, como o suíço e o

brasileiro.

Código Civil Italiano (1942) e Português

(1966).

Primeiros códigos no Brasil: Criminal

(1830) e de Processo Criminal (1832).

Código Comercial (1850)

A LEI DAS DOZE TÁBUAS LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Código Civil Brasileiro: (1916)

Código Penal (1940)

Código de Processo Penal (1941)

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho (1943)

Código Eleitoral (1965)

Código Tributário Nacional (1966)

Código Penal Militar (1969)

Código de Processo Penal Militar (1969)

Código de Processo Civil (1973).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS PRINCIPAIS LEIS APÓS REDEMOCRATIZAÇÃO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – 1988

Código de Defesa do Consumidor (1990)

Leis 8212/91 e 8213/91 - Previdenciárias

Código de Trânsito Brasileiro (1997)

Novo Código Civil (2002), c/ matéria comercial

Exemplos de legislações avulsas referentes a áreas específicas do Direito Administrativo, Financeiro, Ambiental (2011), Educacional (1996), Idoso (2003), ECA (1990), Índio (1973), Inquilinato (1991), (Educação, (1996), da Cidade (2001), Torcedor (2003), da Internet (2012).

A LEI DAS DOZE TÁBUAS DIVISÕES DE UM CÓDIGO

Os códigos são divididos em Parte, Livro, Título, Capítulo, Seção, Subseção e artigos.

Exemplo: Código Civil Brasileiro de 2002:

P A R T E E S P E C I A L

LIVRO I. DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

◦ TÍTULO I. DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO I. DAS OBRIGAÇÕES DE DAR

Seção I. Das Obrigações de Dar Coisa Certa .Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios

dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

A LEI DAS DOZE TÁBUAS REFERÊNCIAS DE PESQUISA

1. Cretella Júnior, José – Curso de Direito Romano, 31ª edição, 2009, Ed. Forense; 2. Segurado, Milton Duarte – Introdução ao Direito Romano, 1ª edição, 2002, Ed. Jurídica Mizuno; 3. Alves, José Carlos Moreira – Direito Romano, 6ª edição, 1987, Ed. Forense.

ROQUE, Sebastião José. Lei das Doze Tábuas: O Primeiro Código do Ocidente. Universo Jurídico, Juiz de Fora, ano XI, 26 de jan. de 2012. Disponivel em: < http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/8084/lei_das_doze_tabuas_o_primeiro_codigo_do_ocidente >. Acesso em: 16 de jun. de 2013.

http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/2649327

http://jus.com.br/forum/5884/lei-da-doze-tabuas-direito-romano/

REFERÊNCIAS PROFISSIONAIS

ANTONIO JOSÉ DE ASSIS CASTRO ADVOGADO

Especialista em Direito Público – Créditos de

Mestrado em Direito e Globalização

PROFESSOR E PEDAGOGO

Especialista em Filosofia e História da Educação

CONTATOS: [email protected]

[email protected]

MUITO OBRIGADO!