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Teoria política de Aristóteles 1º BIMESTRE 1

A teoria politica de Aristóteles

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Page 1: A teoria politica de Aristóteles

Teoria política de Aristóteles

1º BIMESTRE

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Page 2: A teoria politica de Aristóteles

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Teoria Política de Aristóteles Objetivos:

Entender as políticas da Antiguidade e as preocupações com um “bom governo”.

As ações e relações que conformam o corpo social ou político, um tema muito importante para compreendermos nosso papel como cidadãos.

Conhecer as diferenças das concepções normativas de Platão (que defende a Sofocracia – o poder dos sábios, dos filósofos) e de Aristóteles (prefere a politeia, governo constitucional da maioria dos cidadãos).

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Intencional :

1.Origem das preocupações políticas de Aristóteles.

2. Ideias políticas . 3.A visão do poder .4.As formas de poder.5.O Estado ideal6.O bom governo para Platão e Aristóteles.7.Conclusão.

Teoria Política de Aristóteles

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Expôs na “Política” a teoria clássica das formas de governo que foi repetida durante séculos sem variações sensíveis. critica as teorias políticas precedentes,

em especial a platônica.  Forma de Governo: “Politeia”

(constituição) – “a Constituição é a estrutura que dá ordem à cidade, determinando o funcionamento de todos os cargos públicos e sobretudo da autoridade soberana”.

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Aristóteles

- Livros políticos mais importantes:

Ética a Nicômaco e Política.

- Reuniu extensa documentação

política sobre numerosas cidades

gregas e bárbaras do

Mediterrâneo, África e Ásia

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- Recusa o autoritarismo da utopia platônica,

inaplicável e inumana.

- Recusa a Sofocracia, por atribuir poder

ilimitado a uma parte da população – os mais sábios – e

hierarquizar demais a sociedade.

- Não aceita a dissolução da família.

Críticas às ideias políticas de Platão :

Page 7: A teoria politica de Aristóteles

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A cidade, a pólis, é o lugar da vida natural (livro A

Política) – Teoria Organicista da cidade. Tudo na

pólis funciona como os órgãos do corpo, isto é, há

uma interdependência.

Pólis é natural porque é um prolongamento natural de

outras comunidades primordiais, a família, a aldeia.

Apresenta-se dessa forma como uma ordem natural

espontânea, portanto, essencial à vida social.

A CIDADE, O LUGAR DA VIDA NATURAL

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O homem – “um animal político”

Como a pólis é oriunda de uma ordem social

espontânea e natural, que atrai o homem para a

vida em comunidade, o homem, sob este prima,

só consegue se realizar plenamente no conjunto

social a que pertence. Para Aristóteles “o homem

é um ser destinado a viver em sociedade”, isto

é, “o homem é um animal político”.

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Kalokagathia (καλοκαγαθία)é um conceito grego derivado da expressão kalos kai agathos (καλός καi αγαθός), que significa literalmente belo e bom, ou belo e virtuoso.

O adjetivo kalos compreendia os conceitos de bondade, nobreza e beleza, e podia ser usado na descrição de seres animados ou inanimados. Agathos era usado sem conotações físicas ou estéticas, mas descrevia a ética ou a bravura de uma pessoa. Em torno do século IV a.C. adquiriu um significado político e implicava o dever da cidadania.

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O homem – “um animal político”

O homem sendo dotado de palavra, da razão, é o

único animal capaz de discernir o bem do mal, o

justo do injusto, o verdadeiro do falso, a lassidão e

a virtude; ele é um ser moral dotado de

sentimentos e capaz de transmiti-los. Por esse

motivo só se realiza nos lugares onde existe uma

troca mútua e uma comunicação real.

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A CIDADE, O LUGAR DA VIDA FELIZ

NESTA PERSPECTIVA A PÓLIS NÃO É SIMPLESMENTE

O LUGAR DA VIDA MATERIAL´. É MUITO MAIS QUE ISSO. É

UMA COMUNIDADE QUE PERMITE A CADA HOMEM

REALIZAR SUA VIDA MORAL, PROCURAR BEM VIVER DA

MELHOR MANEIRA O “LUGAR DA VIDA FELIZ”, ONDE O

HOMEM PODE ENCONTRAR AS CONDIÇÕES DE SEU

DESENVOLVIMENTO.A CIDADE É O LUGAR PRIVILEGIADO ONDE O HOMEM

PODE ALCANÇAR UM NÍVEL SUPERIOR DE HUMANIDADE.

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A CIDADE, O LUGAR DA VIDA FELIZ

O homem – “um animal político”

A CIDADE, O LUGAR DA VIDA NATURAL

POR ISSO, NÃO PODE HAVER SEPARAÇÃO:

DA VIDA POLÍTICA ( QUE ORGANIZA AS RELAÇÕES ENTRE OS DIVERSOS COMPONENTES DA PÓLIS)

DA VIDA ÉTICA ( QUE IMPLICA A BUSCA DA VIRTUDE E A BUSCA DA VERDADE)

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Ideias políticas de Aristóteles

“O homem é um animal político”.

- Não é simplesmente um tipo de animal que vive em sociedade, mas em uma sociedade politicamente organizada.

- Concebia o indivíduo em função da cidade e não a cidade em função dodo indivíduo. O bem do indivíduo se amplia do campo individual para o social.

“Quem não pode fazer parte de uma comunidade, quem não tem necessidade de nada, bastando-se a si mesmo, não é parte de uma cidade, mas é fera ou deus”.

- Cidadão = é o que participa da administração da coisa pública (assembleias). Os operários não seriam cidadãos por não disporem de tempo livre (ócio) para participar das assembleias.

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O Poder para Aristóteles.- Há várias formas de poder:

dono sobre o escravo; marido sobre a mulher; pais sobre os filhos; rei sobre o súdito; magistrado sobre o cidadão.

- O PODER POLÍTICO É DIFERENTE!

- É o Poder exercido entre iguais por delegação.

- O Poder deve ser exercido pelos homens virtuosos capazes de governar a cidade, tendo em vista o interesse comum dos seus habitantes. Quando esses chegam ao poder devem estabelecer uma “Constituição, correta e digna”.

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A TEORIA DAS FORMAS DE GOVERNO ARISTÓTELES

- O poder soberano pode ser exercido por “um só”, por “poucos” ou por “muitos” buscando o interesse comum = constituições retas (maus governos); quando o exercem no seu interesse privado, temos desvios = constituições corrompidas (bons governos)

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FENÔMENO DO PODER

O QUE É PODER? – ...FACULDADE, CAPACIDADE, FORÇA OU RECURSO

PARA PRODUZIR CERTOS EFEITOS. PODER DA PALAVRA, PODER DO REMÉDIO, PODER DA

POLÍCIA, PODER DA IMPRENSA, PODER DO PRESIDENTE. -BERTRAND RUSSELL (1872-1970) – capacidade de

fazer os demais realizarem aquilo que queremos.

Categorias – ser humano sobre a natureza.

ser humano sobre outro ser humano.

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A filosofia política investiga...

...o poder do ser humano sobre outros seres humanos, isto é, o poder social, embora também se

interessa pelo poder sobre a natureza, uma vez que essa

categoria de domínio igualmente se transforma em instrumentos de

poder social.

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FORMAS DE PODER Voltando a definição de poder, se levarmos em conta

o meio do qual o individuo se serve para conseguir os efeitos desejados podemos destacar três formas básicas de poder social.

Poder econômico – é aquele que utiliza a posse de BENS socialmente necessários para induzir os que não os possuem a adotar certos comportamentos. REALIZAR DETERMINADO TRABALHO.

Poder ideológico - é aquele que utiliza a posse de certas ideias, valores, doutrina para influenciar a conduta alheia, induzindo as pessoas a determinados modos de pensar e agir;

Poder Político - é aquele que utiliza a posse dos meios de coerção social, isto é, o uso da força física considerada legal ou autorizada pelo direito vigente na sociedade.

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FORMAS DE PODER

O que têm em comum essas três formas de poder?poder econômico, poder ideológico, poder político... é que elas contribuem conjuntamente

para instituir e manter sociedades de desiguais divididas em fortes e fracos, com base no poder político; ricos e pobres, como base poder econômico; em sábios e ignorantes, com base no poder ideológico. Genericamente, em superiores e inferiores.

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Como poder cujo meio específico é a força, de longe o meio mais eficaz para condicionar os comportamentos, o poder político é, em toda a sociedade de desiguais, o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais estão de algum modo subordinados.

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CARACTERÍSTICAS DAS FORMAS DE PODER

Poder econômico – GARANTE O DOMÍNIO DA RIQUEZA – controla organizações das FORÇAS PRODUTIVAS ( TIPOS DE PRODUÇÃO, MERCADORIAS)

Poder ideológico - QUER GARANTIR O DOMÍNIO SOBRE O SABER (CONHECIMENTOS, DOUTRINAS, INFORMAÇÕES). controla organizações de consenso social (MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA – TELEVISÃO, JORNAIS, RÁDIOS, REVISTAS)

Poder Político – PREOCUPA-SE EM GARANTIR O DOMÍNIO DA FORÇA INSTITUCIONAL E JURÍDICA CONTROLANDO OS INSTRUMENTOS DE COERÇÃO SOCIAL (FORÇAS ARMADAS, ORGÃOS LEGISLATIVOS, DE FISCALIZAÇÃO, POLÍCIA, TRIBUNAIS).

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QUAL SERIA O PRINCIPAL, O MAIS EFICAZ?

Desses 3 poderes ( econômico, político e ideológico) o mais eficaz para Bobbio seria o poder político, cujo meio específico de atuação consiste na possibilidade de utilizar a força física legalizada para condicionar comportamentos.

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Assim...

[...] o poder político é, em toda sociedade de desiguais, o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais estão de algum modo subordinados...

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ESTADO – INSTITUIÇÃO QUE DETÉM O PODER POLÍTICO.

O TERMO ESTADO DERIVA DO LATIM STATUS (ESTAR FIRME) E SIGNIFICA A PERMANÊNCIA DE UMA SITUAÇÃO DE CONVIVÊNCIA HUMANA LIGADA À SOCIEDADE POLÍTICA.

MAX WEBER (1864-1920) ELABOROU UMA DAS CONCEITUAÇÕES MAIS CONHECIDAS: ESTADO É A INSTITUIÇÃO POLÍTICA QUE, DIRIGIDA POR UM GOVERNO SOBERANO, REIVINDICA O O MONOPÓLIO DO USO LEGÍTIMO DA FORÇA FÍSICA EM DETERMINADO TERRITÓRIO, SUBORDINANDO OS MEMBROS DA SOCIEDADE QUE NELE VIVE,.

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ORIGEM DO ESTADO

EM DADO MOMENTO DA HISTÓRIA DA MAIORIA DAS SOCIEDADES, COM O APROFUNDAMENTO DA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO, CERTAS FUNÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS E MILITARES ACABARAM SENDO ASSUMIDAS POR UM GRUPO ESPECÍFICO DE PESSOAS.ESSE GRUPO PASSOU A DETER O PODER DE IMPOR NORMAS A VIDA COLETIVA.ASSIM TERIA SURGIDO O GOVERNO POR MEIO DO QUAL FOI SE DESENVOLVENDO O ESTADO.

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FUNÇÃO DO ESTADO

CONCEPÇÃO CORRENTE LIBERALQual deve ser a função do estado? O Estado deve agir como mediador dos conflitos entre os diversos grupos sociais, amenizando os choques dos setores divergentes para evitar a desagregação da sociedade.Portanto é: ALCANÇAR A HARMONIA ENTRE OS GRUPOS RIVAIS, preservando os interesses do bem comum.

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FUNÇÃO DO ESTADO

CONCEPÇÃO CORRENTE MARXISTA.Qual tem sido a função do Estado?O Estado não é um simples mediado de grupos rivais. É uma instituição que interfere nessa luta de modo parcial, quase sempre tomando partido das classes sociais dominantes. Sua função é garantir o domínio de classe.| isso ocorre porque nascido dos conflitos de classes, o Estado tornou-se a instituição controlada pela classe mais poderosa, a classe dominante. |

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SOCIEDADE CIVIL E ESTADO

O Estado costuma ser definido e entendido como a instituição que exerce o poder coercitivo ( a força) por intermédio de suas diversas funções, tanto na administração pública como no Judiciário e no Legislativo.

A Sociedade civil costuma ser definida como o largo campo das relações sociais que se desenvolvem fora do poder institucional do Estado. Fazem parte da sociedade civil, por exemplo: os sindicatos, as empresas, as escolas, as igrejas, os clubes, os movimentos populares, as associações culturais.

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SOCIEDADE CIVIL E ESTADO

Nas relações entre Estado e sociedade civil, os partidos políticos desempenham uma função importante: podem atuar como ponte entre os dois, pois não pertencem por inteiro nem ao Estado, nem a sociedade civil.

Cabe a eles aspirar o desejo da sociedade civil e encaminhá-los ao campo da decisão política do Estado.

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A TEORIA DAS FORMAS DE GOVERNO ARISTÓTELES

Aristóteles usa os seguintes critérios de distinção: OS DOIS CRITÉRIOS FUNDAMENTAIS: “QUEM GOVERNA” E “COMO GOVERNA”:

Formas boas de governo se visam ao interesse comum;- Monarquia: governo bom de um só;- Aristocracia: governo bom de poucos;- Politia (democracia‘+’): governo bom de muitos.

Monarquias hereditárias: tempos heróicos;Monarquia militar: duração perpétua (Esparta); Povos bárbaros (monarquias despóticas): reinos asiáticos.

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A TEORIA DAS FORMAS DE GOVERNO ARISTÓTELES

Critério Axiológico (de valor) Formas más de governo se visam o

interesse particular

-Tirania: governo mau de um só.-Oligarquia: governo mau de poucos (ricos);-Democracia(-): governo mau de muitos.

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A TEORIA DAS FORMAS DE GOVERNO ARISTÓTELES

Na hierarquia das formas de governo

Aristóteles utiliza o mesmo esquema de

Platão: monarquia, aristocracia, politia,

democracia, oligarquia e tirania.

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As formas de governo

CRITÉRIOS DE VALOR

BOAS CORROMPIDAS

CRITÉRIOS DE

NÚMEROS

UM MONARQUIA TIRANIA

POUCO ARISTOCRACIA OLIGARQUIA

MUITOS POLITEIA DEMOCRACIA

Politeia = democracia constitucional.

- Não existe uma única forma constitucional que seja boa para todas as cidades (difere de Platão).

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Democracia aristotélica - A vida na pólis dá origem a todos os excessos

políticos. Os cidadãos formam massas facilmente manobráveis. As assembleias do povo são dominadas pelos demagogos.

- Aristocracia e Oligarquia: governo dos mais ricos.

- Democracia: governo dos mais pobres.

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- Por isso, a Politeia favoreceria a classe média (o meio termo), sendo um meio caminho entre a oligarquia e os mais pobres. Cumpriria, assim, um “governo constitucional”.

- A “PRUDÊNCIA” POLITICA o ponto de equilíbrio, a medida justa, que é o prolongamento da razão. A Politeia seria a busca do governo moderado.

Democracia aristotélica

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REGIMES DE GOVERNO

DEMOCRACIA. Os cidadãos (pequena parcela da população ateniense) participavam diretamente das assembleias e decidiram os rumos políticos da cidade. (direta)Ao longo dos tempos, os Estados foram ficando muito complexos, com extensos territórios e populações numerosas, tornando inviável a proposta de os próprios cidadãos exercerem o poder diretamente.

Hoje encontramos uma democracia representativa, na qual os cidadãos elegem seus representantes políticos para o governo do Estado.

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REGIMES DE GOVERNO

DEMOCRACIA. O ideal de democracia representativa é que o governo seja representantes do povo, os quais deveriam exercer o poder pelo povo e para o povo. O Estado democrático quando:

participação política do povo – o povo exerce o direito de participar das decisões políticas, elegendo seus representantes no poder público. Geralmente, essa participação é garantida por meio do direito ao voto direto e secreto e eleições periódicos.

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divisão funcional do poder político – o poder político do não Estado fica concentrado em um único aparelho. Órgãos: Legislativa – elaboração das leis.Executivo – execução das leis pela administração pública. Judiciário – aplicação das leis e distribuição da justiça. divisão Estado de direito – o poder político é exercido dentro dos limites traçados pela lei a todos imposta.

Estado de direito – o cidadão respeita o Estado, mas o Estado também respeita o direito do cidadão, como liberdade de

pensamento, expressão, associação, impressa, locomoção.

REGIMES DE GOVERNO

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REGIMES DE GOVERNO

DITADURA. Ditadura é um dos regimes não democráticos ou antidemocráticos, ou seja, governos onde não há participação popular, ou em que essa participação ocorre de maneira muito restrita.

Na ditadura, o poder está em apenas uma instância, ao contrário do que acontece na democracia, onde o poder está em várias instâncias, como o legislativo, o executivo e o judiciário.

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Estabelecimento de um regime ditatorial moderno

DITADURA. O regime ditatorial moderno quase sempre resulta de convulsões sociais profundas, geralmente provocadas por revoluções ou guerras. Também houve muitos regimes ditatoriais que decorreram das disputas políticas da guerra fria. Nem sempre as ditaduras se dão por golpe militar: podem surgir por Golpe de Estado civil ou a partir de um grupo de governantes democraticamente eleitos que usam a lei para preservar o poder, como aconteceu, por exemplo, na ditadura imposta por Adolf Hitler na Alemanha nazista.

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CARACTERÍSTICAS DE UM ESTADO DITATORIAL

ELIMINAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NAS DECISÕES POLÍTICAS.

CONCENTRAÇÃO DO PODER POLÍTICO.

INEXISTÊNCIA DO ESTADO DE DIREITO

FORTALECIMENTO DOS ÓRGÃOS DE REPRESSÃO.

CONTROLE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA.

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O ESTADO IDEAL

A finalidade do Estado é moral , pois tem de visar o incremento dos bens da alma, ou seja, da virtude !

-“Feliz e florescente é a cidade virtuosa. É impossível que quem não cumpre boas ações tenha êxitos felizes – e nenhuma boa ação, nem de um indivíduo, nem de uma Cidade, pode realizar-se sem virtude e bom senso”.

- A felicidade da Cidade depende da felicidade do cidadão.

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O BOM GOVERNO para Platão e Aristóteles

Platão e Aristóteles:

- Envolveram-se na Política grega buscando os parâmetros para um bom governo.

- Platão tentou implantar um governo justo na Sicília e o idealizou no livro A República como um modelo utópico a ser alcançado.

- Aristóteles recusou esse modelo utópico, mas aspirava igualmente a uma cidade justa e feliz. Para ele, há uma ligação fundamental entre vida moral e política.

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• O bom governo deve ter a virtude da prudência pela qual será capaz de agir visando o bem comum. Virtude difícil e nem sempre alcançável.

• Ambos elaboraram, portanto, uma Teoria Política descritiva (reflexão sobre a descrição dos fatos, mas também normativa e prescritiva por indicar a melhor forma de governo, que permanecerá em vigor na Idade Média até findar com Maquiavel (Séc. XVI).

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A Grécia antiga

1. O aparecimento da Razão Política

• Organização social e política evolui várias vezes

• 2 inovações : a pólis e a Filosofia.

• Religião grega não tem livros sagrados, Igreja, nem verdade revelada.

Razão política ideia de que a vida comum pode ser

guiada pelo pensamento e não pelos pensamentos

religiosos.

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A política medieval

Tanto na teoria da política romana — como a de

Cícero, ainda na Antiguidade — quanto na teoria

política medieval, é mantida a preocupação

normativa que prevalece no pensamento grego.

Nesse sentido, também na Idade Média se busca

definir as virtudes do rei justo e bom.

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A Idade Média tem como característica

fundamental a predominância do pensamento

religioso. Como consequência, as teorias políticas

enfatizam a supremacia do poder espiritual sobre

o poder temporal e toda ação se acha atrelada à

ordem moral cristã. Por exemplo, Santo

Agostinho, no final do Império Romano, já

afirmava que todo poder vem de Deus.

Page 48: A teoria politica de Aristóteles

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A interferência da Igreja nos assun tos políticos provocou diversos atritos entre papas e imperadores, determi nando a formação de facções opostas entre aqueles que defendiam o poder do papa e os defensores da autonomia do imperador.

Dante Alighieri, autor da Divina Comédia, também escreveu um livro sobre política no qual defende a autonomia do poder temporal, o que significa uma ruptura com o pensamento político me dieval. Mais radical ainda é Marsílio de Pádua, que acentua novos valores des ligados da tutela religiosa e fundados na vontade do povo.