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Apostila de administração rural

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Page 1: Apostila de administração rural

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Page 2: Apostila de administração rural

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A agricultura sem dúvida é uma das mais antigas atividades humanas de

que se tem registro. Suas origens se perdem no tempo e vamos encontrá-la

desde a mais remota antiguidade, em praticamente todos os povos e

civilizações.

Por sua vez, a história da civilização está intimamente ligada à história

da agricultura e suas diversas fases de desenvolvimento e técnicas de cultivo.

Inicialmente suas práticas eram muito rudimentares; mas à medida que o

tempo foi passando, os avanços foram acontecendo, muito lentamente no início

e com diferentes graus de desenvolvimento, conforme as nações que

estudarmos. Na Grécia e Roma antigas e ainda no Antigo Egito as técnicas de

cultivo agrícolas eram superiores para a época, se comparados aos povos

bárbaros que junto com outros menos avançados praticavam uma agricultura

muito incipiente e pouco avançada.

À medida que estes avanços foram acontecendo, o empirismo e as

superstições que eram comuns; foi cedendo lugar à experimentação e novas

técnicas foram aprimoradas, chegando ao elevado grau de sofisticação

tecnológica dos dias de hoje. Dentre estas realizações admiráveis, podemos

começar com as descobertas da genética por Gregor Mendell e os avanços da

biologia, da botânica, do melhoramento vegetal, o desenvolvimento da

fitotecnia, da engenharia rural, da mecanização, da climatologia, da irrigação e

da hidroponia, dentre muitos outros; culminando na biotecnologia, como os

cultivos in vitro e a transgenia, apenas para citar os mais recentes progressos.

Já há relatos de aplicação de nanotecnologia no estudo de alguns genes.

O grau de complexidade hoje é tamanho, que passa a haver uma

interdependência entre campo e cidade, de modo que a palavra agricultura;

não mais define por completo a atividade, sendo necessário um termo novo

para designá-la, passando a chamar-se agronegócio. Este novo conceito vem

abranger um conjunto de atividades antes, dentro e após a porteira das

propriedades rurais, compreendendo toda uma rede comercial e de prestações

de serviços e sistemas de governanças, chamadas de cadeias produtivas. O

Page 3: Apostila de administração rural

resultado é de tal forma espetacular, que o setor passa a ser o mais pujante da

economia brasileira; contribuindo de modo expressivo para as exportações e

projetando o País no cenário mundial, como uma nova potência econômica e

agrícola.

No entanto, aspectos importantes de uma atividade que se revela cada

vez mais complexa e sofisticada do ponto de vista tecnológico, científico e

gerencial, estão sendo relegados a um segundo plano; talvez ofuscados pelo

brilho das tecnologias que enchem os olhos dos agricultores e dos demais

atores das diversas cadeias produtivas. Com pesar, observa-se que o resultado

das novas tecnologias vem sendo assimilado de modo satisfatório pelos

empresários rurais, porém os aspectos ligados ao gerenciamento

administrativo e econômico das propriedades rurais não acompanha a mesma

velocidade da incorporação das tecnologias referentes ao cultivo e a produção.

Nesse novo cenário, o agricultor que se caracterizava por sua

simplicidade, agora necessita conhecer termos que lhe são estranhos, como

Mercado futuro, contrato Futuro e de Opções, nomes complicados de produtos

químicos a serem usados na sua atividade, chamados de novas moléculas,

precisa saber o que é potencial genético das cultivares, logística de transporte,

sazonalidade, “commodity” e assim por diante. Este empresário, ainda tem de

lidar com as adversidades próprias de uma atividade que tem vulnerabilidades

biológicas e oscilações de preços de mercado, que não raras ocasiões;

comprometem produções ou deprimem os preços do seu produto,

inviabilizando suas expectativas econômicas. Por outro lado, se os preços são

bons, ele precisa saber como amealhar os melhores resultados para sua safra,

compensando perdas passadas.

Num contexto desta natureza, é preciso conhecer mais e mais sobre

mercados, sobre a agricultura de outros países e os fatores de formação de

preços, além de controle de custos. Para auxiliá-lo, esta obra pretende levar

aos profissionais, aos estudantes e ao novo empresário rural, conhecimentos

necessários nessa nova etapa de suas atividades, capacitando-os a entender

um pouco mais acerca das complexidades administrativas e econômicas do

agronegócio. A intenção é desmistificar termos que se à primeira vista parecem

muito complexos; quando estudados da forma correta podem ser assimilados e

desvendados, permitindo a esses profissionais que hoje são do campo e

Page 4: Apostila de administração rural

também da cidade, diminuir os riscos inerentes à atividade agropecuária e

melhorar suas expectativas de bons negócios.

O autor

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Ele precisa entender de:

a) �!� � �, ����!*%�# para realizar a avaliação

econômica da sua atividade;

b) �("��,�,�,�!" ���#para definir as atitudes a serem

tomadas;

c) 4�,�'!���5�, '�� ����+!�"����,# menos

desperdício e maior eficiência;

Page 5: Apostila de administração rural

d) ���6,',� ��7���( �'�#necessária para processar um

grande volume de informações;

e) ��� ,������,����,#conhecer o mundo que nos cerca

e o reflexo disso em nós e no nosso negócio;

f) 4�"8 �'�� ���,����,� ���# para saber em qual

cenário ele vai produzir;

g) �,�� �&�,� ,# premissas básicas e reflexos na

atividade.

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Porém, moderno também pode ser aproveitar o conhecimento de

modo adequado, mesmo que ele tenha sido gerado há pouco ou muito

tempo atrás.

Portanto, usar o conhecimento de modo correto a serviço da

Empresa Rural, tornando-a competitiva é o que há de mais moderno.

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A – Deverá ter uma posição pró ativa em relação a:

a) Política;

b) Meio ambiente;

c) Outros temas importantes

B – Será necessário trabalho de formiga: fazer um pouco de cada

vez, mas não parar, pois o resultado geral será grande e

compensador.

Page 6: Apostila de administração rural

C – Buscar profissionalização e soluções nas atividades e não

subsídios ou soluções externas ou paternalistas.

D – Vencer na competição e na argumentação e não no conflito ou

na força.

E – Vencer no cenário existente, dentro da nova ordem mundial e

não tentar alterar o cenário existente.

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Para se compreender a administração de uma propriedade

rural, ou de uma empresa do agronegócio, com suas peculiaridades

é preciso o conhecimento de diversas ciências; todas elas

importantes, porém uma deve receber uma atenção maior; tendo

em vista que por meio dela, diversas características serão

compreendidas, bem como sua influência no resultado esperado

pelo administrador rural. Trata-se da Economia Rural, que junto

com o conjunto de conhecimentos necessários para a atividade

agrícola vão trazer entendimento e respostas para as perguntas e

dúvidas do empresário.

Porém, antes de se estudar especificamente a economia rural

é preciso compreender alguns conceitos básicos de economia, que

serão vistos a seguir.

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É uma ciência social que usa de conhecimentos matemáticos

e estatísticos e analisa o funcionamento do sistema econômico. O

problema básico de qualquer sociedade é alocar recursos para

Page 7: Apostila de administração rural

satisfazer necessidades individuais e coletivas crescentes e

variadas da maneira mais eficiente possível.

Como os recursos são escassos e as necessidades e desejos

são crescentes, variados e algumas vezes ilimitados, conceitua-se a

economia como:

“A CIÊNCIA DA ESCASSEZ”

3.1 Elementos chaves da economia:

Recursos

produtivos >�;

existentes na

empresa

As técnicas de produção

transformam os recursos

produtivos >�; em Bens e

Serviços >0�;

Que servem para:

Satisfação das

Necessidades Humanas

>�?;

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Devido os Recursos serem escassos e os desejos e

necessidades serem ilimitados têm-se que:

a) Nenhuma sociedade produz todos os bens para todos seus

membros;

b) Ninguém pode gastar mais do que sua renda.

Page 8: Apostila de administração rural

3.1.1 Recursos Econômicos:

Constituem a base de qualquer economia e são os meios que

se utilizam para produzir bens e serviços.

Características dos recursos econômicos:

a – Limitados;

b – Versáteis;

c – Podem ser combinados em proporções variáveis.

São ainda classificados como:

I – Recursos Naturais: solo, água, clima, minérios

(agropecuária), petróleo, minérios, gás natural, etc.

II – Recursos Humanos: toda atividade humana.

III – Capital: conjunto de riquezas acumuladas tais

como, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, armazéns,

rede elétrica, veículos, caminhões, tratores, máquinas

agrícolas, motores, cercas, currais, animais, etc.

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O dinheiro é um meio (padrão ou referência) para medir o

valor dos fatores de produção e dos bens e serviços para

facilitar as trocas.

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Page 9: Apostila de administração rural

3.1.2 Insumos:

São bens de capital, que ao entrarem no processo produtivo

se transformam. Exemplos: Adubo � milho; Milho � ração �

carne; Defensivo � produção de grãos; Grão de soja � óleo ou

farelo.

3.1.3 Técnicas de produção: “know how” � conhecimentos

técnicos, científicos e culturais e meios físicos para transformar

Recursos em Bens e Serviços.

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Engloba uma ampla variedade de mudanças e avanços nas

técnicas e nos métodos de produção. Também se refere aos

métodos de combinar os fatores de produção. Uma Revolução

Tecnológica compreende também a melhoria das técnicas

administrativas.

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Porque a inovação tecnológica capacita as empresas a:

a) Produzir mais com a mesma quantidade de insumos; ex. uma

variedade de soja mais produtiva que consome a mesma

quantidade de adubo.

Page 10: Apostila de administração rural

b) Obterem o mesmo nível de produção com a mesma

quantidade de insumos; ex. adequando-se o espaçamento de

uma cultura de 50 cm entrelinhas com 25 plantas/m linear,

substituída por 42 cm entrelinhas e 13 a 14 plantas/metro

linear; é possível com a mesma variedade e a mesma

quantidade de sementes, se obter uma produtividade maior.

c) Produzirem mais com maior quantidade insumos, porém com

resultado econômico melhor que o nível de produção

anterior. Ex. uma variedade de milho mais produtiva que

consome mais adubo, porém com melhor resultado

econômico.

Dos exemplos citados, depreende-se que:

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A quantidade de Bens e serviços demandados pelo

consumidor é função inversa dos preços.

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Page 11: Apostila de administração rural

Se o preço esta baixo, a renda real ou poder de compra do

consumidor aumenta e ele pode comprar mais, além de novos

consumidores que passam a ter possibilidades de adquirir o

produto.

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Nesse caso, ocorre o inverso da situação anterior, ou seja, se o

preço sobe compra-se menos.

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3.4 ELASTICIDADE DA DEMANDA:

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Mede a relação de uma variável em relação a outra variável.

No estudo da elasticidade temos três tipos importantes de

elasticidade que são:

A – elasticidade preço da demanda;

B – elasticidade cruzada da demanda;

C – elasticidade da renda.

A - Elasticidade Preço da demanda:

Alguns fatores determinam se um produto tem alta elasticidade e

outro tem baixa elasticidade (inelástico), dentre eles:

Page 12: Apostila de administração rural

a) Disponibilidade de produtos substitutos para o bem

em questão. Se o produto tem bons substitutos terá

maior elasticidade preço que outro que não possa ser

substituído facilmente. Quando os preços do produto

se elevam e o preço do substituto se mantém

constante, o consumidor tende a trocá-lo pelo bem

substituto.

b) Número de utilizações que se pode dar ao produto.

Quanto mais versátil o seu uso, maior a quantidade

demandada.

3.4.1 Demanda elástica a preços:

É quando a quantidade demandada varia em maior proporção

que o preço.

Exemplo – o preço cai 5% e a demanda sobe 20%. Ou seja, a

demanda desse produto é elástica a preço. Nesse caso uma boa

estratégia de aumento de receita é a empresa reduzir

preços. Exemplo: venda de eletrodomésticos, celulares, etc.

3.4.2 Demanda inelástica a preço:

A variação da demanda é menor que a redução do preço.

Exemplo: se o preço cai 5% e a demanda aumenta apenas 2%. Ou

seja, a demanda varia muito pouco com o preço, ou seja, é

inelástica a preço. Nesse caso uma boa estratégia da

Page 13: Apostila de administração rural

empresa para aumentar sua renda é aumentar os preços. A

redução de custo nesse caso, também pode aumentar o lucro.

B - Elasticidade cruzada da demanda:

É quando dois bens são substitutos ou complementares entre

si. Exemplo 01: carne bovina e carne de porco. Se o preço da carne

bovina se eleva, isto faz com que os consumidores passem a

comprar carne de porco (substituto), ocasionando um aumento no

consumo da carne de porco. Assim, a elasticidade cruzada é

positiva para a carne de porco. Exemplo 02: automóveis e

combustíveis - Um aumento elevado nos preços dos automóveis

reduz sua venda e também diminui a venda de combustíveis. Isto

demonstra que são bens complementares.

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C - Elasticidade renda da Demanda:

Tem relação com o poder aquisitivo dos compradores.

• produtos superiores: renda alta (A)

• produtos normais: renda média (B)

• produtos inferiores: classes C e D.

Exemplos de produtos substitutos na agropecuária:

- carne de frango, carne de suínos e carne bovina.

- óleos de soja, de milho, de girassol e de canola.

Page 14: Apostila de administração rural

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3.4.3 Produção e oferta de produtos agrícolas:

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A oferta de produtos agrícolas está relacionada com a

produção, a tecnologia de produção e o custo de produção. Para se

entender produção e custos é preciso compreender a função de

produção.

3.4.4 Função de Produção:

É a relação entre as quantidades físicas do produto obtido e a

quantidade física empregada dos fatores de produção. A

intensidade desta relação mostra a tecnologia de produção. Quanto

mais sofisticada e complexa for esta relação, maior será a

tecnologia de produção.

Assim, a produção de uma empresa se dá em função dos

recursos que ela mobiliza para produzir.

Por sua vez, o volume de produção será maior ou menor,

dependendo da combinação dos seguintes fatores:

a) Qualidade e quantidade dos recursos empregados;

b) Técnicas de produção ou tecnologia;

c) Dos meios físicos para transformar os recursos existentes.

Na função de produção há recursos que variam com a produção

e outros que não dependem do nível de produção.

A área total da propriedade não varia. Por sua vez, as

quantidades de sementes, a área a ser colhida e a quantidade de

fertilizantes, variam de acordo com o tamanho da área plantada.

Page 15: Apostila de administração rural

Então, quanto aos fatores de produção, podemos denominá-los

conforme a quantidade empregada em:

QUANTIDADE NÃO VARIA: fatores fixos de produção ��custo fixo

(CF)

QUANTIDADE VARIA: fatores variáveis de produção � custos

variáveis (CV).

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Por sua vez, a perfeita combinação dos fatores de

produção dá o nível ótimo de produção.

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3.4.2 Nível ótimo de Produção:

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É quando se consegue o máximo de receita com o mínimo de

custo. Para se entender o Nível Ótimo de Produção é preciso

entender dois conceitos:

a) Princípio dos Rendimentos Constantes � Indústria (não

será estudado nesse curso);

b) Princípio dos Rendimentos Decrescentes �

Agropecuária.

Quando se tem uma Função de Produção com Rendimentos

Decrescentes, o custo médio diminui e depois aumenta à medida

que a produção aumenta. O exemplo prático que melhor se ajusta a

esta situação é o uso de fertilizantes.

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Page 16: Apostila de administração rural

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Quando se faz cultivo sem adubo, tem-se uma quantidade

produzida a um dado custo. À medida que se usa o adubo, a

produção vai crescendo mais do que o aumento de custo com o

adubo.

Vai chegar um momento em que a receita marginal

proveniente do aumento de produção será igual ao aumento de

custo com a quantidade adicional de adubo.

Após este índice, e tendência é que o aumento da produção

resulte em uma receita marginal menor do que o aumento de custo.

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Ou seja, neste caso, vale a pena produzir mais.

Page 17: Apostila de administração rural

3.4.3 Elasticidade Preço da Oferta:

3.4.3.1 Oferta Elástica: é quando a variação percentual da oferta

em relação a preço é maior:

Exemplo: Se o preço aumenta 5% e a oferta aumenta 15% ela

é elástica.

3.4.3.2 Oferta Inelástica: é quando a variação percentual da oferta

em relação a preço é menor:

Exemplo: Se o preço aumenta 5% e a oferta aumenta 2%.

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OS PRODUTOS AGRÍCOLAS TÊM OFERTA E DEMANDA

INELÁSTICA NO CURTO PRAZO.

3.5 ESTRUTURAS DE MERCADO:

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É muito importante entender como os mercados são

classificados e como funcionam para compreender sua influência na

agropecuária.

Page 18: Apostila de administração rural

3.5.1 Classificação dos Mercados:

Os mercados podem ser classificados em geográficos, de

época, de produto, de bens e serviços, etc.

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3.5.2 Funcionamento dos Mercados:

As relações de mercado podem ser influenciadas por três

variáveis:

a) Grau de concentração dos participantes;

b) Grau de diferenciação dos produtos;

c) Presença ou não de barreiras à entrada de novos competidores:

quando o governo impede, ou existem acordos comerciais ou

direitos adquiridos que impedem a entrada de novos concorrentes.

3.5.3 Economias ou deseconomias de Escala:

A produção mecanizada de grãos para grandes áreas

proporciona economia de escala; por outro lado, a produção de

produtos que requerem grande quantidade de mão de obra por área

ocasiona deseconomias de escala.

Estas variáveis dão origem a dois tipos de mercado:

A) Mercado de concorrência Perfeita:

Ocorre quando um grande número de empresas produz o

mesmo produto ou serviço e com dimensão e estrutura de custos

Page 19: Apostila de administração rural

semelhantes (na agricultura têm-se muitos produtores com diversas

similaridades entre eles).

- Os produtos são muito homogêneos - O milho do Sr. Pedro é um

perfeito substituto para o milho do Sr. João.

Grande número de consumidores e todos com a mesma

informação disponível existente no mercado.

- Não há barreiras à entrada de novos competidores.

- Perfeito conhecimento de preços e de mercado.

“O mercado agrícola é de concorrência pura porque o

produtor rural não tem perfeito conhecimento do

mercado”. Na verdade ninguém tem esse

conhecimento.

B) Mercado de Concorrência Monopolística:

Nesse tipo de mercado ocorrem muitos vendendo produtos, os

produtos são diferenciados e há produtos substitutos muito bons –

ex. Os supermercados.

C) Mercados Pouco ou não Competitivos:

1- Na compra de produtos agrícolas: Monopsônios e

oligopsônios � há um só ou poucos compradores dos

produtos.

2- Na venda de insumos agrícolas: monopólios e

oligopólios � poucos vendendo insumos, máquinas

agrícolas e outros bens.

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Page 20: Apostila de administração rural

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3.5.1 Características do Mercado Agrícola:

É um mercado de concorrência pura � pelo lado do

agricultor, caracterizando-se por:

a) muitos vendedores

b) produto homogêneo

c) ausência de restrições artificiais ou governamentais

(tabelamento, racionamento, proibição à oferta ou à procura de

qualquer produto).

d) mobilidade dos produtores e dos recursos, de modo

que novas empresas/produtores possam entrar e sair do

mercado a qualquer tempo, e, os recursos possam ser

transferidos para outros usos mais econômicos.

3.5.2 Características da Produção Agrícola:

Page 21: Apostila de administração rural

� Atomização ou dispersão da oferta

São milhões de agricultores de norte a sul do Brasil,

produzindo e ofertando seus produtos no mercado, o que torna

impossível qualquer forma de organização impedindo a

cartelização do mercado de modo que o produtor não consegue

impor preço para seu produto.

O produtor rural torna-se então um tomador de preços tanto

na compra de insumos quanto na venda de seus produtos.

� Imprevisibilidade de Produção:

Devido a sua natureza biológica, a produção agrícola é de

difícil previsão e variações climáticas podem afetar a oferta.

� Sazonalidade:

Vem a ser um dos grandes problemas da comercialização, da

armazenagem, da produção agrícola e da compra de insumos. A

produção se dá em determinadas períodos do ano (curtos), em

face das suas características biológicas e o consumo ocorre o

ano todo. Isto influencia o preço na compra de insumos e na

venda da produção.

� Oferta e demanda inelástica:

Page 22: Apostila de administração rural

Não permite adequar a oferta do produto agrícola à demanda.

Sendo inelástica a demanda, um aumento da demanda ou

redução da oferta ocasiona grandes variações de preços.

Estas características talvez sejam a causa da atividade

agrícola ser a única que permite a recuperação rápida da

empresa e do empresário.

� Hiato de Produção/Intervalo de Tempo:

Entre a decisão de plantar e a colheita há um período de

tempo de modo que as expectativas podem mudar para melhor

ou para pior.

“Assim, o produtor rural trabalha com expectativas de preço

e produção”.

� Produção Interiorizada:

O consumo está nas grandes cidades situadas na faixa

litorânea e a maioria das vendas é através da exportação

demandando transporte, armazéns e custos elevados para

escoá-la. � � ocasiona grandes problemas de logística e

transporte.

� Volumosos:

Grandes volumes com baixo valor agregado oneram os custos

de transporte.

- agregar valor e/ou transformar o produto é a saída.

Page 23: Apostila de administração rural

� Perecibilidade:

Exige condições e cuidados especiais após a colheita para

minimizar as perdas

- aumento de custos

� Natureza biológica da produção agrícola:

Tem quantidade e qualidade variável devido à influência do

clima, pragas e doenças, principalmente hortifrutigranjeiros.

� Matéria prima para outras atividades

Soja e milho são insumos para ração. Não tem valor

agregado. Valor baixo.

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4 ADMINISTRAÇÃO:

Vem do latim �� (direção, tendência para) e � ���� ,�

(subordinação ou obediência).

É um fenômeno universal em todas as atividades humanas e

está presente como arte e ciência em todas as empresas e

organizações.

Page 24: Apostila de administração rural

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L�� 4"��,M��# é antecipar o que precisa ser feito, com quais

recursos e as quantidades necessárias de recursos para que os

objetivos da empresa rural sejam alcançados.

Portanto, a administração se refere ao desempenho da

empresa como um todo.

L�� �,�,��,�6�# está relacionado a eficácia, eficiência e

efetividade.

a) �7�'�=�'��#é utilizar produtivamente os recursos;

b) �7�'('��#é a capacidade de realizar objetivos;

c) �7, ������,#é realizar a coisa certa para transformar

a situação existente.

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4.3 FUNÇÕES QUE A EMPRESA/ EMPRESÁRIO RURAL

PRECISAM REALIZAR:

Page 25: Apostila de administração rural

4.3.1 Planejamento:diz respeito a decisões sobre objetivos, ações

futuras e recursos necessários para realizar objetivos.

4.3.2 Organização:compreendem as decisões sobre a divisão de

poder, traduzindo em autoridade, tarefas e responsabilidades entre

pessoas e na divisão de recursos para realizar tarefas.

4.3.3 Direção ou Coordenação: fazer com que as pessoas

alcancem os objetivos propostos cumprindo o sentido da missão.

4.3.4 Controle: compatibilizar os objetivos esperados com os

resultados alcançados.

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�� - Dispõem de recursos humanos, financeiros e materiais

diferentes;

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A) Governamentais;

B) Privadas com fins lucrativos (empresas rurais);

C) Privadas sem fins lucrativos (ONGs).

Devido à grande variedade e tipos de empresas, as noções de

eficiência, eficácia e efetividade e ainda os processos básicos de

Page 26: Apostila de administração rural

administração como planejamento, organização e controle devem

ser ajustados às características de cada empresa. ��� �� �/�

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5 ADMINISTRAÇÃO RURAL :

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A Administração Rural relaciona-se ainda com outras

ciências, dentre elas:

5Economia rural e outras ciências sociais;

Page 27: Apostila de administração rural

- Ciências agrárias (fitotecnia, zootecnia, engenharia rural,

topografia, etc).

As ciências técnicas dizem como deve ser feito e a administração

rural diz o que deve ser feito.

5.1 ASPECTOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA AGROPECUÁRIA 5.1.1 Conceito de Empresa Rural:

É um complexo família-fazenda, cujos recursos são dedicados

à produção agropecuária, sem necessariamente assumir

personalidade jurídica.

Em geral, o empresário é o proprietário e objetiva maximizar o

valor presente do patrimônio líquido da empresa.

Normalmente ele trabalha com a família nas tarefas mais

comuns da fazenda exercendo funções tanto administrativas quanto

executivas e a família tem influência nas tomadas de decisões.

Atualmente, já existem empreendimentos agropecuários (na

maioria grandes áreas) que apresentam uma característica mais

empresarial e menos familiar na condução e administração de suas

atividades, porém ainda predomina o modelo da administração

familiar.

A separação de funções administrativas na empresa

agropecuária não é muito simples, visto que as funções se

confundem ou os trabalhadores e o empresário exercem múltiplas

Page 28: Apostila de administração rural

funções. Isto dificulta elaborar custos de produção e implantar

sistemas de controle

“A transmissão de pai para filho por meio de herança,

ocasiona muitas vezes um descompasso, tendo em vista

que a divisão entre os herdeiros, resulta em redução no

tamanho da empresa, levando-a muitas vezes a perder

competitividade, principalmente se esta cultiva

commodities”.

A empresa rural guarda estreita relação entre as atividades de

investimento, produção e consumo. Via de regra, gastos com

manutenção familiar entram como parte das despesas da empresa.

Apresenta ����!*%�����'����, ou seja, várias de suas

atividades não produzem um só produto.

Ex. uma empresa que produz leite ou ovos também

produz carne e esterco.

5.2 FATORES DE PRODUÇÃO NA EMPRESA RURAL Segundo a definição clássica, são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços e na empresa rural, são classificados como clássicos a terra, o capital e o trabalho (ou mão de obra).

Atualmente devemos acrescentar o clima e a tecnologia com

fatores de produção, além dos já mencionados. Assim os fatores de

produção modernamente são melhores estudados como:

CAPITAL + TRABALHO + RECURSOS NATURAIS, que

associados à TECNOLOGIA compõem os novos fatores de

produção.

Page 29: Apostila de administração rural

5.2.1 TERRA A) Na Indústria: é um local para edificações; B) Na agropecuária:

a) É geradora de riquezas onde a qualidade é tida como fundamental (em face da fertilidade natural do solo ou se foi corrigida); b) Tamanho dos imóveis também é importante, mas hoje já se considera que nem sempre isto é verdade. c) Há atividades que demandam pouca quantidade de terras, mas proporcionam resultados econômicos satisfatórios, por exemplo: avicultura, produção de leite, frutas, olerícolas, café adensado, etc.

5.2.2 CAPITAL AGRÍCOLA OU AGRÁRIO – que se divide em: I-FUNDIÁRIO – terras a) Terras nuas (sem melhoramentos e sem benfeitorias)

b) Benfeitorias (melhoramentos, construções, culturas

perenes).

II-DE EXPLORAÇÃO – necessário para bancar as despesas da

propriedade.

Page 30: Apostila de administração rural

a) Fixo: animais de produção e de trabalho, máquinas,

equipamentos, ferramentas, dentre outros;

b) Circulante: capital de giro, custeio da produção agrícola.

5.3 CUSTOS DE PRODUÇÃO

Os custos de produção na empresa rural têm por finalidade

mensurar os gastos da empresa, com o objetivo de analisar seu

resultado econômico financeiro e também planejar suas atividades.

Através da análise dos custos de produção, podem-se tomar

decisões mais seguras quanto a investimentos, tecnologias a serem

empregadas e outras decisões relevantes.

O custo de produção deve ser calculado pelo menos duas

vezes na safra:

1º - próximo ao plantio para previsão de receitas e despesas

(estimativa)

2º - no fechamento da safra (custo real)

O custo de produção pode variar em função de diversas

situações, dentre elas tem-se:

a) de um produtor para outro;

b) de uma propriedade para outra;

c) dentro de uma mesma propriedade (de um talhão para outro, de

uma variedade para outra, dentre outras);

d) grau de tecnologia empregado;

e) qualidade e quantidade de insumos utilizados;

f) parque de máquinas disponível para utilização;

g) infra-estrutura da propriedade.

Page 31: Apostila de administração rural

5.3.1 Classificação dos custos

Os custos são classificados em custos fixos totais (CF), custos

variáveis totais (CV), custo médio (CM) e custos totais (CT), que

vem a ser a soma dos custos fixos totais e custos variáveis totais

(CT = CF + CV). O custo operacional total (COT), representa o

custo do produtor para pagar seus empregados e repor seu

maquinário para continuar produzindo no curto prazo, ou seja, na

safra. Quando a atividade cobrir os custos operacionais de

produção, há lucro porque cobre os custos variáveis, remunera o

capital empregado e o trabalho do produtor.

Na definição de custos fixos, é preciso analisar características

específicas da atividade rural. Por exemplo, costuma-se classificar a

mão de obra permanente com custo fixo, uma vez que ela não varia

e sempre existe. No entanto, devemos ponderar que, via de regra, o

trabalhador rural é multifuncional, exercendo diversas atividades em

diversas explorações.

Um tratorista pode efetuar serviços na lavoura de milho e na

de soja na mesma safra em diferentes proporções e na safra

seguinte essas mesmas proporções não se mantém.

Ou seja, a quantidade de horas trabalhadas nas culturas não

é fixa. Nesse caso, é mais conveniente classificá-la como custo

variável. Têm-se anda o custo total por unidades produzidas,

também chamado de custo médio [CT/n = custo médio (CM)].

Exemplos de custo fixo (CF) têm-se: pagamento de parcelas de

financiamento de máquinas agrícolas, de construções, juros destes

empréstimos, mão de obra do empresário (pro labore).

Page 32: Apostila de administração rural

Os custos também são classificados como custos ou

despesas diretas e indiretas.

a) Diretas – há um efetivo desembolso, tais como juros pagos ao

banco, empréstimos de investimento ou de custeio pagos, compra

de insumos, salários pagos, dentre outros; ou seja, sai dinheiro do

caixa da empresa;

b) Indiretas – há um custo contabilizado, mas não sai dinheiro da

fazenda.

Custos indiretos, segundo MARION (1996, p. 61), “são

aqueles necessários à produção, geralmente de mais de um

produto, mas alocáveis arbitrariamente, através de um sistema de

rateio, estimativas e outros meios”. Como exemplo os salários dos

técnicos e das chefias, materiais e produtos de alimentação, de

higiene e limpeza (pessoal e instalações). Também se encaixam os

juros sobre recursos próprios empregados, a depreciação de

máquinas, construções e equipamentos, (desde que não seja feito

caixa para isto), dentre outros. Por fim, o custo operacional, vem a

ser a soma dos custos variáveis mais os custos fixos associados às

operações necessárias à implantação da cultura.

5.4 CÁLCULO DE JUROS

Devem ser calculados com base nas taxas que efetivamente

estão sendo pagas. E juros de custos indiretos como depreciação e

custo oportunidade (remuneração da terra e/ou do capital próprio)?

R) Nestes casos pode-se usar a mesma taxa paga nos

empréstimos rurais ou taxas auferidas nas aplicações financeiras.

5.4.1 Cálculo do juro real:

Page 33: Apostila de administração rural

Valor do empréstimo x a taxa de juros = valor do juro

No caso de um financiamento é preciso calcular o saldo

devedor e aplicar a taxa de juros sobre o mesmo, levando em conta

o período de carência. Ex: Empréstimo de R$ 120.000,00 a juros de

6% ao ano, com cinco anos de prazo em parcelas anuais e um ano

de carência.

120.000,00/5 = R$ 24.000,00/ano

1º ano – 120.000,00 x 6% = R$ 7.200,00 (juro)

Saldo devedor = 120.000,00 + 7.200,00 + 127.200,00

Amortização – 24.000,00 + 7.200,00 = 31.200,00

2º ano saldo devedor 120.000,00 – 24.000,00 = 96.000,00

Juro: 96.000,00 x 6% = 5760,00 (juro)

3º ano saldo devedor: 96.000,00 – 24.000,00 = 72.000,00

Juro: 72.000,00 x 6% = 4320,00 (juro)

4º ano saldo devedor: 72.000,00 – 24.000,00 = 48.000,00

Juro: 48.000,00 x 6% = 2.880,00 (juros)

5º ano saldo devedor: 48.000,00 – 24.000,00 = 24.000,00

Juro: 24.000,00 x 6% = 1440, 00 (juros)

Total de juros pagos no período: R$ 21.600,00

5.4.2 Cálculo de juros sobre o bem empregado

Quando o bem foi financiado, aplica-se a taxa de juros a ser

paga pelo empréstimo, mas e no caso do bem não ter sido

financiado? Por exemplo, um trator que o empresário adquiriu com

Page 34: Apostila de administração rural

recursos próprios? A sugestão seria considerar uma taxa de juros

igual a dos empréstimos bancários aplicados para este tipo de

atividade. A fórmula para o cálculo será a seguinte:

J= (Vi + Vf)/2 X a taxa de juros ao ano,

Onde Vi seria o valor inicial do bem e Vf seria o valor final do

bem, também chamado de valor de sucata (Vs).

5.4.3 Cálculo da depreciação:

É o custo necessário para substituir os bens de capital que se

tornaram inúteis pelo desgaste físico ou por obsolescência. Há

diversos modos de se calcular a depreciação:

O mais comum na agricultura é o método linear, onde:

D = (Vi - Vf)/vida útil

Este método é o mais prático para se calcular a depreciação

média dos bens quando vai se usar o valor para cálculo de custos

de produção.

No caso de avaliação real do bem é mais conveniente usar os

métodos acelerados de depreciação, que são:

a) Mais acelerado no início:

Usado para máquinas e equipamentos

Page 35: Apostila de administração rural

Exemplo prático: queremos calcular a depreciação de um bem com

vida útil estimada de dez anos. Neste caso procede-se do seguinte

modo:

Vida útil do bem (Vu)= 10 anos

10 + 9 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 55

1º ano D= (Vi – Vf) 10/55

2º ano D= (Vi- Vf) 9/55

3º ano D= (Vi – Vf) 8/55

E assim por diante até o 10º ano

b) Mais acelerado no final: usado para construções. Exemplo

prático. Suponha um barracão com vida útil estimada em 15 anos,

procede-se da seguinte maneira:

Vida útil do bem (Vu) – 15 anos

15 + 14 + 13 + 12 + 11 + 10 + 9 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 =

120

1º ano D= (Ci – Cf) 1/120

2º ano D= (Ci – Cf) 2/120

3º ano D= (Ci – Cf) 3/120

...........................................

........................................... E assim sucessivamente até o 15º ano.

Este método permite uma avaliação mais próxima da real do

bem analisado. Tem o inconveniente de ser trabalhoso e demorado,

quando o bem tem uma vida útil longa. Nesse caso pode-se usar a

fórmula a seguir:

Sn = (n + 1) n/2

Page 36: Apostila de administração rural

Exemplo: um bem com 35 anos de vida útil: Sn = (35 + 1) x 35/2 �

Sn = 36 x 35/2 = 18x35/2 = 630

Outro método consiste em esperar o ano se completar e

avaliar o preço do bem no mercado. A diferença de um ano para

outro será a depreciação. Pouco usado e não permite calcular

custos de produção ”a priori`” , portanto não serve aos propósitos

aqui pretendidos.

5.5 RISCOS:

A atividade rural é um empreendimento a céu aberto, e como

tal, sujeita aos riscos de intempéries climáticas e ainda oscilações

em face de volatilidade dos preços dos produtos agrícolas no

mercado.

Além das recomendações acerca de cultivo que contemplem

as melhores épocas quanto ao clima e monitoramento de possíveis

eventos adversos, com o objetivo de fugir dos períodos de maior

vulnerabilidade climática; podem-se constituir fundos para fazer

frente a períodos em que o clima ou os preços não foram

favoráveis, apesar de todas as cautelas.

Estes são a soma que se considera cada ano para formar um

fundo que permita pagar imprevistos parciais ou totais que a

atividade ou o bem pode sofrer.

Ex. geada, seca, inundação, frustração de preços, etc.

Analisa-se um determinado período e verifica-se a

periodicidade de sinistros e frustrações que ocorreram.

Page 37: Apostila de administração rural

Ex. se a cada 07 anos ocorre uma seca que quebra em média

60% da produção. Reserva-se 1/7x 60 %) da produção para cobrir

tais prejuízos.

Outro modo seria: RB – Despesas = resultado

RB/alq. = 140 sc de soja de R$ 41,00 = R$ 5.740,00/alqueire

Despesas = R$ 2.500,00/alqueire

RB= 5740 – 2500 = 3240,00/ alq.

6/7 x 3240 = 19440/7 = 2777,15/alq./ano

3240 – 2777,15 = R$ 462, 86/alqueire/ano a ser reservado para o

fundo de risco.

IDEAL: seria conseguir ter uma safra completa sem

compromissos.

5.6 CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO

Estima-se que se gasta 50% do valor do bem ao longo de sua

vida útil com reparos e manutenção no caso de máquinas. No caso

de construções recomenda-se calcular 1% do valor do bem por ano.

Máquinas: taxa de cons. e manutenção (Cs)= [valor do bem x 50%]/

vida útil.

Construções: [valor x 1%]= taxa de conservação e reparos no ano.

5.7 CÁLCULO DO CUSTO HORA/MÁQUINA:

Deve ser calculado o custo do trator mais o equipamento a ser

utilizado na operação, além da mão de obra permanente e

temporária envolvida na operação e ainda o custo da garagem de

máquinas.

Page 38: Apostila de administração rural

No caso de colhedora calcula-se a máquina, a mão de obra, a

carreta graneleira e a garagem. O caminhão entra como custa de

frete.

5.7.1 Trator e/ou colhedora

-Salário do operador + encargos sociais

-Combustíveis

-Lubrificantes e graxas (20% do combustível para trator e 30 a

50% para colhedoras e/ou máquinas mais sofisticadas).

-Depreciação

-Conservação e reparos (1/2 valor dividido pela vida útil em

horas)

- Garagem.

5.8.2 Equipamentos

- lubrificantes e graxas (valor irrisório): pode-se desprezar

- conservação e reparos (igual do trator)

-depreciação

-garagem

5.8 INDICADORES DE RESULTADOS/AVALIAÇÃO DO

DESEMPENHO ECONÔMICO/FINANCEIRO

São indicadores que permitem avaliar se o resultado

econômico da atividade ou do investimento pretendido é satisfatório

e recomenda a sua realização. Através de sua análise pode-se

mensurar riscos e os resultados prováveis com o empreendimento.

Page 39: Apostila de administração rural

5.8.1 Retorno sobre o Investimento

RI = E – D C

E= receita adicional média (devida ao investimento), mas sem

considerar a depreciação.

D= depreciação adicional média

C= capital adicional necessário ao investimento.

Vantagens:

- taxa de RI é facilmente calculada

- valores projetados podem ser comparados com dados

passados

Desvantagens:

- pode induzir a erros, por não considerar o fator tempo.

- o resultado obtido (RI) não serve para comparar com o custo

do capital para a empresa.

- usando médias, o método falha por não considerar quando

os resultados ocorrem.

- ocasionalmente resulta em escolha acertada da melhor

alternativa de investimento.

5.8.2 Razão benefício/ custo

Page 40: Apostila de administração rural

B/C= soma dos benefícios líquidos devidos ao projeto dividido

pelo valor presente do investimento

O critério usado para aprovação por este indicador é que o

resultado seja maior do que 1,0.

���Então B/C deve ser maior que 1,0.

Tem como vantagem a facilidade de cálculo. A desvantagem

é que a análise é superficial.

5.8.3 Análise de sensibilidade:

Este método quando bem empregado pode ser bastante útil

na empresa rural, pois permite medir possíveis variações

provocadas por oscilações de mercado ou problemas climáticos.

O método consiste em alterar uma variável e recalcular a

viabilidade do investimento nessa nova condição para avaliar sua

sensibilidade a variações incontroláveis.

Exemplo:

Ao comprar um trator calcula-se o retorno sobre o

investimento e a capacidade de pagamento com base em preços de

mercado, mas sabe-se que estes podem sofrer variações. A

produtividade prevista também pode sofrer variações em face de

adversidades climáticas.

Pode-se então prever uma seqüência de resultados com

preços médios altos, uma de preços médios normais e uma de

preços médios baixos e verifica-se nas três situações qual será o

retorno do investimento e o tempo necessário para o retorno. Com

base em situações passadas é possível mapear-se possíveis

Page 41: Apostila de administração rural

adversidades climáticas e projetá-las para analisar variações devido

ao clima.

A análise de sensibilidade com base em eventos climáticos

deletérios não deve ser feita por períodos longos, pois pode induzir

a erros, fazendo crer que bons projetos sejam inviáveis.

O melhor seria a análise pela variação de preços.

Em face dessas possibilidades alguns bancos (BB,

principalmente), pedem que os projetos sejam calculados por

valores médios de mercado.

A análise pelos valores médios pode levar à distorções, pois

em períodos continuados de bons resultados de preço e de

produção, investimentos rejeitados pagam-se facilmente.

5.8.4 Período de recuperação do Capital – PRC ou Pay back.

É o número de anos necessários para a empresa recuperar o

dinheiro investido no projeto.

Bastante usado em projetos de investimento, é calculada

somando-se os resultados líquidos ao longo de um determinado

período até a recuperação do capital investido.

a) Vantagens:

-Método simples de calcular e bastante difundido.

b) Desvantagens:

-É demorado para conseguir os dados necessários ao seu

cálculo;

-Não mede a lucratividade dos investimentos

Page 42: Apostila de administração rural

-A escolha do período ótimo para seu retorno é arbitrária;

-Não considera o valor do dinheiro no tempo.

5.8.5 Valor presente:

Teve sua maior aplicação no período inflacionário. Atualmente

tem sua utilidade, mas vem sendo pouco usado e tem certa

complexidade.

5.8.7 TIR – Taxa Interna de Retorno

É um bom método, mas de certa complexidade.

5.8.8 Ponto de Nivelamento ou Ponto de Equilíbrio

O método consiste em encontrar o chamado ponto de

nivelamento (PN) ou ponto de Equilíbrio (PE) que seria o momento

em que as receitas empatam com os custos. Quanto mais baixo for

o ponto de nivelamento melhor, pois serão necessários menos

recursos para cobrir os custos. Por outro lado, empreendimentos

em que o PN for muito alto sinalizam que a empresa tem de

produzir muito para cobrir os custos, podendo se tornar inviável por

pequenas oscilações de mercado.

5.8.9 Método dos Orçamentos Parciais:

Page 43: Apostila de administração rural

Muito útil para analisar modificações e/ou novos investimentos

na empresa rural. É complexo e demorado, mas apresenta

resultados satisfatórios.

Este método, aliado a análise da sensibilidade propicia boas

ferramentas para uma análise da viabilidade de investimentos

futuros na empresa rural. O método consiste na utilização do

seguinte esquema:

A – aumento das despesas R$ ...........................

B – diminuição da renda R$...........................

Subtotal (A + B) R$...........................

C – diminuição das despesas R$.........................

D – aumento da renda R$.........................

Subtotal (C + D) R$..........................

Se: 1): (C + D) – (A + B) maior que zero � é viável o investimento

2): (C + D) – (A + B) igual a zero � é indiferente (não muda nada)

3): (C + D) – (A + B) menor que zero � é desaconselhável o

investimento

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Page 44: Apostila de administração rural

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5.9.1 FISCAIS

� São utilizados pelos� contadores e aplicados às grandes

empresas urbanas.

5.9.2 GERENCIAL

É uma estrutura criada para armazenar de forma organizada a

movimentação de receitas e despesas da atividade do empresário.

Deve ser criada de acordo com o tipo de movimentação e

atividade do empresário.

���� Ex. se você planta milho e seu vizinho têm bovinocultura

leiteira os planos de contas deverão ter características diferentes

que atendam suas especificidades��������

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Ele é a porta de entrada das movimentações financeiras do

seu negócio.

Imagine uma gaveta ou armário onde se guardam todas as

notas fiscais, recibos, faturas, etc.

Os documentos misturam-se todos e vira uma bagunça, de

modo que não permite que se você procure alguma nota ou algo

assim, ele seja encontrado com facilidade.

Mas se o seu armário ou gaveta tiver várias repartições para

que você possa guardar seus documentos separadamente (soja,

trigo, leite, etc.), fica fácil e prático de localizar e entender.

Exemplo: PROPRIEDADE “A”:

Page 45: Apostila de administração rural

Conta bancos: - Banco do Brasil: - Sicredi: - HSBC: Grãos: - Soja: Indústria Semente produzida - Milho: - Trigo: Indústria Semente produzida Pecuária: - Aves: - Bovinos: Corte Leite Insumos agrícolas: Fertilizantes - formulados -Super triplo - uréia Corretivos -calcário

- gesso - fosfato natural Sementes -soja

- milho - trigo Defensivos - herbicidas - inseticidas - fungicidas - raticidas Combustíveis - óleo diesel ���� ���� ���� ���� ���� ���� - gasolina - álcool Lubrificantes Insumos veterinários - Rações - aves de corte - bovinos de leite - aves poedeiras - suínos. -Sal comum -Sal mineral - Medicamentos - Vacinas - vermífugos

Page 46: Apostila de administração rural

Cons. e manutenção - cercas - construções - máquinas - implementos - reforma de terraços Mão de obra - permanente

- temporária Peças - filtros - correias PROPRIEDADE “B” Repetir os procedimentos Ou então: FAZER O PLANO DECONTAS GERAL E DIVIDIR CADA CONTA: Conta bancos: - Banco do Brasil: Propriedade A Propriedade B - Sicredi: Propriedade A Propriedade B - HSBC: Propriedade A Propriedade B Grãos: Soja: Indústria Propriedade A Propriedade B Semente produzida Propriedade A Propriedade B Milho: Propriedade A Propriedade B Trigo: Indústria Propriedade A Propriedade B Semente produzida Propriedade A

Page 47: Apostila de administração rural

Propriedade B Pecuária: Aves: Propriedade A Propriedade B Bovinos: Corte Propriedade A Propriedade B Leite Propriedade A Propriedade A Insumos agrícolas: Fertilizantes - formulados Propriedade A Propriedade B - Super triplo Propriedade A Propriedade B - uréia Propriedade A Propriedade B

Corretivos - calcário Propriedade A Propriedade B

- gesso Propriedade A Propriedade B

- fosfato natural Propriedade A Propriedade B

Sementes - soja Propriedade A

Propriedade B - milho Propriedade A Propriedade B - trigo Propriedade A Propriedade B -Sal comum

E assim por diante para cada item de despesa. A aplicação

desse segundo procedimento deve ser bem analisada antes de se

Page 48: Apostila de administração rural

tomar a decisão de qual modelo adotar, porque se por um lado

facilita por ser apenas um plano de contas, por outro, aumenta sua

complexidade, tornando difícil ao empresário rural compreende-lo

com facilidade.

5.9.3 CENTRO DE CUSTOS:

É para onde vão as movimentações financeiras que

representam receitas ou despesas. Ao realizar uma despesa com

insumo ou serviço é necessário determinar a atividade que

ocasionou esta despesa (Centro de custos).

Assim, a atividade que foi beneficiada com a compra do

insumo ou o serviço irá receber os custos.

- ex. sulfato de amônio p/ milho, inoculante para a soja,

aplicação de herbicida 2,4 – D no trigo, etc.

- Exemplos de Centros de Custos:

a) Cultura da soja:

b) Cultura do trigo

c) Avicultura de corte

d) Bovinocultura de leite

e) Administração

f) Agroindústria

g) Oficina mecânica

Existem basicamente dois tipos de Centros de Custos:

Page 49: Apostila de administração rural

A) - Centro de Custos Produtivos – são relacionadas as

produtivas desenvolvidas em uma propriedade rural. Elas

geram despesas e receitas. Exemplo: milho, feijão, soja, leite,

etc.

B) - Centro de Custos Intermediários – nesse vão as

atividades que dão suporte às atividades produtivas, servem

para mantê-las funcionando. Suas despesas devem ser

rateadas entre as atividades produtivas. Ex.; administração,

oficina, etc.

5.9.4 Exemplo de Centro de Custos Produtivos

- soja plantio direto - talhão 01

- talhão 02

- talhão 03

- milho safra normal - talhão 01

- talhão 02

- milho safrinha - talhão 01

- talhão 02

5.9.5 CRITÉRIOS DE RATEIO:

O rateio deve ser proporcional à área cultivada. No caso de

produção animal, proporcional ao número de unidades animais

(bovinos), ou número de barracões (aves), pocilgas (suínos), etc.

No caso de máquinas agrícolas, ratear conforme o número de

horas trabalhadas em cada atividade.

Page 50: Apostila de administração rural

5.9.5 INDEXAÇÃO DE VALORES:

Escolher uma moeda que sirva de parâmetro para avaliar os

resultados da atividade e não sofra muitas variações. Talvez seja

necessário indexar mais de um valor. Por exemplo, o dólar e a

quantidade de sacas de soja. A indexação pode ser feita somente

nos cálculos finais para facilitar os cálculos.

A moeda ou as moedas que forem utilizadas como

indexadoras devem ter seu valor de época registrado. Exemplo: em

cada item de despesa deixe espaço para converter o valor em

sacas de soja, ou outra de sua escolha.

No final, ou no início de um dos cantos da página deixe um

espaço para colocar o valor da saca de soja e do dólar ou outro

indexador de sua escolha.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 51: Apostila de administração rural

ANDRADE, J. G. Introdução à administração rural. UFLA, Lavras – MG,

2001.

ANTUNES, L. M.; ENGEL, A. Manual de administração rural – custos de

produção. Livraria e editora agropecuária, Guaíba – RS, 3. ed. 1999.

CHIAVENATO. Idalberto. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books,

1993.

HOFFMANN, R. ENGLER; J.J.C., SERRANO; O. THAME; A. C. M., NEVES,

E.M. Administração da empresa agrícola. 2. ed. Revista editora livraria

editora Pioneira. São Paulo – SP, 1978.

MARION, J. C. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade

da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. Editora Atlas S. A. 4.ed.

1996; segunda tiragem.

MENDES, J. T. G. Economia agrícola: princípios básicos e aplicações.

Editora ZNT Ltda. Curitiba – PR, 1998.

NORONHA, J. F. Projetos agropecuários – Administração financeira,

orçamento e viabilidade econômica. São Paulo, Atlas, 2. ed.1987.

7ANEXOS

Page 52: Apostila de administração rural

7.1MODELO DE UM CUSTO DE PRODUÇÃO SUGERIDO: DISCRIMINAÇÀO Custo R$/ha R$/sc 1CUSTO VARIÁVEL Insumos M. O. temporária Cons. e Reparos Máquinas Implementos Benfeitorias Veículos combustível

CV PARCIAL Frete externo Recepção, secagem e limpeza Tributos variáveis (CESSR) Seguro (proagro) Juros (custeio) Desp. gerais

CV TOTAL 2 CUSTO FIXO Depreciação Máquinas Implementos Benfeitorias Tributos fixos (ITR) M. O. permanente

OUTROS CUSTOS FIXOS a) Seguros sobre capital fixo - máquinas - Implementos - benfeitorias b) Juros sobre capital fixo - máquinas - implementos - benfeitorias - terra c) amortização de parcelas de financiamento d) pgto renda e)rem. Produtor f) outros

CF TOTAL CUSTO TOTAL DA PRODUÇÃO

7.2 DESDOBRAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÀO insumos Área/ha Dose/ha Qtdade Preço Valor total

Page 53: Apostila de administração rural

total unitário R$ R$ sementes FERTILIZANTES - plantio - cobertura CORRETIVOS - calcário - fósforo Inoculantes HERBICIDAS - manejo -pré plantio -pós emergente INSETICIDAS - trat. Sementes - c. Lagartas - c. Percevejos FUNGICIDAS - trat, sementes - parte aérea DESSECANTES

SOMA

OPERAÇOES/ SERVIÇOS Reforma de terraços Aplicação de calcário Aplic. Herb. - manejo - Pré -Pós Tratam. Sementes Aplic. Fung (2) Plantio e adubação Colheita Transporte

SOMA

7.3 CADERNETA DE CAMPO: MAN. DE MÁQUINAS/MOTOTRES

Page 54: Apostila de administração rural

TIPO: trator marca modelo, ano. Qtdade n. horas Qtdade n. horas Combustível Trocas de óleo próxima troca - carter - hidráulico - filtros - - - Graxas - - Outros

Serviços realizados horas trabalhadas cultura

- lavração/aração - subsolagem - plantio - pulverização - herb. - inset. - fungicida - outro -

Colheita

Observação:

7.4 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSOS: PAGTOS EFETUADOS PAGTOS A REALIZAR

Data histórico valor R$

Data histórico valor R$

TOTAL NO ANO

Observações:

7.5 RECEITAS E DESPESAS POR CULTURA

Page 55: Apostila de administração rural

Data qtidade Descrição da receita ou

despesa

Despesa

R$

Receita

R$

TOTAL

SALDO

7.6 RESULTADO FINANCEIRO DA PROPRIEDADE:

ÍTEM VALOR R$ INDEXADOR

(soja)

1 RECEITA BRUTA

2 DESPESA TOTAL

3 RENDA BRUTA (receita – despesa)

4 DEPRECIAÇÀO

5 RENDA LÍQUIDA (RB – depreciação)

6 CUSTO UNITÁRIO (kg/sc/ton/l)

7 RECEITA UNITÁRIA (kg/sc/ton/l)

8 RENDA LÍQUIDA UNITÁRIA

9 RENDA LÍQUIDA POR HECTARE

10 PRODUTIVIDADE (sc/ha)

7.8 INVENTÁRIO/ DIAGNÓSTICO DA(S) PROPRIEDADE(S)

Page 56: Apostila de administração rural

Nome do proprietário:

CPF/RG: Estado civil:

Nome do cônjuge:

Natural de: Data de nascimento:

Endereço:

Nome da propriedade:

Localização: Lotes, glebas, CRI, município e Comarca.

Roteiro de acesso:

Área total do imóvel (ha):

Características físicas do imóvel:

Fertilidade natural aparente: Boa % Média % Baixa %

Análise de solo: Tem análise?

S/N

Realiza todo

ano? S/N

Necessita

calcário? S/N

Quantidade

T/ha. S/N

Correção da Fertilidade: quantidade aplicada (kg ou T/ha.) Calcário Gesso Fosfato

Córregos/minas/ aguadas:

temporárias permanentes quantidadade

Clima: S/N Chove bem? Ocorrem veranicos? Quando?

TECNOLOGIA EMPREGADA NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS: S/N Semeadura

direta

Adubação de

base

Adubação de

cobertura

Controle

químico

Controle

biológico

HISTÓRICO DE PRODUÇÃO DO IMÓVEL:

Page 57: Apostila de administração rural

ano cultura Área cultivada

(ha.)

produtividade Produção total

2005/06

2005/06

2006/07

2006/07

2007/08

2008/09

2009/10

Soja

Milho

Soja

trigo

.....

50,0

24,0

74,0

3.6,0

......

50 sacas

120 sacas

52 sacas

48 sacas

......

2.500 sacas

2.880 sacas

3.848 sacas

1.728 sacas

....................

OBJETIVOS E METAS A SEREM BUSCADOS: soja Milho trigo outra

Produtividade

área produtividade área produtividade área produtividade área

Comercialização da produção: relacionar a(s) empresa com quem realiza

suas operações comerciais.

Administração: quem administra a propriedade (dono, capataz, filho, etc.)

AVALIAÇÃO PATRIMONIAL: A) DISTRIBUIÇÃO DAS TERRAS terras Área (há) Valor R$ Valor total R$

Mecanizadas Pastagem mecanizada Pastagem não mecanizada Reflorestamento Cultura perene Mata (res. legal) Rios, córregos, aguadas, mata ciliar inclusa Sede

TOTAL

Page 58: Apostila de administração rural

B) BENFEITORIAS E CONSTRUÇÕES Descrição do bem Estado de

conservação

Valor R$

01 casa de alvenaria coberta com telhas francesa em estrutura pré moldada com 150 m2 01 casa de sede em

alvenaria cob. c/ telhas

coloniais c/180 m2

02 casas de empregados,

de madeira, cob com

telhas e c/ 60 m2 cada

01 tulha de madeira,

coberta com telhas de 30

m2

Bom

Médio

médio

ruim

80.000,00

110.000,00

50.000,00

2500,00

TOTAL XXXXXXXXXXXXXX

Estado de conservação: ótimo ou novo, bom, médio ou ruim.

C) MÁQUINAS/MOTORES E EQUIPAMENTOS: Especificação Estado de

conservação Valor R$

01 trator ano, modelo, marca, estado de conservação. 01 Camioneta...., marca, modelo, ano, estado de cons. 01 colhedora de cereais, marca, modelo, ano, etc. 01 motor estacionário marca, modelo.... 01 pulverizador de barras, marca, modelo, ano, com ......bicos 01 semeadeira adubadeira, marca, modelo, ano, de 15 linhas ... ...

TOTAL XXXXXXXXXXXX

Page 59: Apostila de administração rural

D) ANIMAIS DE PRODUÇÃO E TRABALHO: CATEGORIA ANIMAL IDADE VALOR R$

02 animais de trabalho, 08 vacas de leite mestiça holandesa preto e branco com ...anos 01 touro gir com idade de ......anos .............. .............

TOTAL XXXXXXXXXXXXX

E) ESTOQUE DE PRODUTOS VETRINÁRIOS QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO VALOR R$

TOTAL XXXXXXXXXXX

F) ESTOQUE DE INSUMOS AGRÍCOLAS QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$

3,2 ton

3 gl

30 sc

Adubo 00-20-20

Round up

Semente de aveia

3.600,00

TOTAL XXXXXXXXXXXXX

F) ESTOQUE DE INSUMOS VETRINÁROS QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$

doses

Frascos de 250 ml

frascos

Sacas de 25 kg

Vacinas

vitaminas

bernicida

Ração para aves

TOTAL XXXXXXXXXXXXX

Page 60: Apostila de administração rural

G) ESTOQUE DE PRODUTOS AGRÍCOLAS QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$

200 sc

50 sc

150 sc

Feijão carioca

Arroz em casca

milho

16.000,00

TOTAL XXXXXXXXXX

H) OUTROS ATIVOS PATRIMONIAIS DA ATIVIDADE RURAL

Produtos depositados: cooperativas Cerealistas indústria Quantidade

valor quantidade valor quantidade valor

Depósitos em bancos: Banco A Banco B Banco C

Valores a receber

R$

TOTAL R$

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DÍVIDAS RURAIS:

BANCOS..................................................................R$

PARTICULARES.....................................................R$

TOTAL DÍVIDAS.....................................................R$

PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$..................................