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Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 30

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A matéria deste ponto visa explicar que o português — como qualquer língua — está sujeito a variação. Essa variação, essa mudança, verificamo-la quer diacronicamente (ou seja, analisando diferentes momentos do português), quer sincronicamente (isto é, verificando que, mesmo num só momento histórico, o português varia em função da origem geográfica do falante, do seu perfil social — cultura, idade — e da situação de comunicação).

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O ponto 1.3 define as «variedades situacionais»; o 1.2 trata das «variedades sociais» (ou socioletos); o 1.1 tem como título «variedades geográficas» (ou dialetos). No ponto 1.1.1 mostram-se três resultados da história do português também muito relacionados com a própria geografia: as variedades (ou variantes) europeia, brasileira (ou sul-americana) e africana(s) do português.

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No parágrafo 1.4, menciona-se a variação histórica (ou diacrónica), dizendo-se-nos ainda que a mudança linguística (que está na base quer da diversidade a que se aludiu nos pontos 1.1 a 1.3 quer das várias fases históricas do português) é observável até numa mesma sincronia (já que nesta podem coexistir uma gramática mais arcaizante e outra em que se vão já notando resultados de mudanças linguísticas em curso).

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No primeiro sketch que vamos ver ficam salientadas as três variantes (ou variedades) do português, mas também a variação dialetal dentro do território do português europeu; o assunto será, portanto, a variação geográfica. No segundo sketch alude-se à diversidade de registos (ou níveis) e à formalidade ou informalidade do uso da língua, o que já se relaciona quer com a variação social quer com a variação situacional.

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Em «Padre que não sabe fazer pronúncia» (série Meireles), o protagonista é um seminarista que, segundo o padre seu orientador, não consegue ter a pronúncia devida. Deves estar atento às pronúncias que o candidato a padre vai tentando e ir completando o primeiro quadro:

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Pronúncia ideal para um padre

da Beira, da Guarda.

pronúncia das sibilantes: «[ch]otaque»; 2.ª pessoa do plural: «percebeis»

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Pronúncias tentadas pelo seminarista

portuense (nortenho)

ditongações: «t[ua]dos» (todos); bê por vê: «Co[b]ilhã»; léxico: «carago».

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alentejano

alongamento das vogais finais: «padriii»; nasalizações: «v[ã]mos».

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brasileiro

supressão do –r final: «dançá» (dançar); vogais átonas pouco reduzidas: «chap[á]» (chapa); léxico: «meu chapa».

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moçambicano

vogais átonas mais abertas.

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inglês do Algarve

paragoge e vogais menos reduzidas: «rêzar[e]» (rezar).

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Estas pronúncias — «sotaques» — representam ora as zonas geográficas a que pertencem falantes de língua portuguesa ora, em um caso, a influência que uma diferente língua materna tem sobre a pronúncia do português. Dividamo-las em três tipos:

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Casos no sketch

beirão; portuense; alentejano.

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português brasileiro; português de África.

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português por inglês do Algarve.

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Relativamente ao sketch «Policiês/Português» (série Fonseca), procura resumir a situação, completando o texto com os termos que ponho. Relanceia também o ponto «3. Registo formal e informal», no pé da p. 322 e no cimo da 323. popular / familiar / corrente / cuidado / gíria / variedade regional / escrito / oral / formal / informal

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Um polícia parece querer multar um automobilista. Ao descrever a manobra incorrecta efectuada e a sanção que vai aplicar, recorre a um nível de língua cuidado, usando linguagem mais típica do meio escrito (que, em geral, segue um registo formal), do que do meio oral (quase sempre, mais informal).

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Ainda por cima, adota termos que talvez se possam considerar de uma gíria própria, específica dos polícias. Por isso, o automobilista nada percebe.

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Um indivíduo que está por ali vem então traduzir o discurso do polícia para um nível de língua corrente e, às vezes, até familiar ou mesmo popular.

Acaba por se perceber que o polícia aceita ser subornado, e fica tudo resolvido.

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Diga-se ainda que, pela pronúncia de três palavras («gra[b]e», «indi[b]íduo», «de[rr]espeito»), percebemos que o polícia fala conforme uma determinada variedade regional (ou dialecto), provavelmente a beirã (ou, então, a transmontana).

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Evitei emendas estruturais (pus acentos, corrigi restantes erros ortográficos, mexi pouco na pontuação).

Prepara leitura em voz alta (coloquial, de contador de histórias, só ligeiramente dramatizada).

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TPC — Aproveito só para lembrar os dois últimos tepecês: (i) estudar/fazer as pp. 60-62 do Caderno de Atividades, sobre atos ilocutórios; (ii) ler o que escrevi sobre ‘leituras’ em Gaveta de Nuvens e ir avançando para algum livro, ou continuando o que já se estivesse a ler. (Recordo, enfim, que quem, em novembro/dezembro, não entregou o microfilme autobiográfico deveria fazê-lo agora.)

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