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Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 31

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Na sua crónica, Fernanda Câncio, depois de relatar a inicial desconfiança pelo mundo da net, concluía que os blogues são um espaço de liberdade, de debate, decerto com defeitos mas talvez não mais do que os que encontramos em outros media. Miguel Esteves Cardoso está menos otimista quanto às virtualidades da net em termos de informação, baseando-se no que sucedera no dia de Natal. Nesse

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dia, como os jornais não saíssem, também a internet se mostrara desoladora, porque, no fundo, está dependente das fontes convencionais. O cronista antecipa que, se os meios de comunicação tradicionais desapa-recessem, faltariam as notícias (que a net, sozinha, não conseguiria assegurar).

[105 palavras]

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Fernanda Câncio fala que diz-nos

considera refere admite defende explica argumenta assevera tem a opinião de

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FernandaMiguelFernanda CâncioMiguel Esteves Cardoso / Esteves Cardoso* CâncioMECA cronista / O cronistaO escritorO autor de A Causa das Coisas

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Na crónica, diz-sediz-se-nosargumenta-seconsidera-se...

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ao iníciono início

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chamamos dechamamos

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própriamentelegítimamenteextraordináriamente

propriamente (próprio)legitimamente (legítimo)extraordinariamente (extraordinário)

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forreticecravaparasita multiforme

coisas

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Escreve uma resposta a 1.1 (p. 149).

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Embora indiretamente, o cartoon critica a agenda informativa da comunicação social, que valoriza des-proporcionadamente o que parece ser do interesse imediato de audiências e leitores, em detrimento do tratamento de temas importantes mas menos apelativos. Na situação caricatural em causa, os jovens não identificam uma figura cultural cimeira, Camões, obnubilados como estão pelas peripécias menores da seleção portuguesa.

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Põe no discurso indireto todas as falas do cartoon:

O rapaz ruivo perguntou...

O miúdo mulato e com um três na camisola...

O catraio mais à direita...

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O rapaz ruivo perguntou a Camões se era português. E disse-lhe que, nesse caso, devia conhecer [o] Pauleta.

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O miúdo mulato e com um três na camisola perguntou se aquilo ali era a lista dos convocados.

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O catraio mais à direita perguntou a Camões se conhecia [o] Figo. E con-cluiu que ele afinal não conhecia ninguém.

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O rapaz ruivo perguntou a Camões se era português. E disse-lhe que, nesse caso, devia conhecer [o] Pauleta.

O miúdo mulato e com um três na camisola perguntou se aquilo ali era a lista dos convocados.

O catraio mais à direita perguntou a Camões se conhecia [o] Figo. E con-cluiu que ele afinal não conhecia ninguém.

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O tipo de discurso que no sketch é designado como «manuelmachadês» resulta de uma série de infrações à máxima conversacional de modo, já que é sobretudo a clareza da mensagem que sai prejudicada.

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Porém, não podemos dizer que o princípio de cooperação seja verdadeiramente posto em causa, porque a linguagem de Manuel Machado será compreensível para os intervenientes do meio futebolístico, a quem ele se dirige. É certo que há um exagero de sinónimos mais «aperaltados» (usuais na gíria do futebol), mas percebemos que esse esforço de requintar o que podia dizer-se de forma simples até obedece à vontade de cumprir bem o papel de entrevistado.

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(Ou seja: é o princípio de cortesia que leva o treinador a ser tão complicativo. Se ele respondesse liminarmente, o jornalista não teria grande entrevista e considerá-lo-ia um convencido.)

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Quais são os recursos estilísticos (as figuras de estilo) usados por Manuel Machado para conseguir a tal complexificação? Não são muitos. Em geral, pode dizer-se que usa perífrases (ou circunlóquios; isto é, diz em muitas palavras o que poderia ser dito em poucas). Vendo mais de perto, essas perífrases resultam de:

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(1) troca de palavras/expressões por outras suas sinónimas mas de registo mais cuidado (nestes casos, pode surgir uma ou outra expressão com origem em metafóra).

(2) troca de palavras/expressões por outras mais abrangentes, ou mesmo inadequadas, por eufemismo (evitando ‘ferir susceptibilidades’).

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1211

1/2221

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Na última fala — «este tipo que andou no meio do terreno não presta» —, o inesperado é Machado não ter recorrido a um eufemismo (adocicando a crítica ao árbitro).

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TPC (a entregar nas próximas duas ou três aulas) — Para efeitos do concurso «Eu conto...», escreve um conto subordinado ao tema «Coopera-ção/Solidariedade», com de três a cinco páginas A4, em Times New Roman, a corpo 12, com entrelinha de dois espaços. (Na versão em papel que me entregares, eu lançarei emendas, que introduzirás depois na versão final — não percas, portanto, o ficheiro.)

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Não interpretar «conto», obrigato-riamente, como ‘conto popular’ ou mesmo como ‘narrativa’

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Não ficar demasiado constrangido com a subordinação a ‘solidariedade’, ’cooperação’