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SEMINÁRIO II ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS Juliana Furtado Costa Araujo Doutora em Direito Tributário pela PUC/SP Procuradora da Fazenda Nacional

Aula 2 - Espécies Tributárias (Juliana Araújo)

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Agosto de 2011. PUC/SP-Cogeae. Especialização em Direito Tributário. Tema: Espécies Tributárias. Prof. Juliana Araújo

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SEMINÁRIO II – ESPÉCIES

TRIBUTÁRIAS

Juliana Furtado Costa Araujo

Doutora em Direito Tributário pela PUC/SP

Procuradora da Fazenda Nacional

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Classificar:

• Distribuir objetos em classes distintas

• São eleitos critérios distintivos.

• A depender do número de critérios, surgem duas

ou mais espécies do gênero

• Classificação é arbitrária

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

• “Operação lógica de tomar determinada classe e,

dentro dela, eleger-se critério pertinente à

natureza do conjunto, separando tantas classes

quanto for possível, para com isso dar ensejo ao

aparecimento de grupos formadores de

subclasses, subdomínios, subconjuntos” (Paulo de

Barros Carvalho)

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Classificação tripartite:

Ponto de partida: RMIT (h.i/b.c)

Critério utilizado: vinculação da hipótese deincidência à atuação estatal.

Tributo vinculados e não vinculados.

Não confundir com destinação do produto daarrecadação.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Art. 4º A natureza jurídica específica do

tributo é determinada pelo fato gerador da

respectiva obrigação, sendo irrelevantes para

qualificá-la:

• I - a denominação e demais características

formais adotadas pela lei;

• II - a destinação legal do produto da sua

arrecadação.

- É posterior à extinção da obrigaçãotributária, assim como a restituição do valorpago.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Classificação em 5 espécies

(STF - RE 138284-8/CE)

Imposto

Taxa

Contribuição de melhoria

Empréstimo compulsório

Contribuição

- Ponto de partida: normas constitucionais decompetência.

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Critérios:

• Vinculação da h.i. à atuação estatal

• Destinação do produto da arrecadação

• Previsão legal de restituição do valor pago

Art. 167, IV, da CF: “São vedados a vinculação dereceita de impostos a órgão, fundo ou despesa…”

Arts. 148, 149 e 195, da CF: exigem determinadaprevisão legal de destinação/restituição

Empréstimo compulsório e contribuições comoespécies tributárias autônomas ou subespéciesnão altera o RJ constitucional.

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1. IMPOSTOS:

Critério Material: Não há vinculação a umaatuação estatal.

Competência: Todos os entes políticos (art. 145da CF/88).

Materialidades na CF/88 – signos presuntivos deriqueza – atividade do particular.

Não há destinação do produto da arrecadação -art. 167,IV da CF/88.

Não há restituição

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

2. TAXAS:

Tributo vinculado a uma atividade estatal.

Destinação legal do produto da arrecadação (retributividade).

Não restituível

Sujeito passivo: quem recebe o benefício.

Sujeito ativo: ente que realiza o ato

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Nao podem ter base de cálculo própria dosimpostos – art. 145, 2º da CF/88.

Competência: todos os entes políticos

BC: custo da atividade

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

CTN

• Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos

Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,

no âmbito de suas respectivas atribuições, têm

como fato gerador o exercício regular do poder de

polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de

serviço público específico e divisível, prestado ao

contribuinte ou posto à sua disposição.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Espécies de Taxa:

a) pela prestação de serviço público específico e

divisível;

b) pelo exercício de poder de polícia.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Serviço público : atividade de oferecimento ou

utilidade ou comodidade material, fruível

diretamente pelo administrado, prestado pelo

Estado ou por quem lhe faz as vezes, sob

regime de direito público em favor dos interesses

próprios do sistema normativo.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

CTN

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória,sejam postos à sua disposição mediante atividadeadministrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidadesautônomas de intervenção, de unidade, ou denecessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização,separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Específico: fruído individualmente.

Divisível: mensuração individual do quantum

devido.

Efetivamente utilizado

Colocado à disposição: serviço de utilização

obrigatória

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

O que é obrigatoriedade?

Luciano Amaro – Ocorre o aparelhamento do Estado, não estando o serviço à disposição de todos.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

b) Taxa pelo exercício do poder de polícia Poder de PolíciaCTNArt. 78. Considera-se poder de polícia atividade da

administração pública que, limitando oudisciplinando direito, interesse ou liberdade,regula a prática de ato ou a abstenção de fato,em razão de interesse público concernente àsegurança, à higiene, à ordem, aos costumes, àdisciplina da produção e do mercado, aoexercício de atividades econômicasdependentes de concessão ou autorização doPoder Público, à tranqüilidade pública ou aorespeito à propriedade e aos direitos individuaisou coletivos.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Taxa e preço público

Relevância da distinção: regime jurídico aplicável.

Critério para efetuar a distinção: conceito de tributo

Taxa: Tributo, obrigatória, princípios da legalidade

e anterioridade/noventena.

Preço: contrato, voluntário, não atende aos

princípios da legalidade e

anterioridade/noventena.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

• Preço Público X Taxa.

• Súmula 545 : PREÇOS DE SERVIÇOS

PÚBLICOS E TAXAS NÃO SE CONFUNDEM,

PORQUE ESTAS, DIFERENTEMENTE

DAQUELES, SÃO COMPULSÓRIAS E TÊM SUA

COBRANÇA CONDICIONADA À PRÉVIA

AUTORIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, EM

RELAÇÃO À LEI QUE AS INSTITUIU.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

• RE 488200 / MS, Relator MIN. EROS GRAU, DJ 26/09/2006

3. A jurisprudência do Supremo está consolidada no entendimentode que a remuneração pela prestação do serviço de fornecimentode água e coleta de esgoto não tem caráter de tributo, mas depreço público. Veja-se, v.g., o RE n. 54.491, Relator o MinistroHermes Lima, 2ª Turma, DJ de 15.10.63. Nesse mesmo sentido: REn. 429.664, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 24.3.06; RE n.330.353, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 10.5.05; AI n.397.797, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 6.2.06.

4. Ainda que no caso discuta-se o serviço público compulsório, a

remuneração cobrada pela empresa concessionária é contratual,

de modo que a sua criação e majoração independem de lei.

A concessão do serviço público pressupõe o pagamento, pelo

usuário, ao concessionário, de preço público [= tarifa].

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PEDÁGIO

Pedágio:

Espécie tributária – art. 150, V, da CF/88

Natureza: taxa pela prestação de um serviço –

conservação de rodovias.

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PEDÁGIO

• Decisões interlocutórias – pedágio - preço

RE 323565, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE,

julgado em 15/06/2009, publicado em DJe-116

DIVULG 23/06/2009 PUBLIC 24/06/2009

RE 405943, Relator(a): Min. GILMAR MENDES,

julgado em 05/12/2006, publicado em DJ

09/03/2007 PP-00105

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

3. Contribuição de Melhoria – art. 145, III da CF/88

Vinculação mediata a uma atuação estatal

Não há restituição do valor pago.

Nao há destinação do produto da arrecadação.

Exige 3 elementos: 1) obra pública; 2)

valorização imobiliária; 3) nexo entre a obra e a

valorização

Competência de todos os entes federativos

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

BC – quantum da valorização

Sujeito ativo – ente que realiza a obra

Sujeito passivo – quem aufere a valorização

Princípio da proporcionalidade do benefício

recebido

Exigível – após realização da obra e uma única

vez

DL 195/67 e CTN – arts. 81 e 82.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

• TRIBUTÁRIO - PROCESSO CIVIL - CONTRIBUIÇÃO DEMELHORIA - VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA - BASE DECALCULO PRESUMIDA - ÔNUS DA PROVA - FAZENDAPÚBLICA - ARTS. 81 E 82 DO CTN E ART. 1º DO DECRETO-LEI 195/67 - VIGÊNCIA.

• 1. O valor a ser pago a título de contribuição de melhoria devecorresponder à valorização do imóvel, decorrente da obrarealizada, observados os limites do art. 81 do CTN.

• 2. Compete à Fazenda Pública demonstrar a base de cálculo dacontribuição de melhoria (valorização do imóvel) em decorrênciada obra pública, afastando-a de qualquer resquício confiscatório,como se daria na sua cobrança com base de cálculo presumida.

• 3. Agravo regimental não provido.

• (AgRg no Ag 1190553/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON,SEGUNDA TURMA, julgado em 17/08/2010, DJe 26/04/2011)

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Limites:

- CF/67: um total: o valor total arrecadado pelopoder público não pode ser superior ao valor gastona obra; outro individual: o valor cobrado nãopode ser superior à valorização imobiliária.

- CF/88: não fixa expressamente limites. Limiteindividual permanece/princípio não-confisco. Limiteglobal: suprimido da CF, mas constante de normageral de direito tributário.

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CTN

Art. 81. A contribuição de melhoriacobrada pela União, pelos Estados, peloDistrito Federal ou pelos Municípios, noâmbito de suas respectivas atribuições, éinstituída para fazer face ao custo deobras públicas de que decorra valorizaçãoimobiliária, tendo como limite total adespesa realizada e como limite individualo acréscimo de valor que da obra resultarpara cada imóvel beneficiado.

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REsp 147.094/PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,

PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/02/2011, DJe 21/03/2011)

1. Recurso especial no qual se discute a valorização imobiliária doimóvel na base de cálculo de contribuição de melhoria instituída peloMunicípio de Laranjeiras do Sul. O Tribunal de Justiça do Estado doParaná consignou que o município rateou o custo total da obraentre os proprietários dos imóveis que ficavam às margens dasruas asfaltadas, sem prever no edital o limite individual dobenefício trazido ao imóvel de cada contribuinte.

2. É pacífico no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de quea valorização individualizada do imóvel do contribuinte é fatordelimitador da base de cálculo da contribuição de melhoria, não sendopermitido tão somente o rateio do custo da obra entre aqueles queresidem na área em que foi realizada a obra pública.

Precedentes: AgRg no REsp 1.079.924/RS, Rel. Ministro FranciscoFalcão, Primeira Turma, DJe 12/11/2008; REsp 671.560/RS, Rel.Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJ 11/06/2007; REsp615.495/RS, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma, DJ17/05/2004; REsp 362.788/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, SegundaTurma, DJ 05/08/2002.

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3. O art. 81 do Código Tributário Nacional dispõe que "a contribuição demelhoria [...] é instituída para fazer face ao custo de obras públicas deque decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesarealizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obraresultar para cada imóvel beneficiado". Enquanto que o art. 82, § 1º, doCTN estabelece que "a contribuição relativa a cada imóvel serádeterminada pelo rateio da parcela do custo da obra [...] pelos imóveissituados na zona beneficiada em função dos respectivos fatoresindividuais de valorização".

4. No caso, como o Tribunal de origem consignou que não houve ocálculo individualizado do benefício trazido ao imóvel de cada um doscontribuintes localizados na área abrangida pela respectiva obrapública, forçoso reconhecer, então, que o acórdão recorrido viola osartigos 81 e 82 do CTN.

5. Recurso especial provido para restabelecer a sentença de 1ºGrau; prejudicadas as demais questões.

(REsp 147.094/PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/02/2011, DJe 21/03/2011)

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Normas exigidas:

1) lei, publicada antes do início da obra;

2) edital com elementos da obra e parcela do

custo a ser ressarcido;

3) NIC-lançamento.

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

4. Empréstimo Compulsório – art. 148 da CF/88

Restituível

Não vinculado

Destinação

Competência da União

Pressuposto para instituição: Incisos I e II do art.

148 da CF/88

Inexistência de materialidades na CF

Lei complementar

Princípio da anterioridade

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Pressuposto para instituição: Incisos I e II do art.

148 da CF/88

1) atender a despesas extraordinárias

(calamidade ou guerra);

2) investimento público urgente e relevante

Inexistência de materialidades na CF

Lei complementar

Princípio da anterioridade

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

5. Contribuições – artigos 149, 149 A e 195 da

CF/88

Não vinculadas

Destinadas – Questão da tredestinação

Não cabe restituição

Competência: União, exceto previdenciárias dosservidores públicos e para custeio da iluminação

É possível ter base de cálculo e FG deimpostos?

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REX 146.733- SP – Voto Min. Ilmar Galvao

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Impossível – duas contribuições com a mesma BC e FG. Exceção: PIS/Pasep e COFINS

Sujeito passivo: pessoa relacionada com a finalidade

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Classificação STF Rext 138284 CE

Contribuicoes

1. Contribuições Sociais

a)Contribuições sociais gerais

b) Contribuições sociais para seguridade social

c) Outras contribuições de seguridade social – art. 195, parágrafo 4º da CF/88.

2. Contribuições especiais:

a) Interventivas

b) Corporativas

c) Iluminação Pública (EC 39)

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

5.1. Contribuições Sociais Gerais – Salário-educação/Sesc/Senac – finalidade: ordem social

5.2. Contribuições para a seguridade social – art.195

Assistência, saúde e previdência social

Noventena – art. 195, parágrafo 6º.

Competência residual – art. 195, parágrafo 4º

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

5.3. Contribuição de intervenção no domínioeconômico

Interesses extrafiscais

Busca atender os fins dos art. 170 a 181 daCF/88

Sujeito passivo – explorador da atividadeeconômica

Materialidade da HI – fato econômico ligado aatividade objeto da intervenção

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

5.4. Contribuições Corporativas

custear entidades de fiscalização e regulação de

profissões

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

5.5. Contribuição de iluminação Pública – Art. 149 A

da CF/88.

Materialidade não determinada

Há finalidade

- Características:

1. Alcança toda coletividade

2. Campo de atuação: serviços públicos

BC – razoabilidade entre o custo do serviço e o

valor exigido

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• EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RE INTERPOSTO CONTRA DECISÃOPROFERIDA EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL.CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP.ART. 149-A DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR 7/2002, DO MUNICÍPIODE SÃO JOSÉ, SANTA CATARINA. COBRANÇA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIAELÉTRICA. UNIVERSO DE CONTRIBUINTES QUE NÃO COINCIDE COM O DEBENEFICIÁRIOS DO SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO QUE LEVA EM CONSIDERAÇÃO OCUSTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA E O CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADE DAALÍQUOTA QUE EXPRESSA O RATEIO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICÍPIO.OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA.INOCORRÊNCIA. EXAÇÃO QUE RESPEITA OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE EPROPORCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO IMPROVIDO. I - Lei que restringeos contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende oprincípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiáriosdo serviço de iluminação pública. II - A progressividade da alíquota, que resulta do rateio docusto da iluminação pública entre os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípioda capacidade contributiva. III - Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com umimposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por nãoexigir a contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. IV - Exação que,ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. V - Recursoextraordinário conhecido e improvido.

(RE 573675, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em25/03/2009, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-094 DIVULG 21-05-2009 PUBLIC 22-05-2009 EMENT VOL-02361-07 PP-01404 RTJ VOL-00211- PP-00536 RDDT n. 167, 2009, p.144-157 RF v. 105, n. 401, 2009, p. 409-429 JC v. 35, n. 118, 2009, p. 167-200)

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Vinculação

da h.i.

Destinação

legal

Previsão de

restituição

Imposto Não Não Não

Taxa Sim Sim Não

Contribuição

de melhoriaSim Não Não

Contribuição Não Sim Não

Empréstimo

compulsórioNão Sim Sim