23
AULA 4

Aula 3 e 4 sociologia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 3 e 4 sociologia

AULA 4

Page 2: Aula 3 e 4 sociologia

Weber é o principal representante da Sociologia alemã e questionador dos modos positivistas de formulação de leis sociais, tema que rendeu acirrados debates à sua época.

Defendia a idéia de que uma Ciência Social não poderia reduzir a realidade empírica à leis, pois tanto na escolha do tema a ser trabalhado quanto na explicação do acontecimento concreto, o cientista se vale de diversos fatores ligados à realidade dos fatos assim como a seus próprios valores, para dar sentido à realidade particular.

Page 3: Aula 3 e 4 sociologia

Entretanto, se faz necessário o uso de uma metodologia de estudo, e o método proposto por weber baseia-se no estado de desenvolvimento dos conhecimentos, nas estruturas conceituais de que se dispõe e nas normas de pensamentos vigentes, o que irá permitir a obtenção de resultados válidos não apenas para si próprio.

Page 4: Aula 3 e 4 sociologia

O sociólogo trabalha apenas com a realidade e busca características em comum na sociedade, sendo assim, a elaboração de um instrumento que auxilie na busca da compreensão dos comportamentos sociais, é fundamental. O tipo ideal é um modelo de interpretação-investigação, e é a partir dele que o cientista social irá analisar as sociedades e as formas de ação.

Page 5: Aula 3 e 4 sociologia

Para Weber, a ação é toda conduta humana dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e ação social é toda conduta dotada de sentido para quem a efetua, a ação social deve ser praticada com intenção. A partir disso, Weber constrói quatro tipos ideais de ação social que podem se enquadrar na sociedade.

Page 6: Aula 3 e 4 sociologia

Um dos sociólogos mais estudados, apresentou entre seus trabalhos uma classificação dos tipos de ação social, de acordo com os motivos que a geram. São eles:

1) ação tradicional, cuja realização se deve a um costume ou um hábito enraizado;

2) ação afetiva ou emocional, motivada por sentimentos do agente pelo seu(s) interlocutor(es);

3) ação racional com relação a valores, atitudes que envolvem um planejamento orientado pelos princípios do agente;

4) ação racional com relação a fins, atitudes cujo planejamento é orientado pelos resultados que serão alcançados com sua realização.

Page 7: Aula 3 e 4 sociologia

Weber define a Sociologia como a ciência que pretende entender, interpretando-a, a ação social, para explicá-la causalmente em seus desenvolvimentos e efeitos, ou seja, pretende explicar que tipo de mentalidade leva à realização das ações.

Page 8: Aula 3 e 4 sociologia

Partindo do conceito de sociologia e das ações sociais podemos então compreender o que seja relação social, definida por Weber como uma conduta plural, reciprocamente orientada, dotada de conteúdos significativos que descansam na probabilidade de que se agirá socialmente de um certo modo, porém o caráter recíproco da relação social não obriga os agentes envolvidos a atuarem da mesma forma, entendemos que na relação social todos os envolvidos compreendem o sentido das ações, todos sabem do que se trata ainda que não haja correspondência.

Page 9: Aula 3 e 4 sociologia

Quanto mais racionais forem as relações sociais maior será a probabilidade de que se tornem normas de conduta.

Page 10: Aula 3 e 4 sociologia

O caso de um professor é bem ilustrativo dessa complexidade: sua atitude de dar aula pode ser determinada pelo seu desejo receber o salário (ação com relação a fins), como também pela importância que ele atribui a educação (ação com relação a valores) ou ainda pelo prazer que ele sente ao ver seus alunos aprenderem (ação afetiva), ou ainda porque toda a sua família é composta de professores e ele sempre viveu no meio educacional (ação tradicional).

Page 11: Aula 3 e 4 sociologia

• 1818 – Em Treves, província alemã do Reno, nasce, Karl Marx

• 1831 – Morre Hegel• 1836 – Marx fica noivo de Jenny von Westphalen.

No mesmo ano matricula-se na Universidade de Berlim.

• 1840 – Surge O que É a propriedade, de Proudhon.

• 1841 – Publicação de A Essência do Cristianismo, de Feuerbach.

• 1844 – Publicação do Esboço de uma Crítica da Economia Politica, de Friedrich Engels.

• 1846-1847 – Marx escreve A Miséria da Filosofia.

Page 12: Aula 3 e 4 sociologia

• 1848 – Publica, juntamente com Engels, o Manifesto Comunista. Em Paris com a eclosão da revolução, Luís Felipe abdica e proclama-se a República.

• 1852 – Publicação de O 18 Brumário de Luís Bonaparte, de Marx.

1859 – Marx publica Para a Critica da Economia Política.

1867 – Publicação do primeiro volume de O Capital, de Marx.

1872 – Morre Ludwig Feuerbach. 1883 – Em 14 de março, em Londres, morre Marx. 1885 – Publica-se o segundo volume de O capital. 1894 – Ainda editado por Engels, publica-se o

terceiro volume de O Capital. 1895 – Morre Engels

Page 13: Aula 3 e 4 sociologia

A teoria marxista expõe e analisa a estrutura econômica da sociedade capitalista, seu funcionamento e consequencias no plano social, político, ético, religiosos, jurídico, apontando seu teor de injustiça e a fórmula para erradicação desta (centrada no econômico, revela a desigualdade que o regime da livre iniciativa encerra com a má distribuição das riquezas).

Page 14: Aula 3 e 4 sociologia

A teoria Marxista apresenta uma tríplice dimensão:

Expositiva: radiografa a sociedade capitalista e revela sua forma de funcionamento, notadamente pelo seu lado econômico;

Crítica: Valora a realidade, indicando falhas e injustiças;

Operacional: apresenta a fórmula prática para a reversão do quadro de miséria e opressão.

Page 15: Aula 3 e 4 sociologia

A teoria é relevante na medida em que se propõe a equacionar politicamente a sociedade segundo um modelo justo de distribuição de riquezas.

Enquanto que o desafio capitalista na correção das desigualdades mediante a compatibilização da economia de mercado com a justiça social, a filosofia comunista, conduzida pelo marxismo, se oriente justa distribuição das riquezas.

Page 16: Aula 3 e 4 sociologia

Alguns postulados fundamentais caracterizam a filosofia marxista: o primado do real sobre o ideal, a admissão da teoria evolucionista de Darwin, a concepção materialista da história, a dialética hegeliana revisada.

A verdade deveria ser captada na experiência, nos fatos. Rejeitava o pensamento metafísico. A ciência deveria formar-se com os elementos hauridos na realidade concreta. A postura de Marx foi materialista e professava o ateísmo. Como Darwin, admitia a transformação dos seres evolutivamente. Mediante um processo complexo de mutação interna, o ser mineral se transmudava em vegetal e animal, sucessivamente. A progressão seria quantitativa e apresentava saltos de qualidade, razão pela qual surgiria o homem, ser dotado de razão.

Page 17: Aula 3 e 4 sociologia

Constitui uma das teses fundamentais do marxismo e consiste no entendimento de que a estrutura da sociedade é composta pelo fator econômico, pelo conjunto das relações de produção.

A superestrutura seria formada pelas criações do intelecto: Direito, Moral, Política, Estado, Religião, Artes. A premissa de raciocínio é a de que a personalidade humana é ditada pelas relações de trabalho, assim cada componente da superestrutura seria uma emanação do processo econômico existente.

Page 18: Aula 3 e 4 sociologia

Hegel havia declarado que a consciência do homem determinava o seu modo de ser; para Marx, o fenômeno seria inverso: o ser social do homem é quem definia a sua consciência. A tese é de que o fator econômico é preponderante na formação da superestrutura.

Tal inversão foi cogitada por Marx, pois não haveria na realidade uma reação à estrutura; os homens atuariam sobre os meios de produção visando o seu reordenamento, todas as transformações fundamentais da sociedade, embora possam transparecer outras motivações, decorrem sempre de mudanças nas formas de produção. A revolução protestante seria um exemplo.

Page 19: Aula 3 e 4 sociologia

• A evolução social não deveria desenrolar-se sob a influência de fatos pretéritos, mas fazer-se mediante a ruptura com o passado.

• Do historicismo , porém, assimilou a tese da relatividade do Direito, não o concebendo senão permanente mutação sob o influxo do fator econômico.

Page 20: Aula 3 e 4 sociologia

Compreende-se aí a importância que Marx deu a análise do trabalho. Ele reconhece o trabalho como atividade fundamental do ser humano e analisa os fatores que o tornaram uma atividade massacrante e alienada no capitalismo.

O livro O Capital, expõe a lógica do modo de produção capitalista, no qual a força de trabalho é transformada em mercadoria com dupla face: por um lado, é mercadoria como qualquer outra, paga pelo salário; por outro, é a única mercadoria que produz valor, ou seja, que reproduz o capital.

Page 21: Aula 3 e 4 sociologia

Em sintonia com a tese materialista do primado do real sobre o ideal, exclui a possibilidade de um Direito emanado da razão ou de origem metafísica. A sede do Direito seria o campo dos fatos, das relações da vida social. O Direito deriva, enfim, do real; a sua fórmula se faz a posteriori, nunca a priori.

Page 22: Aula 3 e 4 sociologia

A concepção marxista parte de um diagnóstico: a sociedade se acha estruturada economicamente de uma forma injusta, com a preponderância do capital sobre o trabalho, quando na realidade é este quem forma as riquezas. Na sociedade capitalista há uma generalizada relação de domínio e de exploração por parte dos que detém os meios de produção em relação aos operários.

O Direito desempenha um papel ideológico, pois sob o pretexto de instrumentalizar a justiça é meio utilizado para conservar a exploração da classe dominante. Como elemento integrante da superestrutura, é condicionado pelo fator econômico.

Page 23: Aula 3 e 4 sociologia

O Estado se origina exatamente das insuficiências de uma sociedade realizando em si mesma, de forma concreta, os ideais universalistas, ou seja, em garantir em sua dinâmica a igualdade de condições sociais. Portanto, o Estado nasce da desigualdade para manter a desigualdade.