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A Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever, em seu período clássico antigo, o mundo grego e áreas próximas (como Chipre, Anatólia, sul da Itália, da França e costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países —; como o Egito.

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A Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever, em seu período

clássico antigo, o mundo grego e áreas próximas (como Chipre, Anatólia, sul

da Itália, da França e costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos

no litoral de outros países —; como o Egito.

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Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange desde os primeiros Jogos Olímpicos em 776 a.C. (alguns historiadores estendem o começo para 1000 a.C.) até à morte de Alexandre, o Grande em 323 a.C. O período seguinte é o do helenismo.

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Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a seu país chamavam Hélade. Nunca chamaram a si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia, pois ambas essas palavras são latinas, tendo sido-lhes atribuídas pelos romanos.

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Os períodos da sociedade grega

Período homérico: é a época narrada por Homero na Ilíada e na Odisséia, por volta de 1200 a 800 a.C. Esse é o período que os aqueus, jônios e os dórios conquistam e dominam Tróia e Creta. Com eles surgem um domínio agrícola e patriarcal e depois uns 400 anos surge a economia urbana e comercial.

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Período da Grécia arcaica: final do século VIII a.C. ao início do século V a.C. É um período marcado pela construção das cidadelas ou fortalezas para a defesa, ao seu redor começam a surgir as cidades: Atenas, Tebas, Megara, no continente; Esparta, Corinto no Peloponeso; Mileto e Éfeso na Ásia Menor(...) a agricultura da espaço para o artesanato e o comércio.

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Período Clássico: entre os séculos V a.C. ao IV a.C. Há nesse período as reformas de Clístenes e mais tarde o governo de Péricles, Atenas se coloca à frente de toda a Grécia. Desenvolve-se a democracia e surge o império marítimo ateniense. O porto de Pireu é de extrema importância para o comércio. Isso gera um acirramento de rivalidades entre as cidades que gera a guerra do Peloponeso, esse foi o fim do império ateniense e das cidades-estados gregas.

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Período helenístico: a Grécia passa ao domínio da Macedônia e depois para o de Roma, ela se torna colônia de um império universal.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. p. 16-17

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Samos

Abdera

Berço da filosofia

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Pensamento Mítico “O mito é o nada que é tudo” (Fernando Pessoa) Convém dizer que definir o que é mito é algo um

tanto difícil, pois a compreensão do mito é muito vasta e a abordagem teórica sobre o mesmo é riquíssima. Pois bem, vamos então partir das definições básicas as quais se encontram no Dicionário de Filosofia: Nicola Abbagnano.

Partindo do viés etimológico mito (Mythos). “Nos textos gregos antigos não se encontra uniformidade de

emprego do vocábulo e, de um modo geral, pode afirmar-se que o substantivo mito surge com dois sentidos que se especializam

1 - Palavra – Discurso 2 - História – Narrativa” (Victor Jabouille, 1994. p. 25)

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“Mito opõem-se ao logos como o imaginário ao lógico, embora sejam no fundo, apenas dois aspectos, dois tipos de linguagem, duas manifestações do espírito humano ou, melhor, duas formas do espírito humano se manifestar. Se o logos é a linguagem da demonstração, o mito é a linguagem da imaginação, mesmo a linguagem da criação.” (Victor Jabouille, 1994. p. 27)

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FilosofiaO genitor dessa palavra é Pitágoras de

Samos que, conta a história, certa vez ouviu alguém o chamar de sábio e ele considerando isso muito elevado pediu que o chamasse apenas de filósofo. Filosofia é composta de filo= philía, amizade e sofia= Sophia, sabedoria: amizade pela sabedoria.

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Fatos da passagem: Navegação: o mito cai por terra a partir do

momento em que as fantasias como: monstros... foram desmentidos pela constatação empírica.

Moeda: a noção de valor, algo abstrato. Escrita alfabética: estimula a capacidade de

abstração. Calendário: faz-se calendário somente a partir do

momento em que se sabe que o mundo segue um ciclo natural, ou seja, as coisas acontecem sem a necessidade e interferência dos deuses. (leis da física)

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Surgimento da vida urbana ou comerciantes: é o momento que marca a passagem do domínio do mundo rural para o mundo urbano. Os aristocratas mantinham o poder por meio da terra e do mito. Os comerciantes dominam pelo financeiro. Surge a necessidade da educação, logo filosofia.

Pólis: século VIII a.C. Ágora = praça pública que implica o nascimento do que se chama filosofia-política. São levados os problemas dos cidadãos.

Almas: vegetativa, sensitiva e racional (Aristóteles)

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Alma

Nutritiva

Sensitiva

Intelectiva

Tripartição da Alma

Vida

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Pré-socráticos É um termo que designa, na história da filosofia, os

primeiros filósofos gregos anteriores a Sócrates (séculos VI-V a.C.) eles também eram conhecidos como fisiólogos, pois se ocupavam das coisas físicas, isto é, materiais.

Eram divididos em duas correntes: - Cosmológicos e - Metafísicos.

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Os primeiros sábiosFilósofo Cidade Período Princípio

Tales Mileto 624-546 Água

Anaximandro Mileto 610-547 Apeiron

Anaxímenes Mileto 588-524 Ar

Heráclito Éfeso 544-504 Fogo

Pitágoras Samos 588-500 Limite, número

Parmênides Eléia 540-470 Racionalidade

Empédocles Eléia 483-430 Elementos

Demócrito Abdera 460-370 Materialista

Anaxágoras Atenas 500-420 Nous

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Tales de Mileto

(640 – 548 a.C.) é considerado o primeiro filósofo, devido a sua busca pelo princípio natural de todas as coisas (arché). Ele descobre na água o princípio de todas as coisas, para ele as coisas nada mais são que alteração, condensação e dilatação da água. É a água a vitalidade dos seres vivos.

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Anaximandro de Mileto(610 – 547 a.C. ) foi discípulo e sucessor de Tales põe como princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada. Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de separação ou "segregação" derivam os diferentes corpos. O ápeiron é assim algo abstrato, que não se fixa diretamente em nenhum elemento palpável da natureza.

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(588-524 a.C.) a arché (comando) que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron, nem palpável demais como a água. Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar. sua luz do Sol. Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o ar.

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declarava que as coisas eram constituídas por pequenas partículas invisíveis a olho nous. Estas podiam se dividir, mas mesmo na pequena parte existia o todo. Ele denominava estas partes minúsculas de sementes ou gérmens. Também imaginou uma força superior, a inteligência, responsável pela criação das coisas.Foi o primeiro filósofo de Atenas, mas foi expulso da cidade acusado de ateísmo. Interessava-se por astronomia, explicou que a Lua não possuía luz própria e como surgiram os eclipses.

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(571-70 a.C) o fundador da escola pitagórica. Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Por isso Pitágoras é conhecido como o pai da matemática.

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(540-476 a.C.) propunha que a matéria básica do Universo seria o fogo. Pensava também que a mudança constante, ou o fluxo, seria a característica mais elementar da Natureza. Tudo flui, disse Heráclito. Tudo está em fluxo e movimento constante, nada permanece. Por conseguinte, “não entramos duas vezes no mesmo rio”. Quando entro no rio pela segunda vez, nem eu nem o rio somos os mesmos.

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(530-460 a.C.). “Nada nasce do nada, e nada do que existe se transforma em nada”. Com isso quis dizer que “tudo o que existe sempre existiu”. Sobre as transformações que se pode observar na natureza: ”Achava que não seriam mudanças reais”. De acordo com ele, nenhum objeto poderia se transformar em algo diferente do que era. Defendia o princípio de identidade.

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(483 – 430 a.C.) propunha que todas as coisas são resultantes da fusão dos quatro princípios eternos: terra (sólido), água (líquido), ar (gasoso) e fogo (plasma).

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(460 – 370 a.C.) as transformações que se pode observar na natureza não significavam que algo realmente se transformava. Ele acreditava que todas as coisas eram formadas por uma infinidade de "pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna, imutável e indivisível". A estas unidades mínimas deu o nome de ÁTOMOS. Átomo significa indivisível, cada coisa que existe é formada por uma infinidade dessas unidades indivisíveis.

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Sofistas sofista (lat. sophista, do gr. sophistes) Na Grécia

clássica, os sofistas foram os mestres da retórica e oratória, professores itinerantes que ensinavam sua arte aos cidadãos interessados em dominar melhor a técnica do discurso, instrumento político fundamental para os debates e discussões públicas, já que na pólis grega as decisões políticas eram tomadas nas assembléias.

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Contemporâneos de *Sócrates, *Platão e *Aristóteles, foram combatidos por esses filósofos, que condenavam o *relativismo dos sofistas e sua defesa da ideia de que a verdade é resultado da persuasão e do consenso entre os homens.

Estudos mais recentes, entretanto, buscam revalorizar de forma mais isenta o pensamento dos sofistas, mostrando que seu relativismo baseava-se em uma doutrina da natureza humana e de sua relação com o real, bem como indicando a importância da contribuição dos sofistas para os estudos de gramática, retórica e oratória, para o conhecimento da língua grega e para o desenvolvimento de teorias do discurso.

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Não se pode falar contudo em uma doutrina única, comum a todos os sofistas, mas apenas em

certos pontos de contato entre várias concepções bastante heterogêneas.

Dentre os principais sofistas destacaram-se *Górgias, *Protágoras e *Hípias de Elida. Das principais

obras dos sofistas só chegaram até nós fragmentos, muitas vezes citados através de seus adversários, como Platão.

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SÓCRATES

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Na cidade de Atenas primeiramente surgiram os sofistas – homens que criaram uma crítica social .

Sócrates foi contemporâneo dos sofistas. Ele também se ocupava das pessoas e de suas vidas, levando-as a refletirem por si mesmas sobre coisas como os costumes, o bem e o mal.

Mas ele diferia dos sofistas por não se considerar um sábio, não cobrava por seus ensinamentos e tinha a convicção de que nada sabia.

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Reconhecia que havia muita coisa além do que podia entender e vivia atormentado em busca do conhecimento.

Sócrates ousou mostrar as pessoas que elas sabiam muito pouco. Para ele o importante era encontrar um alicerce seguro para os conhecimentos.

Ele era um racionalista convicto. Em 399 a.C. foi acusado de corromper a juventude e de não reconhecer a existência dos deuses.

Foi julgado, considerado culpado e condenado à morte

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Sócrates (c.470-399 a.C.) A vida de Sócrates nos é contada por Xenofonte (em suas Memorabilia) e por Platão, que faz dele o personagem central de seus diálogos, sobretudo Apologia de Sócrates e Fédon. Ele nasceu em Atenas. Sua mãe era parteira, seu pai escultor. Recebeu uma educação tradicional: aprendizagem da leitura e da escrita a partir da obra de Homero. Conhecedor das doutrinas filosóficas anteriores e contemporâneas (Parmênides, Zenão, Heráclito), participou do movimento de renovação da cultura empreendido pelos sofistas, mas se revelou um inimigo destes. Consolidador da filosofia. Nada deixou escrito.

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Participou ativamente da vida da cidade, dominada pela desordem intelectual e social, submetida à demagogia dos que sabiam falar bem. Convidado a fazer parte do Conselho dos 500, manifestou sua liberdade de espírito combatendo as medidas que julgava injustas. Permaneceu independente em relação às lutas travadas entre os partidários da democracia e da aristocracia.

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Acreditando obedecer a uma voz interior, realizou uma tarefa de educador público e gratuito. Colocou os homens em face da seguinte evidência oculta: as opiniões não são verdades, pois não resistem ao diálogo critico. São contraditórias. Acreditamos saber. mas precisamos descobrir que não sabemos. A verdade, escondida em cada um de nós, só é visível aos olhos da razão. Acusado de introduzir novos deuses em Atenas e de corromper a juventude, foi condenado pela cidade. Irritou seus juízes com sua mordaz ironia. Morreu to-mando cicuta.

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E conhecido seu famoso método. sua arte de interrogar, sua "maiêutica", que consiste em forçar o interlocutor a desenvolver seu pensamento sobre uma questão que ele pensa conhecer, para conduzi-lo, de consequência em consequência, a contradizer-se, e, portanto. a confessar que nada sabe. As etapas do saber são: a) ignorar sua ignorância; b) conhecer sua ignorância; c) ignorar seu saber; d) conhecer seu saber. Sua famosa expressão "conhece -te a ti mesmo" não é uma investigação psicológica, mas um método de se adquirir a ciência dos valores que o homem traz em si. "O homem mais justo de seu tempo", diz Platão, foi conde-nado à morte sob a acusação de impiedade e de corrupção da juventude.

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Seria sua morte o fracasso da filosofia diante da violência dos homens? Ou não a indicaria que o filósofo é um servidor da razão, e não da violência, acreditando mais na força das ideias do que na força das armas?

Fonte: JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5°ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.