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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA 1 RELATÓRIO GERAL DA CORREIÇÃO ORDINÁRIA DA COMARCA DA CAPITAL Corregedor Geral da Justiça: Desembargador Bartolomeu Bueno de Freitas Morais Corregedor Auxiliar da 1ª Região: Juiz Agenor Ferreira de Lima Filho Gestão: 2010/2011 Recife - 2010

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RELATÓRIO GERAL DA CORREIÇÃO

ORDINÁRIA DA COMARCA DA CAPITAL

Corregedor Geral da Justiça:

Desembargador Bartolomeu Bueno de Freitas Morais

Corregedor Auxiliar da 1ª Região:

Juiz Agenor Ferreira de Lima Filho

Gestão: 2010/2011

Recife - 2010

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APRESENTAÇÃO

A Correição Geral na Comarca da

Capital , idealizada pelo Eminente

Corregedor Geral da Justiça,

Desembargador Bartolomeu Bueno de

Freitas Morais, marcou o início de uma

administração pautada em conhecer mais

amiúde a verdadeira situação das unidades

judiciárias da Comarca da Capital:

dificuldades e problemas enfrentados,

necessidades operacionais vivenciadas, irregularidades evidenciadas, acertos e erros

funcionais, enfim, como bem anunciou o próprio Desembargador em seu discurso de

posse, teve o intuito de se obter uma radiografia completa de todo o sistema

operacional das unidades judiciárias que compõem a Comarca da Capital , a fim de

que pudesse o Tribunal de Justiça em sua plenitude, combater os problemas de frente,

com um conhecimento mais detalhado, verdadeiro e capaz de sugerir e implementar

medidas concretas à melhoria da prestação jurisdicional, e bem assim, afastar do

Judiciário Pernambucano a incômoda si t uação de penúltimo lugar no ranking do

congestionamento processual apontado pelo Conselho Nacional de Justiça.

Em seu início, o trabalho correcional enfrentou as dificuldades naturais do

novo, já que não se tem notícia de nenhuma outra correição de tamanha magnitude.

Porém, devido ao esforço e dedicação dos servidores que integram o corpo funcional

da Corregedoria Geral da Justiça, em especial dos coordenadores das equipes, logo

foram superadas e realizada a correição com brilhantismo, muito além das

expectativas, e dissemos mais, concluído antes mesmo de encerrado o prazo original

de conclusão dos trabalhos (90 dias), estabelecido na Portaria nº 35/2010.

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A forma cordial e imparcial com que os membros das equipes de inspeção

compareceram em cada uma das unidades inspecionadas, indiscutivelmente se

apresenta como a causa determinante para o sucesso dessa empreitada. O trabalho por

eles realizado, embora de difícil incumbência, posto que delicado em sua essência –

inspecionar os serviços desenvolvidos por magis trados e colegas servidores – , além

de mostrar a necessidade do trabalho correcional, ganhou o respeito e a confiança de

todos, engrandecendo, por vezes, o trabalho da Corregedoria Geral da Justiça.

A verdade é que todos, sem exceção, reconheceram o bom tr abalho realizado

pelas equipes de inspeção e a necessidade da correição geral, desde os atos

preparatórios (inventário) até as inspeções propriamente ditas, e o que é melhor,

sendo esse sentimento estendido para a Corregedoria Geral da Justiça.

O trabalho correcional foi registrado nos relatórios parciais de cada

unidade, onde eram imediatamente adotadas as providências destinadas à correção

das irregularidades verificadas. E com os dados em mãos, a Comissão Geral da

Correição procurou identificar os problemas, as dificuldades, irregularidades e

sugestões mais comuns anotados ao longo do trabalho correcional e concentrá -los em

documento único (Relatório Geral da Correição), a fim de que possam o Eminente

Corregedor Geral da Justiça e os membros do Egrégio Co nselho da Magistratura,

analisar todo o trabalho realizado, constante nos 98 (noventa e oito) Relatórios

Parciais.

Através deste Relatório Final da Correição Geral Ordinária da Comarca da

Capital , a Coordenação Geral da Correição, embora desprovida de qua lquer parâmetro

ou modelo de como realizar o trabalho, acredita ter desempenhado satisfatoriamente a

missão para a qual foi designada, graças a confiança depositada pelo Eminente

Corregedor Geral da Justiça, Desembargador Bartolomeu Bueno, e pelo esforço e

trabalho desenvolvidos por todos os magistrados e servidores direta e indiretamente

envolvidos, a quem a Comissão Geral da Correição apresenta a sua imensa gratidão.

A Comissão Geral da Correição

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SUMÁRIO

I - TERMO DE ABERTURA..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .06

II - DAS SERVENTIAS CORRECIONADAS.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .07

a – Das varas correcionadas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .07

b – Das demais serventias e departamentos correcionados.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08

III – CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ATOS PREPARATÓRIOS . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08

IV) – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INSPEÇÕES REALIZADAS

NAS VARAS.. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

a - Acidentes do Trabalho.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

b – Cíveis. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

c – Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária... . . . . . . . . .19

d - Criminais por Distribuição.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

- Considerações gerais.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

- Considerações específicas sobre a 7ª Vara.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23

- Considerações específicas sobre a 9ª Vara.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24

e - Execuções de Penas Alternativas (VEPA)... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

f - Execuções Penais... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

g - Executivos Fiscais Estaduais. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

h- Executivos Fiscais Municipais. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34

i - Família e Registros Civis.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

- Considerações específicas sobre a 5ª vara... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

- Considerações específicas sobre a 8ª vara... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

j - Fazenda Pública.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

l - Feitos Relativos a Entorpecentes. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

m - Justiça Militar.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

n- Sucessões e Registros Públicos. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

o - Tribunal do Júri .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

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V – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INSPEÇÕES REALIZADAS NAS

DEMAIS SERVENTIAS E DEPARTAMENTOS ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54

a – Distribuidores.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54

b – Núcleo de Guarda de Objetos do Crime da Capital.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56

c – Central de Precatória.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59

d – Cemando.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60

e - Núcleo de Informação e Distribuição Processos de 1º grau

(UDA).. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65

f - Diretoria do Foro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65

g – Gerência de Atendimento e Implantação da Informática. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .66

VI – ESTRUTURA FÍSICA DO PRÉDIO RODOLFO AURELIANO..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67

VII – AUDIÊNCIA PÚBLICA... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .70

– Reclamações recebidas e providências adotadas. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72

VIII – PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS INSTAURADOS.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73

IX - CONCLUSÃO FINAL... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75

a – Principais problemas verificados... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75

b – Sugestões apresentadas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78

c – Sugestões de inspeções extraordinárias. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81

d – Sugestões de mutirões. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82

e – Sugestões de intervenções. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83

X – NOSSOS AGRADECIMENTOS.. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84

- Agradecimentos especiais... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85

XI – TERMO DE ENCERRAMENTO... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88

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I - TERMO DE ABERTURA:

A Comissão

da Coordenação

Geral da Correição

Ordinária da Capital ,

constituída por força

da Portaria nº 35, de

08 de março de

2010, da

Corregedoria Geral

da Justiça, formada

pelos Juízes Agenor

Ferreira de Lima

Filho (Corregedor Auxiliar da 1ª Região), na condição de Presidente da Comissão,

Janduhy Finizolla da Cunha Filho (Corregedor Auxiliar para o Extrajudicial das

Comarcas do Interior do Estado) e José Raimundo dos Santos Cos ta (à época

Corregedor Auxiliar da 3ª Região), ambos como membros Vogais da Comissão, este

último posteriormente afastado da Comissão, apenas em face de alteração verificada

na formação das Corregedorias Auxiliares, em cumprimento ao disposto no artigo 22,

da referida Portaria, vem apresentar o RELATÓRIO FINAL DA CORREIÇÃO

GERAL ORDINÁRIA DA CAPITAL , elaborado a partir dos dados e resultados

colhidos dos Relatórios Específicos de cada unidade correcionada, desde os atos

preparatórios (inventário), executados diretamente pelos servidores das unidades, até

a conclusão das inspeções realizadas pelas equipes de inspeção, conforme

observações adiante apresentadas:

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II – DAS SERVENTIAS CORRECIONADAS:

Através do trabalho de Correição Geral Ordinária da Comarca d a Capital

foram correcionadas pela Comissão Geral da Correição, não apenas as varas mas

também outros departamentos integrantes do Foro da Capital, a seguir identificados:

II.a – Das varas correcionadas:

- Acidentes do Trabalho: 1ª, 2ª;

- Cíveis: 1ª , 2ª , 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª , 15ª, 16ª , 17ª,

18ª , 19ª, 20ª, 21ª, 22ª , 23ª, 24ª, 25ª, 26ª, 27ª, 28ª, 29ª , 30ª, 31ª , 32ª,

33ª , 34ª;

- Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária:

- Criminais por Distribuição: 1ª , 2ª , 3ª , 4ª, 5ª , 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª,

13ª, 14ª;

- Execuções de Penas Alternativas (VEPA):

- Execuções Penais: 1ª, 2ª

- Executivos Fiscais Estaduais: 1ª, 2ª;

- Executivos Fiscais Municipais: 1ª, 2ª;

- Família e Registros Públicos: 1ª, 2ª, 3ª , 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª , 12ª;

- Fazenda Pública: 1ª , 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª;

- Feitos Relativos a Entorpecentes: 1ª, 2ª

- Justiça Mili tar:

- Sucessões e Registros Públicos: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª;

- Tribunal do Júri: 1ª , 2ª, 3ª, 4ª

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II. b – Das demais serventias e departamentos correcionados:

- Cemando

- Central de Precatórias;

- Núcleo de Guarda de Objetos do Crime da Capital;

- Núcleo de Informação e Distribuição Processos de 1º grau (UDA):

- Diretoria do Foro;

- Distribuidores:

III – CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ATOS PREPARATÓRIOS:

Durante o processo de Correição Geral Ordinária nas serventias da Capital

podemos constatar, através dos relatórios específicos de cada unidade e das

informações passadas pelas equipes de inspeção, o empenho e a dedicação dos

servidores das varas na extenuante tarefa de executar o processo de inventário.

De acordo com os relatórios específicos , pudemos observar que o trabalho

de inventário, na grande maioria das unidades, foi realizado a contento, ou seja,

dentro das expectativas da Corregedoria Geral da Justiça, necessário, portanto, ao

processo de correição geral .

Embora fatigante para os servidores,

devemos reconhecer que os atos preparatórios

serviram, não somente ao auxilio e facilitação

do trabalho de inspeção, mas também, e

sobretudo, a bem de apresentar a cada unidade

correcionada uma radiografia geral da situação

atualmente vivenciada: aspecto geral das

unidades, materiais de expedientes e mobiliários das unidades, corpo funcional de

cada serventia, quantitativo de processos existentes, quantidade de processos

registrados no sistema JUDWIN, fases em que se encontram os processos, existên cia

ou não de processos desaparecidos, processos com prazos excedidos, processos

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conclusos para despacho, processos conclusos para sentença, processos com carga

além do prazo estipulado, situações especiais (réus presos, perícias médicas), etc., de

modo a aproximar o magistrado, o chefe de secretaria e os servidores da realidade

atual da serventia.

O levantamento verdadeiro do quantitativo dos processos existentes em cada

unidade, e de conseqüência, a identificação das fases processuais e respectivas

adequações ao sistema de informática, certamente se destacam como das providências

mais úteis e necessárias ao bom desempenho dos trabalhos a serem prestados no

futuro, melhorando, sobremaneira, o controle dos processos, dos atos processuais, das

informações a serem prestadas aos advogados e às partes, enfim, possibilitando a

todos um trabalho mais agradável, eficaz e seguro.

Mas os atos preparatórios não apenas vieram facili tar os serviços a serem

desempenhados pelos servidores e o controle e fiscalização dos pr ocessos pelos

magistrados e chefes de secretaria. Os atos preparatórios vieram também assegurar

uma melhor prestação jurisdicional na Comarca da Capital, e ao mesmo tempo,

possibilitar o distanciamento do Poder Judiciário Pernambucano da péssima

colocação de penúltimo lugar no ranking da taxa de congestionamento dos processos

brasileiros, identificados pelo Conselho Nacional de Justiça.

A partir desse grandioso trabalho de inventário, mormente pelos bons

resultados obtidos, acreditamos que a magistratura pernambucana como um todo, por

consciência própria, jamais poderá esquecê -lo como providência salutar, nem mesmo

dispensá-lo, por consistir em mecanismo eficaz e sempre atual à boa gestão das

unidades.

Na visão da Comissão Geral da Correição, o trabalho de inventário deve se

tornar obrigatório para todas as unidades, a ser realizado anualmente, dentro do

primeiro trimestre, sob a responsabilidade dos chefes de secretaria e supervisão dos

magistrados em exercício nas varas.

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IV – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INSPEÇÕES REALIZADAS NAS VARAS:

a) - Acidentes do Trabalho

As unidades judiciárias de Acidentes

do Trabalho se mostram de boa aparência,

bastante organizadas e limpas. Os espaços

físicos bem dimensionados a abrigarem

satisfatoriamente os processos e os

funcionários, e as pinturas ainda se encontram

bem conservadas. A refrigeração, por sua vez,

é adequada à estrutura do local, e as instalações físicas das secretarias e dos

gabinetes dos magistrados bem servidas, demonstrando, no geral , a boa aparência das

unidades.

Embora a aparência geral encontre -se satisfatória, na 1ª Vara muitas

cadeiras estão danificadas. Pelo grande número de processos na vara, há uma

deficiência enorme no quantitativo de armários, até porque existe um volumoso

número de processos para serem enviados ao arquivo geral do TJPE, contudo, o

mesmo não está recebendo processos, devido a falta de espaço destinado ao

armazenamento.

Relativamente à questão do material de expediente, as

equipes de inspeção puderam constatar uma completa

e geral deficiência na entrega e distribuição dos

mesmos, sendo, inclusive, relatado pelos chefes de

secretaria que os materiais estão chegando em

quantidade aquém à solicitada. E mais, que embora

tenham reiterado, por vezes, os pedidos, quase sempre recebem a informação de que

os materiais de expediente encontram-se em falta.

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Pela análise conferida nos relatórios parciais, visível se mostra a distorção

existente na distribuição de funcionários para cada uma das unidades correcionadas.

Enquanto o acervo de processos na 1ª Vara é bem maior do que na 2ª Vara, aquela

conta com 08 servidores enquanto esta conta com 09 servidores, o que evidencia a

distorção na distribuição de servidores. Vale salientar que, embora corrigida a

distorção, ambas as varas necessitam de mais profissionais para o regular e

satisfatório andamento dos serviços.

Por serem varas especializadas, apresentam as Varas de Acidentes do

Trabalho algumas peculiaridades que necessitam ser destacadas, a saber:

- atuação de um único promotor de justiça em ambas as varas, acompanhado

de um assistente, porém fixados apenas na 1ª VAT;

- falta de treinamento para utilização do sistema JUDWIN. Foi constatado

que as secretarias de ambas as unidades não se utilizam das ferramentas que o

sistema JUDWIN disponibi liza, dificultando, e às vezes impedindo, a filtragem de

dados, seja para efeito de controle e organização do serviço da unidade, seja para fins

de correição. Como exemplo, cita -se a não utilização dos complementos na janela

“Atos de Secretaria”, colocando -se as movimentações específicas apenas no campo

“Observação”;

- queixa dos servidores, ante a falta

de treinamento adequado para a utilização do

sistema JUDWIN. Recomenda-se a realização

de treinamento/capacitação para os servidores

no tocante à utilização de tal sistema;

- falta de Contador por um grande

lapso de tempo, no que contribuiu para a

morosidade da prestação jurisdicional das serventias. Por muitos meses houve uma

vacância no cargo de Contador, não existindo ninguém apto a exercer o cargo. Tal

situação atualmente está sendo suprida por um único contador, contudo, deveria haver

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um quadro maior de contadores, até para as hipóteses de ausências previsíveis (férias,

licenças) e imprevisíveis (doenças e afastamentos).

- marcação das audiências no prazo de aproximadamente 01 (um) ano. A

demora na realização das audiências tem como causa o fato de a maioria absoluta dos

processos tramitarem pelo rito sumário e pela necessidade de realização da perícia

médica antes da audiência, sendo que ditas perícias estão, na atualidade, sendo

marcadas para 2011. Por sua vez, o quadro de Peritos é insuficiente. Há apenas um

Perito designado para o atendimento da demanda em ambas as varas (1ª e 2ª), no que

gera a sobrecarga da pauta de audiência nas duas varas.

Na análise das equipes de inspeção, verificou -se que durante o período de

um ano são realizadas aproximadamente 400 perícias, além dos pareceres de

ratificação, comparecimento em audiências e demais atribuições de coordenação do

Serviço Médico (convênios, solic i tação de exames, encaminhamentos, etc.).

Existe outro perito lotado no serviço

médico, contudo, o mesmo realiza apenas perícias

oftalmológicas, totalizando, em média, 08

perícias/ano. Ditas perícias são realizadas em seu

próprio consultório particular, por falta de

equipamentos específicos nas dependências do

Fórum, o que leva o referido perito a não

comparecer nas dependências do TJPE. Sobre esse fato, há autorização oficial para

tanto. Esta é uma situação bastante desigual entre os peritos que desempen ham a

mesma função.

Na visão da Comissão, há a necessidade de criação de um departamento

médico ou o desempenho das atividades no ambulatório do TJPE: os três servidores

lotados no Serviço Médico (2 peritos e 1 analista judiciário) realizam suas atividades

em unidade física separada, com atribuições específicas de perícia para 1ª e 2ª VAT,

apesar de serem lotados ambos na 1ª VAT. Tal situação causa o que poderíamos

chamar de superlotação irreal no quadro de servidores da 1ª VAT.

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Com a criação da 2ª VAT, apenas duplicou o volume de trabalho do Perito

da 1ª VAT, acarretando um congestionamento na agenda de marcação e consequente

atraso na realização da fase de audiência, que já está sendo marcada para

agosto/2011.

Disparidade na redistribuição dos processos quando da criação da 2ª Vara.

Na realidade, houve a redistribuição dos processos da então Vara Única de Acidentes

do Trabalho para a recém-criada 2ª VAT. Contudo, os servidores da 1ª VAT

queixaram-se da desigualdade do acervo final . Um número muito superio r de feitos

permaneceu na 1ª VAT, o que é de fácil constatação. O acervo da 1ª é de pouco mais

de 5.000, enquanto o da 2ª não chega a 3.000 feitos.

Da análise realizada, o bom resultado dos trabalhos a serem desempenhados

pelos servidores que compõem as duas Varas de Acidentes do Trabalho necessita de

alguns ajustes, como os acima sugeridos, pois, do contrário, a situação em ambas

permanecerá bastante desconfortável para todos, principalmente para as partes, que

não terão uma prestação jurisdicional célere e eficaz.

b) - Cíveis

As unidades judiciárias cíveis

se apresentam de aparências regulares.

Os espaços físicos, de um modo geral,

mostram-se insuficientes, não estando

dimensionados a abrigar

satisfatoriamente a grande quantidade de

processos e acomodar satisfatoriamente

os funcionários e os estagiários. A climatização em algumas varas é insatisfatória.

Em todas as varas foram constatadas a carência de material de expediente,

sendo relatado às equipes de inspeção, por diversas vezes, que servidores e

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magistrados compram, constantemente, materiais para que as atividades continuem

sendo desempenhadas normalmente.

Verificou-se, também, a falta de

armários, computadores e impressoras, bem

como a existência de diversas cadeiras e

impressoras danificadas. No tocante às

impressoras, foi constatado que boa parte do

tempo as mesmas permanecem sem funcionar,

por falta de tonner , devido à burocracia para

o seu fornecimento.

Faz-se necessária em algumas varas (a exemplo da 2ª, 7ª, 10ª , 20ª, 25ª, 27ª e

32ª) a elaboração de um projeto visando uma melhor distribuição do mobiliário, a fim

de atender às necessidades de cada serventia. Destaque -se que muitos servidores se

queixam de problemas de saúde causados pelas cadeiras.

Os arquivos eletrônicos quando quebram, per manecem parados muito tempo,

em razão de não haver contrato de manutenção para estes equipamentos importados.

Em diversas varas cíveis localizadas na ala norte do 3° andar há uma grande

quantidade de insetos, principalmente baratas, fazendo -se necessária, urgentemente, a

realização de dedetização em todo o prédio do Fórum do Recife.

Outra reclamação constantemente relatada é a dificuldade para o

arquivamento dos processos baixados, visto que a remessa dos mesmos para o arquivo

geral só é feita mediante o agendamento de quantidade limitada, o que vem

abarrotando as estantes e ocasionando a má aparência das unidades, com tais

processos sendo espalhados pelo chão.

Muitas varas, precisamente 80% delas, padecem de uma carência crônica de

servidores e estagiários , o que resulta em acúmulo de serviços e consequente

comprometimento da prestação jurisdicional. Mesmo o quadro funcional completo, ou

seja, 8 (oito) servidores e 2 (dois) estagiários, é insuficiente para a prestação

jurisdicional adequada, bem como não ex iste substituição de servidores para fatos

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previsíveis, a exemplo das férias e licença prêmio, tampouco para as hipóteses

imprevisíveis, a exemplo de problemas de saúde e gravidez (licença gestante),

reduzindo o quadro médio de funcionários durante o ano.

Os servidores, de regra, mostraram -se comprometidos com o desempenho

das suas atividades. No geral, foram bastante prestativos para com as equipes de

inspeção. Muitos comparecem ao Fórum em período superior ao do horário de

expediente, embora não recebam nenhuma quantia a tí tulo de hora -extra.

Da análise aferida nos Relatórios Parciais, os servidores passam no

concurso, porém são treinados precariamente. Após aperfeiçoarem seus

conhecimentos vão embora para outros empregos, sob diversas justificativas, dent re

as quais: os baixos salários. Além desse motivo, ficou patente entre os servidores

mais antigos a insatisfação da política salarial de cortes aplicada pelo Poder

Judiciário.

Em pesquisa informal realizada no mês de maio do corrente ano, 65%

(sessenta e cinco por cento) dos servidores optaram pelo horário de funcionamento

das 8 às 14 horas.

Vale aqui destacar a observação (queixa) dos juízes e chefes de secretaria

das varas mais antigas, quanto a distribuição equitativa do número de funcionários

entre todas as varas cíveis, tratando-os em igualdade de condições com as varas

novas. Segundo eles, enquanto as varas antigas chegaram a contabilizar cerca dez mil

processos (hoje contam em média com aproximadamente cinco mil), as varas novas

giram seus acervos em torno de mil processos. Na visão deles, a política funcional

adotada pela administração compromete a prestação jurisdicional das varas antigas,

além de impossibili tar -lhes o cumprimento das Metas editadas pelo CNJ. Como

solução, sugeriram que a distribuição de novos feitos para as varas deveria se dar de

forma proporcional à antiguidade das mesmas, de modo a minimizar a citada

disparidade.

Em muitas varas se verificou ausência de juízes substitutos, ou mesmo de

juiz titular, como na 26ª Vara. A isso, some -se o fato de alguns magistrados

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acumularem suas atividades com o Colégio Recursal e, eventualmente, com outras

varas cíveis.

Para um melhor desempenho das atividades jurisdicionais, sugere -se uma

reformulação na forma de nomeação dos juízes substitutos, vez que o intervalo, às

vezes longo, entre a saída do magistrado e a indicação de um substituto prejudica o

andamento dos feitos e retarda a prestação jurisdicional.

De modo especial e excepcional, a Comissão Geral sugere a designação de

juiz auxiliar para a 1ª Vara Cível, por ser a vara cível mais antiga do TJPE, possuir o

maior acervo de processos dentre as varas cíveis e a menor proporção entre número

de processos/servidores. Da mesma forma para a 22ª Vara Cível, por ter esta,

também, um dos maiores acervos das varas cíveis, devido a sua competência ser

originária da antiga 1ª Vara de Assistência Judiciária.

Destarte, o tratamento disforme na

distribuição de servidores, criticado

linhas atrás em face da inobservância das

peculiaridades de cada vara, ev idencia-se

patente no caso da 18ª Vara Cível, quando

esta, até o ano de 1998 assumia as

competências de Falências e Concordatas,

além de Acidentes de Trabalho, porém, a

partir daquele ano, passou a ter

competência também para os processos

cíveis por distribuição, o que resulta, ainda hoje, numa grande quantidade de

processos, alguns dos quais, extremamente volumosos e complexos.

Foi questionada por alguns magistrados a utilização dos livros da serventia,

tendo em vista que a partir da utilização do sistem a informatizado JUDWIN, muitos

deles perderam o seu objeto. Por ser uma matéria tratada no Regimento Interno da

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Corregedoria Geral de Justiça, poder -se-ia adotar medidas para adequá-los à

realidade encontrada hoje no TJPE.

Outro questionamento foi o preenchimento de relatório de gabinete e de

serventia. Tal ato demanda o distanciamento do servidor das atividades cartorárias

por, pelo menos, 03 dias todos os meses, apenas copiando informações constantes no

próprio JUDWIN. Caso fosse determinado que a direto ria de informática alimentasse

automaticamente os relatórios mensais seria economizado pessoal, tempo, material,

dentre outros recursos para executar uma tarefa meramente eletrônica.

Foi constatada, também, a utilização inadequada do JUDWIN em algumas

varas que não utilizam as ferramentas que o sistema disponibiliza, dificultando, e às

vezes impedindo, a filtragem de dados, seja para efeito de controle e organização do

serviço da unidade, seja para fins de correição.

Os servidores queixaram-se também da falta de treinamento adequado ao

uso do sistema e do mau funcionamento do mesmo. Recomenda -se a realização de

treinamento/capacitação do sistema JUDWIN para os servidores.

O magistrado da 28ª Vara sugeriu uma alteração na operacionalização do

sistema do bacenjud, tendo em vista que são muitos os dados exigidos e que já foram

informados no próprio processo, desprendendo do magistrado um tempo muito grande

e que, quando não alcançado o objetivo dentro de 24 horas, a operação deve ser toda

renovada.

Segundo o magistrado da 1ª Vara Cível, a relação de servidores no Poder

Judiciário local , em comparação com a população do Estado, é das piores da

federação. Na relação de servidor para cada 100 mil habitantes no ano de 2003,

Pernambuco ocupou a 23º colocação dos 27 e stados da federação, subindo para o 24º

lugar do ranking negativo nos anos de 2004 e 2005, havendo uma pequena melhora no

ano de 2006, 20º lugar, 2007 e 2008, quando ocupou respectivamente 17º e 18º

colocação. A relação de processos por servidor no 1º grau é de 401 processos para

cada servidor, enquanto no 2º grau a relação é de 62,76 processos por servidor.

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Ainda conforme destacou, não há uma política de articulação com os outros

poderes para ampliar o investimento no Poder Judiciário local. O investimento para

cada habitante do Estado é em média 40% abaixo da média nacional. No ano de 2004,

foram gastos R$ 38,61 com o Poder Judiciário estadual para cada pernambucano,

enquanto a média nacional é de R$ 64,00. No ano seguinte, gastou -se R$ 46,68,

contra R$ 63,60 da média nacional. Em 2006, o valor gasto foi praticamente o mesmo

do ano anterior e a média nacional saltou para R$ 81,82. Em 2008, cada

pernambucano pagou R$ 58,37 para manter o Poder Judiciário estadual. Enquanto os

habitantes dos outros estados da federação investiram em média R$ 100,56.

Sugere-se a realização de um grupo de trabalho na 20ª Vara Cível, em face

da pouca quantidade de servidores e sua má distribuição, bem como da má

alimentação do sistema JUDWIN, do acúmulo de petições pendentes de ju ntada, da

não realização de audiências no ano de 2010, dentre outros motivos mencionados no

Relatório Parcial .

Algumas sugestões foram apresentadas:

- utilização de alguma forma de identificação nos mandados referentes a

processos enquadrados na Meta 2 do CNJ, com a finalidade de que a prioridade

desprendida pela serventia também se estenda no seu cumprimento pelos oficiais de

justiça.

- informado no sistema JUDWIN o número dos processos de origem dos

Agravos de Instrumentos, a fim de facilitar a identific ação dos referidos autos no

juízo a quo , tendo em vista a dificuldade existente em alguns setores.

- firmado convênio com entidades beneficentes, a fim de que seja colocado

em todas as varas ponto de recolhimento de papel para reciclagem, como já acontece

nas 13ª e 16ª Varas Cíveis, sendo o produto revertido para o Hospital do Câncer.

Por fim, verificou-se haver em algumas varas grande quantidade de

processos incluídos na Meta 2 do CNJ, pendentes de julgamento, como por exemplo:

1ª (1.256), 2ª (839), 4ª (953), 5ª (1.299), 6ª (905), 8ª (1.492), 11ª (1.392), 12ª (858),

14ª (1.171), 17ª (825), 18ª (1.362) e 19ª (917).

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Não obstante as varas terem apresentado uma grande melhora no índice de

congestionamento, algumas têm alto percentual de processos conclusos par a o Juiz,

tomando-se em conta o acervo total contabilizado, tais como: 4ª (73,7%), 12ª

(73,2%), 17ª e 23ª (ambas com 67,7%), 27ª (68%) e 28ª (69%), o que estaria a

justificar uma atenção especial por parte do TJPE e da Corregedoria Geral da Justiça,

no sentido de encontrar soluções tendentes a minimizar o sofrimento das partes e a

angústia dos magistrados e servidores.

c) – Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária

A Vara correcionada encontra -se em excelente estado de conservação e

organização. Os equipamentos nela

existentes são suficientes ao

desenvolvimento regular das atividades

administrativas.

O corpo de funcionários da

serventia corresponde de maneira rápida

aos anseios dos jurisdicionados e

advogados mili tantes na serventia. As

queixas dos servidores apontam exclusivamente para a escassez de material de

expediente, além da falta de dedetização no local de trabalho, pois são

freqüentemente encontradas baratas nos armários de processos.

Os processos judiciais estão tramitando em pr azo razoável, não se

constatando nenhuma irregularidade grave, nem mesmo em relação aos da META 02

do CNJ, haja vista que os 02 processos constantes no item IX, letra “i”, do Relatório

da Inspeção dão conta de que um deles está com vista ao Ministério Públ ico desde

03/05/2010, e o outro chegou à vara apenas no dia 20/05/2010, por redistribuição.

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No tocante ao magistrado titular da vara inspecionada, a chefe de secretaria

e os demais servidores foram unânimes em afirmar a boa conduta do Juiz como gestor

da unidade, assim como na prestação jurisdicional.

Deve-se registrar, ainda, que a CEMANDO não tem cumprido

diligentemente o seu ofício, haja vista a quantidade de mandados a serem devolvidos,

procrastinando, assim, o andamento dos feitos em curso na referida unidade

judiciária.

d) – Criminais por Distribuição

- Considerações gerais:

As varas criminais, no geral,

encontram-se em razoável estado de

conservação. O corpo de funcionários das

serventias se mostra insuficiente, com

carência de 2 (dois) servidores por vara em

relação à própria norma de organização do

TJPE.

As queixas dos magistrados,

chefes de secretaria e demais servidores apontam também para a escassez de

materiais de expediente, reclamação corrente em todas as unidades correcionadas.

Nas 1ª, 3ª , 4ª e 11ª Varas Criminais, há a necessidade urgente de serviços de

dedetização, em razão do grande número de formigas e também baratas, que tornam o

ambiente cartorário insalubre, com exposição dos servidores a risco de contaminação

de doenças através de alimentos e consumo de água.

Outro ponto comum é a divergência existente entre o acervo físico das varas

e o registrado no sistema JUDWIN, fato que merece melhor análise, uma vez que,

segundo informações dos servidores, o sistema, em várias consultas efe tivadas no

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mesmo dia, fornece informações díspares, o que prejudica sobremaneira o trabalho a

ser realizado, ante a falta de confiança nos dados por ele oferecidos.

Além disso, foi também detectado em algumas varas que funcionários não

têm informado o sistema adequadamente, na maioria por falta de conhecimento

técnico, prejudicando igualmente o serviço da serventia, estando a justificar a

necessidade de constantes treinamentos.

De forma geral, há alguns processos de réu presos com prazo excedido,

entretanto, na maior parte, o excesso de prazo se mostra aceitável.

Vale destacar que, embora a grande maioria das unidades possua pendências

em relação à Meta 02 do CNJ, a 6ª Vara, quando da inspeção, havia cumprido

integralmente essa meta.

A conduta funcional dos magistrados titulares, no geral, é boa. Há de ser

destacado que existem unidades em que esse relacionamento não é adequado,

repercutindo, inclusive, no desempenho das atividades e, via de consequência, na

prestação jurisdicional.

Deve-se registrar, ainda, que a CEMANDO não tem cumprido

diligentemente o seu ofício, procrastinando, assim, o andamento dos feitos em curso

nas referidas unidades judiciárias.

As varas relatam o problema do arquivamento dos processos com trânsito

em julgado, pois a remessa dos mesmos ao Arquivo Geral só é feita mediante o

agendamento duas (2) vezes por ano, e mesmo assim em quantidade limitada de

processos, acumulando o acervo morto das varas.

A equipe de inspeção constatou que na 4ª Vara, assim como na grande

maioria das unidades criminais, há um bom relacionamento entre os servidores,

estagiários, chefes de secretarias e o magistrado ti tular, sendo, nestes casos, todos

unânimes em afirmar a boa conduta do juiz como gestor. Porém, quanto ao juiz

substi tuto da 4ª criminal, a equipe constatou que o mesmo deixa a desejar quanto a

sua função jurisdicional.

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Na 4ª e 5ª Varas Criminais a equipe destacou outra questão a ser sanada,

relacionada à devolução das cartas precatórias. O fato é que, apesar de reiterados

pedidos de cumprimento das mesmas aos juízes deprecados, por vezes, não são

devolvidas em tempo razoável, tornando a prestação jurisdicional absurdamente

letárgica.

Outro dado que a equipe de inspeção evidenciou foi a grandiosa

característ ica de gestor dos magistrados da 1ª e 6ª Varas Criminais, assim como da

efetiva prestação jurisdicional, podendo, inclusive, servirem de MODELO DE

GESTÃO para as demais, ante o forte compromisso e organização daqueles

magistrados, dos chefes de secretaria e dos demais servidores para com o andame nto

dos feitos, não obstantes os problemas acima apontados, que emperram o andamento

dos processos.

Na 8ª Vara Criminal o espaço físico é insatisfatório, o sistema de

refrigeração, vez por outra deixa desejar. As instalações físicas da secretaria e do

gabinete são pequenas. No geral, a aparência da unidade se mostra em boas

condições, porém, a equipe verificou que a parede ao lado do arquivo eletrônico da

secretária encontra-se úmida, mofada, com a pintura e o reboco danificados.

Vale salientar que dos 138 processos que estão fora da 8ª vara, 48

encontram-se na Corregedoria de Polícia, 43 em delegacias e 47 na Central de

Inquéritos do Ministério Público do Estado de Pernambuco, os quais são sempre

requisitados àqueles órgãos, inclusive com o último pedido ef etuado no dia 26 de

abril de 2010, ficando o juízo sem obter resposta dos ofícios.

Nesse particular, deve a Corregedoria Geral da Justiça intervir junto às

Corregedorias dos tais órgãos públicos, solicitando -lhes a intervenção, juntamente

com o magistrado da vara, conforme determinado no relatório parcial de inspeção da

própria vara.

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- Considerações específicas sobre a 7ª Vara:

A 7ª Vara Criminal chamou a atenção da equipe de inspeção, uma vez que

restou observado que os servidores lotados naquela serv entia não permanecem por

muito tempo. Apesar da boa vontade com relação à realização dos serviços,

atualmente a maioria dos servidores é inexperiente, a exemplo da chefe de secretaria,

que à época da inspeção estava no exercício da função há apenas 2 meses . A grande

rotatividade de servidores na unidade tem ocasionado a descontinuidade do

aprendizado, e de conseqüência, prejudicado os serviços cartorários. Ademais, frise -

se que o número de servidores na 7ª

vara é escasso, havendo a necessidade

urgente de acrescentar, no mínimo,

mais três servidores à serventia.

Diante desse quadro,

percebeu-se que a produtividade dos

trabalhos na 7ª Vara Criminal não se

mostra satisfatório. Até porque, entre

o magistrado e os servidores não

existe um bom relacionamento, ficando evidenciado que existe insatisfações

recíprocas.

Assim como nas demais unidades judiciárias, a situação do material de

expediente na 7ª Vara é bastante crítica. Os mesmos chegam em quantidade aquém da

necessidade real , embora haja reiteração de pedido s, fazendo com que a chefe de

secretaria adquira, ela mesma, os materiais necessários à continuação dos serviços.

No que diz respeito aos processos de réus presos da 7ª Criminal, a maior

parte deles encontra-se sentenciado. Ressalte -se, no entanto, que foi constatada a

ausência de expedição de cartas de guia, tanto provisórias quanto definitivas, bem

como expedição de ofícios para o TRE, ITB e envio de Boletim Individual. Vale

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ressaltar que a escassez de servidores é fator contributivo para a execução dos

serviços em tempo razoável.

Outro fato a ser destacado durante a inspeção nesta serventia foi a

constatação de considerável número de processos prescritos e que ainda não tiveram a

extinção da punibilidade decretada.

Acrescente-se que grande número de processos constantes da lista dos 50

mais antigos não se encontrava na vara no dia da inspeção, prejudicando, os trabalhos

da equipe.

Ao verificar a baixa produtividade dos trabalhos na serventia, a equipe

sugeriu que fosse designada uma equipe orientadora par a auxiliar a execução das

práticas jurisdicionais, de forma a otimizar a efetividade dos trabalhos cartorários.

- Considerações específicas sobre a 9ª Vara:

Na 9ª Vara Criminal a equipe destacou que o espaço da unidade é pequeno

para a quantidade de processos e de pessoas. Isso gera desconforto para transitar e

organizar os processos. Por este motivo, a aparência da unidade não se mostra em

bom estado. E por haver processos muito antigos, há muita poeira, a ponto de os

funcionários adoecerem, conforme e les mesmos informaram, causando alergia e

irritação nos olhos.

A magistrada assumiu a vara há pouco tempo, com um acervo considerável

de processos que estavam estagnados há anos, de forma desorganizada, com enorme

quantidade de processos conclusos, inclusi ve, muitos com as penas já prescritas.

Em suas considerações, a magistrada afirma estar em fase de levantamento

de dados e organização para alcançar um nível ideal de conhecimento da situação

real , a fim de iniciar a oferta de uma melhor prestação jurisdic ional.

Verificou-se, ainda, que há uma grande confusão na identificação dos

processos, não havendo controle na diferenciação entre processos de réus presos e de

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réus soltos - uns sinalizados por etiquetas vermelhas dando a entender que se trata de

réus presos, quando na verdade, são de réus soltos e/ou sentenciados.

A equipe de inspeção pode observar que a unidade não utiliza qualquer

planilha de controle de réus presos, havendo muitos processos com prazo excedido,

desde o ano de 2008, sem que tenha sido p rolatada a sentença.

Ainda, em relação aos réus presos, a chefe de secretaria sugere que haja

atualização do sistema informatizado, no sentido de que o cadastro de réus presos,

além de ser realizado nos padrões exigidos pela Resolução 66 do Conselho Nacion al

de Justiça, pudesse ser acrescentado campos para tipificação penal e data e últ ima

movimentação processuais.

Segundo a mesma servidora, uma boa forma de agilizar o controle do acervo

de réus presos seria a retirada automática do acusado que recebeu o b enefício de

liberdade provisória ou relaxamento de sua prisão do cadastro de réus presos,

evitando-se dois procedimentos: alimentar a planilha criada pela serventia e o próprio

sistema JUDWIN.

Também foram constatadas outras deficiências, evidenciadas no R elatório

Parcial da Unidade, que ultrapassam o poder de gestão do juiz e do chefe de

secretaria, (pouco espaço físico na unidade, quantidade de material de expediente

incompatível com a dinâmica do cartório, muito ácaro, etc.).

Nesta vara a equipe sugere um mutirão para que haja andamento na grande

quantidade dos processos, com um juiz auxiliar e dois servidores.

e) - Execuções de Penas Alternativas - VEPA

Muito embora as instalações físicas da serventia

estejam bem conservadas, verificou -se insuficiência de espaço

físico para acomodação de todos os servidores e para o bom

desempenho dos trabalhos. A VEPA é uma unidade

jurisdicional de funcionamento complexo, com a participação de servidores dedicados

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às atividades cartorárias e de servidores dedicados ao apoio técnico do magistrado,

realizando o acompanhamento psicossocial dos apenados e beneficiados pela

suspensão dos processos.

A equipe técnica desempenha as suas atividades em sala separada da

serventia. Constatou-se que a sala da equipe técnica não a tende às necessidades dos

trabalhos realizados, sendo pequena, sem janelas e desprovida de mesas, cadeiras e

computadores para todos os servidores e estagiários.

A insuficiência de material de expediente também foi constatada na VEPA

(assim como nas demais unidades inspecionadas). Os servidores relataram que em

diversas oportunidades custeiam o material de expediente, além de racionarem

bastante o uso. Tal insuficiência é fator que contribui para a taxa de

congestionamento, fugindo aos poderes do magistrado e da chefia de secretaria a

resolução do problema.

Em relação ao quanti tativo de servidores, percebeu -se que apesar do número

expressivo, em função das atividades realizadas pela VEPA, há necessidade de um

incremento do quadro funcional. Conforme relatado pelo juiz e pela chefe de

secretaria, a VEPA recebe apenados de 14 municípios, neles incluídos Recife e região

metropolitana. Além disso, recebe os beneficiários com suspensão dos processos de

todas as Varas Criminais da Capital. E para todos esses feitos , a equipe técnica

realiza o acompanhamento constante dos apenados/beneficiados com entrevistas

psicossociais, reuniões e visi tas a estabelecimentos conveniados para prestação de

serviço pelos réus. Dessa forma, a quantidade de especialistas da equipe técn ica, em

número de 10 (dez), é insuficiente para a célere e eficiente prestação jurisdicional.

Pela equipe de inspeção foi constatado que são acompanhados pela VEPA

527 apenados e 687 beneficiários com a suspensão, além de serem fiscalizadas 1.009

instituições conveniadas. De outra banda, a secretaria conta com apenas 05 servidores

para desempenho das atividades cartorárias, número insuficiente para processar o

acervo de 2.269 feitos.

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A chefe de secretaria é empenhada em suas atribuições e tenta ao máximo

organizar a serventia e dar andamento aos processos de forma célere. Percebe -se que

há bastante harmonia entre o juiz e a chefia, bem assim perfeita obediência dos

servidores aos comandos de ambos. Destaca -se, por oportuno, a observação da chefe

de secretaria quanto à renitência dos membros da equipe técnica em auxiliar os

serviços cartorários, quando necessário.

No tocante ao acervo da vara, a serventia realizou o processo de inventário,

tendo sido extraído do sistema JUDWIN o quantitativo de 2.287 processo s. Na

contagem física, o chefe da serventia anotou que 18 processos que estavam na

listagem do JUDWIN não estavam na vara. Indagado sobre essa divergência, foram

apresentados os andamentos dos 18 processos (ANEXO 03). Porém, constatou -se que

alguns processos foram apenas indicados que teriam sido remetidos à VEPA pelo

sistema JUDWIN, porém não chegaram fisicamente à serventia. Outros saíram da

VEPA para o Distribuidor, entretanto, não houve baixa no sistema.

Em relação a alguns outros processos, foi observa do haver apenas a criação

dos números de cada processo, mas sem qualquer registro sobre suas origens e

destinos.

Outra constatação digna de destaque está no fato de que a própria VEPA

realiza a distribuição dos processos. Explico: as cartas de guia remeti das à VEPA são

cadastradas, autuadas e recebem um número processual por expediente da própria

serventia. Os feitos não passam pelo Setor de Distribuição do Foro.

Tal fato, no entender da Comissão Geral , é inapropriado, uma vez que, com

a instituição da Distribuição Geral do Foro, não cabe às varas a tarefa de distribuir os

feitos, questão a ser avaliada pela cúpula do TJPE.

No que tange às cartas precatórias, o volume excessivo explica -se pelo

número de comarcas atendidas pela VEPA (14 comarcas). De outra sorte, percebeu-se

o empenho do magistrado em dar andamento célere às precatórias. Sobre elas, foi

constatado também uma diferença entre as relacionadas no JUDWIN (80) e aquelas

com tramitação física na serventia (93). Segundo explicações da chefia, tal

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divergência deve-se ao fato de que algumas precatórias foram remetidas à VEPA

como “cartas de guia”.

Quanto à atualização dos processos no JUDWIN, verificou -se que os

despachos, decisões e sentenças são corretamente lançadas no sistema. Já em relação

aos atos da secretaria, constatou-se que algumas fases não são lançadas corretamente.

Com efeito, especificamente em relação aos feitos aguardando cumprimento de

decisão/diligência, a serventia não se uti lizava das fases e complementos disponíveis

no JUDWIN. Tal circunstância, por certo, compromete a boa organização da Vara,

além de impedir um efetivo acompanhamento do andamento do feito pelo sistema.

No quesito desvio de função, especificamente sobre a técnica judiciária que

está desempenhando suas atividades jun to à equipe técnica da VEPA, pensamos não

haver mácula funcional a merecer correção, em razão de que a funcionária em questão

é graduada em Psicologia, sendo sua formação necessária ao bom funcionamento da

VEPA.

No mais, anota-se uma absoluta incompatibil idade entre o JUDWIN e as

fases procedimentais da VEPA. Por exemplo, constatou -se que o referido sistema não

permite que a VEPA marque as audiências admonitórias e as entrevistas pelo sistema.

A pauta é feita manualmente, não havendo acompanhamento pelo si stema do TJPE.

Há a necessidade de adequar o sistema JUDWIN à VEPA.

Resumidamente, após a correição feita na respectiva vara, foram constatadas

algumas deficiências evidenciadas no Relatório Parcial ultrapassam o poder de gestão

do juiz e do chefe de secre taria:quantidade de material de expediente incompatível

com a dinâmica do cartório, mobiliário insuficiente, aparelho de fax sempre com

defeito.

No mais, a carência de recursos humanos (funcionários e estagiários), é

outro fator decisivo para que o andamento processual não tenha a agilidade

necessária, prejudicando em parte a adequada divisão do trabalho. Nesse sentido, a

Comissão sugere a atualização do sistema JUDWIN nos moldes expostos pelo chefe

da unidade.

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f) - Execuções Penais:

As instalações fís icas das serventias estão

razoavelmente conservadas. O espaço físico

da 2ª VEP é bastante restrito, não

comportando os servidores de forma

adequada. A quantidade de processos em

trâmite na serventia exige um acréscimo no

mobiliário (armários e prateleiras) , bem

como uma melhor organização na unidade,

apesar do espaço físico da vara não comportar tais melhorias, comprometendo o

andamento das atividades correcionais, uma vez que não havia o necessário espaço

para que fossem procedidas a separação e a análise dos processos da vara.

Já a 1ª VEP, apesar da amplitude do espaço físico, o elevado número de

processos em andamento na serventia também exige um acréscimo no mobiliário

(armários e prateleiras), bem como uma melhor organização na serventia.

O material de expediente é escasso nas duas unidades, o que dificulta

sobremaneira a atividade das VEP‟s, corroborando para a demora no exame dos

benefícios legais aos quais os sentenciados tenham direito, acaso preenchidos os

requisitos.

A atualização dos processos no

sistema JUDWIN (despachos, decisões e

sentenças) são corretamente lançadas em

ambas as varas. Entretanto, alguns atos da

secretaria não são informados corretamente.

Isso porque, segundo informações das chefias,

o JUDWIN não permite o acompanhamento de

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todas as fases do processo de execução penal, inviabilizando a correta alimentação do

sistema.

Tal circunstância, por certo, compromete a boa organização da vara, além de

impedir um efetivo acompanhamento do andamento dos feitos através sistema

informatizado.

Em relação à 1ª Vara de Execuções Penais, é uma unidade jurisdicional de

funcionamento complexo, desenvolvendo um misto de atividade jurisdicional e

administrativa. Nesse sentido, o número de servidores hoje existentes na serventia se

mostra insuficiente, principalmente se considerado o número de feitos em tramitação

(mais de 14.000).

Registre-se que à Vara de Execuções compete a fiscalização de 10

estabelecimentos prisionais, além do acompanhamento de todos os apenados

recolhidos nessas unidades, inc lusive quando recebem o livramento ou progridem

para o regime aberto. O volume de atos cartorários e de expedientes em cada processo

executório é bastante significativo, estando a exigir maior número de servidores

capacitados.

O quadro atual da 1ª VEP, com 16 funcionários, incluindo assessoria do

magistrado, chefia de secretaria, estagiários e funcionários, mostra -se insuficiente.

No pertinente à 2ª VEP,

sua competência abrange os

presídios e penitenciárias

localizados no interior do

Estado. Hoje conta com 15

funcionários, incluindo

assessoria do magistrado, chefia

de secretaria, estagiários,

funcionários e terceirizados,

mostrando-se, também,

insuficiente.

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31

Outro ponto observado diz respeito à conduta dos servidores no atendimento

das partes e advogados, bem como a realização dos trabalhos com processos.

No quesito atendimento, importa assentar que a 1ª VEP não o faz a

contento. Em primeiro lugar, porque as partes e advogados são atendidos por

servidores da empresa terceirizada, já que os servidores efetivo s resistem em atender

ao balcão. O magistrado tem consciência desse problema, tanto que sugeriu a

necessidade de se ministrar “curso de boas práticas em atendimento ao público” aos

servidores da serventia, salientando que tal providência deveria ser tomada pela

Secretaria de Gestão de Pessoas do TJPE.

De se registrar, ainda, que foram contundentes as reclamações feitas pelo

Representante da OAB/PE presente à inspeção (Dr. Eloy Moury Fernandes) a respeito

do mau atendimento dispensado pelos servidores da v ara.

Já em relação ao quesito trabalho com os processos, evidenciou -se que os

servidores sentem-se assoberbados de serviço. Dessa forma, findam por trabalhar

apenas com os “pedidos”, ou seja, processos em que o causídico ou parte interessa

pleiteia pessoalmente providências . Não há impulso oficial.

Algumas formalidades processuais de suma importância para a segurança

jurídica e regularidade do procedimento também são relegadas, em razão do volume

de trabalho, a exemplo da colocação de carimbo de juntada e certidões no bojo dos

autos.

Já em relação à 2ª VEP, em sentido

contrário, foram feitos elogios e, apesar das

dificuldades, a prestação jurisdicional é

feita de forma bastante razoável.

Quanto ao acervo da 1ª VEP, a

serventia realizou o processo de inven tário,

tendo sido extraído do sistema JUDWIN o

quantitativo de 14.694 processos. Na

contagem física, a chefe da serventia informou um quantitativo de 16.609 processos.

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Indagada sobre essa divergência, foi informado que na contagem física incluíram -se

os processos com “arquivamento provisório”, sendo que tais processos não entrariam

no acervo do JUDWIN. Ainda, argumentou a chefia que existem processos físicos em

duplicidade (dois autos referentes à mesma execução), o que estaria contribuindo

para a diferença nas informações sobre o acervo.

Na 2ª VEP, a serventia realizou o processo de inventário, tendo sido

extraído do sistema JUDWIN o quanti tat ivo de 9.380 processos. Na contagem física,

a chefe da serventia informou o mesmo quantitativo de processos.

Outra constatação digna de destaque está no fato de que as VEP‟s realizam

suas próprias distribuições dos processos. As cartas de guia remetidas à VEP são

cadastradas, autuadas e recebem um número processual, por expediente, fornecido

pela própria serventia. Os feitos não passam pela Distribuição Judicial . Tal fato, no

entender da Comissão, seria inapropriado, uma vez que, com a insti tuição da

Distribuição Geral do Foro, não cabe às varas a tarefa de distribuir os feitos.

Em suma, diante do volume de processos em tramitação, da natureza das

Varas de Execuções Penais, e da relevância da serventia

para a boa administração da segurança pública do

Estado, a Correição sugere a atualização do sistema

JUDWIN para o adequado atendimento às

peculiaridades das VEP‟s; a lotação de mais servidores

nas serventias; a designação de juiz auxiliar; a

realização de mutirão, a fim de sanar as falhas procedimentais e reduzir o

significativo acervo aguardando andamento.

g) - Executivos Fiscais Estaduais

As equipes de inspeção realizaram os trabalhos nas unidades por dois dias e

dessa permanência, com base nas considerações finais, é possível extrair alguns

pontos de maior relevância e que merecem destaque. Vejamos:

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A 1ª Vara, de um modo geral , apresenta -se organizada, limpa e satisfa tória.

Já a 2ª Vara, embora as instalações físicas, tanto da secretaria quanto do gabinete do

juiz estejam bem servidas, a disposição dos móveis impede o acesso às janelas,

limitando a vista e a entrada de luz natural, principalmente no gabinete do juiz.

Na unidade da 1ª Vara, apesar de elaborados os atos preparatórios, o chefe

de secretaria informou que o acervo físico contabilizado não correspondia ao

montante indicado à época pelo sistema JUDWIN. Apesar disso, não soube precisar

de quanto seria tal divergência. Da 2ª Vara as informações vieram prejudicadas, uma

vez que não foi possível a contagem de todos os processos da serventia, durante o

período destinado aos atos preparatórios.

Em relação ao corpo de funcionários, cabe registrar que na 1ª Vara, mesmo

após o incremento do acervo de equipamentos eletrônicos, quatro funcionários da

equipe permanecem comparecendo somente no turno da manhã. O chefe de secretaria

justifica esse regime de horário especial à dificuldade que esses servidores

encontraram em alterar o horário de suas atividades estudantis/ acadêmicas, mas

informa que esse regime é provisório e será regularizado de acordo com a

disponibil idade de novos horários nas respectivas entidades de ensino a que estão

vinculados.

O chefe de secretaria da 1 ª Vara, por sua vez, embora não trabalhe no turno

da manhã, comparece à unidade diariamente, das 12h às 19h, uma hora antes do

expediente forense.

Igualmente às demais serventias, ambas as unidades judiciárias avaliadas

reclamam da escassez de material de expediente.

Do que foi possível observar, o relacionamento entre os servidores, nas duas

unidades, aparenta ser bom. De igual modo entre os servidores e os magistrados, não

evidenciando nenhum problema dessa natureza.

Relativamente ao mobiliário das unidad es, a equipe constatou que na 2ª vara

existem 14 novos gaveteiros sem tombo e que a 1ª Vara conta com uma máquina

fotocopiadora (RICOH, Modelo: AF1113) “emprestada” pela PGE.

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O número de servidores lotados nas unidades parece insuficiente, tendo em

conta o volume de processos e a quantidade de serviços, mormente considerando a

existência de um quantitativo significativo de funcionários da PGE que atuam na

unidade à disposição do TJPE.

h) - Executivos Fiscais Municipais

Das inspeções realizadas nas duas u nidades dos Executivos Fiscais

Municipais, as equipes de inspeção indicaram alguns pontos de destaque, a saber:

Apesar da aparente

desorganização da 2ª Vara, em função da

precária estrutura de que dispõe, os

servidores da unidade, sobretudo o chefe

de secretaria, demonstram ter total

domínio dos feitos que ali tramitam,

sendo capazes, por exemplo, de localizar

rapidamente os processos e expedientes

solicitados, como também de levantar

eventuais dados requisitados pela equipe.

Valendo destacar que o chefe de

secretaria da 2ª Vara, quando da inspeção,

já estava munido de relatório contendo

dados relativos ao quantitativo do acervo,

localização dos processos na unidade,

situação processual, resultado dos

trabalhos realizados por ocasião dos atos

preparatórios para a presente correição, o

que demonstra a preocupação desses servidores com o andamento do procedimento de

inspeção.

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Igual sorte não foi observada na 1ª Vara, onde o trabalho de inspeção foi

prejudicado, devido ao chefe de secretaria atual não ter partic ipado dos atos

preparatórios, em virtude de se encontrar lotado naquela serventia há apenas doze

dias.

Do que foi observado pela equipe de inspeção, o relacionamento entre os

servidores aparenta ser bom, exercendo os chefes de secretaria a l iderança

indispensável a tal função, valendo-se da cooperação e da boa vontade de todos os

estagiários e servidores, inclusive daqueles cujo órgão de origem é a Prefeitura da

Cidade do Recife e estão à disposição do TJPE. No que tange ao relacionamento entre

servidores e magistrados, não pareceu haver problema dessa natureza.

Foi constatada pela equipe de correição a exiguidade do espaço físico na

unidade e na estrutura como um todo, insuficiente para garantir acomodação

adequada para os funcionários e equipamentos, tendo em vista o enorme volume de

processos e expedientes da secretaria.

A quantidade de móveis é insuficiente para armazenar a totalidade de

processos e expedientes da unidade, tanto é que muitos desses processos permanecem

numa sala anexa, localizada na garagem do Fórum, ou mesmo no chão, na própria

vara. Apesar disso, essa quantidade de móveis se revela excessiva quando comparada

ao espaço físico disponível, de modo que quase não existe área de circulação, o que

dificulta o tráfego de pessoas, cadeiras, etc. Na 2ª vara, por exemplo, a disposição

dos móveis impede o acesso às janelas, limitando a vista e a entrada de luz natural .

Afora isso, verificamos a necessidade dedetização periódica.

Também, pela equipe, foi anotada reclamação relativa à insuficiência de

material de expediente, tendo sido informado pelos servidores que atualmente só tem

sido fornecido papel e, ainda assim, em limite de 17 resmas por mês, o que não

atende à necessidade real das unidades, mormente levando em consideração o acervo

em tramitação que em média é de 320.000.

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O número de servidores lotados nas unidades é flagrantemente insuficiente,

existindo, inclusive, funcionários da PCR (Prefeitura da Cidade do Recife) atuando

na unidade, à disposição do TJPE.

Tendo em conta a competência es pecífica da unidade, é importante registrar

a existência de um acervo “virtual”, resultado de convênio celebrado entre a

Prefeitura do Recife e o TJPE. Na prática, esses processos são gerados virtualmente

pela municipalidade e importados para o sistema JUD WIN, apenas para efeito de

distribuição, integrando, assim, o acervo da unidade. Contudo, esses feitos

permanecem paralisados no sistema JUDWIN e sequer são submetidos ao juízo de

admissibilidade do magistrado, até que sejam finalmente materializados pela

Procuradoria e trazidos fisicamente para a Unidade, o que pode durar meses ou até

anos. Existem algumas inconveniências desse procedimento, a exemplo da enorme

divergência constatada entre o acervo físico e o acervo indicado pelo sistema

JUDWIN, o que importa uma diferença considerável de processos, os quais

permanecem em posse da Procuradoria do Município.

Outra peculiaridade está relacionada ao enorme volume de

mandados expedidos pela unidade, revelando uma situação

crí tica. Esses expedientes são cumpr idos integralmente por

oficiais „ad hoc’ contratados pela própria Procuradoria

Municipal, sem qualquer vínculo funcional com o Poder

Judiciário.

Existem móveis não tombados, a exemplo de

bancadas, escaninhos, monitor e teclados.

Finalmente, em virtude da precária situação

constatada, cumpre frisar que foi sugerido pela equipe de

inspeção o desmembramento das unidades inspecionadas,

criando-se, pelo menos, mais duas unidades jurisdicionais com a mesma competência.

Ademais, é indispensável registrar a imperio sa necessidade de ser realizada

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oportunamente inspeção especial, mais acurada, com vistas a atender às

peculiaridades das unidades em comento.

i) - Família e Registros Civis

Ao longo da realização da Correição, as equipes de inspeção destacaram

como modelos de gestão, a serem seguidos pelas demais varas, as seguintes unidades:

9ª, 10ª , 11ª e 12ª Varas de Família e Registros Civis, onde também foram observados

um excelente estado de conservação e organização dos equipamentos, apesar de estes

não serem suficientes para o desenvolvimento regular das atividades jurisdicionais e

administrativas.

Outro aspecto relevante que interfere na prestação jurisdicional satisfatória

é a escassez de material de expediente, desde papel e capas de processo, até mesmo

canetas, grampos, dentre outros.

O exemplo da 9ª Vara de Família em relação à média de tempo entre a

marcação e a realização de audiências deve ser seguido, uma vez que o magistrado

otimiza o tempo realizando audiências simultâneas.

Os magistrados das 12ª, 11ª, 10ª, 9ª,

6ª, 4ª , 2ª e 1ª Varas de Família foram

elogiados pelos servidores, estagiários e

representantes do Ministério Público, os

quais afirmaram as boas condutas dos

mesmos, tanto como gestores quanto no

exercício da prestação jurisdicional.

O corpo de funcionários das

serventias, de um modo geral , não se mostra

suficiente à boa execução das tarefas judiciais; no entanto, corresponde de maneira

razoável aos anseios dos jurisdicionados e advogados militantes nas unidades.

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À exceção dos processos integrantes da META 02 do CNJ, ainda pendentes

de julgamento, e dos processos mais antigos do acervo de cada serventia, os demais,

de uma maneira geral , nestas serventias, vêm tramitando de forma razoável,

compatível com a estrutura geral que lhes são oferecidas .

A 7ª Vara de família possui grande acervo de processos (6.649), em

andamento. Essa grande quantidade de processos, por si só já demonstra a dificuldade

de cumprir as determinações e decisões judiciais: 1.630 para cumprimento das

decisões, segundo o relatório de inspeção, situação agravada pela insuficiência de

servidores, no que vem causando a insatisfação dos advogados, sendo necessária a

realização de mutirão na unidade.

Por fim, em razão de se tratar de Vara de Família, faz -se necessária a

comunicação ao Ministério Público para que providencie medidas no sentido de

suprir a ausência regular (diária) do representante ministerial na Vara.

Merece destaque a ausência regular, na 9ª Vara de Família, de

representantes do Ministério Público vinculados à serve ntia, ocasionando atrasos no

andamento dos feitos. Em outras unidades, a presença de membro do MP não se faz

suficiente, visto que, por exemplo, na 11ª Vara, a representante deste órgão

comparece na unidade apenas duas vezes na semana.

Outro problema cons tante nas unidades de família versa sobre a carência de

defensor público, que não conta com lugar adequado para realização dos seus

trabalhos, e ainda, não se faz presente diariamente.

Conclui-se, assim, a necessidade da presença regular e diária de membr os

do parquet e da Defensoria Pública nas unidades, a fim de que os processos possam

se desenvolver de forma regular e a prestação jurisdicional melhorada.

Deve-se registrar ainda que a CEMANDO (Central de Mandados) não tem

cumprido diligentemente o seu o fício, haja vista a quantidade significativa de

mandados a serem devolvidos, procrastinando, assim, o andamento dos feitos em

curso. Na 11ª Vara, por exemplo, existem 57 processos aguardando devolução de

mandados com prazos excedidos.

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Importante registrar a existência de uma insatisfação por parte dos

servidores da 4ª Vara de Família quanto ao sistema JUDWIN, sobretudo no tocante ao

suporte dado pelo setor de informática que seria, segundo eles, deficiente e

anacrônico. O sistema ainda fornece informações f alhas as quais não condizem com a

realidade fática do acervo da vara.

Outra reclamação constantemente relatada é a dificuldade para o

arquivamento dos processos com trânsito em julgado, pois a remessa destes para o

arquivo geral só é feita mediante o agendamento, duas vezes ao ano, de quantidade

limitada de processos, acumulando, assim, o acervo morto na vara.

A chefe de secretaria da 2ª Vara de Família relata também a necessidade de

cursos para os funcionários, principalmente para os novatos, os quais che gam à

secretaria sem noção alguma dos serviços a serem executados ou mesmo do trabalho a

ser desenvolvido, além, é claro, de reciclagem para todos os servidores, por força das

mudanças ocorridas nas leis, e bem assim das impostas pelo Conselho Nacional de

Justiça.

Também é patente a problemática do agendamento para a realização do

exame de DNA. Segundo informações das 4ª, 6ª, 9ª e 10ª varas de família, o exame

realizado através de convênio com a UFPE demora cerca de 1 (um) ano para ser

realizado, atrasando sobremaneira o andamento dos processos.

- Considerações específicas sobre a 5ª Vara:

Na 5ª Vara de Família a equipe não verificou um bom estado de conservação

e organização, além do que alguns equipamentos merecem ser substituídos para que

proporcione o desenvolvimento regular das atividades administrativas.

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Também, foi verificada pela equipe, através do relatório de pendências do

sistema JUDWIN, a existência de 730 expedientes a serem cumpridos pela serventia.

Os processos não estão tramitando de

forma razoável nesta unidade,

inclusive os da META 2 e os mais

antigos. Observou-se também a

existência de uma grande quantidade

de processos a serem arquivados de

forma definitiva.

Apesar dos problemas

relatados, a equipe concluiu que diante

do número suficiente dos servidores, o magistrado deverá envidar esforços no sentido

de promover a razoável duração dos processos.

- Considerações específicas sobre a 8ª Vara:

A 8ª vara apresentou um grandioso acervo de processos em tramitação,

cerca de 4.700, dentre os quais muitos já foram sentenciados, estando na dependência

de confecção de expedientes pela secretaria. Há um número superior a 200 petições

iniciais para serem despachadas e inúmeras outras pendentes de tombamento,

encontrando-se, ainda, petição sem despacho inicial com prazo superior a seis meses.

O magistrado desta serventia não possui assessor, apesar de existir servidor

com graduação em Direito lotado na unidade. A maioria dos servidores é

inexperiente, a despeito da boa vontade na realização dos s erviços.

Verificou-se, também, que os servidores lotados nesta unidade não exercem

suas atividades por muito tempo, requerendo lotação em outra unidade.

Percebeu-se que não existe um entrosamento muito afinco entre magistrado

e servidores, inexistindo confiança por parte do juiz. Ainda, foi observada a

existência de distribuição incorreta de tarefas aos membros da equipe, acarretando a

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não delegação de atribuições que poderiam ser realizadas pela própria secretaria,

como é o caso de atos de mero expedient e.

Esta serventia também tem número insuficiente de servidores e necessita,

com a máxima urgência, de mais 3 servidores no seu quadro de pessoal para poder

exercer suas atividades satisfatoriamente.

O atendimento às partes e aos advogados não se mostra ade quado, chegando

inclusive a gerar tumulto, filas e insatisfações. Há um acúmulo irrazoável e

assustador de expedientes pendentes de juntada, mais de 4.800, o que emperra o

andamento processual e a própria organização da unidade, justificando, por si só, a

instalação de mutirão na unidade.

Durante a inspeção, muitos advogados e

partes se dirigiram à equipe e relataram a

morosidade extrema dos processos em

tramitação naquela unidade, a exemplo do

processo nº 001.2000.016444-6, ajuizado no

ano 2000, sendo proferido sentença no ano

de 2003, contra a qual inexistiu recurso e

que, somente em 2006, mais de 3 anos

depois, foi certificado o trânsito em julgado

e, até a data da inspeção, não havia sido expedido o oficio, conforme determinado na

sentença.

Os servidores foram unânimes em afirmar a falta de gestão na vara, assim

como o retardo na prestação jurisdicional.

A 8ª vara não se encontra em um bom estado de conservação e organização,

bem como os equipamentos nela constantes não são suficientes para o

desenvolvimento regular das atividades administrativas.

Diante dos indicativos acima, a equipe de inspeção solicitou, via telefone e

com urgência extrema, à Secretaria de Gestão de Pessoas, mais servidores: à

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Defensoria Pública Geral, a designação de um defensor público; e ao núcleo de

estágio, mais um estagiário.

Ainda, pela equipe de inspeção foi solicitada a colaboração dos

Corregedores Auxiliares do Ministério Público presentes na vara, a fim de

providenciarem a diminuição do acervo de processos com vista e r emessa ao

Ministério Publico. Todos se comprometeram verbalmente em colaborar com as

providências solicitadas, a fim de melhorar a prestação jurisdicional da serventia.

j) - Fazenda Pública

As serventias mostram-se, de uma maneira geral, em boas condições. Os

espaços físicos são bem conservados e bem aproveitados, de modo a abrigarem

satisfatoriamente os funcionários e os processos.

Como informado nas considerações finais das equipes de correição

responsáveis pelas Varas da Fazenda Pública, os dados soli citados foram prestados de

forma célere, o que demonstra que as unidades inspecionadas, em que pese o grande

volume de trabalho, encontram-se bem organizadas e com os serviços em ordem.

Nenhum problema foi encontrado no

relacionamento dos servidores, exercendo os

chefes de secretaria liderança sem utilização de

expedientes autoritários, valendo -se da

cooperação e da boa vontade dos demais

servidores.

Os funcionários da 5ª Vara da Fazenda

afirmaram que se a CEMANDO reduzisse o prazo

de devolução das intimações haveria maior celeridade na marcação das audiências.

É importante registrar, também, que os documentos e petições protocolados

são juntados imediatamente aos processos, ficando pendentes apenas os documentos e

petições dos processos com remessa.

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Um problema presente é em relação a processos não encontrados. Na 1ª

Vara existem 62 feitos, na 2ª existem 38, na 3ª um total de 34, na 5ª Vara são 30, na

6ª Vara existem 38 processos não localizados.

Vários fatores que colaboram para o congestionamento das unidades

fazendárias envolvem o órgão ministerial. Na 2ª e na 3ª Vara, os promotores não

comparecem e os processos com vistas são cargueados por funcionários do MP

mediante autorização. Segundo informações, na 2ª Vara, apesar de devidamente

intimado, o Ministério Público sequer tem comparecido às audiências.

Já na 7ª, existem 563 processos com carga para o órgão e 100 com vista e,

conforme informações prestadas, o contato é realizado apenas via telefone, sem que

sequer consigam colher dados sobre o promo tor ti tular da vara.

Em várias serventias foi observada a existência de distorção do quantitativo

indicado no sistema JUDWIN com a realidade física do acervo, a exemplo da 4ª e da

7ª.

De uma maneira geral, quase todas as serventias se queixam do problem a da

demora no cumprimento dos mandados, fato que acarreta protelação dos processos

com reiteradas remarcações de audiências.

O magistrado da 4ª Vara da Fazenda relatou que uma das dificuldades da

serventia é a falta de um bom sistema de informática que au xilie os trabalhos, assim

como também a insuficiência de funcionários no cartório para o cumprimento da

crescente demanda.

O juiz da 8ª vara fazendária destacou em suas considerações uma

problemática presente em todos os demais cartórios referente à falta de material de

expediente suficiente.

A insuficiência de servidores é relatada por praticamente todos os chefes de

secretarias, os quais afirmam que mesmo o quadro funcional estando completo, é

insuficiente para a prestação jurisdicional adequada.

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O magistrado da 6ª Vara da Fazenda consigna que deveria haver um

treinamento de todos os servidores sobre o sistema JUDWIN, além de um curso mais

especializado sobre a área fazendária.

Outro grande problema enfrentado nas Varas da Fazenda diz respeito à

quantidade de processos arquivados dispostos em caixas aguardando transferência

para o arquivo geral, o que atrapalha a aparência geral da vara e prejudica também a

organização.

O magistrado substi tuto da 5ª Vara da Fazenda Pública destacou nas suas

considerações que deveria haver uma melhoria na estrutura e que a composição atual

de funcionários não é suficiente para o acervo de mais de 4.300 processos.

l) – Feitos Relativos a Entorpecentes

As serventias

apresentam um bom estado de

conservação e organização,

apesar das dificuldades

encontradas em relação ao

espaço físico, o qual é

insuficiente para comportar o

grande acervo de processos,

especialmente os de crimes

relativos a entorpecentes, que

são compostos de vários volumes devido à complexidade do delito.

Um ponto que chamou a atenção da equipe foi o número absurdo de baratas

no ambiente cartorário, que o torna insalubre e põe em risco a saúde dos servidores e

do público em geral .

Outro problema é em relação ao quadro de servidores, tanto na 1ª quanto na

2ª serventia. As queixas apontam para a falta de pessoal, escassez de material de

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expediente, problemas com a remessa de processos com trânsito em julgado para o

arquivo geral, problemas com a CEMANDO, que não tem cumprido diligentemente o

seu ofício, o que atrasa o andamento dos feitos nestas Unidades.

A equipe de inspeção constatou que muitas audiências marcadas não foram

realizadas, uma vez que as testemunhas arroladas pela Promotoria não com pareceram,

dentre estas, policiais militares e civis. Assim, a equipe sugeriu a comunicação ao

Comandante Geral da Policia Militar de Pernambuco e ao Chefe da Policia Civil, para

que providenciem medidas no sentido de cumprirem, com agilidade, a comunicaçã o

aos policiais para comparecimento às audiências na qualidade de testemunhas,

evitando-se a constante remarcação de audiências nas Varas de Entorpecentes.

Na 1ª Vara de Entorpecentes constatou -se a necessidade de juntada de

inúmeros expedientes cartorários aos processos antigos de interceptação telefônica.

Na 2ª Vara de Entorpecentes existem apenas 7 (sete) processos relativos à

META 2, sendo que parte destes já se encontram findos e aguardando baixa definitiva

no sistema. Na 1ª Vara também existe um núm ero pequeno de processos relativos à

META 2 e boa parte deles está na última fase de conclusão para despacho.

Nas duas serventias os

magistrados vêm se esforçando na

tentativa de garantir a razoável

duração dos processos, apesar do

grande acervo existente e do

entrave singular da jurisdição

penal, conjugado à crescente

prática de crimes relativos a

entorpecentes, em especial o

“crack”.

No tocante ao relacionamento com os servidores, estes foram unânimes em

afirmar a boa conduta do juiz t itular, do juiz auxi liar, do chefe de secretaria e dos

demais colegas tanto como gestores quanto na prestação jurisdicional.

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m) - Justiça Militar Estadual

A unidade judiciária se mostra de boa

aparência. A pintura ainda se encontra bem

conservada; o espaço físico dimensionado

de modo a abrigar satisfatoriamente os

funcionários. As instalações físicas da

secretaria e do gabinete são bem

apresentadas. No geral , a aparência da

unidade se mostra em boas condições,

inclusive com divisórias para abrigar o setor de antecedentes c riminais, o gabinete do

magistrado, a área de atendimento aos advogados, o gabinete para o chefe de

secretaria, o arquivo geral , a sala do tribunal do júri (com capacidade para 40

pessoas) e a sala do Conselho de Justiça, além da área destinada aos serviço s

cartorários.

Todo o quadro de pessoal é formado por servidores da Polícia Militar. Além

disso, conforme destacou o chefe de secretaria, o material de expediente é solicitado

com bastante antecedência, por isso não há deficiência neste item.

A Vara Militar foi a única que não

houve necessidade de solicitar nenhum tipo

de providência durante a correição da

Capital . É uma vara bastante organizada, com

fluxograma para o andamento dos processos,

funções bem definidas para os servidores e

com o obtenção do resultado final –

prestação jurisdicional célere.

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Existem “inquéritos policiais militares” pendentes na vara militar, de

acordo com os relatórios de Meta 2 do CNJ. Contudo, não existe esta natureza de

processo na competência da vara. Só há tramitação de proc essos. Apesar de diversos

pedidos ao CNJ e ao TJPE para solucionar a questão, até a presente data, nada foi

feito. Destaque-se que os processos cíveis demoram aproximadamente 01 ano para

serem sentenciados na Vara Militar.

Por fim, houve uma sugestão pelo magistrado sobre o setor de antecedentes

criminais localizado na própria vara militar: seria mais eficiente ter acesso à certidão

de antecedentes via internet , como já acontece nas justiças Eleitoral, Federal e

Militar Federal. Tal situação economizaria ma terial de expediente, pessoal, espaço

físico, que já são bastante escassos na serventia.

n) – Sucessões e Registros Públicos

Foi constatado pela

equipe de inspeção que as

unidades se encontram em

excelente estado de conservação

e organização, porém, os

equipamentos por elas util izados

não são suficientes para o

desenvolvimento regular das

atividades administrativas. O

corpo de funcionários também

não comporta a quantidade de serviço de forma satisfatória, apesar de corresponder

de maneira razoável aos anseios dos jurisdicionados e advogados militantes.

Conforme já ressaltado, as principais queixas correspondem à escassez de

material de expediente e falta de pessoal. Em especial, na 1ª Vara faz -se necessária a

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presença de mais 04 (quatro) servidores na sec retaria a fim de dar cumprimento aos

expedientes da serventia.

Todos afirmaram manter um ótimo relacionamento entre os servidores,

chefes de secretaria e com os magistrados. Acrescente -se que restou demonstrada a

liderança dos chefes de secretaria no geren ciamento das atividades cartorárias.

No tocante aos magistrados ti tulares das 1ª, 2ª e 3ª Varas, chefes de

secretaria, demais servidores e estagiários foram unânimes em afirmar a boa conduta

dos juízes como gestores, assim como na prestação jurisdicional.

Quantos aos documentos e petições protocolados, estes são imediatamente

juntados aos autos, em todas as varas, restando pendentes apenas os relacionados a

processos que estão com remessa/carga.

Na 3ª Vara de Sucessões o sistema JUDWIN aponta um quantitati vo de 54

cartas precatórias em tramitação, embora, durante a inspeção, constatou -se que

algumas delas já tinham sido cumpridas e devolvidas ao juízo deprecante, mesmo

assim, a chefe de secretaria, seguindo orientação da equipe de inspeção, iniciou a

adoção das seguintes providências: cert ificação das precatórias já cumpridas em

conclusão ao juiz para determinar a baixa ao distribuidor.

A 4ª Vara de Sucessões apresentou um problema em relação aos processos

com carga que estão com prazo de devolução excedido, qual seja, existem quarenta e

quatro processos na unidade com carga para advogados, dois processos com peritos e

cinco com o partidor, mas nos casos daqueles em posse de advogados o MM. Juiz já

diligenciou no sentido de publicar intimações para devolução dos autos.

É importante registrar que a chefe de secretaria da 3ª Vara de Sucessões

demonstrou não ter pleno controle da unidade e certo desinteresse, talvez, ansiedade

para que se alcançasse o término da inspeção, não fornecendo dados mínimos à

equipe e alegando enfaticamente a inexistência de pendências de juntadas e a

compatibilidade entre os processos cadastrados no JUDWIN e o acervo físico, fatos

que não corresponderam à realidade verificada pela equipe de inspeção.

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o) - Tribunal do Júri

Das quatro Varas do Tribunal do Júri inspecionadas, constatou -se que

apenas a 1ª e a 2ª são dotadas de espaço físico suficiente e adequado para o

desempenho das atividades. Muito

embora o estado de conservação de

todas as varas seja bom, a 3ª e a 4ª

Varas do Júri (situadas no Fórum

Thomaz de Aquino) carecem de

melhores instalações, tanto para a

atuação do magistrado como para o

desempenho das atividades

cartorárias. Todas as serventias

apresentaram reclamação quanto à

insuficiência de mobiliário,

principalmente prateleiras e armários para acomodação dos processos.

No que se refere ao quadro de servidores, constatou -se durante o inventário

da inspeção que todas as varas do júri estão com insuficiência de pessoal,

principalmente quando considerada a Instrução Normati va TJPE nº 07 de 11 de março

de 2010, que estabelece um quantitativo de 14 servidores para cada vara, sem contar

com oficiais de justiça, assessor de magistrado, chefe de secretaria e estagiários.

De se destacar, ainda, a manifestação unânime das serventia s do júri a

respeito da insuficiência de material de expediente. Contudo, vale ressaltar que a 1ª e

a 2ª Varas do Júri estão em muito pior situação quanto ao fornecimento de

suprimentos. Com efeito, constatou-se uma absoluta falta de material , inclusive de

papel para os expedientes. Além disso, os servidores e magistrados são levados a

complementar, com recursos próprios, o material de expediente, para que não haja

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paralisação do serviço. Por fim, em todas as serventias salientou -se a necessidade de

uma máquina copiadora, a fim de dar maior celeridade ao andamento dos expedientes.

Em relação à contagem física dos processos, todas as serventias a

providenciaram previamente, como ato preparatório da correição.

Confrontando os dados obtidos nessa contagem com o acervo extraído do

sistema JUDWIN, constatou-se divergências relevantes na 1ª e na 2ª Varas do Júri.

Com efeito, o sistema de acompanhamento processual identificou um número muito

maior de feitos do que aqueles efetivamente em tramitação nas duas servent ias em

referência. Entretanto, não se observou indícios de extravio de autos.

Apurou-se, na oportunidade, que vários dos processos anotados no sistema

JUDWIN e inexistentes no acervo físico estavam com o andamento “movimento

antigo”. Essa circunstância leva a crer que os processos constantes apenas no acervo

eletrônico são resultado do cadastramento e ativação indevida de feitos antigos, já

baixados e arquivados no JUDWIN. Quanto às 3ª e 4ª Varas do Júri , o inventário dos

processos coincidiu com o acervo e letrônico, salientando-se que essa circunstância

deve-se, além da evidente organização das referidas serventias, ao fato de serem

varas recém-instaladas.

Verificou-se, ainda, que as 1ª e 2ª Varas do Júri vêm enfrentando sérias

dificuldades, no que se refe re à devolução dos mandados encaminhados à CEMANDO

para cumprimento. Constatou-se, durante a inspeção, que vários mandados estavam

em poder dos oficiais de justiça da CEMANDO, com prazo de cumprimento vencido,

e, a despeito das solicitações dos magistrados para que fossem devolvidos, os

expedientes não retornaram às varas. De se ressaltar que vários desses mandados

atrasados são relativos a processos com réus presos.

A atuação deficiente da CEMANDO, por evidente, implicou no inevitável

atraso no andamento dos feitos, mormente porque impede a célere decisão sobre a

insistência (ou não) na oitiva de testemunhas.

Durante a inspeção nas Varas do Júri, deu -se especial atenção aos processos

de réus presos. Sobre esse ponto, vale anotar que foram inspecionados, por

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amostragem, os cinquenta processos com prisões mais antigas em todas as Varas do

Júri. No que se refere à 3ª e à 4ª Varas do Júri, não se encontrou feito cujo tempo de

prisão fosse flagrantemente excessivo.

Já em relação à 1ª e à 2ª Varas do Júri , a reali dade não foi a mesma. Nessas

duas Varas, dos autos analisados, constataram -se indícios de excesso de prazo na

tramitação de processos de réus presos, sendo certo que a equipe de correição

encaminhou os processos ao magistrado para adoção das providências c abíveis.

Oportuno anotar que não foram objeto de análise os feitos que passaram

pelo mutirão carcerário do CNJ (que tiveram as prisões mantidas), tampouco aqueles

com sessões do Júri já designadas.

Outra questão que merece destaque é a taxa

de retenção de processos pelas delegacias de polícia

e Central de Inquéritos do Ministério Público. Em

todas as Varas do Júri inspecionadas constatou -se um

número expressivo de feitos em poder desses órgãos,

com prazos consideráveis. Apesar de todos os juízos

terem oficiado solicitando a devolução dos feitos ou

informações sobre os respectivos andamentos, na

maioria dos casos não houve resposta.

Especial menção merece a atuação do

Ministério Público e da Defensoria Pública nas Varas

do Júri. Não é demais lembrar que o bom

desenvolvimento dos trabalhos nessas serventias

depende, em grande parte, da presença e da atuação efetiva desses órgãos.

Sobre esse ponto, foi averiguado que a 1ª Vara do Júri encontra -se sem

defensor público desde dezembro de 2009, situação que, a de speito das diversas

solicitações e pedidos de providências do magistrado, não se alterou. Quanto ao

Ministério Público, este vem atuando regularmente na referida serventia. Já na 2ª

Vara do Júri, não foram constatados problemas significativos com a Defenso ria,

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tampouco com o Ministério Público, que vêm atuando regularmente. A 3ª Vara do

Júri enfrenta problemas semelhantes à 1ª, uma vez que a representante da Defensoria

Pública que atua na serventia não participa das sessões do Júri, atuando apenas nas

audiências de instrução.

Ainda em relação à 3ª Vara do Júri, também se constatou que o

Representante do Ministério Público, muito embora empenhado em atender à demanda

da serventia, vê-se impossibilitado de dar atenção

integral aos feitos do júri, uma vez que está em

exercício cumulativo na Comarca de Paulista. A 4ª

Vara, assim como a 2ª , não enfrenta problemas

com a Defensoria Pública nem com o Ministério

Público. Apesar do membro do MP cumular o

exercício em outra comarca, foi informado que sua

atuação se dá a contento.

Importante destacar que boa parte da taxa de congestionamento notadas nas

3ª e 4ª Varas do Júri deve-se ao fato de que as serventias contam, respectivamente,

com apenas um Juiz. Essa circunstância impede a realização simultânea de sessões do

júri e de audiências de instrução, implicando em inevitável atraso no andamento dos

processos. Tal situação não é experimentada pelas 1ª e 2ª Varas do Júri , que contam,

respectivamente, com dois Juízes (ti tular e auxiliar).

Em relação às audiências, as varas que contam com dois magistrados (1ª e

2ª) estão com a pauta completa até o final do ano. Isso é viável justamente porque são

realizadas simultaneamente sessões do júri e audiências de instrução. Já Varas que

contam com apenas um magistrado (3ª e 4ª) estã o com suas pautas mais restri tas, com

audiências e júris marcados até setembro de 2010. De se ressaltar, ainda, que a

carência de Defensor Público e de Promotor com atuação exclusiva no júri dificulta

ainda mais a célere prestação da jurisdição. Nesse pont o impõe-se lembrar da

irresignação do Juízo do 3º Tribunal do Júri que foi enfático ao afirmar que a não

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apresentação de presos pela Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES -PE)

vem causando sérios atrasos nos processos.

Constatação importante em todas as Varas do Júri é a inadequação do

sistema de acompanhamento processual informatizado (JUDWIN) às peculiaridades

das serventias. Foi queixa comum de todas as serventias a incompatibilidade entre as

fases do JUDWIN e aquelas efetivamente realizadas na V ara do Júri. Deu-se especial

destaque à necessidade de o sistema dar baixa automaticamente no cadastro de réus

presos, quando estes têm a prisão relaxada. Também se fez referência à ineficiência

do sistema quanto à contagem do prazo prescricional. Esse fat o, a propósito, foi

confirmado pela equipe de inspeção, porquanto, a maioria dos processos que o

sistema apontava com prescrição consumada não estavam efetivamente prescritos.

Ainda sobre as serventias do júri , é imperioso registrar que, apesar das

deficiências e eventuais falhas encontradas, todos que fazem parte das varas

mostraram-se efetivamente comprometidos na boa prestação da jurisdição. Mesmo

diante da carência de material de expediente e de pessoal suficiente, os servidores,

chefes e magistrados apresentaram-se bastante empenhados em bem administrar a

justiça.

Especial anotação merecem a 1ª e 2ª Varas do Júri que, por serem as mais

antigas, possuem o maior acervo processual. Tais serventias, na fase preparatória da

correição, empenharam-se em baixar o acervo das varas, arquivando e dando baixa

nos processos já sentenciados. Em relação à 3ª Vara, merece elogio a liderança do

juiz que, percebendo a ineficiência da CEMANDO quando do cumprimento dos

mandados, obteve o comprometimento dos oficiais lotados na própria serventia no

sentido de cumprir os mandados genéricos extraídos dos respectivos autos.

Deve-se destacar, ainda, a criatividade do chefe do 3º Tribunal do Júri , que

se vale de e-mail coletivo, para antecipar as determinações e tarefas aos servi dores.

A organização da 4ª Vara é fator cogente, sendo um evidente facili tador do

bom transcorrer dos trabalhos. De outra sorte, em todas as serventias verificou -se a

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dedicação dos magistrados e chefes de secretaria que comparecem quase diariamente

nos dois expedientes, para o fim de dar celeridade à prestação jurisdicional.

V – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INSPEÇÕES REALIZADAS NAS DEMAIS

SERVENTIAS E DEPARTAMENTOS:

a) - Distribuidores

Após um dia de

permanência das equipes em

cada setor, sejam eles: 1º, 2º e 3º

distribuidores e Núcleo de

Informação e Distribuição dos

Processos de 1º grau (UDA), foi

constatado que todas as unidades

se apresentam com limitação

física no ambiente de trabalho,

gerando insatisfação entre os

funcionários do setor e consequente dif iculdade para execução das atividades

funcionais.

O 3º distribuidor, inclusive, embora não possua um acervo considerável em

tramitação, necessita também de uma melhor disposição do mobiliário com o objetivo

de trazer privacidade, segurança e conforto para o desempenho das atividades

internas, pois é o espaço totalmente interligado com o setor de atendimento ao

público, quando deveria haver um espaço reservado para atendimento e outro para

desempenho das atividades.

Foi observada certa precariedade na estrut ura, existindo, inclusive, móveis

que necessitam urgentemente de reparos, como, por exemplo, cadeiras, portas de

armários e trinco da porta de acesso principal.

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Deve ser pontuada uma insatisfação recorrente nessas serventias, referente à

escassez do material de expediente que não atende às necessidades reais da unidade,

em especial capas para processos, item essencial ao desempenho da competência dos

distribuidores.

Foi possível observar também, no 1º e 2º distribuidores, considerável

circulação de pessoas no interior da serventia, que deveria possuir acesso restrito a

funcionários, no entanto, segundo informações dos funcionários do 1º distribuidor,

isso se deve ao fato de que a porta de acesso está sem o trinco. A comunicação sobre

a necessidade de conser to da fechadura foi repassada para o setor específico do

Tribunal para providências.

Com relação ao 1º Distribuidor, cabe registrar a necessidade de

disponibil ização de um cofre, pois, temporariamente, são armazenados armas,

dinheiro e outros acompanhamentos de processos criminais, que só podem ser

enviados ao Núcleo de Guarda de Objetos do Crime após a distribuição do feito a

uma vara.

Outro aspecto importante, que envolve a atividade dos contadores, é a

imprescindível criação de um Setor de Contadoria sep arado do Setor de Distribuição,

pois não são funções complementares, ao contrário, quando exercidas pelo mesmo

servidor, uma das atividades ficará prejudicada, requerendo para o seu desempenho

um local mais adequado sem interferência frequente de atendimen to ao público.

Ademais, o Contador das Varas de Acidente de Trabalho, com o fito de obter uma

produtividade maior, passou a exercer suas funções em uma sala separada, no setor de

Plantão Judiciário, com espaço que comporta apenas um contador.

Apesar da existência das atribuições de Contadoria, não há o Cargo de

Contador Judicial no TJPE. Esta função é exercida por servidores do quadro sem

nenhuma remuneração adicional para o cumprimento da realização dos cálculos.

Outra reivindicação dos contadores é a aqui sição de um programa de sistema

específico para contadoria, já disponível no mercado e utilizado, inclusive, em outros

tribunais de justiça. É indiscutível que tal aquisição agilizaria a atividade exercida.

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O quesito relacionamento entre os servidores, apa renta ser bom, exercendo

os distribuidores a l iderança dos grupos, valendo ressaltar que alguns funcionários

são contratados e outros efetivos, exceto no 2º distribuidor em que todos os

funcionários são privados, não exercendo o TJPE qualquer ingerência na

admissão/demissão dos mesmos.

Por fim, importa declinar que o programa do JUDWIN não atende à real

necessidade dos Distribuidores, que contam com movimentações bem específicas.

Assim, é necessário um aperfeiçoamento do sistema para garantir maior seguran ça e

celeridade no Setor.

b) - Núcleo de Guarda de Objetos do Crime da Capital

O Setor de Guarda de Objetos do Crime, por constituir departamento

extensivo das varas criminais, poderia receber atenção mais adequada.

Fica localizado na garagem

do Fórum Des. Rodolfo Aureliano,

tendo como principal atividade o

recebimento, a guarda e o

cadastramento de informações de

objetos relacionados aos processos

criminais que tramitam na Capital.

Algumas medidas simples poderiam

melhorar as condições de trabalho e

auto-estima dos poucos servidores que ali trabalham.

O espaço físico é totalmente inadequado para o funcionamento do Núcleo

de Guarda de Armas, Drogas e Objetos do Crime. Não tem piso, o local do arquivo

não tem circulação de ar nem exaustor, é imprescindí vel a melhoria do acesso ao

setor, a pintura deixa a desejar, há falta de mobiliário, é imperiosa a necessidade de

separação do balcão de atendimento da sala das demais atividades, as cadeiras são

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quebradas e inadequadas ao uso, servidores e equipamentos i nsuficientes para o

desempenho dos trabalhos.

É imperativo o fornecimento de aparelho de fax,

impressora e computadores mais modernos. O arquivo geral

está com sua capacidade de armazenamento quase esgotada

além da falta de fornecimento regular de materia l de

expediente de modo geral. O ambiente é totalmente insalubre,

pois contém produtos sujos de sangue, em decomposição,

enferrujados, drogas velhas e mofadas guardadas pelo chão

dentre outros objetos que transformam o ambiente

inadequado para o desempenho das atividades, além de

manter um odor intolerável no recinto.

O quadro de pessoal também precisa ser aumentado. O quantitativo é aquém

do necessário ao controle da seção, pois só existem três servidores para desempenhar

todas as funções do núcleo.

Dentro desse contexto, a equipe entendeu prudente destacar algumas

reivindicações dos servidores, a saber:

gratificação de Chefia; condições

especiais de trabalho, já recebidas pelo

Depósito Geral da Capital , porém não

estendida para este o depósito de armas

e instrumentos do crime; aquisição de

software específico que atenda as

necessidades de

fornecimento/armazenamento de dados

do departamento (atualmente, trabalha-se exclusivamente com livros preenchidos

manualmente, sem qualquer controle e segurança das info rmações colhidas, o que

seria diferente caso existisse um sistema informatizado). O JUDWIN não fornece as

ferramentas necessárias à obtenção desses elementos.

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O Núcleo possui 19.289 tombos de objetos, onde cada número pode

corresponder a diversos objetos, além dos 5.594 tombos relacionados a entorpecentes,

cabendo a mesma observação, sendo grande a variação de gramatura entre os tombos.

Além dos problemas estruturais, a equipe

de inspeção pode também detectar a grande

quantidade de produtos de valores exis tentes no

setor, tais como: objetos eletrônicos, jóias,

dólares, etc. , e outros de interesse da

criminalidade: metralhadoras, fuzis, pistolas

automáticas, armas e munições diversas, sem que

a unidade disponha de mecanismo rígido e eficaz de controle e prot eção desses

produtos, os quais podem ser facilmente manipulados, desviados, extraviados e

depreciados, com enorme prejuízo para a produção da prova processual.

Diante dessa ausência de controle

eficaz, a unidade deve merecer atenção especial

da Corregedoria Geral da Justiça, no sentido de

realizar estudos voltados à obtenção de uma

maior e melhor fiscalização na movimentação

desses produtos, sendo, inclusive, sugerida pela

Comissão Geral, a aquisição de um „cofre forte‟,

com controle exclusivo do segredo pelo chefe do setor, destinado à guarda das jóias e

dinheiro, e submissão da unidade a inspeções mensais. Como segunda hipótese,

poderia a Corregedoria Geral da Justiça depositar o dinheiro e as jóias em

instituições bancárias oficiais, garantindo, a u m só tempo, além das presenças físicas

dos produtos, as suas conservações e a valorações reais. A providência seria de fácil

implementação, visto que o Fórum Rodolfo Aureliano encontra -se contemplado por

instituições bancárias oficiais.

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c) - Central de Precatórias

Durante a inspeção, a equipe constatou alguns pontos relevantes que

merecem destaque:

Existe uma diferença considerável entre o acervo do sistema e o acervo

físico da unidade, conforme declinado no item VI -2 do Relatório Parcial da unidade.

Nesse particular, cumpre destacar que a diferença do quantitativo, segundo

informações dos servidores, refere -se a cartas precatórias já cumpridas e devolvidas

ao juízo deprecante, mas que constam como movimentações antigas. Os servidores

aduzem, quanto a essa questão, que já foi solicitado ao distribuidor a competente

baixa no sistema com o intuito de sanar essa divergência.

As cartas precatórias que estão aguardando pagamento das custas não são

distribuídas enquanto pendente essa providência, assim, embor a o quantitativo seja

enorme, elas não constam do acervo.

O material de expediente chega em quantidade inferior à necessidade,

principalmente envelopes cuja uti lidade é imprescindível ao serviço, eis que a central

trabalha diariamente com devolução de cart as precatórias já cumpridas.

Tendo em vista o informado acima, os servidores, visando praticidade e até

economia dos materiais, procuram acumular, por curto espaço de tempo, algumas

cartas precatórias já cumpridas referentes a um mesmo juízo deprecante, co m o fito

de providenciar uma única remessa.

Por fim, a equipe de inspeção deixou à análise da Coordenação Geral a

necessidade de a central de precatórias informar o quantitativo das cartas precatórias

que estão aguardando pagamento das custas, uma vez que estas não são distribuídas

enquanto pendente essa providência e, assim, não integram o acervo da unidade no

JUDWIN.

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d) - CEMANDO

Nesse procedimento correcional a equipe de

inspeção verificou tanto a secretaria da CEMANDO quanto

o cumprimento dos expedientes pelos oficiais de justiça,

além da regularidade dos serviços e a observância dos

prazos legais estabelecidos. Na ocasião, recebeu denúncias

oferecidas por advogados e pelas próprias partes, tendo

concluído o seguinte:

- Na unidade inspecionada concen tra-se

grandioso acervo de mandados pendentes de distribuição

aos oficiais de justiça (atualmente os expedientes do mês

de fevereiro ainda não foram distribuídos), bem como

muitos mandados sem cumprimento no prazo legal e outros em poder dos oficiais por

anos (a exemplo do expediente n. 2000.0151.097 expedido em 24/08/2000 e somente

cumprido em 31/05/2010, ou seja, quase 10 anos depois).

- A chefe da CEMANDO não é

tida como líder pela grande maioria dos

oficias de justiça, sendo, inclusive,

considerada uma pessoa grosseira, ou seja,

indelicada com os servidores, faltando -lhe

urbanidade e educação doméstica. Os

oficias de justiça não a consideram chefe da

unidade, mas sim, e unicamente, o Diretor

do Fórum.

O número de servidores lotados na secretaria da unid ade não se mostra

suficiente, nem corresponde à necessidade efetiva. Para minimizar o problema,

necessário se faz a designação de, no mínimo, mais 05 (cinco) servidores para a

unidade. Atualmente, a CEMANDO conta com a colaboração de estagiários.

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O balcão de atendimento é constantemente lotado.

É necessário um curso de atualização para os oficiais de justiça. Há muitas

dúvidas quanto ao cumprimento dos mandados, assim como alguns magistrados

reclamam do não cumprimento regular dos mesmos.

Deve-se, também, orientar os chefes de secretaria das varas, objetivando

padronizar a confecção dos mandados e evitar o envio em duplicidade, assim como

anexar aos mandados as cópias de peças do processo (por exemplo petição inicial)

necessárias ao seu cumprimento.

Como medida urgente, entende-se pela

necessidade de se colocar um oficial de justiça

diariamente nos presídios Aníbal Bruno e no

COTEL, ante a quantidade de mandados a serem

cumpridos naquelas unidades prisionais, assim

como para cumprir os alvarás de soltura (medidas

urgentes), sendo a providência acolhida pelo

Diretor do Fórum. Tal medida certamente dará mais agilidade e eficiência ao

cumprimento dos mandados, em especial aos alvarás de soltura. Nesse particular, não

se pode aceitar que um alvará de soltura reme tido à CEMANDO às 17:00 horas, não

seja cumprido no mesmo dia, mas apenas no dia seguinte. A hipótese vai de encontro

a todos os princípios constitucionais, penais e humanitários.

É escasso o material de expediente na unidade, merecendo uma atenção

especial.

Faz-se necessária a criação de uma equipe de oficiais de justiça para

cumprimento dos mandados com constrição judicial de bens (especialmente no caso

de busca e apreensão de veículos), vez que há um assédio muito forte das partes e

advogados para com os oficiais de justiça, inclusive, conforme narrado por um oficial

de justiça, os bancos, enquanto partes de processos, destinam dinheiro para tal

medida, podendo este fato comprometer a lisura do Judiciário.

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Não há um controle efetivo pela secretaria da CE MANDO no recebimento

dos mandados devolvidos pelos oficiais de justiça. A única prova de entrega que se

tem é o protocolo pessoal do oficial de justiça, o qual fica em seu poder.

O plantão diário da CEMANDO não funciona de forma satisfatória, vez que

somente recebem os mandados às 19:00 hs e, na sua maioria, só são cumpridos no dia

seguinte.

É necessária a redistribuição dos oficias de justiça nas zonas/áreas, já que

não estão distribuídos de forma equitativa. Há uma concentração excessiva de oficias

na Zona 01.

Sugerimos também a instauração de procedimento administrativo, de acordo

com o art. 86 do Regimento Interno, para apurar eventual insubordinação em serviço,

passível de aplicação de pena administrativa atribuída ao oficial de justiça Eduardo

Jorge Barros E. S. de Araújo , matrícula n. 175.205-7, pela suposta negativa em

cumprir o mandado n. 2010.0661.030, distribuído no plantão, conforme Oficio n.

842/2010-CEMANDO.

A Corregedoria Auxiliar de 1ª Região abriu procedimento administrativo

contra o servidor Antônio Carlos Machado Costa , matrícula n. 126.644-6, pelo

suposto excesso de prazo no cumprimento do mandado n. 2000.0151.0975, expedido

em 24/08/2000, sendo devolvido somente em 31/05/2010, conforme cópia do mandado

e certidão anexados ao Relatório Parc ial da Unidade.

Também foram instaurados procedimentos administrativos (sindicâncias)

contra o oficial de justiça Ulisses Ferreira Soares, matrícula n. 150.061-9, para

investigar a razão do mandado n. 2008.0152.001211 ter sido redistribuído ao referido

oficial de justiça em data de 08/10/2008 e somente devolvido em 02/06/2010, ou seja,

quase 02 (dois) anos depois, bem como para apurar eventual irregularidade

administrativa praticada pelo mesmo oficial de justiça, em virtude de ter afirmado

durante a inspeção na CEMANDO que “nunca recebeu dinheiro em pecúnia para

cumprir mandados, porém, se o advogado quiser abastecer seu veículo não vê

problema algum, aceitando de imediato”. Afirmou que os bancos já destinam dinheiro

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especificamente para os oficias de justiç a cumprirem os mandados (no caso de busca

e apreensão de veículos).

De igual modo, foram instaurados vários procedimentos administrativos

contra diversos oficiais de justiça, indicados no item VII - PROCEDIMENTOS

ADMINISTRIVOS INSTAURADOS, para apuração de suposto excesso de prazo no

cumprimento de mandados, extraído do “Relatório de Mandados em Poder do Oficial

de Justiça”, emitido pelo JUDWIN em data de 21.06.2010, em razão da ausência de

„baixa com devolução dos mandados ao sistema JUDWIN‟, por tais serv idores, apesar

de solicitada a providência pelo inspetor, conforme Relatório Específico da

CEMANDO.

Motivado em diversas dúvidas e questionamentos

apresentados pelos oficiais de justiça, o inspetor

Amaury sugeriu a realização de encontro/oficina,

destinada aos oficiais de justiça da Comarca da

Capital coordenada pelo Corregedor Auxiliar da

1ª Região e proferidas palestras por magistrados,

sendo acolhida a sugestão e autorizada pelo

eminente Desembargador Marco Maggi, enquanto Corregedor Geral da Justiça, em

substi tuição ao Desembargador Bartolomeu Bueno.

Durante o encontro, foram proferidas palestras pelo próprio coordenador da

correição (Dr. Agenor Ferreira de Lima Filho), bem como pelos juízes: Dr. Paulo

Victor Vasconcelos de Almeida, Dr. José Henrique C oelho Dias da Silva e Dra.

Valéria Rúbia Silva Duarte.

O encontro aconteceu no auditório do 2º andar do Fórum Rodolfo Aureliano

e se desenvolveu de forma tranquila e equilibrada. Após proferidas as palestras, os

oficiais de justiça tiveram a palavra para apresentarem suas dúvidas, onde, na

ocasião, informaram as dificuldades enfrentadas no dia -a-dia do exercício da função,

crí ticas, reivindicações e sugestões, tais como:

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- problemas no cumprimento dos mandados junto aos presídios. Sugeriram a

implantação do alvará de soltura e mandados de intimação eletrônicos;

- unificação na confecção dos

mandados;

- a certidão de cumprido

negativamente rubricada pelo oficial de justiça

quando deve-se ser tida como dil igência

realizada;

- ausência de material de expedient e

satisfatório;

- os mandados oriundos dos Juizados são cadastrados no sistema do

JUDWIN pela CEMANDO, o que acarreta morosidade na distribuição dos mandados;

- sugestão de uma viatura diária, com motorista, destinada ao deslocamento

dos oficiais de justiça até os presídios, após as 17:30 hs;

- desnecessidade da entrega de ofícios pelos oficiais de Justiça;

- dificuldades em intimar os representantes do Ministério Público e da

Defensoria Pública, posto que muitas vezes não constam nos mandados os nomes do

Promotor e do Defensor, sendo pelos órgãos negado o recebimento, sob a alegação de

que seus membros devem ser intimados pessoalmente;

- falta de estrutura ao oficial de justiça que realiza a penhora da renda de

jogos nos estádios de futebol. Os valores penh orados são levados em mãos pelo

próprio oficial sem qualquer aparato. Sugeriram, nessa hipótese, a contratação de

carro forte;

- os oficiais de justiça fazem as vezes de avaliador judicial, sem qualquer

habilidade técnica para tanto;

- o prazo para os oficiais de justiça cumprirem os mandados é exíguo,

dependendo da diligência a ser cumprida;

- alguns mandados com constrição judicial são erroneamente assinados por

chefes de secretaria, ausente a rubrica do magistrado;

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- o depósito público não atende às nec essidades, até porque se recusam em

receber bens apreendidos ou despejados, no caso dos bens móveis retirados dos

imóveis, no cumprimento de mandados de despejo;

- reunião com os chefes das secretarias das varas para unificar os

procedimento dos mandados.

e) – Núcleo de Informação e Distribuição de Processos de 1º Grau - UDA

É um ambiente agradável e bem equipado. Os servidores trabalham com

tranquilidade em um ambiente limpo e organizado. Contudo, tem alguns pontos que

precisam de destaque, como a falt a de controle pela unidade do sistema de som, má

circulação de ar, inclusive com util ização de ventiladores em cima das mesas para

evitar reincidência de desmaios de funcionários, escassez de material de expediente,

em especial de capas processuais, necess idade de mais gaveteiros e substituição das

cadeiras quebradas.

A falta de material, principalmente capas de processos, tem gerado diversos

transtornos à unidade: mistura e extravio de petições, inclusive, a recusa por parte de

alguns magistrados de receberem processos sem as devidas capas.

f) – Diretoria do Fórum

A unidade correcionada encontra -se em excelente estado de conservação e

organização, e os equipamentos nela constantes são suficientes para o desenvolvimento

regular das atividades administra tivas.

O corpo de funcionários da Diretoria corresponde de maneira rápida às

atividades da unidade. As queixas dos servidores apontam exclusivamente para a

escassez de material de expediente.

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g) – Gerência de Atendimento e Implantação da Informática

A unidade correicionada encontra -

se em excelente estado de

conservação e organização, e os

equipamentos nela constantes são

suficientes para o desenvolvimento

regular das atividades

administrativas.

O corpo de funcionários da Gerência não corresponde de m aneira

satisfatória às atividades das unidades do TJPE por insuficiência no quadro de

pessoal. As queixas dos servidores apontam para a escassez de material de

expediente, como, aliás, foi queixa constante de todas as unidades inspecionadas

A unidade

também carece de um maior

espaço físico, tendo em vista

que os servidores se dividem

em dois turnos para

desempenhar suas atividades.

Segundo

informações obtidas, a

unidade inspecionada presta

serviços em todo Estado.

Entretanto, não dispõe de veículos sufici entes para o pronto atendimento, o que

vem contribuindo para o retardo na prestação de serviços de informática.

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VI – ESTRUTURA FÍSICA DO PRÉDIO RODOLFO AURELIANO

Durante o trabalho de Correição Geral ,

dirigido mais especificamente para a análise do

funcionamento e composição dos serviços

desenvolvidos nas diversas unidades judiciais

instaladas na Comarca da Capital, as equipes de

inspeção passaram a observar alguns problemas

existentes na estrutura física do prédio Rodolfo

Aureliano, mormente em relação à infi ltração e vazamento de águas em diversos

pontos do Fórum, fazendo com que ultrapassassem os objetivos iniciais do trabalho e

voltassem também as suas atenções para tal questão, já que, dentro de uma visão

macro, estaria integrando o trabalho correcio nal em sua plenitude.

Dentro desse contexto, a fim de se

obter uma radiografia mais detalhada e

verdadeira da atual situação vivenciada pelo

prédio Rodolfo Aureliano, as equipes de

inspeção não só passaram a registrar os

problemas encontrados através de

fotografias, como também buscaram

informações do Assessor Técnico da

DIRIEST, DR. ANTÔNIO HIRSCHLE, onde lhes foram repassado cópia de relatório

detalhando a atual situação física/estrutural do prédio, na visão dele (Assessor

Técnico), preocupante.

No relatório, podemos realmente constatar a existência de diversos pontos no

prédio com infiltrações, cuja conseqüência decorre da falta de execução dos serviços

de impermeabilização da laje da coberta, obra prevista na recuperação do fórum.

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Informa que as infi ltrações atingiram fortemente as instalações elétricas,

computadores, móveis, cadeiras e alguns processos, colocando em risco os

funcionários e usuários do Fórum.

O Assessor apontou como local de origem das infi ltrações a coberta das

juntas de dilatação que interceptam os pilares, nas zonas sul e norte, embora haja

vazamentos generalizados em todas as demais áreas do prédio, todos causados pelo

desgaste da manta existente.

Segundo o relatório, diversos

locais e unidades judiciais já

sofreram os efeitos das

infiltrações verificadas, tais como:

23ª vara cível (4º andar - ala sul);

Procuradoria (4º andar- ala sul);

Corredor de acesso (4º andar – ala

sul); 32ª vara cível (5º andar - ala

norte); 7ª vara da fazenda (4º

andar – ala norte); Hall

monumental (área P1); Hall do 5º pavimento; Acesso as varas de concil iação;

Auditório do 5º andar (ala sul), dentre outros.

O DR. ANTÔNIO HIRSCHLE tem demonstrado a sua preocupação através de

alguns e-mail enviados a diversos órgãos do TJPE, inclusive, registrando que a

gravidade da situação está a exigir medidas urgentes para montagem e execução de um

plano de ação corretiva, devido ao risco iminente de degradação de processos, curto -

circuito elétrico generalizado em diversos locais, pane nas comunicações internas,

deterioração irreversível de servidores elétricos de alto custo e colapso de

comunicações no TJPE.

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No dia 17 de junho, em razão das fortes chuvas verificadas, a DIRIEST

informa que adotou medidas de ação emergencial, voltada apenas para minimizar o

altíssimo risco de curto-circuito na subestação, porém, não se constituindo solução

técnica recomendada. Na visão dele, apenas um paliativo para solucionar situação

emergencial do momento.

No mesmo email, informou que seria necessário realizar uma vistoria

detalhada no dia posterior àquela torrencial chuva, a fim avaliar os estragos

ocasionados, e emitir parecer técnico mais abalizado. Ainda, segundo o Assessor

Técnico, acaso a situação se mantivesse até as 16:30 hs., o expediente forense deveria

ser encerrado, visto que poderia comprometer o fornecimento de energia elétrica e o

setor de informática de todo o Fórum do Recife, além de sérios riscos de acidentes

para servidores e usuários do judiciário, o que levou o Diretor do Foro a expedir a

portaria 01/2010-DIFOR suspendendo, naquele dia, as atividades do expediente do

Fórum Rodolfo Aureliano.

No dia 18 de junho foi realizada inspeção geral nos pavimentos da Ala Norte

do Fórum Rodolfo Aureliano, mais especificamente nas varas e ambientes adjacentes a

parede da fachada leste, do 5ª pavimento até a garagem. Tal inspeção, segundo

informou em email , foi fei ta por uma equipe de engenheiros do TJPE e de empresas

terceirizadas.

Na inspeção os engenheiros observaram uma

lamina d´agua varrendo o piso das seguintes varas:

oitava vara criminal (2ª andar – ala norte); nona vara

criminal (2ª andar – ala norte); quarta vara de família

(1º andar – ala norte); quinta vara de sucessões (1º

andar – ala norte).

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70

Tal situação foi alertada pela equipe, sendo destacado o risco de vida par a

funcionários e usuários daquelas varas, devido as instalações elétricas em contato

direto com a água, podendo ocasionar choques elétricos ou curtos -circuitos.

Como providência emergencial a equipe informou estar drenando a maior

quantidade de água possível , com aplicação de estopas e baldes com o pessoal

responsável pela limpeza. Todavia, a equipe salientou não ter identificado a origem do

problema e de conseqüência recomendou a não utilização do espaço físico das

unidades atingidas, até a solução do problema.

Após a recomendação, o Diretor do Foro expediu nova portaria 02/2010 -

DIFOR, suspendendo, naquele dia, as atividades nas unidades citadas e determinando a

imediata comunicação ao setor de manutenção e engenharia do Tribunal de Justiça,

para que se iniciem os reparos e isolamentos necessários, a fim de garantir o pleno

funcionamento das serventias.

Todos esses fatos constam do relatório e documentos anexos, sendo o

encerramento antecipado do expediente e as interrupções de funcionamento das

unidades acompanhados pela Corregedoria Auxiliar da 1ª Região.

Diante da evidente e comprovada situação de precariedade da manta de

proteção instalada na cobertura do prédio, a Coordenação da Correição recomenda a

adoção de medidas urgentes voltadas à montagem e execução de um plano de ação

corretiva, destinada a proteção do prédio Rodolfo Aureliano.

VII – AUDIÊNCIA PÚBLICA

No dia 14/04/2010 foi realizada, no 1º

andar do Fórum Rodolfo Aureliano, a audiência

pública de abertura da Correição da Capital . Vinte

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quiosques foram instalados no hall do Fórum para receber reclamações da população.

As irregularidades apontadas foram apuradas e determinaram as tarefas de

investigação das equipes da Comissão da Correição. Problemas de instalações físicas,

deficiência de recursos humanos e a falta de assiduidade dos servidores e magistrados

também foram pontos avaliados.

A sessão solene foi aberta pelo Corregedor

Geral de Justiça, Desembargador Bartolomeu Bueno,

estando presente o Presidente do Tribunal de Justiça,

Desembargador José Fernandes de Lemos, o

Presidente da Associação de Magistrados de

Pernambuco – Amepe – juiz Emanuel Bonfim, e

representantes da Ordem dos Advogados do Brasil

Seccional Pernambuco – OAB/PE, do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Cerca de 100 pessoas procuraram os guichês de atendimento e tiveram suas

reclamações registradas. A maioria das queixas, pelo que se viu, refere -se ao atraso

no andamento dos processos. Foram cerca de 40 pessoas envolvidas nas verificações,

18 bacharéis em direitos e três juízes corregedores auxiliares dedicados em tempo

quase integral.

Os servidores registraram as reclamações e autuaram em forma de

sequenciais, a fim de analisar as providências

que seriam adotadas. Na ocasião, os

formulários com pedidos de providênc ias

foram digitalizados no momento da denúncia,

já com o objetivo de dar início à digitalização

de todos os processos em tramitação na

Corregedoria Geral da Justiça.

Os sequenciais foram todos apreciados e adotadas as medidas e providências

legais cabíveis, inclusive, com informação prestada a cada um dos reclamantes.

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- Reclamações recebidas e providências adotadas:

- Reclamações recebidas: 100 (cem)

- Providências adotadas:

SEQUENCIAL Nº SITUAÇÃO

10 Remessa à Diretoria do Foro, por questão de

competência.

14 Remessa à Prefeitura de Olinda, por questão

de competência.

140 Remessa à Prefeitura de Jaboatão, por questão

de competência.

71, 126

Remessa à Corregedoria do TRF 5ª Região,

por questão de competência.

111, 127, 369 Remessa à Corregedoria do TRT 6ª Região,

por questão de competência.

141 Remessa à Corregedoria Auxiliar da 3ª

Região, por questão de competência.

149 Remessa à Corregedoria Auxiliar para o

Serviço Notarial e de Registro do Interior, por

questão de competência.

24, 128, 208 Remessa à CGJ por questão de competência.

227 Remessa à Assessoria Mili tar do Fórum Des.

Rodolfo Aureliano, por questão de

competência.

51 Apensado ao Sequencial 73.

01, 02, 05, 06, 07, 11, 13, 15, 17,

21, 25, 29, 30, 58, 61, 63, 65, 66,

69, 70, 73, 77, 88, 112, 130, 131,

133, 134, 136, 137, 138, 171, 172,

Aguarda resposta de ofício.

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207, 224, 225, 246, 324, 352, 368,

501, 502

56 Aguarda remessa dos autos do processo pelo

Juízo.

28, 34, 206, 325 Arquivado. (Recebido como sugestão)

96, 122 Arquivado por impossibilidade de identificar

autoria.

08, 23, 32, 54, 68, 75, 78, 129, 132,

292, 323, 400, 504

Arquivados (outros fundamentos).

03, 20, 22, 31, 52, 53, 57, 64, 74,

76, 79, 113, 139, 148, 150, 170,

327, 427, 503

Aguardando parte

04, 56 Conclusos

173, 226 Aguarda cumprimento de diligência pelo Juízo

reclamado.

VIII – PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS INSTAURADOS:

- Foram instaurados procedimentos admin istrativos para apuração de

supostas irregularidades contra os servidores a seguir relacionados:

- Antônio Carlos Machado Costa, matrícula n. 126.644 -6; Ulisses Ferreira

Soares, matrícula n. 150.061-9; Erika Saraiva de Vasconcelos, Matrícula 178465-0; Marcelo

Henique Nunes Botelho, Matrícula 181045-6; Leonardo José Gonçalves Albino, Matrícula 168556-2;

Leonardo Figueiredo, Matrícula 175235-9; Kleber do Rego Monteiro Filho, Matrícula 178469-2; João

de Souza Miguel Neto, Matrícula 168544-9; João Bosco Bezerra Wanderley, Matrícula 133578-2; José

Walter Paraíso, Matrícula 157760-3; José Scavuzzi Guerra, Matrícula 120916-7; José Amilton Nazario

da Silva, Matrícula 159572-5; Jair da Costa Silva, Matrícula 165554-0; José Noval Mendonça Barros,

Matrícula 175694-0; Ivanilson Barbosa de Albuquerque, Matrícula 156358-9; Herman Milanez Dantas

Neto; Hercílio Belarmino da Silva Júnior, Matrícula 178573-7; Gustavo Rapouso de Souza, Matrícula

177690-8, Gleyce Maria de Araújo Severiano, Matrícula 187527-9, Fernando Antônio Lino de

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Queiroz, Matrícula 178958-9; Gileno Leal de Souza, Matrícula 127539-9; Gilberto Pereira de Souza

Bastos, Matrícula 108882-3; Francisco Xavier de Santana, Matrícula 179459-7; Francisco José

Monteiro de Melo, Matrícula 168528-7; Fernanda de Almeida Wanderley, Matrícula 182998-0;

Fabíola Maria de Lima Ramos Silveira, Matrícula 179569-4; Eudson de Almeida Carlos, Matrícula

125431-6; Edvaldo Cosmo dos Santos, Matrícula 128112-7, Ednoan Gonçalves Santos, Matrícula

175245-6, Edilma Alves Cordeiro, Matrícula 179590-2, Edileusa Aleixo do Canto, Matrícula 153835-

7, Ewerton Jeronimo Araújo de Lima Sarmento, Matrícula 178568-0, Daniel Mario da Costa Verçosa,

Matrícula 171868-1, Conceição de Maria Pitt da Rocha Araújo, Matrícula 157755-7, César Augusto

Pessoa da Silva, Matrícula 120809-8, Carlos Frederico Alcantara Farias, Matrícula 175266-9,

Bartolomeu Cavalcante Sobrinho, Matrícula 120394-0, Antônio Carlos Machado Costa, Matrícula

126644-6, Antônio Gabriel de B. Gonçalves, Matrícula 156322-0, Aline M. Nogueria Cornélio,

Matrícula 177995-8, Alexandre Luis Barreto de Almeida, Matrícula 175231-6, Angela Maria Torres

Santos, Margarethe Maria Pereira dos Santos, Matrícula 162918-2, Maria Célia Rodrigues de Moraes

Fortunato, Matrícula 174908-0, Maria Elizabete Sampaio, Matrícula 175212-0, Maria José da Silva,

Matrícula 175210-3, Maria da Conceição Souza Melo, Matrícula 157684-4, Maria das Graças de

Oliveira, Matrícula 160269-1, Maria de Lourdes da Silva Fontes, Matrícula 162916-6, Marta Maria

Gomes da Silva, Matrícula 127537-2, Márcio Antônio M. de Oliveira, Matrícula 160420-1, Maria

Tereza S. Pereira, Matrícula 176200-1, Nadja Maria Alves de Souza, Matrícula 178482-0, Nadja Maria

Santos da Cunha, Matrícula 157759-0, Nasamy José Bezerra Santiago, Matrícula 168786-7, Paulo

Vicente Fereira, Matrícula 127962-9, Paulo de Barros Correia Filho, Matrícula 128711-7, Pedro

Ribeiro Lima Neto, Matrícula 178372-6, Quitéria Roseana de Britto Siqueira, Matrícula 178891-4,

Risolriuda Dias da Silva Alves, Matrícula 177206-6, Ricardo Fereira da Rocha, Matrícula 127545-3,

Roberto Caetano da Silva, Matrícula 175683-4, Rúbia Martinho Mesquita, Matrícula 178485-4,

Solange Lins F. de Barros, Matrícula 175948-5, Tânia Cristina Bezerra, Matrícula 175223-5, Ulisses

Fereira Soares, Matrícula 150061-9, Valdenio Simões Barza, Matrícula 158562-2, Thiago Sarinho

Maciel, Matrícula 181659-4, e Wilson Paraíso Macieira, Matrícula 168264-0, pelo suposto excesso de

prazo no cumprimento dos mandados, conforme “Relatório de Mandados em Poder do Oficial de

Justiça” emitido pelo Sistema JUDWIN na data de 21.06.2010.

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IX – CONCLUSÃO FINAL:

O Trabalho de Correição Geral Ordinária na Comarca da Capital, desde os

atos preparatórios até as inspeções realizadas em cada unidade judiciária, ocorreu de

forma amena e dentro das expectativas visadas pela Corregedoria Geral da Justiça.

O sucesso da empreitada foi por todos reconhecido, e de igual modo,

apontada a necessidade de realização dessa Correição Geral , visto que, a partir dela,

não apenas os magistrados, mas também os chefes de secretaria e os demais

servidores, passaram a conhecer mais de perto a unidade a qual pertencem, e via de

consequência, prestarem um serviço mais eficiente e de melhor qualidade.

Dentro dos objetivos almejados, após coletados os da dos e registrados em

relatórios parciais de cada unidade, a Coordenação Geral da Correição encerra o seu

mister, passando ao eminente Corregedor Geral da Justiça, a identificação dos

principais problemas encontrados e algumas sugestões, a saber:

a) - Principais problemas verificados:

- Deficiência geral, relatada por todas as unidades, no fornecimento de

materiais de expediente (papel, grampo, envelopes, capas de processo, clipes, tonner ,

etc.), o que tem gerado, inclusive, discussões entre servidor es. As equipes de

inspeção constataram em diversas unidades a aquisição de materiais de expediente

pelos magistrados e servidores;

- Grande número de processos registrados no sistema JUDWIN, porém não

localizados fisicamente nas unidades, o que tem contri buído para a alta taxa de

congestionamento do judiciário pernambucano, detectada pelo Conselho Nacional de

Justiça;

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76

- Diversos pontos de infiltração de água no

prédio do Fórum Rodolfo Aureliano, principalmente

no 5º pavimento, com sérios riscos de ac identes para

os usuários e funcionários, inclusive, após as fortes

chuvas ocorridas nos últimos dias, que ocasionou

alagamentos em algumas unidades judiciais, como: 8ª

Vara Criminal, 9ª Vara Criminal, 4ª Vara de Família, 5ª Vara de Sucessões e

Auditório do 5º pavimento, dentre outras, levando o Diretor do Foro a interditar ditas

unidades durante um expediente, em virtude de risco de eletrocussão, e como maior

gravidade ainda, na Unidade de Alimentação de Energia do Prédio, o que levou a

equipe técnica de engenharia do TJPE a ventilar a possibilidade de interdição de todo

o prédio;

- Há necessidade permanente de dedetização do Fórum da

Capital , devido à quantidade de insetos, especialmente

baratas, constantemente encontrados nas unidades

judiciárias;

- As unidades judiciárias, em sua quase totalidade,

necessitam melhorar a quantidade e modernização dos

equipamentos (computadores, impressoras, fax, etc),

aumentar o espaço físico e substituir móveis naturalmente deteriorados pelo uso. Para

tanto, necessários se fazem o auxílio e a orientação de um profissional de arquitetura;

- Algumas salas do Fórum necessitam de ajustes em sua refrigeração. O

calor é intenso, o que torna a temperatura ambiente desagradável;

- Outro grande problema enfrentado pelas Varas diz respeito à quantidade

de processos arquivados dispostos em caixas aguardando transferência para o Arquivo

Geral, pois esta transferência fica l imitada a, no máximo, duas vezes ao ano e

condicionada à existência de caixas para o armazenamento. Assim, impõe -se a

regulamentação do procedimento de remessa para o Arquivo Geral, com o intuito de

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trazer eficiência ao serviço e, via de consequência, evitar o acúmulo de processos

nessa situação na unidade;

- O Arquivo Geral deve aumentar urgentemente sua capacidade , pois, em

todos os setores inspecionados existem diversas caixas de processos baixados

aguardando sua remessa àquela unidade. Outra observação quanto ao Arquivo Geral ,

para facilitar o trâmite processual nas varas de família é necessário que exista um

arquivo geral no próprio Fórum Des. Rodolfo Aureliano;

- A política de substituição do tonner

da impressora atrasa

consideravelmente o andamento

processual, tendo em vista que a

quantidade de impressoras disponíveis

é insuficiente e a mesma permanece

parada até a chegada do novo tonner .

A paralisação dos serviços em razão da

falta de tonner , perdura em torno de 20

dias aproximadamente, até a sua substi tuição;

- Deve haver um aprimoramento do sistema de informática JUDWIN, pois o

mesmo não atende a muitas das necessidades e peculiaridades das unidades

judiciárias, contudo é mais gritante esta situação nos setores especializados como:

distribuidores, Central de Guarda de Objetos do Crime, Distribuição, Central de

Precatórias, Tribunal do Júri. Há também a necess idade de aquisição de software para

o setor dos contadores e da Central de Armas, já disponíveis no mercado, em uso por

outros tribunais e de baixo custo;

- Deverão ser oferecidos cursos de aperfeiçoamento jurídico e do sistema

JUDWIN para os chefes de sec retaria, com a finalidade de padronizar as

movimentações processuais no TJPE;

- Há insatisfação geral dos servidores mais novos, devido aos baixos

salários e outras reivindicações não atendidas, e bem assim dos servidores mais

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antigos, quanto aos cortes s alariais sofridos recentemente, o que torna o TJPE apenas

uma passagem de servidores públicos para outros órgãos que fornecem melhores

condições de trabalho;

- Há uma carência considerável de membros do Ministério Público e da

Defensoria Pública, principalmente nas varas de Família, o que atrasa

consequentemente o andamento processual;

- No caso das Varas de Família, há a necessidade de se firmar mais

convênios, além do ajustado com a UFPE, para a realização de exames de DNA, visto

que o prazo de espera atualmente gira em torno de um ano;

- Em relação à situação das Varas de Executivos Fiscais Municipais, em

virtude da precária situação constatada, mormente em relação ao acervo, cumpre

sugerir o desmembramento da Unidade inspecionada, criando -se, pelo menos, mais

duas varas da mesma competência. Ademais, é imperiosa a necessidade de ser

realizada oportunamente inspeção especial e mais acurada, com vistas a atender às

peculiaridades das Varas de Executivos Fiscais Municipais e Estaduais;

- É importante regist rar a necessidade de revisão do convênio mantido entre

o TJPE e a Prefeitura da Cidade do Recife que permite a distribuição pela

municipalidade de processos de forma virtual no JUDWIN o que tem gerado,

conforme constatação durante a inspeção e declarações dos servidores e magistrados,

enormes inconvenientes de ordem prática e até processual, como por exemplo: a não

submissão desses feitos ao juízo de admissibil idade do magistrado de imediato; a

permanência desses feitos na Procuradoria do Município na tenta tiva de um acordo

por anos, até que sejam finalmente materializados pela Procuradoria e trazidos

fisicamente para a unidade jurisdicional.

b) – Sugestões apresentadas:

- Adotar formato mais célere e eficaz no fornecimento de materiais de

expediente, inclusive, aumentando a quantidade destinada às unidades judiciárias,

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bem como melhorar a política adotada, por parecer à Comissão Geral um tanto

burocrática, o que tem contribuído sobremaneira para a morosidade na prestação dos

serviços a serem executados pel as secretarias e demais departamentos do TJPE;

- Necessidade de editar instrução normativa, com o objetivo de baixar do

acervo vivo da vara (processos tidos como em andamento), os eventuais processos

registrados no sistema JUDWIN, porém não localizados e/o u existentes fisicamente;

- Curso de capacitação para os chefes de secretaria, objetivando uniformizar

o trabalho das secretarias;

- Observar pesquisa realizada entre os servidores os quais optaram pelo

horário de expediente das 08 às 14 horas;

- Celebrar contrato com empresas especializadas para dedetizações

constantes no prédio Rodolfo Aureliano e em cada uma das unidades judiciárias;

- Adequar a política de distribuição de servidores, privilegiando as unidades

mais antigas;

- Designar Juízes Auxiliares para as 1ª e 22ª Varas Cíveis;

- Analisar as reivindicações do setor de Guarda de Objetos do Crime, tais

como: melhorias nas dependências físicas (piso, exaustor, mobiliário, arquivo geral ,

computadores, software), e melhorias no lado pessoal (estender o s benefícios

conferidos ao setor de Depósito Geral – gratificação de chefia, adicional por

condições especiais de trabalho – além de aumentar o quadro no número de

servidores, que atualmente é insuficiente para o setor;

- Necessidade de separar os setores de atendimento e de secretaria nos

distribuidores do Fórum Des. Rodolfo Aureliano, além de adquirir um cofre para o 1º

distribuidor, devido à necessidade de guarda temporária de objetos do crime quando

do recebimento dos processos criminais;

- Aperfeiçoamento do sistema de informações para criação do setor de

fornecimento de antecedentes criminais da justiça estadual e militar estadual, com o

fito de reduzir pessoal, espaço físico e material de expediente despendidos para

atender estas necessidades atuais;

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- Nomeação de um servidor da Corregedoria Geral da Justiça

especificamente para encerrar as folhas de antecedentes criminais;

- Criação de, no mínimo, 03 (três) cargos de contador, destinados às Varas

de Acidentes do Trabalho;

- Propor a criação do Setor de Contadoria, em separado do setor de

Distribuição, com a criação de função de contador no quadro de servidores do TJPE;

- Propor alteração da Instrução Normativa nº 07 do TJPE, para adequar o

quantitativo de servidores à realidade encontrada nas serventi as;

- Propor a criação de mais um cargo de assessor para os juízes da capital,

desta feita vinculado às unidades judiciárias e não ao juiz;

- Propor a criação da 3ª vara de Execuções Penais;

- Propor a criação das 3ª e 4ª Vara de Executivos Fiscais Municip ais;

- Propor a criação das 6ª e 7ª Varas de Sucessões e Registros Públicos;

- Propor criação do departamento de perícia médica para atender às Varas de

Acidentes do Trabalho, com aumento do número de peritos;

- Propor alteração do Regimento Interno da Cor regedoria Geral de Justiça

quanto à utilização dos livros, pois, muitos deles perderam sua finalidade com o

advento do sistema eletrônico de informações;

- Automatizar o envio de dados ao CNJ referentes aos relatórios de

preenchimento obrigatório, sendo necessária a adequação no sistema interno

JUDWIN;

- Celebrar contrato de manutenção para os arquivos eletrônicos das

unidades, uma vez que a ausência de manutenção adequada tem prejudicado

sobremaneira o manuseio dos processos;

- Firmar convênios com outros laboratórios de análises, destinados à

realização do teste de filiação (DNA), além do ajustado com a UFPE, a fim de reduzir

o tempo de espera, atualmente girando em torno de um ano;

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- Aparelhar o Setor de Informática, a fim de melhorar e acelerar o serviço

de conserto e compatibilização dos equipamentos de informática das unidades

(computadores, fac-símile e demais aparelhos eletrônicos);

- Melhorar o convênio do Bacenjud, que só tem validade por 24 horas, para

permanecer ativado até ulterior deliberação do magistrado;

- Promover a identificação nos mandados, quando referentes a processos

inclusos na Meta 2 do CNJ;

- Fazer constar nos Agravos de Instrumento o número do processo no 1º

grau, para facilitar a sua juntada aos autos, quando devolvidos ao juízo a quo;

- Firmar convênios para colocação de pontos de recolhimento de papel para

reciclagem em todas as serventias do Tribunal;

- Oficiar ao Procurador Geral de Justiça e à Defensoria Pública Geral,

informando-lhes sobre a extrema necessidade de comparecime nto de seus

representantes diariamente nas varas de família, e em outras que exijam presença

constantes de tais profissionais;

- Aquisição de armários e estantes para distribuição às as unidades;

c) – Sugestões de inspeções extraordinárias:

- 1ª Vara dos Executivos Fiscais Municipais;

- 2ª Vara dos Executivos Fiscais Municipais;

- 1ª Vara dos Executivos Fiscais Estaduais;

- 2ª Vara dos Executivos Fiscais Estaduais.

d) – Sugestões de mutirões

- 7ª Vara Criminal – mutirão pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,

admitida a prorrogação, através de uma equipe composta por 01 (um) magistrado e 04

(quatro) servidores efetivos, destinado a auxiliar o juiz titular nos despachos,

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decisões e sentenças, acelerando o andamento dos processos, bem como o chefe de

secretaria e os demais servidores da unidade, diante da impostergável necessidade de

uma substancial e progressiva diminuição do elevado número de processos e

expedientes para serem cumpridos pela secretaria.

- 9ª Vara Criminal - mutirão pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,

admitida a prorrogação, através de uma equipe composta por 01 (um) magistrado e 04

(quatro) servidores efetivos, destinado a auxiliar o juiz titular nos despachos,

decisões e sentenças, acelerando o andamento dos processos, bem como o chef e de

secretaria e os demais servidores da unidade, diante da impostergável necessidade de

uma substancial e progressiva diminuição do elevado número de processos e

expedientes para serem cumpridos pela secretaria.

- 5ª vara de família - mutirão pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,

admitida a prorrogação, através de uma equipe composta por 01 (um) magistrado e 04

(quatro) servidores efetivos, destinado a auxiliar o juiz titular nos despachos,

decisões e sentenças, acelerando o andamento dos processos, bem como o chefe de

secretaria e os demais servidores da unidade, diante da impostergável necessidade de

uma substancial e progressiva diminuição do elevado número de processos e

expedientes para serem cumpridos pela secretaria.

- 7ª vara de família - mutirão pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,

admitida a prorrogação, através de uma equipe composta simplesmente por 04

(quatro) servidores efetivos, destinado a auxiliar o chefe de secretaria e os demais

servidores da unidade, diante da impostergável necessid ade de uma substancial e

progressiva diminuição do elevado número de processos e expedientes para serem

cumpridos pela secretaria.

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- 8ª vara de família - mutirão pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,

admitida a prorrogação, através de uma equipe compost a por 01 (um) magistrado e 04

(quatro) servidores efetivos, destinado a auxiliar o juiz titular nos despachos,

decisões e sentenças, acelerando o andamento dos processos, bem como o chefe de

secretaria e os demais servidores da unidade, diante da imposterg ável necessidade de

uma substancial e progressiva diminuição do elevado número de processos e

expedientes para serem cumpridos pela secretaria.

- Determinar que o magistrado da 8ª Vara de Família, de imediato, indique

um assessor. Caso não o faça, que a Secretaria de Gestão de Pessoas abra um

processo seletivo simplificado (análise de currículo) para que o magistrado escolha,

sob pena de designação compulsória pela Presidência do TJPE;

- 20ª Vara cível - mutirão pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, admi tida a

prorrogação, através de uma equipe composta simplesmente por 04 (quatro)

servidores efetivos, destinado a auxiliar o chefe de secretaria e os demais servidores

da unidade, diante da impostergável necessidade de uma substancial e progressiva

diminuição do elevado número de processos e expedientes para serem cumpridos pela

secretaria.

e) – Sugestões de intervenções:

- CEMANDO – Os problemas verificados na CEMANDO são muito

complexos e agudos. A realização de inspeção ou correição não pareceu à Comiss ão

Geral da Correição suficiente à resolução. A intervenção sim!, e sem prazo

determinado para o encerramento, a ser presidida por um magistrado, acompanhado

por equipe de servidores experientes, composta, inclusive, por oficiais de justiça,

com a finalidade de entender o funcionamento interno, o trabalho desenvolvido,

necessários ao estudo e planejamento da melhor forma de organização, gerência e

administração da CEMANDO.

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X – NOSSOS AGRADECIMENTOS:

Encerrado o trabalho da Correição Ordinária nas Varas e Unidades Judiciais

da Comarca da Capital, dentro do prazo original fixado pela Portaria nº 35, de 08 de

março de 2010, a Coordenação da Correição, sentindo o prazer e a leveza do dever

cumprido, manifesta o seu reconhecimento formal ao Eminente Desembarga dor

Bartolomeu Bueno de Freitas Morais, pela integral e irrestrita confiança depositada,

bem como ao preclaro Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco,

Desembargador José Fernandes de Lemos, pelo total apoio dispensado a todos,

durante a realização dos trabalhos.

De igual

modo, deixa

registrado o nosso

reconhecimento e

gratidão aos juízes

Assessores da

Corregedoria Geral

da Justiça, ao

Secretário Geral e

aos demais

servidores da

Corregedoria Geral

de Justiça, a todos os juízes e servidores de cada unidade correcionada, inclusive os

terceirizados, sem os quais não seria possível atingirmos, com sucesso, as metas

visadas com a realização desta inédita Correição Geral Ordinária na Comarca da

Capital .

Foi grandioso o trabalho por todos desenvo lvido. Os chefes de secretaria, de

maneira geral, receberam as equipes com gentileza, prestando todas as informações

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necessárias e relatando os problemas das unidades. Os demais servidores, sempre

solícitos, em momento algum se esquivaram de prestar inform ações e colaborar com

os trabalhos das equipes de correição.

Agradecimentos também devem ser apresentados aos magistrados em geral,

pelo acolhimento fraterno e amistoso dispensado a cada um dos membros das equipes

de correição, em especial , pela gentil li beração de seus funcionários, à solicitação da

Coordenação da Correição, para servirem como membros das equipes de inspeção,

tudo em prol de uma causa que nos parece comum a toda a magistratura

pernambucana.

O sucesso da Audiência Pública de abertura da Co rreição Geral Ordinária na

Comarca da Capital , inclusive o atendimento ao público, também deve ser ressaltado,

posto que só foi possível graças à colaboração e ao apoio de vários outros servidores

e funcionários que, direta ou indiretamente, est iveram envo lvidos no evento.

De igual modo, diversos parceiros contribuíram para a realização e o

sucesso da Correição, a saber: Diretoria do Fórum, pela escolha do local de

realização do evento e apoio técnico e logístico em tempo integral; Gerência de

Atendimento e Implantação da Diretoria de Informática do TJPE (Dinfo) , pela

instalação dos pontos de rede e internet e fornecimento dos 25 notebooks , 8

impressoras, além do apoio técnico, também integral; Unidade de Apoio da Dinfo à

Corregedoria, pelos servidores disponibilizados, para sanarem eventuais problemas

técnicos; Diretoria de Infra-estrutura, pela oferta do painel de chamadas e o sistema

de som; Conselho Nacional de Justiça , pelos 25 scanners fornecidos; Serviço

Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresa s (SEBRAE), pela instalação da

estrutura física dos estandes e rede elétrica, através da parceria com o TJPE.

Também não poderíamos deixar de agradecer o apoio conferido pela

imprensa pernambucana, notadamente, pela divulgação da Audiência Pública e

cobertura integral do evento. A todos os nossos sinceros agradecimentos!

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- Agradecimentos especiais:

A colaboração e valoração manifestadas ao longo da jornada,

indiscutivelmente vieram a serviço dos bons resultados obtidos. Porém, sem

embargos desse reconhecimento, não poderíamos deixar de apresentar a nossa

profunda e sincera gratidão especial aos membros das equipes de inspeção, servidores

de diversas unidades judiciárias,

que de forma abnegada, direta e

decisiva fizeram o trabalho de

correição acontecer.

Em demonstração desse

reconhecimento e gratidão

especial, resolvemos prestar uma

simples homenagem a cada um

desses servidores, identificando-

os nominalmente neste Relatório

Final. São eles:

- Coordenadores das Equipes: Amaury Rocha Vitorino Gomes, matr ícula

179.832-4; Elivânia Carneiro Bezerra, matrícula 178458 -7; Geórgia de Vidal Neves,

matrícula 179.447-7; Jackson Alencar Vidal Pires, matrícula 177.493 -0; José Pires

Neto, matrícula 180.675-0 e Raquel Miranda de Oliveira, matrícula 181.084 -7.

- Servidores convocados, integrantes das equipes : Alcino Luís Souto

Martins, matrícula 182.215-2; Alda Alves Nery Da Fonseca, matrícula 182.741 -3;

Alessandro Araújo Maia, matrícula 182.773 -1; Alice Maria Moura Santiago,

matrícula 180941-5; Allice Andreza Meile Cos ta, matrícula 180846-0; Alyson

Henrique Marques Xavier, matrícula 181.926 -7; Amanda Maria Tomasi, matrícula

182812-6; Ana Carolina Silva Benevides, matrícula 1827146; Ancila Henriques,

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matrícula 181025-1; Anderson Tenório Vieira, matrícula 183429 -0; Antonio Urbano

de Menezes, matrícula 1343734; Bernardo Marino Carvalho, matrícula 181.517-2;

Camilla Rosa Soares Campos, matrícula 182278 -0; Carlos Alberto Falcão Maia,

matrícula 182.543-7; Cecília Telles Neveies, estagiária; Cilano Medeiros de Barros

Correia Sobrinho, matrícula 181197-5; Cleonídia Alves Pereira,estagiária; Cristiano

Torres Lima, matrícula 178649-0; Daniele Aquino de Melo Albuquerque, matrícula

1821547; Danilo Henrique Campos de Almeida, matrícula 182.886 -0; Diana Moreira

de Brito Souza, matrícula183097-0; Eduardo Rabelo Viegas, matrícula 183.167 -4;

Felipe Magno, matrícula 1818007; Filipe Camarotti Ferreira da Rocha, estagiário;

Flávia Maria Saraiva Rodrigues dos Santos, matrícula 176.284 -2; Flávio Leite

Sampaio, matrícula 1817825; Francisco de Ol iveira Portugal, matrícula 179.000 -5;

Georgia Angela Gois Cerqueira, matrícula 182943 -2; Gustavo Henrique Mendes

Rique, estagiário; Herbet Batista Andrade Pereira, matrícula 166682 -7; Henrique

Florentino Leite, matrícula 177933-8; Izaías Silva de França, matrícula 178.709-8;

João Luis Resende Lamego, matrícula 182.927 -0; Lívia Galvão Tenório, matrícula

180.869-9; Luciana Cavalcanti da Costa Lima, Matrícula 1816829; Luciana Rocha

dos Anjos, matrícula 183.371-5; Marcela da Costa Lima Carneiro Leão, matrícula

181.698-5; Marcelle Cantarell i Guerra de Petribú, matrícula 181979 -8; Maria

Carolina Ribeiro Silva, matrícula 179102-8; Maria Cláudia Mesquita Cavalcanti,

matrícula 182444-9; Maria Eduarda Rodrigues Antunes, m atrícula 179556-2; Maria

Emília Regis Cavalcanti Pinto, matrícula 1817094; Maria Fernanda Santos Siqueira,

matrícula 182.519-4; Marta de Melo Sampaio Lins Lima, matrícula 176326 -1; Natália

Wolfenson Jambo Farinha, matrícula: 178.444 -7; Paulo Ricardo Nogueira Lima,

matrícula 181.737-0; Rafaela Simões Fernandes Duque, matrícula 183.295-6;

Reginaldo José Barbosa Ribeiro, matrícula 182.425 -2; Renata Maia Cavalcante

Monteiro, matrícula 181741-8; Rodolfo Luis Couto Rodrigues, matrícula 182.961 -0;

Rodrigo Oliveira Mellet, matrícula 182.448 -1; Simony de Fátima de Oliveira

Emerenciano, matrícula 181.903-8; Tiago Duarte de Oliveira, matrícula 180.717 -0 e;

Victor de Araújo Lima, matrícula 182.631 -0.

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XI - TERMO DE ENCERRAMENTO:

Encerrado, enfim, o

trabalho da Correição Geral

Ordinária da Capital

desenvolvido pelas equipes de

servidores auxiliares, sob a

gerência e fiscalização da

Coordenação Geral ,

constituída pelo Corregedor

Auxiliar da 1ª Região (antiga

Corregedoria Auxiliar da 3ª

Entrância), Juiz Agenor

Ferreira de Lima Filho, na presidência, e pelo Corregedo r Auxiliar do Extrajudicial e

de Registro do Interior, Juiz Janduhy Finizola da Cunha Filho, na condição de vogal,

supervisionada em sua integralidade pelo Corregedor Geral da Justiça, Des.

Bartolomeu Bueno, nos termos da Portaria nº 35, de 08 de março de 2010, da

Corregedoria Geral da Justiça, comigo Escrivã da Corregedoria Auxiliar da 1ª

Região, pela Coordenação Geral foi elaborado o presente RELATÓRIO FINAL DA

CORREIÇÃO GERAL ORDINÁRIA DA COMARCA DA CAPITAL, com

apresentação de resumo geral dos dados col hidos nos Relatórios Parciais das

Unidade, sendo diagnosticados os problemas e ofertadas as sugestões, inspeções

especiais, mutirões e intervenções a serem adotadas pelo Egrégio Conselho da

Magistratura, tudo acompanhado de ilustrações fotográficas e outro s documentos e

pareceres técnicos, necessários à elucidação dos fatos, sendo, em seguida,

determinado o encerramento do presente relatório e a sua submissão à consideração

do Eminente Corregedor Geral da Justiça, nos termos do art . 22 da Portaria nº

35/2010, da Corregedoria Geral da Justiça, para fins de apresentação ao Conselho da

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Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. EU, Camilla Rosa

Soares Campos, matrícula nº 1822780, Escrivã da Corregedoria Auxiliar da 1ª

Região, a tudo acompanhei, lavrei o presente termo e assino, juntamente com o

Presidente e demais membros vogais da Coordenação Geral da Correição Geral

Ordinária da Capital.

Recife, 22 de julho de 2010.

Juiz Agenor Ferreira de Lima Filho

Presidente da Comissão Geral

Juiz José Raimundo dos Santos Costas Juiz Janduhy Finizola da Cunha Filho

Membro da Comissão Geral Membro da Comissão Geral