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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES Caderno de Instrução PELOTÃO DE EXPLORADORES 1ª Edição - 2002 Experimental CI 17-1/1 Preço: R$ CARGA EM______________

CADERNO DE INSTRUÇÃO PELOTÃO DE EXPLORADORES CI 17-1/1

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Caderno de Instrução

PELOTÃO DE EXPLORADORES

1ª Edição - 2002Experimental

CI 17-1/1

Preço: R$CARGA

EM______________

MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

PORTARIA N° 004 - COTER, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2001.

Caderno de Instrução CI 17-1-1Pelotão de Exploradores

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso dadelegação de competência conferida pela letra d), item XI, Art. 1° da Portaria N°441, de 06 de setembro de 2001, resolve:

Art. 1° Aprovar, em caráter experimental, o Caderno de Instrução CI17-1-1 Pelotão de Exploradores.

Art. 2° Estabelecer que a experimentação deste Caderno de Instruçãoseja realizada durante os anos de 2002, 2003 e 2004.

Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicação.

Gen Ex FREDERICO FARIA SODRÉ DE CASTROComandante de Operações Terrestres

CI - 17-1/1

PELOTÃO DE EXPLORADORES

NOTA

O CI 17-1/1 - Pelotão de Exploradores - foi elaborado pelo Centro deInstrução de Blindados General Walter Pires. Após revisão do COTER, foiexpedido para experimentação em 2002, 2003 e 2004.

Solicita-se aos usuários deste Caderno de Instrução a apresentaçãode sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem àsupressão de eventuais incorreções.

As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo ea linha do texto a que se referem, devem conter comentários apropriados para seuentendimento ou sua justificação.

A correspondência deve ser enviada diretamente ao CIBldGWP, deacordo com Art nº 78 das IG 10-42 – INSTRUÇÕES GERAIS PARA A CORRES-PONDÊNCIA, PUBLICAÇÕES E OS ATOS NORMATIVOS NO ÂMBITO DOEXÉRCITO, onde serão avaliadas, respondidas e, se for o caso, remetidas aoCOTER para aprovação e divulgação.

1ª EDIÇÃO – 2002Experimental

ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

ARTIGO I - INTRODUÇÃO ......................................................................1 - 11-1. Introdução ...................................................................................1 - 1

ARTIGO II - ORGANIZAÇÃO, MISSÕES, POSSIBILIDADES ELIMITAÇÕES ...........................................................................................1 - 1

1-2. Organização ...............................................................................1 - 11-3. Missões ......................................................................................1 - 31-4. Possibilidades .............................................................................1 - 41-5. Limitações ..................................................................................1 - 4

ARTIGO III - COORDENAÇÃO E CONTROLE .......................................1 - 61-6. Medidas de Coordenação e Controle ..........................................1 - 61-7. Formações ..................................................................................1 - 81-8. Técnicas de Movimento ..............................................................1 - 101-9. Ações Durante o Contato ............................................................1 - 121-10. Emprego das Comunicações ....................................................1 - 14

CAPÍTULO 2 – TÉCNICAS DE EMPREGO

ARTIGO I - APROVEITAMENTO DO TERRENO ......................... ..........2 - 12-1. Fundamentos ..............................................................................2 - 12-2. Aproveitamento do Terreno para Progredir .................................2 - 12-3. Aproveitamento do Terreno para Observar .................................2 - 42-4. Técnicas de Observação ............................................................2 - 82-5. Aproveitamento do Terreno para Atirar .......................................2 - 132-6. Tipos de Desenfiamento .............................................................2 - 142-7. Posições Desniveladas ...............................................................2 - 152-8. Posições Melhoradas ..................................................................2 - 162-9. Posições Principais, Suplementares e de Muda .........................2 - 16

ARTIGO II - EMPREGO DO ARMAMENTO ......................... ...................2 - 172-10. Generalidades ..........................................................................2 - 172-11. Lança-Rojões ............................................................................2 - 172-12. Metralhadoras ...........................................................................2 - 18

CAPÍTULO 3 – OPERAÇÕES

ARTIGO I - RECONHECIMENTO ............................................................3 - 13-1. Generalidades ............................................................................3 - 13-2. Fundamentos do Reconhecimento .............................................3 - 13-3. Tipos de Reconhecimento ..........................................................3 - 23-4. Técnicas de Reconhecimento .....................................................3 - 53-5. Reconhecimento de Eixo ............................................................3 - 20

3-6. Reconhecimento de Zona ...........................................................3 - 223-7. Reconhecimento de Área ...........................................................3 - 22

ARTIGO II - SEGURANÇA .......................................................................3 - 233-8. Generalidades ............................................................................3 - 233-9. Fundamentos da Segurança .......................................................3 - 243-10. O Pel Exp nas Missões de Vigilância ........................................3 - 253-11. O Pel Exp nas Missões de Proteção .........................................3 - 283-12. O Pel Exp nas Missões de Cobertura .......................................3 - 33

CAPÍTULO 4 - MISSÕES ESPECIAIS

ARTIGO I - RECONHECIMENTO E PREPARAÇÃO DE ZONA DEREUNIÃO .................................................................................................4 - 1

4-1. Generalidades ............................................................................4 - 14-2. Ações na Z Reu ..........................................................................4 - 2

ARTIGO II - RECONHECIMENTO E PREPARAÇÃO DE POSIÇÕES DEATAQUE, DE RETARDAMENTO E BASE DE FOGOS ..........................4 - 4

4-3. Generalidades ............................................................................4 - 44-4. Posições de Ataque (P Atq) ........................................................4 - 44-5. Posição de Retardamento (PRtrd) ..............................................4 - 54-6. Base de Fogos ............................................................................4 - 5

ARTIGO III - AJUSTAGEM DE TIRO INDIRETO .....................................4 - 64-7. Generalidades ............................................................................4 - 64-8. Terminologia ...............................................................................4 - 74-9. Emprego da Fórmula do Milésimo ..............................................4 - 84-10. Maneira de Enunciar Números .................................................4 - 94-11. Enquadramento ........................................................................4 - 104-12. Lances em Alcance ..................................................................4 - 114-13. Mensagem Inicial do Observador .............................................4 - 114-14. Elementos da Mensagem .........................................................4 - 124-15. Informações da C Tir para o Observador ..................................4 - 164-16. Elaboração das Mensagens Subseqüentes ..............................4 - 17

ARTIGO IV - ESCOLTA DE COMBOIOS ................................................4 - 194-17. Generalidades ..........................................................................4 - 194-18. Comando ..................................................................................4 - 194-19. Planejamento ............................................................................4 - 194-20. Dispositivo de Marcha ...............................................................4 - 194-21. Comunicações ..........................................................................4 - 204-22. Força de Reação ......................................................................4 - 204-23. Medidas de Proteção ................................................................4 - 204-24. Medidas de Coordenação e Controle ........................................4 - 214-25. Conduta em caso de Emboscada .............................................4 - 21

ARTIGO V - SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES .....................4 - 234-26. Generalidades ..........................................................................4 - 234-27. Conduta ....................................................................................4 - 23

ARTIGO VI - PATRULHAS ......................................................................4 - 244-28. Generalidades ..........................................................................4 - 244-29. Classificação.............................................................................4 - 254-30. Organização Geral da Patrulha .................................................4 - 27

ARTIGO VII - PONTO DE LIGAÇÃO .......................................................4 - 294-31. Generalidades ..........................................................................4 - 29

4-32. Conduta ....................................................................................4 - 29ARTIGO VIII - CONTROLE DE ESTRADAS ............................................4 - 31

4-33. Generalidades ..........................................................................4 - 314-34. Planejamento ............................................................................4 - 314-35. Barreiras ...................................................................................4 - 324-36. Áreas de Inspeção ....................................................................4 - 324-37. Posições de Tiro e de Segurança .............................................4 - 324-38. Área de Apreensão ...................................................................4 - 324-39. Forças .......................................................................................4 - 334-40. Conduta ....................................................................................4 - 33

ANEXO A - PLANEJAMENTO DE MISSÕES ..........................................A - 1A-1. Normas de Comando .................................................................A - 1A-2. Recebimento da Missão .............................................................A - 1A-3. Ordem Preparatória ....................................................................A - 2A-4. Estudo de Situação ....................................................................A - 3A-5. Ordem ao Pelotão ......................................................................A - 4

ANEXO B - OPERAÇÕES DE RECONHECIMENTO ..............................B - 1B-1. Missões ......................................................................................B - 1B-2. Instruções ...................................................................................B - 1B-3. Relatório de Reconhecimento ....................................................B - 2B-4. Informações sobre o Terreno .....................................................B - 3B-5. Recursos ....................................................................................B - 4

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - 1

CAPÍ TULO 1

APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

1-1. INTRODUÇÃO

O Pelotão de Exploradores veio dotar as unidades blindadas de um meioágil e eficiente para aumentar a gama de informações que o comandante neces-sita para decidir, além de proporcionar economia dos meios de que dispõe.

ARTIGO II

ORGANIZAÇÃO, MISSÕES, POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES

1-2. ORGANIZAÇÃO

a. Subordinação

1) O Pelotão de Exploradores (Pel Exp) é uma fração subordinada àSubunidade de Comando e Apoio dos Batalhões de Infantaria Blindados, Regi-mentos de Carros de Combate e Regimentos de Cavalaria Blindados.

2) Para efeito de operações, o pelotão, normalmente, receberá missõesdiretamente do Oficial de Operações da unidade, podendo também recebê-lasdo Oficial de Inteligência ou, ainda, do Oficial de Logística, sempre em conso-

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nância com a diretriz de emprego do comandante da unidade ou da força-tarefa.Administrativamente, caso não seja dado em reforço a uma subunidade blinda-da, caberá à SU C Ap o encargo logístico de apoiar o pelotão.

(*) Sec AC nos RCC e RCB

(**) No RCB, nos BIB das Bda C Bld e nos RCC das Bda Inf Bld

b. Constituição

O pelotão possui, na sua constituição, 01 (um) grupo de comando e 02(dois) grupos de exploradores.

1 - 3

* Nos RCC e RCB, cada viatura será acrescida de um Sd Exp e um SdExp/R Op, perfazendo o total de 36 homens no Pel.

1 - 3. MISSÕES

a. O pelotão de exploradores foi concebido, basicamente, para cumprirmissões limitadas de reconhecimento, tais como o reconhecimento de itinerári-os de progressão, zonas de reunião, bases de fogos, posições de retardamen-to, passagens em cursos d’ água e outros.

b. Ainda como conseqüência de sua estrutura, é capaz de conduzir, tam-bém com pequena envergadura, operações de segurança e outras complemen-tares tais como escolta de comboios, ligações, patrulhas, estabelecimento dePO etc.

c. Devido à sua constante dependência de suprimentos e o pequeno poderde seu armamento, as missões acima descritas são cumpridas, na maioria doscasos, dentro do apoio cerrado de frações designadas pelo comando da Unidade.

1 - 4

1- 4. POSSIBILIDADES

a. Como decorrência de sua alta mobilidade, o pelotão de exploradorestem como possibilidade, levando-se sempre em conta a influência dos fatoresda decisão (missão, inimigo, terreno, meios e tempo), o cumprimento das se-guintes missões:

1) Reconhecer 01 (um) eixo, em situação normal, ou até 02 (dois) eixos,excepcionalmente;

2) Reconhecer uma zona de até 2 Km de frente;

3) Realizar escolta de um comboio de pequenas dimensões (10 a 25viaturas);

4) Vigiar uma frente de até 3 (três) Km;

5) Estabelecer e manter até 04 (quatro) pontos de ligação;

6) Mobiliar e operar até 03 (três) Postos de Observação;

7) Solicitar e ajustar missões de tiro para elementos de apoio de fogo;

8) Realizar patrulhas;

9) Realizar a segurança de instalações de pequeno vulto; e

10) Controlar o trânsito em um eixo;

b. Cabe ressaltar que, face ao tipo de instrução e aos módulos de adestra-mento cumpridos pelo Pel Exp, a possibilidade de emprego como peça de ma-nobra é considerado como um fato excepcional, devendo ser motivo de detalha-do estudo de situação e mantida por curtos períodos de tempo.

1- 5. LIMITAÇÕES

a. São consideradas limitações para a execução de suas missões os se-guintes fatores:

1) Vulnerabilidade aos ataques aéreos, às minas terrestres e às armasAC;

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Fig 1-1. Vulnerabilidade aos ataques aéreos

2) Terreno pedregosos, pantanosos e cobertos; e

Fig 1-2. Terrenos pedregosos dificultam o deslocamento das viaturas

3) Grande necessidade de suprimento classe III e IX, bem como demanutenção constante de viaturas e peças de reposição.

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Fig 1-3. O Pel depende de muito apoio logístico

ARTIGO III

COORDENAÇÃO E CONTROLE

1-6. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

a. Cada movimento ou atividade realizada pelo pelotão deve ser coordena-do em todos os escalões de comando. A finalidade desta cerrada coordenação éfacilitar a busca e transmissão de informações, além de evitar a duplicação deesforços. As medidas mais utilizadas para que um comandante em qualquernível possa coordenar e controlar suas frações são:

1) Linhas de controle (LCt) – São linhas do terreno, facilmenteidentificáveis, tais como estradas, cursos d’ água e linhas de crista e, em geral,são perpendiculares à direção do movimento. Se estendem por toda a Zona deAção (Z Aç) e permitem ao Cmt Pel acompanhar e controlar a progressão desuas frações, ou ser acompanhado pelo seu Cmt de SU ou Unidade. O Pel Exp,ou suas frações, não se detem nas L Ct (a menos que receba ordem para tal),apenas informa ao Cmt SU quando as atingir e prossegue. As L Ct, normalmen-te, são designadas por nomes que mantenham correlação entre si, como, porexemplo, nomes de frutas, de cores etc., para que possam ser citadas em lin-guagem clara, sem quebrar o sigilo. Quando houver dificuldade em designar a LCt, o Cmt Pel ou SU pode substituí-la, determinando aos elementos subordina-dos que informem suas posições em espaços de tempo, conforme a situação.

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2) Objetivo (Obj) – Elemento tangível, material (força inimiga, região doterreno, instalação, população etc), em relação ao qual se vai operar para obterdeterminado efeito. É caracterizado, no Calco de Operações (Clc Op), por umaelipse que tem ao centro a letra “O” seguida de um algarismo que indica qual onúmero do objetivo (O1, O2, O3, ...).

3) Posição de Bloqueio (P Blq) – Região do terreno que permite barrarvias de acesso que se orientam para o interior de posições defensivas ou deretardamento. É indicada normalmente por um nome, cercado por uma elipse.

4) Pontos de Ligação (P Lig) – Tem por finalidade a designação de umlocal ou área onde dois ou mais elementos subordinados têm que estabelecerum contato físico para troca de informes. Esta ligação pode ser feita por patru-lhas, por pessoal de ligação etc... A simbologia do P Lig é a de um númerocercado por um retângulo. Quando o contato nesses pontos for efetivado, o Cmdoque o estabeleceu deve ser imediatamente informado e a ligação somente podeser desfeita por ordem daquele.

5) Zona de Ação (Z Aç) – É uma área definida por linhas limites quecorrem perpendiculares à frente de combate e que servem para definir respon-sabilidades. O uso da Z Aç de outro Pel, quer para manobrar quer para desenca-dear fogos, somente poderá ser feito após contato com este Pel sob a coorde-nação do Cmt SU ou Unidade.

6) Ponto de Controle (P Ct) – É representado por uma circunferênciasobre o acidente geográfico que lhe corresponder, com um número no interior.Ao chegar-se em um P Ct, informa-se ao Cmt e, caso não haja ordens em con-trário, o prosseguimento é automático. O P Ct é, normalmente, determinadosobre pontos nítidos do terreno, tais como bifurcações, entroncamentos ou cru-zamentos de estradas, bosques, fazendas etc, que estejam sobre nosso itinerá-rio ou zona de ação.

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Fig 1-4. Medidas de coordenação e controle mais utilizadas

b. Além de serem utilizadas para controle do movimento, essas medidasservem de referência para a localização de incidentes e auxiliam na transmis-são de informações e no confecção dos relatórios finais de missão.

1-7. FORMAÇÕES

a. Os fatores da decisão (missão, inimigo, terreno, meios e tempo disponí-vel) serão fundamentais para a escolha da formação que o pelotão irá adotar.Muitas vezes, durante o cumprimento de uma missão, as formações poderão edeverão ser combinadas.

1) Formação em linha – Esta formação permite que o pelotão cubra amaior parte da frente em que opera, executando um reconhecimento contínuo.Permite, também, o maior poder de fogo à frente e, em oposição, reduzido poderde fogo nos flancos.

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Fig 1-5. Formação em linha

2) Cunha – É a formação mais flexível do pelotão, pois possibilita pas-sar para as demais formações com grande rapidez e com o mínimo de esforço.É aconselhável quando a situação do inimigo é vaga, pois oferece relativo poderde fogo à frente e nos flancos.

Fig 1-6. Formação em cunha

3) Coluna – O pelotão usará esta formação quando a velocidade foressencial ou, ainda, quando esteja com seu movimento limitado pelas caracte-rísticas do eixo ou itinerário de progressão. Oferece reduzido poder de fogo àfrente e muito bom nos flancos.

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Fig 1-7. Formação em coluna

1-8. TÉCNICAS DE MOVIMENTO

a. As técnicas de movimento são utilizadas com o objetivo de diminuir aexposição do pelotão às vistas e aos fogos inimigos e para facilitar o cumprimen-to da missão. Basicamente, o pelotão pode usar três técnicas:

1) Movimento contínuo;

2) Lanços sucessivos; e

3) Lanços alternados.

a) Movimento contínuo – Nesta técnica, todas as viaturas se movemao mesmo tempo. É a técnica que oferece maior rapidez porém menor segurança.É utilizada quando maior velocidade for desejada e o contato com o inimigo nãofor provável. A dispersão entre as viaturas deve ser tal que ofereça segurança enão dificulte a coordenação e o controle. O pelotão pode utilizar qualquer umadas formações anteriores.

b) Lanços sucessivos – Nesta técnica, o grupo, ou viatura, mais àretaguarda, desloca-se até as proximidades do grupo, ou da viatura, mais à frente,liberando este para ocupar uma nova posição, mais à frente.

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Fig 1-8. Lanços sucessivos

c) Lanços alternados – O comandante de pelotão, ou grupo, determinaque o grupo, ou viatura, posicionado mais à retaguarda ultrapasse os demaisque encontram-se parados no terreno. Após aquele ocupar sua nova posição, atécnica é repetida. Durante o movimento, a viatura, ou grupo, estacionada mantémdetalhada observação e fica em condições de auxiliar pelo fogo as ações daviatura, ou grupo, que progride.

Fig 1-9. Lanços alternados

1 - 12

1-9. AÇÕES DURANTE O CONTATO

a. Quando o pelotão de exploradores encontrar forças inimigas deverá rapi-damente executar as chamadas ações durante o contato:

- Desbobrar e informar;

- Esclarecer a situação;

- Selecionar uma linha de ação; e

- Informar ao Cmt sobre a linha de ação selecionada.

1) Desdobrar e informar

- O desdobrar implica no deslocamento das peças do Pel paraposições que lhes permitam proteger-se da ação do inimigo, além de atirar eobservar. A seguir, o Cmt Pel deve informar ao seu Cmt imediato o contato como inimigo, dando o máximo de detalhes disponíveis.

Fig 1-10. Pelotão desdobrando

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2) Esclarecer a situação

- Implica na descoberta do dispositivo, localização, atividades,composição e valor do inimigo. Um esforço especial deve ser feito para que seusflancos sejam determinados. Quando a situação permitir, pode ser feito oreconhecimento embarcado, caso contrário, a posição inimiga deve serreconhecida por instrumentos óticos ou por patrulhas a pé apoiadas pelos demaiselementos do Pel. O Rec pelo fogo pode ser empregado quando houver premênciade tempo.

3) Selecionar um linha de ação

a) Após as duas primeiras “ações durante o contato”, o Cmt Peldeve selecionar uma linha de ação compatível com a situação, visando oprosseguimento de sua missão.

b) A decisão (ou linha de ação selecionada) de desbordar asresistências inimigas, quando adotada, deve prever o emprego de elementosque serão deixados para manter o contato com o inimigo, vigiando-o e informandosuas atividades, até que sejam liberados pelo Esc Sup.

Fig 1-11. Pense na melhor solução e decida.

4) Informar ao Cmt sobre a linha de ação adotada

- Seja qual for, é a última “ação durante o contato”. Somente após aautorização deste é que a linha de ação poderá ser executada.

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Fig 1-12. Informe e aguarde a autorização

1-10. EMPREGO DAS COMUNICAÇÕES

a. Generalidades

- O Cmt é responsável pela instalação, operação e manutenção do sis-tema de comunicações do Pel sob seu comando e pela eficiência operacional daparte que cabe ao Pel no sistema do Esc Sp.

b. Meios de comunicações

1) O rádio é o meio de comunicações básico num Pel Exp. Como meioscomplementares podem ser incluídos o telefone, o mensageiro e os meios acús-ticos e visuais.

2) Tenha sempre em mente que nenhum meio de comunicações é com-pletamente seguro por si só. Dobre sempre suas informações. Todos os meioscomplementares de comunicações devem ser normalmente empregados paraassegurar sua continuidade. As instruções para a utilização dos diferentes mei-

A ênfase do trabalho do Pel Exp é atuar como“olhos e ouvidos” do Cmt SU. Logo, tenha isso sempre em

mente quando decidiu o quê fazer.

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os de comunicações estão contidas nas Instruções-Padrão de Comunicações(IPCom), Instruções para Exploração das Comunicações (IECom) e outrasdiretrizes relativas ao assunto que existem na sua Unidade.

3) Uma das características das frações de reconhecimento é dispor de“Comunicações amplas e flexíveis”. Tal flexibilidade permite ao Cmt Pel coman-dar e controlar seus subordinados, sem no entanto restringir sua capacidade demanobra.

4) O Pel Exp emprega, basicamente, rádios veiculares de freqüênciamodulada (FM).

c. Segurança das comunicações

1) Entenda-se como “Segurança das comunicações” todas as medidaspara prevenir ou retardar a interceptação das informações pelo inimigo.

2) No Pel Exp, onde o rádio é o meio de comunicações por excelência,devem ser empregados os códigos de mensagens pré-estabelecidas, os quaisoferecem uma segurança razoável para as situações normais em que age o Pel.

3) Para aumentarmos essa segurança (Seg), deve ser observado oseguinte:

a) Uso adequado das “prescrições” rádio, particularmente rádio emsilêncio e rádio restrito;

b) Obedecer às “normas de funcionamento de redes de rádio”;

c) Seguir detalhadamente as “regras de exploração rádio”;

d) Atuação do Posto Diretor de Rede (PDR); e

e) Uso adequado dos diferentes sistemas de “autenticação”autorizados.

4) Para o escalão Pel, que se caracteriza por uma grande mobilidade erapidez nas ações, o emprego de mensagens criptografadas ou cifradas deveser avaliado com cuidado, sendo mais usual o emprego de mensagens pré-estabelecidas.

5) Uma mensagem sigilosa poderá ser transmitida em claro nas seguin-tes situações:

a) Em operações táticas – Se no momento em que for interceptadapelo inimigo e não puder ser por ele aproveitada em tempo útil ou, ainda, se nãohouver tempo útil para o trabalho de criptografia, em emergências.

b) Pequenas Unidades – Quando comportem uma ordem de

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execução imediata e nas situações de movimento rápido.

d. Transmissão de informações

1) Todas as informações obtidas durante uma missão devem ser trans-mitidas, independente de seu valor aparente.

2) As informações sobre o inimigo, da mesma forma que as sobre oterreno, devem ser comunicadas imediatamente. As informações negativas são,algumas vezes, tão importantes quanto as informações que confirmam um pedi-do.

3) As informações sobre o inimigo (Ini) devem responder às seguintesperguntas:

- Qual o Ini observado e qual a sua força?

- Quando o Ini foi observado?

- O que estava fazendo o Ini observado?

4) Quando você for se comunicar com seu Cmt, siga o exemplo abaixocomo modelo.

- Que pode ser transmitido, usando mensagens pré-estabelecidas,como algo próximo de:

- Ou, de acordo com o adestramento do Pelotão e das condições domomento (condições meteorológicas, distância entre Pel Exp e Cmt SU etc), porcódigo de bandeirolas.

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2 - 1

CAPÍTULO 2

TÉCNICAS DE EMPREGO

ARTIGO I

APROVEITAMENTO DO TERRENO

2-1. FUNDAMENTOS

a. A correta técnica de aproveitamento do terreno empregada pelo pelotãoé a essência de quase a totalidade das operações. Ver sem ser visto, seráprimordial para que o pelotão possa manter sua iniciativa, conduzir tiros indiretos,auxiliar os escalões superiores a manobrar e destruir o inimigo e, se necessário,utilizar seus fogos diretos para auxiliar nesta destruição.

b. Cabe ao comandante do pelotão, e aos seus comandantes de grupo,compreender como manobrar suas frações para melhor cumprir a missão rece-bida.

2-2. APROVEITAMENTO DO TERRENO PARA PROGREDIR

a. O terreno, normalmente, oferece cobertura para a observação inimigae, em outras ocasiões, abrigo contra fogos diretos. Os exploradores devem utili-zar ao máximo essa proteção natural para facilitar o cumprimento de suasmissões. Assim sendo, durante o movimento, ou quando em altos, os chefes deviaturas devem EVITAR:

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1) Deslocamentos retilíneos;

Fig 2-1. Desborde as elevações

2) Áreas abertas;

Fig 2-2. Áreas abertas denunciam a presença das viaturas

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3) Áreas prováveis de observação inimiga;

Fig 2-3. Pontos nítidos isolados estarão sendo observados

4) Zonas de possíveis emboscadas ou atuação inimiga; e

Fig 2-4. Área de provável emboscada

2 - 4

5) Terrenos que denunciem o deslocamento;

Fig 2-5. Se puder, trafegue pelo campo, evitando, assim, levantarpoeira em estradas

2-3. APROVEITAMENTO DO TERRENO PARA OBSERVAR

a. A observação do terreno e das atividades do inimigo é fundamental àconsecução das missões dos exploradores.

b. O pelotão pode observar como um todo ou com apenas algumas fraçõese usando o método embarcado ou desembarcado.

c. A decisão sobre a quantidade de exploradores a serem usados na ob-servação recairá, inicialmente, sobre o comandante de pelotão e, a seguir, sobreos comandantes de grupos, após a análise dos fatores da decisão.

d. Normalmente, deve-se ter em mente que, quanto mais elementos pude-rem observar, maiores serão as possibilidades de se levantar os indícios neces-sários; por outro lado, há que se pensar na utilização judiciosa dos homens e napossibilidade de exposição prematura às ações inimigas.

2 - 5

Fig 2-6. Observação com uso de equipamentos óticos

e. Com relação à decisão de se empregar os exploradores embarcados ounão, as preocupações devem ser, principalmente, quanto à pormenorizaçãodos detalhes da missão, proximidade do inimigo e tempo para execução damesma. O terreno, como sempre, será também fator preponderante na decisãode emprego das frações.

f. Em todos os casos, deve-se buscar os seguintes fatores para aumentaras chances de sucesso no cumprimento da missão de observar:

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1) Buscar terrenos dominantes

a) Tendo em vista que as elevações favorecem a observação e ampliamos campos de tiro, seu controle é, freqüentemente, decisivo. Face a isto éimportante que, antes de nos deslocarmos por um vale, reconheçamos eneutralizemos, pelo fogo, as elevações que o dominam. Caso haja premênciade tempo, e seja absolutamente necessário, pode ser utilizada a técnica dereconhecimento pelo fogo. Porém, lembre-se, o SIGILO é fundamental para oPel Exp e essa técnica é um recurso a ser empregado criteriosamente. Casocontrário, o inimigo poderá realizar emboscadas durante o deslocamento dopelotão.

b) Ao selecionar as posições de observação ao longo de elevações,priorizar as encostas ou contra-encostas, e não a crista topográfica, onde qualquermovimento é facilmente denunciado. A crista de uma elevação, se isto puder serevitado, não deve ser ultrapassada. O deslocamento em torno do sopé daselevações é o mais recomendável.

2) Utilizar cobertas e abrigos

a) Os abrigos protegem da ação direta dos tiros inimigos, as cobertasprotegem da observação terrestre do inimigo. Os abrigos devem ser usadossempre que possível; na falta deste, as cobertas oferecidas por árvores, sombras,arbustos, construções etc.

b) As posições abrigadas são chamadas de posições desenfiadas,sendo que o de desenfiamento depende da parte da viatura protegida do fogoinimigo.

2 - 7

Fig 2-7. Não leve as viaturas até os pontos de observação

3) Evitar pontos nítidos

- Todas as precauções devem ser tomadas, a fim de se evitar osacidentes ou pontos notáveis do terreno porque eles atraem a atenção do inimigo.Sua artilharia e armas automáticas, provavelmente, os terão registrados comoreferência.

Fig 2-8. Não dê “sopa” na crista

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4) Buscar sempre a camuflagem

- Além da utilização de redes ou mesmo vegetação para camuflar asviaturas, deverão ser motivo de preocupação as partes que produzem reflexos.Vidros, faróis, equipamentos de visão devem ser escurecidos, camuflados ouaté mesmo removidos.

Fig 2-9. Em qualquer situação a camuflagem é essencial

2-4. TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO

a. As técnicas para observação de um terreno podem ser divididas em 03(três):

1) Observação rápida.

2) Observação lenta.

3) Busca detalhada.

a) Observação rápida

(1) Este método é usado para observar com rapidez pontos nítidosou atividades inimigas. É, normalmente, o primeiro método a ser usado quandose atinge uma região desconhecida ou com provável atuação inimiga. Pode serusado tanto com a viatura parada como em movimento.

(2) O uso de binóculos é possível, porém a observação a olho nu

2 - 9

aumenta a velocidade de observação.

(3) A melhor maneira de executá-la é manter pelo menos ummembro da guarnição com binóculo enquanto os demais permanecem a olhonu.

(4) Siga os seguintes passos para executá-la:

(a) Inicie observando o centro do setor, indo dos pontos mais próximospara os mais afastados;

(b) Observe a extremidade direita ou esquerda do setor, também domais próximo para o mais afastado; e

(c) Observe a extremidade restante da mesma forma.

Fig 2-10. Primeira fase da observação

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Fig 2-11. Segunda fase da observação

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Fig 2-12. Última fase da observação

b) Observação lenta

(1) Se atividades inimigas ou possíveis alvos não foram identificadosna observação rápida, a guarnição poderá decidir pela observação lenta. Paraisso, utilizará equipamentos ópticos, preferencialmente, e na falta destes, o olhonu.

(2) Este método deve ser utilizado pelo chefe de viatura ou atiradorde arma automática durante pequenos altos ou por ocasião da ocupação deposições desenfiadas. Esta é a seqüência de execução:

(a) Dentro do setor a ser observado, escolhe-se uma faixa de 50(cinqüenta) metros de profundidade e inicia-se o vasculhamento da direita paraesquerda(ou da esquerda para a direita);

(b) Chegando ao final do setor, passa-se aos 50 (cinqüenta) metrosseguintes, desta feita iniciando-se o vasculhamento na direção inversa do setorinicial, e tendo o cuidado de sobrepor alguns metros entre as faixas;

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(c) O método deverá ser executado até o exame total do setor deobservação; e

(d) Quando uma área suspeita ou um possível alvo é observado, aobservação deve ser interrompida e a busca detalhada deve ter início.

Fig 2-13. Faixas de 50 m de profundidade

c) Busca detalhada

(1) Se os dois métodos anteriores nada detectarem, ou se fornecessário um aprofundamento na observação, deverá ser usada a buscadetalhada, que tem por objetivo observar pequenas áreas e detalhes.

(2) Neste método, a utilização de equipamentos ópticos éfundamental. São estes os seus passos:

(a) Concentrar-se em apenas uma área ou local e estudá-laprofundamente;

(b) Procurar por sinais de veículos, pessoal ou atividades recentesdo inimigo ao redor do ponto escolhido; e

(c) Ampliar, gradativamente, os círculos de observação.

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Fig 2-14. Busca detalhada

2-5. APROVEITAMENTO DO TERRENO PARA ATIRAR

a. Generalidades

- O Pel Exp é uma fração equipada e, principalmente, instruída para ocumprimento de missões de reconhecimento e segurança. Assim sendo, o pelo-tão só deverá utilizar seu armamento para defesa própria ou para, através dele,alcançar seus objetivos de informações e/ou segurança.

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b. Posições de Tiro

1) Posições de tiro são ocupadas para permitir máxima eficácia no em-prego de um determinado armamento com o mínimo de exposição de sua guar-nição às ações subseqüentes do inimigo.

2) Para o Pel Exp, devemos sempre considerar a disponibilidade deposição tanto para o tiro embarcado como para o tiro desembarcado, bem comopara o emprego das Mtr 7,62mm e dos L Roj AT-4. A análise da missão de tiro eda situação, conjugado com observação dos fatores da decisão, particularmenteo INIMIGO, é que indicará qual tipo de posição de tiro adotar.

c. Características

1) Uma boa posição de tiro deve apresentar as seguintes característi-cas:

a) Ter um acesso fácil e desenfiado, que possibilite uma rápidaocupação e desocupação.

b) Ter campos de observação e tiro que possibilitem a observação eo fogo sobre as posições e vias de acesso inimigas. Este estudo do terreno deveser intimamente conjugado com o estudo da missão o que determinará a seleçãode locais elevados (fogos profundos) ou planos (fogos razantes).

c) Ser ampla o suficiente para possibilitar uma boa dispersão entreas viaturas ou peças.

d) Ser coberta e abrigada. Para o tiro embarcado, neste aspecto, aposição ideal é a que possibilita o desenfiamento de couraça.

2.6. TIPOS DE DESENFIAMENTO

- Para ocupar posições de tiro, as viaturas procuram posições desenfiadas.O desenfiamento pode ser:

a. De couraça - Possibilita o fogo da metralhadora embarcada na viatura,estando a mesma protegida dos fogos diretos do inimigo pela existência de massacobridora. É a posição básica para a realização do tiro. O posicionamento daviatura, no desenfiamento de couraça, é comandado pelo atirador da Mtr. Oatirador permanece observando pela aparelhagem de pontaria enquanto o mo-torista avança lentamente com a viatura pela encosta da massa cobridora. Quandoo atirador observar as posições inimigas, conhecidas ou prováveis, comanda“ALTO”. Se a viatura estiver corretamente posicionada, o motorista, de sua posi-ção, não deverá ter visão sobre as posições inimigas.

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Fig 2-15. Desenfiamento de couraça

b. De torre – É utilizado para observar. Toda a viatura fica abrigada pelamassa cobridora, ficando apenas o comandante da viatura exposto e em condi-ções de observar. O posicionamento correto da viatura no desenfiamento detorre é comandado pelo Cmt, que comandará “ALTO” quando observar as posi-ções inimigas. O terreno deve permitir que uma viatura estando em desenfiamentode torre passe para o desenfiamento de couraça se houver necessidade de realizaro tiro. Esta posição é ocupada quando o armamento, na seqüência, for ser em-pregado embarcado. Caso se deseje apenas observar, é indicado que o Ch Vtrdesembarque e avance à pé, mantendo-se a Vtr em desenfiamento TOTAL.

c. Total – A viatura permanece em uma posição abrigada dos fogos diretosdo inimigo e coberta da observação aérea e terrestre. Um elemento da guarni-ção é lançado à frente para observar, uma vez que não é possível fazer isto daposição da viatura. Na aproximação do inimigo, a viatura passará aodesenfiamento de torre ou de couraça. Esta posição é ocupada antes do comba-te e, usualmente, nas proximidades da posição de tiro que será ocupada. Tam-bém é a posição ocupada pelas Vtr quando o armamento é empregado desem-barcado.

2-7. POSIÇÕES DESNIVELADAS

- Devem ser evitadas as posições desniveladas lateralmente, pois elasinfluem na trajetória dos tiros. Não havendo outro local e dispondo-se de tempo,as viaturas podem ser niveladas através de organização do terreno, quer portrabalhos de sapa quer por processos expeditos, como pedras e galhos sob asrodas.

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2-8. POSIÇÕES MELHORADAS

a. Quando houver tempo e meios de engenharia disponíveis, as posiçõesde tiro devem ser melhoradas. E, para as posições de tiro desembarcado, oitinerário de retraimento das peças, ou o de avanço das viaturas, também deveser preparado e melhorado.

b. Onde não houver abrigos, parapeitos devem ser construídos para pro-ver segurança às viaturas. Quando dotado de meios blindados, deve ser consi-derado que as viaturas entram em desenfiamento sempre de frente, para man-ter a blindagem frontal sempre face ao inimigo (munições AC de baixa velocida-de podem atingir a couraça, ultrapassando a massa cobridora), e para facilitar etornar mais precisa a ocupação das posições preparadas, principalmente à noi-te.

2-9. POSIÇÕES PRINCIPAIS, SUPLEMENTARES E DE MUDA

a. Tipos de posições:

1) Posição principal - Posição onde as viaturas, ou peças, barram aprincipal via de acesso do inimigo.

2) Posição suplementar - São posições selecionadas e preparadas, quepodem ser ocupadas no desenrolar do combate, de acordo com a situação. Sãoocupadas mediante ordem superior, quer quando a posição principal torna-seinsustentável, quer para se obter uma posição mais vantajosa em relação aoinimigo ou, ainda, para apoiar a manobra de outras frações. Posições suplemen-tares são também designadas para cobrir uma via de acesso secundária quepossa ameaçar os flancos ou retaguarda de uma fração, podendo, neste caso,já estar ocupada desde o início das ações de combate.

3) Posição de muda - Tanto na posição principal quanto na posiçãosuplementar, os Cmt de grupo devem reconhecer posições de muda para suasviaturas, ou peças. As posições de muda devem cobrir o mesmo setor de tiro daposição principal, ou da posição suplementar, conforme o caso, e são ocupadaspor iniciativa dos chefes de viatura, quando a posição ocupada não oferecer

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segurança, quer pela intensidade dos jogos inimigos quer em decorrência damanobra do mesmo. A mudança de posição deve ser efetuada nos dois sentidos: PRINCIPAL - MUDA; PRINCIPAL ou SUPLEMENTAR; MUDA - SUPLEMEN-TAR.

ARTIGO II

EMPREGO DO ARMAMENTO

2-10. GENERALIDADES

- O armamento coletivo do pelotão constitui um poder de fogo que, judicio-samente empregado, se torna fator de sucesso para o cumprimento das mis-sões recebidas.

2-11. LANÇA-ROJÕES

a. Generalidades

1) Os lança-rojões deverão ter seu emprego planejado por seções, empares, no âmbito de seus respectivos grupos. Em casos excepcionais, poderãoser centralizados e, nesta situação, o Sgt Adj, ou um dos comandantes de grupo,assumirá o controle dos mesmos.

2) Todos os membros das guarnições das viaturas devem estar emcondições de operar o lança-rojão para que, na eventual falta do atirador, o ar-mamento possa ser manuseado com correção.

3) Por se tratar de um armamento portátil, possui a facilidade de trans-porte e ocupação de posições de tiro, porém, apresenta o inconveniente de terum alcance reduzido, o que obriga o Cmt Pel a um estudo judicioso de seuemprego, a fim de se obter os melhores resultados.

b. Alvos apropriados

- O lança-rojão tem como alvos indicados para o seu emprego os carrode combate e as viaturas blindadas inimigas. Poderá também bater ninhos de

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metralhadoras, pequenas fortificações, postos de observação e outros alvoscompensadores para o seu tiro.

Fig 2-16. Lança-rojões sendo utilizados em duplas

2-12. METRALHADORAS

- As metralhadoras podem ser empregadas dentro de seus grupos oucomo um todo (pelotão de metralhadora), embarcadas ou desembarcadas. Emqualquer situação, os seguintes fatores deverão ser levados em consideração:

a. Comando

- Se operando dentro do pelotão, como um todo, o comandante desteexerce o comando direto, determina a ação correspondente a cada modificaçãono dispositivo ou na situação e expede as ordens necessárias. Atuandoseparadamente, cada grupo atuará sob as ordens de seu sargento, porémestabelecendo ligação com o comandante do pelotão.

b. Comunicações

- As comunicações entre os grupos e o comando do pelotão serãoefetivadas por meio da utilização do rádio, mensageiros, gestos ou bandeirolas.Dentro do grupo serão à voz ou por gestos.

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c. Conduta do tiro

1) A seção de metralhadoras é a unidade básica para a execução dotiro. O emprego das Mtr como seção dá maior densidade e eficiência ao tiro,permitindo bater com maior eficácia os objetivos profundos ou largos eproporcionando considerável segurança contra uma eventual interrupção do tiro.Só quando absolutamente necessário para a execução da missão designada aogrupo, é que o mesmo atribuirá missões diferentes a suas peças.

2) O Pel Exp pode se organizar em 02 Sec Mtr, à 03 Pç cada, em 03Sec Mtr, à 02 Pç cada ou, ainda, destacar peças isoladas. A primeira situação éa ideal: melhor comando, coordenação, controle e volume dos fogos, sobre umou dois objetivos. A segunda situação permite engajar maior número de alvos ecobrir maior frente de terreno, porém o Cmt Pel se desgasta de forma acentudaao exercer comando cerrado sobre os fogos de sua seção e, simultaneamente,coordenar a manobra do pelotão. A última organização deve ser consideradacomo medida excepcional, criteriosamente avaliada e limitada no tempo, porémpode ser útil para ampliar, com restrições, à frente a ser batida ou quando oterreno não permitir, em determinada VA Ini, a instalação de 02 Pç conjuntamente.

3) Em operações de pouco movimento, deverão ser confeccionadosroteiros de tiro para as peças, bem como realizada detalhada preparação daposição, isto é, organização do terreno, armação da posição das peças etc.

Fig 2-17. Posição de metralhadora

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d. Posições de tiro

- As posições de tiro devem ser escolhidas de modo a permitir que ofogo seja colocado sobre os objetivos designados ou sobre qualquer objetivoque apareça dentro do setor de tiro dado. Para cumprir a missão, o comandanteda seção permanece o mais próximo possível das peças, para comandá-las avoz, ou por sinais a braço, e para observar o objetivo, ou objetivos, a fim depoder controlar o tiro.

e. Segurança

- Na escolha de posições de tiro que ofereçam o máximo de segurançapara as metralhadoras, devem ser consideradas as seguintes condições:

1) Podem as peças ficar separadas o suficiente para que uma mesmagranada não destrua a ambas?

2) Existem boas posições de muda?

3) A posição tira o máximo proveito dos obstáculos contra carros,naturais e artificiais, existentes?

4) Dispõe a posição de acidentes do terreno ou vegetação para proteçãoda metralhadora contra a observação terrestre e aérea do inimigo?

3 - 1

CAPÍTULO 3

OPERAÇÕES

ARTIGO I

RECONHECIMENTO

3-1. GENERALIDADES

- O pelotão de exploradores irá conduzir operações de reconhecimento coma finalidade de informar ao comandante da Unidade os Elementos Essenciais deInformações (EEI) solicitados por ele, ou por componentes de seu Estado-Maior,sobre o terreno, inimigo ou área de operações.

3-2. FUNDAMENTOS DO RECONHECIMENTO

- Para a eficaz execução de uma missão de reconhecimento, o Pel deveráobservar os fundamentos deste tipo de operação que são:

a. Orientar-se segundo os objetivos de informações.

1) A tropa que executa um reconhecimento deve manobrar suas fraçõese atuar de acordo com os pedidos do comandante que a enviou, devendo ficarem condições de, ao final de missão, responder a todos os quesitos formulados.

2) Os objetivos de informação poderão ser tropas inimigas, regiões doterreno ou quaisquer outros elementos desejados pelo Comando enquadrante.

b. Participar com rapidez e precisão todos os informes obtidos.

- A oportunidade e correção dos informes transmitidos serão de funda-mental importância para a manutenção ou alteração dos planejamentos do co-mandante que solicita o reconhecimento.

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c. Evitar o engajamento decisivo.

- Sendo a finalidade do reconhecimento a obtenção de informes, a tropaexecutante deste tipo de missão deverá evitar engajar-se em combate que nãotenha como objetivo a obtenção do EEI ou a sua própria sobrevivência e, mesmonestes casos, deverá preservar a sua liberdade de manobra.

d. Manter o contato com o inimigo

- Quando, durante a execução da missão de reconhecimento, houvercontato com o inimigo, este não deverá ser rompido sem que haja determinaçãopara tal. Se for necessário prosseguir na missão, o Pel deverá destacar um efetivopara manter contato com o inimigo encontrado.

e. Esclarecer a situação.

- Uma vez estabelecido o contato ou alcançado o objetivo de informa-ção, cabe à tropa que reconhece esclarecer a situação, ou seja, verificar comoo inimigo ou a região de operações se apresenta.

3-3. TIPOS DE RECONHECIMENTO

- As missões de reconhecimento são divididas de acordo com a região deatuação da força, sendo classificadas em:

a. Reconhecimento de eixo – Quando a busca de informações recai sobreo inimigo existente em um eixo ou sobre as condições de utilização deste mes-mo eixo. Este tipo de reconhecimento impõe, também, o reconhecimento dosacidentes do terreno que, de posse do inimigo, possam dificultar ou impedir omovimento de tropas sobre o mesmo.

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Fig 3-1. Pel Exp no Rec de Eixo

b. Reconhecimento de zona – Quando o esforço for dirigido para obtençãode informes pormenorizados sobre os eixos, o terreno e as atividades das forçasinimigas dentro de uma zona de ação.

3 - 4

Fig 3-2. Limites definindo a zona de atuação do Pel Exp

c. Reconhecimento de área – Quando forem necessárias informações mi-nuciosas de eixos convergentes, do terreno e/ou das forças inimigas localizadasem determinada parte do terreno, claramente definida e considerada de importân-cia capital para o sucesso das operações. Como exemplo, temos reconhecimen-tos de localidades, regiões boscosas, regiões de passagens sobre um rio obstá-culo etc.

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Fig 3-3. Linha de controle limitando a área a ser reconhecida

3-4. TÉCNICAS DE RECONHECIMENTO

a. O pelotão de exploradores deve utilizar métodos que possibilitem o com-pleto cumprimento da missão com o máximo de segurança, e a seleção da técnicade reconhecimento é conseqüência da ponderação entre velocidade e segurança.Quanto mais rápido for o reconhecimento maior será a probabilidade dele serpouco detalhado ou de ser surpreendido pelo inimigo.

b. Independentemente da técnica empregada, os exploradores devemsempre estar alertas para:

3 - 6

1) Ver:

a) Tropas inimigas;

b) Veículos ou aeronaves inimigas;

c) Fumaça ou poeira;

d) Marcas de veículos;

e) Sinais ou evidências de ocupação inimiga;

f) Vegetação recentemente cortada; e

g) Luzes, fogos ou reflexos.

2) Ouvir:

a) Sons de motores;

b) Barulho de lagartas;

c) Vozes;

d) Sons metálicos;

e) Sons de armas de fogo; e

f) Barulhos de movimentos através de vegetação.

3) Sentir:

a) Cheiro de comida;

b) Fumaça de viaturas; e

c) Odor de lixo.

c. Reconhecimento pelo fogo

1) O reconhecimento pelo fogo (Rec Fogo) é uma técnica executadaatirando-se contra Pos Ini conhecidas ou prováveis, com a finalidade de obrigá-lo a responder ao fogo ou, pelo menos movimentar-se, revelando com isso, suasposições.

2) Caso o Ini não responda ao fogo, e nem haja indícios de seu movi-mento, o Pel prossegue no cumprimento da sua missão.

3) No entanto, se o Ini responder aos fogos a situação dever ser“esclarecida”.

4) O Rec Fogo é realizado quando o tempo for escasso. Sua adoçãoanula a surpresa do reconhecimento e pode fracassar completamente contratropas bem treinadas que, ao invés de se revelarem, aguardarão o momentooportuno para fazer uso da surpresa.

5) A técnica do reconhecimento pelo fogo consiste, basicamente, narealização de tiros sobre uma posição suposta, enquanto que outros elementosobservam tal posição.

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Fig 3-4. Reconhecimento pelo fogo

d. Reconhecimento embarcado

1) O reconhecimento embarcado é a técnica mais freqüentemente utili-zada pelo pelotão. Ela permite aos exploradores conduzir um reconhecimentocom certo grau de detalhes ao mesmo tempo que mantêm uma significativavelocidade de deslocamento.

2) Esta técnica é utilizada quando:

a) O tempo é escasso;

b) Um reconhecimento detalhado não é necessário;

c) As posições inimigas já são conhecidas;

d) Campos minados e obstáculos são improváveis; e

e) O contato com o inimigo é remoto.

3) Além dos motivos citados, o reconhecimento embarcado acrescentaas vantagens que o veículo de transporte oferece como, por exemplo, a proteçãoblindada, as comunicações veiculares e o próprio fato de ser uma plataformamóvel de observação.

4) Como desvantagem, aparecem as características desfavoráveis deuma viatura em deslocamento: ruído, poeira e silhueta.

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Fig 3-5. Reconhecimento embarcado

e. Reconhecimento desembarcado

1) Os exploradores, quando necessário, deverão desembarcar de suasviaturas e proceder um reconhecimento desembarcado, normalmente nas se-guintes situações:

a) Um reconhecimento detalhado é desejado;

b) O sigilo é fundamental;

c) O contato com o inimigo é esperado ou já houve contato visual;

d) A área a ser explorada impede o movimento das viaturas;

e) O tempo não restringe a atuação da tropa; e

f) A segurança deve ser priorizada.

2) Quando desembarcados, os exploradores têm condições de reco-nhecer o terreno à frente dos veículos, proporcionando, desta forma, um deslo-camento mais seguro.

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Fig 3-6 Reconhecimento desembarcado

f. Reconhecimento de obstáculos

1) Generalidades- Ao se deparar com qualquer tipo de obstáculo natural ou artificial,

todo explorador deve fazer a seguinte pergunta: é possível passar por ele emsegurança? Se a resposta for negativa, o pelotão deverá utilizar todas as maneirasdisponíveis para se certificar de que o obstáculo oferece as condições mínimasde ultrapassagem.

2) Reconhecimento de pontes

a) Generalidades

(1) Quando houver suspeita de minas, armadilhas ou emboscada,patrulhas a pé devem reconhecer o itinerário de aproximação da ponte. O RecPnt inclui tanto o exame da parte superior como de sua parte inferior, a fim degarantir a inexistência de minas, ou cargas de demolição ou construções,propositadamente, enfraquecidas.

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(2) As armadilhas, minas ou cargas localizadas devem serremovidas, para que o Pel possa continuar sua missão. De qualquer forma, aárea minada deverá ser demarcada claramente e sua localização informada.

b) Conduta

(1) Um grupo aproxima suas viaturas da ponte, de maneira quesuas armas automáticas possam batê-la; observa as elevações da outra margeme, à chegada de um outro grupo, seus exploradores desembarcam, levandoconsigo as metralhadoras; após o reconhecimento sumário, o grupo dá um lançoà frente entrando em posição na outra margem; a seguir, o outro grupo procedea um reconhecimento pormenorizado da ponte.

(2) Às vezes o tamanho e o valor tático de uma ponte exigirão umplanejamento acurado para seu reconhecimento e, por vezes, a solicitação deauxílio de pessoal de outros pelotões (Rec Área).

Fig 3-7. Reconhecimento detalhado de ponte

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Fig 3-8. Fases do reconhecimento de ponte

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3) Reconhecimento de desfiladeiro

a) Generalidades

(1) Da mesma forma que uma ponte, um desfiladeiro é uma áreacrítica para quem deseja ultrapassá-lo. É área crítica porque facilita a ação inimiga,tendo em vista que canaliza nosso movimento e restringe nossa liberdade demanobra, o que nos torna presa fácil, principalmente para uma emboscada.

(2) Além do mais, dependendo da proximidade do inimigo, odesfiladeiro assume um papel importante para este, tornando-se uma verdadeiraposição defensiva, inclusive batida por sua artilharia, impedindo, assim, qualqueravanço de nosso Pel.

(3) De qualquer forma, se encararmos um eixo comandado porambos os lados, como se fora um desfiladeiro, normalmente não seremossurpreendidos pela ação inimiga.

b) Conduta

(1) Semelhante à conduta do Rec Pnt, quando suspeitamos decampos minados, armadilhas ou emboscadas, grupos à pé e/ou embarcadosreconhecem o itinerário de aproximação e o terreno que domina o desfiladeiropor ambos os lados. As armadilhas e minas encontradas, se não puderem serremovidas ou neutralizadas, deverão ser demarcadas, claramente, e informadassuas localizações. As frações empenhadas no Rec de desfiladeiro deverão serapoiadas por aquelas não envolvidas diretamente.

(2) Quando o tempo for curto, pelo menos uma observação atentada área, seguida de Rec pelo Fogo, deve ser feita.

(3) Somente após estar seguro de que o terreno que domina odesfiladeiro está livre ou foi liberado, é que o restante do Pel o ultrapassará.

c) Formações

(1) Caso o desfiladeiro seja muito estreito, adote a formação emcoluna dispersando em distância as viaturas.

(2) Se o terreno comportar, use a formação em cunha que é aideal para a ultrapassagem de desfiladeiro.

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Fig 3-9. Reconhecimento de desfiladeiro

4) Reconhecimento de localidade

a) Generalidades

(1) Quando o Pel recebe a missão de reconhecer uma localidade(Rec Área) deve, se possível, aproximar-se pelos flancos ou pela retaguarda(quem espera alguém, pela lógica, dispõe-se a vigiar a direção geral provávelpor onde chegará o inimigo).

(2) Se não houver premência de tempo, o reconhecimento deveser feito desembarcado, porque é mais eficiente e mais detalhado e, ainda,resguarda nossas viaturas da possível ação de Armas AC inimigas.

(3) Quando o tempo for de capital importância, o reconhecimentopoderá ser embarcado.

(4) Em qualquer situação (com ou sem tempo), uma observaçãominuciosa deve preceder à ação de reconhecimento.

b) Reconhecimento desembarcado de uma localidade

- No reconhecimento desembarcado, o Cmt Pel decidirá quantosgrupos empregará na execução da ação e quantos deverão ficar embarcadosem condições de auxiliar com presteza o trabalho dos efetivos desembarcados.

(1) Povoados - se o objetivo for pequeno, a (s) fração (ões) doPel não empregada (s) permanece (m) em posição, até que os grupos tenhamcompletado sua missão, a menos que corram perigo e necessitem de auxíliodos elementos de manobra.

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(2) Localidade grande – tão logo os grupos tenham verificadoque o primeiro quarteirão da localidade não está ocupado pelo Ini, o restante dopelotão desloca-se até a primeira linha. Os grupos deslocam-se à pé e continuamo reconhecimento, observados e seguidos de perto pelo restante do Pel. Linhasde controle ou objetivos sucessivos podem ser designados para melhorcoordenação, usando-se ruas transversais ou paralelas e outros locais críticos.

c) Reconhecimento embarcado de uma localidade

(1) Neste caso, o Pel ocupa posição antes da localidade e osgrupos, embarcados, rapidamente se deslocam para a frente, uma viatura decada vez, para reconhecer o quarteirão seguinte da localidade. Se o quarteirãoreconhecido não estiver ocupado pelo inimigo, o restante do Pel avança e aprogressão continua. O deslocamento no interior da localidade deve ser porlanços, numa formação dispersa e próxima dos edifícios, em condições de agircontra os prédios dos lado oposto, pela observação e pelo fogo.

Fig 3-10. Reconhecimento de localidade:ocupação de posição antes do reconhecimento

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Fig 3-11. Reconhecimento de localidade:entrada das viaturas

5) Reconhecimento de bosque

a) Da mesma forma que numa localidade, as dimensões do bosque,aliadas ao tempo disponível para reconhecer, irão definir o modo como o pelotãoirá proceder.

b) Tendo o bosque dimensão reduzida e havendo premência detempo, o método do reconhecimento pelo fogo poderá ser utilizado, bem como oreconhecimento embarcado, caso o interior do bosque permita o deslocamentode viaturas.

c) Sendo necessário realizar um reconhecimento desembarcado, oPel deverá agir conforme um reconhecimento de localidade, mantendo, sepossível, algum efetivo embarcado pronto para auxiliar pelo fogo e/ou movimento.

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Fig 3-12. Reconhecimento de bosque

6) Reconhecimento conjunto com a aviação do Exército

a) Generalidades

(1) A atuação conjunta da força de superfície (F Spf) com a forçade helicópteros (F Helcp) poderá, muitas vezes, ocorrer dentro do quadro táticode emprego do Pel Exp.

(2) A correta sincronização entre as forças redundará, nestescasos, em ganho de tempo e aumento da área e dos detalhes a seremreconhecidos por ambas as frações.

(3) As condições meteorológicas e luminosidade podem prejudicaro Rec feito pelas aeronaves.

(4) Independentemente da subordinação das frações, haverácontato rádio, ou pessoal, entre o elemento da F Helcp e a F Spf para troca deinformações.

b) Reconhecimento conjunto de eixo

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(1) Quando operando em um mesmo eixo, as forças poderão utilizar,basicamente, dois métodos de reconhecimento:

(a) Força de Helicópteros à frente da Força de Superfície; e

(b) Força de Helicópteros e Força de Superfície revezando aliderança do movimento.

(2) No primeiro método, a F Helcp desloca-se, normalmente, comuma vantagem de cerca de 01 (uma) hora sobre a F Spf, informando a esta osEEI de interesse para que a mesma possa preparar-se para um reconhecimentopormenorizado ou para se precaver da atuação inimiga. A vantagem deste métodoé permitir à F Spf um movimento praticamente contínuo, apresentando, porém, adesvantagem de necessitar de um número maior de aeronaves (realização derodízio) ou paradas periódicas das mesmas para abastecimento.

(3) O método do revezamento prevê uma alternância das forçasquando atingidas linhas de controle pré-estabelecidas. Apresenta a vantagemda continuidade do movimento, porém com sensível diminuição da velocidadedo reconhecimento. Neste método, quando a F Spf assumir a liderança, a FHelcp realizará seu abastecimento e se reajustará para a próxima fase da missão.

(4) Operando em eixos distintos, haverá apenas a troca deinformações entre ambas as forças, tanto pelo rádio quanto pelo emprego demeios VAD e, mesmo por P Lig.

c) Reconhecimento conjunto de área

(1) Quando atuando num reconhecimento conjunto de área, a FHelcp deverá atingir a região antes da F Spf, antecipando, desta forma,informações sobre o local e o inimigo, proporcionando à F Spf um ganho detempo na sua atuação.

(2) A partir do momento em que a F Spf iniciar seus trabalhospormenorizados na área, a F Helcp poderá atuar na observação avançada dasáreas próximas, com objetivo de proporcionar o alerta oportuno sobre aaproximação de frações inimigas.

d) Reconhecimento conjunto de zona

(1) No reconhecimento conjunto de zona, repetem-se os métodosdo reconhecimento de eixo acrescido de um terceiro, que consiste na F Spfreconhecer os eixos enquanto a F Helcp reconhece a zona entre eles.

(2) Neste caso, a F Helcp estará atuando, normalmente, emproveito de mais de uma fração da F Spf, visto que sua capacidade dereconhecimento (frente) é bem maior que a da F Spf. A aviação buscaráinformações mais voltadas para o inimigo enquanto que as forças de superfícieoperarão visando mais o terreno.

(3) O escalão superior definirá as normas pra troca de informaçõesentre os escalões envolvidos.

e) Contato com o inimigo

(1) Caso seja a F Spf a tropa a realizar o primeiro contato com oinimigo, esta deverá atuar conforme preconizado, cabendo à F Helcp auxiliar no

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levantamento de outras possíveis posições inimigas no flancos e à retaguardade onde ocorreu o contato ou mesmo auxiliar na condução dos fogos da F Spf.

(2) Caso a F Helcp estabeleça contato com o inimigo, duassituações poderão ocorrer:

(a) A F Helcp mantém o contato informando as característicasdo inimigo enquanto a F Spf desborda o incidente e prossegue no reconhecimento;

Fig 3-13. Aviação mantendo o contato e auxiliando odesbordamento pelo Pel

(b) A F Helcp mantêm o contato enquanto aguarda aaproximação da F Spf para substituí-la e, só a partir de então, prossegue namissão.

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Fig 3-14. Aviação “passa” o inimigo para o Pel

f) Planejamento

(1) O planejamento de uma missão de reconhecimento conjuntodeve ser realizado por ambas as forças, tanto para propiciar uma maiorcoordenação, quanto para se racionalizar o emprego dos meios.

(2) Normas gerais de ação deverão ser previstas para padronizaro maior número possível de procedimentos e evitar-se o fratricídio, merecendodestaque as comunicações e a transmissão de informes, assim como aidentificação das viaturas e aeronaves envolvidas na operação.

g) Capacidade de reconhecimento

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- A capacidade de reconhecimento de uma fração de helicópterosé medida pelas possibilidades e limitações dos seus equipamentos. Basicamente,pode-se utilizar, para efeito de planejamento, os seguintes dados:

Frentes:

3-5. RECONHECIMENTO DE EIXO

a. Generalidades

1) O Rec Eixo visa a busca de informes sobre o inimigo ou sobre ascondições de utilização de um determinado eixo. Este tipo de reconhecimentoimpõe, também, o Rec dos acidentes do terreno que, de posse do inimigo, pos-sam dificultar ou impedir o movimento de nossas tropas sobre o eixo.

2) As técnicas empregadas e as necessidades de um Rec Eixo conso-mem menos tempo do que o Rec Zona ou o Rec Área.

3) Em conseqüência da maior rapidez, o Rec Eixo é empregado quan-do o tempo disponível é pouco para um Rec mais detalhado, quando há premênciade tempo, quando deseja-se informes mais gerais sobre o inimigo e o terreno ouquando a localização do inimigo é conhecida e/ou há um único itinerário.

b. Movimento durante o Rec

1) Distâncias

- As distâncias entre as viaturas variam de acordo com o terreno.Sempre que possível o contato visual deve ser mantido. A distância entre oselementos deve permitir ao pelotão mover-se com o máximo de velocidade,diminuindo, ao mesmo tempo, a possibilidade de ser envolvido numa emboscadaou armadilha ou, expor, simultaneamente, todos os elementos sob fogo inimigo.As distâncias nunca poderão exceder à metade do alcance máximo doarmamento. Esta regra será utilizada também para os outros tipos dereconhecimento.

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Fig 3-15. Manutenção do apoio mútuo entre as viaturas

2) Movimento por lanços

- Normalmente, os elementos da testa (grupo que lidera) progridempor lanços de um ponto de observação para outro, sendo cobertos pelos queimediatamente lhes seguem ou pelos que estão agindo nos flancos.

3) Eixos laterais (golpe de sonda)

- Pontos chaves do terreno nos flancos, incluindo-se estradas, devemser incluídos no reconhecimento. A profundidade dos movimentos laterais é dadapelo Cmt Pel, devendo ter a preocupação do apoio mútuo entre as frações dopelotão. Essa distância dependerá também da situação do inimigo, do tempodisponível e da velocidade de progressão sendo, aproximadamente, de até 2Km.

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3-6. RECONHECIMENTO DE ZONA

a. Generalidades

1) No Rec Zona procura-se reconhecer o inimigo e o terreno ao longode uma faixa, em largura e profundidade, definida por limites compreendendotodos os itinerários e acidentes importantes da mesma. Por ser mais detalhado,o Rec Zona é mais lento que o Rec Eixo.

O Rec Zona é empregado quando:

a) Não se conhece a localização exata do inimigo;b) O Esc Sup deseja selecionar um itinerário para deslocar o

grosso;c) Deseja-se informes pormenorizados; e/oud) O tempo disponível permite um verdadeiro vasculhamento do

terreno designado.

2) O Pel pode melhor cumprir um Rec Zona dentro de uma faixa doterreno que contenha somente um eixo principal. O Cmt Pel decide pela forma-ção que melhor possa cumprir a missão, normalmente em linha ou cunha.

Os fatores que determinam a extensão da zona são:

a) Rede de estradas;b) Conformação do terreno;c) Atividade inimiga;d) Tipos de informações desejadas;e) Tempo disponível para o cumprimento da missão; ef) Possibilidade de Apoio cerrado do Escalão enquadrante do Pel.

b. Movimento durante o Rec Zona

1) O Cmt Pel deverá buscar o deslocamento de seu grupo no centro dodispositivo. Se possível, trafegará pelo eixo principal ou único, enquanto osoutros grupos deslocar-se-ão através do campo.

2) Linhas e pontos de controle deverão ser previstos para que o movi-mento das frações possa ser controlado e, desta forma, não ocorra a situaçãode um grupo avançar mais que os outros ou então atrasar-se demais em umaposição.

3-7 RECONHECIMENTO DE ÁREA

a. Generalidades

1) O Rec área é o esforço dirigido para obtenção de informes detalha-dos de todos os eixos do terreno e das forças inimigas, dentro de uma áreaespecífica e, claramente definida, considerada de importância vital, tais como:localidades, regiões boscosas ou regiões de passagens sobre um rio.

2) No Rec Área, o Pel se desloca pelo caminho mais provável até aárea a ser reconhecida. Qualquer posição inimiga (Pos Ini) deve ser informada eultrapassada.

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3) Quando o Pel chega à área designada, faz o reconhecimento damesma maneira que num Rec Zona ou através de deslocamento dos gruposdiretamente para um ou mais Postos de Observação (PO) pré-selecionados,dos quais toda a área possa ser observada. Estes PO podem ser reforçados porpatrulhas a pé ou embarcadas.

b. Movimento durante o Rec Área

1) O Cmt Pel planeja o Rec com detalhes, a fim de que a área sejatotalmente reconhecida no que se refere a estradas, trilhas, pontos chave elocalização suspeita do inimigo.

2) Caso a área restrinja o movimento das Vtr, os grupos devem efetuaro reconhecimento desembarcado.

ARTIGO II

SEGURANÇA

3-8. GENERALIDADES

a. As missões de segurança possuem a finalidade de prevenir a tropaprincipal (grosso), ou uma região, da observação ou do ataque inesperado doinimigo.

b. As operações de segurança são divididas em:

1) Cobertura – Cobrir é a ação que proporciona segurança à determi-nada região ou força, com elementos distanciados ou destacados, orientados nadireção do inimigo e que procuram interceptá-lo, engajá-lo, retardá-lo,desorganizá-lo ou iludi-lo antes que o mesmo possa atuar sobre a região ouforça coberta.

2) Proteção – Proteger é a ação que proporciona segurança à determi-nada região ou força, pela atuação de elementos no flanco, frente ou retaguardaimediatos, de forma a impedir a observação terrestre, o fogo direto e o ataque desurpresa do inimigo sobre a região ou força protegida.

3) Vigilância – Vigiar é a ação que proporciona segurança à determina-da força ou região pelo estabelecimento de uma série de postos de observação,complementados por adequadas ações que procuram detectar a presença doinimigo logo que ele entre no raio de ação ou no campo dos instrumentos deobservação do elemento que a executa.

c. O pelotão de exploradores, devido às suas características, tem condi-ções de conduzir uma missão de vigilância isoladamente. Executa as missõesde proteção e cobertura enquadrado por outra força de maior efetivo.

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3-9 FUNDAMENTOS DA SEGURANÇA

- Uma força de segurança (F Seg) deve obedecer aos seguintes funda-mentos:

a. Proporcionar alerta preciso e oportuno ao escalão superior – A forçade segurança deve informar ao escalão superior, precisa e oportunamente,sobre a localização ou movimento das forças inimigas que possam constituiruma ameaça à missão deste escalão. Somente pelo alerta oportuno e informa-ções precisas, fornecidas pela força de segurança ao escalão superior, pode ocomandante deste decidir sobre a aplicação de seus meios, prazo e local paraengajar-se com o inimigo e manobrar suas forças, a fim de obter a surpresa evantagens táticas.

b. Garantir espaço para manobra – A força de segurança deve operarsuficientemente distante da tropa em proveito da qual opera, de modo a garantira esta o prazo e espaço suficiente para que possa manobrar, buscando ouevitando o contato com o inimigo. A distância, entre a força de segurança e atropa em proveito da qual opera, é função da análise judiciosa dos fatores dadecisão.

c. Orientar a execução da missão em função da força em proveito daqual opera – Uma força de segurança manobra de acordo com a avaliação oumovimento da tropa em proveito da qual opera, interpondo-se entre ela e a co-nhecida ou provável ameaça do inimigo.

d. Executar um contínuo reconhecimento – Toda força de segurança deveexecutar um reconhecimento contínuo e agressivo. Este fornece ao comandan-te informações sobre o terreno e o inimigo em sua zona de ação e ainda possibi-lita a localização adequada da força de segurança em relação à tropa, em proveitoda qual opera, e à ameaça inimiga. O reconhecimento possibilita ao escalãosuperior a segurança pela informação. Mantendo-o alertado sobre a localizaçãoe movimentos do inimigo e fornecendo outros dados obtidos com a manutençãodo contato, elimina a possibilidade da força, em proveito da qual opera, vir a sersurpreendida.

e. Manter o contato com o inimigo – O contato com o inimigo deve sermantido até que este não constitua mais uma ameaça ou que se afaste da zonade ação da tropa em proveito da qual a força de segurança opera. O comandan-te de uma força de segurança não pode, voluntariamente, romper o contato como inimigo. Isto só ocorrerá por ordem superior. Deve-se impedir que a forçainimiga surpreenda a força protegida. Se a força inimiga sai da zona de ação,deve-se informar à unidade vizinha, auxiliando-se esta a estabelecer o contatocom o inimigo.

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3-10 O PEL EXP NAS MISSÕES DE VIGILÂNCIA

a. Generalidades

1) A Força de Vigilância (F Vig) é a F Seg que opera à frente, nos Fl e àRg de uma tropa, onde estabelecerá uma cortina de Vig. Retrai quando pressio-nada e mantêm o contato, não tendo responsabilidade territorial entre ela e atropa para a qual trabalha.

2) Vigiar é o grau de Seg adotado quando não se dispõe de meios paracobrir ou para proteger.

3) A missão de Vig se caracteriza pelo emprego de, relativamente,poucos meios em uma larga frente e é cumprida, basicamente, pelo estabeleci-mento de uma linha de PO e pelo patrulhamento à frente desta linha, com afinalidade de vigiar todas as prováveis VA do Ini.

4) A F Vig cumpre sua missão:a) Proporcionado alerta oportuno quanto à aproximação do inimigo;

b) Estabelecendo e mantendo o contato com o Ini e informandosobre seus movimentos;

c) Destruindo e repelindo pequenas Patr Ini; e

d) Hostilizando e dificultando o avanço das F Ini pelo fogo indireto.

5) Os Elm que cumprem a missão de Vig não têm a capacidade deoferecer uma resistência significativa ao Ini. Estes Elm combatem, apenas, parase defender e para destruir pequenas Patr.

6) A missão de Vig é, normalmente, atribuída em três oportunidades:a) Quando a F Seg (F Ptc ou F Cob ) estender-se demasiadamente;

b) Quando não existe uma grande ameaça Ini; e

c) Quando não se dispõe de forças suficientes para proporcionarmaior segurança.

b. O Pel Exp nas Op Vig

1) O Pel Exp, por suas características, organização, equipamentos einstrução, é uma fração de tropa que reúne as condições necessárias para ocumprimento de missões limitadas de Vig.

2) Normalmente, o Pel atuará em missões de Vig enquadrado por umaSU, podendo, no entanto, por curtos espaço de tempo, prover uma Vig por seuspróprios meios.

3) Postos de Observaçãoa) Na escolha dos postos de observação (PO) considera-se a

necessidade de:

(1) Superpor os setores de observação entre os PO;(2) Cobertas;(3) Facilitar a instalação;

3 - 26

8) O local dos PO é escolhido pelo Cmt Pel, sendo que seu local exatoé escolhido pelo Cmt PO que vai ocupá-lo.

9) Normalmente, cada PO vigiará apenas uma VA.

(4) Possibilitar o funcionamento das Com;(5) Evitar pontos facilmente identificáveis; e(6) Itinerários.

4) O PO deve ser localizado num ponto bastante alto, de forma quepossibilite amplos e profundos campos de vista e boa observação sobre as pro-váveis VA.

5) O local escolhido para PO, sempre que possível, deve se encontrarna crista militar. Às vezes, no entanto, é mais fácil encontrar bons PO nas encos-tas do que nas cristas, por serem, geralmente, mais fáceis de disfarçar.

6) O PO deve ser protegido com disfarce natural de ervas, folhagens eestar livre de obstáculos que prejudiquem a visão dos observadores (campo devisão).

7) Em virtude do considerável esforço que exige a execução de suasmissões, os homens, realmente empenhados em observação, não devem sermantidos em Vig por mais de duas horas.

Fig 3-16. Grupo de Exploradores ocupando um Posto de Observação

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10) Patr embarcadas ou a pé, diurnas ou noturnas, são empregadasentre os PO, a fim de aumentar a segurança do posto, evitando infiltrações Ini e,ainda, ampliando a observação, particularmente nos ângulos mortos.

11) Nas situações de pouca visibilidade e à noite são usados postos deescuta (PE), que devem ser localizados próximos aos prováveis eixos de pene-tração ou infiltração Inimiga.

c. Contra-reconhecimento

1) Generalidades

a) Contra-reconhecimento é a operação voltada para prevenir aobservação visual ou a infiltração em forças amigas de elementos dereconhecimento inimigos.

b) Levando-se em consideração que o reconhecimento embarcadoinimigo deverá ser a primeira tropa a ter contato com uma força que vigia, ocontra-reconhecimento cresce de importância.

c) Esta missão obtêm seu sucesso quando realizada em combinaçãocom outras forças da Unidade. Embora o contra-reconhecimento seja melhordiscutido no nível Unidade, o pelotão de exploradores poderá, quando em missõesde vigilância, executá-lo, desde que apoiado por carros de combate ou outrasarmas de apoio.

2) Conduta

a) O pelotão de exploradores deverá ocupar seus postos deobservação enquanto que a força de apoio (normalmente carros de combate)deverá ocupar uma posição que possibilite mover-se para qualquer lugar da zonado pelotão onde seja necessária.

b) À aproximação do inimigo, o comandante de pelotão deveráinformar ao comandante da Unidade que o escalão de reconhecimento estáentrando na área de vigilância. Recebendo autorização para destruí-lo, ocomandante do pelotão deverá informar à força de apoio a localização do inimigoe auxiliá-la na entrada em posição de tiro para a destruição dos veículos dereconhecimento inimigos.

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Fig 3-17. Execução do contra-reconhecimento

3-11 O PEL EXP NAS MISSÕES DE PROTEÇÃO

a. Generalidades

1) F Ptc é a F Seg que opera à frente, nos flancos (Fl) ou na retaguarda(Rg) de uma força estacionada ou em movimento, a fim de protegê-la contra aobservação terrestre, tiros diretos ou ataques de surpresa do Inimigo.

2) A F Ptc opera dentro do alcance do apoio de fogo da força protegida.

3) A tropa que constitui uma F Ptc é fornecida pelo elemento (Elm)protegido ou que o esteja reforçando.

4) Quando atuando à frente, Fl ou Rg da tropa protegida, toma onome, respectivamente, de Vanguarda (Vg), Flancoguarda (Fg) ou Retaguarda(Rg).

b. Vanguarda

1) Generalidades

a) A Vg é uma força essencialmente ofensiva que opera à frente deuma tropa em movimento, a fim de assegurar o seu avanço ininterrupto e protegê-la contra ataques de surpresa, procurando destruir ou retardar o Ini. Repara,também, as estradas e as pontes e localiza acessos alternativos, facilitando odeslocamento do grosso.

b) Desloca-se, rapidamente, permanecendo, entretanto, dentro dadistância de apoio do grosso.

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c) A vanguarda emprega todos os seus meios disponíveis paradeterminar a localização, valor, dispositivo e condições do Inimigo.

2) O Pel Exp na Vanguarda

a) Generalidades

(1) O Pel Exp, normalmente, atua enquadrado por uma SU, querecebe a missão de Vg.

(2) A SU Vg de uma força atua, normalmente, em dois escalões:o Escalão de reconhecimento da Vanguarda (constituído pelo Pel testa) e oEscalão de Combate (constituído pelos outros dois Pel).

(3) O Pel testa é a “Vg” da SU (Vg da Vg). Normalmente, estaserá a missão que o Pel Exp receberá quando realizando uma Vg.

(4) As medidas de controle, as técnicas e formações usadas peloPel Vg são as mesmas do Rec Eixo.

b) Semelhança entre uma Vg e um Rec Eixo

(1) Ambos usam formações semelhantes.(2) Tanto uma Vg como num Rec Eixo realizam-se Rec da frente

e dos flancos;(3) Ambos repelem ou destróem os Elm fracos do Ini;(4) Empregam a mesma técnica ao estabelecerem o contato com

o Ini (Ações durante o contato).

c) Diferenças entre uma Vg e um Rec Eixo

(1) A Vg, por ser uma F Seg, orienta-se segundo os fundamentosda Seg, enquanto que o Rec Eixo aplica os fundamentos do Rec;

(2) O Pel na Vg orienta-se segundo o grosso e não pela direçãodos objetivos de Rec (Rec Eixo);

(3) Quando em Vg, o Pel deve proporcionar espaço para amanobra do grosso.

c. Flancoguarda

1) Generalidades

a) É uma F Ptc que opera no Fl de uma força estacionada ou emmovimento, para protegê-la contra a observação terrestre, o fogo direto e ataquesde surpresa por parte do Ini.

b) A Fg pode ser cumprida por meio de ações ofensivas, defensivas,retardadoras, por um agressivo Rec, pela observação e por patrulhas móveis.

c) Durante as operações ofensivas ou retrógradas, quando a forçaprotegida está se deslocando, a Fg é móvel.

d) Quando a Força protegida está conduzindo uma operaçãodefensiva, a Fg é, normalmente, fixa, devendo, no entanto, estar preparadapara conduzir uma ação de Fg móvel.

e) Numa situação estática ou móvel, quando a zona atribuída à Fgfor muito extensa, a Seg pode ser proporcionada pela observação ou por meio

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de Patr, com autorização do Esc Sp.

f) O Cmt da força protegida é quem especifica quais unidades devemser protegidas ou determina a Z Aç da Fg. Normalmente, a responsabilidade daFg começa na Rg da tropa em primeiro escalão e termina na Rg dos demais Elmda força protegida (exclusive da força de retaguarda). O eixo de progressão (EProg) da Fg, geralmente paralelo ao deslocamento da força protegida, deveproporcionar-lhe acesso rápido às P Blq preparadas nos acidentes capitais (AcdtCpt) que dominam as vias de acesso (VA) do Ini que conduzam ao Fl da forçaprotegida.

2) Processos de deslocamento de uma Fg

a) Os processos básicos de deslocamento empregados pela Fg:

- Lanços alternados;- Lanços sucessivos; e- Marcha contínua.

b) O processo selecionado depende da velocidade do grosso e daatuação do Ini. Cabe destacar que o Pel Exp, pela sua natureza de meios, quandodo emprego do processo de lanços sucessivos, necessita preparar a posiçãorecém-ocupada, isto é, qualquer que seja o processo selecionado, o Pel Expdeverá preparar a Pos.

Fig 3-18. Lanços alternados em uma flancoguarda

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Fig 3-19. Lanços sucessivos em uma flancoguarda

3) O Pel Exp na Fg

a) Generalidades

- A menor fração de tropa que poderá receber a missão de Fg deuma força em movimento é uma SU.

b) Missões do Pel Exp enquadrado em uma SU que realiza uma Fg:

- Os Pel de uma SU em Fg têm missões diversas, dependendode suas posições na formação (testa, centro ou retaguarda):

(1) O Pel Exp testa de uma SU em Fg:

(a) O Pel testa desempenha na Fg uma tríplice missão:- Manter o contato com a subunidade da Rg da Unidade

testa do grosso;- O Pel testa atua numa Fg usando as técnicas e medidas

de controle como se fosse um Rec zona, considerando que seus limites vão doE Prog do grosso até a orla anterior da P Blq, inclusive; e

- Ao executar a tarefa de Pel testa, este não ocupanenhuma Pos Blq e regula seu movimento pelo grosso, mantendo o contato comele.

(2) Pel Centro ou Rg de uma SU em Fg:

(a) Somente em caso excepcionais, caberá ao Pel Exp umafunção diferente da de pelotão-testa.

(b) Nestes casos, conforme o processo de deslocamentoescolhido, o Pel do centro ou Rg progride ao longo do Itn, mantendo-se ECDocupar P Blq, conforme ordem de seu Cmt SU.

(c) O Pel centro ocupará P Blq com o núcleo do Pel ao centro

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(Gp Cmdo) e os demais nos flancos, para que estes mantenham o contato com oPel testa e a Rg. Ao se deslocar para uma nova P Blq, deve fazê-lo no formaçãoem coluna.

(d) O Pel Rg, também, atua como o do centro, recebendo,porém, uma outra missão que é a Rg do Esqd, que veremos a seguir.

d. Retaguarda

1) Generalidades

a) Rg é a F Ptc que opera à Rg de uma outra que se desloca nummovimento para a frente ou retrógrado, para protegê-la dos ataques de surpresado Ini ou de qualquer outra inquietação, seja repelindo, destruindo ou retardandoo Ini, de acordo com suas possibilidades.

b) A Rg segue a força protegida a uma distância determinada peloCmt da força que a destacou e, normalmente, desloca-se sobre o mesmo eixoou eixos de progressão daquela.

c) Ela deve estar preparada para interceptar ou engajar forças Inique procurem atacar a Rg da força protegida. Caso seja atacada por forçassuperiores, a Rg conduz uma ação retardadora. Ela não deve permitir serultrapassada ou empurrada na direção da força protegida, até que esta possareagir à ameaça Ini.

2) O Pel Exp nas Op Rg

a) Generalidades

(1) O Pel Exp poderá atuar como Rg para proteger a progressãoou retirada do grosso. Poderá, por exemplo, ser o Pel Rg quando sua SU executauma Fg ou retira-se da Z Aç.

(2) Caso a sua SU receba a missão de atuar como Rg de umaforça maior, o Pel Exp passa a fazer parte de uma força de Rg.

b) O Pel Exp como Rg

(1) Na execução de sua missão de Rg, o Pel Exp usa as mesmasmedidas de controle, formações e técnicas de uma Ação Retardadora (Aç Rtrd),à exceção das linhas de retardamento.

(2) Durante a progressão, o Pel segue a coluna principal a umadistância determinada.

(3) Cabe ao Pel alertar o grosso de qualquer aproximação Ini quetente envolver ou atacar a Rg da coluna principal e, caso isso aconteça, deverátentar repelir, destruir ou retardar tais ameaças, dentro de suas possibilidades.

(4) Quando o grosso avançar em direção do Ini, também cabeao Pel a proteção dos trens e a coleta de extraviados.

(5) Elementos de Engenharia (Elm Eng) poderão ser destacadosà Rg, a fim de auxiliarem o retardamento do Ini por meio de demolições, camposde minas ou outros obstáculos, quando o grosso estiver retraindo ou se retirandoe o Pel Rg executando uma Aç Rtrd.

(6) As posições retardadoras (P Rtrd) durante uma ação de Rg

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não têm tempo fixo de ocupação e a autorização para retrair é dada pelo Cmt EscSup .

3-12 O PEL EXP NAS MISSÕES DE COBERTURA

a. Generalidades

1) F Cob é a F Seg taticamente autônoma que opera, normalmente, auma distância considerável, orientada na direção do inimigo, em proveito de umaforça estacionada ou em movimento.

2) A F Cob é constituída para operar em ações ofensivas ou movimen-tos retrógrados, à frente, flancos ou retaguarda, em proveito de uma força ouárea.

3) Por ser taticamente autônoma, a F Cob poderá receber missões denatureza ampla que podem incluir:

a) Esclarecimento da situação;

b) Destruição das F Ini;

c) Conquista de acidentes capitais; e

d) Ações que visem iludir, retardar e desorganizar as F Ini.

4) A F Cob pode atuar à frente, flanco e retaguarda da força que adestacou, recebendo, respectivamente, a denominação:

a) Força de Cobertura Avançada (F Cob Avçd).

b) Força de Cobertura de Flanco (F Cob Fl).

c) Força de Cobertura de Retaguarda (F Cob Rg).

b. Força de Cobertura Avançada

1) Na ofensiva

a) O movimento para a frente se assemelha ao reconhecimento.

b) A progressão é feita de PO em PO, em LARGA FRENTE,aproveitando, ao máximo, a rede de estradas existentes.

c) Quando for estabelecido o contato, a operação visa a posse deacidentes capitais ou linhas do terreno que assegurem o cumprimento da missão.Caso seja obrigado a atacar, a F Cob não deve se engajar decisivamente, sobpena de poder ser aferrada ou isolada do grosso. Autorizada a desbordar, a FCob destaca uma fração de tropa compatível para manter o contato.

2) Na defensiva

a) Procede-se, inicialmente, como na ofensiva, até tomar o contatocom o Ini.

b) Não podendo mais prosseguir no movimento, ou tendo ganhoespaço e tempo necessários ao cumprimento da missão, passa a realizar umaação retardadora até ser acolhida.

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c. Força de Cobertura de Flanco

1) Seu procedimento é semelhante ao de uma Flancoguarda.

2) A SU em 1º Escalão comporta-se como a vanguarda da Unidade,mantendo ligação com a F Cob à frente do grosso e com a Flancoguarda. Asoutras SU ficam em condições de barrar qualquer penetração Ini pelo flanco edestruir as resistências que se apresentarem.

d. Força de Cobertura de Retaguarda

- Nos Mvt Rtg, a F Cob pode aproveitar como Posição Inicial de Retar-damento (PIR) a própria posição onde estava o grosso. A técnica é semelhanteà utilizada na Aç Rtrd pela escolha de posições sucessivas (P2, P3, P4, P.)

e. O Pel Exp nas Op Cobertura

1) Generalidades

a) O menor escalão que poderá receber uma missão de Cob é aUnidade, mesmo assim, quando reforçada por Elm de apoio.

b) Não caberá, em conseqüência do exposto acima, aos escalõesSU e Pel receberem a missão de Cob e sim, fazerem parte da mesma. Assim éque, embora façam parte de uma F Cob, atuarão em missões de reconhecimento,ofensiva, defensiva e movimentos retrógrados.

2) O Pel Exp como parte da cobertura ofensiva

a) Nas ações ofensivas, antes de estabelecer contato com o Ini, amissão de Cob geralmente se resume numa ação de Rec, seja reconhecendopontos críticos do terreno, seja localizando o Ini, seja localizando passagensexistentes nos obstáculos naturais ou artificiais, seja ainda reconhecendo eixossuplementares.

b) Quando o contato for estabelecido com uma F Ini, o Pel manteráo contato e guiará os fogos da SU e U para destruir a ameaça.

3) O Pel Exp como parte da cobertura na defensiva

a) Nas ações defensivas ou durante um Mvt Rtg, o Pel tem a missãode informar prontamente sobre a aproximação do Ini e retardá-lo ao máximo.

b) Deverá entrar em posição (defensiva) nos pontos-chaves doterreno, donde poderá observar e deter o Ini.

c) A menos que a missão exija, o contato cerrado com o Ini deve serevitado.

d) Quando forçado a recuar, o Pel retarda ao máximo o inimigo.

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CAPÍTULO 4

MISSÕES ESPECIAIS

ARTIGO I

RECONHECIMENTO E PREPARAÇÃO DE ZONA DE REUNIÃO

4-1. GENERALIDADES

a. Zona de reunião é um local onde uma tropa se reagrupa ou se preparapara futuras operações. Neste local, ela conduz operações de ressuprimento,manutenção de veículos e equipamentos, alimentação e repouso.

b. Caraterísticas de uma zona de reunião (Z Reu)

- Para que o pelotão possa reconhecer e preparar uma zona de reuniãopara sua Unidade, é necessário conhecer as características principais de uma ZReu, que são:

1) Possuir boa camuflagem para observação aérea;

2) Ser coberta de fogos diretos;

3) Ter um piso que suporte a movimentação das viaturas da Unidade;

4) Possuir boas entradas, saídas e caminhos internos;

5) Oferecer espaço suficiente para a dispersão de viaturas, pessoal eequipamentos; e

6) Possibilitar a defesa e oferecer bons campos de tiro.

4 - 2

4-2. AÇÕES NA Z REU

a. Preparação

1) Reconhecimento

- Recebida a missão de reconhecer uma provável Z Reu, o pelotão irádeslocar-se para o local da maneira mais rápida possível, não se descuidando desua segurança. Ao aproximar-se da distância de alcance do seu armamento, ocomandante de pelotão designará um ou mais grupos para iniciar o reconhecimentode área, verificando a presença ou não de efetivos inimigos ou de obstáculos quepossam prejudicar ou mesmo impedir a ocupação da zona.

2) Uma vez terminado o reconhecimento, um ou mais grupos (dependen-do das dimensões da área) deverão ocupar posições que forneçam segurançapara as atividades seguintes.

b. Determinação da adequabilidade

1) O (s) grupo (s) que não realizam a segurança deverão iniciar um reco-nhecimento pormenorizado, a fim de confirmar ou não se a área comporta a Uni-dade que pretende lá se instalar. Uma Unidade blindada necessita de uma áreacom aproximadamente 1,5 m2.

2) Quando desta verificaçã o, o pelotão deverá preocupar-se em analisaras possíveis rotas de entrada e saída da área, caminhos internos, posições cober-tas e abrigadas para as viaturas e campos de tiro disponíveis.

3) Se houver premência de tempo e o contato com o inimigo for remoto,este passo poderá ser executado junto com o reconhecimento inicial.

c. Organização da área

- Nesta fase, os exploradores deverão marcar e identificar o local dasdiversas frações e mesmo das viaturas. Deverá ter em mente que, quando ocu-pando uma Z Reu, uma tropa adota um sistema de defesa circular. O comandan-te do pelotão deverá, antes de partir para a missão de preparação de uma ZReu, solicitar ao comandante de sua Unidade o nível de organização que eledeseja.

d. Melhoramento e balizamento de entradas, saídas e caminhos internos

1) Uma vez que a organização da área esteja completa, o trecho queliga o ponto de liberação até a entrada da Z Reu, bem como os caminhos inter-nos dentro dela, deverão ser balizados e identificados, utilizando-se inclusivemateriais que possam ser observados à noite (tintas fluorescentes, pequenaslâmpadas etc).

2) A identificação e balizamento destes caminhos deverão ser tais quefacilitem ao máximo o escoamento das viaturas das subunidades, quando dachegada das mesmas.

4 - 3

e. Marcar ou remover obstáculos e minas

1) Preferencialmente, o comandante do pelotão deverá ter alguma indi-cação de atividades recentes ou passadas do inimigo na área em questão. Sehouver a possibilidade de minas no local, equipamentos especiais, ou a presen-ça de engenheiros, deverão ser solicitados.

2) Os obstáculos ou minas que porventura não possam ser removidos,deverão ter seu local identificado e imediatamente informado ao comandante daUnidade.

f. Colocação de guias e balizadores

- O último passo da preparação de uma Z Reu consiste em colocarguias e balizadores nos pontos que, mesmo estando sinalizados, possam apre-sentar alguma dificuldade em sua identificação.

g. Ocupação

- Quando terminada as ações de preparação da Z Reu, o comandantede pelotão deverá informar ao seu comandante que a mesma se encontra pron-ta para ser ocupada. À chegada da Unidade, os exploradores não utilizados namanutenção da segurança deverão auxiliar no direcionamento de cadasubunidade. Todos devem estar em condições de auxiliar a entrada em posiçãodas viaturas de forma a não atrasar a dispersão da Unidade.

h. Atividades

1) Uma área específica para as viaturas e pessoal do pelotão de explo-radores deverá ser ter sido preparada de modo a ser ocupada tão logo a Unida-de assuma as missões de segurança da área.

2) Neste local específico, o comandante de pelotão passará às seguin-tes tarefas:

a) Posicionar seus veículos;

b) Estabelecer a segurança local;

c) Estabelecer contato com as frações vizinhas;

d) Montar um sistema de comunicações entre as viaturas;

e) Iniciar a preparação dos roteiros de tiro, inclusive alvos para Ap Findireto;

f) Camuflar as posições; e

g) Iniciar atividades de manutenção, alimentação e descanso dopelotão.

4 - 4

Fig 4-1. Zona de Reunião de uma Unidade Blindada

ARTIGO II

RECONHECIMENTO E PREPARAÇÃO DE POSIÇÕES DE ATAQUE, DE RE-TARDAMENTO E BASE DE FOGOS

4-3. GENERALIDADES

- O reconhecimento e a preparação de uma posição para instalação de umabase de fogos, de uma posição de ataque ou de retardamento seguirá, basica-mente, a mesma seqüência de uma Zona de Reunião, diferenciando nas caracte-rísticas a serem observadas em cada uma destas posições.

4-4. POSIÇÃO DE ATAQUE (P Atq)

a. Definição

- Posição de ataque é a última posição coberta e abrigada ocupada pe-los elementos atacantes antes de transporem a linha de partida. O Comandante

4 - 5

da SU ou U escolhe a P Atq tão logo o escalão superior tenha definido a linha departida.

b. Características

- Além de proporcionar proteção contra o fogo das armas portáteis eocultação da observação aérea e terrestre, a posição de ataque deve facilitar omovimento até a linha de partida e ter uma área suficientemente grande paracomportar todo o efetivo no dispositivo inicial de ataque previsto pelo seu co-mandante. Como característica particular, deseja-se que a P Atq permita à tropablindada desdobrar-se seus meios sem a necessidade de deter-se no local.

4-5. POSIÇÃO DE RETARDAMENTO (PRtrd)

a. Definição

- Posições de retardamento são escolhidas e ocupadas com a finalida-de de permitir a execução de uma ação retardadora e são escolhidas pelo co-mando executante, observando os seguintes critérios:

1) Linhas de alturas perpendiculares à direção de atuação do inimigo;

2) Obstáculos à frente e nos flancos;

3) Elevações que permitam boas condições de observações e bonscampos de tiro;

4) Itinerários desenfiados para os deslocamentos; e

5) Boa rede de estradas e condições de transitabilidade através docampo.

b. Características

- Os fatores a serem considerados quando do reconhecimento de umaposição de retardamento são:

1) Posições de tiro principal, de muda e suplementar;

2) Observação;

3) Campos de tiro longínquos;

4) Cobertas e abrigos;

5) Possibilidade de oferecer desenfiamento de torre e de couraça; e

6) Itinerários de retraimento.

4-6. BASE DE FOGOS

a. Definição

- Chama-se base de fogos a posição ocupada por uma tropa que rece-be a missão de utilizar suas armas para fixar ou neutralizar a ação do inimigo,tudo com a finalidade de apoiar a progressão dos elementos de manobra (esca-lão de ataque e reserva), proporcionando-lhes maior liberdade de ação.

4 - 6

b. Características

- Uma base fogos deve localizar-se em uma posição que permita o má-ximo da continuidade do apoio às forças de manobra. A posição escolhida devepossuir boas cobertas e campos de tiro e contar com posições de muda paratodas as armas. Em determinadas situações, deve estar apoiada em sólido sis-tema de obstáculos.

ARTIGO III

AJUSTAGEM DE TIRO INDIRETO

4-7. GENERALIDADESa. Os morteiros ou a artilharia em apoio são um dos principais vetores

pelos quais os comandantes de Unidade blindadas podem intervir na dinâmicado combate.

b. Sendo, normalmente, os elementos mais à frente de sua Unidade e, porconseqüência, mais próximos e com grande informações sobre o inimigo, caberámuitas vezes aos exploradores a missão de ajustar o tiro dessas frações.

c. Desta forma, torna-se imperativo o conhecimento por todos os explora-dores das particularidades da correção dos tiros indiretos.

4 - 7

Fig 4-2. Apoio de fogo de armamentos de tiro indireto

4-8. TERMINOLOGIA

a. Missão de Tiro - Ordem preparatória destinada a alertar a Central de Tirode que a mensagem que se seguirá é um pedido de tiro, e prevenir o pessoal dascomunicações de que o pedido requer uma prioridade.

b. Lançamento ou azimute magnético - Ângulo horizontal medido no senti-do dos ponteiros de um relógio, que faz a direção considerada (alvo a ser batido)com a direção do norte da quadrícula (ângulo medido numa carta, fotografiaaérea, ou utilizando um instrumento de medida de ângulos previamente declinado),o observador anunciará - “LANÇAMENTO TANTO”. Se o afastamento angularfor medido a partir do norte magnético, o observador transmitirá - “AZIMUTEMAGNÉTICO TANTO”.

c. Esquerda ou direita tantos metros - Para corrigir o afastamento do alvo aser batido em relação à Linha de Observação (LO).

d. Acima ou abaixo (tantos) metros - Para indicar aproximadamente adiferença de altitude entre o ponto de referência e o alvo.

e. Alongue ou encurte (tantos) metros - Correção referida sobre a LO paraafastar ou aproximar do observador os próximos arrebentamentos.

4 - 8

f. Não observado - Indica que o observador não pode determinar correçõesem função do último tiro ou rajada, apesar de ter visto o arrebentamento ouindícios.

g. Não visto - Significa que o observador não viu o arrebentamento.

h. Erro - Termo introduzido na mensagem de tiro quando o observadorcomete um engano e pretende retirá-lo por meio dos elementos que enviará logoa seguir.

i. Repita direção - Expressão destinada a pedir o próximo tiro na mesmasituação do anterior, em relação à linha de observação.

j. Repita alcance - Pedido de um tiro à mesma distância do anterior.

l. Eficácia - Indica que terminou a ajustagem de um tiro sobre zona ou dedestruição, e que deve ser iniciada a eficácia.

m. Melhora - Substitui o termo eficácia nas regulações, indicando que estáterminada a fase de ensaio e que vai ser iniciada a fase de melhora. Nesta fase,o observador envia somente observações e não corrige o tiro.

n. Cessar fogo - Para interromper o tiro por qualquer motivo.

o. Missão cumprida - Indica que foram obtidos os efeitos desejados noalvo e que o tiro pode ser suspenso.

4-9. EMPREGO DA FÓRMULA DO MILÉSIMO

a. O milésimo (’’’) é a unidade de medida de ângulos utilizada na soluçãodos problemas que surgem durante a ajustagem do tiro curvo. A circunferênciaé dividida em 6400 milésimos (ângulo segundo o qual se vê uma frente de 1metro à distância de 1 quilômetro). Assim, pode-se fazer a transformação demilésimos em metros, multiplicando o número de milésimos pela distância emquilômetros. Por analogia, pode-se determinar a frente de um alvo ou a distânciaque nos separa dele.

b. A fórmula do milésimo tem por expressão N’’’ = f/D, onde N o afastamen-to angular observador em milésimos, f a frente do objeto em metros, e D a distânciaem quilômetros. Esta fórmula pode ser resolvida em relação a qualquer de seuselementos, da forma como se segue (Exemplo):

4 - 9

Fig 4-3. Fórmula do milésimo

1) N’’’ = f/D. ou f = DN’’’. A frente de um objeto visto a 4 quilômetros sobângulo de 15’’’ é 4 x 15 = 60 metros.

2) N’’’’ = f/D. ou D = f/N. A frente conhecida de um objeto ou a distânciaentre dois arrebentamentos sendo de 60 metros, e tendo sido vista no binóculosob o ângulo de 15 milésimos, a distância que nos separa deles é de 60/15 = 4quilômetros.

3) N’’’ = f/D. Sendo de 60 metros a distância entre um ponto de referên-cia e o alvo, e de 4 quilômetros a distância a que se encontra o observador doalvo, o transporte a anunciar será de 60/40 = 15 milésimos.

Fig 4-4. Transporte em direção - Exemplo

4-10. MANEIRA DE ENUNCIAR NÚMEROS

- Os exemplos a seguir mostram a maneira de enunciar, por intermédio dosmeios de comunicações, os números utilizados na ajustagem do tiro.

a. 10 Um - zero

b. 25 Dois - cinco

c. 300 Três - zero - zero

d. 1400 Um - quatro - zero - zero

e. 6000 Meia dúzia - mil

4 - 10

f. 3925 Três - nove - dois - cinco

g. 10000 Um - zero – mil

h. 10300 Um - zero - três - zero - zero.

4-11. ENQUADRAMENTO

- Constitui requisito básico, na ajustagem do tiro curvo, enquadrar o alvoentre arrebentamentos curtos e longos em alcance.

Fig 4-5. Enquadramento do alvo

EXEMPLO - Um arrebentamento se produz na LO, entre o observador e oalvo. O tiro seguinte, executado com o alcance aumentando de 400 metros emrelação ao observador, é observado longo sobre a LO. O alvo está situado emqualquer parte dentro desses 400 metros, que separam os dois tiros consecuti-vos, tendo-se estabelecido, assim, um enquadramento de 400 metros. O obser-vador reduz o enquadramento à metade, enviando uma correção de “ENCURTE200”. Admitindo curto o tiro seguinte, estará o alvo enquadrado por dois tiros, em200 metros. Com outra correção de “ALONGUE 100”, reduzirá ainda oenquadramento a 100 metros. Se obtiver um tiro longo, terá completado a ajus-tagem ou, se estiver efetuando uma regulação, terá terminado a fase de ensaioe enquadrado o alvo dentro de 100 metros. Um enquadramento de 100 é consi-derado satisfatório para a maioria dos alvos, e, a eficácia ou a melhora nasregulações, inicia-se com a redução do enquadramento a 50 metros.

4 - 11

4-12. LANCES EM ALCANCE

a. Lances iniciais - Observado um tiro, salva ou rajada, a primeira correçãoem alcance enviado para a C Tir, deve ter amplitude suficiente para enquadrar oalvo. O valor deste primeiro lance, destinado a obter o enquadramento, dependeda precisão com que foi localizado o alvo, da distância estimada em que seencontra dele o tiro anteriormente observado, medido segundo a LO e da expe-riência do observador.

b. Lances nas proximidades de tropa amiga - O tiro sobre um alvo próximode tropas amigas, deve ser iniciado com elementos seguramente longos emrelação às posições ocupadas pelas tropas amigas. As modificações do alcancedevem ser efetuadas prudentemente, por lances, encurtando o tiro até que seenquadre o alvo ou se obtenha um tiro em bom alcance. O valor do lance, emtais circunstâncias, não deve exceder de 200 metros.

4-13. MENSAGEM INICIAL DO OBSERVADOR

- Ao pedir o tiro, o observador deverá escolher um ponto de ajustagem,que poderá ser um acidente do terreno nas vizinhanças do alvo ou o próprioalvo, se for suficientemente nítido. A linha imaginária que une o observador aoalvo ou ao ponto de ajustagem, é a linha de observação (LO ), e a sua extensãoavaliada, chama-se distância de observação(DO).

Fig 4-6. Observador em posição para corrigir o tiro

4 - 12

4-14. ELEMENTOS DA MENSAGEM

a. Após escolher um ponto de ajustagem e comunicar-se com a C Tir, oobservador enviará a sua mensagem inicial de tiro. Esta incluirá no todo ou emparte, e na seqüência indicada, os elementos adiante discriminados e comenta-dos:

1) Identificação do observador - AQUI SARGENTO FULANO DO PELEXP;

2) Ordem de alerta - MISSÃO DE TIRO;

3) Localização do alvo e lançamento observador-alvo - COORDENA-DAS 5512-8971. LANÇAMENTO 4340;

4) Natureza do alvo - COLUNA DE VIATURAS INIMIGAS ESTACIONA-DA NO BOSQUE;

5) Classificação do tiro - Em geral omitido;

6) Tipo de ajustagem (outras prescrições) - Em geral omitido;

7) Projetil e Ação da Espoleta - Em geral omitido; e

8) Controle - AJUSTAREI.

b. Especificações

1) Identificação do observador - O observador identifica-se para a uni-dade a que está pedindo o tiro.

2) Ordem de alerta - O observador envia a expressão “MISSÃO DETIRO”, para alertar a C Tir. Ela indicará que se seguirá um pedido de tiros etambém dará ao observador prioridade nos canais de comunicações.

3) Lançamento do observador - alvo - O observador mede o lançamentoou azimute da direção do alvo, utilizando uma bússola ou uma carta. Deve medir,também, o lançamento para um ponto de referência ou outro ponto nítido daárea dos alvos. Na mensagem inicial de tiro, o lançamento ou azimute anuncia-do será sempre múltiplo de 10 milésimos. Quando o observador conhece olançamento para o ponto de referência, pode determinar o lançamento para oobjetivo da maneira que se segue:

a) Mede o ângulo, em milésimos, entre o ponto de referência e oalvo.

b) Se o alvo estiver à esquerda do ponto de referência, o ângulomedido deve ser subtraído do lançamento do ponto de referência.

EXEMPLOS: - O lançamento conhecido para o ponto de referênciaé de 970 milésimos. Foi localizado um alvo 80 milésimos à esquerda do pontode referência. O valor do ângulo é subtraído do lançamento para o ponto dereferência, e o lançamento da direção do alvo é 970 - 80 - 890’’’.

4 - 13

- O observador mediu com a bússola o lançamentopara o ponto de referência e achou 4140’’’. Logo após, localiza, com o binóculo,um alvo 200’’’ à direita do ponto de referência. Este ângulo será tomado aolançamento do ponto de referência. O lançamento do alvo será 4140 + 200 =4340’’’.

c) Quando não dispuser de instrumento para medir o lançamento, oobservador poderá estimá-lo. Se ele estiver errado, a C Tir corrigi-lo-á no decursode ajustagem. O lançamento é anunciado na mensagem inicial de tiro, ocasiãoem que deve ser melhor utilizado pelo pessoal de C Tir. Dependendo do modocomo é anunciada a localização do alvo, o lançamento será anunciado da formaque se segue:

- Quando a localização do alvo é dada sob a forma de coordenada,o lançamento é anunciado depois de fornecidas as mesmas.

EXEMPLO: - COORDENADAS 4760 - 5211 - LANÇAMENTO1920.

- Quando o alvo for designado com relação a um ponto jáconhecido, o lançamento é anunciado logo após a designação do ponto ao qualfoi referido.

EXEMPLO: - DO PONTO DE AJUSTAGEM - LANÇAMENTO2450 - DIREITA 250 - ABAIXO 20 - ALONGUE 400.

- Quando o alvo for designado por coordenadas polares, olançamento é anunciado como primeiro elemento para sua localização.

EXEMPLO: - LANÇAMENTO 1870 - DISTÂNCIA 1600 - ABAIXO20.

4) Localização do alvo - A designação do alvo deve ser feita de formacompreensível para a C Tir e para o observador. É utilizado um dos processosque se seguem:

a) Coordenadas retangulares

b) Transporte

(1) Direção

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Fig 4-7. Processo de transporte em direção- Exemplo

2) Altura do alvo

Fig 4-8. Processo de transporte em altura- Exemplo

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c) Localização geográfica

d) Tiro de identificação

5) Natureza do alvo - Entende-se por isso a descrição da instalação inimi-ga, do pessoal, do material ou de atividade observada. Deverá ser breve, massuficiente para indicar à C Tir a importância do alvo e a melhor maneira de batê-lo.

6) Classificação do tiro - O observador dá a proximidade do alvo emrelação às tropas amigas e só é obrigatório na ajustagem do tiro naval. Pode serpróximo (dentro de 600 m) ou afastado (além de 600 m das tropas amigas).Pode tornar-se necessário ao comandante quando outros dados disponíveis(LSAA etc.) não proporcionarem segurança.

7) Tipo de ajustagem e outras prescrições - Numa ajustagem o observa-dor poderá recorrer ao tiro sobre zona ou ao tiro de precisão. No tiro sobre zonao observador omitirá, no seu pedido, a natureza da ajustagem e a C Tirdeterminará a sua execução mediante rajadas de 2 peças. No tiro destruição ouao fazer uma regulação deverá especificá-la, e a C Tir determinará a execuçãodo tiro de precisão empregando uma só peça. Quando em virtude de condiçõesespeciais, o observador tem qualquer exigência particular, deve incluí-la no pedi-do de tiro. Constituem pedidos desta natureza “TODA A BATERIA POR SALVA”OU“DA ESQUERDA, POR SALVA”. O tiro por salva pode ser pedido pelo observadorquando o vento impede a observação das rajadas. Quando a bateria atira porsalva ou da esquerda por salva, as peças disparam sucessivamente com umintervalo de dois segundos, a começar pela peça da direita (esquerda). Isto permitemelhor observação, pois a fumaça e a poeira de um arrebentamento já terão sedissipado quando ocorrer o arrebentamento seguinte. Nesta parte do pedido detiro, o observador poderá mencionar o volume de fogo que deseja na eficácia -“GRUPO NA EFICÁCIA” ou ”TODO FOGO ADICIONAL NA EFICÁCIA”.

8) Projetil e espoleta - O tipo do projetil e a ação da espoleta são geral-mente omitidos e, normalmente, a C Tir prescreve granada explosiva com espo-leta instantânea. Quando o observador quer um projetil ou uma espoleta diferen-te, poderá pedi-la.

9) Controle - O observador poderá designar o modo de controle por umdos processos adiante:

a) Ajustarei - Indicará que o observador está em condições de ajustaro tiro e procederá a ajustagem.

b) Eficácia - Significará que o observador está absolutamente segurode ter localizado o alvo com uma aproximação de 50 metros, ou 100 metros nocaso de alvos considerados fugazes (Bld, Mec por exemplo) e que o tiro pedidoserá eficaz sem qualquer ajustagem. Isto ocorrerá quando já foi efetuadaanteriormente uma ajustagem no alvo; e o observador poderá enviar o comando- “CONCENTRAÇÃO AB201 EFICÁCIA”- pois os elementos de tiro ajustados jásão do conhecimento da C Tir.

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c) Ao meu comando - Expressão utilizada quando o observador desejarque os tiros sejam disparados no momento indicado por ele. Quando recorrer aesse expediente, o observador terá de comandar o “FOGO”, para cada tiro ourajada, após receber, cada vez, a informação da C Tir de “BATERIA PRONTA” ou“GRUPO PRONTO”. A norma permanece em vigor até que o observador libere odesencadeamento do tiro, enviando o “QUANDO PRONTO”.

d) Não posso observar - Expressão usada pelo observador quandonão puder ver o alvo com clareza suficiente para ajustar o tiro, mas acreditahaver um alvo compensador na região designada.

4-15. INFORMAÇÕES DA C Tir PARA O OBSERVADOR

a. Quando decidir bater o alvo, a C Tir fornecerá ao observador, por meiode mensagem-resposta, as informações a seguir.

1) Bateria(s) que atira(m) na eficácia - “Vm ou Vm e Pt; GRUPO”

2) Números de rajadas (volume de fogo) - “POR 4”ou POR 6”etc.

3) Designação de concentração - “CONCENTRAÇÃO AB 101”.

b. Além desses elementos obrigatórios na seqüência correspondente, amensagem-resposta deverá conter todos os elementos que serão executados,diferentemente do solicitado pelo observador ou implícito na mensagem inicial.

c. Quando a missão de tiro não puder ser executada, o observador seránotificado dessa circunstâncias pela expressão - “NÃO ATIRAREI”. Caso a C Tirpretenda executá-la em curto prazo, transmitirá - “AGUARDE”.

d. A C Tir informa ao observador - “BATERIA (CENTRO, PEÇA) ATIROU”-após cada tiro, salva ou rajada durante a ajustagem. Quando cada bateria iniciara eficácia, a C Tir também informará - “VERMELHA (PRETA, AZUL) NA EFICÁ-CIA”. Terminada a eficácia, a C Tir informará ao observador - “VERMELHA (PRE-TA, AZUL) ATIROU”. As baterias de um grupo são habitualmente designadas porcores; a primeira bateria é vermelha, a segunda preta e a terceira azul. Após aeficácia, o observador informará o resultado do tiro.

e. Para poupar esforços desnecessários, o observador pode pedir à C Tir aduração do trajeto, a C Tir transmitirá: “DURAÇÃO DO TRAJETO (TANTOS)SEGUNDO”- e alertará o observador 5 segundos antes do arrebentamento decada tiro, salva ou rajada, enviando: “ATENÇÃO”. Quando a duração do trajeto égrande, a C Tir transmitirá o comando de - “DURAÇÃO DO TRAJETO” e“ATENÇÃO”- independentemente de pedido. Este procedimento será normalno tiro com materiais médicos ou pesados, ou quando se empregar o tiro verti-cal.

4 - 17

4-16. ELABORAÇÃO DAS MENSAGENS SUBSEQÜENTES

a. Seqüência - As mensagens subseqüentes são constituídas das correçõesrelativas a qualquer elemento de tiro, remetidas depois de iniciadas a ajustagem.O observador enviará a C Tir às correções que deverão ser aplicadas ao tiroseguinte. As correções serão transmitidas na ordem que se segue.

1) Lançamento da LO;

2) Desvio (correção da direção);

3) Altura de arrebentamento;

4) Trajetória;

5) Métodos de tiro;

6) Outras prescrições (feixe, correções especiais etc);

7) Granada;

8) Espoleta;

9) Controle; e

10) Alcance.

EXEMPLOS:

- Correção do desvio - Quando houver necessidade de correção, o obser-vador enviará à C Tir, no sentido contrário ao da observação. Quando não hou-ver correção a fazer repetirá a direção.

EXEMPLOS - Observação Correção

20 ESQUERDA DIREITA 20

70 DIREITA ESQUERDA 70

BOA DIREÇÃO REPITA DIREÇÀO

- Correção de altura de arrebentamento - O observador envia-a à C Tir,quando for o caso, sob a forma de comandos “ABAIXO” ou “ACIMA”.

EXEMPLOS - Observação Correção

25 metros acima ABAIXO 25

40 metros abaixo ACIMA 40

- Alteração de trajetória - O observador poderá pedir alteração na trajetóriadurante uma ajustagem com tiro mergulhante, quando se tornar claro que seránecessário o tiro vertical; e durante uma ajustagem com tiro vertical, quando setornar claro que não mais será necessário esse tipo de trajetória.

- Alteração no tipo de granada - É pedida para modificar os efeitos. Após otiro inicial com explosiva, o observador poderá solicitar fumígena, caso o

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arrebentamento não tenha sido visto.

- Alteração na espoleta - É pedida para modificar os efeitos do tiro.

EXEMPLO - Após realizar uma ajustagem com espoleta retardo (ER), paraobter ricochete, o observador poderá pedir espoleta instantânea (EI), antes deiniciar a eficácia.

- Alteração do controle - É pedido quando será necessária a modificaçãodesse elemento.

EXEMPLO - Cessado o motivo de atirar “A MEU COMANDO”, poderá pe-dir, “QUANDO PRONTO”, para aumentar a rapidez da ajustagem, e a iniciativado tiro volta a ser da C Tir.

- Correção de alcance - O observador enviará à C Tir o comando de -´ALONGUE (TANTOS METROS)” - quando desejar colocar os arrebentamentossubseqüentes para mais longe de si, ao longo da LO ou paralelamente a ela. Emcaso contrário enviará - “ENCURTE (TANTOS METROS)”. Se não desejaralteração no alcance enviará - “REPITA ALCANCE”.

- Mensagem de fim da ajustagem - Ao término da fase de ajustagem, sãoutilizados os termos melhora e eficácia, respectivamente, para as regulações edemais tiros.

EXEMPLOS - REPITA DIREÇÃO - MELHORA - REPITA ALCANCE

- DIREITA 20 - EFICÁCIA - ENCURTE 50.

Obs: Correção de erros.

- Na mensagem inicial de tiro - Quando o observador, já tendo enviado amensagem inicial de tiro, verificar que errou um dos elementos, transmite o co-mando de - “ERRO”- e repete, a seguir, apenas o elemento em questão conveni-entemente retificado. Os demais elementos da mensagem não necessitam serrepetidos. Se por inadvertência, o observador omitir qualquer parte do pedido,transmitirá o elemento omitido à C Tir em mensagem à parte, sem precisar repetirtoda a mensagem inicial.

- Nas correções subseqüentes - Quando o observador envia uma correçãoerrada durante a ajustagem, corrige-a transmitindo o comando de “ERRO” e,repetindo a seguir, a mensagem inteira corrigida. O observador transmitiu ocomando “ESQUERDA 200 - ALONGUE 400” e, quer retificar o “ALONGUE 400”para ´ENCURTE 400”; deverá corrigir enviando o comando de “ERRO - ES-QUERDA 200 - ENCURTE 400”. A palavra “erro” anula toda a transmissão originalem que o engano ocorreu.

Obs: Mais detalhes sobre ajustagem do tiro podem ser verificados no Ma-nual de Campanha C 6-135 - Ajustagem do tiro pelo combatente de qualquerarma.

4 - 19

ARTIGO IV

ESCOLTA DE COMBOIOS

4-17. GENERALIDADES

a. O pelotão de exploradores conduzirá, normalmente, uma missão de es-colta de comboios para proteger as viaturas de apoio que realizam atividadeslogísticas. Cabe destacar que o reduzido efetivo e a natureza dos meios do PelExp condicionam fortemente a decisão do Cmt FT Bld, quando do estudo desituação, com relação ao emprego do Pel nesta missão e, também, na composi-ção do comboio e seleção do itinerário.

b. Uma emboscada cuidadosamente planejada é difícil de enfrentar e ge-ralmente dá ao Ini oportunidade de saquear e destruir nossos suprimentos e/oucausar pesadas baixas às nossas tropas.

c. Cada Cmt de comboio DEVE prever a possibilidade de ser emboscadoe preparar as contramedidas necessárias para fazer frente ao problema, sejadesencorajando o Ini, seja reagindo para tornar mínimas as perdas.

4-18. COMANDO

- É essencial um comando único dentro da escolta, sendo ideal que seja omesmo para a escolta e o comboio.

4-19. PLANEJAMENTO

a. No planejamento e na conseqüente ordem de operações a ser divulgadaao pelotão, deverão constar, pelo menos, os seguintes itens:

1) Ordem de marcha;

2) Ações durante o contato;

3) Cadeia de comando;

4) Ligações e comunicações;

5) Procedimentos com viaturas com pane;

6) Procedimentos durante os altos; e

7) Itinerário da marcha (distribuir um esboço para cada chefe de viatu-ra).

4-20. DISPOSITIVO DE MARCHA

- O dispositivo deverá sempre buscar a colocação de duas viaturas (Gru-po) à frente e à retaguarda de cada Unidade de Marcha (UM). O Gp de comando

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deve buscar uma posição central para facilitar o comando e controle da escolta.

Fig 4-9. Dispositivo da escolta

4-21. COMUNICAÇÕES

- Um eficiente e seguro sistema de comunicações entre os Elm do com-boio, escolta, postos de segurança e força de reação é imprescindível. Todos osmeios de Com devem ser previstos em caso de falha nos rádios (sinalizaçãoótica e acústica, mensageiros etc..)

4-22. FORÇA DE REAÇÃO

a. Deve ser previsto, sempre que possível, uma força de reação, localiza-da numa parte central do eixo. Caso não a receba do Esc Sup, o próprio coman-do da escolta poderá organizar ou ser a sua força de reação.

b. Esta força deve ser preparada em detalhes, contra qualquer ação Ini. Ocomando e o controle, tanto da força de reação como da escolta, deve caber aomesmo Elm que se deslocar junto a esta.

4-23. MEDIDAS DE PROTEÇÃO

a. Medidas de dissimulação – visam negar informações precisas ao Ini, jáque a falta de informes cria um clima de insegurança e desencoraja a realizaçãode emboscadas. Vejamos algumas delas:

1) Máximo cuidado sobre o sigilo do deslocamento de viaturas;

2) Deixar transpirar falsas informações;

3) Variar a formação das UM;

4) Dar uma falsa impressão de força ou fraqueza.

Exemplo: Escolta poderosa no início do deslocamento que abandona ocomboio durante o Itn, deixando uma escolta mais fraca protegê-lo até o destino.

5) Simular a presença de armas automáticas nas Vtr de suprimento;

6) Variar, continuamente, as medidas de segurança; e

7) Conhecer as informações precisas sobre as atividades do Ini.

b. Outras medidas práticas

1) Os toldos e cajados das Vtr das UM devem ser retirados e as tampastraseiras devem ser presas na posição horizontal;

4 - 21

2) Os faróis devem ser desligados nos deslocamentos noturnos;

3) Todos os homens devem saber como agir em caso de emboscada,sentando no assoalho da Vtr e voltados para fora ECD atirar;

4) As mochilas e os sacos individuais devem ser acondicionados sob osbancos das Vtr para que não dificultem o desembarque; e

5) Nos locais de prováveis emboscadas poderá ser mantido fogo contí-nuo sobre os flancos mediante ordem (Mdt O) do comando comboio (e da escol-ta), até que a área tenha sido ultrapassada.

c. Organização da UM

1) Designar vigias para cada Vtr, a fim de operar as armas automáticas(se houver) e lançar granadas fumígenas e defensivas.

2) Manter ligação rádio entre todos os elementos.

4-24. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

a. Linhas de controle.

b. Pontos de controle.

c. Distância mínima entre Vtr.

d. Sinais convencionados.

4-25. CONDUTA EM CASO DE EMBOSCADA

a. As Vtr surpreendidas dentro da zona de destruição ou zona de matardeverão, imediatamente, abandoná-las, avançando para a frente.

b. As Vtr que não tenham atingido a zona de destruição farão alto, até queo eixo seja liberado. O alto deve ser feito fora da estrada para não dificultar oemprego da escolta.

c. As frações da escolta que tiverem ultrapassado a zona de destruição ouque não a tenham atingido deverão atacar os elementos da emboscada, procu-rando cortar as vias de retraimento do Ini e atacando violentamente os flancosda posição Ini.

d. Durante o contato, toda a potência de fogo deve ser dirigida contra aforça de emboscada.

e. A força de reação, sob o comando direto do Cmt da escolta, é emprega-da contra os flancos e retaguarda da posição de emboscada. Após ter sidorecalcada toda a força de emboscada, pequenos destacamentos de segurançadeverão ser posicionados para cobrir a reorganização do comboio. O Cmt docomboio relata o ocorrido ao Esc Sup.

4 - 22

f. Ini, porventura capturados, deverão ser interrogados sobre a localizaçãoda Z Reu. (onde sua tropa deveria reunir-se posteriormente).

g. Se houver tempo e efeito disponível, Patr com a missão de interrogar oscivis moradores da área da emboscada poderão ser enviadas.

h. Caso faça parte do comboio uma tropa motorizada sua ação poderá,em princípio, ser a seguinte:

1) Cada Vtr terá seus vigias, se possível com armas automáticas egranadas fumígenas e defensivas;

2) No momento em que for desencadeada a emboscada, os vigias farãofogo cerrado juntamente com os demais ocupantes da Vtr, sobre as prováveisposições Ini, além de lançarem as granadas de que dispõem;

3) Os motoristas devem acelerar as Vtr para tentar abandonar a zona dedestruição. Qualquer mobilização da viatura momentaneamente ou não, deverácorresponder ao sinal para que seus ocupantes desembarquem e partam numataque frontal às posições inimigas. Cabe aos vigias apoiarem este desembarque;e

4) Caso a Vtr consiga abandonar a zona de destruição ou se encontrefora da mesma por ocasião da emboscada seus ocupantes devem desembarcarimediatamente e realizar ataques ao flanco ou a retaguarda da posição inimiga.

4 - 23

Fig 4-10. Reação a uma emboscada

ARTIGO V

SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES

4-26. GENERALIDADES

- O Pel Exp pode ser empregado para proteger uma instalação da Área deRetaguarda (A Rg), tal como uma instalação de suprimentos. O Cmt FT Blddeverá ter em mente, ao selecionar a instalação a proteger, o reduzido efetivo doPel Exp, particularmente quando a missão transcorrer por longos períodos detempo.

4-27. CONDUTA

a. O dispositivo a ser empregado é semelhante ao de uma defesa circular.

b. O Cmt Pel assegura o alerta contra a aproximação do inimigo peloestabelecimento de um sistema de PO em torno da instalação e contínuopatrulhamento.

c. Caso possível, o que usualmente não ocorrerá, deverá ser mantida umareserva, em posição central, para proteger a instalação. Esta reserva normal-mente será constituída pelo grupo de comando que, desta posição central, teráfacilidade no controle das ações do pelotão. Caso seja necessário, deverá serfeito contato com o comando da Unidade para que o pelotão seja reforçado comcarros ou fuzileiros, a fim de suprir as eventuais necessidades de pessoal ou, sefor o caso, aumentar a força de reserva.

d. Patrulhas a pé entre os postos de observação poderão ser planejadascaso existam obstáculos que impeçam o contato visual entre os PO.

e. O armamento automático, bem como os lança-rojões deverá serposicionados de acordo com a possibilidade de atuação do inimigo.

4 - 24

Fig 4-11. Segurança de instalações

ARTIGO VI

PATRULHAS

4-28. GENERALIDADES

a. Patrulha é uma força de pequeno efetivo destacada para cumprir missõesde reconhecimento, de combate ou da combinação de ambas.

b. A missão de reconhecimento é caracterizada pela ação ou operação militarcom o propósito de confirmar ou buscar informes sobre o inimigo, o terreno ououtros aspectos de interesse em determinado ponto, itinerário ou área. Normal-mente, deve evitar engajamento com o inimigo.

c. A missão de combate é caracterizada pela ação ou operação militar, deobjetivo restrito, destinada a hostilizar, destruir e/ou capturar pessoal, equipa-mento e/ou instalações Ini, em proveito da Seg ou da Man de tropas amigas.

d. O pelotão de exploradores poderá cumprir missões de patrulha tantoembarcado quanto desembarcado.

e. As descrições abaixo referem-se aos conceitos básicos de patrulhas,sendo que, uma vez recebida a missão de realização deste tipo de missão, sefaz necessário consultar o manual C21-75 PATRULHAS, a fim de aprofundar osconhecimentos sobre o tema.

4 - 25

4-29. CLASSIFICAÇÃO

a. Quanto a finalidade da missão

1) Patrulha de reconhecimento – Tem por finalidade confirmar ou bus-car informes. Somente combate pela sobrevivência. O sigilo é essencial durantetoda a missão e, em particular, na área do objetivo. São missões típicas de umapatrulha de reconhecimento as que se seguem.

a) Reconhecimento de um ponto – É o reconhecimento de umobjetivo específico, podendo incluir a própria descoberta desse ponto, que tenhadado origem à missão.

b) Reconhecimento de área – É a busca de informes no interior dedeterminada área ou a própria delimitação de uma área com característicasespecíficas. O reconhecimento pelo fogo é uma técnica que poderá serempregada no cumprimento desta missão.

c) Reconhecimento de itinerários – É a busca de informes sobreum ou vários itinerários ou sobre a atividade do inimigo no (s) mesmo (s).

d) Observação – É a vigilância contínua de um local ou de umaatividade permanente. As patrulhas com missão de vigilância são de efetivosreduzidos e que, através da ligação rádio, mantêm constantemente informado oescalão que as lançou.

2) Patrulha de combate – Destina-se a proporcionar segurança, destruirou capturar pessoal, equipamentos e instalações inimigas. Cumpre sua missãorealizando algum tipo de ação em força. São missões típicas de uma patrulha decombate as abaixo específicas.

a) Reconhecimento em força – É a ação, normalmente, realizadapor uma patrulha de valor considerável, para localizar a posição de uma forçainimiga e testar o seu poder. A potência de fogo, a mobilidade e as comunicaçõessão fatores importantes na execução deste tipo de missão.

b) Incursão

(1) É a operação que envolve uma penetração de surpresa emárea sob controle do inimigo, com uma finalidade específica, terminando comuma retirada planejada.

(2) Uma patrulha realiza uma incursão com a finalidade decapturar pessoal e/ou material inimigo, eliminar pessoal inimigo específico,destruir material e/ou instalações inimigas, resgatar prisioneiros e/ou reféns, ouainda, confundir ou inquietar o inimigo.

(3) É a missão de maior envergadura e efetivo

c) Inquietação – É a ação destinada a causar baixas, perturbar odescanso, dificultar o movimento e/ou obter outros efeitos sobre o inimigo, com

4 - 26

a finalidade de abater-lhe o moral.

d) Oportunidade – Consiste no lançamento da patrulha emdeterminada área, com a finalidade de destruir alvos compensadores que venhamsurgir.

e) Emboscada – É o ataque de surpresa, partindo de posiçõescobertas, contra um alvo em movimento ou momentaneamente parado.

f) Captura de prisioneiros ou material – É a ação contra instalaçõesou forças inimigas, com a finalidade de obter prisioneiros ou material.

g) Ocupação – É a missão limitada, em que a patrulha ocupa umaposição, defendida ou não pelo inimigo, durante um curto período de tempo,após o que retrai, sendo substituída, reforçada ou ultrapassada por outra forçaamiga.

h) Suprimento

1) Uma patrulha de efetivo variável, dependendo do tipo equantidade de suprimento, pode receber a missão de ressuprir tropas amigasdestacadas.

2) É empregada para reforçar ou seguir uma patrulha de longoalcance.

i) Contato – Visa estabelecer ou manter o contato com a tropa amigaou inimiga, de forma física, visual ou por meio rádio.

j) Segurança – São as missões definidas pelo termo genérico“patrulhar”. Tem por finalidade: cobrir flancos, áreas ou itinerários, evitar que oinimigo se infiltre em determinado setor ou realize um ataque de surpresas,localizar ou destruir elementos que se tenham infiltrado ou proteger tropa amigaem deslocamento.

l) Destruição – A finalidade deste tipo de patrulha é destruir o material,equipamento e/ou instalações inimigas.

m) Eliminação – A finalidade deste tipo de patrulha é eliminar homensou grupos de homens inimigos.

n) Resgate – É a missão de liberar o pessoal amigo preso peloinimigo.

4 - 27

Fig 4-12. Preparação para uma patrulha

4-30. ORGANIZAÇÃO GERAL DA PATRULHA

a. Fundamentos

1) A organização de uma patrulha varia com a missão, o terreno e oinimigo.

2) Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) escalões: um vol-tado para o cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalão deassalto) e o outro para segurança da patrulha (escalão de segurança). Cadaescalão é formado por um ou mais grupos, conforme decisão do comandante dapatrulha que também define seus efetivos.

3) A coordenação dos escalões é responsabilidade do comandante dapatrulha, que poderá contar com alguns auxiliares, constituindo o grupo de co-mando.

4) Peculiaridades do grupo de comando

a) Poderá se constituir somente no comandante da patrulha, o queserá o ideal, pois permite um menor efetivo da patrulha. Isto ocorre quando hápossibilidade dos homens dos escalões executarem, acumulativamente, asatribuições do grupo de comando.

4 - 28

b) O subcomandante da patrulha pode ter esta única função,integrando o grupo de comando ou, o mais normal, comandar um dos escalões.

5) Alguns homens podem receber atribuições específicas durante a pre-paração e/ou deslocamento, não pertencendo portanto ao grupo de comando.Essas atribuições, desempenhadas acumulativamente com as demais, são, entreoutras, as que as seguem:

a) Gerente – É o elemento encarregado do material e suprimentos.Deve providenciar este material e os suprimentos necessários, de acordo com arelação do comandante da patrulha e distribui-los, mantendo o controle, de modoque a patrulha esteja aprestada na hora da Ordem à Patrulha. No regresso damissão, recolhe o material distribuído e apresenta ao comandante as alterações.

b) Equipe de navegação – Auxilia o comandante da patrulha naorientação e navegação. Podem ser escalados, de acordo com a necessidade,elementos nas funções de: homem-bússola, homem-carta, homem-ponto ehomem-passo que desempenharão suas funções conforme descrito na IP 72-25SOBREVIVÊNCIA NA SELVA. O homem-carta, normalmente, é quem prepara ocaixão de areia ou similar, a ser utilizado na Ordem à Patrulha.

6) Considerações gerais

a) Escalão de segurança

(1) Missão

(a) Proteger a patrulha durante o deslocamento;

(b) Guardar os “pontos de reunião”;

(c) Alertar, oportunamente, sobre a aproximação do inimigo;e

(d) Proteger o escalão de reconhecimento ou escalão deassalto, durante a ação no objetivo.

(2) Organização

(a) Em um ou mais grupos de segurança, em função do efetivoda patrulha, da natureza da missão e do terreno.

(b) Havendo um desmembramento da patrulha, a segurança,normalmente, fica a cargo das frações. Exemplo: patrulha de reconhecimentode uma área extensa, que se desmembra em vários grupos de reconhecimentoe segurança (Gp Rec Seg)

b) Escalão de reconhecimento

(1) Missão – Reconhecer o objetivo e/ou manter vigilância sobreele.

4 - 29

(2) Organização – Em um ou mais grupos de reconhecimento,em função da missão e do terreno.

c) Escalão de assalto

(1) Missão – Definida pela missão específica da patrulha decombate.

(2) Organização

(a) Organiza-se em grupo (s) de assalto, grupo (s) de tarefa(s) essencial (is) e grupo de tarefa (s) complementar (es).

(b) O grupo de assalto tem por atribuição garantir ocumprimento da tarefa essencial, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado,de modo a proteger o (s) grupo (s) que executam (m) essa tarefa.

(c) As tarefas essenciais são executadas pelos grupos querealizam as ações impostas pela missão.

(d) As tarefas complementares são executadas pelos gruposque realizam as ações deduzidas pelo comandante da patrulha, para ocumprimento da missão.

d) Eventualmente, pode haver um escalão de apoio de fogo naspatrulhas de combate, quando o número de armas coletivas ou a descentralizaçãodo seu emprego, assim o recomendar.

ARTIGO VII

PONTO DE LIGAÇÃO

4-31. GENERALIDADES

- O Pel Exp é a fração mais habilitada, em uma Unidade blindada, a efetivaros contatos previstos nos pontos de ligação.

4-32. CONDUTA

a. Quando designado para cumprir uma missão de estabelecer contato emum ponto de ligação, ao Cmt Pel caberá decidir o efetivo necessário à mesma.

b. Normalmente, um grupo será suficiente para estabelecer uma ligação,podendo, em alguns casos, restringir-se a apenas uma viatura.

c. A equipe designada para a ligação deverá ser informada do local (coor-denadas e croqui), senha e sinais de reconhecimento, freqüências rádio ecodinomes, normas de aproximação, tipos de viaturas da tropa amiga e sinaisvisuais de identificação das mesmas além do horário provável para efetivação

4 - 30

da ligação. Deverá, também, receber os materiais que se desejam serem passa-dos à tropa vizinha.

d. O efetivo que realizará a ligação deve se deslocar até o ponto determi-nado em formações e técnicas que lhe garantam rapidez e segurança.

e. Ao aproximar-se a uma distância que lhe dê proteção contra fogos diretose permita a observação, o grupo deverá deter-se e iniciar um reconhecimentovisual da área prevista para a ligação.

Fig 4-13. Observação de um P Lig antes do contato

f. Com o equipamento rádio iniciará os contatos, visando confirmar a apro-ximação e a confirmação da tropa amiga.

g. Uma vez confirmada a autenticidade das mensagens, o efetivo deverádirigir-se para o ponto de ligação, tendo o cuidado e confirmar visualmente ascaracterísticas da tropa com a qual irá se ligar.

h. O contato físico, confirmará, mediante troca de senhas e sinais de reco-nhecimento, que se trata da tropa autorizada para a realização do contato.

i. A seguir, informará ao Cmt Pel o estabelecimento da ligação e aguardarádeste as informações que a Unidade deseja transmitir a tropa amiga.

j. Da mesma forma, manterá contato permanente com o seu comandantepara transmitir via rádio as informações que possam ser efetivadas por aquelemeio ou, então, conduzir os materiais que porventura tenha recebido da tropavizinha.

l. O grupo deverá permanecer no ponto de ligação até receber ordem paradesfazer o contato.

4 - 31

ARTIGO VIII

CONTROLE DE ESTRADAS

4-33. GENERALIDADES

a. O pelotão de exploradores possui condições de mobiliar e atuar emPontos de Bloqueio e Controle de Estrada (PBCE), isolado ou reforçado poroutros elementos.

b. Um PBCE será instalado por determinação do comando da Unidade,com a finalidade de cumprir uma ou mais das seguintes missões:

1) Controlar o movimento ao longo de um eixo específico;

2) Realizar um monitoramento contínuo do movimento em uma estra-da;

3) Deter veículos e/ou pessoal suspeito;

4) Prevenir a evasão de material controlado;

5) Impedir a entrada de civis ou militares não autorizados em uma áreaespecífica;

6) Inspecionar veículos e pessoal com relação ao transporte de armas,munição e explosivos; e

7) Assegurar o uso correto dos eixos pelo tráfego civil e militar.

4-34. PLANEJAMENTO

a. Um PBCE será, normalmente, montado próximo a uma cidade ou umainstalação e para que tenha sucesso deverá atuar no eixo principal que deman-da a estas áreas. Poderá também ser montado sobre pontos sensíveis de umeixo (pontes, desfiladeiros etc), a fim de cooperar na segurança do fluxo desuprimento da Unidade ou Esc Sp.

b. A disposição das instalações do PBCE e o nível de preparação desteponto dependerão da quantidade de tráfego esperado e da duração da opera-ção. Independente do tipo, todos os PBCE deverão possuir as seguintes instala-ções:

1) Barreiras;

2) Áreas de inspeção;

3) Posições de tiro e de segurança; e

4) Área de apreensão.

c. O pelotão de exploradores deverá ser dividido em quatro forças:

1) Comando;

2) Força de segurança;

4 - 32

3) Equipe de inspeção; e

4) Equipe de sentinelas.

4-35. BARREIRAS

a. Um PBCE é montado colocando-se duas linhas paralelas de barreirascada qual com um intervalo. Estas barreiras devem ser suficientemente gran-des e profundas para impedir que uma viatura consiga desviá-las ou derrubá-las. A distância entre essas barreiras deve ser tal que obrigue que o desloca-mento entre elas seja executado em baixa velocidade.

b. Uma barreira de toras e tonéis deve ser colocada entre as duas barrei-ras principais com objetivo de controlar o movimento da área de inspeção até asaída do PBCE.

4-36. ÁREAS DE INSPEÇÃO

- Quando da montagem das áreas de inspeção, deverão ser previstos pelomenos três tipos de locais: veículos, mulheres e pessoal que necessitem interro-gatório detalhado.

4-37. POSIÇÕES DE TIRO E DE SEGURANÇA

a. As metralhadoras e as viaturas deverão ser posicionadas de modo queas primeiras possam bater preferencialmente entradas e saídas do PBCE e asoutras tenham facilidade para rapidamente alcançar o eixo e partir para umaperseguição, se for o caso.

b. Desta forma, um grupo deverá posicionar suas metralhadoras,desembarcadas, na entrada do Ponto. Outro grupo irá se posicionar na saída,com o mesmo dispositivo. O grupo de comando permanecerá em posição eleva-da e central em condições de controlar as atividades e servir de força de perse-guição.

c. Junto ao atirador da metralhadora deverá estar um explorador armadocom o lança-rojão, o qual também exercerá a função de municiador da MAG. Osdemais membros do grupo atuarão nas equipes de sentinela ou de inspeção.

4-38. ÁREA DE APREENSÃO

- Uma área de apreensão será montada tanto na entrada quanto na saídado Ponto e terá como objetivo guardar as viaturas não liberadas. Normalmente,esta área ficará distante cerca de 100 a 200 m do início do Ponto e deveráencontrar-se na linha de tiro das metralhadoras.

4 - 33

Fig 4-14. Instalações de um PBCE

4-39. FORÇAS

a. Comando

- Será constituído, normalmente, pelo Cmt Pel e um rádio-operador eserá posicionado num local que lhe permita controlar todas as atividades.

b. Força de Segurança

- Os atiradores de metralhadoras e seus auxiliares (com lança-rojões)deverão compor as forças de segurança do PBCE.

c. Equipe de Inspeção e Sentinelas

1) Os demais elementos do pelotão deverão ser divididos entre as fun-ções de inspeção (e interrogatório) e sentinelas.

2) Estes últimos terão a finalidade de proteger o material apreendido efazer a guarda do pessoal detido, além de proporcionar segurança aproximadaaos inspecionadores.

4-40. CONDUTA

a. À aproximação de uma viatura, o sentinela da entrada deverá sinalizarpara que a mesma se dirija e pare no local de inspeção. A seguir, a equipedesignada procederá à verificação da viatura e do pessoal nela existente, utili-zando espelhos, cães, e qualquer outro material considerado necessário.

b. Mulheres e elementos considerados suspeitos deverão ser encaminha-dos aos locais apropriados para isto (áreas 4 e 3).

A - 1

ANEXO A

PLANEJAMENTO DE MISSÕES

A-1. NORMAS DE COMANDO

a. Recebimento de missão

b. Planejar o aproveitamento do tempo

c. Emitir a ordem preparatória

d. Estudar a situação

e. Reconhecer

f. Completar o estudo detalhado

g. Emitir a ordem ao pelotão

h. Inspecionar e supervisionar

A-2. RECEBIMENTO DA MISSÃO

a. Assegurar-se da perfeita compreensão da missão (Anotar os dados mais importantes)

b. Informar-se sobre:

1) Terreno

2) Cartas e fotos aéreas (pedir)

3) Trafegabilidade, vias de acesso e obstáculos

c. Inimigo

A - 2

1) Natureza, valor moral etc

2) Ação que está realizando no momento

3) Possibilidades

4) Armas AC

5) Posições conhecidas

d. Meios

1) Elementos em reforço

2) Apoio de fogo disponível

3) Como e onde se processará: reabastecimento, ressuprimento, eva-cuação

e. Coordenar com elementos vizinhos

A-3. ORDEM PREPARATÓRIA

a. Situação

- Breve explanação sobre as forças amigas e inimigas

b. Missão

- A recebida do escalão superior

c. Administração e logística

- Quadro horário ( no que interessar ao pelotão)

d. Adjunto (encarregado dos preparativos)

1) Manutenção

a) Executar a manutenção de 1º escalão nos carros e armamentos

b) Ligar motores

2) Suprimento

a) Plenar reservatórios de combustível

b) Remuniciar

- Determinar o tipo e a quantidade de Mun necessária (de acordocom a missão e o inimigo)

c) Completar a dotação de material

(1) Acessórios e sobressalentes do armamento

A - 3

(2) Lâmpadas e fusíveis

(3) Ferramental

3) Ração

4) Regular a aparelhagem de pontaria

5) Equipar as viaturas

6) Testar os equipamentos de comunicações

- Sintonizar freqüências

A-4. ESTUDO DE SITUAÇÃO

a. Missão

1) Enunciado

2) Objetivos a atingir

a) Horários

3) Ações a executar (da partida ao objetivo)

b. Situação e linhas de ação

1) Condições meteorológicas

a) ICMN, FCVN, lua, chuvas, neblina, temperatura, gradiente,ventos.

2) Terreno

a) Observação e campos de tiros

b) Cobertas e abrigos

c) Obstáculos e acidentes capitais

d) Vias de acesso

3) Situação do Ini e pelotão

4) Possibilidades do inimigo

5) Linhas de ação

- Análise da linhas de ação

A - 4

- Vantagens e desvantagens de cada uma

6) Decisão (QUEM – O QUE – QUANDO – ONDE – COMO – PARA -QUÊ)

A-5. ORDEM AO PELOTÃO

a. Situação

1) Forças inimigas

a) Dispositivo, natureza, valor, armamento etc

2) Forças amigas

a) Missão do escalão superior

b) Ligação com as forças vizinhas

c) Missão e vias de acesso dos outros pelotões

d) Apoio de fogo e reforços disponíveis

3) Terreno e condições meteorológicas

a) Características do terreno

(1) Trafegabilidade

(2) Condições do tempo

(3) Meios recebidos e retirados

b. Missão

1) Retirada do escalão superior

c. Execução

1) Conceito da operação

a) Como será cumprida a missão

2) Execução

a) Medidas de coordenação e controle

b) Formações e técnicas de movimentos

c) Observação e busca de alvos

- Setores de observações individuais e dos carros

d) Posições de tiro a serem ocupadas (se for o caso)

e) Contato com o inimigo

A - 5

(1) Ações a realizar

(2) Distribuição e volume de fogo

(3) Engajamento de alvos isolados

(4) Defesa contra aviação

- observação e ações a executar

d. Logística

1) Suprimentos

2) Transporte

3) Saúde

4) Pessoal

e. Comando e Comunicações

1) Rede rádio do pelotão e da SU

a) Indicativos e freqüências

b) Procedimentos quanto às interferências

c) Códigos e autenticações

2) Extratos e mudanças das IECom

3) Prescrições quanto ao uso do rádio

a) Regime

b) Abertura da rede

4) Sinais a braços, bandeirolas ou lanternas

5) Senha e contra-senha

6) Cadeia de comando

7) Controle

B - 1

ANEXO B

OPERAÇÕES DE RECONHECIMENTO

B-1. MISSÕES

- As missões devem ser específicas. Elas devem conter QUEM, O QUE,ONDE E QUANDO (algumas vezes COMO e POR QUÊ)

B-2. INSTRUÇÕES

- As instruções sobre reconhecimento podem incluir, em complemento àmissão e aos elementos essenciais de informações, os aspectos a seguir enu-merados.

a. Hora de partida;

b. Zona, região e itinerário;

c. Objetivo e hora que o mesmo deve ser atingido;

d. Duração provável da missão;

e. Linhas de coordenação e hora em que as mesmas devem seralcançadas;

f. Instruções relativas às outras unidades de reconhecimento que operemà frente e nos flancos;

g. Instruções relativas às comunicações com as unidades amigas, inclusi-ve com a aviação.

h. Instruções para transmissão dos informes, tempo e local para ondedevem ser enviadas.

i. Missão, hora de partida, itinerários e objetivos principais do grosso.

B - 2

B-3. RELATÓRIO DE RECONHECIMENTO

a. Informações sobre o inimigo

- As informações relativas ao inimigo, em princípio, devem responder osaspectos a seguir enumerados, naquilo que for o caso.

1) Localização

a) Qual a posição geral do inimigo?

b) Estará, ou não, o inimigo em determinada zona?

b. Composição

1) Dispõe o inimigo de blindados, infantaria, canhões anticarro e armasautomáticas?

2) Qual o seu efetivo em pessoal, blindados, armas e equipamentos?

c. Dispositivo

1) Qual a frente e a profundidade de sua posição?

2) Como estão dispostos seus carros, armas e pessoal?

d. Identificação

1) Qual a designação de sua unidade?

2) Dispõe de tropas veteranas ou mal preparadas?

e. Atitude

1) Encontra-se na ofensiva ou defensiva?

2) Mostra-se agressivo ou passivo?

f. Moral

1) Tem demonstrado vontade de combater?

2) Tem-se mostrado resoluto e confiante?

g. Movimento

1) Que elemento está deslocando-se?

2) Como está deslocando-se?

3) Qual a velocidade e a direção do deslocamento?

h. Suprimentos

1) Onde estarão localizados seus suprimentos de rancho, munição,combustível e equipamento?

2) Qual a disponibilidade e as condições de suprimento dos mesmos?

B - 3

i. Comunicações

1) Qual o tipo que emprega: rádio, fio ou sinalização ótica?

2) Onde estão localizados seus centros e linhas de comunicações?

B-4. INFORMAÇÕES SOBRE O TERRENO

- As informações relativas ao terreno incluem, naquilo que for o caso, osaspectos a seguir enumerados:

a. Posições de combate

1) Qual o terreno mais conveniente com relação aos campos de tiro,observação, cobertas, abrigos e quanto à manobra sob o ponto de vista dastropas amigas?

2) Quais as vantagens que oferece ao inimigo?

b. Redes de estradas

1) Quais as estradas disponíveis para as unidades interessadas na ope-ração?

2) Qual o tipo, de condições e localização destas estradas?

c. Vias hidrográficas

1) Quais os tipos de rios, córregos e canais permanentes ou intermiten-tes?

2) Qual a natureza dos locais de acesso, do leito, largura, profundidade evelocidade da corrente?

3) Qual a localização, capacidade, condições e disponibilidade de pon-tes, vaus e locais de travessia?

4) Quais os equipamentos, material, trabalho e tempo necessários parareparar pontes danificadas ou preparar os possíveis locais da travessia?

d. Obstáculos naturais

1) Quais os seus tipos: montanhas, massas de água, pântanos e matasdensas?

2) Quais suas localizações, extensão e locais de acesso?

3) Existem desvios disponíveis?

e. Obstáculos artificiais

1) Necessitam de trabalhos de construção ou destruição e qual a exten-são em que os mesmos devem ser empregados?

2) Quais as suas localizações?

B - 4

3) Qual a natureza do terreno nas vizinhanças?

4) Podem os mesmos ser desbordados? onde e como?

5) Qual o equipamento, materiais, trabalho e tempo necessários para seefetuar a passagem destes obstáculos?

f. Condições do terreno para viaturas

1) Permite o terreno a circulação das viaturas de transporte de suprimen-tos?

2) Em que locais as condições do terreno limitam o movimento das viatu-ras?

g. Abrigos

- Quais seus tipos, localização e quantidade?

h. Cobertas

- Quais seus tipos, localização e quantidade?

i. Zonas de reunião

1) Qual a sua localização? são convenientes para a unidade interessa-da?

2) Proporcionam cobertas, abrigos, praticabilidade de circulação, acessi-bilidade para o emprego no caso de ataque, em como reorganização ereagrupamento no caso de insucesso?

B-5. RECURSOS

a. Material para reparação de estradas

- Localização e disponibilidade de vigas, pedra britada, pedra e outrosmateriais que possam ser utilizados na reparação e conservação de estradas.

b. Pontos de água

- Locais favoráveis para um adequado suprimento de água, itinerários deacesso e proteção quanto às vistas do inimigo.

c. Fazendas cultivadas

- Localização e espécie de plantações, colheitas e depósitos que possamser utilizados para complementar as rações fornecidas pelo exército, ou serdistribuídas à população civil dos territórios ocupados.

d. Instalações de suprimento (civis e militares)

- Localização, condições e quantidades de suprimentos de todos os ti-pos, principalmente de combustível e lubrificante, munições, rações, vestuáriose outros suprimentos e equipamentos cuja perda possa afetar a eficiência do

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inimigo ou que possam ser utilizados por nossas forças.

e. Acantonamento

- Localização, condições e capacidade dos edifícios ou construções quepossam ser empregadas para a localização de postos de comando ou deacantonamento para as tropas.

f. Instalações e comunicações

- Tipo, condições, localização e quantidade de telefone, telégrafos, rádi-os e outros equipamentos de comunicações empregados pela população civil ouabandonados pelo inimigo.

g. Meios de transporte

- Tipos, condições, localização e quantidade de viaturas, motores, em-barcações, aviões, animais, equipamento de manutenção, oficinas de repara-ção e material salvado, que estejam em uso pelo civis ou tenham sido abando-nadas pelo inimigo, inclusive de estradas de ferro, de água e aeroportos.

h. Serviços públicos

- Localização e condições das usinas elétricas, de gás, água, oleodutose fábricas de produtos metálicos, de borracha e químicos.

i. Fábrica

- Localização, condições, capacidade e tipo das fábricas, principalmentedaquelas que produzem equipamentos militares ou cuja perda venha a afetar aeficiência do inimigo ou ainda aqueles que possam ser empregados por nossasforças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01. CI 2-36/1 Pelotão de Cavalaria Mecanizado.

02. C 7-15 Companhia de Apoio de Batalhão de Infantaria.

03. C 21-75 Patrulhas.

04. C 7-10 Companhia de Fuzileiros.

05. C 2-36 Esquadrão de Cavalaria Mecanizado.

06. IP 17-1 Forças-Tarefas Blindadas.

07. FM 17-98 Scout Platoon ( US Army ).

08. Portaria Nº 278 EME-Res, de 30 Dezembro de 1997.

09. Portaria Nº 187-RES, de 28 de Dezembro de 1998.

10. Portaria Nº 042-EME-Res, de 04 de Fevereiro de 1999.

11. Portaria Nº 001-RES, de 06 de Janeiro de 1999.

12. Portaria Nº 002-RES, de 06 de Janeiro de 1999.

13. Diretriz para implantação do QO experimental do RCC

14. C 6-135 Ajustagem do tiro de Artilharia pelo combatente de qualquer arma.