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O ministro: Seu Sustento e Vida de Estudos Lição 3

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O ministro: Seu Sustento e Vida de

Estudos

Lição 3

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O ministro: Seu Sustento e Vida de EstudosCONTEÚDO DA LIÇÃO:

I – O MINISTRO E SEU SUSTENTO1) EXAMINANDO O CONCEITO DE SE VIVER DE TEMPO

INTEGRAL E DA VIDA PELA FÉ2) O ENSINAMENTO DE JESUS E DOS APÓSTOLOS

II – O MINISTRO E SUA VIDA DE ESTUDOS1) BUSCANDO UM LUGAR APROPRIADO2) FERRAMENTAS ÚTEIS DE ENSINO3) EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS4) APROVEITANDO BEM O PERÍODO DE UMA HORA DIÁRIA DE

ESTUDO5) O QUE ESTUDAR

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O Ministro e seu SustentoNo campo das finanças o obreiro é confrontado:- Moralmente - precisa mostrar honestidade no trato com o

dinheiro que não é dele, mas de Deus;- Eticamente - muitas vezes está em suas mãos a decisão

de gastar e investir os recursos que os fieis entregam para a obra de Deus.

O dinheiro fez que muitos santos de Deus pecassem:- Balaão se corrompeu financeiramente diante de Balaque.- Geazi (pupilo de Elizeu) cobiçou o dinheiro e as riquezas de Naamã.

A questão do sustento do obreiro foi abordada pelo Senhor Jesus Cristo e por dois de seus apóstolos, Pedro e Paulo. A linha mestra deste estudo será a seguinte: O mesmo Deus que chama a pessoa para o ministério o sustenta.

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1. Examinando o conceito Viver de tempo integral e Vida pela Fé Predomínio do pensamento de que viver tempo integral no

ministério significa deixar de trabalhar numa profissão e passar a ganhar salário da igreja ou de agência missionária.

Tanto o que trabalha num emprego secular ou tem sua empresa comercial como o que depende da igreja para seu sustento depende da fé, pois a escritura afirma que sem fé é impossível agradar a Deus.

1.1. Todos vivem “PELA FÉ” e de “TEMPO INTEGRAL”

Tanto o que trabalha para seu próprio sustento, quanto o que recebe salário da igreja, vive de "tempo integral", pois o verdadeiro discípulo de Jesus vive cem por cento para Deus. E isto requer fé. O conceito de que é preciso largar o emprego para se dedicar em "tempo integral" ao ministério precisa ser revisto.

O Ministro e seu Sustento

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TRABALHO

O Ministro e seu Sustento

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O chinês Watchman Nee, em seu livro A Vida Normal da Igreja Cristã, está certo quando afirma:"Se um homem confia em Deus, que vá e trabalhe para ele. Se não, que fique em casa, pois lhe falta a primeira qualificação para o trabalho. Há uma ideia predominante de que, se um obreiro tem uma renda estabelecida, ele pode ficar mais à vontade para o trabalho e, consequentemente fazê-lo melhor, mas, para falar com franqueza, na obra espiritual há necessidade de uma renda incerta, pois essa necessita de íntima comunhão com Deus... Deus deseja que seus obreiros recorram somente a ele em busca de recursosfinanceiros, e assim não deixem de andar em estreita comunhão com ele e aprendam a confiar nele continuamente..."

Assim, se um obreiro decidir trabalhar no ministério largando seu trabalho ou empresa, deve confiar que Aquele que o chamou para a Obra haverá de suprir cada uma das suas necessidades.

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O ENSINAMENTO DE JESUS E DOS

APÓSTOLOS

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2) O ENSINAMENTO DE JESUS E DOS APÓSTOLOSJesus apresentou aos apóstolos um modelo de vida simples:

"Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos, nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão: porque digno é o trabalhador do seu alimento" (Mt 10.9-10)

Jesus não dogmatizou quanto ao sustento e deixou claro que, com sua ausência, eles encontrariam muitas dificuldades, e precisariam levar dinheiro com eles.

Quando estavam com Jesus, nada lhes faltou porque dependiam da liderança do Mestre e das provisões que ele fazia para o sustento do grupo, mas depois que Jesus deixasse a terra, precisavam da bolsa e do alforje, isto é, teriam que providenciar o sustento.

O Ministro e seu Sustento

No evangelho de Lucas ele faz nova proposta:"Quando vos mandei sem bolsa; sem alforje e sem sandálias, faltou-vos porventura alguma cousa? Nada, disseram eles. Então lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa tome-a, como também o alforje..." (Lc 22.35-36)

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2.1. O SUSTENTO DE JESUS POR AMIGOS COLABORADORES

"E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritosmalignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qualsaíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador deHerodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistênciacom os seus bens" (Lc 8.2-3).

O Ministro e seu Sustento

Por três anos, Jesus e seus discípulos viajaram por toda a Palestina, Galiléia, desceram o rio Jordão para as colinas da Judéia e subiram para Jerusalém, entre outros destinos. Mesmo naqueles dias, quando viajar significava montar sobre um animal, às vezes dormir a céu aberto, buscar abrigo em casa de amigos e manter tantas pessoas na estrada, o gasto devia ser considerável. Alimentação e roupas para 12 ou mais pessoas, dia após dia, semana após semana, exigiam que Jesus tivesse dinheiro o suficiente para as provisões.

Jesus orientou os discípulos a viverem com simplicidade. Quantos obreiros cometem o engano de fazerem do ministério fonte de lucro.

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2.2. PAULO E A DOUTRINA DO SUSTENTO FINANCEIROPaulo ensinava sobre o valor de se receber donativos, de se trabalhar e ser sustentado pela obra, enquanto ele mesmo trabalhava para seu sustento.

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Os judeus naquela época, regidos pelo Talmude Babilônico, eramorientados a terem uma profissão para que pudessem exercer umaatividade digna entre os habitantes do lugar onde fossem residirdurante a Dispersão. "Ninguém, nem mesmo os rabinos ou os juizes,tem o direito de viver sem trabalhar. Viver de caridade é apenas orecurso extremo. Trabalhar com as próprias mãos é o primeiro dever de um judeu, seja qual for o tempo que ele passa estudando,orando, julgando, ensinando" (ATTAU, Jacques, Os Judeus, o Dinheiro e o Mundo, Futura, pp 138-139).

De maneira geral os judeus espalhados pelo mundo seguiam as orientações do Talmude Babilônico o que lhes permitia viver em qualquer lugar da terra.

Talmude - em hebraico, esta palavra significa literalmente “estudo” ou “aprendizado”. O Talmude é um livro sagrado dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico.O Talmude tem dois componentes: a Mishná, o primeiro compêndio escrito da Lei Oral judaica; e o Guemará, uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam outros tópicos.

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O Ministro e seu SustentoOFÍCIO - FAZER TENDAS

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2.2. PAULO E A DOUTRINA DO SUSTENTO FINANCEIROEmbora Paulo trabalhasse para se sustentar, a Bíblia revela que houve um período, em que ele “se entregou totalmente à palavra" (At 18.5), o que significa que naquele período ele não precisou trabalhar a fim de prover seu sustento. Tudo isso leva a concluir que é importante que se tenha uma profissão, e, no entanto, é possível ao obreiro viver da obra.

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Mobilidade. Quando se tem uma profissão, é possível realizar a obra de Deus em qualquer lugar, mudar para uma cidade e ali estabelecer a obra de Deus.

A recomendação do Talmude Babilônico quanto à se ter uma profissão mantém-se atual, pois são várias as vantagens para o obreiro:

Liberdade. O Talmude recomendava que tanto rabinos como qualquer judeu tivessem autonomia, e exercessem uma profissão para que não fossem empregados de alguém, impedindo, assim, o retorno à condição de escravo. Tais recomendações levaram os judeus da época de Paulo, e depois ao longo dos séculos, a exercerem uma profissão autônoma.

Sustentabilidade. Enquanto a obra não cresce e não existe recurso financeiro, o obreiro pode ser autossustentável.

Sob esses pilares as igrejas Assembleias de Deus no Brasil iniciaram seu ministério. Quando os primeiros dois missionários chegaram ao Brasil, um trabalhava e o outro saia para pregar o evangelho, até que eles conseguissem ajuda das igrejas da Suécia para seu próprio sustento no país.Estes três fatores: (Mobilidade, Liberdade e Sustentabilidade) também ajudaram Paulo em seu ministério.

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O fato de Paulo trabalhar para se manter deu-lhe autoridade para estabelecer a questão do trabalho como um dos ensinos fundamentais da doutrina apostólica. Algumas igrejas ou ministérios estabelecem regras de que nenhum irmão deveria receber ajuda de tempo "integral" da igreja, sem antes experimentar a importância do trabalho em sua vida.

De maneira geral, os que nunca trabalharam, quer em empresas quer nas lidas diárias do campo ou da cidade, não sabem valorizar a importância do trabalho, nem dão valor ao custo do dinheiro.

2.3. A AUTORIDADE DE PAULO NA QUESTÃO DO SUSTENTO E DO TRABALHO

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“Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus”.

1 Ts 2.9

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Com ele o homem aprende a ter responsabilidade e a cumpri-la, a ter mais agilidade e atenção a tudo que faz. Quando um moço é acostumado a levantar-se cedo para o trabalho, a dormir na hora certa, ao entrar para o ministério não será relapso com seu tempo e com os horários a cumprir. Trabalhar para Deus requer esforço e dedicação como qualquer profissão.

2.3.1. O TRABALHO DISCIPLINA O CORPO E A MENTE

O Ministro e seu Sustento

Um obreiro que nunca se submeteu a um chefe terá sérias dificuldades em submeter-se a outro líder. Um bom ou mau patrão, ou um sócio pode ser um caminho excelente para ensinar o serviço e a obediência;

2.3.2. O EXERCÍCIO DE UMA ATIVIDADE ENSINA O OBREIRO A VIVER SOB AUTORIDADE

O controle de suas despesas o ensinará a viver dentro dos limites do seu salário, ensinando-o a valorizar os dízimos e ofertas depositados no altar de Deus como fruto da obediência dos irmãos;

Se obreiro aprende a viver com o pouco que ganha, também aprenderá a respeitar o dinheiro recebido pelos irmãos e a gastar com temor os recursos da casa do Senhor.

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Já foi mencionado que Paulo não usufruía o direito de ganhar da igreja, mas defendia que os obreiros vivessem da obra. Este comportamento do apóstolo continua gerando controvérsias entre os teólogos, porque ao que parece Paulo tinha conflitos nesta área com a igreja de Corinto. Era uma igreja que ele começou, e agora, quando se encontrava preso (possivelmente em Roma), não recebia ajuda financeira dessa igreja.

2.4. PAULO E O SUSTENTO DO OBREIRO

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Ele pergunta: "Será que cometi algum pecado ao humilhar-me a fim de elevá-los, pregando-lhes gratuitamente o evangelho de Deus? Despojei outras igrejas, recebendo delas sustento, a fim de servi-los. Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não lhes ser pesado, e continuarei a agir assim" (2 Co 11.7-9 - NVI).

"Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos" (1 Co 4.11-12 NVI).

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O Ministro e seu Sustento

A igreja de Corinto era constantemente advertida por Paulo sobre a questão das contribuições; Paulo dedica um capítulo inteiro para falar da importância do obreiro ser sustentado pela obra e de como a igreja pode participar de seu sustento.

2.4. PAULO E O SUSTENTO DO OBREIRO

Na carta a Timóteo, ele trata com clareza sobre o sustento do ministro: Devem ser considerados de dobrados honorários (dupla honra) os

presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a escritura declara: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo”. E ainda : “O trabalhador é digno do seu salário” (I Tm.5.17-18) NVI.

A expressão “presidem bem” vem da mesma palavra grega que Paulo usa em 1 Tm 3.4 quando fala ao obreiro que “governa bem a sua casa”, É justo, portanto, que o obreiro seja pago.

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2.5. AS FIGURAS QUE PAULO USOU PARA FALAR DO SUSTENTO DO OBREIRO

O Ministro e seu Sustento

O soldado. "Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?" (1 Co 9.7). As guerras sempre foram financiadas pelo Estado, que paga os seus soldados para lutar. Na época, os "liturgos“ financiavam com seus próprios recursos os teatros, escolas e as guerras. O mesmo acontece com o obreiro do Senhor. Ele é contratado para lutar as guerras do Senhor.

O agricultor. "Quem planta a vinha e não come do seu fruto?" (1 Co 9.7). O lavrador tem direito a se alimentar do que planta ecultiva. Seu argumento é: "Se nós vos semeamos as cousasespirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?" (v.11). Paulo entendia que a semeadura espiritual produz bensmateriais. Outros usufruíam da lavoura, e ele não (v. 12). Assimque, aos crentes da Galácia, recomenda: "Mas aquele que estásendo instruído na palavra faça participante de todas as cousasboas aquele que o instrui" (Gl 6.6). Para Paulo o semeador tinhadireito sobre o fruto da colheita.

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2.5. AS FIGURAS QUE PAULO USOU PARA FALAR DO SUSTENTO DO OBREIRO

O Ministro e seu Sustento

O pecuarista. "Ou quem apascenta um rebanho e não sealimenta do leite do rebanho?" (1 Co 9.7). A pessoa que lidatodos os dias com seus animais, vacas, cabritas, ovelhas, têmdireito ao leite e a carne que elas produzem. Cada um dessesexemplos mexia com a vida dos crentes de Corinto, pois entreeles havia agricultores, soldados, e criadores de animais.

O boi de canga. "Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito, pois o que lavra, cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança dereceber a parte que lhe é devida“ (vv. 9-10). Paulo chega a comparar o obreiro do Senhor a um boi que trabalha, seja lavrando ou rodando o moinho. Esse boi, diz Paulo, precisa ser alimentado, do contrário não conseguirá trabalhar. Mas, Deus não está preocupado com bois, e sim com homens.

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2.5. AS FIGURAS QUE PAULO USOU PARA FALAR DO SUSTENTO DO OBREIRO

O Ministro e seu Sustento

Os sacerdotes. "Não sabeis vós que os que prestam serviçossagrados, do próprio templo se alimentam; e quem serve o altar, do altar tira o seu sustento?" (v. 13). Paulo ilustra a necessidade do sustento do obreiro com a figura do sacerdote que comia dos sacrifícios trazidos ao altar, uma referência aos costumes do Antigo Testamento.

Paulo não recebia sustento da igreja de Corinto, mas o recebia de outras igrejas, conforme ele mesmo declara em Filipenses 4.18: "Recebi tudo, e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte, como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus".

O obreiro tem direito a trabalhar com suas mãos para seu próprio sustento, mas também lhe é permitido receber da igreja pelo trabalho que faz.

Trabalhar com as próprias mãos pode ser bom, mas não é método do próprio Deus para seus obreiros: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho". (1 Co 9.14)

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2.6. PAULO E A DIMENSÃO DA FÉ

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Paulo afirmou: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13).

”E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4.19).

Este último versículo não pode ser desprezado de seu contexto, pois nele Paulo explica que por haver semeado, por haver ofertado, a pessoa será grandemente abençoada.

Se alguém tem certeza de que Deus o chamou, pode ter certeza de que Ele o sustentará.

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2.7. PAULO E A LEI DA SEMEADURA

O Ministro e seu Sustento

O sustento do obreiro começa pela “lei da semeadura”, isto é, ele precisa aprender primeiro a contribuir;

A pessoa que deseja ser abençoada com ofertas e ser alvo da generosidade do povo de Deus deve aprender a ofertar.

A promessa de Jesus é: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada. sacudida, transbordante, generosamente vos darão...” (Lc 6.38)

Muitos pastores só querem receber, mas precisam aprender a contribuir.

Paulo comenta sobre a contribuição como uma semeadura: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (2 Co 9.6.)

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2.7. PAULO E A LEI DA SEMEADURA

O Ministro e seu Sustento

A sementeira tem dois aspectos: O primeiro é o grão que o agricultor guarda para plantar na safra seguinte. Este fica guardado num depósito e dele não se tira para o sustento da casa.

O segundo aspecto é a sementeira em si mesma, o lugar em que se prepara a terra para fazer a semeadura. Depois de crescidas, as plantas são enterradas noutro lugar.

Paulo ensina que Deus sabe quando uma pessoa contribui com tristeza ou com alegria. "Porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça; a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra. Como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre" (2 Co 9.7-9).

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2.7. PAULO E A LEI DA SEMEADURA

O Ministro e seu Sustento

A questão não é trabalhar para o sustento ou depender da igreja, mas se o obreiro aprendeu a depender de Deus e a contribuir. Este é o canal da benção divina financeira sobre ele.

Confio que Deus, realmente, fará a provisão necessária para o meu sustento, ou interiormente estou confiando na provisão de homens, de ofertas prometidas?Estou capacitado para "colocar mãos à obra", se necessário, para prover meu sustento e da minha família com dignidade?

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II – O MINISTRO E SUA VIDA DE

ESTUDO

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O Ministro e sua Vida de EstudoUma das maiores dificuldades do obreiro é a de manter uma agenda bem coordenada com as disciplinas da oração e do estudo. Ao longo do ministério, convive-se com pessoas que agem com extremos: os que gostam de orar muito e costumam negligenciar o estudo; e os que estudam muito, mas costumam negligenciar a oração.

Raramente existe um equilíbrio entre essas duas atitudes !

Orar e estudar são ações determinantes para o equilíbrio na vida do obreiro... Se elas não estiverem presentes na vida do ministro, seu ministério acabará sendo feito na força do homem – e tudo que é feito na força do homem fracassará.

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O Ministro e sua Vida de Estudo

É notório que a maior dificuldade dos obreiros começa com a falta de espaço em sua casa ou no templo.

Qualquer que seja o local, deve-se pensar na privacidade para o estudo e a oração.

1. BUSCANDO UM LUGAR APROPRIADO

Alguns obreiros, na tentativa de ficar a sós, optam por um cantinho de estudo no quarto do casal, o que também não é adequado, porque priva a esposa de se recolher mais cedo ou de levantar mais tarde... E não é bom levar irmãos ou estranhos ao lugar de privacidade da família.

Outros não dispõem de um lugarzinho junto ao templo, porque a igreja precisa de todos os espaços para sua atividade.

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O Ministro e sua Vida de Estudo

Um dos seguidores de Wesley, Francis Asbury, pioneiro metodista nos Estados Unidos, aconselhava seus obreiros a dedicar uma hora de oração a partir das cinco horas da manhã, e depois das cinco as seis da tarde.

Os obreiros tinham de dedicar das seis da manhã até o meio-dia para o estudo, com um intervalo de uma hora.

A necessidade de dedicar tantas horas ao trabalho na igreja constitui-se um grande empecilho para uma maior dedicação a oração e ao estudo.

1. BUSCANDO UM LUGAR APROPRIADO

Atualmente as atividades das igrejas exigem muitas horas de trabalho para o ministro.

FRANCIS ASBURY (1745-1816)

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O Ministro e sua Vida de Estudo

Hoje é possível ter acesso à informação não só através de livros e materiais impressos, como também através de material disponível multimídia. Com isso, pode-se tirar mais proveito do estudo num tempo menor.

A Bíblia foi escrita num período de 1.600 anos por mais de 40 autores com as mais variadas profissões (pescadores, mestres, médicos, reis, um boiadeiro, sacerdotes, etc).

2. FERRAMENTAS ÚTEIS DE ESTUDO

O estudante da Bíblia necessita de algumas ferramentas para conhecer o tema ou os livros que se propõe estudar.

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O Ministro e sua Vida de Estudo

Dispondo ou não de um programa de computador que o auxilie no estudo, algumas ferramentas são importantes a todo ministro do evangelho. São elas:

Chave bíblica: que combine com a versão que estiver usando.

2. FERRAMENTAS ÚTEIS DE ESTUDO

Versões bíblicas: Quantas puder !..

Enciclopédia bíblica: A mais popular e usada é a “Pequena Enciclopédia Bíblica” de Orlando S. Boyer; trata-se de um mini compêndio de grande utilidade.

E-SWORD Todas as Bíblias, comentários, gráficos, dicionários, sermões em áudio, mapas, comparação de textos, etc...

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O Ministro e sua Vida de Estudo

Os livros não estão em ordem cronológica como aparecem nas Bíblias. Por exemplo, o livro de Jó, apesar de localizar-se antes dos Salmos é um relato de alguém que viveu, possivelmente, à época de Abraão. Já os Salmos, colocados no meio do livro, abrangem um período que vai de Moisés a Esdras.

2.1. CONHECENDO A BÍBLIA EM ORDEM CRONOLÓGICA

Hoje existe no mercado a Bíblia em ordem cronológica, editada pela Editora Vida que dá a cronologia dos acontecimentos.

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O Ministro e sua Vida de Estudo

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Data Acontecimentos

Pré-História

O Princípio

A CriaçãoAdão e Eva no Jardim do ÉdenCaim e AbelNoé e o dilúvioA torre de Babel

2200 a.C.

Os Patriarcas Nascimento de Abraão - 2160? 1950 a.C.?Nascimento de Isaque - 2060? 1850 a.C.?Nascimento de Jacó e Esaú - 2000? 1790 a.C.?Nascimento de José - 1909? 1699 a.C.?

1900 a.C.

Israel no Egito e o Êxodo

Migração dos filhos de Jacó com suas famílias para o Egito - 1870? 1650 a.C.?Os Israelitas são escravizados no Egito - 1730? 1580 a.C.?Nascimento de Moisés - 1520? 1330 a.C.?Saída dos Israelitas do Egito e início da sua peregrinação no deserto - 1440? 1280 a.C.?

1400 a.C.

A conquista de Canaã e o Período dos Juízes Início da conquista da terra de Canaã sob o comando de Josué - 1400? 1230 a.C.?

Inicio do período dos Juízes - 1370? 1580 a.C.?

1100 a.C.

O Reino UnidoReinado de Saul - 1050 a 1010 a.C.Reinado de Davi - 1010 a 970 a.C.Reinado de Salomão - 970 a 931 a.C.

950 a.C.

O Reino DivididoIsrael (Reino do

Norte)

Profetas

Israel (Reino do Sul)

Roboão - 931 a 913 a.C.

Jeroboão I - 931 a 910 a.C.

Abias - 913 a 911 a.C.

Nadabe - 910 a 909 a.C.

Asa - 911 a 870 a.C.

900 a.C.

Josafá 870 a 848 a.C.

Elias Baasa - 909 a 886 a.C.Elí - 885 a.C.

Eliseu Onri - 885 a 874 a.C.Acabe - 874 a 853 a.C.

Acazias - 853 a 841 a.C

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850 a.C.

Jeorão - 848 a 841 a.C.

Joel?

Jorão - 852 a 841 a.C.Acazias - 841 a.C. Jeú - 841 a 814 a.C.Atallia - 841 a 835 a.C. Joás - 835 a 796 a.C.

Joacaz - 814 a 798 a.C.

800 a.C.

Amazias - 796 a 781 a.C..

Isaías, Oséias

Jeoáz - 798 a 783 a.C.Uzias - 781 a 740 a.C.

Jeroboão II - 783 a 743 a.C.

Jonas Amós

750 a.C.

Jotão - 740 a 736 a.C. Miquéias Zacarias - 743 a.C.Acaz - 736 a 716 a.C. Salum - 743 a.C.Ezequias - 716 a 687 a.C. Joel? Manaím - 743 a 738

a.C.

Pecaías - 738 a 737 a.C.Peca - 737 a 732 a.C.Oséias - 732 a 723 a.C.Queda Samaria - 722 a.C

700 a.C.

últimos anos do Reino de Judá

Manassés - 687 a 642 a.C.

650 a.C.

Amom - 642 a 640 a.C. JeremiasJosias - 640 a 609 a.C.Joacaz - 609 a. C. NaumJeoaquim - 609 a 598 a.C. Sofonias Daniel Ezequiel Habacuque?

600 a.C.

Joaquim - 598 a.C.Zedequias - 598 a 587 a.C.Queda de Jerusalém - julho de 587 ou

586 a.C.O Cativeiro e a Restauração

Habitantes de Judá levados para a Babilônia - 587 a 586 a.C.

550 a.C.

Início do domínio Persa - 539 a.C. ProfetasCiro, imperador da Pérsia, ordena a volta dos Judeus - 538 a.C.Início reconstrução Templo - 520 a.C. Ageu

Reconstrução das muralhas de Jerusalém - 445 a 443 a.C.

ZacariasObadias?MalaquiasJoel?

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400 a.C.

Alexandre, o Grande, governa a Palestina: domínio macedônio - 333 a 323 a.C.Domínio dos ptolomeus sobre a Palestina - 323 a 198 a.C.

200 a.C.

Domínio dos selêucidas sobre a Palestina - 198 a 166 a.C.Revolução de Judas Macabeus e domínio da família de Judas e seus descendentes, os asmoneus, sobre a Palestina - 166 a 63 a.C.Conquista de Jerusalém por Pompeu, general romano, anexando a Palestina ao Império Romano - 63 a.C.Reinado de Herodes, o Grande, sobre a Palestina, por nomeação de Roma - 37 a 4 a.C.

Data Acontecimentos

1 d.C.

A vida de JesusImperador Romano

Governador da Judéia Eventos no NT.

Augusto - 29 a.C. a 14 d.C.

Herodes, o Grande - 37 a.C. a 4 a.C.

Nascimento de Jesus - 6 a.C.

Tibério - 14 a 37 d.C.

Arquelau - 4 a.C. a 6 d.C.

Batismo de Jesus - 26 d.C.

Pôncio Pilatos - 26 a 36 d.C.

Primeira Páscoa no ministério de Jesus - 28 d.C.

Morte e ressurreição de Jesus - 30 d.C.

30 d.C.

O Período dos Apóstolos

Calígula (Gaio) - 37 a 41 d.C.

Dia de Pentecostes - 30 d.C.Conversão de Paulo - 37 d.C.

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Data AcontecimentosImper.

RomanoGover. da

Judéia Eventos no NT.

Cláudio - 41 a 54 d.C.

Herodes Agripa I - 41 a 44 d.C.

Início do ministério de Paulo - 41 d.C.Morte de Tiago, filho de Zebedeu - 44 d.C.Morte de Herodes Agripa I - 44 d.C.Fome no tempo de Cláudio - 46 d.C.Primeira viagem missionária de Paulo - 48 a 49 d.C.Edito de Cláudio - 49 ou 50 d.C.

50 d.C.

Nero - 54 a 68 d.C.

Sérgio Paulo, procônsul - 50 d.C.

Conferência de Jerusalém - 50 d.C.

Félix - 52 a 60 d.C.

Segunda viagem missionária de Paulo - 50 a 53 d.C.

Paulo em Corinto - 50 a d.C.

Terceira viagem missionária de Paulo - 54 a 58 d.C.

Paulo em Éfeso - 54 a 57 d.C. Paulo na prisão em Cesaréia

- 58 a 60 d.C.

60 d.C.

Galba - 68 a 69 d.C.

Pórcio Festo - 60 a 62 d.C.

Paulo na prisão em Roma - 61 a 63 d.C.

Oto - 69 d.C.

Liberação e atividades de Paulo - 63 a 65 d.C.

Vitélio - 69 d.C.Morte de Pedro em Roma - 65 d.C.?

Segunda prisão de Paulo em Roma - 66 d.C.Morte de Paulo em Roma - 67 d.C.?

70 d.C.

Vespasiano - 69 a 79 d.C.Destruição de Jerusalém e do Templo - 70 d.C.

Tito - 79 a 81 d.C. Morte de João - 98 ou 100 d.C.?

Domiciano - 81 a 96 d.C

Nerva - 96 a 98 d.C.Trajano - 98 a 117 d.C.

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O Ministro e sua Vida de Estudo2.1. CONHECENDO A BÍBLIA EM ORDEM CRONOLÓGICAO Pentateuco. (do grego penta ou cinco). São os cinco livros escritos por Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números. e Deuteronômio. Este último, praticamente uma repetição de temas apresentados nos três anteriores.

Livros históricos. O estudante deve conhecer os livros históricos e sua sequência, começando por Josué no antigo testamento, até o livro de Atos dos Apóstolos no novo testamento.

Os livros históricos não estão em ordem cronológica, o que requer atenção e pesquisa por parte do estudante.

Livros Poéticos. Os livros poéticos são: Jó, Salmos, Provérbios, Cantares e Eclesiastes. Cada um destes livros tem sua peculiaridade.

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O Ministro e sua Vida de Estudo2.1. CONHECENDO A BÍBLIA EM ORDEM CRONOLÓGICALivros proféticos. Os livros proféticos vão de Isaias a Malaquias. Aqui o estudante conhecerá os profetas maiores que são: Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel e na continuação destes, os profetas menores.

Os Evangelhos e as Epístolas. Ao longo do curso bíblico o aluno conhecerá com profundidade os quatro evangelhos, e estudará as cartas apostólicas, conhecidas como epístolas.

Livros e profetas da Dispersão ou cativeiro. É necessário que o estudante tenha uma visão dos livros que tratam da Diáspora (cativeiro e dispersão de Israel). São eles, Jeremias, depois Ezequiel, Daniel, Ester, Neemias, Esdras, Ageu, Zacarias e Malaquias. Quando se estuda simultaneamente estes livros, pode-se ter uma visão ampla daquele período da história do povo de Israel.

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O Ministro e sua Vida de Estudo3. EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS

O autor de Hebreus – até hoje os escolásticos não chegaram a um consenso de quem o teria escrito, se Paulo, Barnabé ou Apolo – comenta que devemos exercitar as faculdades para discernirmos o bem e o mal. (Hb 5.11-14)

Pelo tempo de vida cristã, argumenta o autor, uma pessoa que exercita suas faculdades mentais, já pode se alimentar de alimento sólido tornando-se mestre.

A mente quando é treinada fica capacitada a receber informações com mais rapidez e a entender os assuntos de maneira mais ampla.

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O Ministro e sua Vida de Estudo3. EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS

ESTUDANDO COM OBJETIVIDADE: Requer-se de todo estudante da palavra que estude com objetivo.

Muitos estudantes ficam folheando os livros da Bíblia, lendo aqui e acolá sem um objetivo específico que possam levá-los a resultados práticos.

A objetividade traz rapidez ao entendimento. Por exemplo, o estudante pode decidir estudar um tema ou um livro, assunto que será abordado mais adiante.

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O Ministro e sua Vida de Estudo3. EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS COMPARANDO TEXTO COM TEXTO. A Bíblia,

palavra de Deus, não deve ser lida com desprezo ou descuido. Em cada letra ou acento que apresenta exige do aprendiz um cuidado especial. Seu vocabulário requer muita atenção para os sentidos das palavras em cada versículo, pois há diferença de sentido entre: “pecado” e “pecados”; ”Fé” e “fé”; “Amor” e “amor”, “justiça” e “justiça!”,etc.

Em João 5.39, o estudante se depara com a orientação de Jesus: “Examinais as escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”

Em Atos 17.11, há outra referência que reafirma a importância do estudo das escrituras. Esse capítulo traz o relato sobre os irmãos de Beréia: “eram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as escrituras”.

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O Ministro e sua Vida de Estudo3. EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS EXAMINANDO O TEXTO BÍBLICO. Os

comentários bíblicos, notas de rodapé e chaves bíblicas remetem o estudante a qualquer passagem que trate do mesmo tema.

São de grande ajuda para saber o período histórico da época em que o texto foi escrito, quem escreveu e sob quais condições. A maioria das bíblias de estudo contêm essas informações.

Por exemplo. A razão de Paulo escrever a carta aos Tessalonicenses foi porque havia a ideia corrente entre os irmão de que somente os que estivessem vivos poderiam se encontrar com Jesus quando de seu retorno.

Nenhuma passagem da Escritura deve ser interpretadaisoladamente do resto da Bíblia. Por exemplo, para entender Daniel9 é necessário estudar juntamente com Apocalipse 13.

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O Ministro e sua Vida de Estudo3. EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS

REPETINDO OU RECITANDO A PALAVRA DE DEUS. Quando o estudante é disciplinado na leitura bíblica e na repetição dos textos bíblicos, poderá memorizá-los facilmente, fazendo com que a palavra de Deus habite em seu coração.

Jesus costumava citar as Escrituras e os apóstolos aprenderam com ele. O livro de Atos dos apóstolos esta recheado de citações do antigo testamento.

Assim Deus orientou os filhos de Israel a memorizarem as Escrituras, ”Estas palavras (...) estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho. E ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal nas tuas mãos...” (Dt 6.6-9).

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O Ministro e sua Vida de Estudo3. EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS

MEDITANDO. A meditação ou reflexão leva o estudante a uma análise mais profunda do texto, porque ele se pergunta e ele mesmo responde.

O salmista tem por bem-aventurado aquele cujo prazer está na lei do Senhor, “e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.2). Meditar têm o sentido de “ruminar”, como fazem os animais ruminantes.

Vale aqui um alerta: toda meditação e reflexão deve ser feita sob a luz do Espírito Santo, e só quem tem o Espírito Santo pode trilhar por essa maravilhosa trilha. (Rm 8.5-9);

O estudo da Bíblia Sagrada e o conhecimento dos temas bíblicos é que o qualifica a ensinar a Palavra de Deus.

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O Ministro e sua Vida de Estudo4. APROVEITANDO O PERÍODO DE UMA HORA DIÁRIA DE ESTUDOPara que o tempo de uma hora diária seja proveitoso é necessário disciplina e perseverança, estabelecendo prioridades.

Não se deve imitar o crente tipo “gênio” que hoje lê todo o novo testamento e depois passa uma semana sem ao menos ver a Bíblia.

Para que esse tempo não se torne cansativo, pode-se dividi-lo em vários períodos.A seguir veremos alguns exemplos.

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O Ministro e sua Vida de Estudo4. APROVEITANDO O PERÍODO DE UMA HORA DIÁRIA DE ESTUDOAssuntos pesados que requerem mais tempo.Reserve-se os primeiros vinte minutos para estudar assuntos pesados e temas difíceis, como a vida de José como tipo de Cristo; a vida de Abraão; o livro de Daniel, Esdras e outros.

Estudo de tópicos.Os próximos vinte minutos podem ser reservados para o estudo de tópicos ou temas leves da Bíblia; Existem mais de trezentos tópicos nas Escrituras; Temas como, PERDÃO, SALVAÇÃO, HERANÇA, FÉ, ETC

Somente a palavra sangue aparece mais de 400 vezes e cada passagem deve ser lida quando se estuda por assunto.

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O Ministro e sua Vida de Estudo4. APROVEITANDO O PERÍODO DE UMA HORA DIÁRIA DE ESTUDOTemas leves:Dedique-se dez minutos para fazer pesquisas bíblicas e responder questões alusivas ao assunto tratado.

Paráfrase de um livro Bíblico.Pode-se reservar os dez minutos finais para fazer uma paráfrase (*) de um livro da Bíblia. O estudante pode escrever a seu modo uma epístola ou um texto de difícil entendimento, colocando-o numa linguagem atual, no seu próprio estilo.

* Paráfrase é quando se escreve um texto paralelo.

Anotações: O obreiro pode se acostumar a carregar consigo um pequeno caderno ou folhas para anotar pensamentos e ideias que surgem enquanto medita na Palavra de Deus.

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O QUE ESTUDAR ?

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O Ministro e sua Vida de Estudoa) O estudante deve fazer um estudo sistemático de todos os

personagens principais da Bíblia.

b) Estudando tudo o que diz respeito às mulheres da Bíblia.

c) Estudando pessoas do Antigo Testamento que podem ser tipos de Cristo, como a vida de José, e temas como a redenção, igreja e a pessoa do Espírito Santo.

d) Identificando todas as profecias do Antigo Testamento que se cumpriram em Jesus e na igreja.

e) Estudando as dispensações e o que acontece e aconteceu em cada período dispensacional.

f) Tópicos. Existem dezenas de tópicos, como fé, amor, salvação, cura, perdão, vida eterna, coragem, etc. que podem ser estudados ao longo da vida de estudo.

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O Ministro e sua Vida de Estudog) Outros temas como: Cronologias, Números, Parábolas, Milagres, Os

ensinos de Jesus, (se possível memorizar todo o sermão da montanha, nos capítulos 5-7 de Mateus.)

h) Ainda pode estudar sobre metais e minerais, mencionados na Bíblia, como o ferro, cobre, prata, ouro e outros.

i) Pode ainda estudar Geografia, Doutrina, Orações, como a de Salomão e de outros que obtiveram grandes respostas.

j) Cristo. A vida de Jesus requer atenção especial porque é o modelo de fé a todos os cristãos e em especial os obreiros.

Vale ressaltar aqui as palavras de Paulo a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”

(1 Tm 2.15)

REFLEXÃO: Até que ponto o estudo exaustivo das escrituras pode afetar minha vida pessoal limitando-a apenas ao conhecimento teórico e não a prática?

CENTRALIDADE DA REFLEXÃO: É preciso conhecer profundamente as Escrituras para respondermos com sabedoria nossas próprias indagações e as indagações dos irmãos, e conhecer nossos limites.