CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAUDE -(Lei nº 8.080) - JORNAL DO BAIRRO / Antonio Cabral Filho - Julho...
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Lei 8.080 – Lei Orgânica da Saúde Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. TÍTULO II DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. CAPÍTULO I
CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAUDE -(Lei nº 8.080) - JORNAL DO BAIRRO / Antonio Cabral Filho - Julho 2015 - RJ
1. Lei 8.080 Lei Orgnica da Sade Dispe sobre as condies para a
promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento
dos servios correspondentes e d outras providncias. O PRESIDENTE DA
REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei: DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1 Esta lei regula, em todo
o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados isolada
ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas
naturais ou jurdicas de direito Pblico ou privado. TTULO I DAS
DISPOSIES GERAIS Art. 2 A sade um direito fundamental do ser
humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu
pleno exerccio. 1 O dever do Estado de garantir a sade consiste na
formulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem reduo
de riscos de doenas e de outros agravos e no estabelecimento de
condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos
servios para a sua promoo, proteo e recuperao. 2 O dever do Estado
no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade.
Art. 3 A sade tem como fatores determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao
expressam a organizao social e econmica do Pas. Pargrafo nico.
Dizem respeito tambm sade as aes que, por fora do disposto no
artigo anterior, se destinam a garantir s pessoas e coletividade
condies de bem-estar fsico, mental e social. TTULO II DO SISTEMA
NICO DE SADE DISPOSIO PRELIMINAR Art. 4 O conjunto de aes e servios
de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais,
estaduais e municipais, da Administrao direta e indireta e das
fundaes mantidas pelo Poder Pblico, constitui o Sistema nico de
Sade (SUS). 1 Esto includas no disposto neste artigo as instituies
pblicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade,
pesquisa e produo de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e
hemoderivados, e de equipamentos para sade. 2 A iniciativa privada
poder participar do Sistema nico de Sade (SUS), em carter
complementar. CAPTULO I
2. Dos Objetivos e Atribuies Art. 5 So objetivos do Sistema
nico de Sade SUS: I - a identificao e divulgao dos fatores
condicionantes e determinantes da sade; II - a formulao de poltica
de sade destinada a promover, nos campos econmico e social, a
observncia do disposto no 1 do art. 2 desta lei; III - a assistncia
s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da
sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das
atividades preventivas. Art. 6 Esto includas ainda no campo de
atuao do Sistema nico de Sade (SUS): I - a execuo de aes: a) de
vigilncia sanitria; b) de vigilncia epidemiolgica; c) de sade do
trabalhador; e d) de assistncia teraputica integral, inclusive
farmacutica; II - a participao na formulao da poltica e na execuo
de aes de saneamento bsico; III - a ordenao da formao de recursos
humanos na rea de sade; IV - a vigilncia nutricional e a orientao
alimentar; V - a colaborao na proteo do meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho; VI - a formulao da poltica de
medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros insumos de
interesse para a sade e a participao na sua produo; VII - o
controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de
interesse para a sade; VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos,
gua e bebidas para consumo humano; IX - a participao no controle e
na fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de
substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos; X - o
incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico e
tecnolgico; XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus
derivados. 1 Entende-se por vigilncia sanitria um conjunto de aes
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos sade e de intervir
nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e
circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade,
abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a sade, compreendidas todas as
etapas e processos, da produo ao consumo; e II - o controle da
prestao de servios que se relacionam direta ou indiretamente com a
sade.
3. 2 Entende-se por vigilncia epidemiolgica um conjunto de aes
que proporcionam o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer
mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de preveno e controle das doenas ou agravos. 3 Entende-se
por sade do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de
atividades que se destina, atravs das aes de vigilncia
epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo e proteo da sade dos
trabalhadores, assim como visa recuperao e reabilitao da sade dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies
de trabalho, abrangendo: I - assistncia ao trabalhador vtima de
acidentes de trabalho ou portador de doena profissional e do
trabalho; II - participao, no mbito de competncia do Sistema nico
de Sade (SUS), em estudos, pesquisas, avaliao e controle dos riscos
e agravos potenciais sade existentes no processo de trabalho; III -
participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS),
da normatizao, fiscalizao e controle das condies de produo, extrao,
armazenamento, transporte, distribuio e manuseio de substncias, de
produtos, de mquinas e de equipamentos que apresentam riscos sade
do trabalhador; IV - avaliao do impacto que as tecnologias provocam
sade; V - informao ao trabalhador e sua respectiva entidade
sindical e s empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho,
doena profissional e do trabalho, bem como os resultados de
fiscalizaes, avaliaes ambientais e exames de sade, de admisso,
peridicos e de demisso, respeitados os preceitos da tica
profissional; VI - participao na normatizao, fiscalizao e controle
dos servios de sade do trabalhador nas instituies e empresas
pblicas e privadas; VII - reviso peridica da listagem oficial de
doenas originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaborao a
colaborao das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato
dos trabalhadores de requerer ao rgo competente a interdio de
mquina, de setor de servio ou de todo ambiente de trabalho, quando
houver exposio a risco iminente para a vida ou sade dos
trabalhadores. CAPTULO II Dos Princpios e Diretrizes Art. 7 As aes
e servios pblicos de sade e os servios privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema nico de Sade (SUS), so
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituio Federal, obedecendo ainda aos seguintes princpios: I -
universalidade de acesso aos servios de sade em todos os nveis de
assistncia; II - integralidade de assistncia, entendida como
conjunto articulado e contnuo das aes e servios preventivos e
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em
todos os nveis de complexidade do sistema; III - preservao da
autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral;
IV - igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios
de qualquer espcie;
4. V - direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade;
VI - divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade
e a sua utilizao pelo usurio; VII - utilizao da epidemiologia para
o estabelecimento de prioridades, a alocao de recursos e a orientao
programtica; VIII - participao da comunidade; IX - descentralizao
poltico-administrativa, com direo nica em cada esfera de governo:
a) nfase na descentralizao dos servios para os municpios; b)
regionalizao e hierarquizao da rede de servios de sade; X -
integrao em nvel executivo das aes de sade, meio ambiente e
saneamento bsico; XI - conjugao dos recursos financeiros,
tecnolgicos, materiais e humanos da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios na prestao de servios de assistncia sade da
populao; XII - capacidade de resoluo dos servios em todos os nveis
de assistncia; e XIII - organizao dos servios pblicos de modo a
evitar duplicidade de meios para fins idnticos. CAPTULO III Da
Organizao, da Direo e da Gesto Art. 8 As aes e servios de sade,
executados pelo Sistema nico de Sade (SUS), seja diretamente ou
mediante participao complementar da iniciativa privada, sero
organizados de forma regionalizada e hierarquizada em nveis de
complexidade crescente. Art. 9 A direo do Sistema nico de Sade
(SUS) nica, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituio
Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes
rgos: I - no mbito da Unio, pelo Ministrio da Sade; II - no mbito
dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de
Sade ou rgo equivalente; e III - no mbito dos Municpios, pela
respectiva Secretaria de Sade ou rgo equivalente. Art. 10. Os
municpios podero constituir consrcios para desenvolver em conjunto
as aes e os servios de sade que lhes correspondam. 1 Aplica-se aos
consrcios administrativos intermunicipais o princpio da direo nica,
e os respectivos atos constitutivos disporo sobre sua observncia. 2
No nvel municipal, o Sistema nico de Sade (SUS), poder organizar-se
em distritos de forma a integrar e articular recursos, tcnicas e
prticas voltadas para a cobertura total das aes de sade. Art. 11.
(Vetado).
5. Art. 12. Sero criadas comisses intersetoriais de mbito
nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Sade, integradas
pelos Ministrios e rgos competentes e por entidades representativas
da sociedade civil. Pargrafo nico. As comisses intersetoriais tero
a finalidade de articular polticas e programas de interesse para a
sade, cuja execuo envolva reas no compreendidas no mbito do Sistema
nico de Sade (SUS). Art. 13. A articulao das polticas e programas,
a cargo das comisses intersetoriais, abranger, em especial, as
seguintes atividades: I - alimentao e nutrio; II - saneamento e
meio ambiente; III - vigilncia sanitria e farmacoepidemiologia; IV
- recursos humanos; V - cincia e tecnologia; e VI - sade do
trabalhador. Art. 14. Devero ser criadas Comisses Permanentes de
integrao entre os servios de sade e as instituies de ensino
profissional e superior. Pargrafo nico. Cada uma dessas comisses
ter por finalidade propor prioridades, mtodos e estratgias para a
formao e educao continuada dos recursos humanos do Sistema nico de
Sade (SUS), na esfera correspondente, assim como em relao pesquisa
e cooperao tcnica entre essas instituies. CAPTULO IV Da Competncia
e das Atribuies Seo I Das Atribuies Comuns Art. 15. A Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios exercero, em seu mbito
administrativo, as seguintes atribuies: I - definio das instncias e
mecanismos de controle, avaliao e de fiscalizao das aes e servios
de sade; II - administrao dos recursos oramentrios e financeiros
destinados, em cada ano, sade; III - acompanhamento, avaliao e
divulgao do nvel de sade da populao e das condies ambientais; IV -
organizao e coordenao do sistema de informao de sade; V - elaborao
de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade e
parmetros de custos que caracterizam a assistncia sade; VI -
elaborao de normas tcnicas e estabelecimento de padres de qualidade
para promoo da sade do trabalhador; VII - participao de formulao da
poltica e da execuo das aes de saneamento bsico e colaborao na
proteo e recuperao do meio ambiente;
6. VIII - elaborao e atualizao peridica do plano de sade; IX -
participao na formulao e na execuo da poltica de formao e
desenvolvimento de recursos humanos para a sade; X - elaborao da
proposta oramentria do Sistema nico de Sade (SUS), de conformidade
com o plano de sade; XI - elaborao de normas para regular as
atividades de servios privados de sade, tendo em vista a sua
relevncia pblica; XII - realizao de operaes externas de natureza
financeira de interesse da sade, autorizadas pelo Senado Federal;
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e
transitrias, decorrentes de situaes de perigo iminente, de
calamidade pblica ou de irrupo de epidemias, a autoridade
competente da esfera administrativa correspondente poder requisitar
bens e servios, tanto de pessoas naturais como de jurdicas,
sendo-lhes assegurada justa indenizao; XIV - implementar o Sistema
Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XV - propor a celebrao
de convnios, acordos e protocolos internacionais relativos sade,
saneamento e meio ambiente; XVI - elaborar normas tcnico-cientficas
de promoo, proteo e recuperao da sade; XVII - promover articulao
com os rgos de fiscalizao do exerccio profissional e outras
entidades representativas da sociedade civil para a definio e
controle dos padres ticos para pesquisa, aes e servios de sade;
XVIII - promover a articulao da poltica e dos planos de sade; XIX -
realizar pesquisas e estudos na rea de sade; XX - definir as
instncias e mecanismos de controle e fiscalizao inerentes ao poder
de polcia sanitria; XXI - fomentar, coordenar e executar programas
e projetos estratgicos e de atendimento emergencial. Seo II Da
Competncia Art. 16. A direo nacional do Sistema nico da Sade (SUS)
compete: I - formular, avaliar e apoiar polticas de alimentao e
nutrio; II - participar na formulao e na implementao das polticas:
a) de controle das agresses ao meio ambiente; b) de saneamento
bsico; e c) relativas s condies e aos ambientes de trabalho; III -
definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de
assistncia de alta complexidade;
7. b) de rede de laboratrios de sade pblica; c) de vigilncia
epidemiolgica; e d) vigilncia sanitria; IV - participar da definio
de normas e mecanismos de controle, com rgo afins, de agravo sobre
o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso na sade
humana; V - participar da definio de normas, critrios e padres para
o controle das condies e dos ambientes de trabalho e coordenar a
poltica de sade do trabalhador; VI - coordenar e participar na
execuo das aes de vigilncia epidemiolgica; VII - estabelecer normas
e executar a vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras,
podendo a execuo ser complementada pelos Estados, Distrito Federal
e Municpios; VIII - estabelecer critrios, parmetros e mtodos para o
controle da qualidade sanitria de produtos, substncias e servios de
consumo e uso humano; IX - promover articulao com os rgos
educacionais e de fiscalizao do exerccio profissional, bem como com
entidades representativas de formao de recursos humanos na rea de
sade; X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execuo
da poltica nacional e produo de insumos e equipamentos para a sade,
em articulao com os demais rgos governamentais; XI - identificar os
servios estaduais e municipais de referncia nacional para o
estabelecimento de padres tcnicos de assistncia sade; XII -
controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de
interesse para a sade; XIII - prestar cooperao tcnica e financeira
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios para o
aperfeioamento da sua atuao institucional; XIV - elaborar normas
para regular as relaes entre o Sistema nico de Sade (SUS) e os
servios privados contratados de assistncia sade; XV - promover a
descentralizao para as Unidades Federadas e para os Municpios, dos
servios e aes de sade, respectivamente, de abrangncia estadual e
municipal; XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema
Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XVII - acompanhar,
controlar e avaliar as aes e os servios de sade, respeitadas as
competncias estaduais e municipais; XVIII - elaborar o Planejamento
Estratgico Nacional no mbito do SUS, em cooperao tcnica com os
Estados, Municpios e Distrito Federal; XIX - estabelecer o Sistema
Nacional de Auditoria e coordenar a avaliao tcnica e financeira do
SUS em todo o Territrio Nacional em cooperao tcnica com os Estados,
Municpios e Distrito Federal. (Vide Decreto n 1.651, de 1995)
Pargrafo nico. A Unio poder executar aes de vigilncia epidemiolgica
e sanitria em circunstncias especiais, como na ocorrncia de agravos
inusitados sade, que possam escapar do controle da direo estadual
do Sistema nico de Sade (SUS) ou que representem risco de
disseminao nacional.
8. Art. 17. direo estadual do Sistema nico de Sade (SUS)
compete: I - promover a descentralizao para os Municpios dos
servios e das aes de sade; II - acompanhar, controlar e avaliar as
redes hierarquizadas do Sistema nico de Sade (SUS); III - prestar
apoio tcnico e financeiro aos Municpios e executar supletivamente
aes e servios de sade; IV - coordenar e, em carter complementar,
executar aes e servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) de
vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; e d) de sade do
trabalhador; V - participar, junto com os rgos afins, do controle
dos agravos do meio ambiente que tenham repercusso na sade humana;
VI - participar da formulao da poltica e da execuo de aes de
saneamento bsico; VII - participar das aes de controle e avaliao
das condies e dos ambientes de trabalho; VIII - em carter
suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a poltica de
insumos e equipamentos para a sade; IX - identificar
estabelecimentos hospitalares de referncia e gerir sistemas pblicos
de alta complexidade, de referncia estadual e regional; X -
coordenar a rede estadual de laboratrios de sade pblica e
hemocentros, e gerir as unidades que permaneam em sua organizao
administrativa; XI - estabelecer normas, em carter suplementar,
para o controle e avaliao das aes e servios de sade; XII - formular
normas e estabelecer padres, em carter suplementar, de
procedimentos de controle de qualidade para produtos e substncias
de consumo humano; XIII - colaborar com a Unio na execuo da
vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras; XIV - o
acompanhamento, a avaliao e divulgao dos indicadores de morbidade e
mortalidade no mbito da unidade federada. Art. 18. direo municipal
do Sistema de Sade (SUS) compete: I - planejar, organizar,
controlar e avaliar as aes e os servios de sade e gerir e executar
os servios pblicos de sade; II - participar do planejamento,
programao e organizao da rede regionalizada e hierarquizada do
Sistema nico de Sade (SUS), em articulao com sua direo
estadual;
9. III - participar da execuo, controle e avaliao das aes
referentes s condies e aos ambientes de trabalho; IV - executar
servios: a) de vigilncia epidemiolgica; b) vigilncia sanitria; c)
de alimentao e nutrio; d) de saneamento bsico; e e) de sade do
trabalhador; V - dar execuo, no mbito municipal, poltica de insumos
e equipamentos para a sade; VI - colaborar na fiscalizao das
agresses ao meio ambiente que tenham repercusso sobre a sade humana
e atuar, junto aos rgos municipais, estaduais e federais
competentes, para control-las; VII - formar consrcios
administrativos intermunicipais; VIII - gerir laboratrios pblicos
de sade e hemocentros; IX - colaborar com a Unio e os Estados na
execuo da vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras; X
- observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e
convnios com entidades prestadoras de servios privados de sade, bem
como controlar e avaliar sua execuo; XI - controlar e fiscalizar os
procedimentos dos servios privados de sade; XII - normatizar
complementarmente as aes e servios pblicos de sade no seu mbito de
atuao. Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuies
reservadas aos Estados e aos Municpios. CAPTULO V Do Subsistema de
Ateno Sade Indgena (Includo pela Lei n 9.836, de 1999) Art. 19-A.
As aes e servios de sade voltados para o atendimento das populaes
indgenas, em todo o territrio nacional, coletiva ou
individualmente, obedecero ao disposto nesta Lei. (Includo pela Lei
n 9.836, de 1999) Art. 19-B. institudo um Subsistema de Ateno Sade
Indgena, componente do Sistema nico de Sade SUS, criado e definido
por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o
qual funcionar em perfeita integrao. (Includo pela Lei n 9.836, de
1999) Art. 19-C. Caber Unio, com seus recursos prprios, financiar o
Subsistema de Ateno Sade Indgena. (Includo pela Lei n 9.836, de
1999) Art. 19-D. O SUS promover a articulao do Subsistema institudo
por esta Lei com os rgos responsveis pela Poltica Indgena do Pas.
(Includo pela Lei n 9.836, de 1999)
10. Art. 19-E. Os Estados, Municpios, outras instituies
governamentais e no- governamentais podero atuar complementarmente
no custeio e execuo das aes. (Includo pela Lei n 9.836, de 1999)
Art. 19-F. Dever-se- obrigatoriamente levar em considerao a
realidade local e as especificidades da cultura dos povos indgenas
e o modelo a ser adotado para a ateno sade indgena, que se deve
pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os
aspectos de assistncia sade, saneamento bsico, nutrio, habitao,
meio ambiente, demarcao de terras, educao sanitria e integrao
institucional. (Includo pela Lei n 9.836, de 1999) Art. 19-G. O
Subsistema de Ateno Sade Indgena dever ser, como o SUS,
descentralizado, hierarquizado e regionalizado.(Includo pela Lei n
9.836, de 1999) 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo
ter como base os Distritos Sanitrios Especiais Indgenas. (Includo
pela Lei n 9.836, de 1999) 2o O SUS servir de retaguarda e
referncia ao Subsistema de Ateno Sade Indgena, devendo, para isso,
ocorrer adaptaes na estrutura e organizao do SUS nas regies onde
residem as populaes indgenas, para propiciar essa integrao e o
atendimento necessrio em todos os nveis, sem discriminaes. (Includo
pela Lei n 9.836, de 1999) 3o As populaes indgenas devem ter acesso
garantido ao SUS, em mbito local, regional e de centros
especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a
ateno primria, secundria e terciria sade. (Includo pela Lei n
9.836, de 1999) Art. 19-H. As populaes indgenas tero direito a
participar dos organismos colegiados de formulao, acompanhamento e
avaliao das polticas de sade, tais como o Conselho Nacional de Sade
e os Conselhos Estaduais e Municipais de Sade, quando for o caso.
(Includo pela Lei n 9.836, de 1999) CAPTULO VI DO SUBSISTEMA DE
ATENDIMENTO E INTERNAO DOMICILIAR (Includo pela Lei n 10.424, de
2002) Art. 19-I. So estabelecidos, no mbito do Sistema nico de
Sade, o atendimento domiciliar e a internao domiciliar. (Includo
pela Lei n 10.424, de 2002) 1o Na modalidade de assistncia de
atendimento e internao domiciliares incluem- se, principalmente, os
procedimentos mdicos, de enfermagem, fisioteraputicos, psicolgicos
e de assistncia social, entre outros necessrios ao cuidado integral
dos pacientes em seu domiclio. (Includo pela Lei n 10.424, de 2002)
2o O atendimento e a internao domiciliares sero realizados por
equipes multidisciplinares que atuaro nos nveis da medicina
preventiva, teraputica e reabilitadora. (Includo pela Lei n 10.424,
de 2002) 3o O atendimento e a internao domiciliares s podero ser
realizados por indicao mdica, com expressa concordncia do paciente
e de sua famlia. (Includo pela Lei n 10.424, de 2002) CAPTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO
E PS-PARTO IMEDIATO (Includo pela Lei n 11.108, de 2005)
11. Art. 19-J. Os servios de sade do Sistema nico de Sade -
SUS, da rede prpria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a
presena, junto parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o
perodo de trabalho de parto, parto e ps-parto imediato. (Includo
pela Lei n 11.108, de 2005) 1o O acompanhante de que trata o caput
deste artigo ser indicado pela parturiente. (Includo pela Lei n
11.108, de 2005) 2o As aes destinadas a viabilizar o pleno exerccio
dos direitos de que trata este artigo constaro do regulamento da
lei, a ser elaborado pelo rgo competente do Poder Executivo.
(Includo pela Lei n 11.108, de 2005) Art. 19-L. (VETADO) (Includo
pela Lei n 11.108, de 2005) TTULO III DOS SERVIOS PRIVADOS DE
ASSISTNCIA SADE CAPTULO I Do Funcionamento Art. 20. Os servios
privados de assistncia sade caracterizam-se pela atuao, por
iniciativa prpria, de profissionais liberais, legalmente
habilitados, e de pessoas jurdicas de direito privado na promoo,
proteo e recuperao da sade. Art. 21. A assistncia sade livre
iniciativa privada. Art. 22. Na prestao de servios privados de
assistncia sade, sero observados os princpios ticos e as normas
expedidas pelo rgo de direo do Sistema nico de Sade (SUS) quanto s
condies para seu funcionamento. Art. 23. vedada a participao direta
ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistncia
sade, salvo atravs de doaes de organismos internacionais vinculados
Organizao das Naes Unidas, de entidades de cooperao tcnica e de
financiamento e emprstimos. 1 Em qualquer caso obrigatria a
autorizao do rgo de direo nacional do Sistema nico de Sade (SUS),
submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas
e os instrumentos que forem firmados. 2 Excetuam-se do disposto
neste artigo os servios de sade mantidos, em finalidade lucrativa,
por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes,
sem qualquer nus para a seguridade social. CAPTULO II Da Participao
Complementar Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem
insuficientes para garantir a cobertura assistencial populao de uma
determinada rea, o Sistema nico de Sade (SUS) poder recorrer aos
servios ofertados pela iniciativa privada. Pargrafo nico. A
participao complementar dos servios privados ser formalizada
mediante contrato ou convnio, observadas, a respeito, as normas de
direito pblico. Art. 25. Na hiptese do artigo anterior, as
entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos tero preferncia
para participar do Sistema nico de Sade (SUS). Art. 26. Os critrios
e valores para a remunerao de servios e os parmetros de cobertura
assistencial sero estabelecidos pela direo nacional do Sistema nico
de Sade (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Sade.
12. 1 Na fixao dos critrios, valores, formas de reajuste e de
pagamento da remunerao aludida neste artigo, a direo nacional do
Sistema nico de Sade (SUS) dever fundamentar seu ato em
demonstrativo econmico-financeiro que garanta a efetiva qualidade
de execuo dos servios contratados. 2 Os servios contratados
submeter-se-o s normas tcnicas e administrativas e aos princpios e
diretrizes do Sistema nico de Sade (SUS), mantido o equilbrio
econmico e financeiro do contrato. 3 (Vetado). 4 Aos proprietrios,
administradores e dirigentes de entidades ou servios contratados
vedado exercer cargo de chefia ou funo de confiana no Sistema nico
de Sade (SUS). TTULO IV DOS RECURSOS HUMANOS Art. 27. A poltica de
recursos humanos na rea da sade ser formalizada e executada,
articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em
cumprimento dos seguintes objetivos: I - organizao de um sistema de
formao de recursos humanos em todos os nveis de ensino, inclusive
de ps-graduao, alm da elaborao de programas de permanente
aperfeioamento de pessoal; II - (Vetado) III - (Vetado) IV -
valorizao da dedicao exclusiva aos servios do Sistema nico de Sade
(SUS). Pargrafo nico. Os servios pblicos que integram o Sistema
nico de Sade (SUS) constituem campo de prtica para ensino e
pesquisa, mediante normas especficas, elaboradas conjuntamente com
o sistema educacional. Art. 28. Os cargos e funes de chefia, direo
e assessoramento, no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), s podero
ser exercidas em regime de tempo integral. 1 Os servidores que
legalmente acumulam dois cargos ou empregos podero exercer suas
atividades em mais de um estabelecimento do Sistema nico de Sade
(SUS). 2 O disposto no pargrafo anterior aplica-se tambm aos
servidores em regime de tempo integral, com exceo dos ocupantes de
cargos ou funo de chefia, direo ou assessoramento. Art. 29.
(Vetado). Art. 30. As especializaes na forma de treinamento em
servio sob superviso sero regulamentadas por Comisso Nacional,
instituda de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participao
das entidades profissionais correspondentes. TTULO V DO
FINANCIAMENTO CAPTULO I
13. Dos Recursos Art. 31. O oramento da seguridade social
destinar ao Sistema nico de Sade (SUS) de acordo com a receita
estimada, os recursos necessrios realizao de suas finalidades,
previstos em proposta elaborada pela sua direo nacional, com a
participao dos rgos da Previdncia Social e da Assistncia Social,
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de
Diretrizes Oramentrias. Art. 32. So considerados de outras fontes
os recursos provenientes de: I - (Vetado) II - Servios que possam
ser prestados sem prejuzo da assistncia sade; III - ajuda,
contribuies, doaes e donativos; IV - alienaes patrimoniais e
rendimentos de capital; V - taxas, multas, emolumentos e preos
pblicos arrecadados no mbito do Sistema nico de Sade (SUS); e VI -
rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. 1 Ao Sistema
nico de Sade (SUS) caber metade da receita de que trata o inciso I
deste artigo, apurada mensalmente, a qual ser destinada recuperao
de viciados. 2 As receitas geradas no mbito do Sistema nico de Sade
(SUS) sero creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas
pela sua direo, na esfera de poder onde forem arrecadadas. 3 As aes
de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo
Sistema nico de Sade (SUS), sero financiadas por recursos tarifrios
especficos e outros da Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios
e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitao (SFH). 4
(Vetado). 5 As atividades de pesquisa e desenvolvimento cientfico e
tecnolgico em sade sero co-financiadas pelo Sistema nico de Sade
(SUS), pelas universidades e pelo oramento fiscal, alm de recursos
de instituies de fomento e financiamento ou de origem externa e
receita prpria das instituies executoras. 6 (Vetado). CAPTULO II Da
Gesto Financeira Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema nico
de Sade (SUS) sero depositados em conta especial, em cada esfera de
sua atuao, e movimentados sob fiscalizao dos respectivos Conselhos
de Sade. 1 Na esfera federal, os recursos financeiros, originrios
do Oramento da Seguridade Social, de outros Oramentos da Unio, alm
de outras fontes, sero administrados pelo Ministrio da Sade, atravs
do Fundo Nacional de Sade. 2 (Vetado). 3 (Vetado).
14. 4 O Ministrio da Sade acompanhar, atravs de seu sistema de
auditoria, a conformidade programao aprovada da aplicao dos
recursos repassados a Estados e Municpios. Constatada a malversao,
desvio ou no aplicao dos recursos, caber ao Ministrio da Sade
aplicar as medidas previstas em lei. Art. 34. As autoridades
responsveis pela distribuio da receita efetivamente arrecadada
transferiro automaticamente ao Fundo Nacional de Sade (FNS),
observado o critrio do pargrafo nico deste artigo, os recursos
financeiros correspondentes s dotaes consignadas no Oramento da
Seguridade Social, a projetos e atividades a serem executados no
mbito do Sistema nico de Sade (SUS). Pargrafo nico. Na distribuio
dos recursos financeiros da Seguridade Social ser observada a mesma
proporo da despesa prevista de cada rea, no Oramento da Seguridade
Social. Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
transferidos a Estados, Distrito Federal e Municpios, ser utilizada
a combinao dos seguintes critrios, segundo anlise tcnica de
programas e projetos: I - perfil demogrfico da regio; II - perfil
epidemiolgico da populao a ser coberta; III - caractersticas
quantitativas e qualitativas da rede de sade na rea; IV -
desempenho tcnico, econmico e financeiro no perodo anterior; V -
nveis de participao do setor sade nos oramentos estaduais e
municipais; VI - previso do plano qinqenal de investimentos da
rede; VII - ressarcimento do atendimento a servios prestados para
outras esferas de governo. 1 Metade dos recursos destinados a
Estados e Municpios ser distribuda segundo o quociente de sua
diviso pelo nmero de habitantes, independentemente de qualquer
procedimento prvio. 2 Nos casos de Estados e Municpios sujeitos a
notrio processo de migrao, os critrios demogrficos mencionados
nesta lei sero ponderados por outros indicadores de crescimento
populacional, em especial o nmero de eleitores registrados. 3
(Vetado). 4 (Vetado). 5 (Vetado). 6 O disposto no pargrafo anterior
no prejudica a atuao dos rgos de controle interno e externo e nem a
aplicao de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades
verificadas na gesto dos recursos transferidos. CAPTULO III Do
Planejamento e do Oramento Art. 36. O processo de planejamento e
oramento do Sistema nico de Sade (SUS) ser ascendente, do nvel
local at o federal, ouvidos seus rgos deliberativos,
compatibilizando-se as necessidades da poltica de sade com a
disponibilidade de recursos em planos de sade dos Municpios, dos
Estados, do Distrito Federal e da Unio.
15. 1 Os planos de sade sero a base das atividades e programaes
de cada nvel de direo do Sistema nico de Sade (SUS), e seu
financiamento ser previsto na respectiva proposta oramentria. 2
vedada a transferncia de recursos para o financiamento de aes no
previstas nos planos de sade, exceto em situaes emergenciais ou de
calamidade pblica, na rea de sade. Art. 37. O Conselho Nacional de
Sade estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaborao dos
planos de sade, em funo das caractersticas epidemiolgicas e da
organizao dos servios em cada jurisdio administrativa. Art. 38. No
ser permitida a destinao de subvenes e auxlios a instituies
prestadoras de servios de sade com finalidade lucrativa. DAS
DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 39. (Vetado). 1 (Vetado). 2
(Vetado). 3 (Vetado). 4 (Vetado). 5 A cesso de uso dos imveis de
propriedade do Inamps para rgos integrantes do Sistema nico de Sade
(SUS) ser feita de modo a preserv-los como patrimnio da Seguridade
Social. 6 Os imveis de que trata o pargrafo anterior sero
inventariados com todos os seus acessrios, equipamentos e outros 7
(Vetado). 8 O acesso aos servios de informtica e bases de dados,
mantidos pelo Ministrio da Sade e pelo Ministrio do Trabalho e da
Previdncia Social, ser assegurado s Secretarias Estaduais e
Municipais de Sade ou rgos congneres, como suporte ao processo de
gesto, de forma a permitir a gerencia informatizada das contas e a
disseminao de estatsticas sanitrias e epidemiolgicas
mdico-hospitalares. Art. 40. (Vetado) Art. 41. As aes desenvolvidas
pela Fundao das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do
Cncer, supervisionadas pela direo nacional do Sistema nico de Sade
(SUS), permanecero como referencial de prestao de servios, formao
de recursos humanos e para transferncia de tecnologia. Art. 42.
(Vetado). Art. 43. A gratuidade das aes e servios de sade fica
preservada nos servios pblicos contratados, ressalvando-se as
clusulas dos contratos ou convnios estabelecidos com as entidades
privadas. Art. 44. (Vetado). Art. 45. Os servios de sade dos
hospitais universitrios e de ensino integram-se ao Sistema nico de
Sade (SUS), mediante convnio, preservada a sua autonomia
administrativa, em relao ao patrimnio, aos recursos humanos e
financeiros, ensino, pesquisa e extenso nos limites conferidos
pelas instituies a que estejam vinculados.
16. 1 Os servios de sade de sistemas estaduais e municipais de
previdncia social devero integrar-se direo correspondente do
Sistema nico de Sade (SUS), conforme seu mbito de atuao, bem como
quaisquer outros rgos e servios de sade. 2 Em tempo de paz e
havendo interesse recproco, os servios de sade das Foras Armadas
podero integrar-se ao Sistema nico de Sade (SUS), conforme se
dispuser em convnio que, para esse fim, for firmado. Art. 46. o
Sistema nico de Sade (SUS), estabelecer mecanismos de incentivos
participao do setor privado no investimento em cincia e tecnologia
e estimular a transferncia de tecnologia das universidades e
institutos de pesquisa aos servios de sade nos Estados, Distrito
Federal e Municpios, e s empresas nacionais. Art. 47. O Ministrio
da Sade, em articulao com os nveis estaduais e municipais do
Sistema nico de Sade (SUS), organizar, no prazo de dois anos, um
sistema nacional de informaes em sade, integrado em todo o
territrio nacional, abrangendo questes epidemiolgicas e de prestao
de servios. Art. 48. (Vetado). Art. 49. (Vetado). Art. 50. Os
convnios entre a Unio, os Estados e os Municpios, celebrados para
implantao dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Sade,
ficaro rescindidos proporo que seu objeto for sendo absorvido pelo
Sistema nico de Sade (SUS). Art. 51. (Vetado). Art. 52. Sem prejuzo
de outras sanes cabveis, constitui crime de emprego irregular de
verbas ou rendas pblicas (Cdigo Penal, art. 315) a utilizao de
recursos financeiros do Sistema nico de Sade (SUS) em finalidades
diversas das previstas nesta lei. Art. 53. (Vetado). Art. 54. Esta
lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 55. So revogadas a
Lei n. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei n. 6.229, de 17 de
julho de 1975, e demais disposies em contrrio. Braslia, 19 de
setembro de 1990; 169 da Independncia e 102 da Repblica. FERNANDO
COLLOR Alceni Guerra Este texto no substitui o publicado no D.O.U.
de 20.9.1990