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Criando diálogo em textos de literatura, criação literária (síntese)

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DIÁLOGOS LITERÁRIOS

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Confira a versão simples, transcrita de

um diálogo

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[Diálogo com três participantes numa cozinha]

1. A: Se der sorte, eu ganho a bolsa.

2. B: É bom não contar com isso! Cê tem muito azar na profissão. Maior azarão!

3. C: O senhor é de Peixes?

4. A: Não. De Sagitário.

5. C: Peixes é que tem muito azar na profissão.

6. B: Quanto tempo faz que cê temperou ele? (apontando para um lombo assado no forno)

7. C: Uns vinte minutos.

8. B: Xiii! Acho que num vai pegar! Tem de deixar uma hora e meia. Bom, se der sorte, ele pega o tempero. Você passou bastante?

9. C: (assente com a cabeça)10. B: Então, se der sorte, ele pega.

11. A: E eu também.

12. B: Pega o quê?

13. A: A bolsa.

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Agora vejamos uma versão adaptada para a

literatura

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Adaptação literária

– Se der sorte, ganho a bolsa – diz o marido à mesa.

– É bom não contar com isso, você tem muito azar na profissão – retruca a esposa.

– O senhor é de Peixes? – pergunta a empregada.

– Não. De Sagitário.

– Peixes é que tem muito azar na profissão.

– Quanto tempo faz que você temperou esse lombo? – interrompe a mulher.

– Uns vinte minutos.

– Xi, acho que não vai pegar! Tem de deixar uma hora e meia. – Abre o forno, olha o aspecto do lombo e pergunta – Você passou bastante?

– Ahan.

– Então, se der sorte, ele pega.

– E eu também – intercede o marido, braço sustentando o rosto.

– Pega o quê?

– A bolsa.

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Por fim, vejamos uma versão com maior

participação do narrador, sem tanta abertura de

diálogo

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Recriação ficcional

O marido chega animado para o almoço, tira o casaco, os sapatos e senta-se anunciando para a esposa: se der sorte, ganho a bolsa!

Ela olha com aquele ar desconfiado, incrédulo. E responde apenas: é bom não contar com isso. Calam-se. A empregada, terminando de secar um prato, pergunta se o patrão é de peixes.

– Não. De Sagitário – responde.

– Peixes é que tem muito azar na profissão – diz.

A esposa, impaciente, volta-se para a outra e pergunta há quanto tempo ela temperara o lombo.

– Uns vinte minutos.

– Acho que não vai pegar! Tem de deixar uma hora e meia. – Abre o forno, olha o aspecto do lombo e pergunta se pelo menos passara bastante. A empregada acena que sim. – Então, se der sorte, ele pega.

– E eu também – intercede o marido, braço sustentando o rosto.

– Pega o quê?

– A bolsa.

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