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Crítica ao filme “The Draughtsman’s Contract” Este filme realizado por Peter Greenaway retrata a falsidade e a manipulação. No fundo a questão que é colocada com o desenrolar do filme é “ Quem explora quem?” somos logo iludidos que o pobre desenhador é que fica bem no meio da história toda. Mas como já afirmei é uma mera ilusão que a nossa mente cria. Mas como irei demonstrar é bastante óbvio que quem iria ficar mal é o senhor Neville. Ora bem, no desenrolar da história podemos observar que em certas paisagens retratadas, há o surgimento de certos “detalhes” deslocados do seu lugar. Segundo, a minha teoria, esses “detalhes” querem chamar a atenção do espectador para certos pormenores ou até para alguma intriga que irá aparecer mais tarde. Agora, vamos centralizarmos ainda mais nos desenhos realizados pelo senhor Neville. Pelo aquilo que constatei (ou percebi) os desenhos são a prova dos segredos escondidos na propriedade, mistérios esses que tendem a ser ignorados pela pessoa que esta assistir. Eu penso que cada desenho esconde uma história oculta, que cada pedaço de papel demonstra os crimes das personagens (do assédio sexual, das variadas conversas de conspiração, o adultério, homicídio…); cada desenho é a prova dos segredos que a propriedade esconde, ou seja, cada ilustração é um perigo para as personagens. Por isso, é que no final, os desenhos e o seu criador são destruídos pela propriedade e pelo conjunto de personagens. Mudando de assunto, há algo bastante interessante neste filme, uma “brincadeira” que o realizador faz, cada cena parece uma pintura. Ou seja, o filme parece a demonstração seguida de várias pinturas. Peter Greenaway pôde assim dar uma ilusão ótica através da perspetiva e os planos assimétricos. O que não podemos esquecer, depois desta curiosa visualização, é da contínua presença do Barroco que é bastante notável nas vestes das personagens (do brilho e do luxo que demonstram). O homens usavam perucas, sinais falsos, sapatos com um ligeiro salto e casacos compridos (devido à grande influência do rei francês D.Luis XIV); as mulheres, utilizavam na

Crítica ao filme " The Draughtsman's Contract"

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Page 1: Crítica ao filme " The Draughtsman's Contract"

Crítica ao filme “The Draughtsman’s Contract”

Este filme realizado por Peter Greenaway retrata a falsidade e

a manipulação. No fundo a questão que é colocada com o

desenrolar do filme é “ Quem explora quem?” somos logo iludidos

que o pobre desenhador é que fica bem no meio da história toda.

Mas como já afirmei é uma mera ilusão que a nossa mente cria.

Mas como irei demonstrar é bastante óbvio que quem iria ficar mal

é o senhor Neville.

Ora bem, no desenrolar da história podemos observar que em

certas paisagens retratadas, há o surgimento de certos “detalhes”

deslocados do seu lugar. Segundo, a minha teoria, esses “detalhes”

querem chamar a atenção do espectador para certos pormenores

ou até para alguma intriga que irá aparecer mais tarde. Agora,

vamos centralizarmos ainda mais nos desenhos realizados pelo

senhor Neville. Pelo aquilo que constatei (ou percebi) os desenhos

são a prova dos segredos escondidos na propriedade, mistérios

esses que tendem a ser ignorados pela pessoa que esta assistir. Eu

penso que cada desenho esconde uma história oculta, que cada

pedaço de papel demonstra os crimes das personagens (do assédio

sexual, das variadas conversas de conspiração, o adultério,

homicídio…); cada desenho é a prova dos segredos que a

propriedade esconde, ou seja, cada ilustração é um perigo para as

personagens. Por isso, é que no final, os desenhos e o seu criador

são destruídos pela propriedade e pelo conjunto de personagens.

Mudando de assunto, há algo bastante interessante neste

filme, uma “brincadeira” que o realizador faz, cada cena parece uma

pintura. Ou seja, o filme parece a demonstração seguida de várias

pinturas. Peter Greenaway pôde assim dar uma ilusão ótica através

da perspetiva e os planos assimétricos.

O que não podemos esquecer, depois desta curiosa

visualização, é da contínua presença do Barroco que é bastante

notável nas vestes das personagens (do brilho e do luxo que

demonstram). O homens usavam perucas, sinais falsos, sapatos

com um ligeiro salto e casacos compridos (devido à grande

influência do rei francês D.Luis XIV); as mulheres, utilizavam na

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mesma vestidos apesar de serem mais “modernos” continuavam a

ser volumosos, usavam o cabelo com penteados e também com um

fontage (um acessório bastante semelhante a um chapéu

estruturados com arame enfeitado com rendinhas na vertical). Em

termos de traje, é importante também sublinhar que o desenhador

era de uma ordem inferior (visto que usava um casaco preto

simples) e só após de engravidar a filha da senhora Herbert é que

passou a usar roupas luxuosas (porque subiu socialmente).