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Ed inclusiva unidade 1

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CAMINHOS PERCORRIDOS PELA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

UNIDADE 1Professor Tutor-Externo: Esp. Daniel

Rodrigues de Lima.

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Contextualizar o caminho percorrido pela educação inclusiva até os dias atuais;

• Analisar as mudanças relacionadas ao conceito de necessidades especiais;

• Discutir o processo de inclusão escolar como uma trajetória histórica e social;

• Conceituar necessidades especiais e condutas típicas.

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Tópico 1-HISTÓRIA DA EDUAÇÃO INCLUSIVA

Introdução:• Essa disciplina se fundamenta em uma sociedade que reconheça e

valorize as diferenças.• a inclusão escolar deve negar toda a prática de exclusões e de

segregaçõesque as pessoas com deficiência passaram durante muito tempo e definir alguns padrõessociais que, anteriormente, eram considerados comuns e que, atualmente, foram substituídospor outros como aceitação, valorização, convivência e aprendizagem através da cooperação.

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2.História da educação inclusiva

• As pessoas com necessidades especiais, ao longo dos tempos, foram vistas pelasociedade de várias maneiras e sob diferentes enfoques, ou seja, foram consideradas conforme as concepções de homem e de sociedade, valores sociais, morais, religiosos e éticos de cada momento histórico.

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2.História da educação inclusivaFase I: as pessoas com necessidades especiais eram mortas e abandonadas ao nascer.

• Fase II: na idade antiga, as pessoas com necessidades especiais tinham ligações demoníacas.

• Fase III: no século XIX, a igreja começa a impulsionar uma visão caritativa.

• Fase IV: em meados do século XIX, inicia uma visão médica sobre as necessidades especiais.

• Fase V: na década de 60, começam a surgir instituições segregadas de atendimento às pessoas com necessidades especiais.

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2.História da educação inclusiva

• Fase VI: as ideias sobre a Integração surgiram no final da década de 60, mas foram vivenciadasna década de 80. Significa inserir a pessoa com necessidades especiais na vida social, semque o meio sofra qualquer alteração, ou seja, a pessoa já deveria ter sido preparada paraingressar neste meio.• Fase VII: no início da década de 90, o processo de Inclusão Escolar passa a ser o focoprincipal da educação especial, mantendo estes princípios até os dias atuais. Significa umatransformação da estrutura social para que a pessoa com necessidades especiais seja inseridano meio social.

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2. 1 Integração escolar

Ao final da década de 60, iniciou-se o movimento pela integração social que planejava “[...] inserir as pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer [...]”, (SASSAKI, 1999, p. 31), mas este processo foi mais vivenciado nadécada de 80.

Assim, a integração social surgiu da necessidade de inserir na sociedade o indivíduo com necessidades especiais, sem que a sociedade se modifique. Na realidade, quem deveria, então, estar preparada e capacitada para ser inserida no meio social era a pessoa com necessidades especiais. Para isto, recorriam-se aos métodos clínicos, para poder ensinar esta pessoa a socializar-se de maneira “normal”, conforme a sociedade estava organizada.

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2. 1. 1 Compreendendo as nomenclaturas

A Educação inclusiva iniciou-se com a declaração dos direitos humanos em 1948, apontando a “igualdade de direitos”.

Educação Especial: trata-se do atendimento em instituições especializadas.

Educação Inclusiva: trata-se da inclusão de alunos com necessidades especiais em escolas comuns.

Integração: segundo Mantoan (2003, p. 23), a integração insere o aluno no contexto escolar, porém não garante a inclusão deste aluno. o aluno transita entre o sistema escolar, mas não participa como sujeito ativo em meio a uma educação para a diversidade, trata-se do “especial na educação”.

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2. 1. 1 Compreendendo as nomenclaturas

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2.2 introdução a inclusão escolarA partir da década de 90, na Conferência de Jomtien, em 1990, e na Conferência Mundialde Educação Especial, ocorrida em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, que através da“Declaração de Salamanca”, surge então a Inclusão escolar que veio para romper o paradigmaeducacional existente e para romper com a estrutura curricular fechada e com a homogeneidadena escola. Depois de tantos anos de isolamento e segregação, as pessoas com necessidadesespeciais estão sendo reconhecidas como cidadãos e aceitas na escola comum.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA1 INTRODUÇÃO

A Inclusão pressupõe mudança de velhas práticas. Mudança supõe novasformas de pensar e, ao mesmo tempo, de organizar a realidade. A inclusão é o resultado deum processo de acumulação de necessidades históricas, e este acúmulo de necessidadesresulta nas transformações que vêm ocorrendo na sociedade.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA2 INCLUSÃO ESCOLAR

A Inclusão surge, então, para romper o paradigma educacional existente, rompendocom a estrutura curricular fechada e com a homogeneidade na escola. Os antigos paradigmascomeçam a ser repensados por uma nova visão educacional. Depois de tantos anos deisolamento e segregação, as pessoas com necessidades especiais estão sendo reconhecidascomo cidadãs e aceitas na escola comum.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA2 INCLUSÃO ESCOLAR

Exemplos de terminologias expressões utilizadas para designar as pessoas com necessidades especiais através da história, de acordo com Romeu Kazumi Sassaki (SILVEIRA; NASCIMENTO 2013, p.18).Adolescente normal: desejando referir-se a umadolescente (uma criança ou um adulto) que não possuanecessidades especiais. A normalidade, em relação apessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.TERMOS CORRETOS: adolescente (criança, adulto)sem deficiência ou, ainda, adolescente (criança, adulto)não deficiente.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA2 INCLUSÃO ESCOLARA escola inclusiva parte do pressuposto de que todas as crianças podem aprender e fazer parte da vida escolar e social. A diversidade é valorizada, acreditando que as diferenças fortalecem a turma e oferecem a todos os envolvidos maiores oportunidades para aprendizagem.

Esta escola baseia-se em princípios, tais como:

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA2 INCLUSÃO ESCOLAR- Aceitação das diferenças individuais como atributo e

não como obstáculo.

- Educação como direito de todos, ou seja, o direito de pertencer.- Igualdade de oportunidades – o igual valor entre os

dominantes e os dominados.- Convívio social, todos crescem nessa relação.- Cidadania – englobam os direitos políticos, civis, econômicos, culturais e sociais.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA3 CONSTRUÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR1-frequência de todos os alunos em sala de aula comum, com amesma faixa etária.2-frequencia do aluno com necessidades especiais em uma escola de sua comunidade.

3-o professor é responsável por todos os alunos, independente de suaspeculiaridades.

4-adaptação curricular.

5-metodologias diferenciadas.

6-participação e colaboração de diversos profissionais.

7-inclusão do aluno na vida social da escola.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS1 Senso de pertencer: Filosofia e visão de que todas as crianças pertencemà escola e à comunidade e de que podem aprenderjuntos.2 Liderança: A equipe gestora envolve-se ativamente com a escolatoda no provimento de estratégias inclusivas.3 Padrão de excelência: os altos resultados educacionais refletem asnecessidades individuais dos alunos, ou seja, nãolimitar o nível de ensino.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS4 Colaboração e cooperação: Envolvimento de alunos em estratégias de apoiomútuo; colaboração da turma.5 Novos papéis e responsabilidades: os professores falam menos e assessoram mais,todo o pessoal da escola faz parte do processo deaprendizagem, e é responsável pelos alunos.6 Parceria com os pais: os pais são parceiros igualmente essenciais naeducação de seus filhos.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS7 Acessibilidade: Todos os ambientes físicos são tornados acessíveis e,quando necessária, é oferecida tecnologia assistiva.8Ambientes flexíveis deaprendizagem: Espera-se que os alunos se promovam de acordo com o estilo e ritmo individual de aprendizagem e não de uma única maneira para todos.9.Estratégias baseadas empesquisas: Aprendizado cooperativo, adaptação curricular,ensino de iguais, instrução direta, ensino recíproco,treinamento em habilidades sociais, instrução assistidapor computador, treinamento em habilidades deestudar etc.

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS10 Novas formas de avaliaçãoescolarDependendo cada vez menos de testes padronizados,a escola usa novas formas para avaliar o progressode cada aluno rumo aos respectivos objetivos.11 Desenvolvimento profissionalcontinuadoAos professores são oferecidos cursos deaperfeiçoamento contínuo visando à melhoria d

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

4 ADAPTAÇÕES DE PEQUENO E GRANDE PORTE

Pequeno porte: Ambiente favorável à participação do aluno;Melhores níveis de comunicação e interação;Participação do aluno nas atividades escolares;Recursos e materiais específicos;Adaptação de materiais;Sistemas alternativos de comunicação;Um olhar inclusivo;

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2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

4 ADAPTAÇÕES DE PEQUENO E GRANDE PORTE

Grande porte: Adaptação de acesso ao currículo;Adaptação de objetivos;Adaptação de conteúdos específicos;Adaptação do método e organização didática;Adaptação do sistema de avaliação;Homogeneidade etáriaAdaptação de temporalidade.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

1- INTRODUÇÃOÉ importante mencionar que a legislação sobre a Educação inclusiva vem avançandoe modificando-se constantemente. Devemos acompanhar estas mudanças para melhorcompreendermos esses avanços e relacioná-los às práticas sociais e educativas.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA2 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS• Declaração Universal dos Direitos Humanos – esta declaração assegura às pessoas com deficiência os mesmos direitos de todos os cidadãos, tais como: direito à liberdade, a uma vida digna, à educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e à livre participação na comunidade.

• Declaração de Jomtien – em 1990, aconteceu em Jomtien, na Tailândia, a Conferência Mundial sobre Educação para todos, na qual o Brasil participou. Assim, ao assinar estaDeclaração, o Brasil assume o compromisso perante a comunidade internacional de erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental no país.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA2 DOCUMENTOS INTERNACIONAIS• Declaração de Salamanca – foi construída na Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, em Salamanca (Espanha), em 1994, realizada pela UNESCO. o objetivo principal desta conferência foi a atenção educacional aos alunoscom necessidades educacionais especiais.

• Convenção de Guatemala – Trata-se de uma convenção que foi realizada em Guatemala, em 1999, da qual vários países sul-americanos são signatários, inclusive o Brasil. Nestaconvenção o foco foi a eliminação da discriminação contra as pessoas com deficiência. Esse documento dispõe que as pessoas com deficiência não podem receber tratamentosdiferenciados que impliquem exclusão ou restrição ao exercício dos mesmos direitos que asdemais pessoas têm.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA• ECA – Estatuto da Criança e Adolescente – Este estatuto, na Lei n° 8.069, de 1990, em seu art. 53, no que se refere à educação, estabelece que “toda criança e adolescente tem o direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para oexercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. Além disso, assegura:

- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.- Direito de ser respeitado por seus educadores.- Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA• LDB 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – A LDB 9.394 reserva um capítulo exclusivo para a educação especial (Cap. V), e isto parece relevante para uma área tão pouco contemplada, historicamente, nas políticas públicas brasileiras. o destaque reafirma o direito à educação, pública e gratuita, das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades.

Um fato relevante é que, a partir desta lei, os municípios brasileiros receberam a responsabilidade da universalização do ensino, referente à Educação Infantil e Ensino Fundamental. Assim, o município passou a responsabilizar-se pelas decisões e açõespolíticas para a implementação da educação inclusiva no âmbito da Educação Infantil e Ensino Fundamental.

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3 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRAO documento mais recente que se refere à educação inclusiva, no ano de 2011, data da publicação deste Caderno de Estudos, é a portaria nº 948/2007. Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, documento elaborado por um grupo de trabalhonomeado pelo próprio Ministério da Educação que, “acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação dequalidade para todos os alunos”.

Este documento objetiva “assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação”.

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3 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS2 DE QUEM ESTAMOS FALANDOConceituar as necessidades educacionais especiais na atualidade é tarefa difícil em meio a tantos avanços nos estudos e legislações acerca da Inclusão Escolar. No entantocom base na legislação vigente no ano de 2011, apontamos neste grupo as pessoas comdeficiências (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla), pessoas com transtorno global do desenvolvimento, com altas habilidades/superdotação e com síndromes.

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4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS3- CONCEITOS HISTÓRICOS SOBRE DEFICIÊNCIA

Nas novas concepções educacionais, a criança com necessidades especiais passa a ser vista como um ser humano que se desenvolve. Neste desenvolvimento, estão inseridos diversos aspectos que são características únicas e individuais. A ideia de quetodas as crianças em uma determinada idade deveriam estar com um determinado nível de desenvolvimento, passou a ficar ultrapassada, pois através destas concepções constrói-se anoção de desenvolvimento individual, de acordo com o meio, com o estímulo recebido e com seu organismo. A criança com necessidades especiais torna-se um indivíduo que tem uma maneira especial de se desenvolver, uma maneira diferente, e não mais uma variante numérica do desenvolvimento normal.

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4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS3- CONCEITOS HISTÓRICOS SOBRE DEFICIÊNCIA

• A teoria sócio-interacionista de Vygotsky nega as concepções que explicam a deficiênciasomente sobre a ótica biológica, afirmando que a deficiência é tanto de caráter biológico comosocial, ou seja, ao invés de buscarmos somente fatores biológicos para compreendermos adeficiência, temos que buscar e relacionar a história e a vida social deste sujeito.

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4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS4 INTRODUÇÃO À DEFECTOLOGIA- PRINCIPIO DO DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DA INTERAÇÃO SOCIAL.

O estudo sobre a deficiência e o desenvolvimento de crianças com deficiência, adefectologia, como denomina Vygotsky, passa a enfatizar o desenvolvimento da criança e suaspotencialidades, e não mais a impossibilidade, a incapacidade, e isso influencia a própria práticaeducacional destes indivíduos. Esta ideia passa a ser o centro metodológico da defectologia.

O importante não é apenas saber a alteração biológica do sujeito, mas buscar compreender que interações sociais ele tem e quais situações de aprendizagem ele já conheceu.

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4 O QUE SÃO NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS4. 1 Princípio da compensação social Podemos dizer que a criança que possui uma diminuição desua posição social em função de sua necessidade especial, fica prejudicada em relação ao seudesenvolvimento. Ou então, podemos afirmar que a qualidade destas interações sociais podefazer com que este indivíduo com necessidades especiais consiga superar suas necessidades,criando aquilo que Vygotsky (1995) chama de Compensação Social.

O desenvolvimento da criança com necessidades especiais passa a ficar dependenteda sua situação social, que pode, assim, desenvolver compensações que o façam conquistaruma plena participação social.

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4 CONDUTAS TÍPICAS1 IntroduçãoO termo Condutas Típicas refere-se a uma variedade de comportamentos, que dificulta sua definição em um único conceito.Mas, segundo o Ministério da Educação e Cultura – Secretaria de Educação Especial, Condutas Típicas são as manifestações comportamentais típicas de pessoas com síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira Atendimento Educacional Especializado -(AEE).Esses comportamentos requerem um atendimento especializado e normalmente se manifestam em dois opostos:• Pode ser representada com comportamentos voltados para si mesmo – fobias, automutilação, timidez excessiva, recusa em interagir com o outro.• Pode ser representado com comportamentos voltados ao ambiente – agredir, mentir, roubar, gritar, se agitar.

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4 CONDUTAS TÍPICAS2 Como são os alunos com condutas típicas.Os principais aspectos comportamentais evidenciados são:• Falta com a verdade; • Prática de pequenos furtos (para chamar a atenção). • Grita, não fala. • Fala o tempo todo.• Fala sozinho. • Locomove-se o tempo todo.• Autoagressão (automutilação) e/ou agressão com os outros. • Recusa em seguir regras e normas estabelecidas. • Dificuldade de relação com os colegas e professores. • Ausência ou pouco contato visual. • Destrói propriedade alheia.• Desatenção. • Medos excessivos, fobias. • Movimentos contínuos e repetitivos.• Comportamentos estranhos. • Comportamentos maliciosos, vingativos.• Fala desconexa. • Birras constantes, cuspir, morder, gritar. • Comportamento de desafio e de oposição. • Imitação excessiva das ações dos outros. • Choro/riso imotivados, e outros. • Recusa em verbalizar.• Timidez excessiva.

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4 CONDUTAS TÍPICAS3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH3.1 Conceito• Hiperatividade: está relacionada com a falta de concentração e por intensa agitação física, sendo geralmente acompanhada por impulsividade exagerada. Suas principais características são:• Ficar mexendo as mãos e/ou os pés quando sentado.• Não parar sentado por muito tempo.• Pular, correr excessivamente em situações inadequadas.• Apresenta uma sensação interna de inquietude.• É bastante barulhento para jogar e divertir-se.• É extremamente agitado sempre.• Fala demais e muito depressa.• Responde as perguntas antes de elas serem finalizadas.• Sente grande dificuldade em esperar sua vez.• Intromete-se em conversas em jogos dos outros.• Distúrbio de ritmo na fala.

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4 CONDUTAS TÍPICAS3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH3.1 ConceitoConforme o DSM – IV (Manual de Diagnóstico de Desordens Mentais), o TDAHcaracteriza-se por uma persistente desatenção e/ou por uma impulsividade/hiperatividade que é mais frequente e mais intensa do que a observada em outras pessoas. Ele tem trêscaracterísticas básicas: desatenção, agitação e a impulsividade.• Déficit de Atenção: está relacionado apenas a concentração do indivíduo. Muitas vezes seucomportamento é apático. Suas principais características são:• Dificuldade em concentrar-se em tarefas ou em jogos.• Não presta atenção no que lhe é dito.• Tem dificuldade de seguir regras e instruções.• geralmente não termina o que começa.• É desorganizado com as tarefas e com os materiais.• Perde coisas importantes.• Distrai-se facilmente com coisas que não têm nada a ver com o que estava fazendo.• Esquece compromissos e tarefas.• Tem dificuldade em lembrar recados, mesmo os mais simples.

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4 CONDUTAS TÍPICAS3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH3.1 ConceitoConforme o DSM – IV (Manual de Diagnóstico de Desordens Mentais), o TDAHcaracteriza-se por uma persistente desatenção e/ou por uma impulsividade/hiperatividade que é mais frequente e mais intensa do que a observada em outras pessoas. Ele tem trêscaracterísticas básicas: desatenção, agitação e a impulsividade.• Déficit de Atenção: está relacionado apenas a concentração do indivíduo. Muitas vezes seucomportamento é apático. Suas principais características são:• Dificuldade em concentrar-se em tarefas ou em jogos.• Não presta atenção no que lhe é dito.• Tem dificuldade de seguir regras e instruções.• geralmente não termina o que começa.• É desorganizado com as tarefas e com os materiais.• Perde coisas importantes.• Distrai-se facilmente com coisas que não têm nada a ver com o que estava fazendo.• Esquece compromissos e tarefas.• Tem dificuldade em lembrar recados, mesmo os mais simples.

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4 CONDUTAS TÍPICAS3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH3.2 CausasEste transtorno ainda não tem uma causa definida, porém desconfia-se de que suascausas poderiam ser:• Pré-natais: álcool e drogas, prematuridade.• Perinatais: Anóxia e hemorragia intracraniana.• Pós-natais: encefalites, meningites, traumatismo craniano.• A incidência é maior em meninos, chegando a 80% dos casos, do que em meninas. Alguns autores colocam que cerca de 20% dos pais e 21% dos irmãos também apresentavam este transtorno. Muitas vezes o TDAH é confundido com falta de limites, porém, são fatores diferentes que influenciam tais comportamentos.

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4 CONDUTAS TÍPICAS3 transtorno de déficit de atenção e /ou hiperatividade-TDAH3.2. 1 Relação FamiliarA relação da criança com a família é fundamental para seu desenvolvimento. Nestescasos, geralmente, esta relação é repleta de atritos e bastante tumultuada, devido à dificuldade que os pais têm de aceitar o comportamento de seu filho.

Por isso, a escola terá que sugerir alguns acordos com a família de participação ativana reeducação desta criança.

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REFERÊNCIAS

SILVEIRA, Tatiana dos Santos da; NASCIMENTO, Luciana Monteiro do. Educação Inclusiva. Indaial: Uniasselvi, 2013.