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PUB PUB IC19: autarcas contra colocação de portagens CONCELHO. Pág. 4 Número insuficiente de polícias põe em causa a segurança CONCELHO. Pág. 5 Tem entulho à porta? A culpa é da P.I.D.E. OPINIÃO. Pág. 14 Aumentos indignam clientes da CP AGUALVA-CACÉM. Pág. 11 Presidente da Junta quer elevar Massamá a vila QUELUZ. Pág. 12 Feiras medievais estão na moda CULTURA. São itinerantes, por vezes nobres, outras plebeus, alguns travam batalhas contra os mouros e dão graça às feiras medievais um pouco por todo o pais. Na Feira Medieval de Sintra, os actores recriaram um mercado do reinado de Dom Dinis (1261-1329) e animaram o público que de 29 a 31 de Julho se deslocou ao Largo de São Pedro. Concelho, 6

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Última edição do Correio de Sintra.

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IC19: autarcas contra colocação de portagensCONCELHO. Pág. 4

Número insuficiente de polícias põe em causa a segurança

CONCELHO. Pág. 5

Tem entulho à porta? A culpa é da P.I.D.E.

OPINIÃO. Pág. 14

Aumentos indignam clientes da CP

AGUALVA-CACÉM. Pág. 11

Presidente da Junta quer elevar Massamá a vila

QUELUZ. Pág. 12

Feiras medievais estão na modaCULTURA. São itinerantes, por vezes nobres, outras plebeus, alguns travam batalhas contra os mouros e dão graça às feiras medievais um pouco por todo o pais. Na Feira Medieval de Sintra, os actores recriaram um mercado do reinado de Dom Dinis (1261-1329) e animaram o público que de 29 a 31 de Julho se deslocou ao Largo de São Pedro. Concelho, 6

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Salta à vista...editorialPortagens são uma piada de mau gosto?O estado de choque foi geral e

abrangeu também concelhos limí-trofes de Sintra, como a Amadora, que veria as suas estradas locais serem alternativa ao pagamento de portagens no IC19. O anúncio da ale-gada intenção da Estradas de Por-tugal de introduzir portagens nos Itinerários Principais (IP) e Com-plementares (IC) em todo o país deu o alerta. Será que também queriam incluir essa medida na autêntica galinha dos ovos de ouro que seria o IC19, com os milhares de veículos que ali circulam diariamente?

Pode até parecer uma brincadeira, de muito mau gosto diga-se, como afirmou a Comissão para a Mobili-dade e Transportes no concelho de Sintra. Mas nos tempos que correm, de enormes esforços pedidos aos portugueses, esta seria a machadada final na aparente acalmia que existe entre a população - que todos os dias ouve falar de aumento dos preços dos transportes, do IVA, dos medi-camentos, dos combustíveis, só para referir alguns – e o Governo. E os cortes substanciais na despesa, per-guntam alguns? É certo que o corte em quinze motoristas do ministério pode alegrar o ministro da Eco-nomia mas os portugueses conti-nuam à espera de mais medidas res-tritivas da despesa pública.

Ora, as brincadeiras de mau gosto têm-se acumulado todos os dias nas páginas dos jornais. E por essa razão os sintrenses temeram perante a possibilidade desta ideia estapa-fúrdia de colocar portagens no único acesso gratuito à capital portuguesa. A Estradas de Portugal tentou a sua sorte, mas os autarcas puseram-se do lado das populações que os ele-geram e batem o pé a essa tentativa de por a informação a circular.

Para agravar as já depaupe-radas bolsas dos sintrenses bastou o aumento de cerca de 25 por cento do preço dos passes da CP. Também aqui Sintra foi penalizada. É que os aumentos foram maiores do que noutros concelhos.

Apesar da polémica, o Governo não comenta o assunto. É a Passos Coelho que cabe a decisão. Mas este silêncio não deixa de assustar. É que se a intenção é privatizar a CP, por-tajar o IC19 iria aumentar o número

de utilizadores do transporte ferro-viário. Brincadeira de mau gosto ou intenções dissimuladas? Não pode ser só Sintra a pagar a crise.

Joaquim Reis

Em Sacotes, Algueirão-Mem Martins, o que uns apelidam de falta de civismo por parte de residentes provoca, por vezes, a acumulação de lixo junto aos contentores. Apesar de existir um contacto telefónico disponível para a recolha de lixo volumoso, muitos continuam a depositá-lo junto aos caixotes do lixo, provocando situações como esta. Será que, ao menos, não o poderiam fazer nos dias estipulados para a recolha de lixo volumoso?

Nos tempos que correm, as medidas de contenção de custos chegam a todo o lado. Na estação de Queluz-Belas só quem chega e parte para Lisboa tem direito a escadas rolantes a funcionar. Há mais de três meses que quem segue para, e chega em direcção a Sintra tem de, literalmente escalar as escadas. A juntar ao desligamento de parte da iluminação pública exterior da estação, esta é mais uma medida de corte que afecta os utilizadores dos transportes ferroviários. Mas será mesmo este um corte de despesa ou pura inércia da CP?

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2 Correio de Sintra 5 de Agosto de 201122

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ConcelhoConcelhoAutarcas contra colocação de portagens no IC19

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POLÍTICA. Os presidentes de juntas de freguesia do concelho de Sintra rejeitam a possibilidade de serem introduzidas portagens no IC19, considerando que não existem alternativas viáveis a este acesso a Lisboa. Alguns mostram-se disponíveis para protestar juntamente com a população. No entanto, a Estradas de Portugal já veio desmentir ser sua intenção colocar portagens nesta via.

“Eu não aceitarei essa medida. Não há uma única alternativa ao IC19 a não ser a já portajada A16. Ficaríamos encurralados sem alterna-tiva no acesso a Lisboa, iria afectar os moradores e o sector empresarial iria ficar estrangulado”, considerou Manuel do Cabo, presidente da junta de Algueirão-Mem Martins, freguesia que se encontra a vinte quilómetros da capital.

Para o social-democrata Filipe Santos, autarca de Rio de Mouro, “a popu-

lação nunca iria aceitar” esta medida, muito menos depois dos aumentos, alguns deles na ordem dos 25 por cento, nas tarifas dos transportes públicos.

“O IC19 não sofre uma manutenção suficiente para se exigir a colocação de por-tagens. Estarei do lado da população pois já tenho a freguesia dividida ao meio pelo IC19, e a única forma de se deslocarem cá dentro é precisamente através dessa via”, disse.

A socialista Fátima Campos, autarca de Monte Abraão, considera que os responsáveis da Estradas de Portugal “só podem estar loucos para ponderarem a colocação de portagens” no IC19.

“Não há alternativa. Tudo farei com a minha população para impedir isso. Era só o que faltava. Estou chocada e nunca imaginei que ponde-rassem isso”, disse.

Também o autarca de Mas-samá, localidade onde reside o actual primeiro-ministro,

contesta esta medida, con-siderando que seria “a machada final” na situação de muitas famílias residentes no concelho de Sintra.

“É evidente que seria sempre um financiamento garantido dada a quantidade de viaturas que circulam dia-riamente no IC19. É impen-sável, estarei sempre ao lado da população na contestação a essa ideia”, disse Pedro Matias da coligação Mais Sintra (PSD e CDS-PP).

O presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara (PSD), recusou-se a prestar “comentários a estudos de empresas públicas”.

Para o presidente da autar-quia da Amadora, o socialista Joaquim Raposo, esta pos-sibilidade “não tem grande sentido”, mas a ser verdade provocaria o caos no trânsito local da Amadora, uma vez que os condutores procura-riam alternativas à via paga.

“Parece-me um verda-deiro disparate. Se querem acabar com a classe média baixa em Portugal esse seria

Bombeiros de bicicleta patrulham ruas de SintraSOCIEDADE. Os bombeiros voluntários de Sintra vão patrulhar de bicicleta o centro histórico da vila, para diminuir o tempo de resposta em casos de emergência numa altura em que aumenta o fluxo turístico na zona.

Uma equipa constituída por dois bombeiros vai patrulhar, durante a segunda quinzena de Agosto, as ruas de Sintra, fazendo o percurso entre a vila, a Quinta da Regaleira e o palácio de Seteais, precisa-mente a zona onde há maior presença de turistas.

Segundo o comandante dos bombeiros voluntários de Sintra, Francisco Rosa, o objectivo é estar mais perto das pessoas e evitar a deslo-cação, às vezes desnecessária, de viaturas de emergência para situações que facil-mente serão resolvidas por estas equipas que vão estar munidas com equipamento de primeiros socorros.

“Nestas alturas de maior presença de turistas e de carros em Sintra, há dias em que é difícil circular com a ambulância dentro da vila. Assim, tendo lá o pessoal é mais fácil chegarmos a situ-ações de [menor] emer-gência”, disse, adiantando que em situações mais graves esta equipa poderá acompa-nhar a vítima até à chegada da ambulância. Jr

o caminho”, disse. O autarca adiantou que este assunto “é tão disparatado” que só avançará “se houver outros interesses por trás, como a privatização da Linha de Sintra”, que irá ter aumentar o número de utentes se esta solução for avante.

O Jornal de Negócios noti-ciou a 3 de Agosto que a Estradas de Portugal admite a instalação de portagens em todos os troços de auto-estrada do país que não são pagos, entre os quais se incluem os itinerários com-plementares (IC), como o IC19 que liga Sintra a Lisboa.

No final do mesmo dia, a Estradas de Portugal escla-receu que não há “nenhuma decisão ou intenção de intro-duzir portagens em qualquer via” além das “quatro con-cessões das SCUT ainda em falta”. A empresa adiantou que “qualquer referência adicional a vias específicas, designadamente o IC19 ou a CRIL, é pura especulação jornalística”. Jr

Concelho

Estradas de Portugal já desmentiu ser sua intenção portajar a via que liga Sintra a Lisboa.

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Concelho

Exposição Canina em São João das Lampas

SOCIEDADE. Um cão de raça Bichon Maltês foi eleito a melhor espécie da 28.ª Exposição Canina de Sintra, que decorreu a 30 e 31 de Julho no largo de São João das Lampas. Centenas de pessoas assistiram a este evento que já se tornou num dos mais importantes da esfera nacional.

Depois de no sábado ter decorrido na 30.ª Exposição Canina Nacional de Sintra, no dia seguinte a 28.ª Expo-sição Canina Internacional de Sintra contou com a pre-sença de mais de cinco cen-tenas de animais. O Bichon Maltês subiu ao primeiro lugar do pódio do ‘Best in Show’, seguido de um Ame-

rican Staffordshire Terrier (2.º lugar) e de um Cão de Água Português.

Centenas de pessoas assis-tiram ao evento que contou ainda com a presença de marcas que operam neste setor económico, assim como o Núcleo de Apoio a Animais Abandonados de Sintra. Esta associação que se dedica a cuidar de animais abando-nados no concelho de Sintra e limítrofes marcou presença e não deixou ninguém indi-ferente, uma vez que ins-talou um posto de adopção de alguns dos animais aban-donados recentemente. No último dia, dos seis labra-dores com pouco mais de dez semanas, apenas um ficou por adoptar. Jr

Número insuficiente de polícias põe em causa a segurançaSOCIEDADE. Nos turnos de fim-de-semana e da noite, o número de elementos da PSP nas esquadras é insuficiente, pondo em causa a segurança das populações e das esquadras, garante a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP).

De acordo com o presi-dente da distrital de Lisboa da ASPP/PSP, José Mendes, há um número mínimo de entrada de elementos ao ser-viço nos turnos das esqua-dras - um graduado, um sen-tinela e dois elementos para o carro patrulha -, mas nem sempre é cumprido.

O sindicalista explicou que quando não há elementos suficientes fica somente um polícia na esquadra e dois no carro patrulha ou a viatura da esquadra não sai e o ter-ritório é patrulhado por uma equipa de uma esquadra de outra freguesia.

“O mínimo é sempre quatro pessoas. Estamos a falar num mínimo que nem sequer é razoável, pois quatro elementos numa esquadra como Mem Martins, que tem cerca de 120 mil moradores, onde moram tantas pessoas, dois para andarem a fazer patrulha e dois na esquadra é insuficiente”, disse.

José Mendes adiantou que há cerca de um mês apenas deram entrada dois agentes no turno da noite da

esquadra de Mem Martins: “Claro que não houve carro patrulha e ficaram os dois na esquadra, mas por vezes o carro patrulha tem que cobrir a área desta esquadra e também a de Mira Sintra, ou seja, tem o dobro da área”.

O sindicalista explicou que esta situação acontece por norma aos fins de semana e durante o turno da noite na divisão de Sintra, mas também na Amadora e em Loures.

“Estão praticamente todas nestas circunstân-cias. Existem situações par-ticulares em cada uma delas, tendo em conta a área abran-gida e a densidade popula-cional, mas o que é certo é que em todas estas divisões – as mais complicadas em termos de criminalidade – existe grande deficiência ao nível dos meios humanos e materiais”, disse.

José Mendes considerou que, tendo em conta estas circunstâncias, as próprias “esquadras estão vulnerá-veis”, lembrando o caso da esquadra de Moscavide, em Lisboa, que em 2008 foi invadida por um grupo de homens que pretendia agredir um jovem que se encontrava no espaço para apresentar uma queixa.

“Um só elemento numa esquadra é o mesmo que estar a dizer que esse depar-tamento, onde há muitas armas, munições e mate-

rial que só pode ser utilizado por polícias está em risco, está vulnerável. Um só ele-mento vai ter dificuldades em manter a segurança da própria esquadra”, disse.

Por seu lado, a direcção nacional da PSP assegura que o número de elementos nos três concelhos (cerca de 1.720) permite efectuar a gestão do efectivo que se encontra em ausência de ser-viço motivados por férias, faltas e licenças.

“As existências em termos de meios materiais são também adequadas a garantir o serviço a que se destinam, considerando assim que a segurança quer do efectivo como da popu-lação não está posta em causa”, refere a autoridade policial. Jr

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55 de Agosto de 2011 Correio de Sintra 55

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Feiras medievais estão na modaCULTURA. São itinerantes, por vezes nobres, outras plebeus, alguns travam batalhas contra os mouros e dão graça às feiras medievais um pouco por todo o pais. Na Feira Medieval de Sintra, os actores recriaram um mercado do reinado de Dom Dinis (1261-1329) e animaram o público que de 29 a 31 de Julho se deslocou ao Largo de São Pedro.

Música, malabarismo, gas-tronomia, teatro, artesanato e instrumentos medievais de tortura estiveram presentes. O local esteve decorado a rigor, com escudos herál-dicos, toldos e bandeiras e os artesãos venderam pro-dutos e alimentos da época, enquanto pelas ruas vague-aram prisioneiros, soldados e caçadores de dragões.

A maior parte dos actores residem em Sintra, mas muitos participam noutras festas um pouco por todo o país.

Na pele de Rosinda das Dores, a actriz Cláudia Faria

vagueia por entre os visi-tantes. A sua personagem representa o povo, ou não fosse esta a classe que pre-dominava nos mercados antigos. Há sete anos que tra-balha como actriz de feiras medievais e setecentistas.

“As feiras medievais estão a entrar muito na moda. É muito divertido. Além de fazer animações também faço trabalho de palco. Mas o trabalho de animação é muito do improviso, de lidar com as pessoas directa-mente, ver as suas reacções, brincar com elas e dizer coisas que nunca diríamos se não estivéssemos em per-sonagem. É muito divertido mesmo”, garante a actriz.

Carla Dias participa numa feira medieval pela primeira vez, mas a experi-ência de feiras setecentistas e de outras épocas trans-mite-lhe a improvisação necessária para interagir com os visitantes desta feira. “Quando são personagens do povo as pessoas inte-ragem bem. Adoro ser actriz

nestas feiras. Não é trabalho bem de actor, é mais de ani-mador, leva muito à impro-visação e as pessoas gostam”, disse.

Para a preparação do tra-balho, leu o guião da empresa

promotora – Câmara dos Ofí-cios – e estudo a época retra-tada ao nível dos compor-tamentos da personagem, o espaço e até o tipo de pessoas que os frequentavam. Tudo isto para que os visitantes

desfrutem de uma represen-tação o mais leal possível.

Para o responsável da empresa Câmara dos Ofí-cios, Carlos Coxo, o facto das feiras medievais estarem na moda faz com que muitos actores tenham trabalho durante o Verão. “Estamos cá 22 actores. Estamos a trabalhar com actores pro-fissionais, a maior parte deles daqui do concelho de Sintra. Tentamos traba-lhar com actores das várias companhias do concelho”, disse.

O responsável adiantou que a fase de preparação da época é muito importante para o sucesso da partici-pação dos actores. “Fomos procurar todas as informa-ções que ligassem a história local à história de Portugal. Contámos histórias que têm a ver com Sintra e com o rei-nado de Dom Dinis. Nome-adamente a construção da igreja de São Pedro, a cons-trução do Real Paço de Oliva e a reconstrução do Alcácer árabe”, considerou. Jr

Actores animam as feiras medievais e setecentistas por todo o país.

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Concelho

Crise aumenta abandono de animais no concelho

Parques de Sintra: a maioria dos visitantes são estrangeiros

SOCIEDADE. Um estudo apresentado pela empresa Parques de Sintra Monte da Lua conclui que mais de oitenta por cento dos visitantes anuais do Palácio da Pena, Castelo dos Mouros e Parque Monserrate são estrangeiros.

De acordo com o estudo, das 1,9 milhões de pessoas que escolheram Sintra como destino turístico em 2010, cerca de um milhão visitou os parques e palácios clas-sificados pela Unesco como património mundial. Destes, cerca de 86 por cento são estrangeiros, na sua maioria oriundos de Espanha, e apenas 13,9 são portu-gueses. Seguido da Espanha surge a Europa central, a Europa do Norte e de Leste, a Ásia, os Estados Unidos e o Brasil como os mer-cados que mais procuram a capital do romantismo.Para o administrador da empresa, António Lamas, os resul-tados do estudo mostram que “o turismo está a crescer na zona” e que a aposta na internacionalização dos ser-viços tem sido um sucesso.

“O turismo tem crescido muito nos monumentos geridos pela Parques de Sintra e continua a crescer este ano, mais do que em 2010. A maioria dos visi-tantes é estrangeira e revela que somos uma empresa exportadora de serviços, o que é muito importante nos tempos que correm”, disse.

SOCIEDADE. Em tempos de crise, os animais domésticos são as “primeiras vítimas” das dificuldades económicas das famílias. Em dois meses, o canil de Sintra acolheu 441 animais, alguns deles atirados por cima de um muro durante a noite para que o faz não tenha que dar a cara.

Há décadas que o Canil de Sintra se encontra num espaço temporário, insufi-ciente para acolher a quan-tidade de animais que ali chegam e aguardam a adopção. Lá fora há outra divisão, construída por voluntários, que consiste num edifício abarracado com um telheiro. As condições do canil onde estão guardados os cães contrastam com a localização do espaço onde foram colocados os gatos, a Quinta da Regaleira, um dos monumentos mais visitados de Sintra. Segundo os res-ponsáveis do canil, a época de Verão é tradicionalmente aquela em que se encontra nas ruas um número maior de animais errantes, mas este ano esse número está a ser agravado pelas dificul-dades económicas das famí-lias portuguesas.

“Há um aumento consi-derável de animais a serem entregues e a serem abando-nados. Isto já é uma altura complicada por natureza, por causa do fenómeno das férias, a juntar também às questões da crise, com

mudanças de habitação e desemprego”, disse Alberto Garcia, responsável do gabi-nete médico-veterinário do município.

Para o responsável, os ani-mais de companhia acabam por ser as “primeiras vítimas” do fenómeno da crise, uma vez que são os primeiros a ser descartados pelas famí-lias que deixam de ter condi-ções para os manter.

Desde Junho foram entre-gues no local ou recolhidos pelo canil 273 cães, 156 gatos e 15 animais de quinta como cavalos e ovelhas, um número que Alberto Garcia diz ser muito superior ao de outros anos.

Alguns dos animais que ali chegam apresentam condi-ções deficientes, estão muti-lados e subnutridos. São

quase sempre abandonados durante a noite e longe da área de residência, correndo o risco de sofrerem acidentes junto às estradas.

Segundo a vereadora com o pelouro médico-veterinário, Ana Duarte, por vezes “as pessoas chegam e atiram os animais por cima do portão” do canil, numa solução que impede os donos de “darem a cara” e de pagarem a taxa de deposição no já “sobrelo-tado” canil.

“Obviamente que isto causa danos ao próprio animal, mas também aos outros. Recentemente ati-raram um pitbull que atacou muitos dos cães que estavam no perímetro”, conta, adian-tando que o elevado aban-dono este ano “é preocu-pante” e representativo do

“problema social” que o país atravessa.

Junto às actuais instala-ções está em fase final de construção um edifício com todas as condições para receber um canil moderno, com salas de cirurgia, de recobro, cuja data de inau-guração ainda não está defi-nida, mas que, segundo a vereadora, será muito breve-mente.

“O actual canil está sobre-lotado e tem condições infe-riores às que gostaríamos. O novo terá sala de inter-venções e estamos a pensar desenvolver protocolos com faculdades veterinárias para que os estudantes venham, através de estágios, para campanhas de esterilização”, refere Ana Duarte. Joaquim reis

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“Há um aumento considerável de animais a serem entregues”, sublinha Alberto Garcia

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DesportoDesporto

Praia Grande vai receber Circuito Mundial de Bodyboard

DESPORTO. Praia Grande volta a receber uma das mais importantes provas do Mundial de Bodyboard. O Sintra Portugal Pro é a mais antiga prova da IBA – International Bodyboard Association – e arranca a 22 de Agosto, com alguns dos melhores atletas mundiais. Pelo meio, decorrem várias provas do nacional de surf.

Nos próximos dias 13 e 14, a Praia Grande vai ser palco da 4.ª etapa do Campeonato Nacional de Surf Open Mas-culino e Feminino, no âmbito da Liga Meo Pro Surf 2011,

organizada pela Associação Nacional de Surfistas. Vasco Ribeiro, vice-campeão mun-dial de júnior, sendo actu-almente uma das maiores esperanças portuguesas em surf, é um dos destaques em prova.

Mas é nos dias 22 e 28 que a Praia Grande vai receber uma das mais importantes competições a nível mun-dial - o 16.º Circuito Mun-dial de Bodyboard, do Sintra Portugal Pro 2011. A prova conta com a participação de desportistas de várias nacionalidades, entre os quais, o havaiano Jeff Hub-

bard (campeão mundial em título), o australiano Damian King, (campeão em 2004 e 2005) e o brasileiro Gui-lherme Tâmega, (hexacam-peão mundial).

A nível nacional, dois atletas destacam-se por par-ticipar no circuito mundial, Manuel Centeno e Gastão Entrudo, que já têm presença garantida na mais antiga prova do circuito mundial, organizada desde 1995. A competição, realizada pela Federação Portuguesa de Surf, tem grande impacto na modalidade, uma vez que “os resultados podem ser deter-

minantes para o ranking mundial”, explicou Roman Alverez, acrescentando que “as expectativas são altas”.

A etapa da Praia Grande divide-se em duas provas, a Super Tour, uma divisão de elite em que entram os 32 melhores atletas mundiais, e o World Qualifying Tour, na qual competem todos os atletas que pretendem quali-ficar-se para o Super Tour.

Segundo Roman Alverez, responsável da organização da Federação Portuguesa de Surf, esta não é a melhor altura para a realização desta prova – uma vez que é no Inverno que as ondas serão mais adequadas à prática deste desporto. “Não é a época de excelência, uma vez que, quanto mais ondas melhor”, garante o responsável.

O facto de o Sintra Portugal Pro ser uma das provas mais prestigiadas a nível mundial, faz com que muitos jovens se desloquem à Praia Grande nesta altura.

O vereador do Turismo da Câmara Municipal de Sintra, Lino Ramos, consi-dera a prova como “a Liga dos Campeões do bodyboard” e espera que “seja um êxito como nos anos anteriores, com boas ondas para propor-cionar um grande espectá-culo”. Para o vereador, a com-petição “atrai muitos jovens apreciadores que aproveitam para conhecer Sintra”, o que “aumenta a taxa de ocupação na hotelaria da Praia Grande e da Praia das Maçãs”. alexandre oliveira Pereira

Mem Martins Sport Clube com novo relvado sintético DESPORTO. Ao fim de vários anos a pedir um relvado sintético para o Mem Martins Sport Clube, o presidente do clube adiantou ao Correio de Sintra que, em breve, essa será uma realidade.

Após três anos de luta e dedicação, o presidente do clube, António Augusto, conseguiu um acordo com a autarquia de Sintra de forma a aplicar um novo relvado sintético no campo. “Foi um grande trabalho pelo qual dediquei mais de doze horas por dia, ao longo dos últimos três anos. A autarquia sin-trense já assinou um proto-colo com o clube e agora é esperar o acordo por parte da banca”, disse António Augusto. Segundo o presi-dente, esta espera não deverá “alongar-se muito mais”. “Nas próximas semanas estará tudo resolvido para que no início da próxima época já tenhamos o relvado colocado”, adiantou.

O clube conta, actual-mente, com cerca de 400 atletas, divididos pelas equipas de futebol em todos os escalões. “Era realmente necessário tratar deste assunto o mais depressa pos-sível”, concluiu o presidente do clube. aoP

O Circuito Mundial de Bodyboard conta com a participação de Manuel Centeno e Gastão Entrudo.

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Agualva-CacémCidades

Aumentos indignam clientes da CP

SOCIEDADE. A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) condena o aumento que entrou em vigar a 1 de Agosto do preço dos transportes públicos e apela aos utilizadores dos transportes ferroviários para que protestem contra esta medida do Governo.

“Os portugueses já gastam mais de 14 por cento do seu orçamento fami-liar em transportes. Este aumento vai agravar ainda mais os orçamentos familiares de quem mora em Sintra, pois é uma situação que se vai juntar a tantas outras, como a redução dos salários e de reformas e do aumento generalizado dos serviços públicos e dos bens alimentares”, disse o porta-voz da CULS, Rui Ramos.

O Governo tinha fixado em 15 por cento o aumento médio nos preços praticados para os títulos de trans-portes rodoviários urbanos de Lisboa e do Porto, para os transportes fer-roviários até 50 quilómetros e para os transportes fluviais, mas no caso de Sintra chegam a atingir os 25 por cento.

Para a comissão de utentes, estes aumentos são uma medida “desin-centivadora” do uso dos transportes

colectivos e potenciadora da utili-zação do transporte individual que, no caso de Sintra, é a única alterna-tiva aos comboios no acesso a Lisboa, através do congestionado IC19.

O Passe CP para a zona 1 da Linha de Sintra é o título de transporte que mais aumenta na CP, passando de 22,75 euros para 28,5. Depois do Passe CP zona 1, o título que mais aumenta para quem viaja nos trans-portes da Linha de Sintra é o bilhete zona 2, que sobe 21,43 por cento, pas-sando de 1,4 para 1,7 euros, enquanto o Passe CP zona 2 passa de 30,95 euros para 37,4 euros.

A comissão de utentes esteve, a 1 de Agosto, na estação de Agualva-Cacém, a distribuir um comuni-cado e a estabelecer contactos com os passageiros, em protesto contra os aumentos que entraram em vigor nesse dia. A CULS pretende reunir-se em breve com o ministro da Eco-nomia para discutir esses aumentos.

Rui Ramos adianta que a comissão de utentes vai continuar a pro-mover acções concertadas para que os “utentes protestem” contra “estes aumentos incomportáveis para os bolsos” de quem mora na linha de Sintra. Jr

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A Comissão de Utentes promete mais acções de protesto na estação do Cacém.

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115 de Agosto de 2011 Correio de Sintra 1111

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QueluzCidades

Presidente da Junta de Freguesia quer elevar Massamá a vila até 2013

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POLÍTICA. A Junta e a Assembleia de Freguesia de Massamá estão a preparar a fundamentação para a elevação da localidade a vila. Esta é uma medida que, a ser viável, cortaria definitivamente a ligação à cidade de Queluz.

Esta intenção já está em sede de discussão na Assem-bleia de Freguesia, naquele que será o primeiro passo – em caso de aprovação – para viabilizar a elevação a vila. Depois de aprovação segue

para a Assembleia da Repú-blica.

“Tanto a comunidade como todo o lugar foi adqui-rindo cada vez maior impor-tância e uma maior centrali-dade. Penso que estamos no tempo de poder clamar pela elevação de Massamá a vila. Sem dúvida alguma”, disse ao Correio de Sintra, o presi-dente da Junta de Freguesia, José Pedro Matias.

Segundo o autarca, esta intenção surge devido à necessidade de reforçar a

identidade local de quem mora na freguesia.

“É uma questão de reforço da identidade local. Sobre-tudo para a comunidade mais jovem, pois temos aqui na junta de freguesia muita ligação com os jovens através das nossas escolas. Percebe-se que há uma identificação dos jovens com a sua junta, com o seu lugar. Isto era uma nota para reforçar essa iden-tidade”, disse.

José Pedro Matias consi-dera que Massamá já cumpre

os requisitos para a elevação a vila.

“Tem uma população que ultrapassa os 28 mil habitantes, mas estabi-lizou essa população entre 2001 e 2011, ao contrário de muitas freguesias que estão ao nosso redor. Foi adqui-rindo também cada vez mais um maior número de valências, como o centro de saúde - embora integrando a unidade de centros de saúde Queluz/Cacém – mas também a esquadra de Mas-samá e dentro em breve terá um centro lúdico. Além da importância da sua escola secundária e das escolas dos outros ciclos de ensino”, con-siderou.

José Pedro Matias tem defendido ao longo dos tempos que Massamá não faz parte da cidade de Queluz. Para o autarca, esta ideia está consagrada na legislação: “Massamá deixou de pertencer à freguesia de Queluz a 12 de Julho de 1997. Quando Queluz passou a cidade já Massamá não integrava essa freguesia. Isto já aconteceu em Belas e em vários lugares por este país fora”, explicou.

Assim, a elevação de Mas-samá a vila vai marcar, segundo o autarca, a ruptura com a ideia geral de que esta é uma das três freguesias que constituem a cidade de Queluz.

“É evidente que uma coisa leva a outra. Se um lugar per-tence a uma cidade, não pode ser vila, não faz sentido. Uma

coisa conduz a outra, isto é, o desligamento da freguesia de Queluz individualizou e autonomizou administra-tivamente o lugar de Mas-samá e portanto é natural e é legítimo esta aspiração de elevação de Massamá a vila”, sublinhou o autarca, que espera ver o processo con-cluído até 2013, no final do seu último mandato à frente da freguesia.

Para Luís Coelho, repre-sentante da CDU na Assem-bleia de Freguesia, o tema da elevação de Massamá a vila é “desviar a discussão poli-tica dos assuntos que real-mente interessam a fre-guesia”. No entanto, o res-ponsável mostra abertura para a discussão da questão em Assembleia de Freguesia.

Para o coordenador do PS de Queluz, esta é uma questão que não faz qualquer sentido uma vez que, consi-dera, Massamá é parte inte-grante da cidade de Queluz, não podendo ser elevada a vila.

“O presidente de Mas-samá tem a ideia de que a freguesia não pertence à cidade de Queluz. Não sei qual é o objectivo de estar a elevar Massamá a vila, a não ser vincar ainda mais a ideia pessoal e muito pouco sustentada do presidente da junta de que Massamá não pertence à cidade de Queluz. Entendemos que as três fre-guesias são parte integrante da cidade de Queluz”, disse Hugo Frederico ao Correio de Sintra. Jr

Autarca de Massamá garante que estão cumpridos os requisitos para elevação a vila.

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TribunaOpinião

Tem entulho à porta? A culpa é da P.I.D.E.

“Em Portugal nada se

denuncia!

O ambiente do nosso con-celho é uma das maiores vítimas da PIDE e do PREC. Nesta altura o leitor estará a pensar “o rapazinho bebeu”, mas acompanhe comigo o raciocínio. De onde vem a famosa frase que nos foi repetida vezes sem conta por as nossas mães “não se denuncia as pessoas, queixar é feio”, pois é, vem do Estado Novo, onde um simples relato de uma qualquer acti-vidade podia dar origem a grandes e graves problemas, se ouvida e mal entendida por a PIDE. Se isto foi útil para Salazar teve também um efeito perverso. Em Por-tugal nada se denuncia! Assim os nossos pequenos empreiteiros de Sintra e arrabaldes, os jardineiros e mesmo as pessoas indivi-duais, cometem despejos ile-gais na via pública, pacifica-mente, e sem consequências, apesar de prejudicarem o ambiente, a nossa qualidade de vida e bem-estar, já para não falar da enorme despesa

que acarretam para os ser-viços de limpeza, que, a não ser aqui despendida, poderia ter aplicações bem mais úteis para todos. Os nossos muní-cipes, fiéis aos ensinamentos recebidos, observam pacifi-camente outrem a destruir o seu ambiente e a sua qua-lidade de vida sem reclamar, apontar ou denunciar às autoridades tal facto.

Curiosamente já em relação à actividade de lim-peza não são tão pacíficos, aí já se sentem no direito de reclamar que a sua rua está suja, cheia de entu-

lhos e verdes, nem que o local tenha sido limpo no dia anterior ou até à dez minutos. É aqui que entra o PREC, uma fase da história de Portugal semelhante à idade média, escura, con-fusa e sem mais valia para o país. “Desta sim, bebeu de certeza” pensa o leitor, mas se já chegou até aqui dê-me mais um minuto. Em que fase da história é que não se respeitava a propriedade do próximo, onde a lei era interpretada por um qual-quer conjunto de pessoas ao seu belo prazer, onde havia todos os direitos sem qual-quer obrigação, onde era obrigação do estado dar-nos tudo e nós limitávamo-

nos a receber? Pois é, mais uma vez, se isto foi útil para alguns (e foi muito útil) teve também efeitos perversos. Senão vejamos: As pes-soas tem o direito de des-pejar resíduos no espaço público, portanto de todos e como tal nosso, mas a obri-gação de manter limpo é do estado, afinal pagamos impostos. Temos o direito de não denunciar quem o faz, mesmo quando vemos, quem tem que descobrir é o estado, afinal pagamos impostos. Temos o direito de ter a nossa rua limpa, mesmo quando somos nós que sujamos, quem tem que limpar é o estado, afinal pagamos impostos. Temos até o direito de afirmar que é uma despesa insu-portável o transporte dos verdes do nosso jardim até ao contentor, portanto cabe ao estado ir busca-los à nossa vivendazinha, afinal pagamos impostos. Convém referir que o senhor que vive no sexto andar,

do prédio da esquina, na Tapada das Mercês, também paga impostos, suporta parte do custo da manutenção do jardim do senhor da viven-dinha, mas tanto quanto sei não tem direito a fazer churrascos lá. E se isso não chegasse, para desgraça do ambiente e espaço público, e garanto-lhe que chega, ainda temos a firme con-vicção que cabe ao estado dar solução à colocação de entu-lhos, gratuitamente, afinal nós pagamos impostos, não se vai multar os senhores obreiros, coitadinhos, só andam a fazer pela vida.

Você acredita, que o que paga, dá para ter uma pessoa ao pé de cada contentor para fiscalizar, limpar e recolher? Uma dica: Sintra tem mais de 8 mil contentores.

Como dizem numa rádio de grande audiência nacional “ vale a pena pensar nisto”.

Rui Caetano Presidente da empresa

municipal HPEMPUB

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Publi-Reportagem

A Filipe Motosport é uma loja e oficina de motos cuja experiência no sector marca a diferença. Nasceu em 2004 como oficina de motos, na Praia das Maçãs, onde iniciou a actividade como oficina reparadora e manutenção de motociclos, quadriciclos, jetski e motas de água. Seis anos depois mudou para Alvarinhos (na Estrada Nacional 247).Aqui encontra os melhores modelos pelos melhores preços. O espaço é concessionário da Keeway e da Access,

mas também tem ao seu dispor mar-cas como a Suzuki, a Kawasaki e a KTM, quer novas, quer usadas.Segundo o proprietário, Filipe Se-queira, face aos tempos que correm as motos são um meio de transporte que apresenta melhores condições para ser uma alternativa viável aos veículos automóveis. “Tem melhores consumos, gasta metade do que um carro, é de fácil mobilidade, o con-dutor poupa muito mais tempo e não paga parquímetros”, garantiu.Filipe Sequeira recomenda aos condutores que perdem várias horas diariamente no IC19 em direcção a Lisboa a aquisição de uma Maxi Scooter: “é uma moto mais con-fortável, tem arrumação debaixo do banco e gasta metade daquilo que os carros gastam”, considerou.Amante de motos, o proprietário faz competição “por divertimento”, sejam raids ou provas de resistência. “É tudo a nível amador e a nossa vitória é sempre chegar ao fim”, disse. Visite a Filipe Motosport na Avenida 15 de Agosto, nº. 90, em Alvarin-hos. Contactos: 966 629 773 Email: [email protected]

Sete anos a marcar a diferença

Nélson Mendes, tetraplégico devido a um tumor cervical, lançou o seu quarto livro infantil, no passado dia 3, na inau-guração de um novo centro geriátrico, Miminho aos Avós, na Rinchoa, em Rio de Mouro. “Os três amigos”, nome do quarto livro de Nélson Mendes, 38 anos, centra-se no quotidiano de três pessoas difer-entes, o Galo, o Martelo e a Agulha, que vão à busca de uma “bruxa má” que “estraga a alimentação da popu-lação da aldeia”. Nélson Mendes cara-cteriza a história como “engraçada”

devido “à luta que se sente entre as três pessoas e a bruxa má”. Com uma tiragem de 100 exemplares, o livro foi finalizado em 2008, com a ajuda de enfermeiras. “Escrevia, apagava e voltava a escrever. Por isso demorou algum tempo”, con-sidera o autor do livro, sem saber precisar a data concreta. “O meu português não estava muito desen-volvido, misturava com o crioulo, mas, pouco a pouco, fui corrigindo os erros e ficou finalizado em 2008”, continuou. O dinheiro angariado com a venda dos livros reverte para a compra de um novo computar e, principal-mente, para obras em sua casa. A iniciativa decorreu no âmbito da inauguração de um novo espaço geriátrico em Rio de Mouro, o Miminho aos Avós. Este é o segundo centro inaugurado na região, visto que já existe um em Algueirão. O estabelecimento tem como missão responder às necessidades decor-rentes do processo de envelheci-mento ou dependência, com uma visão multidisciplinar, privilegiando a autonomia e especificidades das pessoas e organizações no concelho de Sintra.

Inauguração do espaço Miminho aos Avós

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