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Guia de Correcção do Teste/Fevereiro/ Camões Lírico/Vanda Sousa Página 1 Guia de Correcção do Teste 2 (Camões Lírico) Português/Fevereiro 2010 10º Ano /1ª Avaliação do 2º Período Grupo I 1- A presença da 1ª pessoa pode ser confirmada através dos determinantes: minha”, meus,“meu;dos pronomes: me” e “mim”. Já quanto à 2ª pessoa, podemos destacar os determinantes: tua”, teu”, os pronomes: ti” e “te”,o sujeito nulo subentendido e a desinência verbal em serás(v.12). 2- Minha cara inimiga, em cuja mão/ a Ventura pôs meus contentamentos3.1- Nestes versos, o sujeito poético lamenta que a sua amada não possa ser sepultada em terra , facto que lhe provoca uma enorme tristeza. 4-O elemento deíctico aqueleé espacial. Transmite um ideia de afastamento pois o grande amor da vida do poeta já não está presente. 5- Singular, ímpar, rara, extraordinária… 6- Embora o corpo da mulher amada fique para sempre perdido nas águas que a sepultaram, ela nunca será esquecida, pois viverá, eternamente na alma do poeta. 7- A promessa de amor eterno concretiza-se nos dois tercetos: a mulher amada será para sempre lembrada e celebrada nos versos do poeta que a eternizarão. 8- Morfologicamente , a palavra enquanto é uma conjunção subordinativa temporal. 9- O acto ilocutório aí presente é compromissivo. 10- Amor: ternura, carinho, amizade, respeito, vivência(s)11- a) Camões, ainda hoje, é lembrado . Oração subordinante Apesar de ter vivido pobremente , Oração subordinada adverbial concessiva (Embora… ainda que …)

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Guia de Correcção do Teste 2 (Camões Lírico)

Português/Fevereiro 2010

10º Ano /1ª Avaliação do 2º Período

Grupo I

1- A presença da 1ª pessoa pode ser confirmada através dos determinantes: “minha”,

“meus” ,“meu”;dos pronomes: “me” e “mim”. Já quanto à 2ª pessoa, podemos

destacar os determinantes: “tua”, “teu”, os pronomes: “ti” e “te”,o sujeito nulo

subentendido e a desinência verbal em “serás” (v.12).

2- Minha cara inimiga, em cuja mão/ a Ventura pôs meus contentamentos…

3.1- Nestes versos, o sujeito poético lamenta que a sua amada não possa ser

sepultada em terra , facto que lhe provoca uma enorme tristeza.

4-O elemento deíctico “aquele” é espacial. Transmite um ideia de afastamento

pois o grande amor da vida do poeta já não está presente.

5- Singular, ímpar, rara, extraordinária…

6- Embora o corpo da mulher amada fique para sempre perdido nas águas que a

sepultaram, ela nunca será esquecida, pois viverá, eternamente na alma do poeta.

7- A promessa de amor eterno concretiza-se nos dois tercetos: a mulher amada será

para sempre lembrada e celebrada nos versos do poeta que a eternizarão.

8- Morfologicamente , a palavra enquanto é uma conjunção subordinativa

temporal.

9- O acto ilocutório aí presente é compromissivo.

10- Amor: ternura, carinho, amizade, respeito, vivência(s)…

11-

a) Camões, ainda hoje, é lembrado. ► Oração subordinante

Apesar de ter vivido pobremente, ► Oração subordinada adverbial concessiva

(Embora… ainda que …)

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b)Vou ler a obra lírica camoniana ► Oração subordinante

uma vez que quero saber mais sobre o grande vate português.► Oração subordinada

adverbial causal (Visto que…porque…)

c)Camões teria vivido mais feliz ► Oração subordinante

se tivesse sido mais afortunado no amor.► Oração subordinada adverbial condicional

12-As palavras destacadas são homónimas pois apresentam grafia e sons idênticos,

tendo, no entanto, significados diferentes.

13-O hiperónimo das obras apresentadas é Epopeias.

14.1- A tipologia textual seria a preditiva.

14.2- As características próprias desta tipologia textual são o uso dos verbos no

futuro do indicativo e a previsão de acontecimentos que poderão, eventualmente,

acontecer num futuro próximo ou longínquo.

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Grupo III

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1.1-

Luís de Camões foi um poeta que viveu numa época de transição (época

medieval e renascentista). Como tal, deixou escapar nos seus textos marcas diferentes quanto aos temas e às espécies poéticas aí desenvolvidas. Na fase tradicional ( chamada medida velha ), o poeta escreveu sob a influência da lírica

trovadoresca (cantiga de amigo, amor, escárnio e maldizer). A mulher surge aí ( se bem que nem sempre, enquadrada num cenário campestre, a fonte e a natureza são

presenças constantes…). A medida aí usada é a redondilha maior (7 sílabas métricas) e a menor (5 sílabas métricas). Foram trabalhados, nesta fase, os vilancetes, as cantigas, as endechas ou trovas e as esparsas.

Já mais tarde, com o advento em Portugal da influência de Petrarca ( através

do soneto trazido por Sá de Miranda), Luís de Camões utilizou uma outra medida , a

nova ou renascentista. Agora, o verso é decassilábico (heróico ou sáfico). Surge

aqui a ideia da mulher ideal, perfeita e inatingível. As espécies poéticas mais

trabalhadas aqui foram o soneto, a ode, a canção, a elegia e a écloga. Quantos

aos temas, temos a saudade, o amor espiritual, a mulher ( perspectivada por Petrarca

e Dante), o tempo, a mudança, o destino, etc.

Grupo IV

1- Na imagem de Lefebvre, podemos observar o rosto de uma figura feminina que

apresenta um olhar fiel, sereno e submisso. Esta parece ser a mulher cantada pelo

poeta, no seu soneto. Os olhos erguem-se ao alto, mostrando a espera e a fidelidade

de alguém que pereceu mas que está presente na alma e no pensamento do autor do

texto poético. Parece haver, pois, reciprocidade amorosa. Flores brancas circundam a

cabeça desta terna figura. Aqui, a cor branca pode simbolizar o estado imaculado e

puro da mulher que o espera, num outro mundo, longe da vida terrena.

Já a imagem de Fladrin retrata um tempestuoso mar que parece assemelhar-se

ao estado de espírito do poeta visto que ele só tranquilizará quando o objecto amado

tiver uma sepultura na terra. Foi nestas águas revoltosas e agitadas que o autor deste

texto lírico perdeu aquela que será sempre celebrada nos seus “rudos versos”.

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