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CAPÍTULO - 02 História social dos povos indígenas e africanos na América portuguesa.

Hist.3 aula02 (2014)

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CAPÍTULO - 02

História social dos povos indígenas e africanos na América portuguesa.

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Reflexão: Riqueza cultural brasileira advém: - Pluralidade étnica; - Patrimônio cultural diversificado (democrático, tolerante e universal); Será que essas considerações são reais? O Brasil é marcado pelo convívio hipócrita de etnias.

(apartheid social). Temos consciência da miscigenação?

OBS: A condição econômica do cidadão é o que realmente determina a percepção de sua cor. Podemos comemorar 500 anos do Brasil?

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As três raças (Miscigenação)

BRANCO INDIO NEGRO

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Povos indígenas: Verdadeiros descobridores (vivam da natureza, pela

natureza e na natureza); Presença portuguesa / alterações na cultura nativa; Trabalho da Igreja Católica (Companhia de Jesus); Termo Índio (equívoco); Paleontologia / Arqueologia – Presença de nativos na

América do Sul, datam de milhares de anos: - Nações ainda vivas no presente; - Presença de fósseis;

OBS: Precisamos estudar suas origens, sua cultura, seus rítuais, a forma comunitária de relacionamento entre eles, suas leis e o que a terra e os europeus representavam para os mesmos.

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Os índios,Principais grupos: Jês, os Nuaruaques, Caraíbas e os Tupis, Atualmente: - Aproximadamente 220 grupos tribais no Brasil; - 50 grupos ainda não mantiveram contato com o branco. As Nações apresentam: - Características culturais diferentes; - Relações comportamentais diferentes; - Valores peculiares; (religioso, materiais etc);

OBS: Maias, Incas e Astecas: - Grandes civilizações antes do europeu; - Cidades-estados – (urbanização, sofisticação e milhares de habitantes);

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Origem do índio americano

Asiática- Passagem pelo Estreito de Bering. Malaio –Polinésica – grupos originários das Ilhas

da Polinésia – aproveitaram-se das correntes e chegaram à América, na região do Peru.

Australiana – penetração pela Patagonia, passando pelo Polo Sul.

OBS – Autoctonismo (Surgimento do

americano na América).

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Hipóteses:

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Niéde Guidon

. Arqueóloga brasileira, que defende a travessia entre 40 e 70 mil anos.

. Encontrou vestígios da presença humana em São Raimundo Nonato no Piauí de aproximadamente 50 mil anos.

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População indígena brasileira:(século XVI) Entre 02 a 04 milhões (POR – 01milhão); Primeira relação – Escambo; Vítima da Guerra Justa – (extermínio ou escravidão); Reação – Confederação dos Tamoios (1554 a 1567); Características: - Propriedade coletiva; - Divisão do trabalho (sexo e idade); - Práticas agrícolas de subsistência; - Harmonia entre crianças e adultos (educação)

OBS: Os índios também discriminavam as mulheres, devastavam a natureza e mantinham guerras constantes entre eles.

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Reação indígena: Confederação dos Tamoios (RJ 1562 – 1567):

Índios Tupinambás + franceses X Portugueses* União de nações indígenas contra a escravidão. Expulsão dos franceses do RJ enfraquece índios. Paz de Iperog firmada por padres jesuítas desmobiliza

índios. Massacre e escravização das tribos litorâneas.

Guerra Guaranítica (RS 1750): Índios missioneiros + jesuítas X POR + ESP* Expulsão de índios – revolta. Destruição de missões Massacre de índios.

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Preferencialmente utilizados a partir de 1560, mão-de-obra básica do Brasil durante todo o período colonial e imperial.

Utilizados acima de tudo pelo fato de representarem uma fonte de lucro extra através do tráfico de escravos.

Povos Africanos:

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A Viagem:

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Os negros no Brasil:

• Desembarcavam nos portos da Bahia, do RJ e Recife.• Eram expostos como mercadorias nos mercados.• Além de violência física, sofriam agressão cultural. • Tinham dificuldades de manter sua identidade cultural.• Conservar suas tradições era uma das formas de resistir à violência e à dominação.

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Resistência negra: Contra a escravidão, maus tratos e humilhações.

Iniciativas individuais: fugas, suicídios, abortos, assassinato de senhores e feitores, sabotagens de máquinas, queima de plantações.

Iniciativas coletivas: fugas e quilombos (aldeamentos de escravos fugidos).

Quilombo de Palmares

(AL – PE 1629 – 1694):

Maior e mais duradouro entre os

quilombos.

Federação de quilombos.

ZUMBI (último líder).

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Reação branca: Aproximadamente 20 mil habitantes. Destruído por ataques liderados pelo bandeirante Domingos

Jorge Velho. 20/11/1695 – Assassinato de Zumbi (Dia Nacional da

Consciência Negra).

Domingos Jorge Velho

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Escravos de escravos:

Índios e negros, eles próprios exerceram escravidão antes da chegada dos portugueses e do tráfico negreiro na África.

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Senhores de engenho – casa-grande: Falsa opulência; As casas seriam grandes, simples, pobres, acanhadas e vazias

de objetos; Somente no século XIX, a riqueza passou a existir no formato e

no interior das residências; Na colônia, a ostentação de poder e prestígio, estava: - Na propriedade de escravos; - No volume da produção; - Na riqueza dos trajes e complementos (inc. dos escravos); - Nos arreios de animais de montaria; - Comer a mesa utilizando talheres.

OBS: Escravos ou senhores, a maioria, agachados ou acocora- dos no chão, alimentavam-se usando as próprias mãos.

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Senhores de engenho – casa-grande:

Habitação dos escravos Jantar na cassa grande

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01) “Quando os portugueses começaram a povoar a terra havia muitos destes índios pela costa junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto delas ficaram alguns índios em aldeias que são de paz e amigos dos portugueses.”

(Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do Brasil, em http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.html. Acessado em 20/08/2012.)

Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito por volta de 1570, naquela época,

a) as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de solucionar os conflitos entre indígenas e portugueses.

b) a violência contra os indígenas foi exercida com o intuito de desocupar o litoral e facilitar a circulação do ouro entre as minas e os portos.

c) a fuga dos indígenas para o interior era uma reação às perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou o esvaziamento da costa.

d) houve resistência dos indígenas à presença portuguesa de forma semelhante às descritas por Pero Vaz de Caminha, em 1500.

c)

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02) O mundo dos escravos não era homogêneo. Distinguia-se, em primeiro lugar, entre o cativo recém-chegado da África, o ‘boçal’, e o ‘ladino’ – africano já aculturado e entendendo o português. Os africanos eram, como um todo, opostos aos ‘crioulos’ nascidos no Brasil. Havia ainda distinções reconhecidas entre ‘nações’ africanas de origem, diferentemente valorizadas. E, dada a mestiçagem, a pele mais ou menos clara também era fator de diferenciação. Os mulatos e os negros, sobretudo os africanos, submetidos à dura labuta dos campos e outras tarefas pesadas.(Ciro Flamarion Santana Cardoso. “O trabalho na colônia”. In Maria Yeda Linhares (org). História Geral do Brasil . Rio de

Janeiro, Campus, 1990)

Tomando por base o texto, é correto concluir que, no Brasil Colônia,

a) independentemente da origem e da cor da pele, havia uma igualdade plena entre todos os escravos brasileiros.

b) os negros recém-chegados da África eram poupados dos trabalhos mais árduos e perigosos, pois tinham maior valor.

c) quanto mais rebeldes, mais castigados e menos submetidos a trabalhos árduos eram os escravos.

d) o único fator de diferenciação entre os escravos era o idioma, ou seja, compreender e falar o português.

e) havia diferentes graus de hierarquia entre escravos africanos, escravos nascidos no Brasil e mestiços

e)

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03)Leia os dois excertos relativos aos quilombos, uma das formas de resistência à escravidão.

Folga nego,branco não vem cá.Se vier, o diabo há de levar.Folclore alagoano [Creia Vossa Alteza] não está menos perigoso este estado [de Pernambuco], com o

atrevimento destes negros, do que esteve com os holandeses, porque os moradores, nas suas mesmas casas e engenhos, têm os inimigos que os podem conquistar.

Carta de 1671, enviada ao Rei de Portugal pelo governador Fernão Coutinho apud Antonio Mendes Júnior et al. Brasil História, 1976.

Da leitura dos excertos conclui-se quea) o segundo texto contradiz as afirmações do primeiro.b) o governador preocupa-se mais com a ameaça holandesa.c) o negro sentia-se ameaçado, mesmo nos quilombos.d) o registro do folclore justifica os temores do governador.e) os textos confirmam o caráter esporádico da fuga dos escravos.

d)

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04)Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um território desconhecido onde eram implantados à força, os índios se encontravam em sua própria casa.

História do Brasil, de Fausto Boris.De acordo com o texto, é correto afirmar que, ao longo do Período Colonial Brasileiro, a) apenas os índios foram vitimados pela escravização imposta pelos portugueses, o

que explica a sua rápida dizimação.   b) somente os africanos foram submetidos à escravização, pois os indígenas eram

totalmente protegidos pelas leis portuguesas.   c) a escravidão fracassou e rapidamente foi substituída pelo trabalho livre e

assalariado dos imigrantes europeus.   d) os africanos resistiram mais do que os índios à escravidão, pois eram bem mais

fortes e, por isso, obtiveram maior êxito nas guerras e nas fugas.   e) tanto os índios quanto os africanos foram vítimas da escravidão portuguesa,

contudo os índios conseguiram resistir melhor a tal processo.  

e)

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Fim