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Mestrado em Ensino de Matemática no 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário
Liliana Vieira
Natércia Camacho
Raquel Camacho
A Indisciplina
na sala de aula
Funchal
2010
Liliana Vieira
Natércia Camacho
Raquel Camacho
A Indisciplina
na sala de aula
Trabalho académico apresentado na disciplina de Ciências da Educação III – módulo de Psicologia de Educação, da Universidade da Madeira. Docente: Professor Marco Gomes
Funchal
2010
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Índice
1. Resumo 2
2. Introdução 3
3. A Indisciplina na sala de aula 5
3.1. Principais causas desta problemática 5
3.2. Agentes responsáveis pela indisciplina na sala de aula 6
3.3. Quem mais sofre com a indisciplina? 8
3.4. Medidas a adoptar para prevenir a indisciplina na sala de aula 9
4. Considerações Finais 11
5. Bibliografia 13
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1. Resumo
Dados os desafios que o professor da actualidade enfrenta no seu quotidiano, é
muito importante que este reflicta sobre os problemas que a escola de hoje enfrenta e
sobre o seu papel na sala de aula, enquanto alguém que transmite os seus conhecimentos
e experiências aos educandos, para que estes se formem enquanto seres sociais, com
valores éticos e morais. Deste modo, o presente trabalho reflecte sobre a situação de
indisciplina no contexto da sala de aula, já que este é um assunto muito polémico e
preocupante, que ocorre com alguma frequência nos dias de hoje.
No decorrer deste trabalho, verificámos que era indispensável procurar
responder a algumas questões. Assim, iremos discutir sobre as principais causas da
indisciplina na sala de aula, de modo a que consigamos criar possíveis estratégias e
medidas de prevenção. Também, iremos apurar quem mais sofre com esta situação e a
quem incutir a responsabilidade desta problemática.
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2. Introdução
Nos últimos anos verifica-se, a nível mundial, uma crescente onda de
indisciplina nas escolas, tornando-se imprescindível que cada profissional da área da
educação reflicta diariamente sobre este tema, de modo a lutar contra este fenómeno tão
indesejado.
Deste modo, este trabalho tem como objectivo principal reflectir sobre a
indisciplina na sala de aula, tentando arranjar formas de combater este problema e
tentando compreender as causas que contribuem para a sua existência.
Assim, foram colocadas algumas questões que funcionaram como linhas
orientadoras de todo o trabalho:
� Quais são as principais causas da indisciplina na sala de aula?
� A quem incutir a responsabilidade da indisciplina na sala de aula?
� Quem mais sofre com esta situação?
� Que medidas adoptar para prevenir esta problemática?
O termo “indisciplina” apresenta um vasto reportório de conceitos, que variam
conforme as épocas em que este fenómeno foi examinado e conforme a sociedade onde
se insere.
Podemos dizer que a há indisciplina na sala de aula sempre que alguém,
professor ou aluno, tenha um comportamento que não se enquadre com as normas
estabelecidas, tanto na comunidade escolar como na própria sociedade.
A indisciplina, no contexto da sala de aula, é um fenómeno resultante da
confluência de vários factores e, por vezes se confunde com a violência na sala de aula.
Não podemos afirmar, que este fenómeno resulta apenas da má educação dos alunos.
Este também pode ser resultado de uma má gestão do acto pedagógico e do ambiente
familiar.
Dados os desafios colocados diariamente ao professor, ele tem de tentar prevenir
ao máximo os problemas indisciplinares, desempenhando o papel de líder, uma vez que
o papel do professor na sala de aula e a sua liderança são essenciais para produzir um
bom ambiente de ensino/ aprendizagem e, consequentemente a disciplina dos alunos.
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É importante que cada professor consiga motivar os alunos, criando actividades
dinâmicas, diversas e inovadoras que lhes desperte a atenção e os incentive a aprender.
Assim, uma boa preparação e planificação das aulas é um aspecto que contribui para a
disciplina dos discentes, uma vez que permite que não hajam “pontos mortos”.
Como a educação é essencialmente a relação entre pessoas, o professor não
pode ser apenas alguém que transmite os seus conhecimentos aos discentes, também
tem de ser um amigo com quem os alunos possam contar e alguém que os incentive a
criar novas coisas e a acreditar nas suas capacidades, enquanto seres humanos
multifacetados. No fundo, isso também contribui para um ambiente harmonioso e eficaz
para a aprendizagem.
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3. A Indisciplina na sala de aula
3.1. Principais causas desta problemática
Não existe apenas uma, mas sim uma infinidade de causas a influenciar a
indisciplina na sala de aula, surgindo então a necessidade de procurar estratégias para
que tal fenómeno não tome proporções ainda maiores do que as que tem actualmente.
Após uma breve leitura de investigações efectuadas sobre o fenómeno de
indisciplina na sala de aula, demo-nos conta de um aumento significativo desta
problemática nas últimas décadas.
Segundo o Ministério da Juventude e Desportos de Angola, as principais causas
desta problemática estão relacionadas com “problemas familiares ou psicológicos,
aspectos sócio - culturais, questões de estruturação escolar e métodos pedagógicos
inadequados do professor”.
A própria relação entre o professor e os seus aprendizes poderá representar
uma das causas de indisciplina, pois dentro de cada sala de aula existem diversos
acontecimentos que nos levam a ambiguidades, quer para o professor quer para os
alunos, existindo deste modo factores pessoais de ambas as partes que culminarão na
indisciplina.
Cabe à família desempenhar o papel principal na construção da personalidade
de cada indivíduo, já que é o primeiro agente de socialização. Assim, é normal que cada
aluno manifeste diferentes comportamentos, que variam conforme o contexto familiar
em que o educando está inserido. Deste modo, é normal que exista uma discrepância
comportamental na sala de aula e, consequentemente, a ocorrência de alguns conflitos.
A instabilidade emocional de cada aluno, muitas vezes deriva de problemas
familiares. Exemplos disso, são crianças/ jovens que crescem em ambientes
problemáticos e que, por norma, adoptam comportamentos de agressividade. Também,
algumas crianças manifestam-se introvertidas, quando são constantemente vítimas de
humilhações ou de gozo, revelando grandes dificuldades no relacionamento
interpessoal. Estas crianças podem posteriormente vir a adoptar comportamentos
agressivos e indisciplinados, como resposta às humilhações sofridas.
Existem ainda formas de indisciplina causadas por questões pedagógicas, onde
perante a falta de regras impostas pelo professor na sala de aula, os alunos têm
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comportamentos menos apropriados, tais como falar em demasia, jogar papeis, jogar às
cartas, enviar sms, etc.
Uma outra causa para esta problemática é as condições em que se encontram as
escolas. Escolas mal cuidadas ou a ausência de instalações para actividades
desportivas/lazer, podem levar à indisciplina provocada pela degradação do ambiente
escolar.
Luís M. Aires citando S. Bentham (2005), defende que existem cinco causas
principais para a indisciplina. Na sua perspectiva, existem as causas psicodinâmicas, as
biopsicossociais, as sociais, as familiares e as causas behavioristas.
As causas psicodinâmicas podem derivar de pequenos conflitos ou
experiências durante a infância, que acabam por perturbar o desenvolvimento normal da
criança.
As dificuldades de natureza biológica na aprendizagem, como a dislexia, a
hiperactividade ou o défice de atenção, são algumas das causas biopsicossociais.
As dificuldades enfrentadas por algumas crianças em se relacionar com a
sociedade ou então comportamentos de agressividade presenciados pelos jovens que
acabam por manifestar esses mesmos comportamentos nas aulas, são exemplos de
causas sociais.
Famílias onde o ambiente é de stress ou de desequilíbrio, prejudicam de algum
modo as crianças. Nestas situações, existem punições severas por parte dos pais, ou
então uma falta de interacção entre pais e filhos, ou ainda a falta de supervisão das
actividades dos filhos. Essa negligência familiar pode levar a comportamentos que se
evidenciam de forma negativa na sala de aula.
Por fim, nas causas behavioristas, os comportamentos nas salas de aulas,
ocorrem a partir de um processo de aprendizagem baseado na observação, por parte dos
alunos, em relação ao professor ou mesmo em relação aos seus colegas.
3.2. Agentes responsáveis pela indisciplina na sala de aula
A responsabilidade da indisciplina na sala de aula não pode ser incutida a uma
só entidade. Há um conjunto de entidades e processos sociológicos que interagem entre
si e facilitam esse comportamento negativo.
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A família é uma dessas entidades, já que é através do convívio familiar que os
alunos adquirem “os modelos de comportamento que exteriorizam nas aulas” (Fontes,
s.d.). Os alunos seguem, portanto, esses modelos que se reflectem nos seus
comportamentos. O aluno não fica, porém, isento de culpa no seu comportamento
indisciplinado, advindo este, por vezes, da vontade em ser respeitado e admirado pelos
colegas. O comportamento rebelde e que contraria as regras é, muitas vezes, tido como
sinal de coragem e determinação entre os seus pares.
Estes comportamentos, tidos como indisciplinados, podem ter outra origem que
está directamente relacionada com os seus valores morais e éticos. Se um aluno sente
que o professor não respeita os seus valores ou que ridiculariza as suas convicções e
crenças, é natural que esse aluno crie uma aversão ao professor em questão ou até à
escola em geral e tudo o que esta representa. Esta situação pode desencadear um
comportamento indisciplinado por parte do aluno.
No entanto, a indisciplina na sala de aula também se deve, em alguns casos, à
falta de motivação dos alunos que não compreendem porque são obrigados a
permanecer numa escola e aprender a matéria que acabam por não utilizar no dia-a-dia.
Neste aspecto, podemos atribuir aos professores e aos programas curriculares este
sentimento de inutilidade sobre o que se aprende na escola. Os programas são muito
extensos, o que impede, muitas vezes, os professores de porem em prática os conceitos
leccionados. Assim, cingem-se à parte teórica da matéria, esquecendo que uma
utilização prática daria aos alunos um conhecimento mais concreto e a sensação de
utilidade desse mesmo conceito.
Os professores são, então, em parte, responsáveis por essa falta de motivação
dos alunos e esta situação leva, frequentemente, ao insucesso escolar. O aluno, sentindo-
se humilhado e minimizado por esses resultados e até pela rotulagem que os colegas e
professores possam fazer sobre ele, acaba por ter comportamentos de indisciplina, como
forma de defesa.
Existem ainda outros comportamentos do professor que podem incentivar a
indisciplina dos alunos como, por exemplo, ser demasiado austero ou demasiado
benevolente e o não saber lidar com situações conflituosas.
Não podemos, também, esquecer o papel da escola e do estado na influência de
determinados comportamentos dos alunos, entre os quais a indisciplina na sala de aula.
Os alunos são obrigados a ficarem na escola e a seguirem a ideologia que o estado
impõe. Isto, por vezes, entra em choque com os ideais do aluno que acaba por ter
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comportamentos menos aceitáveis perante as regras em vigor, sendo considerado um
aluno indisciplinado.
São muitos os agentes que influenciam na indisciplina na sala de aula, mas
temos que perceber que é a interacção de todos esses agentes que incentivam esse
comportamento indesejado.
3.3. Quem mais sofre com a indisciplina?
Dadas as dimensões que a indisciplina na sala da aula tem vindo a adquirir na
sociedade actual, muitos autores têm realizado uma série de investigações sobre esta
problemática. E, como tal, têm surgido muitas interrogações, que visam verificar qual é
o interveniente que sofre mais com essa situação.
Em geral, de uma forma directa ou indirecta, todos os intervenientes do
processo ensino/ aprendizagem são vítimas desta situação. No entanto, os que mais
sofrem com esta problemática são os professores que se encontram no início da carreira,
por terem pouca experiência e, consequentemente, por não saberem como lidar com
essa situação. Para estes professores, os primeiros anos são determinantes para a criação
de estratégias de prevenção da indisciplina na sala de aula e para aprenderem a lidar
com situações de indisciplina. Muitos dos professores que não conseguem contornar
essas situações, tendem a desistir da sua carreira, por não conseguirem continuar com
esse sentimento que os apavora todos os dias.
Segundo o relatório Elton, “o problema central da indisciplina poderá ser
consideravelmente reduzido se ajudarmos os professores a tornarem-se organizadores
mais eficazes da aula”. (Estrela, 1992 cit. por Santos, s.d.: 2)
De facto, na fase inicial da carreira docente é muito importante que haja uma boa
planificação e gestão das aulas, para que as coisas corram da melhor forma possível e
para que o professor consiga controlar os imprevistos decorrentes do processo
educacional, contribuindo para a prevenção da indisciplina.
Também, não nos podemos esquecer que muitos dos alunos que se encontram no
contexto da sala de aula, onde a indisciplina é evidenciada também saem prejudicados,
uma vez que o ambiente da sala de aula torna-se muito desconfortável e tenso, não
sendo propício para o processo de ensino e de aprendizagem. Como resultado desse
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mau ambiente, os alunos não aprendem bem a matéria e tão pouco o professor lecciona-
a da melhor forma.
A tensão que muitas vezes se evidência em situações de indisciplina é tão grande
que muitos dos seus intervenientes chegam a enfrentar situações de frustração, de
esgotamento, de absentismo e até de desinteresse em relação à escola.
É cada vez mais importante lutar contra esta problemática tão indesejada e uma
das melhores formas de o fazer é delinear medidas de prevenção indisciplinar.
3.4. Medidas a adoptar para prevenir a indisciplina na sala de aula
Nunca será tarde demais para encontrar soluções para esse domínio
problemático que é a indisciplina na sala de aula. É urgente reunirem-se esforços para
prevenir e combater da melhor forma este fenómeno negativo que assola a educação
actual.
O aluno é um “mundo de atitudes e comportamentos”, o que torna quase
impossível a tarefa de criar “estratégias – padrão” para aplicar perante as atitudes de
cada aluno.
Cada caso é um caso e o professor terá de encontrar as soluções mais adequadas
para os problemas com que se confronta. Poderá desta forma adoptar algumas
estratégias para prevenir comportamentos indisciplinados, tais como reflectir sobre as
suas atitudes e funções enquanto professor.
As aulas previamente planificadas são uma boa forma de prevenção, pois um
professor que tenha planeado bem as suas aulas sente mais segurança no seu
desempenho. Essa segurança é transmitida aos alunos que vêm o professor como um
líder e um exemplo a seguir. Também o dominar bem a matéria a leccionar é
importante, já que, mesmo que a aula tome um rumo inesperado, o professor deve
sempre sentir que tem o controlo da situação. Isto será essencial para que se cultive o
respeito mútuo, uma componente que sabemos ser fundamental para que todo o
processo educativo possa ter sucesso.
Outra possível medida, seria atribuir aos alunos mais responsabilidades,
incentivando, desta forma, um papel mais activo na sala de aula. Este delegar de
responsabilidades ajudará a desviar qualquer comportamento indisciplinado.
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As escolas, por seu turno, deveriam proporcionar aos alunos um ambiente de
afectividade e responsabilidade para que os estudantes pudessem crescer enquanto
pessoas e cidadãos. No entanto, o que se verifica é um ensino igual para todos, devido
em grande parte à massificação escolar, onde não há um respeito pela individualidade
de cada aluno. A escola, ao não respeitar as diferenças, pode estar a provocar um fosso
entre os alunos. De um lado encontram-se os chamados “bons alunos” e de um outro
lado, encontram-se os “maus alunos”. E são estes “maus alunos” que podem vir a
desenvolver comportamentos indisciplinados.
A nível do ambiente familiar, é importante que as famílias sejam sensibilizadas
para os problemas dos alunos, já que deste modo poderão intervir mais activamente na
vida escolar. Este interesse familiar poderá motivar os jovens a estudar e a obter bons
resultados.
Contudo, não existem fórmulas mágicas para contornar a indisciplina. Cabe a
cada escola e a todos os intervenientes do processo ensino/aprendizagem - desde
professores, pais, funcionários e os próprios alunos - unir forças e criar estratégias
tentando, deste modo, construir as escolas de sonho que tanto ambicionamos.
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4. Considerações Finais
A partir da investigação efectuada, chegamos a algumas considerações sobre a
problemática da indisciplina na sala de aula, desde as suas causas e entidades
responsáveis, até possíveis medidas a adoptar para fazer frente a este fenómeno
negativo que tem vindo a ser notícia recorrente na educação actual.
Como futuros professores temos que ter noção que a indisciplina na sala de aula
não é algo alheio ou distante de nós, é um problema que poderemos enfrentar no nosso
futuro profissional. Como tal, é uma obrigação de todos nós tomar medidas para
prevenir comportamentos indisciplinados. Isso só é possível se tivermos em atenção as
possíveis causas desse comportamento, pois a melhor forma de prevenir é sentir empatia
com o aluno em questão. Se conhecermos os alunos e os seus problemas, estaremos em
condições de ajudá-los, prevenindo deste modo o comportamento indisciplinado que
poderia advir desses problemas. Estes problemas podem ter várias origens, desde o
fórum familiar, pessoal ou até da relação com os intervenientes no processo educativo.
Não podemos esquecer que cada aluno é uma pessoa, com os seus princípios, com
as ideias, com as suas origens… Por isso, o sistema educativo actual pode entrar em
choque com a singularidade de cada aluno, já que a escola promove uma aprendizagem
igual para todos, esquecendo que cada aluno é único, com o seu próprio ritmo de
aprendizagem e com interesses próprios. Esta situação pode levar à insubordinação dos
alunos, uma vez que não se identificam com a escola e não compreendem o seu
propósito.
Um outro motivo que poderemos apontar como causa para a indisciplina na sala
de aula é a decadência da profissão de docente, causada por inúmeros factores, de entre
os quais destacamos as múltiplas fontes de informação que temos actualmente. Antes, o
professor era a única fonte de informação, o que provia de privilégio a profissão de
docente. Hoje, tendo em conta essas múltiplas fontes de informação, a sociedade em
geral tem uma ideia de inutilidade em relação aos professores. Essa visão negativa
influencia o comportamento dos alunos que vêem a sua presença na sala de aula sem
qualquer cabimento, já que a informação que estão a obter pode ser encontrada noutros
meios de informação.
No entanto, é possível recuperar o prestígio dos professores e mostrar a sua
utilidade à sociedade. É sabido que um dos motivos da indisciplina na sala de aula é o
facto do professor não se preparar para a aula, ou seja, não antecipa como poderá correr
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a aula. Isso leva a que o professor se apresente menos seguro na sala de aula, algo que é
imediatamente detectado pelos alunos que passam a ver o professor como um ser fraco e
com pouca autoridade.
Assim, uma forma de prevenir a indisciplina na sala de aula e recuperar a
importância da profissão de docente é planear antecipadamente as aulas, procurando
estratégias inovadoras que incentivem e motivem os alunos a aprender.
Dizem as estatísticas, que a indisciplina na sala de aula tem vindo a aumentar nas
últimas décadas, mas desengane-se quem pensa que não havia indisciplina no passado.
Havia e são muitos os relatos de alunos dessa época sobre comportamentos
perturbadores nas salas de aula, punidos muitas vezes com castigos corporais.
Hoje temos soluções mais razoáveis para fazer frente a estes comportamentos
indesejados. Neste trabalho enumerámos algumas medidas possíveis para prevenir a
indisciplina na sala de aula, mas temos plena consciência que cada caso é um caso e que
só conhecendo o aluno em questão é que poderemos definir qual a melhor estratégia a
seguir para ajudá-lo.
No fundo, o professor tem de ser um grande observador e um conhecedor de cada
um dos seus alunos, com o intuito de criar estratégias que previnam a indisciplina na
sala de aula. Assim, poderá proporcionar um ambiente onde reine o respeito mútuo e
onde o processo educativo possa fluir para que se possa alcançar o objectivo da
educação: formar os alunos enquanto pessoas e enquanto cidadão.
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5. Bibliografia
AIRES, L. (2009). Disciplina na Sala de Aulas. Lisboa: Edições Sílabo, LDA
Sítios da Internet:
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� FONTES, C. (s.d.). Indisciplina na Escolas. Consultado a (2010-06-08) em:
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� Indisciplina na Sala de Aula (s.d.). Consultado a (2010-06-10) em:
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� ARAGÃO, Heidene, FILHO, Raimundo (s.d.). Indisciplina escolar – Violência
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%20Marijane%20IIII.pdf