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Aula 2 Psicofarmacos
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Psicotrópicos Modificadores seletivos do SNC utilizado no tratamento de
distúrbio psíquicos.
Incluem drogas que deprimem ou estimulam seletivamente a atividade mental. Ao contrário dos hipnóticos e sedativos- não deprimem centros vitais e não prejudicam a consciência.
Devido a complexidade dos distúrbios mentais (desconhecimento do fator causal), os fármacos aqui abordados não são curativos, apenas aliviam os sintomas.
Adotando classificação farmacológico-terapêutica, dividimos os psicofármacos em: antipsicóticos, ansiolíticos, antidepressivos e estabilizantes do humor.
Korolkovas, 1976.
Psicoses (ex. esquizofrenia)- alucinações sensoriais
Distúrbios de ansiedade- neuroses- habilidades de compreender a realidade, porém com alterações de:
- Humor: ansiedade, pânico, disforia
- Pensamentos: obsessão, medo irracional
- Comportamento: rituais, compulsão, repulsão.
Distúrbios do humor- depressão e transtorno bipolar
Psicotrópicos
Esquizofrenia; Transtorno esquizofreniforme; Transtorno esquizoafetivo; Transtorno delirante (erotomaníaco; grandeza; ciúmes; perseguição e somáticos); Transtorno psicótico breve Transtorno psicótico compartilhado Transtorno do humor (mania, depressão psicótica) Transtornos psicóticos induzidos por drogas (anfetaminas, cocaína, levodopa, apomorfina e bromocriptina); Demência (mal de Alzheimer); Condições neurológicas (síndrome de Tourette).
Esquizofrenia e outras Psicoses
Trata-se de um transtorno psiquiátrico crônico incapacitante, de natureza complexa, caracterizada por consciência lúcida, porém com acentuado distúrbio do pensamento.
Cerca de 1% da população desenvolve esquizofrenia ao longo da vida; Incidência semelhante em homens (15 a 25 anos) e mulheres (25 a 35 anos).
ESQUIZOFRENIA
O elemento essencial da chamada loucura é a perda do juízo da realidade, ou seja, perda do conjunto de regras de entendimento cuja partilha permite a comunicação entre as pessoas.
PSICOSE
ESQUIZOFRENIA
Principal indicação terapêutica dos medicamentos antipsicóticos ou
neurolépticos.
ESQUIZOFRENIA
Caracterizada por ilusões, alucinação, desorganização
de pensamentos
Causas:
Fatores hereditários;
Fatores ambientais (complicações no parto, infecção viral, mal-nutrição, incompatibilidade de fator Rh);
Hipótese neuroanatômica (volume ventricular aumentado);
Hipótese da dopamina.
Esquizofrenia
Três perspectivas tem sido adotadas para explicar a perda do controle sobre a mente: 1) A místico-religiosa atribui a loucura à possessão por espíritos, ou
à influência de deuses ou demônios;
2) A passional vê nas emoções intensas e descontroladas a raiz da insanidade;
3) A naturalística busca nos desequilíbrios do organismo a causa das psicoses.
Desorganização da personalidade que envolve variáveis culturais, psicológicas e biológicas (genética).
Esquizofrenia
Perda de encadeamento lógico do pensamento;
Incapacidade de julgamento;
Percepção incorreta da realidade;
Alucinações, ilusões, excitação extrema;
Comportamento violento.
SURGEM COMO SURTOS AGUDOS!
Esquizofrenia CRISES PSICÓTICAS
ALTERAÇÕES DE PENSAMENTO
Conteúdo (delírio): idéias delirantes de natureza persecutória ou paranóide de referência, bizarra.
Forma (fragmentação): perda das associações lógicas, discurso fragmentado, incoerente, linguajar vago e abstrato, ou circunstancial e repetitivo, transmitindo pouca informação.
ALTERAÇÕES PSICOMOTORAS
Estupor: imóvel, indiferente ao meio. Rigidez: mantém posturas bizarras ou executa movimentos repetitivos e sem propósito. Catatonia = estupor + rigidez. Atitude negativista: contraria instruções de movimento. Agitação psicomotora (surtos agudos).
ALTERAÇÕES DE PERCEPÇÃO
Alucinações: auditivas (principalmente), tácteis, visuais, olfatórias e gustatória. Ilusões (metamorfopsias). Despersonalização.
ALTERAÇÕES DO AFETO
Embotado ou incongruente. Explosões de raiva (súbitas).
Esquizofrenia MANIFESTAÇÕES DA FASE ATIVA
PRINCIPAIS SINTOMAS NA ESQUIZOFRENIA
SINTOMAS POSITIVOS
Delírios;
Alucinações;
Distúrbios do pensamento;
Agitação ou catatonia;
Discurso e comportamento desorganizado;
Respostas emocionais incongruentes.
SINTOMAS AGRESSIVOS E HOSTIS
Hostilidade declarada (abusos verbais e físicos);
Automutilação;
Suicídio;
Abusos sexuais.
SINTOMAS NEGATIVOS E COGNITIVOS
Afeto embotado; Retraimento social; Desinteresse social Anedonia (ausência de prazer); Atenção prejudicada.
Classificação Atual: CID-10 (1992) Critérios operacionais Presença de sintomas de pelo menos um dos subgrupos por >/=1 mês: (a) Eco, inserção, perda ou difusão do pensamento (b) Delírios de controle, passividade; percepção delirante (c) Alucinações auditivas (d) Delírios bizarros ( políticos, religiosos, grandeza)
Presença de sintomas de pelo menos dois dos subgrupos por >/= 1 mês: (a) alucinações, em geral acompanhadas de delírios pouco estruturados (b) incoerência do pensamento, neologismos (c) comportamento catatônico (d) sintomas negativos Ausência de sintomas afetivos proeminentes Ausência de doenças cerebrais, intoxicações por drogas, ou síndromes de abstinência
Esquizofrenia SISTEMA DE NEUROTRANSMISSORES QUE SE POSTULA QUE ESTÃO
ENVOLVIDOS NA ESQUIZOFRENIA
Dopamina Acetilcolina Noradrenalina Serotonina Glutamato Ácido y- aminobutírico Neuropeptídeos
ANFETAMINA
EXCESSO DE ATIVIDADE DOPAMINÉRGICA
D. Parkinson: tratamento com L-DOPA formação da dopamina alguns desenvolvem sintomas psicóticos.
Doses altas e repetitivas (psicose tóxica) = sintomas esquizofreniformes esquizofrenia paranóide
- agitação psicomotora.
- alucinações auditivas.
Antipsicóticos : atividade DA no SNC
liberação de dopamina impede recaptação de dopamina
HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA DA ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia
HIPERFUNÇÃO DOPAMINÉRGICA
PATOGENIA DA ESQUIZOFRENIA?
HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA DA ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia
VIAS DOPAMINÉRGICAS
a) Via nigroestriatal: Subst. Negra ao Stiatum → Controle motor
b) Via mesolímbica: Área tegumentar para nacc → vígilia, memória,
processamento de estímulos, atividade locomotora, comportamento motivacional.
c) Via mesocortical: Área tegumentar para córtex frontal → cognição,
comunicação, atividade social, aprendizado e memória.
d) Via tuberoinfundibular: do hipotálamo para a hipófise → controle da
secreção de prolactina.
HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA DA ESQUIZOFRENIA
VIAS DOPAMINÉRGICAS
Diminuição da via mesocortical, responsável pelo aparecimento de sintomas negativos, e aumento na via mesolímbica, responsável pelos sintomas positivos.
HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA DA ESQUIZOFRENIA
Efeitos alucinógenos do LSD (agonista parcial de receptores 5-HT2A);
Antipsicóticos atípicos: bloqueio 5-HT2A > D2 .
Aumento da atividade serotoninérgica
Fenciclidina: antagonista NMDA induz psicose semelhante à esquizofrenia;
Aumento da concentração de glutamato no LCR de pacientes esquizofrênicos;
Estudos pos mortem: diminuição da concentração de glutamato no córtex frontal e hipocampo;
Antagonista NMDA: aumenta DA no córtex pré-frontal e estruturas subcorticais.
Diminuição da atividade glutamatérgica
ESQUIZOFRENIA
Aumento da atividade dopaminérgica (D2)
OUTRAS HIPÓTESES ENVOLVIDAS NA ESQUIZOFRENIA
“Os sintomas psicóticos, as mais proeminentes e reconhecíveis manifestações da esquizofrenia, não são o único domínio da doença. De uma perspectiva psicopatológica, o transtorno é muito mais complexo e incapacitante, devidos aos profundos déficits apresentados por esses pacientes nos funcionamentos interpessoal, social e ocupacional. Quatro agrupamentos de sintomas são reconhecidos: sintomas positivos, sintomas negativos, déficits cognitivos e sintomas de humor e suas manifestações associadas”.
Esquizofrenia- Psicopatologia
Patterson et al: Guia de psicofarmacologia para terapeuta
Tratamento- Abordagem muldisciplinar
ANTIPSICÓTICOS
PSICOTERAPIA
ARTETERAPIA
GRUPOS DE AUTOAJUDA
TERAPIA DE FAMÍLIA
PSICOEDUCAÇÃO
TREINO DE ABILIDADES
INTERVENÇÃO DE APOIO
NUTRICIONAL
1950
Tratamento farmacológico
• Eletroconvulsoterapia • Coma insulínico • Medicações sedativas não-específicas •Psicocirurgia •Uso liberal de contenções físicas •Intervenções psicossociais
• Clorpromazina • Antipsicóticos e terapias associadas. • Antpsicóticos combinados: antidepresivos, BZP e anticolinérgicos.
• Antipsicóticos modificaram acentuadamente a evolução da doença mental grave, propiciando mudanças radicais em seu manejo, que passou ser predominantemente domiciliar
FENOTIAZINAS
BUTIROFENONAS
DIFENILBUTILPIPERIDINAS
Clorpromazina - Amplictil®
Levomepromazina - Neozine®
Periciazina – Neuleptil®
Flufenazina - Flufenan®
Trifluperazine - Stelazine ®
Haloperidol - Haldol®
Droperidol - Droperidol ®
Pimozida - Orap®
Penfluridol -Semap®
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS
DIVERSOS ESTUDOS NÃO INDICAM
MAIOR EFICÁCIA ANTIPSICÓTICA DE
UM EM RELAÇÃO AOS DEMAIS.
DIFEREM, CONTUDO, QUANTO À
POTÊNCIA, FARMACOCINÉTICA E
PERFIL DE EFEITOS ADVERSOS.
Efeito Terapêutico
SINTOMAS POSITIVOS
Delírios;
Alucinações;
Distúrbios do pensamento;
Agitação ou catatonia;
Discurso e comportamento desorganizado;
Respostas emocionais incongruentes.
Efeito Adversos
Nenhum efeito ou piora nos
sintomas negativos;
Rigidez muscular , características faciais inexpressivas e tremores (via nigroestrial);
Aumento da produção de prolactina podendo gerar ginecomastia e lactação, anovulação, oligomenorreia, diminuição da libido, disfunção orgástica, ↓ da densidade óssea (via tuberoinfundibular).
Parkisonismo farmacológico (30% pacientes) ~ 1 semana Presença de hipocinesia, rigidez da musculatura esquelética e tremores de repouso. Reação distônica aguda (24h a < 1 semana) Espasmos musculares: caretas, torções de pescoço, movimentos da mandíbula, olhar fixo para cima por minutos ou horas.
Acatisia (< 1 semana a 2 semanas) Inquietação, incapazes de permanecerem sentados.
Síndrome neuroléptica aguda Parkinsonismo intenso, presença de febre e acentuadas flutuações da pressão arterial → Risco de morte!
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS EFEITOS COLATERAIS NEUROLÓGICOS
Discinesia tardia (semanas, meses ou anos);
Movimentos laterais da mandíbula, de sugar ou beijar;
Movimentos da língua do tipo “pega-mosca” e tiques; tronco (trás e frente);
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS EFEITOS COLATERAIS NEUROLÓGICOS
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS REAÇÕES ADVERSAS
EFEITOS
Anticolinérgicos Visão borrada, boca seca, constipação, retenção urinária, déficits de memória
Antihistamínicos Ganho de peso e sedação.
Antiadrenégicos Hipotensão postural
Negativos Retraimento social, apatia, afeto embotado.
Endócrinos Galactorréia, irregularidade na menstruação, fertilidade, ginecomastia, disfunção sexual.
Aproximadamente 50% dos pacientes com esquizofrenia
interrompem as medicações após 4 a 6 meses de tratamento,
principalmente em razão dos efeitos colaterais.
É importante, para o terapeuta, desenvolver alguma familiaridade com essa constelação de efeitos adversos, embora a prevalência deles tenha diminuído um pouco após a introdução dos antipsicóticos atípicos.
Antipsicóticos de alta potência
• Maior ligação a receptores D2:
– Maior eficácia
– Mais SEP (Sintomas Extrapiramidais)
– Maior incidência de discinesia tardia
• Menos problemas cognitivos
– Menos sedação
– Menos efeitos anticolinérgicos
– Menos efeitos cardiovasculares
HALOPERIDOL (HALDOL) ; FLUFENAZINA (FLUFENAN) TRIFLUOPERAZINA (STELAZIN)
Antipsicóticos de baixa potência
• Menor ligação a receptores D2:
– Menor eficácia
– Menos SEP (Sintomas Extrapiramidais)
– Menor incidência de discinesia tardia
• Mais problemas cognitivos
– Mais sedação
– Mais efeitos anticolinérgicos
• Mais efeitos cardiovasculares
TIORIDAZINA (MELLERIL ); CLORPROMAZINA (AMPLICTIL)
Únicos disponíveis por cerca de 35 anos, ainda são valorizadas
no tratamento contemporâneo.
- Notavelmente eficazes nos sintomas positivos; - Vasta experiência clínica - Custo reduzido - Diferentes formulações (sublingual, depósito).
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS
VANTAGENS DESVANTAGENS
- Eficácia limitada (70%); - Pouco ou nenhum impacto sobre os sintomas negativos e cognitivos; - Recaídas e efeitos colaterais problemáticas são comuns.
Um salto importante no tratamento da esquizofrenia ocorreu no final da década de 80 com a introdução do primeiro de uma série de medicamentos que ofereceram espectro de ação mais amplo e tolerabilidade relativamente melhor.
Clozapina - Leponex®
Risperidona - Risperdal®
Olanzapina - Zyprexa®
Quetiapina - Seroquel®
Sulpirida - Sulpan®, Dogmatil®, Equilid®
Amilsulpirida - Socian®
Aripiprazol – Abilif ® (3ª geração)
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
Tem maior especificidade no bloqueio dopaminérgico na via mesolímbica do que nas vias nigroestriatal ou na mesocortical.
Não apresenta efeito extrapiramidal, exceto discinesia tardia, e são eficazes nos sintomas negativos.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS MECANISMO DE AÇÃO
Foi aprovada pelo FDA em 1990, mas já era utilizada em outros países dede 1970;
Seu efeito é igual ou superior aos antipsicóticos típicos na melhora dos sintomas positivos e também é eficaz na melhora dos sintomas negativos, não causa catalepsia;
Este medicamento é indicado principalmente para os pacientes esquizofrênicos ou com distúrbio bipolar refratários ao tratamento clássico.
Vantagem peculiar sobres os demais antipsicóticos: parece ter efeito antissuicídio específico em pacientes com esquizofrenia.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS CLOZAPINA (LEPONEX®)
Seu mecanismo de ação envolve a capacidade de antagonizar múltiplos receptores: D4, D2, 5-HT2A, muscarínicos, adrenoceptores α-1 e H1.
D4= α1 > 5- HT2A > D2=D1
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS CLOZAPINA (LEPONEX®)
REAÇÕES ADVERSAS
Agranulocitose (1-2% dos pacientes).
Pode causar convulsão, por reduzir o seu limiar.
Sedação profunda e prolongada, enurese e efeitos anticolinérgicos
“Homem de 50 anos, esquizofrênico, já havia sido tratado com vários
antipsicóticos, sem nunca ter desenvolvido nenhum quadro relevante
provocado por efeitos colaterais. No entanto, dois meses após a
introdução da clozapina, ele apresentou uma grande redução do
número de leucócitos. Após a interrupção da clozapina, o hemograma
voltou ao normal.”
AGRANULOCITOSE INDUZIDA POR CLOZAPINA
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS CLOZAPINA (LEPONEX®)
Esquema terapêutico:
Primeiros 6 meses de tratamento (exames de sangue semanais)
Menor frequência mas ainda com monitoramento.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS CLOZAPINA (LEPONEX®)
REAÇÕES ADVERSAS
Agranulocitose (1-2% dos pacientes).
Pode causar convulsão, por reduzir o seu limiar.
Sonolência e sedação
Ganho de peso importante, risco de hiperglicemia e hiperlipidemia
Hipotensão ortostática
Tontura e vertigens
Aumento da Frequência cardíaca
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS RISPERIDONA (RISPERDAL®)
Introduzida nos EUA em 1993 (+ prescritos);
Alimentos não afetam sua absorção;
Mecanismo de ação envolve o antagonismo dos receptores D2, 5-HT2A, α1 e α2, H1.
REAÇÕES ADVERSAS
Sonolência
Fadiga
Tonteiras ortostáticas
Taquicardia
Náuseas
Ganho de peso
Distúrbios menstruais
DROGA GANHO DE PESO RISCO PARA DIABETES
PIORA DO PERFIL LIPÍDICO
Clozapina +++ + +
Olanzapina +++ + +
Risperidona ++ discrepantes discrepantes
Quetiapina ++ discrepantes discrepantes
Aripiprazol +/- - -
Ziprasidona +/- - -
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS E ANORMALIDADES METABÓLICAS
• São bloqueadores moderados dos receptores dopaminérgicos
• Menos efeitos extrapiramidais
• São mais eficazes na diminuição dos sintomas negativos
• Têm ação nos receptores 5-HT2
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS ARIPIPRAZOL (ABILIFY®)
Aprovado em novembro de 2002
Mecanismo de ação singular (agonista parcial dopaminérgico e efeitos nos receptores de serotonina)
Atua nas vias dopaminérgicas de forma diferenciada:
Reduzem o tônus dopaminérgico onde ele é muito alto (mesolímbica)
Aumenta o tônus dopaminérgico onde ele é baixo (mesocortical)
Demais vias (nigroestrial e tuberoinfundilular) alterações pequenas ou nenhuma
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS ARIPIPRAZOL (ABILIFY®)
EFEITOS COLATERAIS
Insônia
Ansiedade
Acatisia
Tremores
Tonturas e hipotensão ortostática
Constipação
15 a 30 mg
Fármacos Sedativa Extrapiramidal Hipotensora Antimuscarínica Doses manutenção(mg)
Clorpromazina (Amplictil)
+++ ++ ++ ++ 50-400
Levomepromazina (Neozine)
+++ ++ ++ ++ 50-400
Flufenazina (Flufenan)
+ +++ + + 1-15
Trifluoperazina (Stelazine)
+ +++ + + 4-30
Haloperidol (Haldol)
+ +++ + + 1-15
Clozapina (Leponex)
+++ 0 + +++ 200-400
Olanzapina (Zyprexa)
+ + ++ ++ 5-10
Risperidona (Risperdal)
+ + + + 2-8
Quetiapina (Seroquel)
+++ 0 ++ +++ 300-500
Tioridazina (Melleril)
+++ + ++ +++ 50-400
ANTIPSICÓTICOS EFEITOS E DOSE
CONSIDERAÇÕES GERAIS NO TRATAMENTO ANTIPSICÓTICOS
Atualmente o tratamento é ao mesmo tempo eficaz porém insuficiente;
Maioria dos pacientes (20 a 50%) apresenta redução na gravidade dos sintomas;
Efeitos terapêuticos
-Sintomas positivos (poucos dias);
-Sintomas negativos (semanas, meses: ~26 semanas)
CONSIDERAÇÕES GERAIS NO TRATAMENTO ANTIPSICÓTICOS
Dados os resultados relativamente modestos atualmente observados com tratamento antipsicótico, os médicos muitas vezes procuram combinações de medicações ou aumentos de dose com objetivo de maximizar os benefícios.
•Monoterapia: substituição de antipsicóticos por um antipsicótico diferente •Aumento da dose além daquela que tem embasamento em estudos controlados por placebo. •Polifarmácia: (associação de antipsicótcos) •Potencialização: adicionar uma medicação não antipsicótica a um antipsicótico.
CONSIDERAÇÕES GERAIS NO TRATAMENTO ANTIPSICÓTICOS
ADESÃO AO TRATAMENTO
VIA EXEMPLOS COMENTÁRIOS
Injeção intramuscular Haloperidol, Ziprazidona, Olanzapina
Níveis sanguíneos máximos alcançados em
curto período
Comprimidos dissolvíveis Olanzapina, Risperidona Absorção mais rápida, fornece uma alternativa a
injeção
Concentrado líquido Haloperidol, Risperidona Como acima
Comprimidos ou cápsulas Todos Via padrão
Suspensão oleosa de depósito
Flufenazina, Haloperidol, Risperidona
Liberação lenta; permite doses a cada 2 a 4
semanas
• Esse é o estado atual das medicações antipsicóticas: avanços impressionantes desde que os primeiros tratamentos foram introduzidos sendo ainda necessário muita mudanças.
1950 (clorpromazina) 2002 (aripiprazol)
Equipe multiprofissional