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Psicofarmacologia Enf. Me. Aroldo Gavioli

psicofarmacologia 2

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Psicofarmacologia

Enf. Me. Aroldo Gavioli

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Um pouco de história

• Comas insulínicos ( Sakel, 1933).

• Convulsoterapia cardizólica (pentylenetetrazol) (Von Meduna, 1935).

• Psicocirurgia (Egas Moníz, 1936).

• Eletroconvulsoterapia (ECT) ( Cerletti e Bini, 1938).

Anos 30

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Um pouco de história

Anos 50, descoberta da cloropromazina

Clorpromazina – a esvaziadora de hospícios

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Cronologia

Hidrato de cloral - 1864

Carbonato de lítio – 1949

Iproniazida – 1953 (precursora dos IMAO)

Flufenazina – 1956

Clordiazepóxido - 1957

Haloperidol – 1958

Fluoxetina - 1988

Risperidona – 1992

Olanzapina - 1997

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Bases da ação dos psicofármacos

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Bases da ação dos psicofármacos

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antidepressivos

Aumento da disponibilidade de neurotransmissores (NT) no SNC.

Serotonina (5-HT), noraderenalina (NE) e dopamina (DA).

O aumento dos NT ocorre por bloqueio da receptação (NE e 5-HT) no neurônico pré-sináptico ou inibição da monoaminooxidase (enzima responsável pela inativação dos neurotransmissores)

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Antidepressivos

4 grupos

• Antidepressivos tricíclicos (adt)

• Inibidores seletivos da receptação de serotonina (isrs)

• Inibidores da monoaminooxidades (imao)

• Outros antidepressivos

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Antidepressivos tricíclicos

Impedem a receptação de NE e 5-HT, disponibilizando-os na fenda sináptica e diminuição do número de receptores pré-sinápticos do tipo alfa-2.

Período de latência de 15 a 30 dias dias até o aparecimento dos efeitos.

Efeitos colaterais: alterações visuais, gastrointestinais, taquicardia e hipotensão postural, retenção urinária, diminuição da libido, sedação e sonolência, agitação, confusão, diminuição do efeito de anticonvulsivantes, tremores e sudorese.

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ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS

Efeitos clínicos após 2 a 3 semanas

amitripitilina

Clomipramina

imipramina

nortripitilina

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Indicação dos ADT

Depressão associada a esquizofrenia e a distúrbios da personalidade.

Síndromes depressivas senis e pré-senis.

distimias,.

Transtorno obsessivo-compulsivo.

Fobias e ataques de pânico.

Pelo efeito de bloqueio 5-HT tem efeito antienxaquecosos e atuam em dores de difícil controle (fibromialgia).

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ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DE RECPATAÇÃO DE SEROTONINA

efeito se dá pela inibição da receptação da serotonina;

Seguro e com poucos efeitos colaterais.

Boa escolha em casos de comorbidades cardiovasculares.

Contraindicados em hepatopatas.

Usar pela manhã a fim de evitar insônia.

Diaréia, náuseas, dispepsia, insônia, cefáléia, diminuição da libido, alterações na ejaculação são os principais efeitos colaterais.

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Fármacos de 1ª escolha

ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DE RECPATAÇÃO DE SEROTONINA

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IMAO – INIBIDORES DAS MONOAMINOXIDADES

Efeito pela inibição da MAO que inativa a 5-HT, disponibilizando o neurotransmissor.

Não são drogas de primeira escolha, porem são excelentes em depressões atípicas e nas fobias sociais.

Exigem cuidados quanto a alimentação (alimentos que contenha tiramina: queijos, vinhos, e feijão podem causar sérios efeitos colaterais).

Devem ser suspensos antes de procedimentos anestésicos.

Não associa aos ISRS (síndrome serotoninérgica)

Principais Efeitos colaterais são hipotensão postural, bradicardia, tremores, sudorese, insônia e disfunção sexual.

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Mais modernos

Melhor perfil de efeitos colaterais e eficácia semelhante aos anteriores Utilizada no tratamento do

tabagismo e para potencializar a ação dos outros antidepressivos.

Venlafaxina

Nefazodona

cloridrato de milnaciprano

Antidepressivos atípicos

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Utilizados primariamente na emergência ou na recorrência do

• transtorno afetivo bipolar.

Devem ser mantidos como profiláticos

Eficaz em 80% dos casos de mania aguda

Efeitos colaterais:

• Tremores, problemas dermatológicos, ganho de peso e alterações da função tireoidiana.

Ação demora cerca de 2 semanas (associado com antipsicóticos)

Dose terapêutica próxima da dose tóxica

• Monitoramento periódico dos níveis séricos

• Sinais de Intoxicação:

• Diarréia, vômitos, sudorese, instabilidade de PA, arritmia, distúrbios hidroeletrolíticos, convulsão e perda de consciência.

Estabilizadores de humor – aspectos principais

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Monitorar função

hepáticaÚtil no predomínio de fases depressivas.

Útil no manejo de cicladoresrápidos e estados mistos.

Requerem mais estudos

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antipsicóticos

Divididos em 3 grupos

sedativos

incisivos

Atípicos e de última geração

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Efeitos dos antipsicóticos

• Bloqueio de receptores de neurotransmissores adrenérgicos, serotoninérgicos, colinérgicos e histaminérgicos. Em comum todos bloqueia os receptores dopaminérgicos (hipótese dopaminérgica).

• Bloquei dos receptores dopaminérgicos pós-sinápticos D2.

ação

• Distonia aguda (espasmos musculares); parkinsonismo medicamentoso, acatisia (dificuldade de permanecer parado ou sentado) discinesia tardia (movimentos repetitivos e involuntários), síndrome neuroléptica maligna

Efeitos colaterais

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Antipsicóticos sedativos

Principal efeito é a sedação.

Indicados em casos de agitação psicomotora em pacientes com distúrbios psicóticos.

Eficaz na esquizofrenia, nos quadro maníacos e n o controle de náuseas e vômitos graves em pacientes selecionados.

Alternativa aos benzodiazepínicos em tratamentos de curto prazo (menos de 12 semanas)

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Antipsicóticos sedativos

Cloropromazina (50 a 800 mg/dia);

Levomepromazina (25 a 50 mg/dia);

Tioridazina (50 a 300 mg/dia);

Trifluoperazina ( 2 a 4 mg/dia);

Amissulprida;

Sulpirida (200 a 800 mg/dia);

Periciazina (60 mg/dia)

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Antipsicóticos incisivos (butirofenonas)

Ação antipsicóticas devido ao bloqueio dos receptores pós sinápticos no sistema dopaminérgico do sistema mesolímbico e corpo estriado.

Incisivos por agirem sobre os sintomas positivos tais como delírios e alucinações.

Indicados no tratamento da esquizofrenia, fase mania do transtorno afetivo bipolar, psicose induzida por substâncias, transtornos delirantes persistentes, problemas severos de comportamento em crianças com hiperatividade grave, síndrome de Gilles de la Tourette, autismo infantil, alivio da sintomatologia da demência senil, dor neurogênica crônica.

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Antidepressivos incisivos

Flufenazina.

Haloperidol – 5 a 15 mg dia

Penfluridol

Pimozida.

Pipotiazina – 10 a 20 mg/dia 0 undecanoato (depot, uso mensal)

Zuclopentixol – 50 a 75 mg/dia

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Antipsicóticos atípicos ou de última geração

Não classificados nos grupos anteriores.

Tem se mostrado um valioso recurso terapêutico no tratamento da psicose refratárias aos outros tipos de tratamento.

Menos efeitos colaterais que as butiferonas.

Ação eficaz nos sintomas negativos.

Indicados para esquizofrenia e outras psicoses em sintomas positivos (delírios, alucinações, pensamento desordenado, hostilidade e medo) e/ou para os sintomas negativos (indiferença afetiva, embotamento afetivo e retraimento social e pobreza de linguagem.

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Hipnóticos e ansiolíticos

Benzodiazepínicos (BDZ)

• Início de ação rápido

• Não devem ser utilizados por mais de 8 semanas (dependência)

• Efeitos sobre a memória e aprendizagem

Indicações:

• Adjuvantes no tratamento de transtornos ansiosos e depressivos;

• Síndrome de abstinência ao álcool

• Anticonvulsivantes

• Hipnóticos e relaxantes musculares

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BZD: Aspectos gerais

Amplamente utilizados

Proporciona alivio dos sintomas como ansiedade e insônia

Evitar o uso concomitante com álcool, pois pode potencializar o efeito depressor sobre o SNC.

Deve-se proceder a retirada gradual para amenizar os sintomas de ansiedade rebote (abstinência).

Apresentam efeitos colaterais. (droga de abuso – em 2005, 5,6% de uso na vida)

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Clordiazepóxido Diazepan

clonazepanclobazan

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alprazolan

Midazolan

flurazepan

lorazepan

flunitrazepan

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Hipnóticos não-BDZMenor potencial de abuso

Tratamento da insônia

Início rápido de ação

Ansiolítico não-BDZMenor potencial de abuso

Efeito terapêutico de 2 a 4 semanas

Zolpiden

zopiclona

Buspirona

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Hipnóticos e ansiolíticos - BZD

Efeitos adversos

• Sonolência

• Cansaço

• Redução da atenção

• Diminuição da coordenação psicomotora

• Amnésia anterógrada

• Interfere no trabalho com máquinas ou direção de veículos

• Contra-indicado para apnéia do sono

Toxicidade e dependência

• Alta margem de segurança (exceto quando associado com álcool)

• Dependência após uso prolongado e/ou após doses superiores às terapêuticas

• Sintomas de abstinência

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Hypericum perforatum(erva-de-São-João)

Piper methysticum(Kava Kava)

Kavasedon®

Adjuvantes no tratamento de quadros depressivos e ansiosos leves.

• Funciona como um IMAO.

Não se recomenda o uso concomitante com inibidores de recaptação da serotonina.

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Valeriana officinalis(Valeriana)

TRATAMENTO DA INSÔNIA

Ginkgo biloba

Utilizado para melhorar falhas de memória, baixa concentração, depressão e ansiedade (demência senil)

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Assistência de enfermagem a pessoa submetida ao uso de medicação psicotrópica

Acredite em si próprio echegará um dia em que osoutros não terão outraescolha senão acreditar comvocê.

Cynthia Kersey

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Conhecer os resultados dos exames laboratoriais.

Orientação e preparo do cliente e família para adesão ao tratamento.

Histórico de enfermagem:

• observação completa do comportamento (constante)

• Parâmetro para o acompanhamento da evolução do tratamento.

• Dados: gravidez, convulsões, uso abusivo de drogas, doenças cardíacas, hepática ou renal.

• Verificar SSVV (antes e depois de administrar o medicamento),

• peso, padrão de sono e deambulação.

• Conhecer os efeitos desejados, colaterais, adversos ou tóxicos, contra-indicações, superdosagem.

• Comunicação terapêutica (confiança)

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Controle da ingestão do medicamento

Permanecer no leito por 1h, no caso de psicoterápico EV

Valorizar as queixas do paciente

Necessidade de abster-se do uso de álcool

Atividades do cliente conforme condições e evolução do tratamento

Estimular socialização do cliente

Evitar suspensão abrupta do medicamento

Não associar com outra medicação sem orientação médica

Portar cartão de identificação com medicamentos em uso

Orientar sobre os efeitos colaterais

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Boca seca

Visão turva

Alterações cardiovasculares

Diminuição do hábito intestinal

Retenção urinária

Disfunção sexual

Hipotensão postural e tontura

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Referências

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SABBATINI. R. M. E. A Descoberta das Drogas para Tratamento de Doenças Mentais. Acesso em 05 de junho de 2016 <http://www.cerebromente.org.br/n21/history/drogas_p.htm#Introdução>

SPRINGHOUSE CORPORATION. Enfermagem psiquiátrica: série incrivelmente fácil. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

VELASQUEZ. J. J. M. Psicofarmacologia. Cidade do México: Slideshare, 2014. disponível em: <http://es.slideshare.net/JavierMendoza45/conceptos-basicos-psicofarmacologia-r2014>