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5ºG Professora Rosangela

Mineração

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5ºG

Professora Rosangela

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Ciclo do Ouro foi o momento em que, no século XVIII, a extração do ouro foi a principal atividade econômica brasileira.

No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a diminuir. Com preços mais baixos e boa qualidade, a Europa passou a dar preferência para o açúcar holandês. Esta crise no mercado brasileiro colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda.

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Foi neste contexto que os bandeirantes começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. No século XVII, o bandeirante Fernão Dias saiu de São Paulo com seus seguidores em busca de prata e esmeraldas em Sabará.

Porém, foi só no fim do século XVII que revelou-se em Minas Gerais a ocorrência de ouro. Os diamantes, por sua vez, foram descobertos na segunda década do século XVIII.O primeiro ouro encontrado era chamado “ouro de aluvião”, ou seja, o ouro que se encontra nos vales dos rios.

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O ciclo econômico da mineração dinamizou a sociedade brasileira. Diferente do ciclo do açúcar, a riqueza proveniente do ouro não ficou concentrada nas mãos de um único grupo social.

Como as riquezas passaram a se concentrar na região sudeste, a capital da colônia deixou de ser Salvador e passou a ser o Rio de Janeiro. Rio de Janeiro tornava mais fácil e rápido o acesso as regiões mineradoras.

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Com o desenvolvimento de cidades como Vila Rica, Mariana, Diamantina, entre outras, apareceram os comerciantes, artesãos, intelectuais, padres, funcionários públicos e outros profissionais liberais.

Os escravos também ganharam importância, e muitos deles conquistaram junto a seus senhores o direito à liberdade devido ao êxito das minerações. Eram denominados negros alforriados ou forros. Outros compravam sua liberdade.

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Um outro grupo que se destacou foram os tropeiros, que faziam comércio de alimentos e mercadorias. Muitos faziam o transporte da carga entre Rio Grande do Sul e São Paulo, seguindo depois para Minas Gerais.

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O desenvolvimento da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais na colônia, destacando-se a chamada escola mineira, geralmente ligada ao Barroco.

São expoentes as obras esculturais e arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais e do Mestre Valentim, no Rio de Janeiro.

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Na música, destacou-se o estilo sacro do mineiro José Mesquita, além da música popular representada pela modinha e pela cantiga de ninar de origem lusitana e pelo lundu de origem africana.

Na literatura, se destacaram grandes poetas, como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, entre outros.

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Haviam duas formas principais de exploração do ouro na região das minas: a lavra e a faiscação.

A lavra era o tipo mais frequente. Consistia na extração em grandes jazidas, utilizando mão-de-obra de escravos africanos.

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Por sua vez, a faiscação – também conhecida como faisqueira – era a extração representada pelo trabalho do próprio garimpeiro, raramente auxiliado por ajudantes.

Na segunda metade do século XVIII, a mineração entrou em decadência como esgotamento das jazidas.

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Portugal exerceu sobre a exploração do ouro controle maior do que aquele exercido no açúcar. Um dos motivos é o fato de que, no decorrer do século XVIII, a economia portuguesa estava muito dependente da economia inglesa.

Assim, para recuperar sua economia, Portugal criou vários mecanismos de controle e fiscalização, como a Intendência de Minas e as Casas de Fundição.

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A Intendência de Minas foi um órgão criado em 1702. Controlado pelo rei, a intendência tinha a função de distribuir terras para exploração do ouro, fiscalizar e cobrar impostos.

As Casas de Fundição, por sua vez, eram locais em que todo o ouro encontrado nas minas era transformado em barras para facilitar a cobrança de impostos.

Dentre os principais impostos cobrados sobre a exploração do ouro, podemos destacar o quinto, a capitação e a derrama.

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Como vimos anteriormente, a coroa portuguesa lucrava muito com a cobrança de taxas e impostos. Assim, quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição, que retiravam 20% do total e enviavam para Portugal.

Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa. Porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou degredo, ou seja, expulsão do país.

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Outro imposto era a Capitação, valor cobrado por cada escravo utilizado como mão-de-obra na extração das minas.

Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa quantidade de ouro, aproximadamente 1500 kg anuais. Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido.

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As cobranças excessivas de impostos, as punições e a forte fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período, como a Guerra dos Emboabas, a Revolta de Felipe dos Santos, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.

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A Guerra dos Emboabas ocorreu entre 1707 e 1709, em Minas Gerais. Dentre as causas, podemos destacar os embates entre paulistas e portugueses pelo direito de explorar ouro na região das minas.

Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir as minas, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado.

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Por outro lado, os portugueses–também denominados emboabas, ou forasteiros - queriam o direito de exploração do ouro e formaram comunidades dentro da região que já era habitada pelos paulistas.

Dentre os líderes estavam o bandeirante Manuel de Borba Gato, que chefiava os paulistas. O português Manuel Nunes Viana, por sua vez, chefiava os emboabas.

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Dentro desta rivalidade ocorreram muitos conflitos e mortes que abalaram consideravelmente as relações entre os dois grupos. No fim, foi criada a capitania de São Paulo.

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A Inconfidência Mineira, também conhecida como Conjuração Mineira, ocorreu em 1789, em Minas Gerais. É considerada um movimento separatista, pois tinha a intenção de separar o Brasil de Portugal.

Dentre as causas da revolta, podemos destacar a cobrança excessiva de impostos, em especial a derrama, além da proibição de instalação de fábricas em território brasileiro. Além disso, as idéias de liberdade, pregadas pelo iluminismo europeu, contagiaram boa parte do povo e da elite econômica mineira.

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Os principais líderes foram Tomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes. Chamados de inconfidentes, a ideia do grupo era conquistar a liberdade de Portugal e implantar o sistema de governo republicano em nosso país. Vale ressaltar que, sobre a escravidão, o grupo não tinha posição definida.

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Os inconfidentes haviam marcado o dia do movimento para uma data em que a derrama seria executada. Desta forma, poderiam contar com o apoio de parte da população que estaria revoltada. Porém, um dos inconfidentes, Joaquim Silvério dos Reis, delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a coroa.

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Todos os inconfidentes foram presos, enviados para o Rio de Janeiro e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África e outros pena de prisão. Porém, Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado à forca em praça pública.

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A Conjuração Baiana, também chamada de Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798, em Salvador.

Da mesma forma que a Conjuração Mineira, também foi um movimento separatista e desejava a proclamação da República. Porém, ao contrário daquela, esta teve maior participação popular e defendia o fim da escravidão.

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Dentre as causas principais, podemos destacar a mudança da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, os altos impostos, a concentração de terras e as imposições de Portugal.

Além disso, o movimento foi influenciado pela Independência dos Estados Unidos, do Haiti e pela Revolução Francesa. As idéias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade estimulavam os conjuradores..

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A conjuração contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. No fim, o movimento foi sufocado por Portugal e os principais líderes foram, presos, degredados ou condenados à morte.

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