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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXÃO COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO COM UNIDADE RESIDENCIAL OSASCO 2008

Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXÃO

COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO COM UNIDADE RESIDENCIAL

OSASCO 2008

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LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO COM UNIDADE RESIDENCIAL

Trabalho Final de Graduação apresentado à Comissão Julgadora da Universidade Bandeirante de São Paulo, como exigência para obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Porfa. Marly Kiatake.

OSASCO 2008

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Paixão, Luciana Alessandra da

Complexo Assistencial ao Idoso com unidade residencial / Paixão, Luciana Alessandra da: [S.N.], 2008. 75 f.: il; 30 cm. Trabalho Final de Graduação (Graduação) – Universidade Bandeirante de São Paulo, Curso de Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Marly Kiatake.

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LUCIANA ALESSANDRA DA PAIXAO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO APRESENTADO À COMISSÃO JULGADORA DA UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO, COMO

EXIGÊNCIA PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO.

1.1.1 Presidente e Orientador Nome: ________________________________________ Titulação: _____________________________________ Instituição: ____________________________________ Assinatura: ____________________________________

1.1.2 Examinador

Nome: ________________________________________ Titulação: _____________________________________ Instituição: ____________________________________ Assinatura: ____________________________________ 1.1.3 Examinador

Nome: ________________________________________ Titulação: _____________________________________ Instituição: ____________________________________ Assinatura: ____________________________________ Nota Final: ____________________________________ Biblioteca Bibliotecário: _____________________________ Assinatura: _______________________________ Data ______/_________/_________ São Paulo. ______ de ________________ de 2008.

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Agradecimentos:

Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças e criatividade para

elaborar esse trabalho com afinco e confiança. Agradeço a minha família que

sempre me prestou auxilio e esteve presente nos momentos mais difíceis nessa

jornada acadêmica, assim como os amigos que direta ou indiretamente me ajudaram

nessa empreitada. Agradeço também a um grande amigo e parceiro que também me

prestou seu auxílio durante os anos que estivemos em parceria me despertando

para o âmbito profissional o Arquiteto Agopig Altebarmakian e meu namorado Daniel

Kroll que me estimulou, me deu apoio participando de umas das etapas finais do

projeto e esteve presente em todos os momentos difíceis e também a minha

orientadora que me conduziu com segurança e dedicação em todas as etapas da

elaboração deste trabalho.

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Abstract

The present work is about the elaboration from an architectural project as a Institutional and Education Conclusion Requirement Process: “Universidade Bandeirante de São Paulo”.

An Assistencial Complex was developed to the Third Aged People who has especial treatment needs.

Case studies, researchs and surveys had been carried through, until the arquitecture and urban project has been targered.

With the final project realized we use drawings, images and arguments that had been accepted and compose thus the work as a whole.

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Resumo

O trabalho que se apresenta trata-se da elaboração de um projeto arquitetônico como exigência do processo de conclusão de curso por exigência da Instituição de ensino: Universidade Bandeirante de São Paulo.

Foi desenvolvido um Complexo Assistencial ao Idoso visando atender as necessidades da população dessa faixa etária, carente de equipamentos urbanos desse tipo. Estudos, pesquisas e levantamentos foram realizados e um projeto de inserção urbana foi proposto justamente com o de arquitetura.

O projeto foi elaborado e apresentado através de desenhos gráficos, imagens e argumentos que foram aceitos e que compõe assim o trabalho como um todo.

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SUMARIO

1.0 INTRODUÇÃO.....................................................................................................01

2.0 HISTÓRICO ........................................................................................................02

2.1 HISTÓRIA DA CIDADE DE OSASCO............................................................02

2.2 HISTÓRIA DO BAIRRO DO KM 18 ...............................................................04

3.0 INSERÇÃO URBANA .........................................................................................06

3.1 ÁREA FOCO- IMAGEM AÉREA ....................................................................06

3.2 LEVANTAMENTOS........................................................................................07

3.2.1 DIAGNÓSTICO............................................................................................07

3.4 DIRETRIZES URBANAS................................................................................11

4.0 PROPOSTA DE INSERÇÃO URBANA..............................................................12

4.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA............................................................................14

4.1.2 REFLEXÃO SOBRE O TEMA ....................................................................16

4.1.3 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO ENVELHECIMENTO..........................19

4.1.4 POLÍTICA NACIONAL DA SAUDE DO IDOSO...........................................21

5.0 ESTUDOS DE CASO ARQUITETÔNICO...........................................................23

5.1 LAR DOS IDOSOS ........................................................................................23

5.1.2 Dados da Obra.............................................................................................23

5.1.3 Objetivo do Projeto......................................................................................23

5.1.4 Programa.....................................................................................................24

5.1.5 Tipologia dos Apartamentos........................................................................25

5.1.6 Analise.........................................................................................................25

5.1.7 Objetivo da escolha do Edificio para Estudo de Caso.................................26

5.2 CENTRO DE REABILITAÇÃO MOTORA.......................................................27

5.2.1 Dados da Obra.............................................................................................27

5.2.2 Objetivo do Projeto.......................................................................................27

5.2.3 Partido Arquitetônico....................................................................................27

5.2.4 Analise.........................................................................................................28

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6.0 VISITAS

TECNICAS............................................................................................29

6.1 SESC POMPÉIA............................................................................................29

6.1.2 Dados da Obra.............................................................................................29

6.1.3 Objetivo do Projeto.......................................................................................29

6.1.4 Programa......................................................................................................29

6.1.5 Fotos das Oficinas........................................................................................30

6.1.6 Analise..........................................................................................................31

6.1.7 Elevação do Conjunto..................................................................................32

6.1.8 Interior das Quadras.....................................................................................32

6.1.9 Entrevista......................................................................................................33

6.1.10 Objetivo da escolha do Edificio para Estudo de Caso................................34

6.2 RESIDENCIAL SOLAR VILLE GARAUDE…………………………………… 35

6.2.1Dados da Obra……………………………………………………………………35

6.2.2 Objetivo da Obra…………………………………………………………………35

6.2.3 Programa…………………………………………………………………………35

6.2.4 Fotos do Local………………………………………………………………… 36

6.2.5 Analise……………………………………………………………………………38

6.2.7 Setorização……………………………………………………………………….39

6.2.8 Corte Transversal………………………………………………………...…… 39

7.0 PROJETO ...........................................................................................................39

7.1 CONCEITUAÇÃO...........................................................................................40

7.2 PROGRAMA EDIFICIO RESIDENCIAL PARA IDOSOS ...............................41

7.3 PROGRAMA EDIFICIO COMPLEXO ASSISTENCIAL AO IDOSO...............42

7.4 DESENHOS ...................................................................................................43

7.4.1 INSERÇÃO URBANA..................................................................................43

7.4.2 Implantação.................................................................................................44

7.4.3 Subsolo........................................................................................................45

7.4.4 Edificio de Convivência e Apoio ao Idoso - Pavimento Térreo....................46

7.4.5 Primeiro e Segundo Pavimentos.................................................................47

7.4.6 Terceiro Pavimento......................................................................................48

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7.4.7

Cobertura.....................................................................................................49

7.4.8 Corte AA......................................................................................................50

7.4.9 Corte BB......................................................................................................51

7.4.10 Corte CC....................................................................................................52

7.4.11 Elevação Norte...........................................................................................53

7.4.12 Elevação Sul..............................................................................................54

7.4.13 Elevação Leste...........................................................................................55

7.4.14 Elevação Oeste..........................................................................................56

7.4.15 Edifício Residencial para Idosos – Pavimento Térreo...............................57

7.4.16 Primeiro Pavimento – Lazer.......................................................................58

7.4.17 Segundo Pavimento – Fitness...................................................................59

7.4.18 Terceiro Pavimento – Praça de Alimentação.............................................60

7.4.19 Quarto Pavimento – Jogos.........................................................................61

7.4.20 Quinto Pavimento – Serviço de Saúde......................................................62

7.4.21 Cobertura...................................................................................................63

7.4.22 Corte CC....................................................................................................64

7.4.23 Corte DD....................................................................................................65

7.4.24 Corte EE....................................................................................................66

7.4.25 Elevação Norte..........................................................................................67

7.4.26 Elevação Sul..............................................................................................68

7.4.27 Elevação Leste..........................................................................................69

7.4.28 Elevação Oeste.........................................................................................70

7.4.29 Skyline Norte, Leste e Corte CC...............................................................71

7.5 PERSPECTIVAS............................................................................................72

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1.0 INTRODUÇÃO

O trabalho que se apresenta mostrará a atual situação, as antigas e atuais

projeções a respeito de um tema delicado, porém real que há alguns anos saiu do

cenário da expectativa do futuro para vir de encontro à realidade presente: a

situação do idoso no Brasil e no Mundo. Será mostrada a atenção que se despende

ao segmento populacional que se encontra em processo de envelhecimento, seus

direitos definidos por leis, a preocupação pela preservação de sua autonomia na

defesa de sua integridade física e moral, sua realidade e necessidades neste século

que se inicia assim como sua participação no cenário globalizacional.

De acordo com dados de pesquisas realizadas pelo IBGE - Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (2000) atualmente a média de tempo de vida da

população vem aumentando consideravelmente e este aumento avançará em

maiores proporções nos próximos 20 anos.

Com base nesses dados, no Histórico da Região e nos levantamentos

realizados durante o desenvolvimento do trabalho, serão apresentados os resultados

desses estudos e suas diretrizes. Detectou-se uma carência na estrutura urbana de

edificações e programas voltados a atividades para a terceira idade, tendo em vista

as leis que protegem seus direitos e o que acontece na realidade. Com a finalidade

de solucionar parte desse problema e gerar uma integração social a esse segmento

populacional associada a uma leitura das necessidades urbanas propõe-se a

elaboração de um centro de convivência e apoio ao idoso, que terá como objetivo

trabalhar o conceito de autonomia e qualidade de vida dos idosos com a promoção

do envelhecimento saudável, dando continuidade à vida social, para que nele seja

encontrados apoio, entretenimento e assistência.

A proposta trata de um Projeto Arquitetônico localizado na Região Oeste da

cidade de São Paulo, no Município de Osasco-SP, em um bairro predominantemente

residencial - Km 18. Esse edifício proporcionará ao idoso uma melhor qualidade de

vida visando garantir o cumprimento de um dos seus direitos, num período onde a

dependência social isola e constrange.

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2.0 HISTÓRICO

2.1 História da Cidade de Osasco

Com uma superfície terrestre: 66,9 Km² limita-se territorialmente com:

Município de São Paulo e rodovia Anhangüera (ao norte); Município de Taboão da

Serra e Rodovia Raposo Tavares (ao sul); Município de São Paulo - bairros do

Butantã e Jaguaré (ao leste); Municípios de Carapicuíba, Barueri e Santana do

Parnaíba (ao oeste); Município de Cotia (ao sudoeste). (MAS Pesquisa de Mercado,

2008). No final do século XIX, durante o período da libertação dos escravos, iniciou-

se o movimento de imigração européia devido à necessidade de mão-de-obra para

substituir o trabalho escravo. Como conseqüências da imigração, por volta de 1890,

chegaram os primeiros estrangeiros, entre eles o italiano Antônio Giuseppe Agú.

Consta que ele comprou uma gleba de terras compreendida entre os córregos de

Bussocaba e Agúadinha, no quilômetro 16 da Estrada de Ferro Sorocabana,

freguesia da Capital do Estado de São Paulo. Antônio Agú é considerado o fundador

do Município de Osasco, sendo o responsável pela escolha de seu nome, o mesmo

de sua cidade natal. Fundou uma olaria junto com seu genro Antônio Vianco,

posteriormente arrendada ao francês Barão Sensaud de Lavaud. Os terrenos

fronteiriços à olaria foram divididos em lotes e vendidos a diferentes famílias,

principalmente italianas. Desta maneira, o primeiro núcleo de habitantes do chamado

quilômetro 16 da Estrada de Ferro foi constituindo-se conforme (MAS Pesquisa de

Mercado, 2008).

Em 1920 Antônio Agú implantou, em sociedade com Narciso Sturlini, a

indústria de Cartonagem, a primeira fábrica de papelão da América do Sul.

A localidade atraía as pessoas conhecidas no comércio. Com esforço de

Antônio Agú em trazer capital, investidores e moradores para a região, as indústrias

foram surgindo e o núcleo urbano foi se desenvolvendo. Até a sua morte em 25 de

janeiro de 1909, Agú procurou fazer da Vila Osasco um local progressista e

habitável. O Distrito de Osasco foi criado pela Lei Estadual n.º 1.634, em 31 de

dezembro de 1918.

Na época da Primeira Guerra Mundial e da implantação de indústrias no país,

varias companhias estavam instaladas em Osasco. A cidade cresceu e, em 1922, foi

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inaugurada a Vila Militar de Quitaúna. Ao redor das indústrias existiam pequenas

olarias e um comércio reduzido. Começaram a surgir pequenas vilas que, hoje, são

bairros tradicionais de Osasco.

A partir de 1940, empresas de maior porte, sobretudo as de metalúrgica

pesada, começaram a instalar-se em Osasco.

O surgimento de indústrias metalúrgicas pesadas contribui para tornar

Osasco um importante núcleo operário. Porém, aliado a outros fatores, o

crescimento industrial trouxe também, o crescimento da população e, em

decorrência disso, os loteamentos irregulares, a carência de energia elétrica, água,

esgoto e transportes. As necessidades de serviços não eram supridas na mesma

proporção em que surgiam, e como Osasco era um Distrito de São Paulo, seus

moradores começaram a pensar que o bairro era relegado a um plano secundário.

Em 1948 liderados pelo dentista Reynaldo de Oliveira, fundou a Sociedade

Amigos de Osasco, que originou o Movimento pela Emancipação da Cidade, em

meados de 1950. O primeiro plebiscito para decidir se Osasco passaria ou não a ser

um Município autônomo foi marcado para 13 de dezembro de 1953. Contrariando as

expectativas, os adeptos da "não-emancipação" conseguiram maioria de 140 votos

na consulta popular. Segundo os autonomistas, teria havido fraude.

Após uma luta redobrada, os autonomistas conseguiram marcar um segundo

plebiscito, realizado em 21 de dezembro de 1958. Desta vez, venceram os

emancipados, por uma diferença de 1.283 votos e também foram acusados pelos

contrários de fraudar as urnas. Em fevereiro 1962, instalou-se oficialmente a primeira

gestão municipal, sendo o primeiro prefeito Hirant Sazanar, e a Câmara Municipal

composta por 23 vereadores.

Atualmente, Osasco se destaca como uma das cidades mais dinâmicas do

Brasil, sendo a 5ª maior cidade do estado de São Paulo e a 24ª maior do Brasil.

Seus limites são a capital a norte, leste e sul, Cotia a sudoeste, Carapicuíba e

Barueri a oeste e Santana de Parnaíba a noroeste.

Osasco é considerado atualmente o 4º município mais populoso da Grande

São Paulo, com 652.593 (181.012 domicílios) em 2000. Perde apenas para a

Capital, Guarulhos e São Bernardo do Campo. Sua vocação Econômica está voltada

para as áreas de Indústria e Serviços.

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2.2 História do Bairro Km 18.

O Bairro chamado km 18 localiza-se a oeste do Município de São Paulo.

Estende-se ao longo do vale do rio Tietê, iniciando-se próximo à confluência com o

Rio Pinheiros. Situa-se a 18 Km da praça da Sé, em São Paulo. Possui acessos

importantes através das rodovias Castelo Branco, Anhanguera, Raposo Tavares,

estrada de ferro da CPTM, além do rio Tietê.

Está entre os bairros mais antigos da cidade tendo sua formação iniciada por

volta do ano 1955 o que justifica sua formação consolidada infra-estruturalmente nos

dias atuais.

Sua história inicia-se com uma antiga gleba de terras no km 18 da E.F.

Sorocabana com 20 mil metros comprados por Dante.

A primeira indústria do bairro foi uma olaria nas margens do rio Tietê. Nesse

mesmo local na década de 50 foi construída a indústria química Rilsan, atual

Hoescht. Do outro lado do córrego João Alves, atual Avenida Nova Granada onde foi

construída uma fábrica de anilinas. Essa fábrica deu lugar a fábrica de fósforo que

embalava seus produtos com a marca Dominó e Cacique e que se instalou no lugar

em 1925. A fábrica de fósforo deu lugar a uma fábrica de aspirais de nome Hazafer

do Brasil. Foi através das indústrias e da moradia que o bairro se consolidou.

A região compreendida entre os quartéis de Quitaúna e o Fórum de Osasco

(Avenida das Flores), englobando o Alto de Quitaúna, a Vila Isabel, a Cidade das

Flores, o Jardim das e o Quilômetro Dezoito, é hoje uma das mais desenvolvidas da

cidade. Surgida a partir de militares profissionais de baixa patente, cresceu a partir

do surgimento da Cobrasma, na década de 40, como uma vila operária. Hoje, seus

problemas de infra-estrutura (falta de asfalto, água encanada ou esgoto) são

mínimos quando comparados com os de outros bairros de Osasco.

Os primeiros moradores, principalmente do Quilômetro Dezoito, eram

sargentos e oficiais de baixa patente, que ali começaram a se instalar na segunda

década do século XX.

Por ser servido por uma pequena parada da Estrada de Ferro Sorocabana, no

antigo km 18, logo após a instalação de firmas grandes como a Cobrasma, a Soma e

a Cimaf no Centro, outras fábricas vieram se juntar a Granada (fundada nos anos

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30), como a Osram, a Rilsan (hoje Hoechst), a Hazafer e a Fábrica de Molhos

Jimmy.

Quarenta anos depois, o Dezoito é o único bairro da cidade a possuir mais de

uma agência bancária, as então filiais do Bradesco, Nacional e Banco do Brasil, na

Avenida dos Autonomistas.

A partir da década de 60, com a interrupção do desenvolvimento industrial de

Osasco como um todo, o km 18 passou a vivenciar um processo semelhante ao do

Centro: a expansão do comércio. Em menos de vinte anos, o Dezoito se expandiu

tanto que os comerciantes locais acreditam que será capaz de funcionar como

alternativa à saturação do Centro.

Fator decisivo para o crescimento do Km 18 e sua conversão num quase

segundo Centro de Osasco foi a inauguração, em 1986, do Viaduto Tancredo

Neves, mais conhecido como da Integração, a via mais rápida e com maior

capacidade de razão de veículos, entre as zonas Norte e Sul da cidade.

O viaduto, porém, também transformou a região numa área de passagem, e

sofre os desgastes decorrentes disso. Milhares de automóveis e moradores de

bairros como os jardins Roberto, Santo Antônio, Piratininga e Helena Maria cruzam

diariamente suas ruas. Não projetadas para absorver o contingente de automóveis e

caminhões, diversas pistas - como a da Hildebrando de Lima – apresentam

"crateras". Porém o viaduto trouxe mais benefícios que prejuízos. Basta acompanhar

o salto na valorização dos imóveis que no contexto Osasquense, só perde para o

Centro e para as áreas vizinhas da vila Yara.

O processo de valorização da região "expulsou" ou "expurgou" os antigos

operários. Quem não subiu de classe social, mudou do km 18 e do jardim das

Flores.

Hoje, para comprar ou alugar uma casa na região é preciso ter um salário no

mínimo de classe média ascendente.

Segundo IBGE (2006), a população do bairro KM 18 está próxima ao numero

dos 7000 moradores, sendo que aproximadamente 712 estão na faixa etária dos 0

aos 3 anos de idade, 576 dos 4 os 6 anos, 1804 dos 7 aos 14 anos, 773 dos 15 a 17

anos, 2092 de 18 a 24 anos, 2380 dos 25 aos 34 anos, 4942 dos 35 aos 59 e 1880

com 60 anos ou mais.

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3.0 INSERÇÃO URBANA

Localização no Mapa da Cidade de Osasco:

Figura 01: Mapa Cidade de Osasco

Fonte: PMO, 2008

3.1 Área foco - Imagem Área

Figura 02: Imagem Aérea.

Fonte: Google,2008

Page 17: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

17

3.2 LEVANTAMENTOS

3.2.1 Diagnóstico:

A área de estudo urbano localiza-se em um Bairro predominantemente

residencial - o Km 18. Bairro já consolidado por ser um dos mais antigos da cidade

de Osasco, apresentando uma grande quantidade de população idosa, estando em

5o lugar nessa qualificação segundo IBGE (2006).

Da área estudada, pode-se verificar a incidência de pontos comerciais e de

serviços de atendimento local com maior concentração nos pontos específicos: Rua

Senhora Imaculada Conceição e Rua Hidelbrando de Lima, onde há maior

concentração de movimentação urbana com existência de circulação de ônibus

vindos da área central com destino aos demais bairros do mesmo município. As

demais ruas apresentam circulação de trânsito local.

Todo o bairro usufrui infra-estrutura básica (água, energia elétrica, rede de

esgoto, telefone e asfalto).

Há também pouca circulação de pessoas vindas de outras regiões; a maioria

que usa o espaço urbano mora no local ou nas proximidades.

Na macro-região encontra-se a linha férrea com a estação de trem do Km 18

e a Avenida dos Autonomistas, eixo de Circulação Oeste entre os municípios como

mostra o mapa a baixo.

Figura 03: Mapa Macro Região.

Fonte: Acervo Pessoal

Page 18: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

18

A paisagem urbana observada é uniforme com pouca variação de gabarito,

variando do 1o ao 3o pavimento com presença de dois edifícios de maior altura; 10

pavimentos e outro de 8 pavimentos também residenciais conforme figura 04.

Figura 04: Mapa Gabarito.

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 05: Mapa Uso do Solo.

Fonte: Acervo Pessoal

Page 19: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

19

As quadras também apresentam regularidade em seu traçado com lotes

que variam entre 10 e 5m de testada com 25 a 50 m de profundidade.

A topografia na área estudada é uniforme e há boa concentração de

arborização nas calçadas. ( Figura 06)

Há pouca incidência de áreas vazias e institucionais apresentando em sua

maioria um bom estado de conservação das edificações de propriedade particular.

O centro de apoio ao idoso existente com piscina, quadras de jogos e espaço

para convivência é insuficiente e se encontra em estado de conservação precário

(Figura 07).

Figura 06: Hipsometria

Fonte: Acervo Pessoal

Page 20: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

20

Há pouco espaço para lazer ou para outras atividades similares. Os

moradores da terceira idade utilizam a praça existente como ponto de encontro

social e caminhadas durante o dia, por falta de equipamentos no bairro e o

cercamento da praça conforme mostram as figuras 08 e 09:

Figura 08: Vista Externa Praça Figura 09: Vista Interna Praça

Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal

Utilizam também os bares do bairro, apresentando um espaço sem vida

urbana integrado a pontos de comércios locais, não apresentando nenhum

equipamento que configure maior atração para a população.

Em relação à praça existente mencionada nas fotos anteriores pode-se

constatar:

Figura 07: Estado Conservação.

Fonte: Acervo Pessoal

Page 21: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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* O paisagismo encontra-se abandonado e as pistas de corridas não

possuem drenagem do solo suficiente apresentando acumulo de água em alguns

pontos e seu mobiliário encontra-se em péssimo estado de conservação assim como

os equipamentos de diversão infantil.

* A sinalização horizontal das pistas é confusa dificultando a identificação das

seqüências dos pontos referências das mesmas.

* O acesso de pedestres é insuficiente no local e as rampas existentes não se

encontra em bom estado de conservação apresentando crescimento de vegetação

na ruptura do concreto do piso, principalmente os próximos as calçadas e aos

jardins.

A figura 10 a seguir ilustra o diagnóstico da área foco.

Figura 10: Mapa Diagnóstico da Área.

Fonte: Acervo Pessoal

3.4 Diretrizes Urbanas

A partir do diagnóstico levantado, as seguintes diretrizes foram propostas:

* Estimular o uso do espaço urbano utilizado pela população para trazer maior

movimentação ao local nos diversos períodos principalmente à noite evitando assim

o abandono.

Page 22: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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* Incentivar a melhoria das edificações que não apresentam bom estado de

conservação.

* Requalificação da praça existente.

* Manutenção da paisagem urbana existente.

* Melhorar o equipamento urbano existente ou implementar um equipamento

novo onde a população tenha um tempo de utilização mais prolongado e seja

aproveitado por todas as faixas etárias principalmente a do idoso residente local que

já utiliza a praça.

4.0 PROPOSTA DE INSERÇÃO URBANA

O projeto consiste na recuperação do Centro de Vivência e Apoio ao Idoso

existente de acordo com a figura 11 a seguir e na construção de um Complexo

Assistencial para a 3º idade.

Figura 11: Centro de Apoio ao Idoso Existente.

Fonte: Acervo Pessoal

Um boulevard será proposto na Rua Sidnei de Góes (Figura 12) com

interdição parcial da mesma, não prejudicando o trânsito de fluxo local como mostra

a figura anterior.

Eliminação de barreiras da praça local para integração da população com isso

haverá maior estimulo para o uso do espaço noturno.

Page 23: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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Figura 12: Rua Sidnei de Góes

Fonte: Acervo Pessoal

A intenção é gerar um espaço integrado entre as duas quadras separadas

por esta rua e eliminar as barreiras da praça local para integração da população.

A figura 13 a seguir ilustra a proposta para o local.

Figura 13: Mapa Inserção Urbana

Fonte: Acervo Pessoal

Page 24: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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4.1 Justificativa do Tema.

A justificativa do tema, advém do grande número de idosos, e a pequena

quantidade de espaços e centros de vivência e apoio destinados aos mesmos.

Como mencionado em item anterior, o último censo populacional do IBGE

mostra que os idosos correspondem a 9,1 % da população do país. Do total de

160.336.471 brasileiros identificados em 199, 14512, 803 tinham 60 anos ou mais.

Estimativas apontam que no ano de 2025, serão 34 milhões de idosos no país.

(COREN 2003). A idéia do tema surgiu com o interesse de se realizar um trabalho

voltado para população idosa conhecendo-se os problemas enfrentados por essa

faixa etária.

A proposta é a elaboração de um Complexo Assistencial ao Idoso – Um

equipamento urbano onde a população tenha um tempo de utilização mais

prolongado do espaço urbano e seja mais bem aproveitado por todas as faixas

etárias principalmente a do idoso residente local.

Pesquisas acadêmicas realizadas mostram que parte essencial da Política

Nacional de Saúde, a presente Política fundamenta a ação do setor na atenção

integral à população idosa e aquela em processo de envelhecimento, na

conformidade do que determinam a Lei Orgânica da Saúde – No 8.080/90 – e a Lei

8. 842/94, que assegura os direitos deste segmento populacional (Portaria N. 1395,

1999). No conjunto dos princípios definidos pela Lei Orgânica, destaca-se o relativo

à “preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e

moral”, que constitui uma das questões essenciais enfocadas nesta Política, ao lado

daquelas inerentes à integridade da assistência e ao uso da epidemiologia para a

fixação de prioridades. (Art. 7O, incisos III, II e VII, respectivamente).

Por sua vez, a Lei No 8.842 – regulamentada pelo Decreto No 1.948, de 3 de

julho de 1996 – ao definir a atuação do Governo, indicando as ações específicas das

áreas envolvidas, busca criar condições para que sejam promovidas a autonomia, a

integração e a participação dos idosos na sociedade, assim consideradas as

pessoas com 60 anos de idade ou mais.

Com a intenção de se realizar um projeto situado dentro do município de

Osasco a premissa inicial foi levantar quais os bairros que possuem um grande

Page 25: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

25

número da população idosa. Posteriormente, foram levantados dentre esses

bairros, quais os que apresentassem melhor localização para a implantação do

objeto proposto e durante esta a pesquisa foi localizado um equipamento existente

que apresenta o mesmo tema de intervenção a ser proposto que se localiza no

Bairro Km 18.

Todo o bairro usufrui infra-estrutura básica (água, energia elétrica, rede de

esgoto, telefone e asfalto.), fator determinante para a realização da proposta no

local.

Outro fator determinante foi a constatação de que há pouco espaço para lazer

ou para outras atividades similares para os moradores. Os moradores da terceira

idade utilizam a praça existente como ponto de encontro social e caminhadas

durante o dia, por falta de equipamentos no bairro e o cercamento da praça durante

a noite, os mesmo utilizam os bares do bairro, apresentando um espaço sem vida

urbana saudável com os pontos de comércios locais não apresentando nenhum

equipamento que configure maior atração para a população.

No centro de apoio ao idoso existente encontramos um programa pobre com

piscina, quadras de jogos e espaço para convivência, mostrando notoriamente sua

insuficiência e ainda se encontra em estado de conservação precário.

Segundo essa Lei, cabe ao setor saúde, em síntese prover o acesso dos

idosos aos serviços e ás ações voltadas á promoção, proteção e recuperação da

saúde, mediante o estabelecimento da cooperação entre as esferas de governo e

entre centros de referência em geriatria e gerontologia.

Trabalhar com o conceito de autonomia e altos níveis de função, e trabalhar

com qualidade de vida e não coeficiente de mortalidade faz parte de uma postura

nova que está sendo desenvolvida assumindo que a saúde precisa ser

compreendida em sua essência, não só como ausência de doenças, mas também

como um aspecto de ações, que não são especificas do setor de saúde, do

Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual ou da Secretaria Municipal de Saúde.

Pensar saúde enquanto promoção e qualidade de vida pressupõe pensar, não só na

resolução ou no encaminhamento da recuperação da saúde, quando ela já foi

comprometida pela doença, mas, sobretudo pensa em atividades de integração.

Page 26: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

26

A promoção do envelhecimento saudável está compreendida como

orientação, aos idosos e as pessoas em processo de envelhecimento, sobre a

importância da melhoria de suas habilidades funcionais mediante atuação de

exercícios físicos; nutrição saudável, convivência social estimulante; busca de uma

ocupação prazerosa, utilização de mecanismos de atenuação do estresse, entre

outros.

4.1.2 Reflexão sobre o Tema.

Pela definição clássica: Asilo é um estabelecimento mantido por instituições

filantrópicas, geralmente religiosas, destinado a amparar pessoas necessitadas,

idosos ou inválidos, que não têm onde morar e que não são amparados por outrem,

dando a elas moradia, alimentação e cuidados higiênicos e de saúde. Também são

conhecidos como casas de repouso. A palavra asilo quer significar, de acordo com o

Aurélio, 2008, "casa de assistência social”, onde se sustentam e educam mendigos,

órfãos, velhos e carentes. Com o correr dos anos, uma instituição deste tipo

freqüentemente deteriora, isola-se do resto da comunidade, tornando-se um gueto

ou um cisto social de excluídos. Daí o surgimento da conotação negativa para a

palavra asilo.

Os anos 80 marcaram o inicio de várias iniciativas acadêmicas no sentido de

formar pessoal para lidar com a saúde dos idosos, dentro de Faculdades de

Medicina, principalmente no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Desde essa época

a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia vêm ocupando posto de destaque

na formação de médicos para trabalhar em Geriatria (NERI, 2005).

Apareceram as primeiras Universidades da Terceira Idade. Essas iniciativas

iriam multiplicar-se pelos anos seguintes, marcando-os como os anos do

estabelecimento dos campos da Geriatria e da Gerontologia e de varias

especialidades profissionais dedicadas ao atendimento da velhice no Brasil (LOPES,

2000). Enfrentando enormes resistências dentro da Universidade, no final dos anos

90 a Gerontologia adentrou o domínio da pós-graduação, surgiram três cursos de

mestrado e doutorado e um crescimento embora instável número de cursos de

especialização (NERI, 2005). Foram exatamente esses desenvolvimentos que

Page 27: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

27

presidiram o aparecimento da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso,

uma vez que os profissionais que pressionaram o governo e ofereceram idéias e

princípios para esses documentos saíram das fileiras das instituições mencionadas:

SBGG, ANG, SESC, Universidades e cidadãos idosos que começaram a se

mobilizar em defesa de seus direitos como cidadãos aposentados (Portaria 1395,

1999).

A idéia de se implantar casas de repouso surgiu com a necessidade de se

instalar uma pequena parcela da população que a custo de preconceito e outros

valores não se encaixavam na sociedade de forma ativa e participante. A falta de

condições e cuidados específicos fizeram das casas de repouso um aliado para

famílias que não encontram solução para acomodar os idosos, ou mesmo os que

não possuem famílias, ou ainda os que possuem, mas que hoje em dia preferem

uma vida independente por vários fatores. Atualmente existem muitas casas de

repouso ou centros de apoio ao idoso nas grandes capitais aonde esse conceito de

“repouso” vem se modificando ao longo do tempo, desde a infra-estrutura interna

passando pelo aspecto psicológico do tema até a Arquitetura.

De acordo com IBGE (2000) atualmente a média de tempo de vida da

população vem aumentando consideravelmente, sendo que, em 2000 mais de 973

mil habitantes na capital paulista tinham mais de 60 anos – cerca de 9,3 % da

população. E a publicação Histórico Demográfico do Município, da Secretaria de

Planejamento, mostra que, se em 1991 havia 18 idosos para cada grupo de 100

crianças na cidade, 9 anos depois essa proporção avançará para 25/100. Com o

crescente número de idosos nos grandes centros, mesmo nas áreas mais rurais e o

conflito existente com a cidade moderna e seus novos conceitos, os centros de

apoio ao idoso estão sendo desenvolvidos, projetados e tratados com outros

critérios. A problemática social foi à questão que mais se inovou nesses conceitos.

As casas de repouso hoje além de recebem novos nomes que procuram aliviar o

peso do nome das antigas instituições e de seus antigos conceitos se preocupam

em não isolar e sim integrar o tema a sociedade preocupando-se em não criar

estigmas com o envelhecimento da população. Aliado à procura constante de uma

maior qualidade procuram também uma renovação no quadro arquitetônico que

projeta espaços para o prazer do bem viver, considerando assim o valor da

Page 28: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

28

qualidade de vida onde é necessário criar respostas para as pessoas que, sem

condições para poderem ficar sozinhas nas suas casas, tenham um lugar que as

acolha e que lhes proporcione bem-estar, conforto e onde elas não se sintam sós.

O importante é que sejam criados espaços de qualidade para acolher aqueles

que ainda querem desfrutar dos prazeres da vida - de um passeio no campo, de um

jogo de cartas, de uma conversa - algo que é muito mais agradável quando

partilhado, mas não somente neste aspecto comunitário e sim na continuação e

integração da vida em si.

Por isso os equipamentos de apoio ao idoso são uma aposta no hoje e no

amanhã. As dimensões do problema da previdência social brasileira são colossais e

não é provável que se consiga solução adequada em poucos anos. É muito provável

que a situação socioeconômica de diversos idosos persista instável, insegura e ou

plenamente deficitária nos próximos vários anos.

Projetos voltados para este tema estão começando hoje a rever seus

conceitos de instalação, assim como as grandes Escolas, Hospitais, Centros de

Cultura e Arte e outros, estão envolvendo profissionais de renome para projetos

onde a funcionalidade e a Arquitetura se tornem parceiras, esse novo equipamento

urbano também revê seus conceitos. Exemplo disso é o recente Lar dos Idosos do

escritório Vigliecca & Associados que se trata de um residencial exclusivo para a

população com mais de 60 anos. Por isso, o projeto possui características especiais

como: elevadores, maior espaço nos banheiros para circulação de cadeiras de

rodas, e corredores com ampla ventilação para que também sejam usados como

área de convivência dos idosos para que o prazer de viver ainda continue sob o

usufruto de se residir num equipamento 100 % voltado a realidade do idoso não

deixando de lado a questão da formação do espaço arquitetônico.

Não só da questão do equipamento em si com as observações de projeto

específico voltado para a necessidade do idoso que se sobreviverá a Arquitetura,

mas da questão da inserção urbana. O projeto deverá pertencer à cidade e a cidade

ao projeto. Ao examinarmos a estrutura física de nosso entorno urbano podemos

observar que, na maioria das vezes, não é seguido o princípio básico que a cidade

deve ser para todos. O acesso físico aos distintos elementos constitutivos da

estrutura urbana desde a necessária locomoção entre os seus diversos pontos,

Page 29: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

29

realizada tanto em meios de transportes quanto a pé. Portanto, antes de pensar e,

muitas vezes, requerer a participação de todos os cidadãos nos serviços e

equipamentos disponibilizados pelas cidades, deve ser examinada se essa

participação é possível, se todos os meios para que isso ocorra estão presentes na

estrutura urbana, se as edificações e os espaços abertos contemplam, além dos já

incorporados conceitos de economia, durabilidade, funcionalidade e estética, a

acessibilidade e a habitabilidade, se as campanhas de sensibilização realizadas

foram efetivas, despertando o respeito às necessidades diferenciadas dos idosos e

das pessoas com mobilidade reduzida e fomentando atitudes solidárias na

população em geral.

4.1.3 Aspectos demográficos do envelhecimento

A partir da década de 50 vem ocorrendo progressiva elevação da esperança

média de vida em todas as populações, fato este que se relaciona diretamente com

a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade infantil, a melhoria das doenças

infecciosas, condições de saneamento básico e o acesso ao serviço público

(PASSARELLI, 1991).

O processo de transição demográfica no Brasil caracteriza-se pela rapidez

com que o aumento absoluto e relativo das populações adulta e idosa modificou a

pirâmide populacional. Até os anos 60, todos os grupos etários registravam um

crescimento quase igual, a partir daí, o grupo de idosos passou a liderar esse

crescimento (Portaria N 1395, 1999).

Nós países desenvolvidos, essa transição ocorreu lentamente, realizando-se

ao longo de mais de cem anos. Alguns desses países hoje apresentam um

crescimento negativo da sua população, com a taxa de nascimento mais baixa que a

de mortalidade (Portaria n. 1395, 1999).

A semelhança de outros países latino-americanos, o envelhecimento no Brasil

é um fenômeno predominantemente urbano, resultando, sobretudo do intenso

movimento migratório iniciado na década de 60, motivado pela industrialização

desencadeada pelas políticas desenvolvimentalistas. Esse processo de urbanização

propiciou um maior acesso da população e serviços de saúde e saneamento, o que

Page 30: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

30

colaborou para a queda verificada na mortalidade. Possibilitou, também, um maior

acesso a programas de planejamento familiar e a métodos anticoncepcionais,

levando a uma significativa redução da fecundidade (Portaria n 1395, 1999).

A persistir a tendência de o envelhecimento como fenômeno urbano, as

projeções para o inicio do século XXI indicam que 82% dos idosos brasileiros

estarão morando nas cidades. As regiões mais urbanizadas, como a Sudeste e o

Sul, ainda oferecem melhores possibilidades de emprego, disponibilidade de

serviços públicos e oportunidades de melhor alimentação, moradia e assistência

médica e social. (Portaria n 1395, 1999)

Embora, grande parte das populações ainda viva na pobreza nos países

menos desenvolvidos, certas conquistas tecnológicas da medicina moderna,

verificadas nos últimos 60 anos, vacinas, antibióticos, quimioterápicos e exames

complementares de diagnóstico, entre outros, favoreceram a adoção de meios

capazes de prevenir ou curar muitas doenças que eram fatais até então. O conjunto

dessas medidas provocou uma queda da mortalidade infantil e conseqüentemente,

um aumento na expectativa de vida ao nascer (Portaria n 1395, 1999).

O Último censo populacional do IBGE mostra que os idosos correspondem a

9,1 % da população do país. Do total de 160.336.471 brasileiros identificados em

199, 14512, 803 tinham 60 anos ou mais. Estimativas apontam que no ano de 2025

serão 34 milhões de idosos no país. (COREN 2003).

O envelhecimento da população brasileira teve seu inicio na segunda metade

dos anos 70, quando houve um declínio da taxa de fecundidade de 5,8 filhos por

casal, esse índice baixou para 4,3 em 1980 e 2,3 em 1995 e segundo projeções em

2030 será de 1,6 (CARVALHO E GARCIA, 2003).

No Brasil, em 1900 a expectativa de vida ao nascer era de 33,7 anos; nos anos 40,

de 39 anos; em 50, aumentos para 43,2 anos e, em 60 era de 55,9 anos. De 1960

para 1980, essa expectativa ampliou-se para 63,4 anos, isto é foram acrescidos

vinte anos em três décadas, segundo revela o Anuário Estatístico do Brasil de 1982.

(Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / Fundação IBGE. De 1980

para 2000, o aumento deverá ser em torno de cinco anos, ocasião em que cada

brasileiro, ao nascer esperará viver 60 anos e meio. As projeções para o período de

2000 a 2025 permitem supor que a expectativa média de vida do brasileiro estará

Page 31: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

31

próxima dos 80 anos, para ambos os sexos. De 1980 a 2000, o grupo etário com

60 anos e mais de idade deverá crescer 105%, as projeções apontam para um

crescimento de 120 % no período de 2000 a 2025. (Portaria 1395, 1999)

Os resultados desse envelhecimento para a economia e nas questões sociais

são muitos representando um aumento da população economicamente ativa (entre

15-65 anos). Em 1970 correspondia a 54,8 % da população total em1995 e 2020

deverá ser de 69,7 % (CARVALHO E GARCIA, 2003).

Com este aumento da população idosa cresce o número de problemas

crônicos degenerativos, porém não é verdade que todo velho é necessariamente

doente, mas envelhecer é um processo biológico diferente de qualquer doença.

(PASSARELLI, 1991).

Segundo a Organização Mundial de Saúde a definição de idoso leva em

consideração o grau de desenvolvimento do país, além do critério cronológico e que,

para os países em desenvolvimento, idoso é individuo com mais de 60 anos e para

os países desenvolvidos, com 65 anos ou mais. (MARIN, 1995).

4.1.4 Política Nacional da Saúde do Idoso.

Parte essencial da Política Nacional de Saúde, a presente Política

fundamenta a ação do setor na atenção integral à população idosa e aquela em

processo de envelhecimento, na conformidade do que determinam a Lei Orgânica

da Saúde – No 8.080/90 – e a Lei 8. 842/94, que assegura os direitos deste

segmento populacional (Portaria N. 1395, 1999).

No conjunto dos princípios definidos pela Lei Orgânica, destaca-se o relativo á

“preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e

moral”, que constitui uma das questões essenciais enfocadas nesta Política, ao lado

daquelas inerentes à integridade da assistência e ao uso da epidemiologia para a

fixação de prioridades. (Art. 7O, incisos III, II e VII, respectivamente).

Por sua vez, a Lei No 8.842 – regulamentada pelo Decreto No 1.948, de 3 de

julho de 1996 – ao definir a atuação do Governo, indicando as ações específicas das

áreas envolvidas, busca criar condições para que sejam promovidas a autonomia, a

Page 32: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

32

integração e a participação dos idosos na sociedade, assim consideradas as

pessoas com 60 anos de idade ou mais.

Segundo essa Lei, cabe ao setor saúde, em síntese prover o acesso dos

idosos aos serviços e as ações voltadas á promoção, proteção e recuperação da

saúde, mediante o estabelecimento da cooperação entre as esferas de governo e

entre centros de referência em geriatria e gerontologia, e a inclusão da geriatria

como especialidade clínica para efeito de concursos públicos, além da realização de

estudos e pesquisas na área (Inciso III do Art. 10).

O propósito da Política Nacional do Idoso é promover a saúde do idoso,

possibilitando ao máximo sua expectativa de vida na comunidade, junto á sua

família, e com altos níveis de função e autonomia. A Política Nacional da Saúde do

Idoso é o detalhamento da Política Nacional do Idoso, que foi publicada em 94,

regulamentada em 1996.

A Política Nacional de Saúde do Idoso procura instrumentar os artigos que já

foram especificados na Lei maior, também de 94 e regulamentada em 96. Trabalhar

com o conceito de autonomia e altos níveis de função, e trabalhar com qualidade de

vida e não coeficiente de mortalidade faz parte de uma postura nova que está sendo

desenvolvida assumindo que a saúde precisa ser compreendida em sua essência,

não só como ausência de doenças, mas também como um aspecto de ações, que

não são especificas do setor de saúde, do Ministério da Saúde, da Secretaria

Estadual ou da Secretaria Municipal de Saúde. Pensar saúde enquanto promoção e

qualidade de vida pressupõe pensar, não só na resolução ou no encaminhamento

da recuperação da saúde, quando ela já foi comprometida pela doença, mas,

sobretudo pensa em atividades de integração, de inter-setorialidade com outros

Ministérios e com outras Políticas Públicas.

A promoção do envelhecimento saudável está compreendida como

orientação, aos idosos e ás pessoas em processo de envelhecimento, sobre a

importância da melhoria de suas habilidades funcionais mediante atuação de

exercícios físicos; nutrição saudável, convivência social estimulante; busca de uma

ocupação prazerosa, utilização de mecanismos de atenuação do estresse, entre

outros.

Page 33: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

33

5.0 ESTUDO DE CASO ARQUITETÔNICO

5.1 Lar dos Idosos

Figura 14: Lar dos Idosos.

Fonte: ArcoWeb,2008

5.1.2 Dados da obra

Localização: Bairro do Pari em São Paulo - Capital.

Arquiteto: Vigliecca & Associados

Projeto: 2003

Conclusão da obra: 2007

Área do terreno: 7.270 m2

Área construída: 8.290 m2

5.1.3 Objetivo do Projeto:

Executado pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo

(COHAB), o projeto de locação social é destinado a pessoas com mais de 65 anos

que morem na capital há pelo menos quatro anos e ganhem até três salários

mínimos.

Page 34: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

34

5.1.4 Programa:

O edifício possui 145 apartamentos distribuídos em quatro pavimentos: 88

quitinetes de 29m² e 57 apartamentos, com um dormitório, de 43m². Do total das

unidades, 16 quitinetes e 9 apartamentos no térreo foram projetados para pessoas

com dificuldade de locomoção e espaço para circulação de cadeiras de rodas.

Uma área externa composta por: qQuadra de bocha, área verde, praça

externa, espelho d'água e uma horta comunitária. Quatro espaços comunitários

multiuso que abrigarão: Salas para projeções de vídeo, atividades físicas, salas para

TV e jogos.

Um salão comunitário que pode ser utilizado para: festas, sala de

administração e portaria.

O conjunto apresenta ainda 3 pontos com hall de acesso com elevadores.

Figura 15: Planta Implantação Lar dos Idosos

Fonte: ArcoWeb,2008

Page 35: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

35

5.1.5 Tipologia dos Apartamentos

Figura 16: Planta-tipo dormitório 43m². Figura 17: Planta tipo 88 Kitinetes 29m²

Fonte: ArcoWeb,2008 Fonte: ArcoWeb,2008

5.1.6 Análise

Tudo foi planejado para oferecer melhor qualidade de vida aos idosos.

Elevadores ajudam aqueles que não conseguem subir as escadas. Em cada andar

há um salão com espaço para assistir à televisão ou jogar cartas. Nos banheiros,

barras nas paredes para dar mais segurança e evitar acidentes. Os acessos das

unidades voltam-se para o corredor de convívio, orientado para o pátio central - no

térreo, ele é uma espécie de galeria.

A Vila dos Idosos é adaptada às necessidades físicas dos residentes, o que

implica em portas mais largas, áreas com fácil acesso, ventilação cruzada,

adequação dos pisos e altura das janelas. Com todos esses itens observados será

possível fomentar a autonomia e independência do idoso.

As unidades terão intervenções que levem em conta a forma dos objetos,

como por exemplo, largura e altura dos degraus, adequação dos pisos, altura das

janelas, assim como as ordenações espaciais, considerando a necessidade de um

espaço físico adequado e confortável para os moradores. Com todos esses cuidados

voltados para o melhor conforto e comodidade dos futuros residentes, será possível

fomentar a autonomia e independência do idoso além do limite comum.

Page 36: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

36

Figura 18: Croqui da área comunitária

Fonte: ArcoWeb,2008

Figura 19: Croqui esquemático da ventilação cruzada.

Fonte: ArcoWeb,2008

Para que as pessoas não se deslocarem muito foi prevista uma área

comunitária em cada andar. Ao lado da entrada de cada apartamento encontra-se

banco duplo de concreto.

Colocação das janelas paralelas voltadas para uma face e para o corredor

externo, o que mantém os ambientes permanentemente arejados.

5.1.7 Objetivo da escolha do Edifício para estudo de caso

Como proposta para tema de Final de Curso de Graduação a Vila dos Idosos

servirá de objeto de estudo no que se diz as particularidades do projeto voltadas

para as necessidades dos idosos: Acessos especiais, rampas, lazer, espaço

comunitário e outros.

Foi verificado que o fator mais observado foi a acessibilidade e o senso

comunitário, ou seja, que nenhum morador fique sozinho. A implantação também foi

primordial para a disposição dos edifícios com fachadas voltadas para o interior do

terreno. A volumetria é simples com eixos estruturais regulares.

Page 37: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

37

5.2 Centro de Reabilitação Motora

Figura 20: Centro Reabilitação Motora.

Fonte: ArcoWeb,2008

5.2.1 Dados da Obra:

Local: Vicente López, Argentina

Arquiteto: Claudio Vekstein (1965)

Projeto: 2001

Conclusão da obra: 2004

Área do terreno: 1.355 m2

Área construída: 4.000 m2

5.2.2 Objetivo do Projeto:

Qualificar ambientalmente um território municipal caracterizado pelos

contrastes sociais e econômicos e pela desordem urbana, característica comum na

Grande Buenos Aires, onde moram 9 milhões de pessoas.

5.2.3. Partido Arquitetônico

O Edifício foi concebido através da idéia central da elaboração de rampas

externas que deram o formato da edificação juntamente com o grande pátio central

que configura uma arquitetura inovadora e diferenciada. Figura 20.

Page 38: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

38

5.2.4 Análise

Observa-se uma forte identidade arquitetônica através da rampas suaves de

desenho irregular. O pátio, delimitado pelas curvas contínuas das rampas de

circulação, tem configuração variável, definida pelas dimensões diferenciadas dos

volumes dos consultórios e das áreas de fisioterapia como mostra a Figura 21.

O pátio central definido por sistema de rampas de inclinação leve, como

elemento expressivo da idéia de movimentação, que é o fundamento essencial do

centro de reabilitação assim como também mostra a Figura 22.

Figura 21: Jogo de Rampas Figura 22: Pátio

Fonte: ArcoWeb,2008 Fonte: ArcoWeb,2008

Um programa simples, porém bem setorizado de forma a facilitar a circulação

e funcionalidade como um todo aos pacientes com dificuldades motora que no

interior do edifício encontra a qualidade adequada aos equipamentos necessários

para seu deslocamento.

Page 39: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

39

6.0 Visita Técnica

6.1 SESC Pompéia

Figura: 23: SESC Pompéia – SP.

Fonte: Sesc Pompéia,2008

6.1.2 Dados da Obra:

Localização: Rua Clélia, 93 – São Paulo

Arquiteta: Lina Bo Bardi

Ano do projeto 1977

Área de intervenção 1.598 m2

6.1.3 Objetivo do Projeto:

O projeto do SESC Pompéia propõe a manutenção do espaço livre dos

galpões com um olhar crítico para a antiga estrutura: as funções foram reprojetadas

e o projeto de tecnologia fabril transformado em um novo projeto.

6.1.4 Programa:

Conjunto esportivo com piscina, ginásio e quadras 15 pavimentos duplos.

Lanchonete, vestiários, sala de ginástica, lutas e danças (11 pavimentos)Torre da

caixa d’água Grande Deck/Solarium com espelho d’água e cachoeira. Almoxarifado

e Oficinas de manutenção. Ateliers de cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria,

gravura e tipografia.

Laboratório fotográfico, estúdio musical, sala de danças e vestiários Teatro

com 1200 lugares. Vestíbulo coberto do teatro para espetáculos. Restaurante self-

service para 2000 refeições e choperia (noite).

Page 40: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

40

Cozinha industrial. Vestiários e refeitórios dos funcionários (2 pavimentos). Grande

espaço de estar, jogos de salão, espetáculos e mostras expositivas com grande

lareira e espelho d’água. Biblioteca de lazer, lajes abertas de leitura e videoteca.

Pavilhão das grandes exposições temporárias.

6.1.5 Fotos das oficinas:

Figura 24 Figura 25 Figura 26

Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal

Figura 27 Figura 28 Figura 29

Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal

Page 41: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

41

6.1.6 Análise

De acordo com visita realizada o SESC nos mostra forte identidade através

da memória industrial preservada pelas soluções de restauro, reciclagem e novas

intervenções na paisagem urbana.

O programa extenso exige verticalização e a distância dos dois espaços

edificáveis sugere uma solução simples:a ocupação do espaço aéreo do córrego por

robustas passarelas. Pontes unem os dois edifícios principais da Pompéia e servem

para que os jovens regressem aos vestiários da torre pequena. (Figura 30)

3 blocos isolados em concreto configuram a nova construção: (Figura 26)

O 1º em um prisma estrutural regular destinado as piscinas e as quadras

esportivas, sobrepostas em 4 andares de pé direito duplo e piso em grelha de

concreto protendido para liberar áreas de 30 por 40 m.

O 2º um pouco mais esguio é ligado ao 1º por passarelas de concreto

protendido destinadas aos vestiários e sala de exercícios tem uma das faces

marcadas pela escada de emergência e respectivos terraços de circulação.

Um longo cilindro completa o conjunto que abriga a caixa d’água. (Figura 31)

É um grande atrativo para a população com sua extensa programação

cultural, com espetáculos, eventos e exposições de grande ressonância na vida da

cidade.

Figura 30: Passarelas de ligação entre os Blocos

Fonte: ArcoWeb,2008

Page 42: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

42

6.1.7 Elevação do Conjunto

Figura: 31 : Elevação do conjunto

Fonte: Acervo Pessoal

6.1.8 Interior das Quadras

Decoradas com cores que representam as 4 estações do ano.

Figura 32: Quadras Temáticas.

Fonte: ArcoWeb,2008

Page 43: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

43

6.1.9 Entrevista

1o Pergunta a Mãe:

O que a senhora mais gosta aqui no SESC Pompéia?

Resposta: Primeiro de tudo que ele fica pertinho da minha casa, moro a 5 minutos

daqui e trago meus filhos sempre aos finais de semana e nas férias, eles se divertem

enquanto eu leio um livro em uma das salas de leitura.

2o Pergunta ao usuário da oficina de 3o idade:

Qual o curso oferecido pelo SESC que mais lhe chama a atenção e Por quê?

Resposta: Eu adoro as oficinas de marcenaria, gosto de desse tipo de trabalho me

sinto útil e meus netos sempre se divertem com os brinquedinhos que faço pra eles,

me sinto muito bem recebidos pelos funcionários. Pra mim o SESC faz parte da

minha vida.

3o Pergunta ao funcionário do teatro:

O Sr já assistiu alguma peça teatral do SESC?

Resposta: Sim, claro. São sempre interessantes não só paras as crianças como para

os adultos. As instalações não parecem muito confortáveis mas ninguém parece se

importar muito.

4o Pergunta ao funcionário das quadras:

O que o Sr acha que mais atrai as pessoas para o SESC? Qual a faixa etária que

mais o utiliza?

Resposta: Aqui tudo é atrativo, desde as piscinas que são muito bonitas pelo seu

colorido até o teatro que sempre atrai mais aos jovens. As oficinas são freqüentadas

mais pelos adultos. Mas tem gente de todas as idades que participam de tudo

principalmente quando há shows e mostras de exposição.

Page 44: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

44

6.1. 10 Objetivo da escolha do Edifício para estudo de caso:

Como proposta para tema de Final de Curso de Graduação o SESC

POMPEIA servirá de objeto de estudo no que se diz ao programa do projeto

voltadas para as necessidades dos idosos como as oficinas, salão de jogos, espaço

expositivo e etc. A arquitetura em si não foi o foco principal, foram mencionadas

algumas das suas características mas a análise foi baseada no uso e no programa.

Nesse caso o partido que nos interessa é a disposição das oficinas, do teatro, das

áreas livres de convivência. Isso sim foi observado com mais atenção.

Os espaços livres planejados por Lina dão uma sensação de amplidão e

integração. Todos se vêem ao mesmo tempo e ninguém nunca está sozinho.

A entrevista com usuários do local reforçou o pensamento inicial de um

programa diversificado apoiado em espaços abertos com oficinas também

diversificadas.

No momento da visita haviam poucos idosos mas de acordo com o

entrevistado muitos deles freqüentam os SESC durante a semana sendo que a

entrevista foi realizada no Final de Semana.

Page 45: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

45

6.2 Residencial Solar Ville Garaude

Figura 33: Residencial Solar Ville Garaude

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

6.2.1 Dados da Obra:

Obra: Residencial Solar Ville Garaude

Local: Av. Copacabana No 229, Alphaville – Barueri – SP.

Arquitetura: LUPO Construções e Participações S/C. LTDA

Ano conclusão : 1997

Área terreno: 1970,00 m2

Área construída: 3650,00 m2

6.2.2 Objetivo da obra:

O Edifício Residencial Solar Ville Garaude tem como objetivo de ser um hotel-

residência voltado para os idosos exclusivamente. Possui este nome Hotel-

Residência por que tem infra-estrutura de hotel juntamente com de um edifício

residencial comum.

6.2.3 Programa:

O edifício se divide em 8 pavimentos; Inferior, Térreo, e 5 pavimentos tipo

possuindo este 12 apartamentos nos 4 primeiros pavimentos e no 6o no ultimo

andar, realizando um total de 54 apartamentos.

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46

Dois elevadores realizam a circulação vertical do edifício.

O programa se divide em:

Pavimento Inferior: Recepção, duas salas consultórios, vestiários para

funcionários, lavanderia e almoxarifado.

Pavimento Térreo: Átrio, Bar (Figura 34), Restaurante (Figura 35), Sala

de Laboraterapia (Figura 36), Salão de Beleza ( Figura 37), Biblioteca

Figura 38), Sala de Fisioterapia, Espaço Ecumênico Figura 40) , Home

Theater (Figura 39), Fitness e Jardim ( Figura 41).

1o Pavimento: Sala de artesanato, copa, e apartamentos com dormitórios

suíte. ( Figura 44).

2o ao 5o Pavimento: Copa, e apartamentos com dormitórios suíte.

6.2.4 Fotos do Local

Figura 34: Bar Figura 35: Restaurante

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

Figura 36: Sala de Laboraterapia Figura 37: Salão de Beleza

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

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Figura 38: Biblioteca Figura 39: Home Theater

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

Figura 40: Espaço Ecumênico Figura 41: Jardim

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

Figura 42: Piscina Figura 43: Hidromassagem

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

Figura 44: Dormitório Figura 45: Banheiro

Fonte: Solar Ville Garaude, 2008 Fonte: Solar Ville Garaude, 2008

Page 48: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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6.2.5 Análise

Durante a visita realizada no local percebeu-se que o edifício se caracteriza

pela arquitetura simples porém funcional com áreas de serviços isoladas das áreas

sociais.

A circulação vertical se dá pelo uso de 2 elevadores com dimensões especiais

para que haja espaço para acomodar uma maca para situações emergenciais. E as

escadas de serviço.

A parte social foi projetada de modo que nunca se sinta isolado, com exceção

dos dormitórios. Varandas coletivas foram projetadas com essa finalidade de que o

convívio social fosse preservado com vista para o exterior.

Dos materiais utilizados na decoração foram aplicados os que oferecem maior

conforto como a madeira, e muita vegetação. Cores quentes também foram

utilizadas para obter a sensação de clima quente e aconchegante evitando assim a

frieza e solidão. Sensores de presença tanto no teto quanto nos rodapés dos

dormitórios previnem acidentes noturnos.

Sobre o funcionamento do residencial obteve-se alguns dados:

No que se refere aos idosos, os mesmos possuem idade mínima de 50 anos

sendo que alguns necessitam de acompanhamento para locomoção e outros tipos

de auxilio.

Médicos Geriatras, Psicólogos, Nutricionistas e Enfermeiros acompanham o

estado físico e mental dos idosos.

Tudo no edifício tem como objetivo evitar o isolamento dos habitantes do

Hotel Residencial. Aulas de dança, jogos como bingo e outros. Apresentações

acontecem no átrio. Eventos com familiares também acontecem na agenda no Hotel.

O que mais apresenta resultado é o aspecto da integração social que é

marcante na dinâmica do dia a dia do hotel.

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6.2.6 Setorização

Figura 46: Setorização

Fonte: Orihashi (2007)

6.2.7 Corte Transversal

Figura 42: Corte Transversal

Fonte: Orihashi (2007)

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7.0 PROJETO

7.1 Conceituação

O projeto como mencionado anteriormente teve como diretriz principal

estimular o uso do espaço urbano utilizado pela população para trazer maior

movimentação ao local nos diversos períodos principalmente à noite evitando assim

o abandono. Com isso foram criados eixos de circulação horizontal onde o pedestre

transeunte pudesse se locomover pelos espaços livres dos edifícios.

A praça central criada com a interdição parcial da rua foi a solução

encontrada para dar uma unidade ao projeto através de suas formas geométricas

que se complementam, e dos materiais utilizados como o vidro, o elemento principal

assim como um projeto paisagístico que utiliza como base as formas geométricas

que circundam a praça central e a obra como um todo. Este acesso parcialmente

interditado que compõe a fachada Sul também teve como objetivo a entrada para

abastecimento do edifício, como carga e descarga.

A linguagem arquitetônica horizontalizada foi preservada para não interferir

no gabarito do bairro que é predominantemente baixo. ( Ver figura 43)

Na circulação vertical, além das escadas e elevadores tradicionais foram

criadas rampas de acesso que interferiram no partido do projeto principalmente no

Edifício Residencial, onde um volume sobresaliente se destaca na arquitetura.

A preocupação com a insolação resultou na elaboração de brises nas

fachadas norte e leste. Na fachada Sul um recorte na arquitetura foi a solução

encontrada para evitar a criação de uma área sem insolação tornando-a assim

insalubre o que resultou numa fachada recuada no seu centro, porém sem alterar

sua funcionalidade principal.

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7.2 Programa Edifício Residencial para Idosos

A setorização dos serviços deste edifício se divide em:

Pavimento Térreo: encontra-se um grande hall de entrada com recepção,

banheiros, espaço ecumênico, administração e depósito. Uma área reservada ao

caseiro com dormitório, sala integrada com cozinha e banheiro. Assim como uma

sala de monitoramento de segurança. Circulação vertical com Caixas de escadas,

elevadores sociais e de serviços assim como uma rampa com inclinação máxima

permitida para todos os andares. Duas entradas, uma principal voltada para a praça

e uma secundária voltada para a rua da fachada Norte.

Nos pavimentos tipos encontram-se os flats com 3 tipologias distintas.

A primeira: Com sala de estar integrada a cozinha e a sala de jantar, com

dormitório e banheiro para atender aos cadeirantes voltadas para a fachada Norte.

A Segunda: Com sala de estar integrada a cozinha e sala jantar e banheiro

para atender aos cadeirantes.

A terceira: Com sala de estar integrada a cozinha e sala de jantar, dois

dormitórios para nos casos onde o idoso necessite de acompanhamento 24 h com

cozinha banheiro para atender aos cadeirantes.

Essa tipologia se encontra apenas nas laterais dos edifícios da fachada leste

e oeste para fins de conforto térmico.

A parte de serviços e administração localizam-se no terceiro pavimento com

sala de gerência, arquivo, banheiros femininos e masculinos para os funcionários da

administração e diretoria, copa e banheiros femininos e masculinos para área de

serviço, todos voltados para a fachada Sul. Um pronto atendimento de emergência

localiza-se próximo ao elevador para fins de socorros e atendimento de observação.

Um grande hall com um vazio dá um grande charme ao edifício com espaço

para sala de estar intima para os moradores a fim de gerar integração dos mesmos

se evitar o isolamento. Esta sala aberta com varanda encontra-se voltada para a

praça boulevard com vista para o terraço do edifício de apoio ao idoso.

Total de Area Construída: 2.240,00 m²

Page 52: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

52

7.3 Programa Complexo Assistencial ao Idoso

A setorização dos serviços deste edifício se divide em:

Térreo: Hall de entrada Principal, Depósito e Circulação vertical com Caixas

de escadas, elevadores sociais e de serviços assim como uma rampa com

inclinação máxima permitida para todos os andares.

Primeiro Pavimento: Destinado ao Lazer: Salas de Artesanato, Pintura,

Escultura, Musica, Espaço Contemplativo e Espaço para exposições com um pé

direito duplo. Sanitários femininos e masculinos previstos em todos os demais

andares.

Segundo Pavimento: Destinado a Ginástica: Grande espaço para fitness e

Piscina para Natação e Hidroginástica com salas para os professores de ginásticas e

deposito para equipamentos e objetos das aulas além de uma biblioteca com espaço

para pesquisa e leitura.

Terceiro Pavimento: Praça de Alimentação: Sistema Self Service e as

dependências como: cozinha, banhos e vestiários para funcionários, deposito e

despensa. E o mais interessante neste pavimento é o grande terraço voltado para a

praça central com vista para o outro edifício residencial .

Quarto Pavimento: Jogos: 2 Salas que atendem todos os tipos de jogos por

eles apreciados com dois depósitos para armazenamento de objetos.

Quinto Pavimento: Serviços de Saúde: Este pavimento conta com 5

consultórios médicos para atendimento nas especialidades de psicologia, psiquiatria,

clinico geral, nutricionista e geriatria. Salas de espera e farmácia com recepção e

banheiros independentes para os médicos.

Total de Area Construída: 4.180,00 m²

No subsolo estão localizados os estacionamentos individuais para cada

edifício contando com 39 vagas para o Residencial sendo 7 para cadeirantes e 50

para o Assistencial sendo 8 para cadeirantes totalizando o número de 89 vagas

contra 36 números de apartamentos.

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7.4 Desenhos

7.4.1 Inserção Urbana

Figura 43: Gabarito do Entorno

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.2 Implantação

Figura 44 : Implantação Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.3 Subsolo

Figura 45 : Subsolo

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.4 Edifício Residencial para Idosos Pavimento Térreo

Figura 46 :Pavimento Térreo

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.5 Edifício Residencial para Idosos Primeiro e Segundo Pavimentos

Figura 47 : Primeiro e Segundo Pavimentos

Fonte: Acervo Pessoal

Page 58: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

58

7.4.6 Edifício Residencial para Idosos

Terceiro Pavimento

Figura 48 : Terceiro Pavimento

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.7 Edifício Residencial para Idosos

Cobertura

Figura 49 : Cobertura

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.8 Edifício Residencial para Idosos

Corte AA

Figura 50 : Corte AA

Fonte: Acervo Pessoal

Page 61: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.9 Edifício Residencial para Idosos

Corte BB

Figura 51 : Corte BB

Fonte: Acervo Pessoal

Page 62: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.10 Edifício Residencial para Idosos Corte CC

Figura 52 : Corte CC

Fonte: Acervo Pessoal

Page 63: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.11 Edifício Residencial para Idosos

Elevação Norte

Figura 53 : Elevação Norte

Fonte: Acervo Pessoal

Page 64: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.12 Edifício Residencial para Idosos

Elevação Sul

Figura 54 : Elevação Sul

Fonte: Acervo Pessoal

Page 65: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.13 Edifício Residencial para Idosos

Elevação Leste

Figura 55 : Elevação Leste

Fonte: Acervo Pessoal

Page 66: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

66

7.4.14 Edifício Residencial para Idosos

Elevação Oeste

Figura 56 : Elevação Oeste

Fonte: Acervo Pessoal

Page 67: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.15 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Pavimento Térreo

Figura 57 : Pavimento Térreo

Fonte: Acervo Pessoal

Page 68: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.16 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Primeiro Pavimento

Lazer

Figura 58 : Primeiro Pavimento

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.17 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Segundo Pavimento

Fitness

Figura 59 : Segundo Pavimento

Fonte: Acervo Pessoal

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70

7.4.18 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Terceiro Pavimento

Praça de Alimentação

Figura 60 : Terceiro Pavimento

Fonte: Acervo Pessoal

Page 71: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.19 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Quarto Pavimento

Jogos

Figura 61 : Quarto Pavimento

Fonte: Acervo Pessoal

Page 72: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.20 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Quinto Pavimento

Serviços de Saúde

Figura 62 : Quarto Pavimento

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.21 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Cobertura

Figura 63 : Cobertura

Fonte: Acervo Pessoal

Page 74: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.22 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Corte CC

Figura 64 : Corte CC

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.23 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Corte DD

Figura 65 : Corte DD

Fonte: Acervo Pessoal

Page 76: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.24 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Corte EE

Figura 66 : Corte EE

Fonte: Acervo Pessoal

Page 77: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.4.25 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Elevação Norte

Figura 67 : Elevação Norte

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.26 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Elevação Sul

Figura 68 : Elevação Sul

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.27 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Elevação Leste

Figura 69 : Elevação Leste

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.28 Edifício Complexo Assistencial ao Idoso

Elevação Oeste

Figura 70 : Elevação Oeste

Fonte: Acervo Pessoal

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7.4.29 Skyline Norte,Sul, Leste e Corte CC

Figura 71 : Skyline Norte, Sul, Leste e Corte CC

Fonte: Acervo Pessoal

Page 82: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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7.5 PERSPECTIVAS

Figura 72: Perspectiva Nordeste

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 73: Perspectiva Sudeste

Fonte: Acervo Pessoal

Page 83: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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Figura 74: Perspectiva Noroeste

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 75: Vista da Praça interna

Fonte: Arcervo Pessoal

Page 84: Monografia TCC Luciana Paixão Edifício Assistencial ao Idoso

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REFERENCIAS

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