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Prof. Noe Assunção Especialista em Educação Tecnológica CEFET - UFF

O CONCEITO DE ESTADO - Prof. Noe Assunção

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Prof. Noe Assunção – Especialista em Educação Tecnológica – CEFET - UFF

SOCIOLOGIA

Nicolau Maquiavel (1469 e 1527). Ele

escreveu o livro O Príncipe, em 1513,

onde ele diz que os homens buscam

uma forma de organização que controle

seus maus sentimentos e seus desejos

mundanos, ou seja, uma forma de

governo que controle a maldade

humana.

Defendia ESTADO SOBERANO (Príncipe) com

tendência a se tornar REPÚBLICA.

Thomas Hobbes (1588-1679), diz que o

homem vive em permanente guerra de

todos contra todos, onde o mais forte

sempre busca dominar o mais fraco.

Esse conflito permanente fez com que os

homens buscassem uma maneira de evitá-

lo, fazendo um contrato que garantisse a

paz.

Mas para Hobbes, a assinatura de um

papel não resolveria os problemas, era

preciso que todos os homens

submetessem sua vontade a vontade de

um só homem que conseguisse que eles

mantivessem respeito às leis. Esse homem

que centralizaria o poder seria o REI e a

organização da sociedade seria o Estado

absolutista.

Defendia ESTADO ABSOLUTISTA (Rei).

John Locke (1632-1704), afirmou que os

homens concordaram, livremente, em

organizar a sociedade buscando

preservar e garantir ainda mais os

direitos que possuíam no “estado de

natureza” como: direito à vida, à

liberdade e à propriedade.

Para isso,deveriam criar um conjunto de

leis e escolher a forma de governo a

partir da decisão da maioria.

O objetivo principal desse governo seria

garantir a propriedade e caso não

cumprisse sua obrigação e usasse de

força acima do permitido pelas leis, daria

o direito legítimo ao povo de resistir e

derrubar o governo tirano.

Defendia ESTADO DEMOCRÁTICO

(Com a participação do povo)

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), escreveu o

livro O Contrato Social onde afirma que os

homens escolheram entre serem completamente

livres em seus impulsos ou aceitarem as

garantias de liberdade e de propriedade definidas

pelas leis. Você pode achar estranho e se

perguntar como pode alguém ser livre se existem

leis que limitam a liberdade? Para Rousseau, a

partir do momento que nós fazemos as leis,

obedecê-las é um ato de liberdade.

Para Rousseau é necessário o uso da razão e da liberdade para que os

homens fizessem o contrato social, que organizou a criação de um

Estado, onde todos fossem iguais perante as leis. Para ele,não importa

a forma de governo, desde que esteja submetido ao poder soberano do

povo,sendo o governo sempre um corpo administrativo do Estado,

limitado pelo poder do povo.

ESTADO DEMOCRÁTICO E PARTICIPATIVO

VISÃO CRÍTICA

Marx compreende o Estado como uma relação

entre a infra-estrutura e a superestrutura. A

infra-estrutura (clasee dominada) é a base

econômica. Já a superestrutura (classe

dominante) tem como parte principal o Estado

que é constituído pelas instituições jurídicas e

políticas e por determinadas formas de

consciência social (ideologia).

Na visão de Marx o Estado é o aparelho ou conjunto de aparelhos

cuja principal função é tentar impedir que a luta entre as duas

classes se degenere. Temos aqui, portanto, a dominação de uma

classe sobre a outra, ou seja, o poder organizado de uma classe

para oprimir uma outra, sendo o Estado a expressão dessa

dominação de classe.

O Estado para Weber é definido como

uma comunidade humana que pretende o

monopólio do uso legitimo da força física

dentro de determinado território (WEBER,

1991). O Estado assim é a única fonte do

direito de uso à violência e se constitui

numa “relação de homens dominando

homens” e essa relação é mantida por

meio da violência considerada legítima.

Para Durkheim o Estado é constituído

por grupos secundários (família,

escola, igreja, corporações

profissionais, Poder legislativo e

outros) que são de grande importância

por duas razões essenciais. A primeira

delas, é que esses grupos são mais

diretamente responsáveis pela

educação do indivíduo, por forjar sua

identidade. A segunda razão diz

respeito ao papel que desempenham

como contrapeso à força do Estado e

como mediadores dos interesses mais

específicos dos indivíduos que

representam.

REFERÊNCIAS

BELLAMY, Richard. Liberalismo e sociedade moderna. São Paulo:

Editora da UNESP, 1994. p. 107-195

Weber. In: GERTS, René E. (org)

Max Weber e Karl Marx. São Paulo: Hucitec, 1994.

BIRNBAUM, Norman. Interpretações conflitantes sobre a gênese do

capitalismo: Marx e Capítulo IV, p. 9-119.

DURKHEIM, Émile Davi. Lições de sociologia: a moral, o direito e o

Estado. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

GIDDENS, Anthony. Política, sociologia e teoria social: encontros com

o pensamento social clássico e contemporâneo. São Paulo: Editora da

UNESP, 1998.

MARX, Karl. Introdução a uma Crítica da Filosofia do Direito de Hegel.

In: Temas de Ciências Humanas n. 2. São Paulo: Grijalbo, 1977.

MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Edições

Mandacaru, 1990.

MARX, Karl. As lutas de classe na França. In: Textos. São Paulo: Alfa-

Ômega, s.d. Volume 3.