16
REDAÇÃO DISSERTATIVA ARGUMENTATIVA

Produção textual ii

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Produção textual ii

REDAÇÃO DISSERTATIVA ARGUMENTATIVA

Page 2: Produção textual ii

Na maioria das vezes, sentimo-nos despreparados quando estamos diante de uma folha de papel em branco no propósito de fazer uma redação, não é mesmo?

As ideias não fluem, o tempo passa muito rapidamente, e quando percebemos... Lá se foi o tempo e não atingimos o objetivo almejado.Então, é possível se familiarizar mais com a escrita lembrando-se da palavra texto. Ela, assim como muitas outras, origina-se do latim “textum”, que significa tecer, entrelaçar ideias, opiniões e pensamentos.

Page 3: Produção textual ii

Mas existe uma fórmula mágica para se construir um bom texto?

A resposta é simples. Basta lembrarmos que toda escrita requer praticidade, conhecimento prévio do assunto abordado, e, sobretudo, técnicas, que constituem a performance de todo texto bem elaborado.

Para que um texto fique claro, objetivo e interessante, ele precisa realçar beleza, para que sua estética seja vista de maneira plausível.

Fazendo parte dessa estética estão os elementos que participam da construção textual; entre eles, a coesão e a coerência.

Page 4: Produção textual ii

A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância.

Para melhor entender como isso se processa, imagine um texto sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a ideia apresentada, evitando, assim, a repetição. Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros. Como exemplo, verifique:

Page 5: Produção textual ii

Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:

 Referências e  reiterações: este tipo de

coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.

São chamados de pronomes anafóricos aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente:

Page 6: Produção textual ii

Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem de mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

Vejamos alguns exemplos de ANÁFORA:

Encontre a faculdade certa para vocêJoão está doente. Vi-o na semana passada.(pronome “o” retoma o termo “João”.)Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da

casa.(o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”)A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas.(O termo “as carteiras” é compreendido mediante a

compreensão do termo anterior “sala de aula”)Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem

um quê de mistério.(o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se

encontra implícita no enunciado anterior.)

Page 7: Produção textual ii

Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência.

Vejamos alguns exemplos de CATÁFORA:A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado.(O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de

modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.)

Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José.

(Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e José”.)

Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do termo referente, acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas.

Simplificando:Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo

posterior

Page 8: Produção textual ii

Substituições lexicais: este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).

Conectores: estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.

Correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.

Page 9: Produção textual ii

Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:

“As ruas estão molhadas porque não choveu”

Page 10: Produção textual ii

Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.

Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:

Page 11: Produção textual ii

1. Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.

2. Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste n a repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando hárepetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente.

3. Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto.

Page 12: Produção textual ii

Elementos coesivos para usar na Redação

         São elementos necessários para dar fluidez e coesão ao texto, fazendo com que o mesmo não fique truncado. Assim sendo, vejamos: 

* Embora, ainda que, mesmo que – Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-los. Observe o exemplo:

Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. 

* Aliás, além de tudo, além do mais, além disso – Reforçar à ideia final.

Exemplo: O garoto é um excelente aluno, destaca-se entre os demais. Além de tudo é muito educado e gentil.

•Ainda, afinal, por fim – Incluem mais um elemento no conjunto de ideias. 

EX: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito.

 * Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras – Revelam esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente.

 EX: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro.

Page 13: Produção textual ii

* Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma – Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação.

Exemplo: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito.

  * Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto,

não obstante – Estabelecem oposição entre dois enunciados.EX: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no

exame avaliativo. 

* Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo – Estabelecem uma noção gradativa.

EX: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós. 

* E, nem, como também, mas também – Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso.

Exemplo: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas.

Page 14: Produção textual ii
Page 15: Produção textual ii
Page 16: Produção textual ii