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Agrupamento de Escolas João de Deus Monte Estoril MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO Sessão n.º 7 - Comentário crítico (tarefa 2) Isabel Trabucho 1

Rbe Sessao 7 Tarefa 2 Comentario

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Agrupamento de Escolas João de Deus

Monte Estoril

MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

ESCOLARES:

METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO

Sessão n.º 7 - Comentário crítico (tarefa 2)

Isabel Trabucho

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Comentário crítico a referências às Bibliotecas Escolares

nos relatórios da Inspecção Geral do Ensino

Ano lectivo de 2007/2008

Tendo em conta a tarefa proposta para esta sessão e os documentos disponibilizados,

procedemos à análise dos documentos da Inspecção Geral do Ensino sobre os Campos de

Análise de Desempenho e dos Domínios e Factores que servem de quadro de referência para a

avaliação das escolas, fazendo um cruzamento com os domínios propostos no documento de

Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares. Assim, conseguimos, de algum modo, identificar

alguns aspectos na avaliação dos estabelecimentos de ensino nos quais as bibliotecas

escolares podem ter um papel muito importante na aprendizagem e no sucesso dos alunos e da

escola, embora tal seja ainda referido incipientemente.

A nossa escolha recaiu na avaliação externa efectuada em três escolas onde leccionei:

Escola Secundária da Cidadela, em Cascais (a cujo quadro de escola pertenço); Escola

Secundária Sebastião e Silva (Oeiras); Escola Secundária do Restelo (Lisboa), tendo, deste

modo, um conhecimento empírico e circunstancial da dinâmica das mesmas. O ano lectivo

escolhido, 2007-2008, deveu-se ao facto das mesmas terem sido exactamente objecto de

avaliação nesse período temporal, coincidindo com a minha entrada como coordenadora da

BE/CRE da Escola Secundária da Cidadela nesse mesmo ano.

Deparamos, logo à partida, com uma estrutura formal muito idêntica em todos os

documentos, assim como uma postura muito análoga no modo como foi encarado o

espaço/importância da Biblioteca Escolar e o seu contributo para a melhoria das literacias e

das aprendizagens dos alunos.

Os relatórios das Escolas da Cidadela e do Restelo apenas mencionam a existência de uma

biblioteca integrada no Programa de Rede de Bibliotecas Escolares, ignorando completamente

a mesma no que diz respeito à valorização das aprendizagens, à qualidade dos serviços

prestados, a um possível contributo nos resultados dos alunos.

Quanto à Escola Secundária Sebastião e Silva, uma escola de construção dos anos 40 com

uma estrutura arquitectónica muito apelativa e bem apetrechada, só com alunos do ensino

secundário, existem referências muito específicas quanto à contribuição da BE para o sucesso

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das aprendizagens, nomeadamente como “espaço privilegiado para estudo e consulta” e com

“uma envolvência que os convida à reflexão”. Também as aquisições, melhorias do espaço e

horário alargado (servindo os alunos do ensino nocturno) são referidos como um bom serviço

à comunidade escolar, contribuindo na valorização dos saberes e da aprendizagem.

Ora, surpreendeu-nos esta questão, pois tínhamos ideia de que, nos últimos anos, o modo

como a BE era encarada pelos órgãos superiores, a nível político, ministerial e de inspecção

pedagógica se tinha alterado, deixando de ser vista como um mero espaço com alguns

serviços para passar a ser encarada como uma forte contribuição para o sucesso educativo dos

alunos.

Daí que tenhamos agora consciência do longo caminho a percorrer ainda para fazer valer a

importância e o contributo da Biblioteca Escolar aos órgãos tutelares e à Inspecção Geral do

Ensino, com o forte apoio da Rede de Bibliotecas Escolares. Na verdade, pareceu-nos que não

se inclui no rol avaliativo dos inspectores a Biblioteca Escolar como espaço de aprendizagem.

A nossa avaliação destes relatórios não é muito positiva por se centrarem quase

exclusivamente em aspectos tangíveis, em detrimento da verdadeira eficácia de práticas em

abono da melhoria das aprendizagens e do sucesso educativo dos alunos.

Isabel Trabucho

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