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Redação

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REDAÇÃO

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Na comunicação cotidiana, utilizamos maneiras diferentes de expressar nossos pensamentos, nossos desejos, nossos sentimentos, nossas opiniões, nosso conhecimento, nossa criatividade. Há momentos em que discutimos sobre algum assunto da atualidade; há outros em que contamos o que aconteceu durante o dia : em outros, caracterizamos determinado local ou pessoa.

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No texto escrito, também existem diferentes arranjos para a construção do sentido. São os três modos fundamentais que orientam a prática redacional: a descrisção , a narração e a dissertação- três formas diversas de escrever, que colocam em jogo diferentes habilidades textuais.

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Descrição:

De acordo com Othon Garcia,

É a apresentação verbal de um objeto, que pode ser coisa, paisagem, e até um sentimento.

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O texto descritivo explora os detalhes da coisa descrita e acentua as qualidades do observador, do escritor, uma vez que, para provocar efeitos visuais ou sensoriais no leitor, quem redige deve ser capaz de perceber, de imaginar seu objeto de descrição em múltiplos por menores antes de compartilhar o quadro por meio de palavras.

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Principais características da descrição:

Figurativa: os elementos apresentados devem ter referência concreta, capazes de promover a percepção imagética sensorial daquilo que é descrito.

Simultaneidade: a descrição realiza um congelamento temporal; não relata mudanças de situação, mas sim propriedade dos objetos descritos. Como em uma fotografia, o texto descritivo fornece um olhar congelado da cena, como se o tempo, naquele momento parasse.

Predomínio de atributos: adjetivos e qualificativos em geral constroem uma imagem da coisa descrita, sua identidade e sua singularidade.

Uso preferencial dos verbos de ligação: por realizar um recorte temporal , a descrição é feita principalmente por verbos de ligação ou que apontam estado(ser, estar, permanecer, ficar etc.)em detrimento aos verbos de ação.

Emprego freqüente de comparações, metáforas e outras figuras de linguagem: como estratégias descritivas, é comum a utilização de recursos lingüísticos que forneçam subsídios à imaginação do leitor.

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Há que se observar, ainda, que existem dois modos diferentes de descrever: o narrador pode privilegiar, em certos momentos, informações mais objetivas, mais físicas, em sua descrição; ou, por outro lado, pode enfatizar informações mais subjetivas, carregadas de impressão ou emotividade, acerca da matéria da descrição.

No primeiro caso, temos a descrição realista ou objetiva: no segundo, a descrição impressionista ou subjetiva.

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DESCRIÇÃO E JORNALISMO

No discurso jornalístico, a descrição é comum, principalmente nas editorias ou nas publicações voltadas ao turismo, ou nos textos de publicações especializadas que requerem apresentações de produtos ou ambientes.

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NARAÇÃO

A habilidade de contar histórias, sem dúvida, participa da cultura humana de forma intrínseca, decisiva. Para Walter Beijamin:

A narração instituiu a tradição que transmite o acontecido de geração a geração. E é na narração que se situa grande parte da nossa capacidade comunicacional.

Como modalidade redacional, identificamos a narração como forma de texto no qual contamos um ou mais fatos, que acontecem em determinados tempos e espaço e envolvem personagens, estes considerados agentes da narração.

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Principais características textuais da narração

Ênfase factual: é em torno do fato ou de um conjunto de acontecimentos que se ordena o texto narrativo.

Progressão temporal: os fatos se organizam em uma linha temporal (antes, durante e depois); há transformações mudanças.

Figuratividade: assim como na descrição , predominam os elementos concretos na composição do texto.

Predomínio dos verbos de ação: são os verbos que traduzem movimento, mudança de situação, opostos aos verbos de ligação ou estado.

Presença de personagens, tempo e espaço: a ação está sempre vinculada a determinados agentes da narrativa e acontece em determinado tempo e espaço( orientação factual-temporal-espacial).

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ENREDO

Trama ou intriga na verdade é a história propriamente dita, conjunto das ações apresentadas, movidas pelo conflito que alimenta a narrativa.

O enredo compreende quatro fases progressivas:

Apresentação: ocorre a identificação de alguns personagens e do contexto ou seja, referencias de tempo e espaço em que época e em que lugar a história vai acontecer.

Complicação: inaugura-se a trama propriamente dita, o encadeamento de ações, o conflito.

Clímax: é o momento: de maior tensão de uma história e o marco de que a partir desse ponto o relato caminha para seu fim.

Desfecho:é a resolução dos conflitos.

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ELEMENTOS DA NARRATIVA

Além do enredo ou da trama da narrativa, consideram-se elementos estruturais:

Personagens: exercem as ações previstas na integra. Podem ser identificadas quanto ao papel: protagonistas (centrais ), antagonistas (opõem-se aos protagonistas ) e secundárias; e quanto a caracterização: planas possuem traços fixos; redondas apresentam maior complexidades- são personagens que podem surpreender o leitor e sofrer mudanças de perfil no decorrer da trama.

Espaço: lugar em que acontecem as ações.

Tempo: pode ser cronológico, quando predomina o sentido progressivo das ações começo, meio e fim, ou psicológico, quando o foco da narrativa não está no ordenamento das ações a partir de uma linha do tempo, mas sim a partir do fluxo de consciência dos personagens.

Foco narrativo: é representado pela figura do narrador que, como entidade ficcional, não deve ser confundido com o autor. O narrador pode ser apresentado em primeira pessoa narrador personagem- ou em terceira pessoa- narrador observador.