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Resumo Gilmar, Paulo, Jessica, Eliane, Claudia. Os Tempos no Estudo da História Africana História da África de uma determinada forma, estamos elegendo momentos considerados importantes na história do continente. Pré-História da África - do início da humanização ao século XII História da África Pré-colonial - do século XIII ao século XV História da África colonial - século XV ao XIX História Contemporânea - séculos XIX ao XXI, dividida em período da Descolonização e África pós-colonial periodização, a história da África tem como marco divisório o longo processo colonizatório árabe e europeu, neste último caso intensificado em fins do século XIX. Divisão da história africana, que tem como marco central a colonização européia, tenha sido eleita pelos próprios europeus para demarcar o período em que a África teria “ingressado na história”. A periodização, neste caso, é demarcação criada no bojo de escrita da história europeia em finais do século XIX. Fato que a história pode ser dividida em diferentes épocas, fases ou períodos, no caso da História da África a temporalidade não pode ser tratada de maneira homogênea. O continente não vivenciou uma história comum. Por ser extenso, diverso e desigual, o continente africano resiste a periodizações muito rígidas. Por isso, além da periodização convencional acima apontada é interessante que se procure entender como cada região africana construiu uma

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Resumo

Gilmar, Paulo, Jessica, Eliane, Claudia.

Os Tempos no Estudo da História Africana

História da África de uma determinada forma, estamos elegendo momentos considerados importantes na história do continente.

Pré-História da África - do início da humanização ao século XII História da África Pré-colonial - do século XIII ao século XV História da África colonial - século XV ao XIX História Contemporânea - séculos XIX ao XXI, dividida em período da

Descolonização e África pós-colonial periodização, a história da África tem como marco divisório o longo processo colonizatório árabe e europeu, neste último caso intensificado em fins do século XIX.

Divisão da história africana, que tem como marco central a colonização européia, tenha sido eleita pelos próprios europeus para demarcar o período em que a África teria “ingressado na história”. A periodização, neste caso, é demarcação criada no bojo de escrita da história europeia em finais do século XIX. Fato que a história pode ser dividida em diferentes épocas, fases ou períodos, no caso da História da África a temporalidade não pode ser tratada de maneira homogênea. O continente não vivenciou uma história comum. Por ser extenso, diverso e desigual, o continente africano resiste a periodizações muito rígidas. Por isso, além da periodização convencional acima apontada é interessante que se procure entender como cada região africana construiu uma história, escolhendo elementos que lhe pareceram notáveis e em organizações temporais peculiares, não exatamente em cronologias ou periodizações.

Período Ressurgente - 1500 a 1870 - Período da aparição, apogeu e declínio dos Estados agro-burocráticos ressurgentes nos espaços civilizatórios como Kongo, Oyo, Walo, Tekrur, Macina, Segu, Kayor, Diolof, Kwazulu, Buganda, Bunyoro...). Período da dominação imperial européia e do tráfico escravista transoceânico pelo Atlântico (séculos XV a XVIII).

Período Colonial - Momento que vai de 1870 a 1960 - Período da colonização do continente africano. Lutas independentistas e “descolonização”. Surgimento da ideologia panafricanista nas diásporas africanas e na África.

Período Contemporâneo - Considera-se a contemporaneidade a partir de 1960 - do sonho libertacionista ao pesadelo neo-colonialista. Inclui as independências políticas africanas e a chamada decapitação política da África.

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Como se pode verificar, esta periodização compreende a África no contexto mundial, mas concebe a demarcação temporal fundamentalmente relacionada, primeiramente, às dinâmicas do continente. Mas é importante ter sempre em mente o fato de que em decorrência de uma série de fatores, dentre eles a dispersão, fragmentação e até mesmo escassez de fontes históricas, a história da África, sobretudo a África Antiga, é, em alguma medida, construída a partir de suposições relativamente apoiadas empiricamente (MOKHTAR, 1983, p. 12).