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Resumo perícia ambiental

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Page 1: Resumo perícia ambiental

A perícia é um trabalho investigativo, sendo o perito um pesquisador. Dessa

forma, este profissional levanta “suspeita”, procura causas e tem como objetivo

esclarecer os fatos de forma técnica, demonstrando-os para autoridades

competentes, isto é, juízes, promotores de justiça, polícia ambiental e órgãos

fiscalizadores ou empreendedores. Para isso, deve-se ter como base os

fundamentos da perícia.

Os fundamentos mencionados apresentam o que está oculto, permitindo ao

executante alcançar indícios, evidências e provas, além da detecção, comprovação

e confirmação do dano ambiental, caso este seja verdadeiro.

Partindo-se desse princípio, a perícia ambiental torna-se importante, pois

auxilia a justiça na elucidação do trabalho e na atribuição dos danos ambientais,

tratando-se também de interesse social e natureza complexa, observando o

contraditório e ouvindo todas as partes interessadas ou afetadas. Logo, ela não está

restrita apenas ao solo, mas também ao ar, água e entorno.

Em consonância, a importância desta atividade ampliou-se a partir da

promulgação da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) que dispõe sobre as

aprovações administrativas e penais, derivando de condutas e atividades que

lesionam ao meio ambiente a fim de dar outras providências.

Portanto, denominam-se as atividades lesivas como danos ambientais. Estes

podem afetar tanto os interesses coletivos, quanto individuais. As ações humanas

provocam impactos negativos ou positivos no meio ambiente, por isso, podem ser

fontes de perturbação toleráveis ou não, pois nem todo dano ambiental pode ser

reparado. Assim, prefere-se a prevenção desses danos em oposição à correção

porque dificilmente consegue-se a restituição ao estado inicial.

Por conseguinte, são classificados como crimes ambientais os crimes contra

a fauna e flora; poluição hídrica; poluição sonora; poluição do ar e poluição do solo.

Em relação à fauna, os crimes constituem-se em: comércio ilegal de espécies,

maus tratos, caça e pesca proibida.

Os crimes contra a flora são: desmatamento que afeta a distribuição da

vegetação original, resultando também em mudanças na abundância dos

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organismos, demografia e genética das populações, além da biodiversidade;

queimadas e incêndio florestal.

Com relação à poluição hídrica, as fontes causadoras podem ser natural,

causada por esgotos domésticos, efluentes industriais e drenagem de áreas

agrícolas e urbanas.

Sobre a poluição sonora, os ruídos ofendem o meio ambiente e em excesso

podem provocar perturbação da saúde mental.

A poluição do ar geralmente tem como principais causas a queima de

florestas e campos, instalações de incineração, fumaça, vapor e emissão de gases

poluentes. Porém, pode ter causas naturais como: decomposição de animais e

vegetais, erupção vulcânica, ação eólica que lança poeira no ar, ação biológica,

entre outros.

Já a poluição do solo e subsolo tem como causas principais a infiltração de

chorume provenientes de aterros sanitários e lixões; fertilizantes e agrotóxicos;

solventes, tintas e metais pesados derivados de indústrias etc.

Por fim, os crimes contra a ordem urbana e patrimônio cultural que se

caracterizam por edificações em áreas de preservação permanente.