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Sindicato Rural de Pardinho Jovem Aprendiz Apoio: Chácara Cabeceira do Rio Pardo Prefeitura Municipal de Pardinho

Revista aprendiz

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Revista do programa Jovem Aprendiz Rural de Pardinho 2012 - Sindicato Rural de Pardinho e SENAR.

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Sindicato Rural de Pardinho

Jovem Aprendiz

Apoio: Chácara Cabeceira do Rio Pardo

Prefeitura Municipal de Pardinho

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Apresentação

Esta é uma publicação (on line) do Programa "Jovem Aprendiz Rural" - Pardinho/2012 executada pelos aprendizes matriculados no Programa e com a supervisão de seus instrutores.

Elaborada como tarefa incorporada ao conteúdo programático, tal atividade visa, entre outras preocupações, iniciar o aprendiz na prática de elaboração de publicações - aqui, especialmente, uma revista virtual e um blog - sobre as práticas executadas no decorrer do curso e também sobre os temas de especial importância.

Todas as tarefas aqui executadas foram iniciadas na semana da Tecnologia da Informação.

Sendo assim, o leitor encontrará diferentes temas que dizem respeito às boas práticas existentes atualmente para o emprego na agricultura e pecuária. Todo o material é fruto de pesquisas dos aprendizes e de seus instrutores, por meio de acessos a sites especializados na temática em questão, esperamos que gostem do que vão ler, já que é fruto de um esforço contínuo da dinâmica existente entre o processo de ensino e aprendizado.

Saudações

Instrutores.

Rogéria Cristina Raniero Silva

Wilson Sodré de Souza

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SUMÁRIO

Controle biológico: mais barato e seguro. O cultivo da cenoura.Cultivo do rabanete. Formação de pastagem sem o uso de máquinas reduz gastos e preserva o solo. Girassol é boa opção para produção de silagem. Heveicultura: setor em expansão abre portas para capacitações no campo. Mandioquinha-salsa: alternativa para o pequeno agricultor. O cultivo do repolho Os benefícios da adubação verde. Plantio direto reduz erosão em mais de 90%. Produtor precisa aprender a calcular quanto custa produzir um litro de leite. Técnica visa o uso racional de adubos. Tecnologias impulsionam o cultivo orgânico de hortaliças. Espécie: Tremoço-branco. O que são fungicidas e herbicidas. Quiabo: aprenda cultivar e eliminar a baba.Nutrição Vegetal : Resíduos orgânicos barateiam adubação. A vagem e sua cultura. Bovinos - Manejo racional: planejamento sem perdas. Como cultivar ata. Como plantar: pepino. Os benefícios da alface. Biodecompositor simples e barato garante adubo para a horta e a lavoura. Projeto do governo brasileiro usa produção de alimentos como método de ensino. Afaste os insetos com citronela. Vagem e sua cultura.

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Controle biológico: mais barato e seguro

Portal Dia de Campo - Kamila Pitombeira

Uso de insetos no controle de pragas é mais econômico e minimiza riscos de resíduos em culturas como hortaliças e frutas

Quando o problema na lavoura está relacionado às pragas, existem diversas formas de controle, como o já conhecido uso de produtos químicos ou a utilização de técnicas de manejo adequadas. Entre essas técnicas está o controle biológico que consiste em utilizar insetos predadores para acabar com o problema de pragas na cultura. Além de mais barata, a técnica diminui riscos de resíduos em lavouras como as de frutas e hortaliças. Segundo Carlos Gava, pesquisador da Embrapa Semiárido, a técnica consiste em reproduzir, na área do produtor, o que acontece no campo. Ele explica que na ecologia de insetos, existe um grupo que reúne parasitas e predadores de outros insetos. — O que fazemos é buscar os que são mais eficientes e liberá-los no campo do produtor. Existem três formas de fazer isso. Uma delas é aproveitar os insetos que já existem no campo e usar algumas estratégias para aumentar a população deles. A outra é buscar em alguma região do país ou do mundo algum inseto que seja interessante e introduzi-lo onde ele não ocorre. A terceira delas é a técnica chamada inseto estéril, que substitui a população de machos nativos por uma população introduzida de machos estéreis — conta. Gava afirma que existem alguns insetos caracterizados como predadores inespecíficos, mas ressalta que é interessante que o produtor utilize insetos já testados, como algumas joaninhas que podem atacar qualquer inseto. Por isso, o agricultor deve buscar pessoas que já tenham um histórico de uso da técnica, na sua região, e que possam fazer uma boa recomendação. Já quando o assunto é como manter esses predadores próximos à cultura, o entrevistado diz que o ideal é que o produtor utilize refúgios, ou seja, deixe algumas áreas com vegetação nativa próximas às áreas de cultivo, onde o inimigo natural poderá permanecer durante as entressafras. — O custo dessa técnica é muito reduzido, pois não há a necessidade do uso de defensivos. Caso haja essa necessidade, o produtor deve ajustar o tipo de produto a ser utilizado com técnica de controle biológico, usando então produtos menos agressivos — orienta. De acordo com o pesquisador, antes de adotar o controle biológico, o produtor deve buscar muita informação sobre o agente de controle que vai usar. Além disso, como já dito anteriormente, ele deve saber que, se

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não houver um refúgio natural para que esse predador se esconda nos períodos em que não há presas, ele vai desaparecer. — Algumas culturas, como hortaliças e frutas, apresentam sérios problemas de carência no final do ciclo. Então, existem nichos para os quais o controle biológico se torna a única alternativa. Se o produtor utilizar herbicidas no final do ciclo dessas culturas, ele terá problemas de resíduos e contaminação do consumidor — explica Gava. O entrevistado chama a atenção mais uma vez para a informação prévia. Ele conta que, em alguns casos, existem fabricantes que oferecem suporte técnico ao produtor, mas em outros não.— Portanto, o produtor sempre deve procurar órgãos de pesquisas, extensões, universidades, algum engenheiro agrônomo ou alguém na área que já tenha um conhecimento prévio sobre a técnica antes de começar a usar — orienta. Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Semiárido através do número (87) 3862-1711.

Fonte: http://apiflorabiosistemas.blogspot.com.br/2012/02/controle-biologico-de-pragas-e-doencas.html

O cultivo da cenoura

RuralNews - Da Redação

A cenoura é uma planta que produz uma raiz comestível e muito apreciada em todo o mundo, consumida pura ou como acompanhamento para os mais diversos pratos na maioria das cozinhas do mundo. Sua raiz é rica em vitamina A e é uma das hortaliças mais plantadas em todo o Brasil. Prefere climas amenos e o seu período de maior produção é de julho a novembro. Existem muitas variedades, algumas desenvolvidas no Brasil, para que a produção possa ocorrer durante todo o ano e na maioria das regiões do País. Seu desenvolvimento é melhor em temperaturas que vão de 8 a 22 ºC, apesar de existirem algumas variedades que se adaptam bem a temperaturas de pouco mais de 25 ºC. Prefere solos férteis, ricos em matéria orgânica, bem drenados e com pH por volta de 6.

Plantio As variedades kuronan e brasília são plantadas de janeiro a março. O plantio de inverno é feio de março a junho e o de verão, de setembro a janeiro. O solo

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deve ser analisado 3 ou 4 meses antes do plantio, para que seja feita a sua correção e adubação.O plantio é feito em sulcos com 20 a 30cm de distância e 1 a 2cm de profundidade. As sementes devem ser colocadas em um filete contínuo, aproximadamente 3g de semente por metro quadrado. Deve-se manter o terreno limpo, sem plantas invasoras por até 3 meses após o plantio.

Tratos culturais

Regas diárias durante um mês após o plantio e depois, a cada 3 dias. Deve ser feito o desbaste quando as plantas estiverem com 10cm de altura, além de eliminar as mais fracas. Depois disso, deve ser feita uma adubação de cobertura, com 50 a 100g de sulfato de amônia ou nitrocálcio, ou de 30 a 50g de uréia. Deve-se fazer capinas sempre que necessário, para limpar a plantação.

Colheita

A colheita acontece entre 70 e 120 dias, de acordo com a variedade plantada. Em lugares mais frios, o florescimento é mais rápido, prematuro, fazendo com que haja um número maior de raízes defeituosas. Para se ter uma ideia da produtividade, a variedade brasília, normalmente, rende de 35 a 45 toneladas por hectare.

Fonte: www.obomverdureiro.com.br/fotos_producao.php

Cultivo do rabanete

RuralNews - Da Redação

O rabanete (Raphanus sativus L.) é uma planta que produz uma raiz muito saborosa e bastante consumida, principalmente crua e em saladas. Além disso, é considerada uma planta com aplicações medicinais, principalmente no tratamento de artritismo ou como diurético e tranquilizante. O rabanete adapta-se melhor a regiões de clima frio ou temperado, o que faz da região Sul a mais propícia para o seu plantio. As melhores temperaturas para o seu desenvolvimento ficam entre 10 e 20 ºC. No Brasil, praticamente, só são plantadas variedades anuais desta planta. Os solos mais indicados são os areno-argilosos, com pH entre 5,5 e 6,8. O plantio pode ser feito em qualquer época do ano, em regiões de clima ameno e recomenda-se o plantio de abril a junho, nas demais regiões do Brasil, onde o verão é sempre quente e chuvoso.

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A colheita começa de 25 a pouco mais de 30 dias depois da semeadura. É feita através do arrancamento completo da planta. A colheita não deve se estender por mais de dez dias porque, após este período, as raízes começam a perder a sua qualidade e podem até mesmo ficar impróprias para o consumo e comercialização.

Plantio e tratos culturais

O solo deve ser preparado com 20 litros de esterco curtido de curral e fertilizantes minerais, quando necessário. A semeadura é feita no local definitivo, com o espaçamento de 30cm entre os sulcos que devem ter de 1 a 2cm de profundidade. O principal cuidado a ser tomado com a plantação de rabanetes é manter constante a irrigação, que deve ser diária. Além disso, devem ser retiradas, sempre, as plantas invasoras, através de capinas manuais. Não é uma planta que sofre muito com doenças e pragas, por ser bastante resistente. Entretanto, devem ser observadas as presenças de grilos e pulgões e, ainda, a mela, que é uma doença causada por fungos. Em todos estes casos, devem, ser tomadas providências para erradicar esses problemas, principalmente através da utilização de defensivos adequados ou de métodos naturais.

Fonte: Horta Aprendiz 2012, primeiros rabanetes.

Formação de pastagem sem o uso de máquinas reduz gastos e preserva o solo

Agência Minas - Da Redação

Pesquisa da Emater-MG na Zona da Mata obtem bons resultados sem agredir o meio ambienteA Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está incentivando a formação de pastagem sem o uso de máquinas pesadas, no município de Chácara, na Zona da Mata. No ano passado, foi implantada uma Unidade Demonstrativa na cidade, e os resultados conquistados foram satisfatórios, como a redução de custos e uma pastagem de boa qualidade. A unidade tem dois hectares. O preparo do solo e o plantio ocorreram em novembro de 2011. Em fevereiro de 2012, a pastagem já estava totalmente formada. O extensionista da Emater–MG, Luiz Antônio Valente, explica que a técnica é simples. Segundo ele, as sementes de

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braquiária e o adubo são lançados na área sem a necessidade de revolver o solo. De acordo com Valente, a vegetação do local tem que ser dessecada para não concorrer por água, nutrientes e luminosidade com a pastagem a ser implantada. “A vegetação recém-dessecada proporciona um ambiente altamente favorável à germinação das sementes. Ela se decompõe e transforma-se em matéria orgânica, colaborando na nutrição da cultura implantada. O processo não exige nenhuma prática pós-semeio, e, em função da vegetação anterior, as sementes não são arrastadas pela chuva”, diz o extensionista da Emater–MG. De acordo ainda com Luiz Valente, a formação de pastagem sem o uso de máquinas custa em torno de 40% da técnica convencional e evita erosões no solo. “Além disso, a produção de massa verde é maior do que no plantio convencional”, afirma Valente. A Unidade Demonstrativa foi implantada na propriedade do pecuarista José Aroldo Martins. No local, foram feitas análises de solo, aplicação de calcário como corretivo e, após sessenta dias, aplicação de herbicida. Cinco dias depois da dessecagem da vegetação, as sementes de braquiária misturadas com adubo foram lançadas na área. “Eu nunca tive uma pastagem dessa. Fiz meio que sem acreditar, mas hoje estou vendo o resultado que é muito bom”, disse José Aroldo Martins. Segundo o extensionista da Emater–MG, a proposta é incentivar cada vez mais a utilização da técnica entre os produtores. “Essa técnica consiste em preservar o meio ambiente, ou seja, fazer um plantio da braquiária sem degradar o solo. E isso é algo muito positivo para a região”, diz Luiz Valente.

Fonte:http://www.portaldoagronegocio.com.br

Girassol é boa opção para produção de silagem

Portal Dia de Campo - Kamila Pitombeira

Planta de fácil adaptabilidade no país apresenta maior teor de proteína e menor custo de produção

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O milho costuma ser a principal matéria-prima para a produção de silagem. No entanto, apesar de sua menor produtividade em toneladas por hectare, o que muitos produtores não sabem é que o girassol, uma planta de fácil adaptabilidade no Brasil, apresenta maior teor de proteína e menor custo de produção, o que pode ser uma excelente opção para o produtor que deseja economizar. — Uma das principais características a serem destacadas na cultura do girassol é a proximidade do ciclo com a época de semeadura. Isso favorece a produção de silagem em alguns locais no período em que as culturas normalmente utilizadas para a produção de silagem não a forneceriam — afirma Ana Cláudia Barneche, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado. Outra característica citada por ela, falando diretamente da silagem, é o teor mais elevado de proteína que a silagem feita a partir do girassol apresenta em relação ao milho. — O girassol deve ser utilizado na produção de silagem quando a região enfrenta algum problema de clima, principalmente no que se refere à falta de água, pois o girassol suporta mais períodos de estiagem em comparação ao milho — diz a pesquisadora. Em regiões localizadas mais ao sul do Brasil, seu plantio pode ser feito de forma antecipada, o que anteciparia também a produção da silagem.

— A silagem é feita a partir da planta inteira, nos mesmos moldes utilizados para a produção de silagem a partir de outras culturas, como o próprio milho. Após a maturação fisiológica, a planta é colhida, triturada, colocada no silo e então é realizado o procedimento normal de uma silagem — explica Ana Claúdia. A entrevistada ressalta ainda que quando a silagem é produzida a partir do girassol, ela apresenta um teor de proteína maior quando comparado ao do milho. Por isso, é necessário fazer uma correção e utilizar um menor teor de concentrado, o que é uma das vantagens da silagem a partir do girassol, levando a uma economia com a diminuição do uso do concentrado. — Além disso, o custo de produção do girassol por hectare é menor que o do milho. Portanto, além da vantagem da diminuição da quantidade de concentrado, há ainda uma diminuição no custo de produção da silagem — conta. Por outro lado, a pesquisadora destaca que o milho produz mais em toneladas por hectare do que o girassol. No entanto, as outras características do girassol, como seu alto teor de proteína, vão compensando esse problema.

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Fonte: http://www.portalagropecuario.com.br

Heveicultura: setor em expansão abre portas para capacitações no campo

Canal do Produtor - Assessoria de Comunicação do SENAR

O SENAR inicia no próximo dia 23 de julho em Campo Grande (MS) o primeiro módulo da Capacitação Tecnológica em HeveiculturaA heveicultura é a prática de cultivo da hevea spp., espécie conhecida como seringueira e de onde é extraído o látex e produzida a borracha. Esta é a primeira edição do curso, que terá 120 horas e será realizado em três módulos. De acordo com o presidente da Comissão de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Ademar Silva Júnior, existe atualmente uma procura muito grande por borracha natural, que os países da Ásia (maiores produtores do mundo) não estão conseguindo atender. “Somente dois países conseguem produzir e fornecer essa demanda: Brasil e África. Como no Brasil há uma base de espécie nativa de seringueira e temos expertise e know-how junto aos produtores, poderemos abraçar essa oportunidade e atender essa demanda”, afirmou. Silva explicou que o estado do Mato Grosso do Sul está desenvolvendo um projeto para alcançar o plantio de 1 milhão de seringueiras nos próximos 10 anos. “Essa capacitação do SENAR irá ajudar na formação de mão de obra para o setor, pois precisamos de técnicos para implantar projetos e dar assistência nas propriedades. Primeiro, o treinamento será focado nos profissionais de nível superior, que irão formar técnicos de nível médio que tenham aptidão na área, de forma que possamos atender todos os setores de produção”, destacou. O presidente disse ainda que o próximo passo da Comissão em parceria com o SENAR será qualificar a mão de obra operacional.

Essa primeira capacitação irá nivelar e atualizar instrutores do SENAR que já ministram cursos na área de heveicultura. Quem realizará o treinamento será a Sociedade Brasileira de Agrossilvicultura (Sbag) e atenderá técnicos dos estados de Rondônia, Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Bahia. Esses estados foram escolhidos pela Comissão de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA porque são as regiões do País que pretendem alavancar o setor.

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O primeiro módulo vai até o dia 27 de julho e serão ministrados conteúdos como Novo Código Florestal e recomposição de reserva legal, aspectos botânicos de hevea spp., implantação de viveiros, mercado da borracha e linhas de crédito para o setor. Os demais módulos acontecem nos meses de agosto e setembro.

Fonte:http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=3463

Mandioquinha-salsa: alternativa para o pequeno agricultor

Agrolink - Da Redação

Confira as vantagens do cultivo e do consumo desse produto

Originária dos Andes, a mandioquinha-salsa é uma hortaliça que se destaca pela rusticidade e alto valor nutricional. É rica em energia (carboidratos e amido), vitaminas do complexo B e vitamina A, além de ser um alimento de fácil digestão. Em termos de mercado, a mandioquinha-salsa pode ser boa alternativa para pequenos agricultores. Este é o tema do Prosa Rural desta semana que tem a participação do pesquisador da Embrapa Hortaliças (Brasília/DF), Nuno Madeira, e do produtor rural, Leoberto Fischer. A mandioquinha-salsa recebe diferentes denominações, conforme a região brasileira. Em algumas lugares de Minas Gerais, por exemplo, é chamada de batata-baroa. Já no estado de São Paulo e Sul de Minas é mandioquinha e mais para o sul do país, recebe a denominação de batata-sala. Segundo Nuno Madeira, o mercado para esta hortaliça é amplo nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste e a cultura é compensatória, uma vez que a produção muitas vezes não atende a demanda. A produção pode ainda ser comercializada para a indústria de processamento, servindo como matéria-prima para sopas, cremes, pré-cozidos, alimentos infantis (“papinhas”), fritas fatiadas ("chips") e "purês". “Comparativamente a outras hortaliças, a gente percebe que o cultivo de mandioquinha-salsa é bem mais rústico, demanda muito menos insumos. O custo de produção é relativamente baixo e o preço no mercado é bom, por ser a hortaliça ainda pouco encontrada no mercado”, destaca Nuno Madeira.Em 1998, a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) lançou a cultivar Amarela de Senador Amaral, que rapidamente se difundiu em regiões de Minas Gerais, São Paulo e no Sul do país, onde é cultivada principalmente por pequenos agricultores. Em 2011, a

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Embrapa, em conjunto com os órgãos de extensão rural, criou bancos de mudas de mandioquinha-salsa de alta qualidade em Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. O objetivo é garantir a viabilidade da cultura, que tem apresentado quedas de produção em virtude da utilização de material de propagação de baixa qualidade.

Fonte:http://dicasedeliciasdasheila.blogspot.com.br/2011

O cultivo do repolho

RuralNews - Da Redação

O repolho pode ser cultivado em qualquer clima, inclusive nos de temperaturas muito altas ou muito baixas, de acordo com a sua variedade. Prefere solos sílico-argilosos, férteis, ricos em matéria orgânica ou adubados com 5kg de esterco ou composto, por metro quadrado. Embora produza em solo pouco ácido, os melhores são os com pH de 5,5 a 6,8. Quando o solo for mais ácido, deve ser feita a calagem, para corrigi-lo. Podemos usar adubos minerais, de acordo com os resultados do exame do solo. A semeadura pode ser feita o ano todo, em sementeiras. Germinação: 5 a 14 dias. As mudinhas são repicadas e, depois, replantadas quando tiverem 5 ou 6 folhas, diretamente para o lugar definitivo, com espaçamento de 50 a 80cm entre fileiras simples e de 30 a 40cm entre plantas. Quando plantarmos em fileiras duplas, o espaçamento deve ser de 30cm entre as duas fileiras e de 30cm entre as plantas. Quando o espaçamento é maior, os repolhos crescem muito. A colheita é feita 90 a 150 dias após a semeadura, quando as cabeças estiverem bem firmes porque, se colhidas antes, ainda fofas, murcham com facilidade, perdendo o valor. Depois de cortados, os repolhos duram mais quando são colocados em lugares frescos e úmidos.

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Fonte: http://www.clicknoticia.com.br/

Os benefícios da adubação verdeA adubação verde consiste na prática de incorporação ou não da massa vegetal no solo com finalidade de recuperar a fertilidade do solo e conservar a terra. As plantas mais utilizadas e que se destacam são: aveia preta, aveia branca, nabo e ervilhaca, por serem plantas cultivadas no inverno. Entretanto existem adubos verdes próprios para serem implantados no verão, porém, na região oeste do Paraná raramente é feita esta prática, pois, dominam o cultivo da soja e milho, os quais garantem a rentabilidade no campo.Os agricultores utilizam estas plantas no período do inverno por motivos de baixo valor agregado do trigo e milho safrinha, viabilizando esse cultivo o solo é preparado para o verão, onde são implantadas as culturas que hoje são essenciais para renda do produtor. Os adubos verdes, popularmente ditos, proporcionam reciclagem de alguns nutrientes, conservação do solo por conter grande quantidade de massa verde retendo a água, descompactação natural do solo, enriquecimento de matéria orgânica, aumento de microorganismos benéficos no solo e aumento da melhoria de absorção de nutrientes da cultura sucessora.Alguns trabalhos apontam para o aumento de até 10% de produtividade das culturas de verão nas áreas que foram implantadas os adubos verdes no inverno. Um dos fatores que a comunidade científica está pesquisando e obtendo bons resultados é a relação de aumento da porcentagem da matéria orgânica com o uso de aveia consorciada com nabo, onde a aveia é utilizada para reciclar nutrientes e o nabo para descompactação do solo devido suas raízes serem grandes e atingirem profundidade de até 1,5 metros.Esta é uma sugestão para os agricultores do município que pode proporcionar aumento da fertilidade do solo e consequentemente diminui a erosão superficial.

Tiago Antonio Zanetti, técnico em agropecuária

Aprendizes 2012, fazendo Adubação Verde

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Semeando... 3 meses depois

Plantio direto reduz erosão em mais de 90%

Portal Dia de Campo - Kamila Pitombeira

Cultura de hortaliças se beneficia com a diminuição do custo de produção, de pragas e doenças

A técnica de plantio direto já é bastante disseminada no meio rural, principalmente quando o assunto é um sistema sustentável. No entanto, o assunto se torna mais específico quando falamos do plantio em hortaliças, tema de palestra realizada no dia 30 de agosto, na Fazenda Rio Grande, em Nova Friburgo (RJ). Segundo Nuno Madeira, pesquisador da Embrapa Hortaliças, a técnica apresenta diversas vantagens. A primeira delas é a redução dos processos de erosão em mais de 90%. Outra vantagem seria a economia de água, capinas e adubo. — O plantio direto aumenta a quantidade de matéria orgânica no sistema. Com isso, o custo de produção fica mais baixo. De forma geral, pensamos em um sistema que busca saúde do solo e, consequentemente, da planta que irá se desenvolver sobre ele. Então, em vez do sistema de preparo do solo convencional, com aração, gradagem e enxada rotativa, fazemos o preparo biológico utilizando plantas de cobertura, seguido do manejo dessas plantas, seja por roçada ou pela dessecação — afirma o pesquisador. Nesse sistema, o plantio é feito no meio da palha e o único cuidado adicional em relação ao plantio convencional seria o preparo da palhada que precisa de um período entre 40 e 70 dias para ser feita. — Essa técnica promove um sistema mais saudável, já que contamos com mais matéria orgânica e diversidade de planta. Além disso, a dispersão de doenças e pragas é reduzida — conta. De acordo com Madeira, a ocorrência de doenças diminui à medida que diminui o escorrimento de água, o que provoca respingos que batem no solo e propagam esporos de fungos, por exemplo. No caso das pragas, o combate seria feito devido ao maior número de obstáculos e

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diversidade. O pesquisador fala também sobre dados de pesquisas que mostram uma redução de 10% a 20% do custo de produção ao utilizar a técnica. — A técnica do plantio direto contribui para a formação de um sistema mais saudável. Esse é um benefício para a agricultura e para a sociedade — conclui ele. Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Hortaliças através do número (61) 3385-9000.

Produtor precisa aprender a calcular quanto custa produzir um litro de leite

Folha de São Paulo - Marco Aurélio Bergamaschi

A planilha bem elaborada permite identificar se algum fator compromete o resultadoO pecuarista investe muitos recursos para estruturar a atividade leiteira. Além dos fatores terra e animais, são necessários máquinas, equipamentos, instalações, insumos e mão de obra. É comum encontrar propriedades que não fazem nenhum controle econômico da produção.

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Plantio Direto-Aprendizes 2012, fazendo visita à FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP)

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A consequência é a inexistência de dados para orientar a tomada de decisões. Um controle econômico eficiente pressupõe estabelecer um planejamento financeiro, considerando contas a pagar, a receber, impostos, taxas, fluxo de caixa, taxa de retorno etc. Como primeiro passo, é imprescindível calcular o custo de produção. Para tanto, é necessário realizar um inventário de todo o capital investido, das despesas realizadas e da renda obtida pela venda de leite, derivados, animais, subprodutos (dejetos) ou prestação de serviços (mão de obra e/ou máquinas e equipamentos). A atividade leiteira lucrativa é aquela que gera recursos suficientes para: custear a produção, compensar a depreciação de instalações, máquinas e equipamentos, remunerar o capital investido e o trabalho do produtor e ainda gerar lucro. Toda aplicação de recursos precisa ser minuciosamente avaliada, principalmente os investimentos não produtivos, que não geram aumento de renda, tais como construções, ordenhadeiras e outros. A planilha de despesas bem elaborada, dividida em itens (como alimentos concentrados, medicamentos, fertilizantes e mão de obra), permite identificar se algum fator de produção está comprometendo o resultado. Da mesma forma é avaliado o efeito das construções e do valor dos animais sobre o custo total do leite. Tendo em mãos esses controles é possível calcular o impacto de um novo investimento. A decisão será tomada em bases reais. A depreciação também deve ser considerada. Máquinas, equipamentos e construções têm vida útil determinada e conhecida. Ao final, o pecuarista deverá ter recursos suficientes para repor ou reparar o bem. Caso contrário, haverá o sucateamento da estrutura produtiva. E, por último, mas não menos importante, a remuneração da mão de obra familiar. É importante lembrar que ela é responsável pela maior parte do leite produzido no Brasil e não somente precisa como também merece ser valorizada adequadamente. Além da produção do alimento, origina matéria-prima para a agregação de valor, gera empregos, renda e divisas. E somente sabendo exatamente quanto custa produzir cada litro de leite de qualidade é que o produtor poderá negociar preços, participar da organização da cadeia produtiva e defender os interesses legítimos do setor.

Fonte: http://blogdoonyx.wordpress.com/2011/09/30/

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Técnica visa o uso racional de adubos

Agrolink - Ellen Colombo

Por meio de dados específicos de áreas geograficamente referenciadas, é possível implantar o processo de automação agrícola dosando adubos e defensivos. A cada dia novos equipamentos tecnológicos são lançados ao mercado com o objetivo de aumentar a eficiência de trabalho na agricultura, trazendo mais rentabilidade e conforto ao campo. A Agricultura de Precisão (AP) é uma delas, a prática agrícola na qual se utiliza tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo. A partir de dados específicos de áreas geograficamente referenciadas, é possível implantar o processo de automação agrícola dosando adubos e defensivos. “A agricultura de precisão visa auxiliar técnicos e produtores rurais na busca das melhores opções quanto ao uso mais eficiente de corretivos e fertilizantes em suas lavouras”, explica o engenheiro agrônomo Auro Bedretchuk.

USO RACIONAL

A agricultura de precisão possui a finalidade de estabelecer condições ideais às espécies cultivadas na agricultura, sejam químicas, físicas ou biológicas, e se utiliza da geoestatística, que é a analise de dados de amostras georreferenciadas. “O método entende que cada ponto de amostra é único e procura a correlação entre as amostras vizinhas”, comenta. De acordo com Bedretchuk a agricultura de precisão tem por objetivo a redução dos custos de produção, a diminuição da contaminação da natureza pelos defensivos utilizados e o aumento da produtividade. “A vantagem é em função da rentabilidade, pois o processo visa retornar parte do que planta retira do solo”, diz. Segundo o engenheiro agrônomo, a planta extrai nutrientes do solo, que voltam para o solo em forma de palhada. “A agricultura de precisão permite o uso racional do adubo, no qual o produto só irá ser aplicado onde o solo realmente precisa”, comenta. Para ele, a técnica é sustentável. O custo médio é de R$120 por hectare, ou seja, duas a três sacas de soja.

FERRAMENTAS

As ferramentas que possibilitaram o desenvolvimento deste tipo de agricultura foram os microprocessadores e os aparelhos de posicionamento global por satélite (GPS), que acoplados a colheitadeiras, semeadoras e outros implementos agrícolas, permitem o levantamento de dados, sua tabulação cumulativa e a aplicação dosada e localizada de insumos. Outro tipo de ferramenta fundamental para a agricultura de precisão são os softwares de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Segundo Bedretchuk, por meio da análise de solos de vários pontos georreferenciados é possível gerar um mapa de fertilidade do solo e aplicar adubos em níveis adequados de macro e micro nutrientes. “A máquina programa uma taxa variável com uma aplicação georrefenciada.”

Publicado em: 09/04/2012

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Fonte: www.arvus.com.br

Tecnologias impulsionam o cultivo orgânico de hortaliças

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri - Cinthia Andruchak Freitas

A lavoura em nada lembra uma horta tradicional. Dentro de uma estrutura coberta por plástico e protegida por telas nas laterais, tomates saudáveis crescem livres de insumos químicos. Eles são produzidos no abrigo de cultivo desenvolvido pela Epagri/Estação Experimental de Itajaí - Santa Catarina, que viabilizou a produção de tomate orgânico em solo barriga-verde – proeza impensável até a década de 90, antes do surgimento dessa tecnologia. “O abrigo funciona como um guarda-chuva”, explica o engenheiro-agrônomo José Angelo Rebelo. A cobertura evita as chuvas em excesso

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sobre a planta, dificultando o surgimento de doenças, enquanto a tela barra a entrada de insetos. Sob os beirados do abrigo, calhas coletam a água da chuva e a conduzem até reservatórios que abastecem um sistema de irrigação por gotejamento. Essa e outras tecnologias para a produção orgânica de hortaliças vêm sendo estudadas e disponibilizadas aos agricultores desde 1990 pela Estação Experimental de Itajaí. Elas resultam de estudos em áreas como nutrição das plantas, irrigação, manejo do solo, controle e prevenção de doenças, produção de mudas, seleção de cultivares e manejo do ambiente de cultivo. Graças a esse trabalho, pequenos e grandes produtores têm acesso a técnicas que não beneficiam apenas quem trabalha com a produção orgânica. “Disponibilizamos um sistema completo para qualquer agricultor, inclusive do modelo convencional, adotar as técnicas que quiser. O uso adequado dos agrotóxicos já é uma arma importante na defesa das plantas e na redução dos impactos ambientais”, diz Rebelo. Um exemplo vem da propriedade da família Tribess, de Blumenau. Por muitos anos, o casal Maria Cristina e Werner produziu hortaliças no sistema convencional. “Era muita mão de obra, a chuva prejudicava as hortaliças e às vezes não tínhamos o que colher”, lembra a agricultora. Em busca de uma solução, a família fez cursos para conhecer as tecnologias da Epagri e testou o que aprendeu em uma área pequena. “Em 1996 construímos um abrigo de 7x3m para tomates que, na primeira safra, deu mais dinheiro do que 250 pés plantados fora dele. Depois disso, nunca mais plantamos em campo aberto”, conta Werner. Hoje a família cultiva tomate, pepino, feijão, alface, pimentão, berinjela e cebolinha. São colhidas cerca de 3t de tomate por mês e 2t mensais

de pepine Fonte:http://www.cati.sp.gov.br/new/produtos/publicacoes/cationline/128/col128

Espécie: Tremoço-branco Vantagens: Adaptada para regiões com invernos não rigorosos (MG, SP). Leguminosa recomendada para adubação verde de inverno,rotação de inverno, sucessão de inverno. Apresenta elevada produção de massa vegetal e permite proteção e recuperação das condições físicas e biológicas do solo. Leguminosa que pode ser empregada como adubo

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verde e apresenta elevada produção de massa vegetal. Ótimo para adubação verde e cobertura vegetal.Bibliografia: COSTA, M.B.B. da e outros. Adubação Verde no Sul do Brasil. AS-PTA, Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa. 1.992. 346p. Aprendizes 2012: fazendo adubação verde com tremoço.

Meses depois...

Espécie - Cultivar - Família

Nome Comum Tremoço-branco

Cultivar Comum

Nome Científico Lupinus albus

Família Leguminosa

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Características da Espécie

Massa Verde (t/ha) (*5) 20 a 30

Massa Seca (t/ha)(*5) 2 a 5

N (kg/ha) (*5) 60 a 90

Altura (m) (*5) 0,8 a 1,2

Hábito de Crescimento Arbustivo ereto

Ciclo até o florescimento (dias) (*6) 120 a 150

Peso de 1.000 sementes (g) 300

Semeadura

Profundidade (cm) 2 a 3

Em Linha

Espaçamento (m) 0,50

Sementes/metro linear 8 a 10

Densidade (kg/ha) (*2) 50

A lançoSementes / m² 18 a 20

Densidade (kg/ha) 60

ÉpocaIdeal (*3) Abr a Mai

Possível (*4) Mar a Jun

Qualidade da Semente

Padrões mínimos (*7) Germinação (%) 75

Pureza (%) 98

O que são fungicidas e herbicidas

RuralNews - Da Redação

Em uma lavoura, de maneira geral, as plantas podem ser atacadas por várias doenças e pragas, que podem trazer grandes prejuízos aos agricultores. Dentre esses problemas, os fungos produzem bolores e mofos que atacam as sementes e as plantas.

Os mofos e bolores podem atacar sementes, após o plantio, folhas, ramos, talos, flores e os frutos das plantas, chegando a "estragar" completamente uma plantação, caso não sejam tomadas as medidas de combate necessárias. Para combater os fungos existem vários métodos e produtos, dentre eles, os fungicidas. Os fungicidas são uma saída simples e prática para o combate aos fungos, porém devem ser administrados com muita cautela e sempre sob a supervisão de técnicos capacitados. Outro grave problema que causa grandes "dores de cabeça" aos

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agricultores são as chamadas ervas daninhas ou plantas invasoras. As invasoras são plantas que crescem no meio da plantação, são plantas fortes e resistentes que "roubam" os nutrientes da terra que deveriam ser utilizados e consumidos pelas plantas cultivadas. Além disso, essas plantas são um abrigo natural para insetos, fungos, bactérias e uma série de organismos nocivos à lavoura. Para combater as plantas invasoras, o método mais rústico e natural é a limpeza ou "capina" do terreno, arrancando-se as invasoras, uma a uma ou com o auxílio de máquinas, utilizadas em grandes plantações, principalmente no momento do preparo do solo. Outra forma muito utilizada de combate a este problema é o herbicida. O herbicida é um produto químico que mata as invasoras através de pulverizações regulares, que visam o controle e a erradicação completa dessas plantas. Apesar de ser muito prático e eficiente, por ser um produto químico, o herbicida deve ser aplicado somente quando necessário e sob a orientação de técnicos especializados, para que não haja nenhum perigo de contaminação da lavoura. Os herbicidas apresentam, também, a vantagem de reduzir a quantidade de mão-de-obra e de fazer com que os tratos culturais sejam feitos de maneira mais rápida e eficiente. Existem vários tipos de herbicidas mas, basicamente eles se dividem em seletivos, que são feitos para controlar apenas alguns tipos de plantas invasoras e os não seletivos, que destroem qualquer tipo de vegetação. Os herbicidas e os fungicidas são defensivos agrícolas e, por esse motivo, devem ser manuseados e armazenados com extremo cuidado e responsabilidade, para que não aconteçam contaminações da produção e de pessoas.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=66319

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Quiabo: aprenda cultivar e eliminar a baba

Globo Rural On-line - João Mathias | Consultora Débora de Faria Albernaz Vieira

Fonte de vitaminas, a hortaliça pode ser plantada em hortas caseiras e incrementar pratos típicos brasileiros. Embora não seja das hortaliças mais preferidas pela população, os brasileiros sabem da importância nutricional do quiabo (Abelmoschus esculentus) entre os alimentos. Fonte de vitaminas, sobretudo de A, C e B1 – além de cálcio, mineral essencial para o fortalecimento dos ossos –, o fruto do quiabeiro é usado em pratos tradicionais de boa parte do país, como frango, carne, caruru, costelinha de porco, refogados e salada. Fonte:(http://www.flaviareis.com/2011/02)

Alguns torcem o nariz para a hortaliça por conta, justamente, do componente que dá liga aos temperos e proporciona sabor peculiar às receitas culinárias. Viscosa e transparente, a baba característica do quiabo não tem textura e visual que agradem a todos. Nesses casos, é possível eliminá-la secando o quiabo com um pano após mergulho em suco de limão por 15 minutos. Em seguida, é preciso cortar as pontas e os cabos, picar os frutos de acordo com a receita e colocá-los para cozinhar. De origem africana, o quiabeiro chegou aqui por meio dos escravos que aportaram em terras brasileiras. Como não tolera temperaturas muito baixas por um longo tempo, a planta se deu bem com o predomínio do clima quente local. Arbusto que cresce até 3 metros de altura, de acordo com a variedade, aos poucos ganhou espaço na lavoura nacional. Os melhores meses de produção vão de janeiro a maio. A produtividade brasileira do quiabeiro varia de 20 a 40 toneladas por hectare. O quiabo de qualidade e adequado para o consumo deve ter cor verde intensa – sem presença de manchas escuras –, firmeza e comprimento entre 10 e 14 centímetros. Se não for colhido nessa fase do desenvolvimento, ele passa do ponto, fica fibroso e duro. De formato alongado e estreito, o fruto possui sementes claras e redondas. Fonte:Depois de colhido, o quiabo pode ser conservado por até uma semana desde que mantido dentro de sacos plásticos e na parte inferior da geladeira. Seu preparo é fácil, pois não precisa ser descascado.

MÃOS À OBRA

INÍCIO A propagação do quiabeiro é realizada por meio do plantio de sementes. Elas podem ser compradas em envelopes em supermercados, lojas de produtos agropecuários ou por meio de sites de empresas produtoras. Alguns viveiristas comercializam as mudas prontas para o transplante para o local definitivo. A variedade mais plantada é a santa cruz 47, seguida das cultivares amarelinho, brasileirinho, valença e mauá. AMBIENTE As regiões de clima quente a ameno são as mais adequadas para o cultivo do quiabeiro. A planta não tem bom desenvolvimento em locais de baixa temperatura e sujeitos a geadas. Em regiões quentes e com inverno ameno, é

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possível plantar o ano todo. Nos Estados do sul do Brasil, o plantio vai bem nos meses de primavera e verão. PLANTIO Deve ser em local onde o solo é profundo, permeável, rico em matéria orgânica ou com boa fertilidade. Prepare a área de plantio arando o solo de 20 a 25 centímetros e, em seguida, realize a gradagem, para eliminar torrões e obter terreno uniforme. A propagação pode ser por semeadura direta ou por mudas. No caso de sementes, recomenda-se o plantio com profundidade de 8 a 10 centímetros. Para uma germinação mais uniforme, o ideal é quebrar a dormência das sementes imergindo-as em água por 24 horas antes do plantio. ESPAÇAMENTO Semeiam-se três sementes por cova espaçada de 30 a 40 centímetros. Entre as fileiras, o espaçamento ideal é de 100 a 120 centímetros. Quando as plantas atingirem de 15 a 20 centímetros, deve-se fazer o desbaste, a fim de deixá-las mais vigorosas. CUIDADOS Em caso de solo com pH abaixo de 5,5, faça a correção da acidez com a incorporação de calcário dolomítico. A adubação também é necessária para evitar alguma interferência na produtividade do quiabeiro. Apesar de não ser preciso irrigar sempre o cultivo, pois a planta é tolerante à falta de água, a oferta do líquido deve ocorrer durante todo o ciclo da cultura. PRODUÇÃO Colha os frutos do quiabeiro quando atingirem de 10 a 14 centímetros de comprimento. Em geral, ocorre no período de 60 a 75 dias após a semeadura, em períodos quentes, ou de 85 a 100 dias, em épocas mais frias. Os quiabos devem estar tenros e não fibrosos, com a ponta fácil para ser quebrada com os dedos. Se estiverem bem maduras, passadas do ponto de colheita, as hortaliças tornam-se fibrosas, duras e com cor amarelada. A colheita pode se estender de três a oito meses.

RAIO X

SOLO: profundo e fértil CLIMA: temperatura quente a amena ÁREA MÍNIMA: pode ser plantado em horta caseira COLHEITA: nos meses mais quentes, inicia-se de 60 a 75 dias após a semeadura e, em períodos frios, de 85 a 100 dias CUSTO: cerca de R$ 1 o envelope de 6 gramas ou R$ 29 o pacote de 1 quilo

*DÉBORA DE FARIA ALBERNAZ VIEIRA é engenheira agrônoma da Embrapa Hortaliças

Nutrição Vegetal : Resíduos orgânicos barateiam adubação

Portal Dia de Campo - Kamila Pitombeira

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Nutrientes derivados da produção de suínos e aves têm preços que variam entre R$60 e R$90 por tonelada

Por ser eficiente e mais barato, o uso de resíduos e fertilizantes orgânicos no sistema soja-milho safrinha tem sido uma opção para diversos agricultores, responsáveis até mesmo por atrair indústrias de carne para suas regiões. Com preços de comercialização que variam entre R$60 e R$90 por tonelada, os resíduos contêm nutrientes importantes, como fósforo e potássio, essenciais para a boa nutrição das plantas. Segundo Vinicius de Melo Benites, pesquisador da Embrapa Solos, vários resíduos podem ser utilizados no sistema soja-milho safrinha, mas devido ao custo, os mais promissores são os originados da produção de suínos e aves. — Isso porque, no Brasil, existe certa proximidade entre as áreas que produzem milho e as que produzem suínos e aves. As indústrias de carne se aproximam das áreas produtoras de grãos por uma questão de logística — afirma o pesquisador. De acordo com ele, é possível pensar na utilização do resíduo in natura ou em produtos gerados a partir dele. No caso do resíduo in natura, a quantidade a ser aplicada depende de análises que devem ser feitas no resíduo e no solo. — Quando falamos em camas de aviário, por exemplo, falamos em uma média de 2t a 4t. Os resíduos contêm todos os nutrientes da tabela periódica, principalmente os macronutrientes, mas também micronutrientes. No caso da cama de frango, ela é tem grande importância na parte de fósforo e potássio, nutrientes contidos no resíduo que rapidamente entram no sistema. O fósforo, mesmo existente nessa cama, demora um pouco mais para entrar no sistema — conta Benites. Ele diz que, quando o assunto é dejetos de suínos, o principal componente é o potássio. Portanto, quando o produtor aplica esses dejetos, ele deve considerar o teor de potássio contido para saber qual a quantidade a ser aplicada. — Para aplicar os resíduos adequadamente, a primeira questão é se certificar sobre a sua origem. Tratando-se de um resíduo de boa qualidade, a primeira preocupação do produtor deve ser a forma de aplicação. No caso da cama de frango, é importante que o produtor tenha o equipamento adequado para a aplicação. Já no caso do dejeto líquido de suínos, o produtor deve ficar atento aos custos de aplicação, que podem exceder o próprio custo do produto — orienta. A terceira preocupação, como explica o pesquisador, está ligada ao solo. Da mesma forma que o produtor usa fertilizantes, ele deve também fazer um acompanhamento constante da nutrição das plantas. Ele recomenda uma associação dos resíduos com alguma fonte mineral. O mais comum é a associação dos resíduos orgânicos com uma fonte mineral de fósforo para que eles se tornem mais balanceados. — O grande mérito dessa tecnologia é a redução de custos. Considerando o teor de 3% de nitrogênio, 3% de fósforo e 3% de potássio da cama, seu valor gira em torno de R$150 a R$180 por tonelada, dependendo de cada região. Já a cama, é normalmente comercializada com preços que variam entre R$60 e R$90 por tonelada — afirma.

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Ainda segundo Benites, a aplicação é feita normalmente antes do verão. Para ele, essa é uma questão de logística, pois nessa época, o produtor tem seus equipamentos parados, o que gera ociosidade da mão-de-obra. — No entanto, tecnicamente falando, se o produtor aplicar os resíduos logo após a colheita da cultura de verão e antes do plantio da cultura da safra seguinte, a tecnologia se torna mais interessante. Isso porque a segunda safra é muito mais responsiva a esses resíduos do que a safra de verão — conta ele. Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Solos .

A vagem e sua cultura

Fonte: http://www.produquimica.com.br.

RuralNews - Da Redação

A vagem (Phaseolus vulgaris L.), também conhecida como feijão-de-vagem, é uma variedade do feijão comum que é cultivada e consumida como hortaliça.

É rica em proteínas e na sua composição encontramos cálcio, fósforo, ferro e as vitaminas A, B1, B2 e C. É uma planta originária das Américas e que foi levada para a Europa e Ásia após a chegada dos colonizadores europeus. No resto do mundo, a sua cultura se espalhou rapidamente e muitas variedades novas foram sendo desenvolvidas. evido às condições na sua região de origem, a vagem se desenvolve melhor em climas mais quentes e, desta forma, o seu cultivo na maior parte do território brasileiro é bastante favorecido. Prefere solos bem drenados, areno-argilosos e com pH que fique entre 5,6 e 6,8. As temperaturas mais indicadas para o

seu cultivo, visando o melhor desenvolvimento e qualidade das plantas, ficam entre 20°C e 25°C. Em regiões mais frias ou com inverno mais acentuado, a vagem apresenta um desenvolvimento mais retardado. Isso acontece sempre que as temperaturas ficam abaixo dos 15°C. No caso de temperaturas extremamente altas, o prejuízo maior ocorre na polinização. O plantio pode ser feito durante todo o ano, em regiões de clima mais quente, como o encontrado na maior parte do território nacional. Já nas regiões mais frias, com invernos mais rigorosos, como o que ocorre na região Sul, parte do Sudeste e Centro-Oeste, o plantio deve ser feito de setembro a janeiro, época de temperaturas mais amenas e quentes, que favorecem o desenvolvimento da vagem. Antes do plantio, devemos realizar uma análise do solo, para verificarmos a necessidade de calagem ou de adubação. Em solos de fertilidade média, o mais comum é utilizarmos, para a adubação, esterco curtido de curral e suplementação mineral. O plantio é feito em covas, com espaçamento de 1m entre as linhas e de 50cm entre as covas, que recebem de 3 a quatro sementes. Quando as plantas estiverem com 3 ou quatro folhas, devemos fazer a raleação, deixando apenas as duas mais fortes e saudáveis.

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Como a maioria das hortaliças, a cultura da vagem está sujeita a algumas pragas e doenças, que devem ser evitadas e combatidas, para que os prejuízos sejam minimizados. Os principais problemas que podem aparecer são a ferrugem, a antracnose, o mosaico, além de insetos mastigadores e sugadores, que causam grandes danos à essas plantas. Os tratos culturais são simples, consistindo em irrigação a cada três dias, a não ser em épocas de chuvas constantes, capinas e a rotação de culturas, que é aconselhável com plantas de outras famílias, como o tomate, por exemplo.

Fonte: http://www.hortisulrs.com/detalhes.php?codigo=160

Bovinos - Manejo racional: planejamento sem perdas

Portal Dia de Campo - Juliana Royo

Identificar erros, organizar ações e cuidar do gado, levando em conta o bem-estar, evitam prejuízo Fonte/www.portalagropecuario.com.br/

Racionalizar o trabalho de toda a fazenda é o objetivo da nova forma de conduzir a produção. O manejo racional busca entender as particularidades de cada produtor, fazer toda a equipe entender as necessidades do animal e, assim, cortar as perdas que são geradas na produção. Muitos fazendeiros ainda acham bobagem, mas o bem-estar animal pode fazer muita diferença no ganho do produtor. Se o animal se alimenta bem, descansa e não se estressa, ele ganha peso mais facilmente. Se for tratado sem agressividade, não terá machucados na carcaça. — Manejo racional é a ação com conhecimento, é desenvolver as práticas de manejo tendo conhecimento do que você deve fazer e do que pode fazer. O primeiro passo é a conscientização da necessidade porque muita gente acha que esse tipo de manejo é desnecessário. E a conscientização tem que envolver todos, desde o proprietário da fazenda, o gerente e também quem está executando o trabalho, todos têm que estar comprometidos — caracteriza o especialista no assunto Matheus Paranhos, professor da Unesp Jaboticabal. Para saber que tipo de medidas adotar na fazenda, o produtor deve primeiro fazer um estudo de reconhecimento do manejo, de tudo o que acontece no

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sistema de produção. Desta forma, é possível organizar todo o sistema e identificar onde estão as maiores dificuldades. Depois deste planejamento, deve ser feito um treinamento com os funcionários da fazenda, para que eles sigam as novas instruções. — O primeiro benefício é a redução de estresse, dos próprios trabalhadores e também dos animais. O planejamento cria um ambiente de trabalho mais tranquilo. Em função da redução de estresse, há uma redução no risco de acidentes de trabalho. Em algumas fazendas o manejo racional reduziu os acidentes de trabalho em 80%. Além de machucar os trabalhadores, os acidentes podem formar machucados nos animais, o que deprecia a carcaça. Eles também podem formar hematomas e isso afeta o preço pago — explica Paranhos. O especialista diz que o principal erro cometido atualmente, além da falta de organização, é a agressividade usada nos animais. Ainda é muito comum que os peões utilizem de pauladas para controlar os animais ou façam pressão excessiva, o que deprecia não só a carcaça, mas afeta diretamente o ganho de peso ou produção de leite porque um animal estressado, sem descanso produz menos. — Muita gente acha que o manejo racional será complicado, mas não é. Basta ter boa vontade. Mesmo com baixíssimo investimento, apenas com a leitura do material sobre o manejo racional já é possível mudar a postura de condução da fazenda, racionalizar o manejo, fazer o planejamento e, com isso, evitar perdas no processo produtivo — ensina o professor.Fonte: (www.realh.com.br/confinamento/controle-de-parasitas-na-entrada//)

Como cultivar ata Folha do Estado - Da Redação

Conhecida por vários nomes pelo país, a ata é uma fruta campeã de vendas nesta época do ano, é renda certa para famílias de pequenos agricultores em Mato Grosso, entre os messes de março a maio. Neste período pode-se encontrar a fruta em muitas ruas e avenidas da cidade, com preços muito variados, mas nunca tão baratos. O sabor adocicado e ao mesmo tempo azedinho da fruta atrai muitos clientes para o consumo da iguaria de época. NOMES DIFERENTES

Pinha no Sudeste, fruta do conde, entre outros, pra nós mato-grossenses, também existem essas divergências, mas em sua maioria é apenas Ata. Rica em proteínas, a fruta é o sucesso da estação. Por ser uma fruta de clima quente, ela é perfeita, não apenas para o cultivo em larga escala. É muito comum encontrar ao menos um pé de Ata nos

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quintais, das casas mato-grossenses. Michael Luiz Melim é vendedor de um viveiro em Cuiabá, segundo ele, a procura por mudas de ata é constante, “A maioria das pessoas procura essas mudas para fazer um pomar em casa mesmo, assim, em pouco menos de dois anos, já não irão gastar dinheiro para comprar, já que a ata é uma fruta cara”, argumenta Michael. O vendedor alerta, que essa é uma fruta que atrai muitos insetos e pragas, portanto é sempre bom procurar as orientações de um agrônomo, para que os frutos possam nascer e crescer com qualidade. A feirante Juceli Conceição, trabalha no mercado do Porto e na avenida Miguel Sutil há três anos vendendo ata. Ela afirma que, nesta época, não existe outra fruta que venda mais que a ata. “Aqui no mercado tem muita concorrência, e os preços são variados, mas lá na avenida Miguel Sutil eu só vendo ela, as pessoas nem questionam o preço, toda hora tem gente comprando”, comenta a feirante. Daniel Santana também é feirante e vende ata há mais de 12 anos. Ele diz que vende outras frutas da região, mas destaca que a ata representa para ele cerca de 80% da renda de sua família. Daniel compra a fruta de cidades próximas de Cuiabá, inclusive de Reserva do Cabaçal. Observando a possibilidade de aumentar seu lucro, Daniel buscou informações junto à Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Lá obteve todas as orientações necessárias para iniciar o próprio cultivo. “Fui em busca de informações, porque em breve quero ter minha renda 100% vinda da produção de ata na época de safra, e essa renda virá da minha propriedade”, destaca Daniel. Daniel relata ainda que busca incentivar os outros produtores do assentamento Gamaliel, localizado em Cuiabá onde mora. “Quero mostrar para meus vizinhos e amigos produtores que a ata é um excelente negócio e que vale a pena investir”, finaliza Daniel.

Fonte:www.cenourao.com.br/site/produtos_show.php?produto=152&nome_produto=Pinha

Como plantar: pepino

Globo Rural On-line - João Mathias | Consultor José Flávio Lopes*

Verão é tempo de consumir alimentos leves e refrescantes. Saladas, tortas e sanduíches feitos com legumes, grãos e folhosas fazem sucesso nas refeições em dias quentes. Em épocas de temperaturas altas, o pepino (Cucumis sativus) é uma das hortaliças que têm lugar certo nas mesas dos brasileiros. Composto por 95% de água, ele se destaca em

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diferentes receitas culinárias. O cultivo do pepineiro, do qual o pepino é o fruto, é simples e não demanda muitos cuidados. Os tratos culturais incluem irrigações, capinas e desbrotas, com corte dos brotos que forem aparecendo. Não é indicado pulverizar a planta com inseticidas, pois, como possui flores femininas ou masculinas, o pepineiro depende da polinização cruzada realizada por insetos como as abelhas, que fazem o transporte do pólen.

Um pequeno espaço para o plantio – inclusive vasos com cerca de 50 centímetros de altura e 30 centímetros de diâmetro – é suficiente para o desenvolvimento da hortaliça. A produção de pepino ocorre durante todo o ano em regiões de clima subtropical e alcança bons preços no varejo. Embora seja mais comum seu uso em salada e como picles – vegetais em conserva –, também pode ser feito dele um suco que auxilia no tratamento de inflamações do tubo digestivo e da bexiga, alta pressão e afecções dos dentes e da gengiva. O pepino também tem capacidade para combater enfermidades da garganta quando combinado com mel, purificar o organismo e eliminar gorduras. O vegetal tem propriedades calmantes e laxantes, é diurético e tônico para o fígado, rins e vesícula. Cabelos e unhas se beneficiam do alto teor de sílica e flúor que a planta apresenta. Também contém ferro, cálcio, fósforo, cloro, enxofre, magnésio, potássio, sais minerais e vitaminas A, C e do complexo B. De vários tamanhos e formato cilíndrico, o pepino tem casca verde-clara ou verde-escura, com estrias esbranquiçadas. A polpa de cor clara envolve sementes achatadas. Pertencente à família das cucurbitáceas, tem origem atribuída à Índia, de onde o cultivo teria se espalhado para a China e países europeus, tendo sido muito apreciado pelos gregos e romanos na Antiguidade.

MÃOS À OBRA

INÍCIO: O pepino tem variedades para consumo in natura – caipira, aodai e japonês –, com tamanhos que variam de dez a 30 centímetros de comprimento, e para conserva, que não ultrapassam dez centímetros de comprimento. Os mais cultivados por aqui são os do grupo aodai, enquanto os caipiras se destacam nos plantios realizados especialmente na Região Centro-Oeste. Ambos têm produção mais comum a céu aberto.

AMBIENTE: Clima quente, com temperaturas entre 26 e 28 ºC, é o mais adequado para o plantio do pepineiro. Em regiões mais frias, o cultivo deve ser realizado em locais protegidos, onde seja possível monitorar a variação da temperatura. Dê preferência a solos areno-argilosos, férteis, ricos em matéria orgânica, bem drenados e que não apresentem acidez elevada.

PLANTIO: A céu aberto, coloque de três a quatro sementes em cada cova de 1,5 a dois centímetros de profundidade, com espaçamento de 1,5 metro, em um dos lados do sulco. Deixe uma ou duas plantas por cova ao fazer o desbaste, quando contarem com duas ou três folhas definitivas. A germinação ocorre cinco dias após o plantio e leva mais 25

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dias para a floração.

TUTORAMENTO: O pepineiro pode ser plantado no sistema rasteiro, porém, o estaqueamento facilita os tratos culturais e a colheita, inclusive diminui riscos de ataque de doenças, deformação e má coloração. O tutoramento é feito em linhas duplas, com estacas de bambu ou de madeira com 2,2 a 2,5 metros de comprimento. Devem ficar apoiadas em um arame de 1,2 a 1,8 metro de altura do solo. À medida que a planta for se desenvolvendo, é preciso fazer amarrações.

CUIDADOS: O solo deve ser mantido úmido por meio de distribuição de água nos sulcos de 30 a 40 centímetros de abertura e 25 a 30 centímetros de profundidade, ou da irrigação pelo sistema de gotejamento, microaspersão ou aspersão convencional. O raleio feito com uma ferramenta cortante, faca ou tesoura também é necessário para que a planta torne-se mais vigorosa. Mantenha a cultura limpa para evitar o ataque de plantas daninhas.

ADUBAÇÃO: Faça a análise do solo para saber a necessidade de calagem, com uso de calcário dolomítico fino. Para uma boa produção do pepino, o terreno deve ter pH de 5,8 a 6,8. Por cova, utilize de 80 a 100 gramas de adubo químico com fórmula 4-14-8 ou 4-16-8 (NPK). Na adubação de cobertura, aplique 15 gramas por planta de nitrogênio, sob a forma de nitro-cálcio ou sulfato de amônio, após a formação dos primeiros frutos, e mais duas vezes com intervalos de 20 dias.

PRODUÇÃO: Ocorre de 50 a 60 dias após a semeadura e pode durar por mais de dois meses. A colheita deve ser realizada quando o pepino atingir 20 centímetros de comprimento e coloração externa verde-clara.

RAIO X

SOLO: areno-argiloso, fértil, rico em matéria orgânica e bem drenado CLIMA: quente e não tolera geadas ÁREA MÍNIMA: pode ser cultivado em vasos COLHEITA: de 50 a 60 dias após o plantio CUSTO: preço do envelope com dez gramas pode variar de R$ 2 a R$ 5

*José Flávio Lopes é engenheiro agrônomo, pesquisador da Embrapa Hortaliças.

Fonte:http://www.cnph.embrapa.br/paginas/imprensa/releases/semiarido_show.html

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Os benefícios da alfaceCategoria: Alimentação,Informações,Vivendo Saudável

A Alface é perfeita para emagrecer, mas ao mesmo tempo fica deliciosa em uma salada e para completar têm propriedades e benefícios nutricionais muito grandes. De modo que incorporá-la na dieta é quase uma obrigação.É rica em betacaroteno, pectina, fibra, lactucina e uma grande variedade de vitaminas como, A, E, C, B1, B2 e B3. Também possui cálcio, magnésio, potássio e sódio.- Como é um vegetal que se come cru, não sofre o processo de cozimento que lhe tiraria propriedades.- Contém uma boa quantidade de ferro, o que ajuda a combater a anemia.- Recomenda-se consumi-la também quando se sofre de estados gripe os resfriados, já que fortalece as vias respiratórias.- Tem propriedades analgésicas e acalma dores musculares.- Tem antioxidantes o que contribui a diminuir o envelhecimento celular, melhora os níveis de colesterol e ajuda à circulação.- É ideal para as pessoas diabéticas já que regula os níveis de açúcar no sangue.- Além de ter propriedades digestivas, combate problemas de flatulências, já que atua como um agente desinflamante muito efetivo em casos de inflamação abdominal.- É de grande ajuda em casos de retenção de líquidos e cálculos renais.A alface é econômica e fácil de combinar para fazer pratos com poucas calorias. De modo que pode incorporá-la a sua dieta para a hora do jantar, quando menos calorias se devem consumir.Valores nutricionais da alface100 gramas de alface contribuem:Quilocalorias: 10, *Carboidratos: 0,9, *Proteínas: 1,3, *Gorduras totais: 0,2, *Fibra:1,5*Colesterol (mg): 0*Vitaminas: (A, [retinol]: 150 / B1, [tiamina]: 0,06 / B2, [riboflavina]: 0,06 / B3, [niacina]: 0,4 / B6, [piridoxina]: 0,06 / C: 10 / E: 0,4).*Minerais: (Sódio: 10 / Potássio: 224 / Cálcio: 37 / Fósforo: 31 / Magnésio: 11 / Ferro: 1 / Flúor: 0,03).

Aprendizes 2012, semeando em bandejas, plantando e colhendo

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Biodecompositor simples e barato garante adubo para a horta e a lavoura

Agrosoft Brasil - Da Redação

Em Santa Catarina, um modelo de biodecompositor prático, barato, fácil de fazer e que ocupa pouco espaço tem chamado a atenção no campo e até na cidade. Nesse sistema, a compostagem é realizada dentro de uma bombona plástica tampada. "Todo o processo acontece em ambiente fechado, o que evita o mau cheiro e a propagação de parasitas e insetos", explica Luciana Mees, extensionista da Epagri no Escritório Municipal de Ouro Verde.

Para construir o equipamento são usados uma bombona plástica de 200 litros com tampa rosqueável, a metade inferior de outra bombona, uma torneira com flange, um pedaço de cano e pedaços de sombrite. O biodecompositor custa cerca de R$ 75,00 se for necessário comprar todos os materiais. A fabricação é simples. Com uma furadeira, são feitos vários furos no fundo da bombona inteira, como se fosse uma peneira. Em seguida, ela é encaixada dentro da outra metade. No fundo da bombona furada são colocados pedaços de sombrite. "O chorume, líquido que escorre do material orgânico, passa pelos furos da bombona inteira e fica armazenado no recipiente de baixo. O sombrite impede que o material entupa os furos", explica a extensionista. O passo seguinte é instalar uma torneira na parte inferior da meia bombona, que é por onde o chorume será retirado. Perto da tampa da bombona superior, instala-se um pedaço de cano por onde sairão os gases do processo de compostagem. Para evitar a entrada de insetos, é importante fixar um pedaço de tela na ponta do cano. Os materiais orgânicos são colocados no biodecompositor, que deve ser mantido tampado. "O adubo está pronto quando está praticamente sem cheiro, com aparência de húmus. Ele deve ser incorporado à terra dos canteiros", explica Luciana. Em cerca de 15 dias o chorume não é mais poluente e também pode ser usado na fertilização das plantas.

Merenda da horta

Na Escola Municipal Benvenutto Tacca, em Ouro Verde, 66 alunos do quarto e do quinto ano participaram da construção de dois biodecompositores durante as aulas de educação ambiental. Hoje eles usam os equipamentos para cuidar da horta onde são produzidos alimentos como alface, repolho, beterraba, temperos e chás para a merenda. "Os alunos veem na prática o que aprendem na sala de aula,

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se sentem motivados a fazer a sua parte e levam as ideias para casa", conta a extensionista.

Fonte: http://girasolsam.blogspot.com.br/2012/01/biodecompositor-simples-e-barato.html

Projeto do governo brasileiro usa produção de alimentos como método de ensino

Canal Rural - Letícia Luvison

Crianças de 70 escolas estão sendo ensinadas a partir do que cultivam em pequenas hortasUm projeto do governo brasileiro, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), está chamando a atenção no exterior. Crianças de 70 escolas públicas de todo o país estão sendo ensinadas a partir do que cultivam em pequenas hortas.

Representantes de 16 países estiveram em uma escola do município de Formosa, no interior de Goiás, para conhecer a iniciativa. O que as crianças aprendem serve para o ensino de diversas matérias na sala de aula. — A gente aprende a fazer produção de texto, texto sobre a horta, aprende a origem dos alimentos, faz mapa, desenha, traduz tudo para o inglês — comenta a estudante da 5ª série Kênia Cristina Vieira, 10 anos.

— Em Geografia eles podem trabalhar o solo. Eles trabalham Ciências com o desenvolvimento das plantas e os animais invertebrados que aparecem na horta. Na Matemática, situações problemas relacionadas à quantidade plantada, expectativa de colheita, interpretações de gráficos e tabelas. Aquilo que você aprende fazendo, colocando a mão na massa, é mais gratificante, o resultado é bem melhor — explica a coordenadora da horta, Ana Maria Gomes. A ideia de usar alimentos como método de ensino não veio por acaso. — Foi pelo aumento da obesidade, transição da desnutrição para a obesidade, essa americanização da alimentação. A horta traz esse cuidado, pensar de onde vem a comida, de como a gente se alimenta, que tipo de escolha a gente faz — explica o consultor da FAO, Juarez Calil.

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As aulas são preparadas de acordo com cada região. — A gente pode explorar a seca do sertão, semiárido, a realidade dos municípios à margem do Rio São Francisco. Cada prefeitura planeja dentro da sua autonomia, do sistema de ensino, a forma como ela vai explorar o projeto dentro dessa metodologia que articula as áreas de educação, nutrição e meio ambiente — comenta Calil. A novidade aplicada nas escolas brasileiras deve chegar em breve a Moçambique. — É diferente, porque nós trabalhamos mais no âmbito pedagógico e

não incluímos como componente em várias disciplinas. É uma experiência bastante positiva, que irei levar para lá

e acredito que, com mais tempo, conseguiremos atingir

os níveis que estão atingindo aqui no Brasil — comenta o engenheiro agrônomo de Moçambique, Hélder Carlos Vieira Diva.

Fonte: (//www.carapicuiba.sp.gov.br/secretaria-projetos.php//)

Afaste os insetos com citronela

Epagri - Cinthia Andruchak Freitas

O incômodo provocado pelos mosquitos pode ser resolvido de forma simples e com soluções caseiras, aproveitando as propriedades da citronela. Essa planta aromática, uma gramínea perene originária do sudoeste da Ásia, já se tornou comum em Santa Catarina. As folhas fornecem um óleo essencial utilizado na fabricação de repelentes, aromatizadores de ambientes, detergentes, perfumes, sabonetes, cremes e outros cosméticos. A planta repele mosquitos, borrachudos, traças e formigas. O óleo essencial tem efeito repelente sobre o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e também sobre mosquitos como o Anopheles dirus e o Culex quinquefasciatus. Alguns pesquisadores afirmam que o óleo de citronela afasta também besouros, baratas e fungos.

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Essa ação se deve a substâncias como o citronelal, o geraniol e o limoneno, presentes no óleo. “A detecção da citronela é ativada pelas proteínas dos poros do inseto, conhecidas como canais de receptores transientes de potencial. Quando esses receptores moleculares são ativados, enviam mensagens químicas ao cérebro do inseto, resultando em uma reação de aversão”, explica Antonio Amaury Silva Junior, pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Itajaí.

Para fazer em casa

Não é preciso gastar dinheiro para aproveitar os benefícios dessa planta. Soluções simples e ecológicas podem ser adotadas sem sair de casa: - Para afastar mosquitos em ambientes fechados, colha duas ou três folhas, corte-as em pequenos pedaços com uma tesoura e coloque-os em pires. Distribua os recipientes pelos ambientes da casa para espalhar a essência. - Deixe macerar 200g de folhas secas e rasuradas de citronela em 1L de álcool com concentração de 70% durante 10 dias em um frasco tampado e escuro. A cada dois dias, agite a mistura. Após a maceração, passe o líquido por um filtro de papel ou pano limpo e o acondicione em um recipiente hermético. O produto, que tem validade de 2 anos, pode ser usado em pulverizadores domésticos, velas aromáticas, tochas para pescaria, difusores, cremes dermatológicos, sachês e pout-porris. - Mantenha uma muda em um vaso dentro de casa e, sempre que quiser, corte um pedaço de uma das folhas para que a essência se espalhe mais. - Para evitar picadas de mosquitos, amasse e esfregue uma folha de citronela nos braços e nas pernas. - Ferva algumas folhas e faça uma espécie de chá para usar na limpeza de pisos. - As folhas podem ser queimadas em incensórios domésticos ou utilizadas em difusores elétricos. - A espécie é eficiente para evitar a erosão e pode ser plantada em encostas, barrancos, valas de drenagem, margens de rios e lagoas e em áreas ciliares.

Onde encontrar

Parente do capim-limão, a citronela cresce espontaneamente em clareiras, à beira de rios e em locais úmidos. Em Santa Catarina, é encontrada em várias propriedades rurais e pode ser cultivada no litoral, no Vale do Itajaí e no Extremo Oeste. Ela tolera os solos muito argilosos e mal drenados, não encharcados, mas não resiste a geadas. A espécie raramente floresce no Estado e, mesmo assim, as sementes não são férteis, por isso a multiplicação deve ser feita a partir da divisão de touceiras. Para conseguir mudas, informe-se com vizinhos ou converse com um técnico da Epagri. Para ter mais informações sobre a planta, entre em contato com os pesquisadores Airton Rodrigues Salerno, Antonio Amaury Silva Junior e Andrey Martinez Rebelo, da Estação Experimental

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de Itajaí, pelos e-mails [email protected], [email protected] e [email protected].

Horta Aprendizes 2012, Citronela em curva de nível

Manejo adequado da irrigação favorece a produtividade

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) - Da Redação

Pesquisadores da Embrapa explicam que ganhos variam de 10 a 30% e a redução do uso de água e energia gira em torno de 20 a 30%.A quantidade correta de água e o momento exato da irrigação são pontos-chave em um manejo adequado. Além de economizar água e energia, o controle pode assegurar um melhor desempenho em termos de produtividade e qualidade das hortaliças.Para que a irrigação seja eficiente e resulte em impactos positivos na lavoura, é necessário considerar fatores como o clima e o solo. Os dois são determinantes quando se trata de escolher o método de manejo de água mais apropriado para a irrigação. O pesquisador Waldir Marouelli, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explica a importância do manejo. Segundo Marouelli, alguns métodos de manejo da água de irrigação utilizam informações climáticas, como temperatura, umidade relativa do ar, vento e radiação solar, para calcular a quantidade de água que a planta consome. Em outros casos, a metodologia monitora somente a umidade do solo. “Neste caso, quem determina se a secagem do solo é mais rápida ou mais lenta é a planta que, inexoravelmente, está sendo afetada pelos fatores climáticos”, diz. O pesquisador Marcos Braga, também da Embrapa Hortaliças, esclarece que a demanda hídrica das plantas funciona, basicamente, “como as pessoas que, em dias mais quentes e secos, consomem mais água e vice-versa”. Quando o agricultor não reavalia constantemente essas condições durante o cultivo e simplesmente estabelece um critério fixo para a irrigação, deixa de otimizar o uso da água e o ganho com a produção.

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“Na horticultura, por exemplo, o produtor que não utiliza nenhum controle da irrigação e passa a adotar alguma técnica para manejo, como avaliar as condições climáticas ou empregar um sensor de umidade do solo, na média geral, obtém um aumento de 10 a 30% da produtividade”, estima Marouelli. Ele acrescenta que, por sua vez, a redução do uso de água e energia gira em torno de 20-30%. O gasto que o produtor tem com água e energia é muito menor diante dos recursos despendidos com a exigência nutricional e fitossanitária das plantas. Por conta disso, ele acaba por irrigar em excesso, o que favorece a incidência de doenças e compromete o pleno desenvolvimento das plantas. “O ponto de equilíbrio é importante porque a irrigação em excesso pode causar a lixiviação de nutrientes e, com o prejuízo da parte nutricional, a planta fica mais fraca e mais suscetível a doenças”, explica Braga.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia

Manutenção da qualidade das ordenhadeiras

RuralNews - Da Redação

Para o produtor de leite, a manutenção da qualidade e da higiene das ordenhadeiras é vital, tanto para evitar a queda da qualidade do leite, quando para assegurar o volume de produção, mantendo os lucros elevados e evitando possíveis prejuízos. Desta forma, devemos garantir o perfeito funcionamento das ordenhadeiras pois, do contrário, muitos problemas poderão surgir, como a mamite. Quando as vacas apresentam esse problema, o produtor pode esperar, certamente, aumento nos seus custos e a redução da produção. Haverá gastos com o tratamento (veterinários, medicamentos, etc.), possível morte de animais e o fatal comprometimento do leite produzido, que não pode ser comercializado. Além disso, como já mencionamos, há uma diminuição na produção total, causando mais prejuízos. Para que o criador tenha certeza de estar cumprindo seu papel adequadamente e se prevenindo contra todos esses problemas, deverá seguir certos procedimentos regulares de manutenção das

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ordenhadeiras e higiene do local, evitando ou reduzindo drasticamente a incidência de mamite ou outros problemas que afetem a produção, os animais ou a lucratividade do empreendimento.

As principais medidas de manutenção regular que devem ser adotadas são: - controlar o vácuo produzido pelas bombas, atentando para possíveis flutuações. todas as borrachas das teteiras devem ser vistoriadas constantemente e substituídas se necessário. - as borrachas devem ser constantemente limpas e desinfetadas. - acompanhamento constante das bombas e válvulas do sistema, garantindo o vácuo contínuo, sem flutuações. - monitorar e examinar o tecido mamário das vacas, antes e após cada ordenha, para verificar possíveis irritações ou anomalias. - devemos, também, ressaltar a grande importância de se adquirir ordenhadeiras de boa qualidade, de empresas idôneas, que disponham de uma assistência técnica eficiente, rápida e que não haja problema de reposição de peças. Todas as rotinas realizadas antes, durante e depois da ordenha contribuem para que se garanta a qualidade e a produtividade. As pessoas que lidem, principalmente com as teteiras, devem tomar todo o cuidado necessário para não contaminarem diretamente as tetas ou indiretamente, através das borrachas que ficam em contato direto com a vaca, durante a ordenha. Mãos limpas, uma sala de ordenha higienizada e cuidado no manuseio dos equipamentos são vitais para que haja uma higiene adequada.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/

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