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UNIVERSIDADE DO ALGARVELÍNGUAS, LITERATURAS E CULTURAS
– LLCLITERATURA GREGA
ALESSANDRA CORRÊAROMANCES GREGOS
Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega
Os Romances Gregos A data dos romances gregos, vão do século
II a VI d.C; Diferente dos outros gêneros literários
tradicionais, o Romance não traz consigo o peso de funções sociais ou religiosas.
Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega: Os Romances Gregos
De acordo com Mikhial Bakhtin, o romance grego ou sofista traz "um tempo de aventuras profunda e meticulosamente desenvolvido". Alguns deles chegaram até nós de modo integral.
Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega: Os Romances Gregos
Características: O final feliz ...
O herói romanesco é passivo aos golpes de fortuna, seus objetivos se resumem a tradicional frase dos contos de fadas: “e viveram felizes para sempre”.
Os romances se fundem nos ideias familiares e burguês.
As histórias giram sempre em torno de um casal que se encontra de modo inesperado. Ambos são extremamente belos e se apaixonam instantaneamente. Então uma série de situações complicadas acabam por mantê-los separados, até que, ao final, ocorre o casamento.
Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega: Os Romances Gregos
As Efisíacas de Xenofonte de Éfeso
Ântia e
Habrócomes
Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega: Os Romances Gregos
Sobre o autor:Xenofonte de Éfeso
O único documento referindo-se ao autor encontra-se na Suda, onde diz:
“Xenofonte de Éfeso, historiógrafo. [ Autor da Efesíacas, uma história de amor em dez livros em torno de Habrócomes e Ântia, e de Acerca dos Éfesios, entre outras obras”. (In Suidae Lexicon, pars III, Stuttgart, Teubner, 1967, p.495).
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Sobre o Romance Situa-se esse Romance no século II da nossa era,
entre 125 e 200 d.C.
A partir da informação dada pela Suda chegamos a conclusão que esta obra que possuímos é um epítome da obra original composta por 10 livros.
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Estrutura do Romance
É uma narrativa fechada, sendo o ponto de partida do texto o mesmo ponto de chegada;
A cidade de Éfeso tem um papel importante na narrativa;
Ele segue o padrão narrativo dos outros romances.
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Inicio do amor entre dois jovens de rara beleza;
A separação contra a sua vontade;
O reencontro do par amoroso após múltiplas contrariedades.
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Personagens Nesta obra faz-se alusão a 44 personagens, individuais e coletivas:
Ântia ( flor em botão) e Habrócomes ( cabelo delicado) – protagonistas;
Hipótoo – pirata, personagens importantes no gênero do romance; Corimbo – pirata que se apaixona por Habrócomes; Euxino – pirata que se apaixona por Ântia ( junto com Corimbo
armam uma forma de separar o casal); Manto – filha de Apsirto, que comprara o jovem casal, também se
apaixona por Habrócomes (II, 4-6); Hiperantes – jovem pelo qual Hipótoo se apaixona; Rode e Lêucon – jovens servos do par protagonista; Os pais de Ântia ( Megamedes e Evipe) e de Habrócomes
( Licomedes e Temisto);
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«Que belo é Habrócomes!»; «Que imagem única de um deus belo!» Houve até quem acrescentasse: «Que casal formariam Habrócomes e Ântia!».Estava aqui o começo da armadilha tramada por Eros. Com efeito, eles não tardaram a ter-se um ao outro no pensamento: Ântia ansiava por ver Habrócomes; e Habrócomes, até ao momento ainda não atingido pelo amor, queria ver Ântia.“
Xenofonte de Éfeso, As Efesíacas - Ântia e Habrócomes, trad. Vítor Ruas, Lisboa: Edições Cosmos, 2000, L.1, p. 6.
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Resumo O arranque da ação é dado por Eros, deus do amor;
O casal se encontra na festa em honra de Ártemis, assim a paixão dos jovens irá surgir abençoada pela deusa;
Eles, doentes de paixão, são enviados para o oráculo de Apolo. ( I, 6, 2- pag. 9);
Várias coisas vão acontecendo no decorrer da narrativa com os protagonistas, colocando-os sempre em perigo, mas que no fim sempre se salvam;
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Alguns Sofrimentos que se abatem sobre eles: Piratas no mar, salteadores em terra; Escravatura, prisão; Assédio sexual, acusações e condenações injustas; Morte aparente, espancamento, prostituição;
O sonho também tem um aspecto importante no decorrer da narrativa ( V, 8, 5);
O narrador também faz intervém narrativa com comentários ( I, 12, 3);
As coisas que lhes ocorrem causam a separação dos protagonistas.
A beleza deles é a causa, da maior parte de suas desgraças; ( V, 5, 5);
Há várias mudanças de plano, como em uma novela ( 32 mudanças de plano narrativo).
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Dáfnis e Cloé (Δάφνις και Χλόη) de Longo
Dáfnis e Cloé. Escultura de Jean-Pierre Cortot (French, 1787–1843)
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Sobre o autor:Longo (Λόγγος)
Sobre a vida Longo, praticamente nada se sabe, até mesmo o seu nome oferece dúvidas.
Foi um escritor grego. Viveu no século II d.C;
Acredita-se que tenha nascido na ilha de Lesbos e que exerceu as funções de professor de Retórica na Itália.
Escreveu a obra Dáfnis e Cloé na segunda metade do Século II d.C.;
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Sobre o Romance Foi escrito no século II d.C.;
Composta de um prólogo e quatro livros;
É mais tido como uma novela do que com um romance;
A história é característica por se desenrolar apenas em um único local;
Tem como tema: a descoberta do amor por dois pastores jovens e puros;
Dois jovens vivem no campo, se apaixonam intensamente, em plena harmonia com a natureza e sob a bênção dos deuses.
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O ambiente é rústico e campesino, no qual se desenrola toda a trama;
A trama tem um tom atemporal, já que o tempo não é cronológico, mas sim, marcado pela sucessão das estações do ano;
A narrativa é estática, ou seja, não existem os deslocamentos territoriais e Longo privilegia os temas relativos ao amor, à natureza, à religião e à música.
A sensualidade e o erotismo serão uma constante dentro da narrativa;
A natureza é o cenário principal de toda a trama.
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Personagens Dáfnis e Cloé – protagonistas;
Dórcon – boiadeiro que se apaixona por Dáfnis;
Filetas – o velho sábio que os revela o mistério do Amor;
Os piratas;
Lamon e Mirtalê – pais adotivo de Dáfnis;
Drias e Napê – pais adotivos de Cloé;
Licênion – mulher do lavrador Crômis.Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega: Os Romances Gregos
O livro através das estações Primavera (éaros)
Dáfnis e Cloé são crianças alegres e inocentes;
O que vai marcar a personalidade de Dáfnis e Cloé nesta estação é a ingenuidade, a simplicidade e o total desconhecimento do amor.
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Verão (theros) Dáfnis e Cloé vivem um clima de
descobertas de novas sensações e de um envolvimento maior;
É nessa estação que a chama do amor entre Dáfnis e Cloé cresce e eles ficam enfeitiçados um pelo outro;
O que marca nesta estação é a fertilidade, a abundância e o poder de renovação .
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Outono
É nesta que estação que eles começam a desvendar o que é o amor;
O que marca esta estação são as perdas e os ganhos;
Eles começam a viver os prazeres do amor.
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O beijo
abraços
deitarem-se no chão nus
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O inverno
O tempo da recolha e da conservação;
Para o jovem casal esse tempo representação inquietação e tristeza;
Para eles era um tempo de espera;
É aqui que eles percebem que não podem nem conseguem mais está separados;
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Os amores de Leucipe e Clitofonte de Aquiles Tácio
Leucipe e Clitofonte
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Sobre o autor:Aquiles de Tácio
Pouco se sabe sobre esse autor;
Era de Alexandria, escreveu a história de amor de Leucipe e Clitofonte em oito livros;
Foi cristão e bispo no fim da vida;
Acredita-se que viveu durante ou antes do século II;
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Sobre o Romance Obedece um esquema padrão:
São dois jovens belos e de nível social elevado que se apaixonam ao primeiro olhar;
Oposição dos pais e separação; Fuga e viagem para Egito;
A aventura leva-os a situações como raptos, paixões e naufrágios;
A morte aparente; Fidelidade e virgindade ( da moça);
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Personagens Há como de costume no universo romanesco um número incontável de
personagens;
Leucipe e Clitofonte – os protagonistas;
Clínias; Cáricles; Menelau; Sátiro; Clio e Panteia; Cónope; Cármides e Quéreas; Mélite e Melanto; O sacerdote de Ártemis; Tersandro e Sóstenes. Universidade do Algarve – FCHS/LLC – Literatura Grega: Os Romances Gregos
O Romance ... Leucipe estava prometido em casamento a Calígone ( meia irmã dele),
mas acaba por se apaixonar por Leucipe ( sua prima) ao conhece-la;
Após ele tentar seduzi-la e ser pego em flagrante pela sua mãe eles acabam por fugir;
Várias tragédias vão lhe acontecendo;
Separam-se e algum tempo depois reencontram-se (III, 18-21);
Após uma acusação e condenação à morte Clitofonte é declarado inocente e embarca para Éfeso, assim como Leucipe. E enfim, se casam.
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Referências Bibliográfica LONGO. Dáfnis e Cloé. Tradução Denise Bottmann – Campinas, SP: Pontes, 1990. 184
p. BAKHTIN, Mikhail. Questões de Literatura e Estética: A Teoria do Romance. Tradução:
Aurora Fornini Bernardini et alii. São Paulo: Editora Unesp, 1993. CARVALHO, Elisa C. B. de. Aspectos técnicos e estilísticos da obra de Longo
Sofista Dáfnis e Cloé. Capa numero 25 da Revista Principia. São Paulo, 2012.
TÁCIO, Áquiles. Os amores de Leucipe e Clitofonte. Tradução: Abel N. Pena. Lisboa: Editora Cosmos, 2005. 200 p.
ÉFESO, Xenofonte de. As Efisíacas Ântia e Habrócomes. Tradução: Vitor Ruas. Lisboa: Editora Cosmos, 2000. 68 p.
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A1fnis_e_Clo%C3%A9 ; http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=es&u=http://
es.wikipedia.org/wiki/Carit%25C3%25B3n&prev=search; http://lusios.blogspot.pt/2013/06/habrocomes.html;
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