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Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT Campus Universitário do Araguaia Centro Acadêmico de Geografia – CAGEO Pedologia e Manejo de Solos Adelcides Fernandes Deuseli Cristina Campos Da Silva Francisco Sousa Lira Rosiléia Dias dos Santos Vanessa Caroline Lemos

Trabalho de pedologia

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Page 1: Trabalho de pedologia

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT

Campus Universitário do Araguaia

Centro Acadêmico de Geografia – CAGEO

Pedologia e Manejo de Solos

Adelcides Fernandes

Deuseli Cristina Campos Da Silva

Francisco Sousa Lira

Rosiléia Dias dos Santos

Vanessa Caroline Lemos

Barra do Garças-MT

2013/2

.

Page 2: Trabalho de pedologia

1

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT

Campus Universitário do Araguaia

Centro Acadêmico de Geografia – CAGEO

Aula de Campo- Processos Pedogenéticos, Fatores e Processos

de Formações de Solos, Horizontes e Texturas

Barra do Garças-MT

2013/2

Este trabalho foi elaborado em Aula de campo, com a disciplina de Pedologia e Manejo de Solo.Docente: Prof. Eduardo Viera.Realizado na região de Barra do Garças, Pontal doAraguaia e sentido a Torixoréu no dia 21/12/2013.Fizemos algumas paradas ao longo do trajeto, para estudo prático e colocamos anotações em cadernetas, que foram transcritos para este relatório, com auxílio dos discentes de nosso grupo.

Page 3: Trabalho de pedologia

2

"Compreender a felicidade de que o solo sobre o qual tu

e manténs não pode ser maior que os dois pés que o

cobrem. "Franz Kafka.

Page 4: Trabalho de pedologia

3

Agradecimentos.

A todos os que colaboraram neste trabalho, com críticas,

sugestões, participações na discussão e elaboração dos textos,

identificação e correção de erros, em especial o professor.

Page 5: Trabalho de pedologia

4

Introdução

Objetivo e metodologia:

A área de estudo localiza-se no estado de Mato Grosso, entre os municípios de Barra do

Garças, Pontal do Araguaia e sentido Torixoréu.

Foram estudados diferentes tipos de rochas e solos (magmáticas ou ígneas, metamórficas e

sedimentares), (Latossolos, solo argiloso, Gleissolos, Neossolos e outros) e (Horizontes)

realizados no âmbito da disciplina de Pedologia e manejo de Solo.

Pedologia: camada viva que recobre a superfície da terra, em evolução permanente, por meio

da alteração das rochas e de processos pedogenéticos comandados por agentes físicos,

biológicos e químicos . Esta é a ciência que estuda a formação do solo, e foi iniciada na

Rússia por Dokuchaiev no ano de 1880.

Este trabalho tem por objetivo principal organizar e discutir, de forma didática, atitudes e

procedimentos. Não se aprende a conhecer solos apenas em textos. É preciso ter contato

físico, olhar, apalpar, cheirar, ouvir o som que produz ao ser esfregado ou socado e até – em

certas circunstâncias – conhecer seu

sabor. É preciso criar experiência ao repetir experimentos e analisar seus resultados, aprender

com os erros cometidos, comparar índices e propriedades com comportamentos e sempre ter

em mente uma importante diferença entre os solos e os outros materiais utilizados na

Pedologia e manejo de solo: solos são extremamente heterogêneos. Por causa dessa

heterogeneidade, as principais ferramentas de análise para estudar e conhecer um solo são

estatísticas.

Page 6: Trabalho de pedologia

5

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

CAPÍTULO 1-1ª PARADA ..............................................................................................6

1.1-Solos............................................................................................................................12

1.2-Clima...........................................................................................................................15

CAPÍTULO 2-2ª PARADA.............................................................................................17

2.1-O processo de formação de solo................................................................................19

2.2-Pedogênese................................................................................................................22

2.3-Intemperismo.............................................................................................................29

CAPÍTULO 3-3ª PARADA............................................................................................33

CAPÍTULO 4-4ª PARADA............................................................................................43

CAPÍTULO 5-5ª PARADA............................................................................................45

CAPÍTULO 6-6ª PARADA...........................................................................................48

CAPÍTULO 7-7ª PARADA...........................................................................................49

CAPÍTULO 8-8ª PARADA...........................................................................................50

CAPÍTULO 9-9ª PARADA...........................................................................................51

CAPÍTULO 10-10ª PARADA.......................................................................................52

CAPÍTULO 11-11ª PARADA.......................................................................................54

CONCLUSÃO...............................................................................................................57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................59

LISTA DE FIGURAS...................................................................................................61

LISTA DE TABELAS..................................................................................................63

Page 7: Trabalho de pedologia

6

CAPÍTULO 1

1° PARADA: Jardim Amazonas II.

Localização: S: 15° 52’419 W: 52° 13’955 Altitude: 367 m.

Sempre que vamos fazer o conhecimento Pedológico precisamos conhecer a

geomorfologia e a Geologia da região.

Primeiramente é preciso conhecer a geomorfologia do lugar.

Como explicar um solo argiloso. Possui consistência fina e é impermeável a

água. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, encontrada

principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo de

solo é bom para a prática da agricultura, principalmente para a cultura de café.

Na região litorânea do Nordeste encontramos o massapé, solo de cor escura e

também muito fértil.

Solo argiloso possui mais de 30% de argila na sua composição de partículas

sólidas. Esse tipo de solo possui grãos muito pequenos (micrósporos). Como os

espaços entre os grãos, os poros, também são muito pequenos, eles retêm

mais água. Assim, o solo argiloso costuma ficar encharcado após uma chuva.

Quando está seco e compacto, sua porosidade diminui ainda mais, tornando-o

duro e ainda menos arejado. Possui consistência fina e é impermeável a água e

todos os outros líquidos.

Um pacote de 60 metros com arenito na Serra Azul com materiais

diferenciados, já foi uma bacia sedimentar onde podemos encontrar arenito,

calcário, agilita e apresenta uma rocha mais dura.

Como saber o que são Formações?São materiais diferentes encontrados no solo

da região.Entendendo a variação de bacias hidrográficas, entende-se os pacotes

de materiais encontrados.

Aqui em nossa região encontra-se muito arenito,mas também argilito e

folhelho e siltito. Cada tipo de material dá origem a determinados tipos de

rochas.

Sedimentos vindos de leito do rio possui quartzo, e vêm junto areia.

Page 8: Trabalho de pedologia

7

No bairro do conhecido BNH encontra-se arenito com coloração mais clara, e é

exposto um pacote diferente.

Estamos em uma bacia sedimentar, e não se encontra basalto, por

exemplo.Locais de derrames basálticos formam solos de qualidade, como os

litossolos.Conhecida como terra roxa estruturada, rica em FE. Seu horizonte D

possui blocos qua variam o teor de argila.Em nossa região dificilmente

encontramos esse tipo de solo.

Arenito é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de um

material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente

por quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou

impurezas. É a presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos

arenitos; por exemplo, grandes quantidades de óxidos de ferro, fazem esta

rocha vermelha.

O arenito é depositado em ambiente continental, nos rios e lagos, ou em

ambiente marinho, em praias, deltas ou nas sequências turbidíticas do talude

continental.

Os arenitos são rochas lapidificadas constituídas por areias aglutinadas por um

cimento natural, que geralmente caracteriza a rocha. São rochas também

designadas por grés e muitas vezes são classificadas pela natureza do cimento.

Os arenitos argilosos têm um cimento constituído por argilas.

Os arenitos calcários são fundidos por rochas magmáticas e granito de cimento,

em geral, de carbonato de cálcio (calcite) fazer efervescência fácil com os

ácidos. Se o cimento do arenito for dolomite (carbonato de cálcio e magnésio)

a efervescência é menos nítida.

Os argilitos são rochas sedimentares lutáceas (granulação de argila, menor que

0,004 mm) maciças e compactas, sendo compostas por argilas litificadas, isto

é, argilas compactadas e exibindo orientação dos minerais foliados. São rochas

Page 9: Trabalho de pedologia

8

sedimentares, de granulação finíssima, poucos mícrons e por isso untuosa ao

tato. É uma das rochas sedimentares mais abundantes, o que lhe dá grande

importância geológica; no entanto, por serem de granulação tão fina e tão

difíceis de estudar, estão entre as menos compreendidas. Possuem de cor de

cinza até preta, amarela, verde ou avermelhada. Os principais constituintes

destas rochas são os minerais argilosos, que são silicatos hidratados de

alumínio. A presença de argila, seja como impureza num sedimento qualquer

(por exemplo num arenito ligeiramente argiloso), seja no estado puro, faz com

que o sedimento produza o cheiro característico de moringa nova, quando

umedecido com um simples bafejar bem próximo à amostra. Os argilitos são

rochas argilosas muito firmemente endurecidas, desprovidas de clivagem

ardosiana, e sua formação implica alguma recristalização do material original.

Estas rochas argilosas, quando apresentam a propriedade denominada

fassilidade, de modo que podem se partir (esfoliar) segundo camadas finas e

paralelas, levam o nome de folhelhos.

Folhelho, ou xisto fino1 é o nome dado a uma rocha sedimentar de origem

detrítica, que pertence ao subgrupo das rochas argiláceas, devido à natureza

dos seus principais constituintes. É por vezes confundida com a rocha

metamórfica xisto2 3 . Os depósitos detríticos de xisto argiloso ou folhelho

estão sujeitos a interposição de cimentos, ou compressões, e por isso são não-

móveis, sendo apelidados de rochas argiláceas consolidadas. Devido às

pressões acima referidas, e da disposição orientada das minúsculas placas

minerais que formam as rochas argilosas, apresentam-se mais ou menos

foliadas, na direção correspondente à dos planos de estratificação.

Os xistos argilosos são rochas que possuem grãos do tamanho da argila, mas

diferenciam-se dos argilitos porque possuem lâminas finas e paralelas

esfoliáveis, enquanto que os argilitos apresentam um aspecto mais maciço,

compactado e endurecido. Podem sempre riscar-se ou cortar-se com um

canivete. Quando bafejados, dão um cheiro a barro mais ou menos intenso. Tal

como as argilas, podem ter uma cor muito variada: amarelada, vermelha, parda,

acastanhada, cinzenta a negra, e até esverdeada. Também podem conter

minerais acessórios como os carbonatos, pirite, gesso, etc. 4

Page 10: Trabalho de pedologia

9

O folhelho é uma importante rocha selante para o acúmulo de hidrocarbonetos,

impedindo a ocorrência de poços.

Figura1:Arenito

Disponível em : http://gaea-habitat.blogspot.com.br/2012/12/os-arenitos-artisticos-da-

fronteira.html Acesso em :10/01/14

Page 11: Trabalho de pedologia

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Figura 2: Arenito

Disponível em: http://www.iplay.com.br/Imagens/Divertidas/0.79/Arcos_De_Arenito_Natural_Belezas_Raras_Do_Arches_National_Park_Nos_Estados_Unidos Acesso em 12/01/14

Figura 3:Arenito. Disponível em: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/sedimentares/arenitos.html Acesso em :12/01/14

Page 12: Trabalho de pedologia

11

Figura 4:Arenito

Disponível em : < http://www.infoescola.com/geografia/tipos-de-rochas-e-minerais/> Acesso em: 12/01/14

1.1 SOLOS:

Page 13: Trabalho de pedologia

12

As principais classes de solos caracterizadas em campo são descritas abaixo:

Latossolos: ocorrem associados as áreas de relevo plano,as suaves onduladas

aparecem nas porções centrais do parque, são classificados como latossolo

vermelho-amarelo distrófico, com horizonte A moderado, textura argilosa.

Ocorrem associados com os latossolos os solos concessionários distróficos com

B latossólico, horizonte A moderado, textura indiscriminada, assim como

localmente ocorrem areias quartzosas.

Figura 5:Latossolo “Ponto descrito: Sul: 15° 51’09” Oeste: 52° 15’58” .Fonte Própria.

Neossolos: ocorrem associados aos relevos moderadamente ondulados a

fortemente ondulados, representam a classe com a maior distribuição areal no

Page 14: Trabalho de pedologia

13

parque, sendo classificado como solos itálicos, distróficos, de horizonte O

moderado a fraco, textura média a indiscriminada (figura 08). Estão

intimamente associados com afloramentos rochosos, localmente passam a

cambissolos. Ponto descrito: Sul: 15° 50’50” Oeste: 52° 16’17”.

Figura 6: Neossolos.Fonte Própria.

Gleissolos: ocorrem associados a zonas mais úmidas e de relevo plano na área

do parque, classificado como solos glei pouco húmico, distrófico, com argila

Page 15: Trabalho de pedologia

14

de atividade baixa, horizonte A moderado, textura média a indiscriminada.

Localmente passam a hidro mórficos.

Ponto descrito: Sul: 15° 49’13” Oeste: 52° 12’17”

Figura 7:Localização da cidade de Barra do Garças-MT.Fonte Própria.

Page 16: Trabalho de pedologia

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Figura 8:Mapa Ilustrado da cidade de Barra do Garças-MT.

Disponível em: http://www.observatoriogeo.ggf.br/proj_rosa_ventos/mapa_tur_cidade_brasil.php Acesso em: 12/01/14

1.2 CLIMA:

O Clima do parque Estadual da Serra Azul é caracterizado por apresentar um

regime de clima tropical com duas estações bem definidas e o período de seca

de 4- 6 meses. As precipitações anuais são da ordem de 1.200 a 1.800 mm, se

inicia em setembro, outubro e se prolonga a até março e abril.

A temperatura média anual é de 22 a 25 C, com umidade

relativa em torno de 70%, podendo chegar ate menos de 30% nos meses de

maio a setembro.

De acordo com a classificação de Kóppen o clima dominante é do tipo tropical

chuvoso, pertencente ao Grupo A, tipo Aw – clima quente e úmido, com verão

úmido e inverno seco – possui uma estação seca bem acentuada, que coincide

com o inverno, precipitação média anual em torno de 1.200 – 1.600 mm e

temperatura média em torno de 22C. O período de outubro a abril registram as

maiores precipitações pluviométricas.

Page 17: Trabalho de pedologia

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Tabela 1: Climograma da região.Fonte Própria.

Climograma

Figura 9: Climograma de Barra do Garças-MT

Disponível em: http://es.climate-data.org/location/43177/ Acesso em:12/01/14

Page 18: Trabalho de pedologia

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Barra do Garças é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Das Serras que o circundam brotam vários córregos, que em sua descida para o rio, vêm criando dezenas de cachoeiras de beleza incontestável. Barra localiza-se no centro geodésico do Brasil e também é conhecida como Portal da Amazônia onde se inicia o paralelo 16.]

Localiza-se a uma latitude 15º53'24" sul e a uma longitude 52º15'24" oeste, estando a uma altitude de 318 metros. Sua população em 2011 era de 56.903 habitantes. Possui uma área de 9.142,008 km². Está em conurbação com os municípios de Pontal do Araguaia, de Mato Grosso, e Aragarças, de Goiás, sendo separado destes apenas pelos Rios Garças e Araguaia.

Encravado aos pés da Serra Azul, um braço da Serra do Roncador, o município é banhado pelos Rios Araguaia e Garças.

A altitude está entre 320 metros e a temperatura média anual 21°C (podendo chegar aos 4°C e aos absolutos 40°C), com duas estações bem definidas: verão chuvoso de outubro a maio, e inverno] seco de junho a setembro. A baixa umidade relativa do ar durante os meses de agosto e setembro pode ficar inferior a 12%.

CAPÍTULO 2

2° PARADA: Jardim Amazônia I (Borda da Serra Azul.)

Sul: 15° 52’686 W: 52° 14’813 Altitude: 375 m.

Figura 10:Fonte Própria

Foi feito um corte na vertente para observar a estrutura geológica em nossa

região, que irá formar esse solo de coloração bem clara.

Page 19: Trabalho de pedologia

18

Se colocarmos na mão dá para sentir o teor de argila e uma textura argilosa.

O hor C é bem característico, camada de rocha que foi transformada, e

encontram resquícios da rocha matriz. E pode encontrar uma formação de Hor

A, com bastante areia, arenoso com alguma vegetação. Não possui Hor B, vão

do A ao C, e encontram algumas vezes o Hor R também.

Nessa área a infiltração de água não é favorecida. Com a precipitação, o

horizonte superficial está sendo levado. A pedogênese não se desenvolve em

sua plenitude. A camada superficial é muito fina.

Aonde temos uma ação morfogenética (esculpindo o relevo) a pedogênese não

consegue se desenvolver bem.

Nessa área não ocorre muito deslizamento, ocorrem quedas de blocos,

rolamentos e tombamentos.

E existe uma variação muito pequena de temperatura entre o dia e a noite, para

haver fragmentação.Ocorre um processo químico e biológico.

As camadas são horizontais, pois são momentos distintos de sedimentação

diferenciados. O arenito é friável, é muito fácil ocorrer no pacote de rochas, a

retirada dos materiais e tombamentoe queda de blocos.

Page 20: Trabalho de pedologia

19

2.1 O processo de formação do solo:

Na parte mais alta tem rocha exposta e quase não tem processo de formação de

solo.

Definindo horizontes:

Horizonte C: Saprólito:- Parte do perfil de alteração de um solo em que aparece

a rocha alterada, mas ainda mantendo muitas de suas estruturas e restos de

minerais em processo de alteração, principalmente os feldspatos.

O saprólito tem importante uso em obras de construção, onde é comumente

chamado de saibro.

Deixando de ter a rocha inteiramente consolidada para ter fragmento de rocha

intemperizada já desgastada. Para ter um processo evolutivo onde podemos

encontrar pedaços de rochas que sofreu processo químico, físico.

O minério de manganês laterítico foi classificado como sendo de pequeno porte

estando presente de forma dispersa no saprólito, como grãos, seixos, matacões

Page 21: Trabalho de pedologia

20

e bloco de minério maciço, não apresentando um corpo de minério. Na área do

depósito, já explorado nos seus níveis mais ricos, ainda apresentam vestígios

dos horizontes lateríticos lavrados, com porções remanescentes de minério de

manganês e couraça ferruginosa.

Figura 11: Horizontes. Fonte Própria.

No horizonte c encontra-se o processo de transformação para resquícios de

rocha matriz no solo.

Provável Horizonte A parte mais escura com raízes e com uma grande

quantidade de areia.

Figura 12: Fonte própria.

Page 22: Trabalho de pedologia

21

Já a textura da rocha bastante arenosa, é uma característica do solo desse lugar

estudado.

Solos arenosos possuem cerca de 70% de areia em relação ao total de

partículas sólidas. Apresenta poros grandes (macro poros) entre os grãos de

areia pelos quais a água e o ar circulam com relativa facilidade. Por isso, nos

solos arenosos em geral o escoamento de água através dos poros costumam ser

rápido e secam rápido após as chuvas. Nesse escoamento, a água pode levar

consideravelmente sais minerais, contribuindo para tornar o solo pobre desses

nutrientes. O solo arenoso possui consistência granulosa como a areia. Muito

presente na região nordeste do Brasil, plantas e micro-organismos se

desenvolvem com mais dificuldade nesse tipo de solo.

Para que a pedogênese aconteça é necessário que certas características

favoráveis propiciem, por exemplo, o intemperismos, o clima e o relevo.

Tabela 2: Quantidade de areia e argilas em um determinado Horizonte.Fonte Própria.

Page 23: Trabalho de pedologia

22

2.2 Pedogênese: Segundo Ruellan (1993), as estruturas da cobertura

pedológica são elaboradas (pedogênese) a partir de quatro tipos de

mecanismos:

Os mecanismos de alteração da rocha e de seus constituintes.

Os mecanismos biológicos e a produção de materiais orgânicos.

Os mecanismos de liberação, migração e de acumulação dos

constituintes orgânicos e minerais .

Os mecanismos de arranjo e de agregação dos constituintes.

Estes quatro mecanismos são interdependentes entre si e com outros elementos

e fatores do ecossistema:

Clima;

Rocha;

Relevo;

Vida.

Este enfoque permite levar em conta as evoluções antigas e atuais que

definiram os conjuntos geomorfológicos e pedológicos presentes na paisagem.

Page 24: Trabalho de pedologia

23

Vários processos tem uma ação conjunta de pedogênese-geomorfogênese,

como por exemplo:

Aluvionamentos nas planícies;

Erosão em vertentes;

Oscilação do lençol freático e concrecionamento ferruginoso;

Rapidez da alteração conforme a natureza da rocha

A consideração das características históricas da evolução do solo constitui-se

num critério importante para a previsão do seu comportamento frente uma

mudança introduzida no Sistema Bi geodinâmica, que é o conjunto de

interações entre os elementos e processos formadores da paisagem. São

exemplos de agentes importantes na transformação: Desmatamento, a

introdução da agricultura, urbanização, a substituição de uma técnica manual

por uma mecanizada e vice-versa, mudança no regime hídrico decorrente de

uma irrigação ou de uma drenagem, etc . Uma vez que a história do solo, sua

situação atual e suas tendências estão traduzidas na sua morfologia, o estudo

aqui proposto será baseado no estudo morfológico do solo.

RUELLAN, DOSSO e FRITCH(1989), propõem uma

definição e um método para o estudo do solo que tem como

fundamentos a análise da natureza e do arranjo dos

constituintes dos solos e seus processos característicos do

meio " solo" e suas relações com a atividade biológica na

sua ampla escala, da atividade bacteriológica à ação

humana. O solo é formado por minerais e compostos

orgânicos que podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.

Estes constituintes estão organizados, uns em relação aos outros formando

estruturas que são específicas do solo e que são configurações equivalentes à

anatomia de um ser vivo. Quatro tipos de estruturas correspondem à quatro

diferentes escalas de organização do solo:

Page 25: Trabalho de pedologia

24

As organizações elementares ;

As assembléias ;

Os horizontes ;

Os sistemas pedológicos ;

O Impacto Ambiental do Uso do Solo.

Vários trabalhos têm demonstrado o importante papel que o homem exerce

sobre o solo e uma vez que o solo mantém estreitas relações com o relevo, com

o regime hídrico e com a cobertura vegetal, quaisquer alterações introduzidas

num destes elementos produzirá alterações no solo .

CHAUVEL (1977), estudando solos africanos, determinou

a relação entre importantes alterações produzidas no solo

pela atividade antrópica. Modificações nos processos

pedogenéticos alterando sensivelmente o ritmo natural de

evolução. Algumas dessas mudanças decorreram de um

processo secular de ocupação, outras de intervenções

recentes. O mesmo pesquisador, estudando solos da

Amazônia brasileira, observou modificações profundas nas

estruturas e nos fluxos internos do solo, decorrentes de uma

única ação humana, o desmatamento.

CHAUVEL (1990) RUELLAN (1987), estudando solos

africanos submetidos à irrigação, também constatou

profunda mudanças nos processos pedogenéticos,

decorrentes da ação humana. Em geral, no Brasil a

ocupação agrícola de uma paisagem inicia-se pelo

desmatamento. O desmatamento traz modificações

importantes no solo, alterando principalmente a

temperatura do solo, o balanço hídrico e o ciclo da matéria

orgânica. MONNIER(1970)

As condições térmicas que influenciam os processos pedogenéticos são

sensivelmente alteradas. Com a eliminação da cobertura vegetal há uma

Page 26: Trabalho de pedologia

25

drástica modificação do microclima que interfere no equilíbrio da atividade

biológica do solo. A insolação direta no solo eleva sua temperatura

sensivelmente alterando a atividade biológica, o desenvolvimento radicular e

os processos pedogenéticos associados.

A cobertura vegetal exerce uma ação determinante sobre o balanço hídrico. A

influência da vegetação manifesta-se primeiramente sobre as condições de

infiltração da água das chuvas, nos horizontes superficiais. Alterações na

vegetação alterarão as condições de infiltração, produzindo encharcamentos,

compactações e erosões nas épocas de chuva . E dessecamentos extremos nas

épocas secas .

A cobertura vegetal influencia diretamente o ciclo biológico e

consequentemente o meio biogeoquímico no qual evolui o solo, alterando não

só as características morfológicas relacionadas à atividade biológica e à matéria

orgânica, como as características químicas, diminuindo as bases trocáveis,

alterando o PH etc..

Assim, podemos observar que só o desmatamento por si só já traz uma série de

mudanças significativas, comprometendo o equilíbrio do meio e da atividade

agrícola.

As operações posteriores ao desmatamento, como as arações, gradagens,

subsolagens, adubações químicas, trânsito de maquinarias pesadas, uso de

venenos, irrigação etc, completarão o rol de mudanças que se processarão no

solo, as quais em geral o levarão a um empobrecimento químico e biológico

num primeiro momento e que posteriormente poderão até acarretar sua

destruição física.

No entanto a ação humana pode se dar no sentido inverso . Muitas práticas

agrícolas visam minimizar o efeito devastador do desmatamento e da

movimentação mecânica, restituindo a matéria orgânica no solo, protegendo-o

contra o efeito direto da chuva e da insolação, procurando enfim dar condições

à atividade biológica.

Page 27: Trabalho de pedologia

26

Práticas como a adubação verde e o pousio, tem um efeito surpreendentemente

rápido e benéfico sobre o solo porque de certa forma recompõe o equilíbrio

biológico eliminado pelo desmatamento, sobretudo através de uma importante

reposição da matéria orgânica.

Outras atividades como a agrosilvicultura podem restituir o equilíbrio do solo

em níveis que mantenham sua capacidade produtiva e a estabilidade do meio.

As principais características do solo que são modificadas pela ação antrópica:

Estruturas ;

Textura ;

Cor ;

Porosidade ;

Densidade ;

Atividade biológica ;

Níveis e formas da matéria orgânica ;

Capacidade de trocas catiônicas ;

PH ;

Temperatura ;

Capacidade de retenção de água ;

Qualidade e sentido dos fluxos internos etc.

Page 28: Trabalho de pedologia

27

Figura 13: Mecanismos que atuam no Processo Pedogenético.

Disponível em: http://marianaplorenzo.com/2010/10/15/pedologia-intemperismo-e-pedogenese/ Acesso em: 12/01/14

Page 29: Trabalho de pedologia

28

Figura 14: Elementos que auxiliam na formação da Pedogênese.

Disponível em: http://marianaplorenzo.com/2010/10/15/pedologia-intemperismo-e-pedogenese/ Acesso em 12/01/14.

Page 30: Trabalho de pedologia

29

2.3 INTEMPERISMO: é aplicado às alterações físicas e químicas a que estão

sujeitas as rochas na superfície da Terra.

Intemperismo Químico – Implica em transformações químicas dos

minerais que compõem a rocha. O principal agente do intemperismo

químico é a água. Os feldspatos e micas são transformados em argilas,

ao passo que o quartzo permanece inalterado.

Intemperismo Físico ou Mecânico – Envolve processos que

conduzem à desagregação da rocha, sem que haja necessariamente uma

alteração química maior dos minerais constituintes. Os principais

agentes do intemperismo físico são variação de temperatura,

cristalização de sais, congelamento da água, atividades de seres vivos.

Intemperismo Físico: No Arpoador, devido ao fato da rocha estar, em

sua maior parte exposta, o intemperismo físico exerce um papel

importante.·.

a) Variação da temperatura: Com o aumento da temperatura os minerais

sofrem dilatação, desenvolvendo pressões internas que desagregam os minerais

e desenvolvem micro fraturas, por onde penetrarão a água, sais e raízes

vegetais.

b) Cristalização de sais: O sal trazido pela maresia se cristaliza nas fraturas,

desenvolvendo pressões que ampliam efeito desagregador.

c) Atividades biológicas.

Onde tem um relevo movimentado, um corte a infiltração de agua e pouca com

o menor solo tende a desenvolver de forma mais lentamente.

Outros problemas quando se tem precipitação sobre esse solo, muitos materiais

por gravidade, mais a contribuição da chuva esses tende a descer. E o que

desce é conhecido como horizonte superficial.

Page 31: Trabalho de pedologia

30

Horizontes Diagnósticos:

Horizonte pedogenético.

Cada uma das seções do solo resultantes dos processos pedogenéticos e que

guardam relações entre si. Estas seções (horizontes) estão separadas entre si

geralmente em função de algum aspecto morfológico ->COR.

Corresponde a uma seção do solo que apresenta determinados

atributos para fins de classificação do solo. Eles não são sinônimos do

horizonte pedogênico A (A1 e A2), uma vez que podem ser mais estreitos que

o A1 ou incluir todo o A e parte(s) do B.

Figura 15: Horizonte Diagnóstico. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo Acesso em 13/01/14

Page 32: Trabalho de pedologia

31

Horizontes Diagnósticos Superficiais

Horizonte Hístico

É um horizonte superficial de constituição orgânica (material Orgânico),

resultante de acumulações vegetais depositadas superficialmente.

Identifica os Organossolos

É um horizonte superficial de constituição orgânica, contendo pelo menos 80

g.kg-1 de C-org. resultante de acumulações vegetais depositadas

superficialmente; espessura ≥20 cm - espessura maior que 40 cm quando 75%

ou mais do volume do horizonte for constituído de fibras de esfagno; -

espessura de 10 cm ou mais quando assentado sobre um contato lítico. No

primeiro nível categórico do SBCS: Organossolo

2º Nível: Cambissolos Hísticos

3º Nível: Neossolos Litólicos Hísticos; GleissolosTiomórficos Hísticos

4º Nível: Gleissolos Melânicos distróficos Hísticos

Às vezes tem um processo de formação do solo, mas a cada período chuvoso parte de solo

tende a ser levado. E com isso a pedogênese não se desenvolve em sua plenitude por isso que

em áreas mais movimentadas geralmente teremos solos menos expeço, uma camada muito

fina de solo nem sempre será chamada de solo e sim de horizonte c.

Horizonte C porque a camada é bastante movimentada.

Teremos um balanço que chamamos de morfogênese e pedogênese onde teremos maior

atuação morfogenetica não se desenvolve.

Para as ciências da Terra, morfogênese é o processo de modelagem do relevo em sistemas

naturais, geralmente associado em ambientes de depósito de material (sedimentação,

tendo erosão em outro local) ou processos tectônicos.

Onde teremos escorregamento de massa o processo erosivo é um relevo mais ,e a pedogênese

não vai conseguir se desenvolver bem.

Em evolução, campo morfogenética é o nome dado a um campo hipotético que explica a

emergência simultânea da mesma função adaptativa em populações biológicas não contíguas.

A hipótese dos campos morfogenética foi formulada por Rupert Sheldrake.

Segundo o holismo, os campos morfogenética são a memória coletiva a qual recorre cada

membro da espécie e para a qual cada um deles contribui.

“Morfo” vem da palavra grega morphe que significa forma. Os campos morfogenética são

campos de forma; padrões ou estruturas de ordem. Estes campos organizam não só os campos

Page 33: Trabalho de pedologia

32

de organismos vivos mas também de cristais e moléculas. Cada tipo de molécula, cada

proteína por exemplo, tem o seu próprio campo mórfico -a hemoglobina , um campo de

insulina, etc. De um mesmo modo cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de

instinto ou padrão de comportamento tem seu campo mórfico.

Figura 16: Horizontes Diagnósticos Superficiais.

Disponível em : http://agronomiadigital.blogspot.com.br/2013/08/classificacao-de-solos-horizontes.html Acesso em : 13/01/14

Page 34: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 3

3° PARADA : Rua 3

Localização: Sul: 15° 52’.884 W 52°14’.763 Altitude 363 mts

Figura 17: Própria, solo mosqueado

Cor mais clara e uma mistura de alaranjada, amarelo dado o nome de

mosqueamento.

A cor é uma propriedade dos diversos solos designada na tabela Munsell. A classificação dos

solos do Brasil (EMBRAPA) adota a cor para algumas classes de solo, ao contrário da

classificação de solos dos Estados Unidos, que emprega o regime hídrico no nível de

subordem, pois o Brasil ainda não possui informações de regime hídrico detalhas como as

dos americanos. No nível de subordem da classificação do Brasil os termos vermelho,

vermelho-amarelo e amarelo adjetivam a classe dos Latossolos e Argissolos, de vermelho

parte dos Nitossolos, e de crômicos ou hipocrômicos, os Luvissolos. Os Argissolos são

Acinzentados no nível de subordem quando possuem forte influência do lençol freático, e

quando os Latossolos possuem matiz na cor bruno é classificado como Latossolos Brunos.

A hematita é o pigmento que tinge o solo da cor vermelha, ao contrário da goethita que é responsável pela cor amarelada. No relevo existe uma tendência dos solos serem mais hematíticos nas partes mais altas e mais goetíticos nas posições mais baixas, considerando um mesmo material de origem.

Neste ponto,toda a parte de solo está imtemperizada. Na parte superficial encontram-se húmus, parte orgânica inconsolidada, e as outras camadas bem intemperizadas.

Page 35: Trabalho de pedologia

34

No Brasil, é muito mais comum a predominância de solos vermelhos com baixos valores de saturação por bases (V%), ou seja, distróficos ou álicos ou ácricos (Quadro 1) do que eutróficos. Solos amarelos podem apresentar valores de saturação por bases variáveis incluindo os eutróficos, como apresentado no Quadro 2. Portanto, os solos vermelhos nem sempre representam a melhor fertilidade natural dos solos como no passado era considerado!

Solos escuros sempre possuem teores mais altos de matéria orgânica (CTC) do que solos de cores claras. Isso pode ser facilmente constatado nos locais com altitude elevada, ou em locais com drenagem do solo muito lenta.

pH(H2O) V% Classificação

5,6 6 Latossolos Vermelho-Escuro(1)

5,9 20 Latossolo Roxo (2)

5,7 20 Latossolo Roxo (2)

5,1 15 Latossolo Roxo (1)

Internacional Soil, 1986.

Tabela 3: Solos vermelhos com baixo potencial nutricional abaixo da camada arável.

 Brasil, 1960.

pH(H2O) V% Classificação

5,6 85 Podzólico Vermelho-Amarelo (1)

5,6 69 Podzólico Vermelho-Amarelo (1)

6,2 70 Latossolos Roxo Podzólico Vermelho-Amarelo (1)

6,0 62 Cambissolos (1)

(1) Fonte: Brasil, 1960. Embrapa, 1982.

Tabela 4: Solos amarelos com alto potencial nutricional abaixo da camada arável.

A drenagem do solo moderada existe quando há mosqueamento (duas cores onde há predominância de uma delas) como apresentado na figura 1, e nessas condições a água da

Page 36: Trabalho de pedologia

35

chuva ou da irrigação demora tempo mais para atingir o lençol freático do que um solo sem mosqueamento. Nessas condições de mosqueamento as plantas cítricas frequentemente apresentam a doença conhecida como gomose devido ao ambiente úmido que favorece a propagação do fungo de solo. A má drenagem do solo cinza (figura 2) é responsável pelo maior tempo ainda de permanência da água no perfil do que de um solo com mosqueamento.

 

Figura 18: Mosqueamento no horizonte B.Fonte Própria.

  Figura 19: Má drenagem do solo. Fonte Própria.

Page 37: Trabalho de pedologia

36

Figura 20: Salinização do solo na camada arável. Fonte Própria.

Seu nome foi escolhido para decidir compras de terras de uma empresa para uso agrícola

considerando os diversos tipos de solos. Para isso é necessário, em primeiro lugar, conhecer

as condições físicas, hídricas, morfológicas e químicas desses solos.

Os lençóis freáticos são lençóis subterrâneos de água. Estes lençóis são

alimentados pelas águas doces das chuvas e podem ter proporções enormes.

Para se ter uma idéia de sua importância, basta dizer que seu volume chega a

ser cerca de 100 vezes maior do que todo o volume de águas superficiais (rios,

lagos e lagoas). Estes verdadeiros mares subterrâneos de água doce estão a

profundidades que variam de 500 a 1000 metros de profundidade, normalmente

em áreas de difícil exploração.

A chuva e a neve são responsáveis pela precipitação de água sobre a Terra, e

quando isso acontece, parte desse líquido infiltra-se no solo até ser detido por

uma camada de rocha impermeável. Assim são formados os lençóis freáticos,

depósitos subterrâneos nos quais a água ocupa os espaços existentes entre os

grãos que formam as rochas do solo e por isso são chamados de zonas

saturadas.

Os lençóis freáticos são um tipo de reservatório das águas subterrâneas

chamados, também, de “aquíferos artesianos livres”: Aquífero é uma massa

rochosa que acumula água em quantidade elevada devido à alta porosidade e

permeabilidade do solo (ou rochas) onde se encontra. Quando eles se

encontram a uma pressão elevada, maior que 1atm (atmosfera), dá-se o nome

Page 38: Trabalho de pedologia

37

de “artesianos”. Os “artesianos livres” são aqueles que possuem pressão

atmosférica igual a da superfície.

Essa diferença de pressão entre um tipo e outro de reservatório subterrâneo se

deve a ocorrência de desnível da superfície do aquífero e do confinamento de

uma ou mais camadas de baixa permeabilidade que fazem pressão sobre o

líquido acumulado.

Figura 21: Aquífero e Lençol Freático.

Disponível em: http://www.ideariumperpetuo.com/aguas.htm Acesso em 14/01/14

No período de seca o lençol freático estará mais baixo.

A variação do lençol freático vai variar a quantidade de ferro que tem nos

poros.

No período de seca o lençol freático está mais baixa, os poros desse

solo são preenchidos principalmente por oxigênio, que vai fazer com

que esse ferro presente se torne um ferro trivalente Fe+3.

Já no período de chuva quando o lençol freático está mais próximo da

superfície aquele oxigênio dentro dos poros e perdido a vai ter uma

condição (anaeróbia) nessa o ferro perde um átomo de oxigênio e se

torna um ferro Bi valente essa variação vai ocasionar na variação da cor

do solo e sua separação às vezes o local fica mais rico em ferro.

Page 39: Trabalho de pedologia

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Um solo com mosqueamento e característica de solo onde tem um lençol

freático a mais próxima da superfície principalmente onde vai ter essa

coloração mais acinzentada.

Quando vamos fazer uma descrição de perfil de solo em corte de estrada o

correto e pelo menos 40 cm para dentro.

Nesse local a parte superior tem um pouco de intemperismo, contem uma

cor mais escura e essa coloração e devido a grande quantidade de húmus.

Tem um cheiro de raiz no solo, característico de solos úmidos.

Horizonte A (superficial) a parte escura aproximadamente 25 % contém um

alto teor de argila.

Nesse mesmo solo de cor escura, encontramos muita matéria orgânica. E

uma pouco mais friável que na outra parte.

Não é possível fazer um definição de solo só pela visão. Temos que sentir

na mão ou ate mesmo levar para o laboratório para uma análise mais

completa e definir a cor seguindo a tabela de Munsell. Exemplo: Pegar uma

camada e sentir suas textura.

Uma rocha encontrada no meio do perfil e está sofrendo decomposição e o

material de origem.

Um solo de 1,5 saprólito, definido com saprólito A sobre o horizonte Bi

(incipiente: horizonte fino) de alguns minerais que ocasiona uma estrutura

diferente tem muitas raízes estrutura diferenciada mais freada.

A raiz encontrada no local pode ser devido ao corte que aconteceu algum

tempo.

No local foi encontrado segundo o professor a presença de Siltito (um

textura parecendo um talco) e o Silte (uma textura sedosa).

Page 40: Trabalho de pedologia

39

Figura 22: Húmus. Disponível em: http://www.plantasdeaquario.com/outros_acessorios.htm Acesso em: 14/01/14

Húmus é o produto resultante da matéria orgânica decomposta, a partir do

processo digestório das minhocas, formando uma compostagem natural,

agregando ao solo os restos de animais e plantas mortas e também seus

subprodutos.

Através da ação de microrganismos (bactérias e fungos), associados ao trato

digestório compartimentados desses anelídeos (boca, faringe, papo, moela,

intestino, ânus), os detritos são macerados contra as partículas de terra também

ingeridas, sendo parte dos nutrientes absorvidos e a outra inaproveitada

eliminada juntamente com a finíssima granulometria dos minerais.

Assim, o húmus é considerado o mais completo adubo, apresentando as

seguintes características físico-químicas: não possui cheiro (inodoro), uma

substância asséptica, rico em micronutrientes (ferro, boro, cobre, zinco,

molibdênio, cloro) e macronutrientes (potássio, nitrogênio, fósforo), além de

possuir textura macia em razão da granulometria das partículas do solo (silte e

areia).

Page 41: Trabalho de pedologia

40

Diante dessas propriedades, a formação do húmus (chamado humificação)

repõe os minerais no solo, corrigindo a debilidade de nutrientes

proporcionalmente às necessidades dos vegetais, tornando a terra mais estável

e apropriada para as mais diversas culturas, ou seja, um excelente fertilizante.

Matéria orgânica do solo, ou simplesmente MOS, são todos os elementos vivos

e não vivos do solo que contêm compostos de carbono. O Húmus ou Humo é

uma parte dos elementos não vivos da MOS.

Os elementos vivos, cerca de 3%, da MOS são raízes de plantas, minhocas,

formigas, cupins, ácaros, bactérias e fungos.

Os outros 97% são de elementos não vivos como restos de plantas em

diferentes estágios de decomposição e Húmus.

Friável (frágil quebradiço): Que pode ser quebrado ou reduzido a pó com

facilidade. Ex: calcita, fluorita.

Saprólito: Material terrestre composto por cristais e grãos fragmentários, apresenta coesão

variando entre alta e baixa. No geral o material é esbranquiçado, amarelado, alaranjado ou

avermelhado. Essas últimas cores indicam o processo de oxidação sofrido pela rocha. O

saprólito apresenta ainda arranjo interno herdado da rocha que lhe deu origem. O saprólito é o

produto do intemperismo.

O Saprólito sofre o processo de pedogênese e o resultado desse processo é a formação do

solo, o saprólito pode também sofrer erosão assim como o solo e transformar em sedimento.

Rocha decomposta por intemperismo químico para um material argiloso, variavelmente

friável, de cores amarelas a avermelhadas ou em tons de cinza, na dependência da rocha

original e do clima, podendo conter quartzo e outros minerais resistentes à alteração e

preservando, frequentemente, muitas das estruturas da rocha sã que ocorre abaixo.

O saprólito pode apresentar dezenas de metros de espessura em climas úmidos, ocorre na base

do manto de intemperismo mas pode ser exposto por erosão dos níveis regolíticos.

O "saibro", usado nas misturas com cimento e areia, normalmente é material saprólito da

alteração de rochas graníticas e outras.

Page 42: Trabalho de pedologia

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Siltito: é uma rocha sedimentar clástica formada pela deposição e litificação de sedimentos

com grãos de tamanho silte, intermediário entre os tamanhos areia e argila. É composta

principalmente por quartzo, feldspato, mica e argila.

Chama-se silte ou limo a todo e qualquer fragmento de mineral ou rocha menor do que areia

fina e maior do que argila e que na escala de Wentworth, de amplo uso em geologia,

corresponde a diâmetro > 4 µm e < 64 µm (1/256 = 0,004 a 1/16 = 0,064 mm).

Como a olho nu não seja possível distinguir o silte das argilas, elas podem ser separadas

devido a sua plasticidade, que é pouca ou nenhuma no caso do silte.

O silte é produzido pelo esmigalhamento mecânico das rochas, ao contrário da erosão química

que resulta nas argilas. Este esmigalhamento mecânico pode ser devido à ação de geleiras,

pela abrasão, pela erosão eólica, (erosão produzida por vento), bem como pela erosão devido

às águas, como nos leitos dos rios e córregos.

O silte também é denominado de a poeira da pedra, especialmente quando produzido pela

ação glacial. O silte pode ocorrer como um depósito ou como o material transportado por um

córrego ou por uma corrente de oceano. O silte é facilmente transportado pela água e pode ser

carregado a longas distâncias pelo ar como poeira.

Page 43: Trabalho de pedologia

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Figura 23: Siltite. Disponível em: http://jacques.delfour.pagesperso-orange.fr/siltuf.htm Acesso em: 14/01/14

Page 44: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 4

4° PARADA: Vila Varjão (Sentido IFMT).

Localização: S: 15 52’.116 W: 52 16’.742 Altitude: 343m.(Ponto mais

em cima)

Oservação sobre manejo de solos. Área para retirada de materiais de

construção, em seguida um aterramento. Um talude, as bordas não foram feitas

com uma proteção contra a enchente.

Um processo erosivo, e a população que mora no local jogam

lixos ,dificultando os problemas ambientais.

Manejo equivocado parao local.

E a voçoroca no talude necessita de vegetação para manter estável o local.

Localização: S: 15° 52’.247 W: 52° 16’.931 Altitude: 325m.(Ponto mais

embaixo)

Um corte alto com elevação. O ideal seria ter feito cortes, para quebrar a

inclinação.Há um solapamento, e o que está em cima vai caindo,e ocorre em

formas de deslizamento.

Visualiza-se Hor A, com camada orgânica, menos de 50%, e no máximo de 2%

de matéria orgânica, pela coloração escura, um chernossolo.

A próxima camada, um Hor C, material alterado, com resquícios de materiais

que não foram transformados.

A presença de cascalho é relacionado ao tamanho das partículas. Quando se

está no interior do perfil, é endocascalho e fora do perfil, exocascalho.

O Hor A é mais compacto.

No Hor B com a presença de argila, ele é mais cimentado, mais endurecido. E a

parte inferior de Hor C é arenito.

Page 45: Trabalho de pedologia

44

No ponto mais abaixo:

Temos um Hor A em formação.E o hor C bem nítido. Uma coloração, textura e

estrutura transformadas.

Existem conglomerados que não foram alterados, com presença de cascalho.

É usado partes deste solo para a área de construção, aterramento, etc.

Em período chuvoso, a rocha fica mais inconsolidada.

Existe uma transição gradual para difuso.(Ocorre a transição abrupta em Hor B

textural).

O cascalho no solo é um fator limitante para a atividade agrícola.

Figura 24: Fonte Própria

Figura 25: Fonte Própria

Page 46: Trabalho de pedologia

45

CAPÍTULO 5

5° PARADA: Nova Barra Norte.

Localização: S: 15° 53’.329 W: 52° 18’.864 Altitude: 326 m.

Figura 26: Fonte Própria

Solo diferente pela coloração, pela textura não dá para sentir a fração de areia

fina.

O solo apresenta cascalhamento no perfil e peneira 14 vai separar as partículas

com mais 1,4 mm.

A peneira 120 vai separar, 125 nocivos passariam por ela.

Solos avermelhados.

Foi feita a retirada da superfície Hor A deste solo. Há um Hor B com coloração

mais escura, e textura diferenciada com cascalho no interior do solo.

A peneira 10 separa tudo que tem menos de 2mm, e retiraria o esqueleto do

solo e ficaria a fração fina.

Se entre os dedos polegar e os outros ficar um resíduo como sujeira mesmo, é

porque este possui argila.Como se fosse fazer um biscoitinho para fazer esse

teste.

E em seguida se curva,e se já apresentou rachadura, verifica que o solo

misturado com água, é mais arenoso do que argila.

Page 47: Trabalho de pedologia

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Figura 27: Diferentes tamanhos de peneiras para utilização de elementos de solos.

Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoc0AA/mecanica-dos-solos-unidade-03 Acesso em 14/01/14

Page 48: Trabalho de pedologia

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Figura 28:Aparelhos para mecânica do solo.

Disponível em: http://www.brasilsolos.com.br/ Acesso em: 14/01/14

Page 49: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 6

6 ° PARADA: Abel Lira (Atrás da Rodoviária).

Localização: S: 15° 52’.910 W: 52° 17’.648 Altitude: 413m.

Figura 28: Fonte própria.

No local há uma possível nascente, e contém um curso d’ água na parte baixa e

uma app (área de preservação permanente), onde encontram-se resquícios de

Organossolo (solo escuro) e não pode ser ocupada.

Solo com cascalho não é bom para agricultura, presença de braquiária.

Hor A antrópico: todo horizonte A foi removido ,trabalhado antropicamente,

pela ação do homem.

O horizonte a, foi removido por uma grade 10%-15 (peça para remexer o solo

superficialmente).

Arador é mais pesado e remexe de 30% á 40%.

Page 50: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 7

7° PARADA: RESIDENCIAL TAMBURI.

Localização: S: 15° 53’.336 W: 52° 17’.878 ALTITUDE: 325M.

Figura 29: Fonte Própria.

Horizonte de coloração mais escura que outros, contém o maior teor de

material orgânico, e está relacionado aos cursos d’água, favorecendo o

desenvolvimento de massa vegetal. O Hor A é mais espesso, e o que há abaixo

é o que foi retirado de B. Este horizonte A possui aproximadamente 50 cm,

abaixo um horizonte B apresenta cascalhamento, relativamente coeso,

dificultando a infiltração da água, funciona como caixa d’água desses vegetais

de solo.

Arenito com solo pouco espesso. É um solo coeso que dificulta a penetração de

água e raiz.

Local com risco de queda.

Se cavássemos neste local acharíamos uma mudança abrupta para gradual.

Page 51: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 8

8° PARADA: MT 100 (Sentido Torixoréu).

Localização: S:15° 57’.655 W: 52° 17’.549 Altitude: 295m.

Figura 30: Fonte Própria.

Para descrever o solo, precisa-se pegar uma porção e sentir a textura.

Vê-se um Hor A,já no Hor B(ele é iluvial,pois recebe material), e este Hor B

tem pouca argila, têm grande quantidade de areia, textura arenosa, então por

isso não podemos chamar de Hor B.

Então teremos Hor A e Hor C e vamos definir como Neossolo.

Não será Hor B por não ter mais que 16% de argila, então temos um solo

modificado, o Hor C.

Não tem blocos prismáticos, angular, colunares, porque a quantidade de argila

e baixa e reduzida. Parte superior horizonte B.

Processo de lixiviação que está trazendo um pouco de argila e material

orgânico difuso de transição.

Neossolos Quartzarênico: contém muito quartzo (área quartzosa).

Horizonte A, Horizonte C textural arenosa a franco arenosa.

Page 52: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 9

9°PARADA: BR MT 100

Localização: S: 15° 59’.031 W: 52° 18’.563 Altitude: 350m.

Figura 31: Fonte Própria.

Rocha arenito com coloração escura e uma grande quantidade de ferro no

interior. Estrutura irregular.

A ondulação está relacionado ao processo de formação de solo.

Solo de cor amarelada.

A rocha com a presença de Fe e cor escurecida, cria o solo acima com essa cor

amarelada. Vai se transformando até mudar.

Rocha sedimentar: no momento que está acontecendo a deposição dessa rocha

sedimentar, o curso de água está com sedimento rico em ferro, este se

deposita, (material de origem). E um sedimento que naquele momento estava

rico em ferro, foi depositado e sofreu pressão.Se compactou e preservou o ferro

nesta forma no interior da rocha.

O processo de lixiviação não acontece no interior desta rocha.

O ferro foi depositado na formação da rocha.

Page 53: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 10

10° PARADA: Chilópia Aromática.MT100

Localização: S: 15° 59’.733 W:52°19’.331 Altitude: 391m.

Figura 32: Fonte Própria.

O cerrado por ter árvores mais baixas, não fornece tanta matéria como as matas

fechadas.

Na parte superficial ali encontrada encontra-se a serapilheira que é a matéria

orgânica sendo composta.

Serrapilheira, manta morta ou serapilheira é a camada formada pela deposição

e acúmulo de matéria orgânica morta em diferentes estágios de decomposição

que reveste superficialmente o solo ou o sedimento aquático. É a principal via

de retorno de nutrientes ao solo ou sedimento.

Ela é composta por restos vegetais como folhas, caules, ramos, frutos, flores,

sementes, por restos de animais, excretas e material fecal. Porém tais

componentes variam de acordo com o ecossistema no qual estão inseridos e das

características do mesmo. Em ecossistemas aquáticos, por exemplo, pode haver

detritos algais, enquanto que em todos os biomas florestais, a serrapilheira é

formada majoritariamente por folhas.

A serrapilheira ajuda a manter a integridade de sistemas florestais, pois atenua

os processos erosivos, fornece substâncias que agregam as partículas do solo

(tornando-o estruturalmente mais estável), funciona como isolante térmico e ao

Page 54: Trabalho de pedologia

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mesmo tempo que age como uma barreira que evita a intensa lixiviação pela

ação das chuvas, retém considerável proporção de água, reduzindo a

evaporação do solo. Tais condições permitem o desenvolvimento de um amplo

espectro de nichos para a mesofauna e contribuem substancialmente para o

crescimento e desenvolvimentos das plantas.

Para a quantificação da produção de serapilheira, podem ser instalados diversos

tipos de coletores, caixas, recipientes plásticos ou redes confeccionadas com

tela de náilon que são suspensos do solo a uma determinada altura para captar a

matéria orgânica que cai das árvores. O material coletado é levado ao

laboratório, seco em estufa e separado por porção foliar, caules, raízes e partes

reprodutivas. Após essa etapa são feitas as pesagens e quantificações.

Não tem horizonte O porque precisa ter muita matéria orgânica em

decomposição.

Areia e cascalho. Um solo pobre em nutrientes.

Page 55: Trabalho de pedologia

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CAPÍTULO 11

11°PARADA: Fazenda na BR 100 (sentido Torixoréu).

Localização: S: 16° 00’.269 W: 52° 19’.981 Altitude: 338m.

Rico em material orgânico, e um lugar bem úmido, tem uma boa fração de

areia, cor negra com cheiro forte, característico. Ambiente anaeróbico.

Organossolo (ambiente limpo).

Figura 33: Fonte Própria.

Tabela 5:Altitudes dos pontos percorridos em aula de campo. Fonte Própria.

Page 56: Trabalho de pedologia

55

Organossolos:

São solos constituídos por material orgânico (teor de carbono orgânico maior

ou igual a 80 g/kg de TFSA), que apresentam horizonte hístico, satisfazendo os

seguintes critérios:

60cm ou mais de espessura se 75% (expresso em volume) ou mais do material

orgânico consiste de tecido vegetal na forma de restos de ramos finos, raízes

finas, cascas de árvores, etc., excluindo as partes vivas; ou

solos que estão saturados com água no máximo por 30 dias consecutivos por

ano, durante o período mais chuvoso, com horizonte O hístico;

solos saturados com água durante a maior parte do ano, na maioria dos anos, a

menos que artificialmente drenados, apresentando horizonte H hístico.

No organossolo há o predomínio de constituintes orgânicos em relação a inorgânicos. Ocorre

em ambientes de drenagem ou em condições de saturação com água, permanente ou periódica

(mal drenados a muito mal drenados ou úmidos de altitude elevada). Diferencia-se dos outros

por apresentar horizonte turfoso, isto é, teor de carbono orgânico superior a cinqüenta por

cento nos primeiros oitenta por cento de profundidade.

Page 57: Trabalho de pedologia

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Figura 34: Organossolo.

Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_14_911200585231.html Acesso em: 15/01/14

Figura 35: Serrapilheira.

Disponível em: http://wwwbiodersongrapiuna.blogspot.com.br/2013/09/restinga-de-grumari_16.html Acesso em : 15/01/14

Page 58: Trabalho de pedologia

57

CONCLUSÃO

Se alguém lhe perguntar qual é a cor do solo, você provavelmente dirá marrom.

Mas você deve ter notado quantas cores diferentes de solo existem. A variação

é muito grande nos tons de marrom, podendo chegar até preto, vermelho,

amarelo, acinzentado. Essa variação irá depender do material de origem como

também de sua posição na paisagem, conteúdo de matéria orgânica, e

mineralogia, dentre outros fatores. Por exemplo, quanto maior a quantidade de

matéria orgânica, mais escura é a cor do solo, o que pode indicar fertilidade ou

apenas condições desfavoráveis à decomposição da mesma. As cores com

tonalidades avermelhadas ou amareladas estão associadas aos diferentes tipos

de óxidos de ferro existentes no solo. Quando a quantidade destes óxidos é

grande, os solos apresentam-se vermelhos, como por exemplo, a terra roxa. Já

os solos com elevada quantidade de quartzo na fração mineral apresentam

coloração clara.

Em solos com baixa capacidade de drenagem, isto é, com excesso de água, a

cor é acinzentada. Isto, porque os óxidos de ferro são lavados para o lençol

freático, o que torna o solo mais claro. A cor branca a acinzentada é

consequência da presença de minerais silicatos existentes na fração argila do

solo.

A compactação do solo ocorre quando este é sujeito a uma pressão mecânica

devido ao uso de máquinas ou ao sobrepastoreio, em especial se o solo não

apresentar boas condições de operabilidade e de transitabilidade, sendo a

compactação das camadas mais profundas do solo muito difícil de inverter.

A compactação reduz o espaço poroso entre as partículas do solo, deteriorando

a estrutura do solo e, consequentemente, dificultando a penetração e o

desenvolvimento de raízes, a capacidade de armazenamento de água, o

arejamento, a fertilidade, a atividade biológica e a estabilidade. Além disso,

quando há chuvas torrenciais, as águas já não conseguem infiltrar-se facilmente

no solo compactado, aumentando os riscos de erosão e de cheias. Estima-se

que quase 4% do solo europeu se encontra afetado pela compactação.

Os levantamentos dos solos recolhem dados sobre as propriedades físicas e

químicas destes, os processos pedogenéticos, a apreciação do perfil cultural, a

Page 59: Trabalho de pedologia

58

fim de definir os tipos de solos existentes e elaborar a respectiva cartografia.

Estas informações são estáticas, considerando que o solo e as suas propriedades

apenas se alteram ao longo de períodos extremamente longos. Além disso, os

conjuntos de dados sobre o solo de diversos países são constituídos com base

em diferentes nomenclaturas e técnicas de apreciação, criando problemas de

comparabilidade entre eles.

Os sistemas de monitorização de solos fornecem informações sobre a mudança

de parâmetros do solo importantes para as suas funções, como o estado dos

nutrientes, a biodiversidade, a matéria orgânica e a contaminação com metais

pesados. A monitorização do solo contribuirá também para limitar o impacte

ambiental na saúde humana, privilegiando a eliminação da contaminação na

fonte e podendo ser utilizada não só para assegurar a proteção do solo em si

mesma, mas também como medida de eficácia de outras políticas de proteção,

para sua adaptação e aperfeiçoamento.

Page 60: Trabalho de pedologia

59

Referências Bibliográficas

Disponível em : <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Solo_argiloso&oldid=36694413 >Acesso em : 26/12/13

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Morselli,Tânia B. G. A. Biologia do Solo .Editora: UFPEL –UniPelotas.

 Geologia.

Pippa Greenwood. O livro definitivo de dicas & sugestões de jardinagem . [S.l.]: NBL

Editora.1998.192 p.

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<:http://jararaca.ufsm.br/websites/dalmolin/download/AulasPDF/3HorDiagn.pdf > Acesso em:

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em : 15/01/14

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solos Acesso em: 15/01/14

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo Acesso em: 15/01/14

Disponível em: < http://pt.slideshare.net/04031303/aula-1pedologia> Acesso em: 15/01/14

Page 62: Trabalho de pedologia

61

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1-Arenito..................................................................................................9

FIGURA 2- Arenito.................................................................................................10

FIGURA 3- Arenito.................................................................................................10

FIGURA 4- Arenito.................................................................................................11

FIGURA 5-Latossolo..............................................................................................12

FIGURA 6-Neossolo...............................................................................................13

FIGURA 7-Localização de Barra do Garças-MT....................................................14

FIGURA 8-Mapa Ilustrado de Barra do Garças-MT...............................................14

FIGURA 9-Climograma de Barra do Garças-MT...................................................16

FIGURA 10-Fonte Própria......................................................................................17

FIGURA 11-Horizontes..........................................................................................19

FIGURA 12-Fonte Própria......................................................................................20

FIGURA 13-Mecanismos que atuam no processo pedogenético...........................27

FIGURA 14-Elementos que auxiliam na formação da pedogênese.......................28

FIGURA 15-Horizontes Diagnósticos....................................................................30

FIGURA 16-Horizontes Superficiais......................................................................32

FIGURA 17-Solo Mosqueado................................................................................33

FIGURA 18-Mosqueamento no Horizonte B.........................................................35

FIGURA 19-Má drenagem do solo.........................................................................35

Page 63: Trabalho de pedologia

62

FIGURA 20-Salinização do solo..............................................................................36

FIGURA 21-Aquífero e Lençol Freático..................................................................37

FIGURA 22-Húmus..................................................................................................39

FIGURA 23-Siltite....................................................................................................42

FIGURA 24-Fonte Própria........................................................................................44

FIGURA 25-Fonte Própria........................................................................................44

FIGURA 26-Fonte Própria........................................................................................45

FIGURA 27-Diferentes tamanhos de peneiras..........................................................46

FIGURA 28-Aparelhos para mecânica do solo........................................................47

FIGURA 29-Fonte Própria.......................................................................................48

FIGURA 30-Fonte Própria.......................................................................................49

FIGURA 31-Fonte Própria.......................................................................................50

FIGURA 32-Fonte Própria.......................................................................................51

FIGURA 33-Fonte Própria.......................................................................................52

FIGURA 34-Fonte Própria.......................................................................................54

FIGURA 35-Organossolo........................................................................................56

FIGURA 36-Serrapilheira........................................................................................56

Page 64: Trabalho de pedologia

63

LISTA DE TABELAS

TABELA 1-Climograma da região de Barra do Garças-MT.....................................15

TABELA 2-Quantidade de areia e argila em um determinado Horizonte.................21

TABELA 3-Solos vermelhos......................................................................................34

TABELA 4-Solos amarelos........................................................................................34

TABELA 5-Altitudes dos pontos percorridos em aula de campo..............................54