25
Helena Rocha

Violência conjugal - formação

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Violência conjugal - formação

Helena Rocha

Page 2: Violência conjugal - formação

Definir o conceito de Violência Conjugal

Principais factores que levam á Violência conjugal

Identificar os tipos de violência Conjugal

Identificar os principais mitos da violência Conjugal

Identificar as principais Políticas Sociais para a prevenção e protecção da violência Conjugal

Page 3: Violência conjugal - formação

“Por esta se entende toda a agressão

(verbal, física e/ou sexual) exercida contra

o/a cônjuge ou companheiro/a com o intuito

de obter poder e controlo sobre o mesmo.”

Page 4: Violência conjugal - formação

VIOLÊNCIA

CONJUGAL

GLOBALIZAÇÃO

SOCIEDADE DE

RISCO

FAMÍLIA

MODERNA

Factores de Risco:Más condições habitacionaisEncarar a mulher como objectoDesempregoBaixos rendimentos AlcoolismoToxicodependência etc.

Page 5: Violência conjugal - formação
Page 6: Violência conjugal - formação

Criticar negativamente atributos físicos ou comportamentos;

Humilhar em público ou privado; Difamar a vítima acusando-a de ser infiel; Insultar a vítima; Gritar de forma a meter medo á vítima; Perseguir a vítima na rua e ou trabalho; Destruir objectos de valor da vítima; Ameaçar ou maltratar familiares ou amigos da

vítima; etc.

Page 7: Violência conjugal - formação

Empurrar, puxar o cabelo; Estalos, murros, pontapés; Apertar o pescoço; Queimar a vítima; Bater com a cabeça da vítima na parede; Bofetadas; Cuspir; Bater com um objecto; Agredir com armas ou objectos (pau, régua,

cinto, chicote, faca, etc.) Tentativas de homicídio…

Page 8: Violência conjugal - formação

Forçar relações sexuais contra a vontade da vítima;

Forçar actos sexuais não desejados; Obrigar a vítima a praticar ou assistir a actos

sexuais com terceiros; Torturas sexuais; etc.

Page 9: Violência conjugal - formação

Retirar o dinheiro (ordenado, subsídios e pensões);

Esconder a situação financeira do casal, negar o acesso à conta bancária;

Obrigar a pedir dinheiro e a prestar contas; Controlar as despesas (o que comprou, quanto

gastou, o uso do carro, o uso do telefone); etc.

Page 10: Violência conjugal - formação

A violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado ciclo da violência doméstica – que apresenta, regra geral, três fases:

Page 11: Violência conjugal - formação

Fase de Aumento de Tensão: A tensão do agressor aumenta por diversas razões e o seu comportamento torna-se bastante agressivo e indiferente ao esforço da vítima em acalmá-lo. Na relação violenta o aumento de tensão leva quase sempre ao uso de violência física e psicológica.

Fase de Explosão: A violenta explosão ocorre no seguimento de um ataque de raiva, ou durante uma discussão. Estas explosões tendem a aumentar a intensidade com o passar dos anos.

Fase de “Lua-de-mel”: Se a reconciliação ocorre o casal pode passar por momentos muito íntimos, onde nenhuma das partes recordará a violência passada. O agressor pode ser comunicativo e responder às necessidades da vítima, acreditando na mudança deste. Infelizmente nas relações violentas o ciclo decisivamente continua, reaparecendo as relações de controlo, aumentando a tensão dentro do casal e inevitavelmente recrudesce a violência.

Page 12: Violência conjugal - formação

Baixa auto-estima Vergonha, culpa Ansiedade, angústia, raiva Fobias/ataques de pânico Depressão Disfunções sexuais Confusão mental/dificuldade de

concentração Perturbação do sono/alimentares Pensamentos suicidas

Page 13: Violência conjugal - formação

Traumatismos resultantes das agressões Dores crónicas Cansaço crónico Problemas ao nível da saúde reprodutiva Lesões e doenças do foro ginecológico

(doenças sexualmente transmissíveis) Suicídio, homicídio

Page 14: Violência conjugal - formação

Mitos Facto

”Os maus tratos só acontecem em meios sociais mais desfavorecidos.”

A violência doméstica ocorre em famílias de todos os meios sociais - com muitos ou poucos recursos económicos, com níveis de escolaridade elevados ou baixos, etc.

”Ele no fundo não é mau… quando bebe uns copitos fica transtornado.”

A violência conjugal não é um acto isolado de descontrolo, nem o álcool é por si só um factor que a explique. Porque é que o agressor, regra geral, mesmo sendo alcoólico, só agride a mulher em vez de outras pessoas?

”Há mulheres que provocam os maridos, não admira que eles se descontrolem.”

O marido não tem o direito de maltratar a mulher quando discorda de alguma atitude ou conduta desta. Nada justifica os maus-tratos, os quais constituem crime nos termos da lei penal portuguesa.

Page 15: Violência conjugal - formação

Mitos Facto

“A mulher sofre porque quer, se não já o tinha deixado”

Existem muitos factores que contribuem para a permanência das mulheres em relações maltratantes – receio de represálias, desconhecimento dos seus direitos, falta de apoio, preocupação em relação ao futuro dos filhos.

”Quanto mais me bates mais gosto de ti”

A violência conjugal causa sofrimento físico e psicológico, com impacto negativo para o bem-estar e a saúde das vítimas conduzindo no limite à sua morte.

”A mulher maltratada nunca deve deixar o lar quando tem filhos. É preciso aguentar para bem deles!”

A violência conjugal também afecta os filhos/as. Estes, como vítimas directas ou como testemunhas das cenas de violência, tendem a desenvolver problemáticas físicas, emocionais, comportamentais e sociais. Para além deste facto, uma mulher que seja vítima de violência pode sempre sair de casa, dado este acto não ser considerado abandono de lar.

Page 16: Violência conjugal - formação

Mitos Facto

“Entre marido e mulher não se mete a colher ”

Os maus tratos conjugais são um problema social e criminal que não pode se tolerado, constituindo um crime público. Somos todos/as responsáveis e devemos denunciar tais situações.

Page 17: Violência conjugal - formação

VÍTIMA:

• Maioritariamente do sexo

feminino

• Idades entre 26 e 45 anos

• Casada

• Desempregada/empregada

em serviços domésticos

• Cursos secundários ou

superiores

• Sem dependências

AGRESSOR:

• Essencialmente do sexo

masculino

• Idades entre 26 e 45 anos

• Casado

• Empregado nas indústrias

extractivas e na construção

• Sem dependências ou

quando muito dependência do

álcool

Page 18: Violência conjugal - formação

Diagrama 1: factores que contribuem para a aceitação de uma relação violenta

Page 19: Violência conjugal - formação
Page 20: Violência conjugal - formação

III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica

2007-2010

O III Plano contra a Violência Doméstica, tal como é definido no Programa do XVII Governo Constitucional (2005-2009), aponta claramente para uma consolidação de uma política de prevenção e combate à violência doméstica, através da promoção de uma cultura para a cidadania e para a igualdade, do reforço de campanhas de informação e de formação, e do apoio e acolhimento das vítimas numa lógica de reinserção e autonomia.

Page 21: Violência conjugal - formação

III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica

2007-2010

Prioridades e Orientações Estratégicas:

I. Informar, Sensibilizar e Educar;II. Proteger as Vítimas e Prevenir a Revitimação;III. Capacitar e Reinserir as Vítimas de Violência

Doméstica; IV. Qualificar os Profissionais;V. Aprofundar o conhecimento sobre o fenómeno da

Violência Doméstica.

Page 22: Violência conjugal - formação

Autoridades regulares que recebem as queixas e

as denúncias:

• PSP – Polícia de Segurança Pública

• GNR – Guarda Nacional Republicana

• PJ – Polícia Judiciária

• Ministério Público

• APAV- Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

• UMAR - União das Mulheres Alternativa e Resposta

• AMCV – Associação de Mulheres Contra a Violência

Page 23: Violência conjugal - formação

Casas Abrigo

Surgem com a Lei nº 107/99 de 3 de Agosto.

São estruturas de acolhimento residencial:Temporário; Prestam serviço gratuito;Disponibilizam apoio social, psicológico e jurídico.

A sua localização é confidencial.

Existem perto de 30 casas abrigo em Portugal.

Page 24: Violência conjugal - formação

Casas Abrigo

Page 25: Violência conjugal - formação