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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.029 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC ( Florianópolis SC ) - sexta-feira, 28 de junho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Mario Gentil Costa - " O Livro " Bloco 3 - Ir Paulo Roberto On line - " Escocesismo " Bloco 4 - IrKennyo Ismail - " Os Calendários Maçônicos e suas corretas aplicações " Bloco 5 - Ir Hercule Spoladore -" Estória da Camara de Reflexão " Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Abertura da Loja e o número de Irmãos " Bloco 7 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 28 de junho de 2013, 179º dia do calendário gregoriano. Faltam 186 para acabar o ano. Dia Nacional do Progresso; Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

Jb news informativo nr. 1.029

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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.029 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

( Florianópolis SC ) - sexta-feira, 28 de junho de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque

Bloco 2 - Opinião - Mario Gentil Costa - " O Livro "

Bloco 3 - Ir Paulo Roberto On line - " Escocesismo "

Bloco 4 - IrKennyo Ismail - " Os Calendários Maçônicos e suas corretas aplicações "

Bloco 5 - Ir Hercule Spoladore -" Estória da Camara de Reflexão "

Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Abertura da Loja e o número de Irmãos "

Bloco 7 - Destaques JB

Pesquisas e artigos:

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org

- Imagens: próprias e www.google.com.br

Hoje, 28 de junho de 2013, 179º dia do calendário gregoriano. Faltam 186 para acabar o ano.

Dia Nacional do Progresso;

Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

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Para quem quer ser bem informado, aqui estão, dia a dia,

os fatos maçônicos registrados na data em que aconteceram.

Grátis: inclui um CD com mais de 5.000 Lojas Maçônicas com endereço,

dia da sessão e Rito. Somente R$ 45,00 !

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livros & revistas

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1098 - Derrota de Kerbogha pelos exércitos da Primeira Cruzada na batalha de Antioquia.

1389 - Forças otomanas arrasam os exércitos da Europa cristã em Kosovo, abrindo caminho para a conquista otomana do Sudeste Europeu. Veja Vidovdan.

1635 - Guadalupe se torna colônia da França.

1651 - Começa a Batalha de Berestechko entre os poloneses e os ucranianos. 1762 - Após um Golpe de Estado que retira o Czar Pedro III do poder, a sua esposa, a Grã-duquesa

Catarina, sobe ao trono como Catarina II da Rússia. A História irá conhecê-la por Catarina, a

Grande. 1807 - Segunda invasão britânica no Río de la Plata; John Whitelocke chega em Ensenada na

tentativa de recapturar Buenos Aires e é derrotado pela resistência local.

1865 - O Exército do Potomac é desmobilizado.

1881 - Fundação da cidade de Ilhéus (Bahia - Brasil) 1895 - El Salvador, Honduras e Nicarágua formam a República da América Central.

1914 - Francisco Ferdinando, Arquiduque da Áustria e herdeiro do trono austro-húngaro, é

assassinado em Sarajevo por Gavrilo Princip, um nacionalista sérvio, desencadeando a Primeira Guerra Mundial.

1919 - A Alemanha é obrigada a assinar o Tratado de Versalhes.

1922 - Instituída, pela primeira vez, na República Federativa do Brasil, a instituição do Tribunal do Júri.

1940 - Romênia cede a Bessarábia (atual Moldávia) para a União Soviética.

1942 - Segunda Guerra Mundial: início da batalha de Estalinegrado (ou Stalingrado, no Brasil).

1950 - Seul é capturada pelas tropas da Coréia do Norte. 1966 - Golpe de estado que instaurou a ditadura argentina.

1967 - Israel invade o leste de Jerusalém.

1969 - Frequentadores do bar Stonewall Inn (Nova Iorque - EUA), voltado para o público homossexual e transexual, reagem à ação policial ali ocorrida, fato que desencadeia mais dois dias

de protestos e culmina na marcha ocorrida no dia 1 de julho de 1970, em lembrança ao aniversário

do motim, precursora das atuais Paradas do Orgulho Gay.

1972 - O Congresso Nacional aprovou a criação da Empresa Telecomunicações Brasileiras S/A, a Telebrás.

1977 - Um engavetamento de 51 carros na rodovia Anchieta, em São Paulo, deixou quinze mortos

e 212 feridos. O acidente foi provocado por nevoeiro na estrada. 1984 - Barreiro é elevada a cidade.

1988 - Um Consistório presidido pelo Papa João Paulo II criou 25 cardeais, dentre os quais os

brasileiros José Freire Falcão e Lucas Moreira Neves e o moçambicano José Maria dos Santos. 1992 - É adotada a atual Constituição da Estônia.

1994 - Membros do culto Aum Shinrikyo soltam o gás sarin no metrô de Tóquio, Japão.

1997 - Mike Tyson mordeu e arrancou um pedaço da orelha direita de Evander Holyfield, no

terceiro assalto de uma luta. Segundo Tyson, a primeira agressão teria sido uma cabeçada do adversário.

1 - Almanaque

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

Eventos Históricos

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1997 - Pesquisadores descobriram em uma vala comum na cidade de Vallegrande (Cuba) os restos

mortais do líder guerrilheiro Che Guevara. A ossada estava sem as mãos, o que indica que o corpo do revolucionário foi amputado para não ser identificado. Transferida para Cuba, foi enterrada com

honrarias de chefe de Estado.

2000 - Após intensa batalha jurídica entre Cuba e EUA, Elián González, sobrevivente de um naufrágio na costa norte-americana, voltou ao seu país.

2004 - Término da ocupação oficial do Iraque na chamada 3ª Guerra do Golfo.

2006 - Montenegro é aceito pela ONU como país independente.

2009 o Manuel Zelaya sofre um golpe de estado em Honduras.

o A Seleção Brasileira venceu os EUA na final da Copa das Confederações. Com a vitória,

passou a ser o maior campeão da competição com três títulos, à frente da França.

Feriado Municipal do Barreiro

Santo Ireneu de Lyon para os católicos

São Paulo I, Papa e mártir

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1791 Fundação da Grande Loja Rhode Island, dos Maçons Livres e Aceitos

1917 Promulgado pelo Papa Bento XV o novo Código de Direito Canônico, cujo artigo 2335 sujeita os Maçons à excomunhão

1948 Fundação da Loja Presidente Roosevelt nr. 2, de Criciúma (GLSC)

2004 Fundação da Loja Segredo e Paz nr. 3587 de Cruz do Espírito Santo (GOB/PB)

Chapecó nos espera!

feriados e eventos cíclicos

fatos maçônicos do dia

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]

Mario Gentil Costa

Contato: [email protected]

O LIVRO

“O primeiro livro impresso na Europa do século XV gerou uma autêntica revolução

cultural. Permitiu que a educação e a cultura se expandissem para além dos círculos a

que estavam restritas -- a nobreza e o clero” - Enciclopédia Britânica.

No Ocidente, o primeiro livro impresso com tipos móveis foi a Bíblia de Johannes Gutenberg, também chamada Bíblia Mazarin, da qual ainda existem cerca de 42 exemplares espalhados pelo mundo, um deles no Brasil. Entretanto, já no terceiro milênio a.C., no Egito, produziram-se livros em rolos de papiros, nos quais os escribas copiavam, sobretudo, textos de conteúdo religioso, político, comercial e literário. Eles eram guardados em potes de barro ou estojos de madeira. O mais famoso é O livro dos mortos, datado de 1800 anos a.C. Mais antigas são as placas de argila, que existiram na Mesopotâmia no quarto milênio a.C, gravadas em escrita cuneiforme. Dessas, foram encontrados mais de 500.000 exemplares. A mais famosa coleção de tais placas é a chamada Coleção de Nínive, reunida pelo assírio Assurbanipal.

Diz a história que o imperador chinês Shi Huang Di mandou queimar todos os livros por achar que incitavam à subversão. A partir de então, por falta de matéria-prima suficiente, a madeira foi substituída pela seda e, finalmente, os chineses inventaram o papel, feito de casca de árvores e restos de tecido. No século VII a.C., após a queda de Alexandre, o Grande, o papiro foi introduzido na Grécia, e a cultura helenística teve um extraordinário florescimento. Os sábios gregos foram atraídos para Alexandria pelo egípcio Ptolomeu. Ali instalados, dedicaram-se à ciência e à literatura na célebre biblioteca, incendiada por mãos criminosas e fanáticas no século I a.C. Posteriormente, em Pérgamo, na Anatólia, foi difundido, na confecção de livros, o uso do couro fino e curtido, chamado pergaminho. Como este permitia a raspagem, é comum encontrarem-se textos antigos superpostos, chamados, por isso, de palimpsestos. Os livros eram, então, montados em folhas de pergaminho com capa de couro ou madeira, e tinham o nome genérico de códices. Mais tarde, em Roma, os livreiros importavam exemplares gregos e os mandavam copiar por escribas escravos. Na Idade Média, após a queda do Império Romano, as instituições eclesiásticas se encarregaram da preservação do saber antigo, principalmente no império bizantino, primeiro refúgio da cultura grega, com a criação de vastas bibliotecas monásticas.

Os árabes, da mesma forma, tiveram decisivo papel nessa recuperação, transmitindo ao Ocidente o saber clássico através da Espanha islâmica. Por seu

2 - Opinião - " O Livro " - Mario Gentil Costa

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intermédio, obras de Medicina, Astronomia e Matemática foram traduzidas do grego para o árabe, e deste para o latim graças ao empenho dos monges copistas que os passaram da escrita grega e romana para a cursiva, produzindo as primeiras iluminuras, que ornamentavam a aparência dos códices de forma artística.

Com o surgimento das primeiras universidades, o livro fugiu do domínio religioso e difundiu-se entre o povo, dando origem ao comércio livreiro, que se expandiu a partir do século XIII, com o uso cada vez maior do papel, chegado ao Ocidente em meados do século XII através dos árabes, que o conheceram na China. O Renascimento, com a transformação das condições sociais e do intercâmbio comercial, despertou o interesse da nobreza e da burguesia pela cultura em si. Surgiram grandes bibliotecas, cada vez mais ricas em obras em latim e em língua vernácula. Foram aparecendo os humanistas, que começaram a estudar os clássicos. O viajante Marco Polo teria trazido da China a informação de que os chineses, desde o século XII, já produziam textos impressos em papel com tipos móveis, do que se teria aproveitado Johannes Gutenberg para desenvolver seu processo de fundição e inventar a tinta preta de fácil secagem, que permitia o aproveitamento dos dois lados da folha. Estava inventada a imprensa, que revolucionaria a história do livro e o transformaria no veículo do saber. Os séculos imediatos, sobretudo o XVIII, deram início, com a mecanização e a industrialização, às grandes tiragens e à conseqüente difusão do livro. Hoje, original ou traduzido, ele alcança todo o mundo. A única notícia desagradável na história do livro, é que, no Brasil, ele só chegou depois de 1808, com a vinda da família real, quando D. João VI, não por bondade ou espírito humanístico de verdadeiro estadista, mas por necessidade, fundou a Imprensa Régia, pois, até então, os prelos, na colônia, eram proibidos por ordem expressa da coroa portuguesa, subjugada ao Vaticano.

Tenho forte desconfiança de que a Inglaterra não fez o mesmo com os Estados

Unidos da América do Norte. E vou além: nem a Holanda o teria feito, se tivesse colonizado o Brasil, como sonhou e desejou nosso malfadado e inditoso herói Calabar. Conclusão óbvia: o livro ensina a ler, a escrever, a falar, a pensar e, sobretudo, a compreender e, segundo Carl Sagan, “compreender é uma das mais sublimes formas de êxtase.” Notícia auspiciosa: estamos testemunhando uma segunda revolução histórica na transferência do saber: o livro-via-internet, com estonteante e inimaginável capacidade de armazenamento de texto e informação. Nada contra, desde que mude a roupagem, mas permaneça o velho livro imortal... Comentário: Sorte nossa, que agora não dependemos mais dos caprichos de qualquer reizinho vagabundo, aqui arribado às correrias e sem alternativa, para escapar, espavorido, em defesa de sua fraca majestade, à sanha de Napoleão. Caso contrário, também não veríamos o novo livro no Brasil...

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Este Bloco é produzido às sextas-feiras

pelo Ir. Paulo Roberto VMda

ARLS Rei David nr. 58 (GLSC)

Florianópolis - Paulo Roberto

Contato: [email protected]

Continuidade... Escocesismo. O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente Fundado em 1758, por Pirlet, em Paris-França, o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém, foi a mais importante, no século XVIII, das Obediências consideradas escocesas. O título dessa Obediência basta para mostrar a influência da aristocracia, a fixação nas Cruzadas (fato também lembrado no discurso de Ramsay), a fatuidade da época e o grande poder de sedução exercido pelos Altos Graus. Ainda no ano de 1758, o Conselho criava um sistema de Altos Graus, impondo-lhe o limite de vinte e cinco Graus, resolução que seria oficialmente inscrita nos seus estatutos de 1762. No início, todos esses Graus superiores eram denominados “Graus de Perfeição”, termo que, posteriormente, só seria aplicado aos compreendidos entre o 4º e 14º Grau do escocesismo (tendo uma abrangência às Lojas de Perfeição). Essa escala de vinte e cinco graus foi chamada de Rito de Perfeição, ou de Héredon. Em 1761, um personagem chamado Etienne Morin (alguns estudiosos citam Stephen Morin ao invés do nome visto) recebia da seção bordelesa do Conselho dos Imperadores, uma patente que o autorizava a fundar Lojas dos Altos Graus no Novo Mundo (Américas). Lá chegando, só dois anos mais tarde constatou que outros o haviam precedido. Em parte de sua correspondência, citada por L’Antoine, é abordada “uma respeitável Loja escocesa”, encontrada tão bem composta, da mesma maneira que a Loja Simbólica, que ele acreditou de ver, dar a eles, as mesmas instruções. Isso significando que, além dessa Loja Simbólica, já havia uma Oficina dos Altos Graus escoceses, embora tenha sido só através de Morin que essas Lojas progrediram e proliferaram, sob a proteção da de Bordeaux, que havia lhe confiado a patente. Essa patente, entretanto, quanto à sua autenticidade, tem sido objeto de muitas discussões; a corrente que nega a essa afirmativa sobre a referida patente, sempre foi constituída, em sua maior parte, pelos adversários do Rito Escocês, interessados em mostrar que ela era apócrifa, por terem receio que ela se

3 - paulo roberto - " on line " - Escocesismo

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tornasse, para o escocesismo, exatamente aquilo que a Constituição de Anderson representou para a Maçonaria inglesa. Entretanto, a maior parte dos autores, todavia, opta pela sua veracidade. Mellor é um deles e esclarece que a patente original, redigida em francês foi perdida, mas ela já havia sido traduzida para o inglês, permanecendo essa tradução, muito tempo em poder de Hyman Isaac Long, que a fez, novamente, voltar para o francês. Essa última tradução é que foi exibida pelo Grande Comendador Albert Pike a Emile Daruty, sendo considerada correta por Delahogue e seu genro, o conde Auguste de Grasse-Tilly, que viria a ser o primeiro Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho da França, entre 1804 e 1806. Se a patente fosse falsa, não se entende por que motivo os seus detentores forjariam a tradução de outra, quando seria muito mais fácil inventar diretamente a falsa patente, ou pelo menos, a falsa tradução inglesa. Marcy é um dos autores que contesta essa autenticidade, alegando que a patente era datada de 27 de agosto de 1761 e, mostrava a assinatura de Chaillon de Joinville, com a indicação de seu título de substituto geral do Grão-Mestre (cargo correspondente ao de Grão-Mestre Adjunto), o que ele só seria a partir de 24 de junho de 1762; ali constava, também, o conde de Choiseul, como Venerável da Loja “Les Enfants de La Gloire”, Loja, essa, que só surgiria em 1762. Mellor, todavia, argumenta que a patente pode ter sofrido acréscimos posteriores (como a citação desses cargos), para aumentar o seu poder e sua influência. Esses acréscimos, colocados por Morin, todavia, não invalidariam a legitimidade do documento, pois podem ser vistos como necessários à sua missão. De qualquer maneira, essa missão foi coroada de pleno êxito e o escocesismo nasceu vigoroso nas Américas, de onde ele retornou algumas décadas mais tarde, à Europa, sob a sua forma definitiva, que permanece até hoje, depois de aperfeiçoada e mais elaborada pelos norte-americanos. PS. Este capítulo continua em 12 de julho de 2013.

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Originalmente publicado em: http://www.noesquadro.com.br/

OS CALENDÁRIOS MAÇÔNICOS

E SUAS CORRETAS APLICAÇÕES

Ir Kennyo Ismail - Escritor e Palestrante

1. Introdução

A Maçonaria possui diferentes tipos de calendários, usados nos mais diversos ritos e épocas, cada um com sua própria lógica e significados. Porém, isso tem gerado certas confusões históricas, principalmente no Brasil, com sua pluralidade de Ritos e

carência de registros legais disponíveis, de bibliotecas maçônicas e, principalmente, de literatura maçônica de qualidade. Nesse cenário caótico, muitas vezes as Obediências Maçônicas, Lojas e demais corpos maçônicos brasileiros encontram dificuldades e não encontram consenso na adoção dos calendários utilizados em seus certificados. Pensando nisso, este artigo tem por objetivo disponibilizar uma relação dos tipos de calendários maçônicos existentes e seus mecanismos de funcionamento, de forma a esclarecer de uma vez por todas esse tema, disponibilizando aos interessados, sejam estudiosos de Maçonaria ou secretários com a missão de confeccionar diplomas, acesso a informação organizada e confiável. Dessa forma, espera-se colaborar com a redução de confusão resultante do registro de data em atas, documentos e certificados maçônicos brasileiros, matéria essa que deveria ser das mais simples, mas que faz com que até comemoremos o Dia do Maçom no dia errado. 2. Tipos de Calendários 2.1. Calendários Não-Maçônicos Calendários que não são genuinamente maçônicos, mas suas menções são importantes, visto que servem de base para o cálculo de um ou mais sistemas de datação utilizados na Maçonaria. Há vários outros calendários não maçônicos que foram ou ainda são utilizados em algumas situações, entretanto, por não terem relação direta com os calendários maçônicos apresentados neste artigo, não serão mencionados. 2.1.1. Era Comum, Era Corrente ou Era Vulgar (E.´. V.´.)

Também conhecido como Anno Domini, termo em latim que significa “Ano de nosso Senhor”, o qual pode ser encontrado por sua sigla, A.´. D.´.. Trata-se do calendário gregoriano, promulgado pelo Papa Gregório XIII em 24 de Fevereiro de 1582 (THIBAULT, 1981), e adotado como ano civil em praticamente todos os países. O Papa Gregório determinou a criação de um novo calendário porque o calendário juliano, que se utilizava desde 46 a.C., arredondava o ano solar para 365 dias e 6 horas, o que dava uma diferença de mais de 11 minutos por ano em comparação com o ano solar real (COIL, 1961, p. 112). Com o passar dos séculos, isso havia gerado uma diferença de

4 - os Calendários maçônicos e suas corretas aplcações - " Ir Kennyo Ismail

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dias, e o Papa desejava determinar corretamente a data da Páscoa. Naquele ano de 1582, a quinta-feira do dia 04 de Outubro, foi seguida por uma sexta-feira, dia 15 de Outubro, corrigindo o desvio do calendário anterior, e os anos passaram a ter exatos 365 dias, adotando-se o sistema de anos bissextos para suas correções periódicas. Esse é o calendário que dá origem ao formato do dia 20 de Junho de 2013, data que servirá de comparação aos demais calendários. A Maçonaria deve utilizá-lo para todos os documentos, atas e certificados legais e para pranchas e comunicações direcionadas a pessoas ou instituições do mundo profano. 2.1.2. Calendário Judaico

Calendário utilizado no Judaísmo, adotado principalmente para as datas religiosas (BASSINI, 2004). Os judeus ortodoxos também utilizam para registrar nascimentos, casamentos e outras datas importantes. Trata-se de calendário no qual os meses são baseados no ciclo lunar, enquanto os anos são baseados no ciclo solar. Dessa forma, os anos se intercalam entre de 12 e 13 meses. Mas é desaconselhada aos corpos maçônicos a utilização desse calendário, visto ser um calendário religioso. No calendário judaico, a data de 20 de Junho de 2013 é: 12 de Tamuz de 5773. 2.2. Calendários Maçônicos 2.2.1. Calendário da Maçonaria Simbólica

A Maçonaria Simbólica, ou seja, as Obediências Maçônicas e suas Lojas, deve adotar o Anno Lucis (Ano da Luz), abreviado como A.´. L.´.. Sua data é calculada acrescentando 4000 anos à data do ano civil corrente. A adoção do Anno Lucis na Maçonaria Simbólica foi iniciativa de James Anderson, que acreditava que a Maçonaria deveria ter uma forma própria de marcar as datas, diferente de calendários religiosos como o judaico e o gregoriano. Ele tomou por base os cálculos de um arcebispo anglicano irlandês, James Ussher, que determinou, com base nos registros bíblicos, que o mundo teve origem no ano de 4.004 a.C. (BARR, 1985). Para facilitar a utilização, Anderson arredondou a criação do mundo para 4.000 a.C. (COIL, 1961, p. 112). Dessa forma, tendo como exemplo o dia 20 de Junho de 2013, tem-se: 20 de Junho de 6013 do A.´. L.´.. Esse é o sistema utilizado pelas Grandes Lojas de todo o mundo, e o recomendado às Lojas e Grandes Lojas ou Grandes Orientes brasileiros para utilização nos certificados de concessão dos graus simbólicos, cartas constitutivas e demais documentos que sejam estritamente maçônicos. Sugere-se a utilização desse calendário no Simbolismo, independente do Rito adotado na Loja, de forma a padronizar a datação de certificados e cartas constitutivas pelas Obediências, reduzindo assim possíveis confusões. Dessa forma, os calendários específicos dos ritos têm suas adoções restritas aos seus respectivos Altos Graus. 2.2.2. Calendário do Rito Escocês Antigo e Aceito Houve ocasiões no passado em que se verificou o uso do calendário hebraico em alguns Supremos Conselhos do REAA, adotando a sigla A.´. H.´., de Anno Hebraico, após a data (MACKEY, 1914, p. 129). No entanto, via de regra, atualmente adota-se nos Altos Graus do REAA o sistema de Anno Mundi (Ano do Mundo), A.´. M.´., que é inspirado no Calendário Judaico, apesar de diferente desse. O sistema funciona da seguinte maneira nos dois Supremos Conselhos do REAA norte-americanos: Entre 01 de Janeiro e 31 de Agosto, deve-se adicionar 3760 anos ao ano civil corrente. Já entre 01 de Setembro e 31 de Dezembro, deve-se adicionar um ano extra, ou seja, 3761 anos ao ano civil corrente. Dessa forma, todo ano inicia-se no dia 01 de Setembro do ano anterior e encerra-se em

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31 de Agosto do ano corrente, devendo os meses serem mencionados por número ordinal. Assim sendo, Setembro é o 1º mês, Outubro o 2º, Novembro o 3º, e Agosto o 12º. Trata-se de sistema adotado pela maioria dos Supremos Conselhos do Rito no mundo. Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 seria 20 do 10º mês de 5773 do A.´. M.´. 2.2.3. Calendários do Rito de York 2.2.3.1. Calendário da Maçonaria Capitular ou do Real Arco

Os Graus Capitulares do Rito de York abrangem um sistema de 04 graus: Mestre de Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco. Esses graus são concedidos em Capítulos de Maçons do Real Arco, subordinados a Grandes Capítulos de Maçons do Real Arco, os quais são filiados ao Grande Capítulo Geral de Maçons do Real Arco Internacional (General Grand Chapter of Royal Arch Masons International). Esses corpos adotam o Anno Inventionis, que significa “Ano do Descobrimento” e é abreviado como A.´. I.´.. Ele é calculado somando 530 anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). Os maçons do Real Arco registram essa data porque foi o ano em que Zorobabel iniciou a construção do segundo Templo, em 530 anos antes de Cristo. A seguinte passagem bíblica está relacionada com a construção: “Então se levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesuá, filho de Jozedeque, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.” (BÍBLIA, 1969, Esdras 5:2) Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 2543 do A.´. I.´. 2.2.3.2. Calendário da Maçonaria Críptica ou da Maçonaria de Conselho

Os Graus de Conselho ou Graus Crípticos do rito de York abrangem um sistema de 03 graus: Mestre Real, Mestre Escolhido e Super Excelente Mestre. Esses graus são concedidos em Conselhos de Maçons Crípticos, os quais são subordinados a Grandes Conselhos de Maçons Crípticos, esses últimos filiados ao Grande Conselho Geral de Maçons Crípticos Internacional (General Grand Council of Cryptic Masons International). Esses corpos utilizam o sistema de Anno Depositionis (Ano do Depósito), cuja sigla é A.´. Dep.´. e que é calculado somando-se 1.000 anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). O uso desse ano é em observância ao ano em que a construção do Templo de Salomão foi concluída e o Templo foi consagrado, tendo em seu interior depositada a Arca da Aliança: “Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salomão para a casa do Senhor; então trouxe Salomão as coisas que seu pai Davi havia consagrado; a prata, e o ouro, e os objetos pôs entre os tesouros da casa do Senhor.” (Reis I 7:51). Assim, o dia 20 de Junho de 2013 é registrado como: 20 de Junho de 3013 do A.´. Dep.´. 2.2.3.3. Calendário da Maçonaria Templária ou da Cavalaria Maçônica

As Ordens de Cavalaria Maçônica são 03: Ordem da Cruz Vermelha, Ordem de Malta e Ordem dos Cavaleiros Templários. Essas ordens são concedidas em Comanderias Templárias, que são subordinadas a Grandes Comanderias, essas últimas filiadas ao Grande Acampamento Templário. Esses corpos usam o formato de Anno Ordinis, termo em latim que significa “Ano da Ordem” e que é abreviado como A.´. O.´.. É calculado subtraindo 1118 anos do ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914), visto a Ordem dos Templários ter sido oficialmente fundada no ano de 1.118 (i.e.: AYALA, 2005). Para ilustrar seu uso, o dia 20 de Junho de 2013 seria: 20 de Junho de 895 do A.´. O.´. 2.2.3.4. Calendário da Ordem do Sumo Sacerdócio

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Mais conhecida no Brasil como a Ordem dos Sumos Sacerdotes Ungidos, essa é uma Ordem concedida àqueles eleitos para servirem como Sumos Sacerdotes (Presidentes) de Capítulos de Maçons do Real Arco. É o correspondente no Real Arco à Instalação de um Venerável Mestre Eleito na Maçonaria Simbólica. Na Ordem do Sumo Sacerdócio adota-se o Anno Beneiacio (Ano da Benção), abreviado como A.´. Beo.´., que é calculado adicionando 1913 anos ao ano civil corrente, pois acredita-se que Abraão foi abençoado por Melquisedeque em 1913 a.C.: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou” (Hebreus 7:1). Desse modo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 3926 do A.´. Beo.´. na Ordem dos Sumos Sacerdotes Ungidos. 2.2.3.5. Calendário da Ordem dos Cavaleiros Sacerdotes Templários do Santo Arco Real

Também conhecida como Ordem da Santa Sabedoria, possui uma versão inglesa e outra norte-americana. A inglesa é restrita a maçons que sejam Mestres Instalados, Maçons do Arco Real, Cavaleiros Templários e professem a fé cristã. Sua versão norte-americana, considerada como um corpo aliado ao Rito de York, é muito mais restrita, exigindo também que o candidato tenha servido como Comandante de uma Comanderia Templária. Essa Ordem utiliza o Anno Renascenti (Ano do Renascimento), cuja sigla é A.´. R.´., e no qual se subtrai 1686 anos do ano civil corrente. Exemplificando, o dia 20 de Junho de 2013 fica sendo: 20 de Junho de 327 do A.´. R.´. 2.2.4. Calendário do Rito Adonhiramita

O Rito Adonhiramita é um rito de origem francesa, cujo calendário foi abolido pelo Grande Oriente de França em 12/10/1774, por gerar grande confusão em sua datação. As primeiras Lojas na cidade do Rio de Janeiro, a Loja “Reunião” e depois a Loja “Comércio e Artes”, trabalharam inicialmente no Rito Adonhiramita, adotando seu calendário original. Já quando do reerguimento da Loja “Comércio e Artes” e sua divisão em três Lojas para a fundação do então Grande Oriente Brasílico, os trabalhos já ocorreram no Rito Moderno. Porém, assim como “o uso do cachimbo deixa a boca torta”, a Loja “Comércio e Artes” por um bom tempo teve suas atas datadas ainda pelo calendário do Rito Adonhiramita, o que originou, anos depois, a confusão do Dia do Maçom. O sistema do Calendário Adonhiramita tem por base o início do ano no dia 21 de Março, fixando nesse dia o Equinócio Vernal. Soma-se então ao ano 4000 anos, como no calendário maçônico original, criado por James Anderson. O termo utilizado para designar o ano também é “Verdadeira Luz”, similar ao termo adotado por Anderson, de Anno Lucis (Ano da Luz). Considerando esse sistema, o dia 20 de Junho de 2013 é o 31º dia do 3º mês de 6013 da V.´. L.´., no Rito Adonhiramita. 2.2.5. Calendário do Rito Moderno O Rito Francês, também conhecido como Rito Moderno, foi adotado no Grande Oriente da França quando de sua Convenção de 1786 (i.e.: COIL, 1961, p. 268; MACKEY, 1914, p. 285). O calendário do Rito Moderno é o calendário tido como oficial no âmbito do Grande Oriente de França desde 1774, em substituição do calendário do Rito Adonhiramita. Esse calendário era baseado no sistema adonhiramita, com a diferença de que se passou a adotar como primeiro dia do ano o dia 1º de março (COIL, 1961, p. 113), e os meses passaram a ser contados pelo número ordinal. Isso facilitava no

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cálculo, visto que o sistema adonhiramita gerava bastante confusão. O termo relacionado ao ano geralmente utilizado também é o da Verdadeira Luz: V.´. L.´., ou, em alguns registros do Rito Moderno, Vraie Lumiere (MACKEY, 1914, p. 129). Assim, o dia 20 de junho de 2013 é o 20º dia do 4º mês de 6013 da V.´. L.´. para o Rito Moderno. 3. Comentários Finais A Maçonaria Brasileira é, sem dúvida alguma, uma das mais “bem servidas” em se tratando de ritos maçônicos, como bem evidencia João Guilherme da Cruz Ribeiro (2012, p. 11). Com exceção do Rito Brasileiro que, por coincidência ou não, parece não possuir calendário próprio, os demais ritos em prática no Brasil são sistemas importados, a maioria chegando ao Brasil ainda no século XIX. E cada rito, ou mesmo segmento de rito, chegou com sua própria história, seus próprios termos, paramentos e regras de funcionamento, resultantes de diferentes origens, inspirações e influências. Iniciativa inaugurada por James Anderson, quando da Primeira Grande Loja de Londres, o primeiro calendário maçônico, por sinal muito simples de se utilizar, tinha por objetivo claro dar uma identidade própria ao registro das datas maçônicas, numa época em que ritos formalmente ainda não existiam. Conforme foram surgindo, cada rito parece ter utilizado da mesma estratégia para deixar sua marca na datação dos documentos e registros maçônicos. Nos últimos anos, muitos desses calendários maçônicos têm caído em desuso. E quando utilizados, geralmente são acompanhados pela data no formato do calendário civil. Por esse motivo, não é de se estranhar que muitos maçons, mesmo com algumas décadas de experiência, desconheçam o funcionamento dos mesmos, até mesmo quando adeptos de um dos ritos que os possui. Portanto, que este trabalho não sirva apenas para saciar a curiosidade daqueles que o leem, ou para servir de orientação quando se desejar confeccionar um certificado maçônico com certo requinte, senão para também registrar, de forma sucinta e organizada, um dos elementos que compõem a história dos ritos aqui citados e que pode simplesmente se perder nas brumas do tempo.

4. Referências Bibliográficas

AYALA, Carlos Martinez – “Origem, Significado e Tipologia das Ordens Militares”, As Ordens

Militares na Europa Medieval, dir., por Feliciano Movoa Portela, 1ª ed., em Portugal, Lisboa, Chaves

Ferreira – Publicações S.A., 2005

BARR, J. Why the World Was Created in 4004 BC: Archbishop Ussher and Biblical Chronology.

Bulletin of the John Rylands University. 1985, vol. 67, no2, pp. 575-608.

BASSINI, Marili. Ensino Religioso: educação pró-ativa para a tolerância. Revista de Estudos da

Religião Nº 2, p. 49-64, 2004.

BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução: João Ferreira de

Almeida. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

COIL, Henry Wilson; BROWN, William M. Coil’s Masonic Encyclopedia. New York: Ed.

Macoy,1961.

MACKEY, Albert. An Encyclopedia of Freemasonry. New York e Londres: The Masonic History

Company, 1914.

RIBEIRO, João Guilherme da Cruz. O Nosso Lado da Escada. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2012. THIBAULT, Pierre. O Período das Ditaduras 1918-1947. História Universal 12. Lisboa: Publicações

Dom Quixote, 1981.

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ESTÓRIA DA CÂMARA DE REFLEXÃO - Conto – Ficção

Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” – Londrina – PR

Sessão Magna de Iniciação linda! Durara quase quatro longas horas. Todos satisfeitos, apertos de mãos, abraços tríplices, elogios sem fim, alguns exageros por parte de alguns Irmãos, mas é assim mesmo nestas ocasiões. A emoção toma conta de todos, mas com maior intensidade por partes de alguns.

Ele estava satisfeito e feliz, havia se tornado maçom, e agora um antigo sonho seu estava realizado. Seu Pai, grau 33, seu grande modelo de vida,

agora no Oriente Eterno, ou onde quer que esteja estará orgulhoso do seu amado filho.

Ele fora o único candidato que se apresentou naquela Iniciação. Por ironia os outros dois não puderam ser iniciados naquela noite. Aliás, ele havia pensado muito neste aspecto quando ele estava na mofada Câmara de Reflexão, situada no velho porão do templo antigo. Quanta coisa lhe passou pela mente naqueles momentos e depois seguindo-se a cerimônia, até lhe tirarem a venda, quanta surpresa. Jamais pensou que ser iniciado na Maçonaria era daquela forma. Ainda estava em estado de graça, em estado alterado da mente, raciocinando normalmente, mas sem poder julgar friamente tudo o que estava se passando consigo. Será que todos os iniciados que passam por aquele lugar cheio de mofo e ácaros, ar impuro, sentem as mesmas emoções? Foi encaminhado após a Sessão ao salão de banquete, alegre, um pouco cansado, mas muito tranquilo e feliz, admirou todos os maçons presentes todos bem vestidos ternos escuros engravatados, achou bonito estes costume, um pouco inusitado atualmente, mas sabendo que era tradicional, achou bonito. Durante o banquete quando iniciaram os discursos, achou que estes destoaram muito de toda aquela festa, porque três ou quatro Irmãos proferiram longas e repetitivas falas, algum trecho sem nexo, estando um deles embriagado. Ele pensou: será que maçom tem também este costume? Mas tudo bem. Hoje é dia de festa.

5 - Estória da câmara de reflexão - Ir Hercule Spoladore

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Terminado o banquete o seu Padrinho, seu velho amigo que o havia acompanhado até a porta do templo e o deixado lá horas antes para ser preparado para a iniciação, também o levou para casa. No caminho, o carro sendo dirigido em baixa velocidade, ambos conversando trocando ideias e impressões sobre a cerimônia que acabava de ser realizada. O afilhado todo entusiasmado começou a fazer perguntas. E o Padrinho respondendo-as em detalhes, com aquele ar de superior solenemente tentava explicar todo o simbolismo da Iniciação. Conversa vai conversa vem ele começou a citar o que mais lhe havia impressionado durante a Iniciação. Disse que em primeiro lugar foi quando lhe tiraram a venda, não imaginava que havia tantos maçons dentro do templo, alguns com espadas voltadas para si, ficou tomado de forte emoção. Achou até que os Irmãos deveriam estar ao seu lado empunhando as espadas não contra si, mas contra um provável inimigo oculto talvez representado por algum simbolo. Apesar da fala do venerável explicando aquele procedimento, as espadas em realidade estavam voltadas para ele. O Padrinho sempre explicando que todos estes procedimentos são simbólicos, que as espadas eram para defendê-lo e não agredi-lo. Em segundo lugar foi quando estava na Câmara de Reflexão. Lembrou-se dos símbolos lá existentes. Começou a comentar os dizeres escritos na parede, a vela acesa, o galo, duas tíbias (ossos), um crânio, a ampulheta e outras coisas mais que se lembrava, além da cobra empalhada que estava num canto da câmara no chão, que por alguns segundos ele teve a impressão de que a vira realizar movimentos leves. O Padrinho estupefato perguntou: “cobra? Que cobra?”.

O Afilhado respondeu: “Ora, aquela cascavel empalhada num canto do quarto

apertado onde eu estava. O que é que a cobra simbolicamente representa na Maçonaria? E porque uma cascavel? Não poderia ser outra cobra?”.

O Padrinho, confuso, engoliu a seco, quis mudar de assunto, mas antes aplicou o

famoso golpe de certos mestres que quando não sabem o que os aprendizes e companheiros lhes perguntam respondem solenemente e com ar de grande sabedoria:

“Não posso falar sobre este símbolo agora, você saberá quando chegar lá. Você não

iria compreendê-lo agora, no seu grau”. Falaram sobre outros pormenores Iniciação e por fim deixou o Afilhado em sua

residência. O Padrinho estava intrigado. Agora quem não conseguiria dormir era ele. Chegando em casa, telefonou para o zelador da loja e perguntou que brincadeira era aquela, uma cobra empalhada na Câmara de Reflexão. O zelador não sabia de nada, mas disse que no dia seguinte iria verificar.

Realmente havia no chão, num canto da Câmara de Reflexão uma cobra cascavel, de

noves guizos contados após o sacrifício do pobre réptil, inquilino solitário e inocente do porão do templo... Nota: Este conto foi baseado num fato verídico ocorrido numa loja do interior do Paraná.

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O presente bloco

é produzido pelo Ir. Pedro Juk.

Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR

abertura da loja e o número de irmãos

Questão apresentada em 05 de outubro de 2.010 e recuperada em 06 de abril de 2.013. O Irmão Günter G. Resener, Loja Eduardo Teixeira II, 80, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Camboriú, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte: [email protected]

Em primeiro lugar, meus parabéns pela sua seção Consultório Maçônicos da Revista na Revista A Trolha (é a primeira que leio ao receber a Revista). Bem, minha dúvida é a seguinte: na seção Consultório Maçônico da Revista A Trolha nº

287 - Setembro/2010, ao responder o questionamento do Ir Sílvio Rogério Hauer sobre "Aprendiz no Oriente", o Senhor diz: "[...] para abrir uma Loja de forma regular, precisamos no mínimo 7 Mestres Maçons ...". Desculpe minha ignorância, pois como Aprendiz, tenho a vontade de aprender, e como no nosso Ritual (Grande Loja de Santa Catarina), consta: "Venerável – Irmão Orador, o que se torna preciso para a abertura dos trabalhos?” “Orador - Que estejam presentes, no mínimo, sete Irmãos, dos quais pelo menos três Mestres e que todos estejam revestidos de suas insígnias." (grifo meu) Inclusive, questionei diversos Irmãos Mestres e Mestres Instalados e todos responderam que seriam necessários apenas três Mestres, sendo um deles Mestre Instalado. Diante do acima exposto, gostaria que, se possível, elucidasses essa minha dúvida.

CONSIDERAÇÕES: (Questão da Obediência Grande Loja de Santa Catarina): As considerações que seguem estão embasadas na tradição e não na interpretação de rituais e regulamentos. Nesse sentido também esses apontamentos não têm o escopo de desrespeitar escritos legalmente aprovados. Nem tudo que reluz é ouro. O que tem acontecido é a má interpretação da tradição. Senão vejamos: Três governam a Loja, cinco a compõe e sete a completam. Infelizmente alguns tratadistas confundem o número mínimo presente com o Landmark de que uma Loja será

6 - Perguntas & Respostas

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sempre governada por três Luzes. Dado a esse feitio surgiu a falsa interpretação de que uma Loja precisa de apenas três Mestres, dois Companheiros e dois Aprendizes. Ora isso é especialmente inviável, já que os cargos em Loja conforme os Ritos e Trabalhos maçônicos serão sempre preenchidos por Mestres Maçons na Moderna Maçonaria. Vejamos em particular o Rito Escocês Antigo e Aceito, filho espiritual da França: respeitando o Landmark que uma Loja será sempre dirigida por três Luzes (Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes – Mestres Maçons), quem seria o Orador, o Secretário, o Cobridor Interno e o Mestre de Cerimônias? Companheiros e Aprendizes? Obviamente que não, pois cargos em Loja são preenchidos por Mestres. Ainda mais, Aprendizes e Companheiros exercendo o cargo de Orador e Secretário no Oriente? E o Cobridor Interno em se obrigando a fazer o Telhamento? Isso seria possível ser realizado por um Aprendiz ou um Companheiro? Como ficaria a situação se por dever de ofício esse Oficial carecesse telhar um Mestre retardatário? E no caso do Mestre de Cerimônias que carece se deslocar por dever de ofício pelos quatro pontos cardeais da Sala da Loja? Sendo um Companheiro e um Aprendiz haveria essa possibilidade no Oriente? Nunca é demais lembrar que em Loja aberta o Oriente é privativo dos Mestres. Por essas razões que uma Loja precisa ser aberta no mínimo por sete Mestres – Três Luzes (Venerável e os Vigilantes), cinco Dignidades que a compõe (as Três Luzes mais o Orador e o Secretário) e sete que a completam (as cinco Dignidades mais o Mestre de Cerimônias e o Cobridor). No caso do Rito Escocês sem esse mínimo de Mestres não há possibilidade de se abrir uma Loja. Cabe aqui uma observação no caso do Rito Escocês – como originariamente os Diáconos no rito em questão não usam bastão e não existe formação de pálio, para a abertura e encerramento dos trabalhos no tocante a transmissão da Palavra Sagrada, o Mestre de Cerimônias e o Secretário preenchem esses cargos precariamente no ato ritualístico. Agora para rituais que preveem o pálio, deixamos a palavra com quem “inventou” esse procedimento no Rito em questão.

T.F.A. Pedro Juk -

[email protected] abril/2013

Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )

que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )

Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.

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Lojas Aniversariantes da GLSC: Data Loja Oriente 01/7 Alferes Tiradentes nr. 20 Florianópolis

07/7 Templários da Nova Era nr. 91 Florianópolis

07/7 Solidariedade Içarense nr. 73 Içara

10/7 Obreiros de Maravilha nr. 96 Maravilha

12/7 15 de Novembro nr. 25 Imbituba

21/7 Liberdade Criciumense nr. 55 Criciúma

ARLS Verdade & Luz, 675 - São Paulo

O Irmão E. Figueiredo (do meio da linha de frente) da Verdadeiros Irmãos 669,

foi convidado para ser um dos instaladores do novo Venerável Mestre da ARLS

Verdade & Luz – 675, Irmão Clésio Botelho Teixeira, na Sessão de 24 último.

Ao final da cerimônia, quando da concessão da palavra sobre o ato que acabara de

ser realizado, o Irmão E. Figueiredo saudou o recém-empossado com uma locução

que surpreendeu os presentes, sendo aplaudido efusivamente em virtude das

palavras proferidas, que vinculou a posse com a situação política pelo qual o Brasil

enfrenta e a posição da Maçonaria perante as recentes manifestações populares.

Veja os demais registros, no link abaixo:

https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/ARLSVerdadeLuz675?

authkey=Gv1sRgCL3Gv5jX_YebNw#

7- destaques jb

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Encontro da Academia Catarinense Maçônica de Letras

- Hoje, sexta-feira. Horário: 20:00 horas

- Local: Salão de Festas do Edifício APLUB - último andar.

- Traje: Passeio ou Esporte Fino, sem Paramentos.

- Grau: Aprendiz

- Tema: "Como e Porque a Maçonaria passou de Operativa a Especulativa" -

- Palestrante: Ir.: Ademar Valsechi, seguido de debates.

Notícias do GOSC Loja Lara Ribas nr. 66 - loja de Mesa

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(Ir Borbinha, correspondente do JB News) - A Loja Lara Ribas nr. 66, realizou na noite de

quarta-feira (26) a sua Loja de Mesa, muito bem conduzida pelo Venerável Mestre, Irmão

Roberto Nicollazzi Garcia e que contou com diversos Irmãos e convidados. Estiveram presentes

os visitantes Ir:. Dante Michels de Mattos AM da A:.R:.L:.S:. Acacia da Arte Real - 50

R:.E:.A:.A:. - MRGLSC; Ir:. Gonçalo Barbosa Junior, M:.I:. da A:.R:.L:.S:. Fraternidade

Josefense - 30 R:.E:.A:.A:. MRGLSC; Ir:. Jean Duarte Dadam, M:.M:. do Triangulo União

Fraterna - 137 - Frances Moderno - GOSC; Ir:. Waldemar de Souza Junior C:.M;. da A:.R:.L:.S:.

- Otacílio Schuller Sobrinho - 105 - Rito Frances Moderno GOSC; Ir:. José Waldemar Kuhn,

M:.M;. Do Triangulo União Fraterna - 137 - Frances Moderno - GOSC. Veja o link a seguir, com

fotos do Ir. Borbinha.

https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaLaraRibas66LojaD

eMesa260613?authkey=Gv1sRgCOKyiP_euOTdCg#

O que você tem a ver com a corrupção? Segundo informações do Ir. Everton Staub da Loja Templários da Nova Era,o programa “O que

você tem a ver com a corrupção?” idealizado pelo Promotor de Justiça de SC, Afonso Guizo Netto

e agasalhado pela Grande Loja de Santa Catarina foi selecionado pela ONU para ter apoio mundial

e ser replicado em outros Países.

Loja Templários da Nova Era

A Loja "Templários da Nova Era" teve ontem a primeira Sessão da nova administração. O

novo Venerável, Ir. Clovis Antonio Petry deu posse aos novos Vigilantes, Dignitários e

Oficiais da Loja. Ainda na Ordem do Dia foi apresentado o planejamento de trabalho do

período administrativo 2013/2014. Ao final da Sessão, o registro dos irmãos empossados.

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Rádio Sintonia 33 & JB News Música e Informação o ano inteiro. Agora com novo site e BLOG do JB News. Acesse www.radiosintonia33.com.br -

Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

1 - Ouvir o "bolero de Ravel" é sempre um presente. O desenho animado funciona como uma espécie de concerto didático porque os diversos instrumentos que integram a música de Ravel estão individualizados e você consegue identificar o som/ instrumento que está tocando em cada momento da música

http://www.youtube.com/embed/rvYHYUkwBe4

2 -Olha a concentração, habilidade e sensibilidade dessa mulher... segredo do equilíbrio está na parte mais leve... http://www.flixxy.com/the-incredible-power-of-concentration-miyoko-shida.htm#.UYroPaLvuGU

3 - MAPA RODOVIÁRIO COM CÁLCULOS: COMBUSTÍVEL, PEDÁGIO E TEMPO DA VIAGEM. Aparecerão uns campos para preencher e obter as informações. Preenchendo somente os locais de origem e destino, obtemos o valor total do pedágio no trecho estipulado, e ainda podemos ver no mapa quantos pedágios são. Confira:

http://www.mapeia.com/

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Começou a cobrança....

fechando a cortina

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