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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.044 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - sábado, 13 de julho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - " A Verdade - a Quinta Dimensão " - Mario Gentil Costa Bloco 3 - do Portal Maçônico Português: - "Maçonaria e a Sociedade do Sec. Bloco 4 - Ir Jean van Win - "Regulateur de Roëtters de Montaleau" Bloco 5 - IrJoão Anatalino - "O Grande Arquiteto do Universo " Bloco 6 - IrJosé Luiz Gonçalves - " A Hipocrisia Maçônica " Bloco 7 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Postura com as Espadas " Bloco 8 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 12 de julho de 2013, 193º dia do calendário gregoriano. Faltam 172 para acabar o ano. Dia do Engenheiro Florestal Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

Jb news informativo nr. 1.044

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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.044 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

Florianópolis (SC) - sábado, 13 de julho de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque

Bloco 2 - Opinião - " A Verdade - a Quinta Dimensão " - Mario Gentil Costa

Bloco 3 - do Portal Maçônico Português: - "Maçonaria e a Sociedade do Sec.

Bloco 4 - Ir Jean van Win - "Regulateur de Roëtters de Montaleau"

Bloco 5 - IrJoão Anatalino - "O Grande Arquiteto do Universo "

Bloco 6 - IrJosé Luiz Gonçalves - " A Hipocrisia Maçônica "

Bloco 7 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - " Postura com as Espadas "

Bloco 8 - Destaques JB

Pesquisas e artigos:

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org

- Imagens: próprias e www.google.com.br

Hoje, 12 de julho de 2013, 193º dia do calendário gregoriano. Faltam 172 para acabar o ano.

Dia do Engenheiro Florestal

Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

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www.cmsb2014.com.br

1793 - A monarquista Charlotte Corday entra na casa do líder revolucionário francês Jean-Paul Marat e o mata enquanto ele está na banheira.

1878 - O Tratado de Berlim torna a Sérvia completamente independente. 1917 - Ocorre a terceira das seis aparições da Virgem Maria às três crianças de Fátima, Portugal.

1930 - O Francês Lucien Laurent marca o primeiro gol da história das Copas do Mundo FIFA.

1939 - Frank Sinatra grava seu primeiro disco.

1945 - Segunda Guerra Mundial - Projecto Manhattan: A primeira arma nuclear da História (nome de código Trinity) é montada no deserto de Alamogordo (Novo México).

1968 - A brasileira Martha Vasconcellos é eleita Miss Universo.

1977 - Um blecaute deixa a cidade de Nova York no escuro por 25 horas. A polícia prende cerca de 3 mil pessoas sob suspeita de saque.

1985

o Realização do Live Aid, combinação de artistas lendários da música pop e do rock mundial em prol dos famintos da Etiópia.

o Sergey Bubka é o primeiro atleta a superar a marca de seis metros no salto com vara.

1990

o Instituído no Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei N° 8069/90. 1992 - Yitzhak Rabin assume o cargo de primeiro-ministro de Israel. No ano seguinte ele assinaria

um acordo de paz com o líder palestino Yasser Arafat, em Washington.

2007 - Cerimônia de abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007.

1 - almanaque

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

Eventos Históricos

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Dia do Engenheiro de Saneamento

Dia do Cantor

Internacional

Dia Mundial do Rock

Religioso

Dia de Nossa Senhora Rosa Mística

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1822 por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na Maçonaria, na loja

Comércio e Artes, e logo elevado ao grau de Mestre Maçom. Enquanto isso, crescia

em todo o Brasil, o movimento pela Independência, encabeçado pelos maçons.

1913 Fundação da Loja Libertadora Acreana nr. 04 ao Oriente de Tarauacá

(GLEAC)

1925 Ir Mário Martinho de Carvalho Behring renuncia o cargo de Grão-Mestre do

Grande Oriente do Brasil.

1985 Fundação da Loja Mensageiros da Liberdade nr. 2513, de Goiânia, (GOEG/GOB)

2001 Fundação da Loja Fraternidade Alcantarense nr. 3393, de São Pedro de

Alcântara (GOB/SC)

Chapecó nos espera!

http://www.diadomacom2013.com.br

feriados e eventos cíclicos

fatos maçônicos do dia

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Mario Gentil Costa- Florianópolis) [email protected] http://magenco.blog.uol.com.br

"A VERDADE - A QUINTA DIMENSÃO"

O Tempo, segundo Einstein, é a quarta dimensão do espaço. Trata-se de uma

grandeza relativística, capaz de curvá-lo na velocidade da luz e até gerar buracos negros. Ele não passa; simplesmente aí está..., como estão as outras três que, há mais de dois milênios, foram enunciadas por Euclides e incorporadas definitivamente aos fundamentos da geometria clássica. Ao contrário do comprimento, da largura e da altura, ele não é percebido fisicamente pelos nossos sentidos. Olhamos ou tocamos um objeto e, imediatamente, somos capazes de lhe determinar, mesmo a grosso modo, a forma, o tamanho, a cor, a consistência. O Tempo, dir-se-ia que é ultra-sensorial. Temos, quando muito, uma vaga consciência de sua presença a nosso redor. É tão relativo que parece arrastar-se quando vivemos momentos difíceis; voa célere, todavia, se a ocasião é prazerosa. Olhado de frente, ele se nos afigura como futuro. Visto de costas, já é passado e se perde nas brumas do horizonte da memória. Em sua essência presente, contudo, não passa do instante. Medimo-lo convencionalmente ao observar a aparente regularidade dos movimentos do Universo mais próximo..., como o nascer do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as horas do dia... Mas esse é apenas o nosso Tempo..., o Tempo humano..., um mero calendário antropocêntrico..., quase um artifício..., tão relativo, que logo ali..., em Júpiter..., cuja rotação dura dez horas das nossas..., cuja translação dura doze anos dos nossos..., de nada mais vale como relógio cósmico. Nosso Tempo é todo ele composto de momentos que se sucedem entre duas colossais perspectivas: o passado que passou e o futuro que virá. É o presente..., algo sem dimensão..., como um ponto geométrico que só existe na imaginação. O passado está na idéia que acabo de expressar; o futuro, na que virá em seguida. E entre os dois estamos nós, caro leitor..., eu e você..., vivendo, um após outro, os nossos momentos... O passado é, simplesmente, uma lembrança..., alegre, triste ou inexpressiva..., que ficou ou se perdeu. O futuro é o que será..., um misto de esperança, medo ou indiferença..., mas, de qualquer forma, uma expectativa..., uma incerteza..., uma interrogação. E assim vive o ser humano, de momento em momento, sufocado entre duas verdades imutáveis: a que foi e a que virá. Ele pensa que se auto-determina..., que tem

2 - Opinião - " A Verdade - A Quinta Dimensão " - Mario Gentil Costa

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livre arbítrio..., ignorante e esquecido de que está sempre ao sabor do acaso..., esse mesmo acaso que, tola e vaidosamente, resolveu chamar de "destino", como se além do Caos Universal, que regula e organiza tudo, houvesse realmente algum tipo de predeterminismo individual...; como se fosse ele..., exclusivamente ele... - o homem - a figura indispensável e central do espetáculo. Seu poder de decisão é mínimo..., quase nulo. Pouco maior que o de uma folha solta ao vento, que flutua e dança ao léu sem saber aonde vai cair no momento em que se extinguir a energia que a embala. E quando isto acontece, o que resta, em última análise é nada mais que a Verdade..., a Verdade do que foi..., do que é..., do que será... A Verdade..., uma estranha e insondável espécie de quinta dimensão..., que é eterna, imutável...; que interage com o Tempo na síntese total. Muito antes de que o pensamento humano existisse, ela, a Verdade, já existia, e quando a humanidade, como substância, desaparecer ou se transformar em massa ou energia - como descobriu Lavoisier e, de fato, acontece a todas as formas de vida evolutiva - a Verdade continuará existindo no Espaço e no Tempo como atributo imanente do Todo. A Verdade..., essa sim..., é preestabelecida por ser eterna..., ao contrário da mentira, da falsidade, da traição..., que nasceram com o homem..., geradas na sua própria imperfeição; com este mesmo homem que se dizendo "criado à imagem e semelhança de Deus"..., é o único animal que mente e que trai. A Verdade é filha da Ética..., da Lógica..., nunca da força ou da autoridade. Ela é sinônimo da perfeição estética. O fato só acontece para confirmá-la e, mesmo que não aconteça..., que não seja registrado..., ela sempre prevalece, ou encerrada em si mesma..., em sua essência..., ou dentro da consciência de cada indivíduo, num plano mais humano. Mas ela é uma só; é o ideal pleno a que todos aspiram sem jamais alcançar. Daí o imenso desafio que depara o homem: a busca e o encontro da Verdade. Irremediavelmente condenado a viver seu momento fugaz..., preso e contido entre o passado e o futuro, e, o que é pior, reprimido por suas próprias limitações e cada vez mais deslumbrado, a procurar em vão o entendimento do infinito e do eterno..., ele se vê sufocado diante da Verdade que sabe que existe e não é capaz de absorver, rendendo-se, finalmente, à única alternativa que lhe sobra: a crença. Vez por outra..., de quando em quando..., a Natureza, que se autorregula com a sabedoria ingênita de que só Ela é capaz..., deixa nascer um gênio para dar um salto adiante. Tal indivíduo..., que infelizmente é muito raro..., gravita numa órbita escassamente povoada, habitada exclusivamente por iniciados cuja tarefa primordial é a gradativa elevação do homem, a fim de torná-lo merecedor dos privilégios de que desfruta entre os animais da Terra. O gênio é o embaixador da Verdade. Mas..., lá no íntimo..., ele também sabe... por uma incômoda e indisfarçável intuição..., que, por mais que avance em sua busca incessante..., a Verdade Final..., aquela que existe por si mesma e independe das nossas crenças..., a Verdade Verdadeira..., fugidia como a linha do horizonte..., sempre estará além do seu alcance.

Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013)

Academia Maçônica de Letras do Brasil. Arcádia Belo Horizonte

www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com

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MAÇONARIA E A SOCIEDADE DO SÉCULO XXI

Trabalho classificado em terceiro lugar no concurso realizado pelo

“PORTAL MAÇONICO PORTUGUES”, em Lisboa.

Elaborado pelo Irm.·.

José Roberto Mira M.·.M.·.- Cim. 228445

Caraguatatuba {SP}

01.01.2003 – E.·.V.·.

Agrada-me sobremaneira a oportunidade de escrever sobre a nossa Sublime Ordem Maçônica. Quando escrevia os trabalhos para aumento de salários, nos meus tempos de aprendiz, tudo era muito fácil, tudo era novidade, e a gente tinha um vasto campo para dissertar sobre o assunto até então desconhecido por mim e pelos irmãos que comigo iniciaram, na busca de conhecimentos dos Augustos Mistérios.

Hoje a coisa é bem diferente. Estou tentando passar o que sinto e a pálida expressão de meus modestos conhecimentos a leitores acostumados a apreciar trabalhos de alto gabarito conceituados irmãos pesquisadores, cuja leitura sempre dá grata satisfação.

Não é fácil, mas atrevi-me a fazê-lo, movido pela coragem e pela certeza de que os irmãos que já conquistaram posições de destaque dentro da Arte Real, vão considerar o pouco tempo que este obreiro teve desde que lhe foi dada a “Luz”.

Não é muito difícil falar dos tempos idos, do que foi a maçonaria, da sua participação nos mais importantes fatos da historia; isto está nos livros.

Contudo, o que vai acontecer doravante não podemos nunca afirmar com certeza, e temos que nos precaver para não escrever coisas e previsões catastróficas e, sei que ir a tanto não é tarefa de um obreiro que apesar de dedicado está apenas engatinhando nos caminhos misteriosos da Sublime Ordem.

Por mais ruim que este trabalho possa parecer, deve-se considerar a sinceridade e a virtude de trabalhar a obra, que de alguma forma sei que vai acrescentar algo para a reflexão dos irmãos.

Quando fui recebido na Ordem, recebi lições de discrição e fidelidade e prometi cumprir com o dever de defender a Família a Pátria e a Humanidade.

Defender a Família a Pátria e a Humanidade sempre foi o carro chefe da filosofia maçônica, mas atualmente o que a Maçonaria vem fazendo para que se atinja este objetivo?

Não quero ser o advogado do diabo, mas infelizmente estou percebendo que as lojas estão inchando em quantidade, porem murchando em qualidade.

As reuniões e os ensinamentos estão ficando cada vez mais curtos, em prol de um ágape mais longo, superabundante e festivo, fazendo o Irmão cada vez mais obeso

3 - " maçonaria e a sociedade do século xxi " Portal Maçônico Português, em Lisboa

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e inculto. Tem irmão graduado que confunde a linguagem maçônica onde se diz “A loja tal

está Tomando Força e Vigor” com lautos banquetes para os obreiros e, pasmem, convidados profanos que na maioria das vezes saem tecendo os piores comentários a respeito da Ordem.

A coisa esta perdendo o controle meus irmãos. É lamentável que esta deturpação das nossas finalidades e das nossas tradições esteja ocorrendo amiúde, por maçons despreparados que por desconhecimento de causa estão arrastando a maçonaria, outrora tão respeitada, admirada e temida, para a condição de mero clube de serviços. [com todo respeito]

Lamentavelmente, há muito tempo a maçonaria deixou de ser aquela ordem aguerrida e preocupada com os problemas cruciais da sociedade para se encerrar nos limites dos enfadonhos rituais internos e de incipiente e hipócrita filantropia externa.

Não sabemos explicar com precisão as causas, mas é certo que a nossa ordem não anda atravessando uma boa fase e a nós somente resta falar dos grandes feitos maçônicos e de grandes maçons de um passado de glória, já esquecido pelo mundo profano. Sim, estamos estagnados no presente admirando os maçons do passado, exaltando seus feitos, e não temos a coragem de continuar as obras iniciadas por eles. Um processo de materialização se desenvolve como uma praga dentro dos templos e lojas maçônicas. Todo valor iniciático e filosófico está desaparecendo em prol de um ritual deformado, modificado a torto e direito para ser adequado a conveniência e as ambições pessoais de pseudo maçons, que se julgam senhores da Sublime Fraternidade.

A maçonaria deveria ser em principio uma escola de filosofia, para formar líderes; homens de bem, engajados no ideal desta fraternidade. Por tradição deveria ter o caráter transcendental iniciático, o que definitivamente não tem, por mais que queiram admitir alguns profanos de avental.

Os Maçons sérios sabem a que estou me referindo. O mundo todo está em crise, vivemos dias conturbados caracterizados por desentendimentos, corrupção, injustiças e violências, e eu pergunto: · O que nós, os Maçons, estamos fazendo para mudar este cenário??????? · Temos em nossas reuniões discutido maneira de melhorar a vida do povo? · Que providencias a maçonaria Brasileira como um todo esta tomando para minorar os problemas do pais? · E os nossos Irmãos Brasileiros detentores de altos cargos profanos, o que estão fazendo? · E você meu ir:. está satisfeito só em ouvir, sem escutar o soar surdo do malhete, enquanto espera que um milagre ocorra para melhorar a situação? · “Enfim o que podemos fazer como maçons, para acordar este gigante adormecido em berço esplendido enquanto a “vaca vai pro brejo”“?

Meus amados Irmãos a crise do mundo atual é uma crise de homens! Estamos no limiar de uma nova era e ainda dá tempo de consertar o que ai está. Basta que se formem homens sérios e de princípios. Homens comprometidos em levantar templos onde a virtude possa ter seus altares; e cavar masmorras profundas onde os vícios possam ser atirados pelo resto dos tempos, construindo finalmente o tão sonhado “Admirável mundo novo” onde todos possam viver em paz e feliz. É uma tarefa difícil porém não impossível.

Quem senão a Maçonaria está apta a realizar tal façanha,... não esta maçonaria materialista e deformada que aí está, mas a verdadeira Maçonaria formadora de homens íntegros de bons princípios, desprovidos das vaidades fúteis do mundo profano.

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Urge um chamamento geral da consciência maçônica, independentemente de potência ou rito, irmanados num único ideal que é a felicidade de todos.

Gostaria de bradar bem alto para que fosse ouvido por todos os maçons do universo, que só depende de nós a construção ou não de um mundo mais justo e perfeito. Seremos os únicos culpados se fecharem as portas de nossos Templos e não pudermos mais nos reunir para a construção do Edifício da Fraternidade.

Perdoem-me a contundência do desabafo meus estimados irmãos, é por amor à Ordem, pois a mim particularmente agrada muito pertencer a esta Sublime Instituição e por isso vivo estudando o mais que posso dentro de minhas limitações e do meu grau, e procuro externar esta satisfação em trabalhos quando me concedem oportunidade como esta.

Pelos estudos e pesquisas concluí que o aprendizado maçônico é infinito e visa basicamente o crescimento interior do homem para combater a ignorância, o preconceito e os erros, e isso me empolgou e me estimulou pois o mundo tem sede de homens sérios, talhados na pedreira da meditação, desbastados das paixões e livres dos impulsos egoístas da vaidade. Que fique bem claro que meu desabafo não é contra a nossa sublime Ordem que é surpreendente, enigmática mas perfeita em seus ensinamentos. É contra alguns irmãos que não entendem que a Maçonaria não penetra por osmose, pensam que basta entrar para a Ordem Maçônica que ela provoca as transformações espontaneamente. Temos que estudar e estudar muito meus irmãos, pois o crescimento espiritual é um processo gradual, pessoal, voluntário e intransferível.

Estimados irmãos, mais uma vez peço desculpas se fui rude, mas a vigilância tem que existir porque não é justo que homens privilegiados e preparados cruzem os braços enquanto a sociedade se deteriora padece e clama por auxílio. Jamais a Maçonaria deixou de dar a sua desinteressada contribuição em favor das justas causas, como o é a que abate sobre a sociedade deste século XXI.

O mundo todo passa por um processo de transformação, tudo esta mudando e mudança costuma ser traumática. A historia aí está para provar que nas grandes mudanças que houve no mundo, a Maçonaria esteve presente com uma atuação marcante, defendendo seus princípios e sempre obtendo bons e cruciais resultados em prol da sociedade. Só para citar alguns exemplos; o valioso trabalho maçônico demonstrou sua eficiência na França por ocasião da queda da Bastilha, na independência dos EUA, e na independência e proclamação da Republica do Brasil, libertação dos escravos etc.etc....

Portanto, como maçom ciente dos fatos, conclamo todos os irmãos para sairmos a campo em auxilio da “Sociedade do Século XXI”, que precisa urgente de nossa interferência para ser uma sociedade feliz e sadia.

A sociedade nada mais é que a soma dos indivíduos que a compõem. Disso conclui-se que a sociedade ideal depende do indivíduo e que, portanto basta consertar o indivíduo que se conserta a sociedade.

A luta tem que ser uma constante, não podemos deixar que pare a construção do Templo Sagrado que estamos levantando para o engrandecimento da sociedade e a glória do Grande Arquiteto do Universo.

Portanto, “trabalhemos meus amados irmãos” em paz e harmonia e roguemos ao G:.A:.D:.U:. que nos ilumine e nos abençoe com as luzes da sua sabedoria, para que o nosso trabalho saia justo e perfeito.

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Roëttiers de Montaleau

Jean van Win. 5a. Ordem, Grau 9 Soberano Grande Inspetor Geral do Supremo Conselho Misto do Rito Moderno Francês para a Bélgica. Mui sábio do Capítulo Pince de Ligne (Bélgica) Membro da Academia Internacional da 5a. Ordem do Rito Moderno

Tradução Ir José Filardo Considera-se geralmente o Regulateur du Maçon (1), de 1801, como “Nec Plus Ultra” do Rito Francês, e diz-se e se repete que este venerável texto é um reflexo sintético dos costumes da Maçonaria francesa do século XVIII. Com menos cortes e certo sentimento de secularização em relação ao Império que se aproximava. Eu fui abençoado por possuir uma cópia do manuscrito saído das mãos de Röettiers em 1785-1786-1787, que contém os textos aprovados pela Câmara de Graus e pelo Grande Capítulo da França (e não o Grande Oriente de França ainda na sombra). A capa diz: “Maçonnerie Française, donnee rédigée et par le Grand Orient de France en l’Année 5786″ Tenho também a honra de possuir uma cópia da edição original do Regulateur, feita em couro “Millésimée 18**. E é datada dos anos da V.:. L.:.: 5081. Os Regulateur des Chevaliers Maçons, traz na capa: “Regulateur des Chevaliers Maçons ou les Quatre Ordres supérieurs selon le Régime du Grand Orient”. Não existem dados, apenas uma anotação feita à mão indicando a data de 1801. A datação do manuscrito não oferece qualquer dúvida: cada ritual de grau (os três graus azuis e as quatro Ordens, mais a iniciação do Mestre de Loja) “é classificada conforme o original” e é assinada pela mão do mesmo Röettiers de Montaleau, e sendo assinado por ele mesmo em 20 de julho de 1787. Pierre Mollier nos relata em grande detalhe o envio meticuloso que se fez dos rituais às lojas. Outra certeza que temos é a data em que é dada no texto sobre a segunda obrigação de saudação que é dada pelo Vigilante, que é em honra do “Grão Mestre de todas as lojas regulares da França, e especifica o (1) Duque Orleans, Administrador Geral (2), o Duque de Luxemburgo, Grande Conservador, (3) e todos os Grãos Mestres estrangeiros”, etc. Sabemos que o Duque de Orleans era o Grão Mestre desde 1771 até 1793, data em que ele foi decapitado, e também temos o Duque de Luxemburgo, o número dois do GODF, emigrado em julho de 1789. Estes textos são, portanto, os de 1785-1787. Refletem o estado real da Maçonaria francesa do século XVIII, conforme registrado, compactado e unificado pelo cuidado amoroso de Roëttiers Montaleau. Esta é, pois, para os puristas que buscam a expressão autêntica do Rito Francês, o documento de base contra o qual as outras versões serão meras variações, mais ou menos confiáveis, e por vezes perfeitamente desastrosa. A questão então é saber o que aconteceu entre 1786 e 1801, quando um impressor desconhecido tomou por sua própria conta e risco imprimir os manuscritos que, de

4 - "o regulateur de roëtters de montaleau" Ir Jean van Win

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acordo com as prescrições severas do GODF, não poderiam ser sequer copiados. É assim foi como se publicou o texto, mas isso sim 15 anos após a data admitida como certa sobre sua redação: 1786. O que aconteceu durante esses 15 anos? Por um lado, estamos lidando com um momento particularmente conturbada e de complexo tabuleiro político, como foi a tomada da Bastilha, a execução do Grão-Mestre, o fechamento de todas as lojas maçônicas, exceto duas. O terror e a emigração de muitos maçons cuja maioria era composta por aristocratas; a proclamação da república; a pátria em perigo; a criação do exército revolucionário depois o general Bonaparte e o diretório e, finalmente, o Consulado… A maçonaria que renascerá depois dessa situação, e é preciso se perguntar se, após este período, ela permaneceria como foi nos dias de Louis XVI, no alvorecer do Império, mas há duas questões que não indicam que isso seria dessa forma. Uma dessas questões foi a prestação das “obrigações” do Aprendiz: Em 1786 lia-se: “Juro e prometo sobre os Estatutos Gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo da honra, e diante do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, guardar inviolavelmente todos os segredos ..” etc. No entanto, em 1801 já dizia outra coisa; dizia o seguinte: “Juro e prometo sobre os Estatutos Gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo da honra, e diante do Grande Arquiteto do Universo, guardar inviolavelmente …” etc. Por outro lado, no segundo brinde durante os banquetes. Há que se dizer que a primeira das saudações era em homenagem à República Francesa, e não em homenagem aos líderes da Ordem, como no Antigo Regime. Mas é que no terço superior do texto de 1785-1787 e em comparação com 1801 há uma parte muito importante e se relaciona com o Arquiteto da Loja, no referido texto e figura com muitos detalhes a decoração litúrgica da loja. Muitas das ferramentas são descritas com grande precisão, mas também que essa mesma descrição muito minuciosa revela uma grande ausência no interior desta maçonaria do Antigo Regime. É dito, com efeito: “se encontrará sobre o trono uma espada, um compasso e um malhete, o avental e a joia do Venerável, que é um esquadro pendente de um cordão ou colar azul … O Arquiteto assegurará que a loja tenha iluminação suficiente“ Portanto, não está indicando que no Rito Francês, pelo menos na chamada “iluminação da ordem”, não exista um ritual de acendimento, e a iluminação da loja seja realizada antes de abrir os trabalhos e não durante os mesmos. No entanto, entender-se-á que no Rito Francês conforme concebido por Roëttiers de Montaleau, é o mais autêntico do que poderia ter sido feito, e por isso, talvez se possa escolher pratica-lo hoje, já que não há qualquer livro da Lei Sagrada, nenhuma Bíblia, nem qualquer evangelho. Não há qualquer outra presença na Loja, exceto os Estatutos da Ordem, e nem sequer mencionadas nos Graus Azuis. Só aparece um livro sobre o grau de Rose Croix, sob o nome de “Livro da Sabedoria”. O Rito Francês Moderno de 1786, que é curiosamente é também a data das Grandes Constituições do REAA não perde a noção simbólica, sem dúvida deísta do Grande Arquiteto do Universo, mas rompeu com o passado religioso da Maçonaria Inglês e francesa do século XVIII para se inscrever na tradição do Iluminismo e da Razão, e adequar-se aos homens e mulheres dos tempos modernos.

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O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

João Anatalino

www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br

“No princípio Deus criou o céu e a terra. A terra, porém, estava informe e

vazia, e as trevas cobriam as faces do abismo; E o Espírito de Deus movia-se

sobre as águas.” Gênesis, 1; 2,3

Ele era chamado a “Existência Negativa”, Que estava sozinho no espaço atemporal; Por isso tornou-se “ Existência Positiva”, Gerando para si mesmo u’a parte material. É bem possível que o Big-Bang dos ateus, Que o cientista diz que vê no telescópio, Na verdade seja o momento em que Deus, Está se tornando o obstetra de si próprio. . Essa visão é meio estranha, eu reconheço; Mas dessa forma soluciona-se o problema Que é pensar para este mundo o Começo. Para quem achar tudo muito controverso. Fica a pergunta que me inspira este tema: O que era Deus antes de ser o Universo? O Conceito universal de divindade

A idéia da existência de Deus é um conceito universal, apriorístico e fundamental que

a mente humana precisou desenvolver para justificar a sua própria existência. Sem esse conceito o homem seria um ser-meio, sem perspectiva de origem e finalidade, guiado unicamente pelas leis do próprio sentido. Se assim fosse, ficaria perdido em meio ao nihilismo de uma existência sem propósito, que só se justificaria pelo nível de prazer que conseguisse obter em cada ação que realizasse.

A tentativa de encontrar uma unidade morfológica para o conceito de Deus é uma preocupação que já vem dos primórdios da nossa história. Vários doutrinadores já intentaram essa façanha. Zaratustra procurou integrar esse conceito na sua doutrina dualista, que via na divindade Marduc/Aura Mazda a imagem da luz(o bem) e em Arimã a imagem das trevas(o mal); Lao Tse e os sábios chineses da antiguidade desenvolveram a mesma idéia no conceito do Tao, o Sem Nome, príncípio único, incriado, que se equilibra na ação de duas forças contrárias, o positivo e o negativo

5 - " O grande Arquiteto do universo " Ir João Anatalino

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(Yin/Yang); Na Ìndia dos brâmanes esse conceito se fundia em Bhraman, o Espírito de Deus, a não essência que congregava em si todas as formas universais.

A visão bíblica de Deus

Mas foram os hebreus que melhor sintetizaram esse princípio na idéia do Deus único,

universal e inominado, princípio e fim de todas as coisas. Com os hebreus, o conceito de Deus, que parecia uma abstração só possível á mente dos chamados filósofos, ou aos “iniciados”, tornou-se uma idéia de fácil absorção, acessível á mente do homem comum, pois ele agora não precisava explicá-lo nem entendê-lo, mas apenas honrá-lo através de uma linguagem feita de ritos e comportamentos que podiam ser praticados e observados por qualquer pessoa.

A crença hebraica, ao mesmo tempo que espiritualizou o conceito de Deus, tambem o humanizou, pois abriu ao homem a possibilidade de representá-lo através de uma figura humana, que era mais mais fácil de respeitar e amar do que uma força da natureza, um animal, um astro, como nas antigas crenças babilônicas e egípcias, ou uma mera idéia abstrata que a mente não conseguia definir, como queriam os pitagóricos e os atomistas, os primeiros com suas místicas concepções fundamentadas na geometria e na numerologia e os segundos com sua visão panteísta da criação universal. A figura que os hebreus atribuiam ao seu deus era a dos seus próprios patriarcas, símbolos da ordem, do respeito e da hierarquia que sustentava sua sociedade e representava o poder. Por isso é que o deus hebreu sempre aparece nos textos bíblicos como uma espécie de patriarca austero e inflexível, que ao mesmo tempo em que ama sem reservas os seus filhos, também os castiga impiedosamente quando estes se rebelam contra a ordem posta. Essa é a idéia que vem esplícita na tradução literal da Bíblia, e que foi plantada na cabeça do homem simples, que via a divindade como um ancião de barbas brancas, sentado em seu trono dourado, orientando e julgando a sua criação.[1] A idéia de que Deus não devia ser representado por nenhuma forma conhecida na terra parece ter sido uma inspiração de Moisés, ou de quem se passou por ele na redação dos livros da Torá. Não se percebe, nos textos do Gênesis, cuja finalidade é historiar os antecedentes históricos do povo de Israel, qualquer disposição nesse sentido. Aliás, a idéia que ali se expressa, a respeito da divindade adorada pelos ancestrais dos israelitas, é a de que se trata de um deus particular, que dividia o panteão das divindades palestinas com outras deidades dos povos da região. Os israelitas anteriores a Moisés não tinham a pretensão de que seu deus fosse um deus universal e estivesse acima de todos os demais. Ele era apenas a divindade que servia ao povo de Israel, e sua aparência era a de um ser humano, já que, segundo era a crença oficial dos israelitas, Deus havia feito o homem à sua imagem e semelhança. As interpretações posteriores dos rabinos israelitas, no entanto, sustentam que a espiritualidade do conceito de Deus já estava presente entre os antigos israelitas, e que Ele, em pessoa, nunca apareceu para ninguém, mas sim, que quando tais aparições ocorriam, era através de seus emissários, os anjos, e não de Deus mesmo. Foi assim que ele se manifestou a Abrão no Vale de Mambré e a Lot, em Sodoma. Nos demais casos, supõe-se que a comunicação de Deus com seus eleitos era feita somente na forma auditiva(somente a voz de Deus era ouvida) e nunca visual. Dessa forma, também, a Bíblia sugere que Deus se comu-nicava com os antigos patriarcas, pois em nenhuma de suas manifestações se anuncia que Ele apareceu visualmente a alguém, mas apenas que ele “falou” com tais personagens.

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Embora nenhum texto bíblico informe que algum personagem tenha “visto” uma imagem de Deus, também não consta de qualquer texto que existisse uma proibição de dizer o seu nome ou representá-lo de alguma forma, pois que segundo se informa em Gênesis 2:8, Ele falava como um homem e “passeava pelo Paraíso, na hora da brisa, depois do meio– dia”.

A visão de um deus informe, impessoal e inominado parecia muito complexa para ser

divulgada a um povo simples e pouco letrado, como eram os antigos israelitas. Assim, cristalizou-se a idéia de que Deus era semelhante a um patriarca que cuidava da sua família, defendendo-a quando ela estava em perigo, premiando os filhos que ficavam “na linha” e castigando aqueles que dela saíam. E nesse sentido se desenvolve toda a história fática do povo de Israel, como sendo a saga de uma família lutando para criar, impor e conservar um conjunto de tradições e uma crença, num ambiente hostil que tenta, a todo custo, destrui-la. Essa era a idéia que o próprio Jesus usava para ilustrar seu pensamento a respeito de Deus. Ele o descrevia ás vezes como um pai, ás vezes como um fazendeiro, um senhor de terras, enfim como alguém que estava no topo da hierarquia social e familiar, enfim, sempre como um chefe de clã. A diferença era o fato de que o Deus de Jesus não era um patriarca austero, rígido e iracundo como o do Antigo Testamento, mas sim uma entidade cujo julgamento se orientava pelo amor que Ele sentia por sua família.

A visão mística dos cabalistas

A figura patriarcal de Deus era uma visão exterior que os sábios de Israel

comunicavam ao povo. Internamente porém, para aqueles que se especializavam na teologia da sua religião, outros conceitos, de extrema sutileza espiritual, foram desenvolvidos. Esses conceitos, que são aqueles expressos nos chamados comentários rabínicos, mostram uma visão completamente diferente da Divindade, que neles aparece na sua forma mais abstrata. Essa visão está presente, fundamentalmente, na doutrina desenvolvida pela tradição da Cabala.[2]

Para a Cabala, Deus é uma idéia arquetípica, comum a todos os povos e pessoas. Ele existe independente do fato de acreditarmos nele ou não. Aliás, não existe crença na não existência de Deus, mas sim, ausência de conceito sobre o que, ou quem Ele é. Isso quer dizer que o ateísmo, assim chamada a proposta filosófica que nega a existência de Deus, não significa que seus cultores acreditem que Deus não existe, mas sim que eles não têm nenhuma idéia a respeito dele. Justifica-se essa assertiva pelo fato de que a nossa mente, que trabalha com comando binário, não pode negar nada a priori, sem antes admitir a possibilidade da existência do objeto negado.Assim, para dizer que Deus não existe, a nossa mente precisa primeiro admitir a possibilidade da sua existência.[3]

O mundo é uma realidade sensível, observável e detectável por todos os nossos sentidos. Se ele está aqui é porque alguém o iniciou. Não existe consequência sem causa, o que quer dizer que tudo que existe tem uma causa de existir. Foi para superar a dificuldade que a mente humana sempre teve para pensar o começo do universo e a pré-existência da força que o criou, que os cabalistas desenvolveram o conceito da Existência Negativa.

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Existência Positiva e Existência Negativa

Existência Negativa” e “Existência Positiva” são termos utilizados pelos cultores da Cabala mística para designar Deus “antes” e “depois” de fazer o mundo. Nesse sistema, Deus (Ein Sof, ou Ayn Sof, (סוף אין em hebraico), é visto como uma forma de "energia" que em dado momento expandiu-se para fora de si mesmo, tornando-se o universo material(Ain Sof Aur), que na Cabala significa Luz Ilimitada, ou seja o universo que saiu da primeira manifestação positiva de Deus no mundo da matéria. Essa visão mística do nascimento do universo, definida no Livro do Mistério Oculto (SeferHaDziniuta), diz que “antes que o equilíbrio de consolidasse, o semblante não tinha semblante”[4] . Aqui está inserta a estranha idéia de que antes de fazer o mundo, ou seja, antes de Deus manifestar-se como existência no mundo das realidades sensíveis, Ele já existia como uma potência, que embora não manifesta, já continha todos os atributos do universo manifestado. Ele era uma “existência negativa”, na qual a mente humana não pode penetrar justamente porque ela só pode conceber um plano de existência positiva, onde as ações podem ser identificadas e suas causas recenseadas.

Agora, como capturar uma realidade que está além da nossa capacidade de mentalização? Sabemos que ela existe porque suas manifestações emanam para o plano da realidade sensível e é causa de fenômenos observáveis e mensuráveis. Quem sabe o que é a eletricidade, por exemplo? Sabemos como ela se manifesta, como atua e até já aprendemos a usá-la para as nossas finalidades, mas o que ela é, nenhum cientista, ou filósofo, até agora, ousou definir.[5]

“Antes que o equilíbrio se manifestasse, o semblante não tinha semblante” é uma forma metafórica de explicar aquilo que a nossa linguagem não consegue articular num discurso lógico. Então recorre á metáfora, ou ao símbolo para dizer que Deus já existia antes de existir. Ou seja, antes que o universo adquirisse uma forma, Ele era uma presença sem forma, sem nome, impossível de ser pensado pela mente humana. Ou como diz Rosenroth “ o universo inteiro é a vestimenta da Divindade: Ele não apenas contém tudo, mas também Ele mesmo é tudo e existe em tudo.”[6]

Outra visão dessa realidade pode ser posta em forma de símbolo. Os cultores da Cabala mística dizem que “Deus é pressão”, e que sua manifestação no mundo das realidades fenomênicas tem a forma de um círculo cujo centro está em toda parte e cuja circunferência está em parte alguma. Sabemos que todo círculo tem um centro e uma circunferência. O centro é o ponto de onde ele emana e a circunferência uma corda que o limita. Dizer que o centro do círculo está em toda parte e que sua circunferência está em parte alguma é falar de um espaço que não começa em ponto algum e não acaba em lugar nenhum, uma dimensão sem início nem fim. Ou como diz MacGregor Mathers, “ O oceano sem limites da luz negativa não procede de um centro, pois não o possui.Ao contrário, é essa luz negativa que concentra um centro, a qual é a primeira das sefiroths, manifestas, Kether, a Coroa.”[7]

Assim, essa idéia da divindade supre a necessidade que a mente humana tem de situar um início para o universo e imaginar, não um fim para ele, mas uma finalidade. Destarte, a dimensão da Existência Negativa é um momento anterior á qualquer manifestação da Divindade no terreno das realidades positivas, ou seja, um estado

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latente de potência concentrada em si mesma, que em dado momento cedeu á “pressão” interna da sua própria potencialidade e “gerou a si mesmo”. Figurativamente, o Big Bang seria o “parto de Deus”, o qual, simbolicamente poderia ser representado por um ponto dentro do círculo, como o faz Madame Blavatsky em sua cosmogonia da criação.[8]

Visão panteísta da Divindade

Essa visão da Cabala sobre as origens do universo encontra correspondência nas idéias dos filósofos panteístas e também nos cultores da teosofia e na cosmogonia védica, para quem, no início “Vixinu-Xiva estava em plena latência, prenhe de todas as suas vidas futuras”. Nessa concepção, o poeta descreve o momento em que Deus se manifesta no território das realidades positivas, figurando-o através da relação masculino-feminino, representado pelos deuses Vixinu-Xiva, que na tradição vedanta, são os responsáveis pelo surgimento do universo físico.

Na filosofia chinesa do taoísmo também iremos encontrar um conceito análogo. No verso primeiro do Tao Te King, livro básico dessa antiga filosofia, Lao Tsé, escreve: “ Uma via que pode ser traçada não é a Via Eterna, o Tao. Um nome que pode ser pronunciado, não é o Nome Eterno. Sem Nome está na origem do Ceú e da Terra. Com Nome é a mãe dos dez mil seres. Assim, um Não-desejo eterno exprime sua essência, e por meio de um desejo eterno manifesta um limite. Ambos os estados coexistem inseparáveis e diferem apenas no nome. Pensados juntos, Mistério. Mistérios dos mistérios, É o Portal de todas as essências”.[9]

O Sem Nome é o Tao, princípio ativo que deu origem ao universo. Com Nome é o universo material que resultou da manifestação desse princípio. Os "dez mil seres" são a humanidade em sua totalidade. Em todas essas concepções cosmológicas o “espírito” de Deus é pura energia e sua manifestação no mundo das realidades sensíveis se dá em forma de luz. Luz é o princípio básico de tudo que existe no universo.

Esse é um ponto que todos os sábios da antiguidade concordam e a ciência moderna não refuta: o mundo é feito de energia que se condensa em massa quando esta é acelerada na velocidade da luz. Daí a equação de Einsten, enunciando a equivalência massa-energia, conhecida como teoria da relatividade: E=mc²

A visão maçônica do conceito

Em analogia ao conceito bíblico de criação, poderíamos dizer que o Big Bang dos cientistas equivale ao momento em que Deus “separou a luz das trevas”, ou seja, o momento em que o Grande Arquiteto do Universo “pensou” o universo, na tradição maçônica.

Essa é a base da formidável arquitetura universal que a inteligência dos sábios rabinos de Israel conceberam e que a sensibilidade dos espíritos que não se contentam em viver no estreito território que a linguagem lógica nos obriga a permanescer, adotou. Entre estes estão os maçons espiritualistas, que veem na sua Arte muito mais do uma mera prática social, derivada de uma tradição que incorpora idéias de mística concepção.

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O conceito de que Deus é o Grande Arquiteto do Universo tem sido empregado em muitos sistemas de pensamento e o cristianismo místico o tem adotado em várias de suas manifestações. Ilustrações de Deus como o arquiteto do universo podem ser encontradas nas nossas Bíblias desde os primeiros séculos da Idade Média e tem sido regularmente empregadas pelos doutrinadores cristãos de todas as tendências.

São Tomás de Aquino, um dos mais respeitados filósofos da Igreja Catolica, sustentou a existência de um Grande Arquiteto do Universo, que seria a Primeira Causa de todas as coisas. Por seu turno, João Calvino, um dos mais influentes divulgadores da Reforma Protestante, também se refere á Deus como sendo o Arquiteto do Universo, pois seu trabalho de construção do universo material, o cosmo, e do universo espiritual (a humanidade em sua história moral) assemelha-se á construção de um grande edifício.[10]

Na Maçonaria, o termo Grande Arquiteto do Universo é uma metáfora que, na sua origem, foi inspirada em tradições cultivadas pelos antigos construtores medievais. Era um termo aplicado á divindade pelos maçons operativos, construtores de catedrais e grandes obras públicas, que viam em Deus o autor dos planos estruturais do edifício cósmico e por analogia, da humanidade. Nesse sentido, o mundo físico e o mundo espiritual eram construídos a partir de uma estratégia desenvolvida por Deus, que como se fosse um arquiteto, pensava os planos do universo e seus mestres (os anjos) e os pedreiros(os homens) o construiam.

Essa era uma idéia extraída da interpretação cabalística da Bíblia, pois a Cabala vê o universo como se ele fosse um edifício sendo construido em dez etapas de manifestação da potência divina, que é simbolizada na chamada Árvore da Vida, ou Árvore Sefirótica, símbolo de extraordinário conteúdo esotérico, que se presta às mais diversas analogias e ilações, unindo a mística das antigas religiões do oriente com as modernas descobertas da física atômica..[11]

A partir das especulações cabalísticas, o termo “Grande Arquiteto do Universo” também foi apropriado pelos filósofos cristãos gnósticos. Para estes, o criador do universo, chamado de Demiurgo, “gera” um casal real (Cristo e Sofia), a partir do qual a sabedoria(gnosis) é trazida para o mundo. Através da atuação desse “casal cósmico”, nascem os “eons”(anjos, para uns, pensamentos para outros) que orientam os homens em suas ações. Constrói-se assim, o mundo e o homem, com o Demiurgo traçando os planos e seus agentes trabalhando para executá-los.[12]

Assim, o Grande Arquiteto do Universo, que os maçons, em sua linguagem simbólica, abreviam para G .'.A.'. D.'. U.'. , é o termo utlizado para representar Deus em seu trabalho de arquitetura cósmica. Os anjos são seus mestres supervisores e os homens seus pedreiros. Fecha-se, dessa forma, o círculo místico que explica a forma maçônica de pensar um começo do universo e abre-se, para todos os temas do seu catecismo, uma justificativa do porque a Arte Real os trata desse modo.

O G.'. A.'. D.'. U.'., portanto, é um símbolo, pois somente através dessa ferramenta linguística a nossa mente pode conceber realidades que estão fora do alcance da sua mente lógica. Qualquer coisa, para ser entendida, precisa ter um começo. Deus é o começo. Não satisfaz ao maçom pensar nele como um ancião de barbas brancas, semelhante a um velho patriarca bíblico, que procura criar e manter sua família confinada ás tradições de um clã. Nem comunga a Maçonaria com a visão – por muitos chamada de científica – que vê a Divindade orientando um processo de criação que se assemelha ao trabalho de um pecuarista selecionando crias para melhorar a sua espécie, como é a visão daqueles que ainda se orientam pelas teses de Darwin.[13]

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Ao contrário, a idéia aqui, é a de que fomos postos na terra como funcionários de Deus, construíndo alguma coisa que Ele arquitetou. Essa é uma visão que encontra paralelo na chamada filosofia estruturalista, desenvolvida pelo extraordinário pensador católico Teilhard de Chardin, que vê o mundo sendo construido em etapas, disposto em estruturas que sustentam umas ás outras, obedecendo a uma ordem lógica e perfeitamente planejada, como se fosse um plano urdido por uma Mente universal.[14]

É nesse plano que os maçons se inserem como pedreiros da obra univeral e é por isso Deus que o chamam de O Grande Arquiteto do Universo.

[1] Essa era a idéia que a Igreja medieval passava ao povo. Ela transparece nas pinturas que representam a Divindade, e até Michelangelo a adotou em sua representação da Criação nos afrescos que cobrem o teto da Capela Sistina. [2] Diz-se que a Torah, ou seja, os livros que compõem o chamado Pentateuco foram transmitidos á Moises de duas formas: uma forma oral e outra escrita. A escrita é a consta da Bíblia; a oral é a que foi desenvolvida pelos comentários rabínicos (as mishnás) constante dos Talmudes. A Cabala é uma parte desses comentários, que desenvolve um sistema moral e cosmogônico para explicar a realidade universal e a presença e a ação de Deus nesse processo. [3] Em psicologia essa característica da nossa mente se chama assertividade. Significa que eu “não posso não fazer uma coisa”, sem antes saber como é fazê-la. Exemplo. Para eu saber o que é ruim, preciso ter uma idéia do que é bom. Para eu dizer que algo é escuro, tenho que saber o que é claro. Para eu “não comer” doce, preciso primeiro pensar em comer. [4] Knorr Von Rosenroth-Kabballá Revelada-Madras, 2004. [5] Uma das mais bizarras definições da energia contida no núcleo do átomo é aquela que diz que o elétron é ” uma torção do nada negativamente carregado.” Afirmação paradoxal, mas perfeitamente possível no mundo da física atômica. Essa definição, citada por Pawels e Bergier (O Despertar dos Mágicos, pg. 204) foi proposta pelo físico León Brillouin e utilizada por Robert Andrew Mullikan, que ganhou o Prêmio Nobel por suas descobertas na área da física nuclear. [6] A Kabballá Revelada, op. Citado, pg. 66. Esse conceito da Divindade também é agasalhado na Baghavad Guita, que define Brhaman como “o tudo que no nada está contido”. [7] Citado por Dion Fortune- Cabala Mística, pg 36 [8] Helena F. Blavatsky- Síntese da Doutrina Secreta- Ed. Pensamento, SP, sd. [9] Lao Tsé- Tao Te King- tradução de Marcos Marinho dos Santos-Attar Editorial- são Paulo 1995 [10] Institutos da Religião Cristã , 1536. Edição Barsa. [11]A esse respeito veja-se a nossa obra Mestres do Universo, Biblioteca 24x7- São Paulo, 2010 [12)Alexandrian- História da Filosofia Oculta- São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1983 [13)Charles Robert Darwin (1809-1882), autor da tese que sustenta a origem e a evolução das espécies por meio da seleção natural. [14] CHARDIN, Pierrre Teilhard de. O Fenômeno Humano, São Paulo, Cultrix, 1968

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José Luis Gonçalves

MMCIM 245438 GOB-SP

Após minha experiência de 6 anos de iniciado nos mistérios da Arte Real, resolvi elaborar esta peça arquitetônica com base nos princípios da Maçonaria e nos deveres que assumimos ao sermos iniciado, bem como, do juramento que é feito pelo Mestre ao ser Instalado e de tudo que pude observar na prática em minha Loja mãe e em todas as que tive oportunidade de visitar durante todo este tempo. Ao sermos iniciado, em determinada parte da cerimônia nos é afirmado pelo Orad\ que a Maçonaria pugna pelo “aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do CUMPRIMENTO INFLEXÍVEL DO DEVER.”

Mais adiante afirma: “sustenta que os Maçons têm os seguintes DEVERES ESSENCIAIS: amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e OBEDIÊNCIA À LEI.”

Já o 2º Vig adverte, “Ficai, também, sabendo que consideramos TRAIDOR à nossa Ordem, aquele que não CUMPRE OS DEVERES de Maçom em QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA.”

Por sua vez afirma o Ven\ Mestre: “Ainda uma vez, refleti, senhor(es). Se vos tornardes Maçom, encontrareis nos nossos símbolos a realidade do dever. - Não deveis combater somente as vossas paixões, mas ainda há outros inimigos da Humanidade, como sejam: os HIPÓCRITAS, que a enganam (...)” Façamos aqui uma pausa para estudarmos o verdadeiro significado da palavra HIPOCRISIA. www.dicio.com.br : s.f. Particularidade ou modos do que é hipócrita; falsidade. Ação ou efeito de fingir; esconder os sentimentos mais sinceros; inventar ou dissimular. Característica daquilo que não é honesto: a hipocrisia do discurso. Hábito que se baseia na demonstração de uma virtude ou de um sentimento inexistente. (Etm. do

grego: hypokrisía.as) (grifei) E continua o Ven\ Mestre na cerimônia de iniciação: “Toda associação tem leis particulares e todo associado deveres a cumprir. E como não seja justo sujeitar-vos a obrigações que não conheceis, o Ir\ Orad\ irá dizer-vos a natureza desses deveres.”

E enumera três deveres, sendo que iremos nos ater apenas no terceiro deles: “O terceiro dos vossos deveres, e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois e vossa INICIAÇÃO, é o de conformar-vos em tudo com as NOSSAS LEIS e de submeter-vos

ao que vos for determinado em nome da associação em que desejais ser admitido.” Já iniciado e na condição de Mestre Experimentado o Ir\ eleito para dirigir a Loja por um determinado período ao ser Instalado assume o seguinte compromisso: “Eu, FULANO DE TAL, em honra ao G∴ A∴ D∴ U∴ , declaro aceitar o cargo de Ven∴ Mestre da Aug∴ e Resp∴ Loj Simb Y, no. 000 e prometo cumprir criteriosa e imparcialmente todos os deveres que me forem impostos, com todas as energias e inteligência de que disponho, durante o período para o qual fui eleito, até que legalmente eleito, seja

6 - "a hipocrisia maçônica "

Ir José Luiz Gonçalves

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empossado o meu sucessor. Prometo, ainda, que durante a efetividade na administração, em qualquer tempo que esta Loj∴ fique sob minha responsabilidade e direção, não permitirei nem tolerarei qualquer afastamento dos antigos Landmarks; que não presidirei nem assistirei qualquer cerimônia ou rito contrários à nossa Constituição; que guardarei, invioláveis e em sua pureza, os genuínos fundamentos e princípios dos da Ordem; que, pessoalmente cumprirei e farei cumprir todas as Leis, Regulamentos e Constituição que nos regem, os quais prometi defender; que, tanto quanto estiver ao meu alcance, em todas as oportunidades, cumprirei fiel e conscientemente o meu dever como Guia de meus IIr∴ e tudo fazendo para o engrandecimento de nossa Sublime Instituição. ASSIM, DEUS ME AJUDE” No encerramento de nossos trabalhos roga ao G\A\D\U\ o Ven Ir\ Mestre: “Continua a nos prodigalizar os Teus benefícios e aumentar a nossa força enriquecendo as CCol\ com OObr\ úteis e dedicados.”

Mas, infelizmente o que temos visto na prática é outra coisa bem diferente, com raras exceções. O Ir\ que se comprometeu a comparecer nas sessões de sua loja pelo menos uma vez na semana, já não aparece mais; o traje maçônico que deveria ser utilizado “terno preto, sapatos e meias pretos, camisa branca e gravata na cor do rito” são agora substituídos pelo balandrau, que apesar de tolerado como EXCEÇÃO se torna regra, e o pior de tudo, muitos Mestres que tem este péssimo hábito, ainda estimulam os recéminiciados a segui-los. IIr\ que não produzem coisa alguma, não fazem trabalhos, não visitam outras lojas estreitando os laços de fraternidade, não ampliam seus conhecimentos, não transmitem os que possui, não se empenham em nenhuma empreitada dentro ou fora da loja, ou seja, não são nem úteis nem dedicados. Inclui-se nas cerimônias palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões não existentes, ou exclui-se delas o que deveria ter objetivando, na maioria das vezes acelerar a sessão sempre sobre o argumento em razão do adiantado da hora e do ágape que nos espera, como se este fosse mais importante do que a própria sessão em si. Mestres que não honram seus compromissos financeiros com a loja, muito menos de frequência mínima e quando são impedidos de exercer seus direitos se sentem melindrados e criam desarmonia quando em seu desfavor são invocados dispositivos legais que eles mesmos se comprometeram a cumprir. Mestres que assumem perante o Ven\ Mestre o compromisso na administração da Loja, mas que depois de empossados, negligenciam suas atribuições provocando não raras vezes, danos irreparáveis. Mestres que se recusam a ocupar cargos quando convidados pelo M\ CCer\ o qual se vê obrigado a solicitar que estes sejam ocupados por AApr\ e CComp\ quando nossas leis exigem que sejam desempenhados por MM\.MM\II\ que se julgam o supra sumo de tudo e se esquecem do ensinamento que diz: “Vaidade, vaidade, tudo é vaidade”, e que desconhecem que a condição que ocupam não é um grau da maçonaria simbólica, mas

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apenas e tão somente uma qualidade, a de M\I\ e por conta disso, deveria ser exemplo de humildade no trato com os demais na transmissão de seus conhecimentos. Enfim, muitas vezes os maus exemplos seguidos por AApr\ e CComp\ são aqueles transmitidos pelos próprios MM\ que insistem em não cumprir tudo aquilo que foi prometido. Na Constituição Federal do GOB encontramos: DOS DEVERES DOS MAÇONS

“Art. 29. São deveres dos Maçons: I – observar a Constituição e as leis do Grande Oriente do Brasil; II – frequentar, assiduamente, os trabalhos da Loja a que pertencer; III – desempenhar funções e encargos maçônicos que lhe forem cometidos; IV – satisfazer, com pontualidade, contribuições pecuniárias ordinárias e extraordinárias que lhe forem cometidas legalmente; V – reconhecer como irmão todo Maçom e prestar-lhe a proteção e ajuda de que carecer, principalmente contra as injustiças de que for alvo;” (grifei)

DOS DIREITOS DOS MAÇONS

Art. 30. São direitos dos Maçons: I – a igualdade perante a lei maçônica; II – a livre manifestação do pensamento em assuntos não vedados pelos postulados universais da Maçonaria; CONCLUSÃO

Diante de tudo que foi exposto, concluímos que hoje impera na maioria das lojas, com raras exceções a HIPOCRISIA MAÇÔNICA mal que nos comprometemos a combater. E

quando não combatermos este vício, não podemos nos considerar maçons, mas profanos revestidos de aventais, porque não trabalhamos em nós mesmos a pedra bruta que deveria ter sido lapidada. Certa feita um Apr\ me transmitiu o seguinte ensinamento: “(...) quando temos que lançar mão de nossas leis é porque todos nós da loja falhamos ...)” E assiste razão a este Ir\ hoje Mestre, as leis Maçônicas existem para não serem aplicadas, porque todos nós conhecemos nossos deveres de devemos cumpri-los sem a necessidade de recorrermos às leis. Bibliografia: 1. Constituição Maçônica do GOB; 2. Dicionário on line www.dicio.com.br;

3. REAA– GOB.

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O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk.

Loja Estrela de Morretes, 3159

Morretes - PR

postura com as espadas O Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Junior, Loja Pioneiros de Mauá, 2.000, GOB,

sem declinara o nome do Rito, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a questão seguinte: [email protected]

Venho por meio desta pedir-lhe que tire-me algumas duvida. Duvida essa que no meu ponto de vista são extremamente complicadas isso talvez porque nosso rito é deísta, está duvida e como relação a Espada, quais são as posições e movimentos delas em relação aos expertos, cobridor interno e cobridor externo. Quando eu tenho duvida eu copio os teístas, por exemplo, não tinha uma bainha ou lugar para colocar a espada então eu a aterrei não sei se fiz certo. Peço a compreensão do Irmão, sei que esse tema e grande porem é pouco abordado infelizmente essa liturgia com as espadas até mesmo o ritual peca em não trazer os procedimentos com as mesmas, assim gerando duvidas e procedimento de outros ritos.

CONSIDERAÇÕES: O uso generalizado de espadas teve origem na galante Maçonaria Francesa que a partir do Século XVIII procurando dar um sentido de igualdade introduziu a arma para todos os membros da Loja – à época a espada era também um símbolo de nobreza, sobretudo na França. Nesse sentido, nunca é demais lembrar que essa prática não é universal em Maçonaria. No caso do Rito Escocês Antigo e Aceito, rito originário da vertente francesa, a espada é simplesmente o objeto de trabalho dos Cobridores (interno e externo), além dos Expertos em cerimônias que deles são necessários os ofícios.

7 - Perguntas & Respostas

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Há ainda a Espada Flamejante usada apenas nas consagrações, porém de utilidade restrita ao Venerável Mestre. Retomando: a espada como objeto de ofício dos Oficiais citados, elas rigorosamente deveriam estar embainhadas, cujas respectivas bainhas, vão presas a um talabarte colocado do ombro direito para a cintura esquerda (essa é a origem da faixa do Mestre, cuja joia distintiva substitui a espada). Ainda nesse sentido, o Ritual de Mestre do REAA em vigência prevê na descrição das alfaias no tocante à faixa, um dispositivo para prender a espada. Assim, entendo que o ritual não é assim tão omisso, dado que cargos em Loja são exclusivos dos Mestres Maçons. Seria sempre de boa geometria que a Loja possuísse para os Cobridores e Expertos, também um dispositivo preso a um talabarte para acondicionamento da espada. Como dizem que a boca se entorta de acordo com o hábito do cachimbo, muitos Mestres não usam a faixa e quando a Loja não possui bainhas, o mais comum e paliativo é se colocar a espada presa a um dispositivo atrás do encosto da cadeira, dado o conceito de que o Oficial que da espada faz uso, assim o faz apenas por dever de ofício, nunca indiscriminadamente. Quando ao “aterramento”, isso é costume inexistente no Rito Escocês Antigo e Aceito, portanto é prática completamente equivocada. Ainda outras espadas: como no Rito em questão também está prevista a abóbada de aço e guarda de honra em ocasiões de recepção, bem como nas cerimônias iniciáticas, essas espadas geralmente ficam presas a dispositivos colocados atrás dos assentos, ou em um aparelho no Átrio da Loja. Posicionamento com a espada – o Obreiro que estiver empunhando (segurando) a espada, parado ou andando, mantém a mesma segura sempre pela mão direita, lâmina em riste, tendo o punho junto ao quadril direito e o respectivo cotovelo afastado do corpo. Em complemento: se ele estiver parado, terá o corpo aprumado e os pés em esquadria. O Oficial que estiver em pé e parado com a espada embainhada compõe normalmente o Sinal com a mão, ou mãos se for o caso. A regra é de não fazer sinal com o objeto de trabalho, isto é, usá-lo para fazer um Sinal. Via de regra não existe no Rito Escocês Antigo e Aceito o costume de se ficar girando o antebraço direito da direita para a esquerda e vice versa empunhando a espada, sob alegação de postura e sinal maçônico – a espada quando empunhada, salvo quando o ritual determinar o contrário estará sempre em riste (lâmina para cima) no lado direito do corpo. No Rito em questão as espadas lisas tem apenas a finalidade de ofício para os Cobridores como uma arma simbólica, e para os demais no cumprimento da liturgia e ritualística sem qualquer conotação ocultista. Finalizando. Existem ritos maçônicos que fazem uso da espada com outras finalidades, porém esse é procedimento tradicional desses ritos em particular e nunca um aspecto generalizado da sua prática em toda a Maçonaria. Por exemplo: no Rito Adonhiramita, é original a formação de pálio com espadas para a abertura dos trabalhos, também é verdadeiro nesse Rito que todos os Mestres portem espadas – essa minha observação é de caráter elucidativo e comparativo, todavia jamais crítica ao belo Rito Adonhiramita.

T.F.A. Pedro Juk -

[email protected] - abril/2013

Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )

que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )

Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.

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Loja Professor Otávio Rosa

Neste sábado ( dia 13 ) às 10h00, haverá Sessão Magna de Iniciação na Loja Professor Otávio Rosa (Rito Adonhiramita). A cerimônia será no

Templo localizado na Fazenda Paraíso da Serra, São Pedro de

Alcântara (foto). Serão iniciados os seguintes candidatos que serão

consagrados pelo Venerável Mestre, IrJosé Tadeu Bento:

André Luiz Scharf; André Orlandi Bento (filho do VM); Djeison

Vargas; Fabio Klava Piquer e Luiz Fernando da Silva Filho

Verdadeira Filantropia

O Irmão Ernani C. de Ávila Jr. secretário da Loja Prof. Otávio Rosa,

informando também, que no dia 6 de julho foi inaugurada a sede da ASFA Associação São Francisco de Assis, na própria Fazenda Paraíso

da Serra, de propriedade do Irmão Cezar Vaz, e que a partir do corrente

mês já estará atendendo a população carente de São Pedro de Alcântara e Região. A instituição será administrada pelos Irmãos e cunhadas da Loja

Prof. Otávio Rosa.

8 - destaques jb

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Sede da ASFA e Consultório Odontológico

Inaguração da ASFA e o mentor Cesar Vaz

Graus Filosóficos Neste sábado (13) às 09h00 no Templo do Itacorubí, Sessão dos Graus 15 e 16.

Ordem do Dia:

Grau 15 - Apresentação de Peças de Arquitetura.

Grau 16 - Comunicação do Grau, Instrução e síntese pelo Ir:. Eroni Sérgio

Bonsenhor

Ficaremos Honrados Com As Vossas Presenças, Abrilhantando Nossa Sessão,

Assim Como, Com Certeza, Será Um Incentivo A Mais Aos Iir:. Que

Apresentarão Suas Peças E Receberão O Grau 16.

Obs: Lembro Aos Iir:. Do Grau 18 A Presença Obrigatória, Haja Vista

Questão De Presença Para Serem Iniciados No Grau 19.

Fraterno Abraço,

Édio Coan

Presidente do Capítulo Rosa Cruz

Acelino Assonipo Cardoso

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Rádio Sintonia 33 & JB News- Música, Cultura e Informação o ano inteiro.

Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal Acesse o site abaixo e fique com a boa música 24 horas no ar.

www.radiosintonia33.com.br Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

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1 - Interessante: http://www.crwflags.com/fotw/flags/br-scmun.html JOEL Guimarães De Oliveira, M.·.M.·. A.·.R.·.L.·.S.·. "Prof.·. Clementino Brito", nº 2.115 - GOB-SC - REAA - 6ªs-feiras, 20h [email protected] Sapientia, Salus, Stabilitas

2 - Link para download de toda a obra do mestre, cedida pelas autoridades que acharam por bem maior disponibilizar todo este tesouro. Também vai neste email um catálogo todo especial das obras de Mozart e muitas impressões no texto abaixo.Lembrando que Mozart era maçom. Link: http://www.jornalopcao.com.br/posts/opcao-cultural/toda-a-obra-de-wolfgang-amadeus-mozart-para-download

3 - RECEBI ESTE VIDEO COM ESTA MENSAGEM ABAIXO. REALMENTE ACHO QUE MEU AMIGO ACERTOU MOTIVO PELO QUAL REPASSO A VOCÊS... embora voçê não goste de rock, te envio esta musica.... presta atenção na letra....é nossa essencia...muito bonito http://www.youtube.com/watch?v=x4StkNuZQ5Q

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O Ir Adilson Zotovici

escreve aos sábados neste espaço.

PARECE MAS NÃO É !

Pode até parecer banal Mas assunto delicado

Julgo mesmo, essencial ! Qual deve ser ponderado

Bastante comum e usual

Por entre um grupo letrado Ou decisão judicial,

Surgir lei ou algum mandado !

Intento importante ou frugal Sempre bem argumentado Não se vê o menor sinal De não estar amparado !

Mas a questão fundamental

Vê-se só no resultado ! Que embora pareça cabal Fica o principal de lado !

O dicionário, diz que igual ! Mas há de ser contestado

O Legítimo e o legal... Justo anseio e o legislado !

Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif-169 São Bernardo do Campo - SP

fechando a cortina

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