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1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 [email protected] Informativo Nr. 1.072 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - sábado, 10 de agosto de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Maçonaria Brasileira é reconhecida nos EUA Bloco 3 - Ir Kennyo Ismail - Entendendo o termo Maçons "Antigos, Livres e Aceitos" Bloco 4 - Ir João Anatalino - Enoque a lenda da palavra perdida Bloco 5 - Ir Marco Antônio Nunes - Mestre Aprendiz Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - ( Estrelas e a circulação) Bloco 7 - Destaques JB Informativo Virtual JB News: pesquisas e artigos com responsabilidade de seus respectivos autores - Acervo JB News - Internet Colaboradores Blogs - Imagens: próprias - http:pt.wikipedia.org e www.google.com.br Hoje, 10 de agosto de 2013, 222º dia do calendário gregoriano. Faltam 143 para acabar o ano. Dia do Vidreiro Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos

Jb news informativo nr. 1.072

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1

JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal

www.radiosintonia33 – [email protected]

Informativo Nr. 1.072 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV

Loja Templários da Nova Era nr. 91

Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras

Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC

Florianópolis (SC) - sábado, 10 de agosto de 2013

Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Maçonaria Brasileira é reconhecida nos EUA

Bloco 3 - Ir Kennyo Ismail - Entendendo o termo Maçons "Antigos, Livres e Aceitos"

Bloco 4 - Ir João Anatalino - Enoque a lenda da palavra perdida

Bloco 5 - Ir Marco Antônio Nunes - Mestre Aprendiz

Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - ( Estrelas e a circulação)

Bloco 7 - Destaques JB

Informativo Virtual JB News:

pesquisas e artigos com responsabilidade de seus respectivos autores -

Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs -

Imagens: próprias - http:pt.wikipedia.org e www.google.com.br

Hoje, 10 de agosto de 2013, 222º dia do calendário gregoriano. Faltam 143 para acabar o ano.

Dia do Vidreiro

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Introdução à Maçonaria

segundo o

RITO BRASILEIRO

2013

Florianópolis

Introdução à Maçonaria segundo o

RITO BRASILEIRO Jorge Muniz Barreto

editor LEITURA EXCLUSIVA PARA MAÇONS ATIVOS

1a Edição Eletrônica Confederação Maçônica Brasileira Grande Oriente de Santa Catarina

ARLS Lysis Brandão da Rocha nº104 - GOSC Florianópolis

Este trabalho visa tornar um pouco mais conhecido o Rito Brasileiro, atualmente o 2o rito mais difundido no Brasil depois do Rito Escocês. Para isto aproveitamos o trabalho efetuado principalmente na ARLS Lysis Brandão da Rocha no104, GOSC. Para isto o documento está dividido em três partes. A primeira apresenta a criação do rito, sua instalação em Santa Catarina e os Altos Graus do rito, diferentes dos outros e voltados à pátria. A segunda contém trabalhos apresentados em Loja visando principalmente alargar a cultura dos maçons. A terceira contém trabalhos apresentados por aprendizes do Rito. Ao final encontra-se uma lista de referências constituindo uma "Bibliografia" aconselhada para leitura. Respeitando o juramento de sigilo, palavras, toques e gestos são omitidos, sendo substituidos, quando for o caso por asteriscos (*). Respeita-se a liberdade de opinião de todos e por esta razão o conteúdo dos trabalhos assinados _e de inteira responsabilidade dos autores.

O Editor

1 - almanaque

Livro Eletrônico Indicado:

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3

612 a. C. - Sinsharishkun, imperador assírio, é morto, e sua capital, Nínive, é arrasada. 654 - É eleito o Papa Eugénio I.

1492 - É eleito o Papa Alexandre VI.

1500 - Após ter dobrado o cabo da Boa Esperança, Diogo Dias descobre uma ilha que deu o nome de São Lourenço, mais tarde designada Madagáscar.

1519 - Fernão de Magalhães parte de Sevilha para a sua viagem de circum-navegação.

1653 - Novo empate entre as frotas na Batalha de Scheveningen que seria a última batalha da Primeira Guerra Anglo-Holandesa.

1809 - Quito, agora capital do Equador, declara independência da Espanha.

1821 - Missouri torna-se o 24º estado norte-americano.

1846 - Elias Howe patenteia a máquina de costura. 1854 - Foi criada a Polícia Militar do Estado do Paraná (Lei n° 07, de 10 de agosto de 1854).

1913 - A segunda guerra dos Bálcãs termina com a assinatura do Tratado de Bucareste, entre

Grécia, Sérvia, Montenegro e Romênia. 1954 -Em uma de suas primeiras apresentações profissionais, Elvis Presley canta a música That’s

all right (Mamma).

1966 - A nave Orbiter I é lançada ao espaço nos Estados Unidos. É o primeiro satélite a orbitar a Lua.

1979 - Michael Jackson lança o aclamado álbum Off The Wall.

1994 - É lançado o satélite brasileiro BrasilSat B1.

1995 - Timothy McVeigh e Terry Nichols são indiciados pelo atentado em Oklahoma, nos Estados Unidos. 168 morreram na explosão de uma bomba.

2010 - Margaret Chan, diretora-geral do organismo da Organização Mundial da Saúde, anunciou o

fim da pandemia de gripe A (H1N1).

Dia do Vidreiro

Roma Antiga - Opália, em homenagem à deusa da fertilidade Opis, esposa de Saturno.

Eventos Históricos

Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.

feriados e eventos cíclicos

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4

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)

1731 Nasce Johann Wilhelm von Zinendorf, médico alemão, fundador da Grande

Loja de Todos os Franco-Maçons da Alemanha

1810 Nasce Camilo Benso () conde de Cavour, estadista italiano, principal

artífice da unificação italiana 1932 Fundação da ARLS Arautos do Bem Nº. 17 – Lábrea-AM - GLOMAM

1952 Fundação da ARLS São João da Escócia – Santa Rosa-RS GORGS

1978 Fundação da ARLS Alvorada do Pantanal nº. 2016 - Corumbá -

Jurisdicionada ao GOEMS-GOB

1979 Fundação da ARLS Hipólito José da Costa Nr. 89 – Santa Terezina de Goiás

– GLGO

1983 Fundação da ARLS Acácia Balsense Nr. 2351 - Balsas - Grande Oriente do

Estado do Maranhão Federado ao GOB.

1987 Fundação da ARLS Estrela do Sul, de Porto Alegre - Jurisdicionada ao

GORGS

1997 Fundação da ARLS João Noleto de Souza Nr. 2725 – Teresina, GOB/PI

1997 Fundação da ARLS Hiram Habib Nr. 3069 - Teresina – GOB/PI

1999 Fundação da ARLS Defensores da Ordem Nº. 26 – Porto Velho -

GLOMARON -

fatos maçônicos do dia

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MAÇONARIA BRASILEIRA É RECONHECIDA NOS EUA

[email protected]

Como todos sabem, a Maçonaria brasileira pode ser dividida em três modelos

administrativos distintos: os Grandes Orientes Estaduais federados ao GOB, as Grandes Lojas confederadas à CMSB, e os Grandes Orientes

Independentes confederados à COMAB. Somadas, essas Obediências

correspondem ao que podemos chamar de Maçonaria Regular Brasileira.

(Lembre-se que os conceitos "regular" e "reconhecida" são distintos. Prova disso é que nenhuma dessas Obediências possui o reconhecimento de todas

as Obediências Regulares do mundo).

Com a chegada do "List of Lodges 2011", publicação anual das Lojas das

Obediências Regulares do mundo que possuem reconhecimento de Grandes

Lojas Americanas, tem-se o número mais atualizado do tamanho da Maçonaria Brasileira:

O GOB possui 73.355 membros ativos, filiados a 2.496 Lojas.

As Grandes Lojas possuem 106.112 membros ativos, filiados a 2.723 Lojas.

Os 21 Grandes Orientes Independentes confederados à COMAB possuem aproximadamente 31.982 membros, filiados em suas 1.383 lojas.

Alguns Grandes Orientes Estaduais filiados à COMAB que não constavam em

2011 da "List of Lodges" agora em 2013 passaram constar o GOP (Grande

Oriente Paulista), o GORS (Grande Oriente do Rio G. do SUL) e o GOMS (Grande Oriente de Mato G. do Sul). Foram reconhecidos pela Grande Loja

Americana- Washington no ano passado.

Ultimamente tem-se prevalecido a convivência e os tratados de amizades no

Brasil, fazendo esquecer as rugas das cisões anteriores. As três GOB- FEDERAÇÃO, COMAB-CONFEDERAÇÃO E CMSB-CONFEDERAÇÃO SÃO

SIGNATARIAS DA CONFEDERAÇION MASONICA INTERAMENRICANA- CMI

2 - OPINIão - Maçonaria Brasileira é reconhecida nos EUA

Academia Maçônica de Letras do Brasil.

Arcádia Belo Horizonte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com

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ENTENDENDO O TERMO "MAÇONS ANTIGOS, LIVRES & ACEITOS"

Por Kennyo Ismail

O termo “Maçons Antigos, Livres & Aceitos” que, utilizando a abreviação

maçônica do REAA, fica “MM AA LL & AA” talvez seja, depois de “GADU”, o termo mais usado na Maçonaria. Apesar disso, parece que poucos são os

maçons que sabem seu verdadeiro significado e o que se vê são muitos

maçons experientes inventando significados mirabolantes e profundamente

filosóficos para um termo que teve caráter político na história da Maçonaria. O termo geralmente é utilizado após o nome da Obediência ou, muitas vezes,

faz oficialmente parte do nome. Em inglês a sigla é AF&AM (Ancient, Free

and Accepted Masons), cujo significado é o mesmo do termo em português:

Maçons Antigos, Livres & Aceitos. Porém, os Irmãos também podem em muitas Obediências se depararem com termo diferente, sem o uso do

“Antigo”, apenas: “Maçons Livres & Aceitos” ou “F&AM – Free and Accepted

Masons”.

Afinal de contas, o que significa esse termo e qual o motivo da variação?

Em primeiro lugar, ao contrário do que muitos possam pensar, o termo nada

tem com o Rito Escocês. Pelo contrário, foram os fundadores do Supremo

Conselho do Rito Escocês em Charleston que, influenciados pelo termo,

resolveram pegar emprestado o “Antigo” e o “Aceito”.

Na verdade, o termo e sua variável surgiram do nome oficial das duas

Grandes Lojas inglesas rivais, historicamente conhecidas por “Antigos” e

“Modernos”. O nome da 1ª Grande Loja (1717) era “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra”. Já sua rival (1751) foi fundada com o nome

de “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra de acordo com as

Antigas Constituições” e por isso costumava ser chamada de “Antiga Grande

Loja da Inglaterra”. Dessa forma, a mais nova se proclamava “Antiga” e chamava a primeira, que era mais velha, de “Moderna”. A partir daí, nos 60

anos de rivalidade entre essas duas Grandes Lojas, os maçons da Grande

Loja dos “Modernos” ou daquelas fundadas por essa usavam o termo “Maçons

Livres e Aceitos”, enquanto que os da Grande Loja dos “Antigos” ou daquelas

fundadas por essa eram tidos como “Maçons Antigos, Livres e Aceitos”. Nesse período, a Grande Loja da Irlanda (1725) e a Grande Loja da Escócia (1736)

se aproximaram dos “Antigos” e de certa forma aderiram ao termo. As duas

Grandes Lojas inglesas resolveram se unir em 1813, porém, os termos

permaneceram nas Grandes Lojas constituídas por essas, que consequentemente passaram àquelas que constituíram depois.

3 - entendendo o termo "maçons antigos, livres & aceitos" Ir Kennyo Ismail

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O maior reflexo dessa “rivalidade” e o uso dos termos que a representam ocorreu nos EUA, que tiveram Grandes Lojas fundadas pelos Modernos, pelos

Antigos, e pelas Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia. Com isso, 26 Grandes

Lojas Estaduais usam o termo COM “Antigos” e outras 25 Grandes Lojas usam

SEM “Antigos”:

F&AM (trad.: Maçons Livres & Aceitos) = 25 GLs: Alabama, Alaska,

Arizona, Arkansas, Califórnia, DC, Flórida, Geórgia, Havaí, Indiana, Kentucky,

Louisiana, Michigan, Mississipi, Nevada, New Hampshire, New Jersey, New

York, Ohio, Rhode Island, Tennesse, Utah, Vermont, Washington, Wisconsin.

AF&AM (trad.: Maçons Antigos, Livres & Aceitos) = 26 GLs: Colorado,

Connecticut, Delaware, Idaho, Illinois, Iowa, Kansas, Maine, Maryland,

Massachusetts, Minnesota, Missouri, Montana, Nebraska, Novo México, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Oklahoma, Oregon, Carolina do Sul,

Dakota do Sul, Texas, Virgínia, West Virgínia, Wyoming, Pensilvânia.

Apesar de a rivalidade ter acabado no início do século XIX, os termos

permaneceram e podem ser vistos em várias outras partes do mundo. Alguns

exemplos:

COM “Antigos”: Bolívia, Chile, Cuba, Costa Rica, Equador, Grécia,

Guatemala, Honduras, Israel, Nicarágua, Panamá, Peru, África do Sul,

Espanha, Venezuela.

SEM “Antigos”: Argentina, China, Finlândia, Japão, Filipinas, Porto Rico,

Turquia.

Com o “Antigos” já desvendado, cabe aqui compreender a expressão “Livres & Aceitos”: “Livres” se refere aos maçons que tinham direito de se retirarem

de suas Guildas e viajarem para realizar trabalhos em outras localidades, enquanto que os “Aceitos” seriam os primeiros maçons especulativos que,

apesar de não praticarem o Ofício, ingressaram na Fraternidade.

Hoje, usar ou não o “Antigos” não faz mais tanta diferença. O importante é

que não esqueçamos que o “Livres & Aceitos” é um elo, um registro histórico da transição entre a Maçonaria Operativa e a Especulativa. Qualquer

interpretação diferente é tentar jogar nossa história fora.

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Caro Irmão Jerônimo

Seu informativo continua sendo uma importante fonte de referência para mim. Encaminho

matéria produzida para estudo em nossa Academia.. Fique á vontade se quiser aproveitá-la

em seu informativo.

João Anatalino

www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br

ENOQUE E A LENDA DA PALAVRA PERDIDA

Enoque, o patriarca, entre os homens bons,

Ainda era vivo. Mas por Deus foi chamado

Para que fosse o primeiro entre os maçons, Na sublime Arte do Demiurgo ser iniciado.

Então, pelos canteiros da obra divina viajou,

Com mestres-arcanjos servindo como guia; E os dez céus do universo ele contemplou,

Com eles adquirindo essa magna sabedoria.

Viu que o mundo é como se fosse o edifício, Que embora não tenha chão, parede e teto,

Nós o construímos como pedreiros de ofício.

Trabalhando nessa obra um pouco cada dia. Tendo Deus como Grande Mestre-Arquiteto

Fazemos o que se chama de pura Maçonaria.

Quem foi Enoque

Enoque é o sétimo patriarca citado pela Bíblia na descendência direta de

Adão e foi o bisavô de Noé, o da Arca. Entre os patriarcas antediluvianos foi o

que menos viveu, sendo de 365 anos a sua idade quando, segundo a Bíblia,

desapareceu. O fato de o livro sagrado não se referir á sua morte, e dizer que ele “andou

com Deus e Deus o levou”, tem feito muitos comentadores dizer que Enoque

não morreu, mas sim, foi levado ao céu vivo, como acreditam os cristãos que

Jesus também foi e os muçulmanos dizem ter acontecido a Maomé, que foi “arreba- tado” da terra para o céu.

Lendas á aparte, o fato é que esse Enoque é um dos mais misteriosos

personagens da Bíblia e sua figura tem se prestado ao desenvolvimento de

uma rica mitologia que tem resistido aos séculos. Essa mitologia provém em

4 - enoque e a lenda da palavra perdida Ir João Anatalino

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grande parte de dois escritos cabalísticos encontrados entre os chamados

evangelhos apócrifos – conjunto de livros antigos censurados pela Igreja e excluídos da literatura cristã acreditada – chamados, “O Livro de Enoque” e o

“Livro dos Segredos de Enoque”.

Esses livros, escritos provavelmente por um judeu de Alexandria em fins do

século I, apresentam uma visão apocalíptica do mundo e do destino da

humanidade. No Livro dos Segredos, Enoque passeia pelos dez céus da arquitetura celeste e vê o sofrimento a que são submetidos os que não

alcançaram a salvação de Jesus Cristo. É uma visão semelhante á de Dante

na Divina Comédia. No Livro de Enoque ele descreve a arquitetura cósmica,

com seus anjos e toda a simbologia a eles associada. Mostra também, de forma apocalíptica, a escatologia do universo físico e da humanidade, numa

visão semelhante á do Apocalipse de João.

As duas obras (de Enoque e João) contém visões tão semelhantes que é

difícil saber quem influenciou quem. Possivelmente ambas devem ter sido influenciadas pelos escritos essênios, já que tais visões eram próprias dos

membros daquela seita.

Os escritos de Enoque são essencialmente cabalísticos, abusando de

símbolos e metáforas muito a gosto dos cultores dessa tradição. Tanto é que

na Cabala, Enoque tornou-se o arcanjo conhecido como Metraton. É também na Cabala que encontraremos boa parte da inspiração maçônica

para a sua visão da arquitetura celeste, que se funda na idéia de que o

universo é uma estrutura pensada por Deus (que atua como se fosse o seu

mestre arquiteto) e é construída por anjos e homens atuando como mestres e pedreiros. Essa cosmovisão encontra certa confirmação nas obras do

personagem Enoque e vai de encontro ás visões dos filósofos gnósticos e

cabalistas que forneceram a base da mística que se encontra na Maçonaria.

A Lenda de Enoque

A lenda de Enoque, tal como é desenvolvida pela Maçonaria, é uma

alegoria sobre a qual se assentam os ensinamentos dos graus doze a quatorze do Rito Escocês Antigo e Aceito e também é cultivada em outros

ritos, com algumas variantes. Sua melhor performance ocorre no Rito do Arco

Real, que tem em Enoque um dos seus mais importantes arquétipos.

No Rito Escocês Antigo e Aceito essa lenda aparece no ritual do grau treze.

Em resumo ela diz o seguinte:

“Enoque, durante um sonho que teve, foi informado que Deus tinha um

Nome Verdadeiro que aos homens não era lícito saber, porque se tratava de

uma palavra de grande poder. Esse Nome, Deus comunicou aos seus ouvidos, mas proibiu que o divulgasse a qualquer outro homem. Deus lhe informou

também sobre o castigo que iria ser lançado sobre a humanidade pecadora,

através do dilúvio.

O Inefável Nome de Deus era a chave que poderia proporcionar aos homens todo o conhecimento secreto, e um dia, quando fossem merecedores,

ele seria revelado. Mas para que o Inefável Nome de Deus não fosse perdido

após a catástrofe que destruiria a humanidade inteira através do dilúvio,

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Enoque gravou-o numa pedra triangular, numa língua só inteligível aos anjos

e a ele próprio. Portanto, mesmo que alguém descobrisse um dia a grafia do Nome de Deus, isso de pouco adiantaria, pois a pronúncia dessa Palavra

Sagrada somente ele, entre os homens, seria capaz de dar.

Antes do dilúvio havia sobre a terra civilizações bastante desenvolvidas em

termos de artes e ciências. Entre essas havia um povo de gigantes, filhos dos

anjos caídos (os nefilins) com as filhas dos homens. Essa civilização era má, arrogante e descrente. Por isso Deus anunciou a Enoque que iria destruí-la.

Para preservar os conhecimentos dessas antigas civilizações (a Atlântida,

segundo a Doutrina Secreta, ou a civilização dos anunnakis segundo a

literatura suméria), Enoque fez com que vários textos, contendo conhecimentos científicos fossem gravados em duas colunas, e em cada uma

delas esculpiu o nome sagrado.

Uma delas era feita de mármore, a outra fundida em bronze. Essas colunas

ele as pôs como sustentáculo em um suntuoso templo que mandou construir em um lugar subterrâneo, só dele e de alguns eleitos, conhecidos. Esse

templo tinha nove abóbadas, sustentadas por nove arcos. No último arco

Enoque mandou gravar um Delta Luminoso, que simbolizava o Nome

Inefável, e fez um alçapão onde guardou a pedra onde ele havia gravado esse

nome sagrado.

Com a vinda do dilúvio, todas as antigas civilizações foram destruídas e

seus conhecimentos científicos e artísticos foram perdidos. Noé e sua família,

os únicos sobreviventes dessa catástrofe, nada sabiam das antigas ciências. Das colunas gravadas por Enoque, somente a de bronze pode ser recuperada

pelos descendentes de Noé. Nela constava o Verdadeiro Nome de Deus, mas

não a forma de pronunciá-lo, pois essa sabedoria estava escrita na coluna de

mármore. Assim, essa pronúncia permaneceu desconhecida por muitos séculos, até que Deus a revelou a Moisés em sua aparição no Monte Sinai.

Mas Moisés foi proibido de divulgá-la, a não ser ao seu irmão Aarão, que

seria, futuramente, o principal sacerdote do povo hebreu.

Deus prometeu a Moisés, todavia, que mais tarde o poder desse Nome seria recuperado e transmitido a todo o povo de Israel. Segundo a tradição

cabalística isso só aconteceu nos tempos de Shimon Ben Iohai, o codificador

da Cabala, mas nem todo o povo de Israel compartilhou dessa sabedoria,

uma vez que ela continuou sendo transmitida apenas aos rabinos que

atingiam os graus mais altos na chamada Assembléia Sagrada. Moisés, no entanto, conforme a lenda, havia mandado que o Nome

Inefável, com a pronúncia correta, fosse gravado em uma medalha de ouro e

guardado na arca da Santa Aliança juntamente com as tábuas da lei. Dessa

forma, o Sumo Sacerdote, em qualquer tempo, poderia compartilhar dessa sabedoria e invocar o Grande Arquiteto do Universo na forma correta. Porém,

a Arca da Aliança foi perdida numa batalha que os israelitas travaram contra

os sírios. Mas, guardada por leões ferozes, os sírios nunca conseguiram abri-

la e mais tarde ela foi recuperada pelos sacerdotes levitas. Durante as batalhas que o povo de Israel travou contra os filisteus pela posse da

Palestina, a Arca foi perdida mais uma vez, sendo capturada pelo

exército inimigo. Os filisteus, que não sabiam do poder que tinham nas mãos,

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fundiram a medalha de ouro com o Nome Inefável e a transformaram num

ídolo dedicado ao Deus Dagon. Esse foi um dos motivos pelos quais O Grande Arquiteto do Universo instruiu Sansão para que este praticasse seu último ato

de força no Templo dos filisteus em Gaza, matando um grande número deles.

Entretanto, de tempos em tempos, Deus comunicava a algum profeta o

segredo dessa pronúncia, com a condição de que ele o mantivesse em segredo. Assim, durante longo tempo, a forma de pronunciar o Nome Inefável

ficou oculta, até que Deus o revelou a Samuel e este o transmitiu aos reis de

Israel, Davi e depois a Salomão.

Após construir o Templo de Jerusalém, (que reproduzia a forma e a estrutura do templo construído por Enoque, inclusive com os nove arcos,

onde, no nono se erguia o Altar do Santo dos Santos, no qual a Arca da

Aliança estava depositada), Salomão determinou a Adoniran, Stolkin e Joaben

a construção de um templo dedicado á Justiça. Estes, após escolher e preparar o terreno, verificaram que aquele era exatamente o lugar onde

Enoque havia construído o antigo templo. Após demoradas pesquisas e

árduos trabalhos escavando as ruínas do antigo templo, descendo a diversos

níveis subterrâneos, os mestres destacados por Salomão, sob o comando de

Adoniran, descobriram a coluna onde o sagrado Delta estava gravado. Dessa forma, o Verdadeiro Nome de Deus foi recuperado e pode ser

transmitido ao povo de Israel na sua forma escrita, mas a forma de

pronunciá-lo permaneceu um segredo compartilhado por poucas pessoas,

pois a coluna de mármore, onde estava essa sabedoria estava inscrita, foi destruída pelo dilúvio. Somente Salomão, o Rei de Tiro e os três mestres que

desceram ao subterrâneo detinham esse conhecimento. Com o

desaparecimento daqueles personagens, ficou perdida novamente a

pronúncia da Palavra Sagrada.[1]

Esse é o conteúdo da lenda maçônica, que revela um conhecimento

iniciático de grande relevância, pois o personagem Enoque não é exclusivo da

tradição hebraica. Ele, na verdade, é um arquétipo presente na mitologia de vários povos antigos e cultuado como “mensageiro dos deuses” e arauto do

conhecimento divino, transmitido aos homens na terra.

No Egito ele era associado ao deus Toth, que teria trazido aos homens o

conhecimento da escrita, da metalurgia e da agricultura. Na Grécia foi

conhecido como Hermes, o Senhor da Magia e da da ciência. Na tradição celta havia um personagem análogo, que ficou conhecido na mitologia daquele

povo como Merlin, o mago, guardião dos portais do conhecimento. Entre os

maias ele foi Quetzacoatal, o civilizador, que trouxe para aquele povo o

conhecimento que ostentava aquela antiga civilização. Provavelmente foi nessa fonte da tradição maia que os autores da literatura mórmon se

inspiraram para compor suas escrituras.

Em todas essas tradições, o personagem aparece como guardião das

chaves do conhecimento, que antigas civilizações ostentaram e perderam em virtude do mau uso que fizeram deles.

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O paralelo com a lenda mórmon.

A lenda maçônica, tal qual ela aparece nos rituais, não será encontrada nos

chamados apócrifos de Enoque. Ela provavelmente foi inspirada nos textos

dessas obras, mas não consta textualmente delas. Vale registrar que ela

encontra um curioso paralelo no Livro de Mómon, onde um personagem

chamado Mórmon, referido como profeta-historiador, registra os conhecimentos de uma antiga civilização que teria sido a antecessora dos

maias, astecas e incas, as grandes civilizações da América.

Um desses livros registra o ministério pessoal que Jesus Cristo teria

desenvolvido junto aos povos pré-colombianos logo após a sua ressurreição. Esses ensinamentos teriam sido registrados por Mórmon, que os entregou ao

seu filho Morôni, que os ocultou num Monte chamado Cumora. Durante cerca

de dezoito séculos esses ensinamentos, que haviam sido gravados em placas

de ouro, ficaram perdidos. Mas em 21 de setembro de 1821, Cumôni teria aparecido a um maçom-profeta de nome Joseph Smith, e mos-trado o lugar

onde as placas estariam escondidas. Depois ensinou ao mesmo Smith como

decifrar e traduzir para o inglês os refe-ridos escritos.

Assim nasceu o Livro de Mórmon, Bíblia da Igreja dos Santos dos Últimos

Dias. Trata-se, como se vê, de uma curiosa versão da lenda maçônica das Colunas de Enoque, é não é possível saber no que uma influenciou a outra.

Considerando que tanto o profeta-historiador Joseph Smith, quanto seu

sucessor Brigham Young no comando da seita mórmon eram maçons, bem

como um bom número de seus primeiros líderes, pode-se especular que eles tinham conhecimento dessa fonte e a utilizaram para compor o seu curioso

trabalho.[2]

A interpretação da lenda

As instruções dos graus se referem ás viagens que o iniciando tem que

fazer, a exemplo dos três Mestres, para encontrar a Palavra Sagrada.

Simbolicamente, para o maçom essas viagens equivalem a uma descida dentro de si mesmo a fim de liberar a luz que existe dentro dele. Aqui temos

novamente a evocação, tão cara aos gnósticos e aos alquimistas, da

necessidade de encontrar “dentro de si mesmo” aquela energia que faz o

homem integrar-se à divindade.

Pois outra coisa não é a Palavra Perdida. O Inefável Nome de Deus é o principio que libera o espírito de suas amarras materiais e o torna livre para

galgar as alturas e penetrar no reino da luz. Essa tradição freqüenta a mística

de todas as religiões do mundo, desde o Budismo tibetano até á Cabala, que

a desenvolve através da metafísica dos números e suas relações com a divindade.

Diz a lenda que com a perda do verdadeiro significado, este foi substituída

pelas iniciais IHVH que, depois de pronunciada, é coberta com três Palavras

Sagradas, três sinais e três palavras de passe; somente após o cumprimento desse ritual se chega ao Nome Inefável. De acordo com a tradição maçônica,

os cinco primeiros iniciados no grau de Cavaleiro do Real Arco foram os

próprios reis Salomão e Hiram, rei de Tiro, e os três Mestres que descobriram

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13

o templo sagrado de Enoque. Um juramento de não pronunciar o Verdadeiro

Nome de Deus em vão foi feito pelos mestres recém eleitos, juramento esse que se repete na elevação ao grau 14.

Diz ainda a lenda, que mais tarde outros Mestres foram admitidos no grau,

até o numero de vinte e sete, sendo a cada um deles distribuído um posto.

Outros Mestres, que tentaram obter o grau sem o devido merecimento

receberam o justo castigo, sendo executados e sepultados no subterrâneo onde a pedra gravada com o Nome Inefável foi originalmente depositada .

A prece final de encerramento dos trabalhos do grau nos dá bem a

significação do conteúdo iniciático da lenda..[3]

Por fim, cabe considerar que a maçonaria cristã se apropriou dessa lenda para aproximá-la da tradição associada com o magistério de Jesus Cristo.

Essa transposição iniciática foi feita pelos adeptos da filosofia rosa-cruz, que

incorporaram nela a mística da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Assim,

a Palavra Perdida passou a ser soletrada pelas iniciais da inscrição que Pilatos mandou botar na cruz de Jesus: INRI.[4]

Esse é, aliás, a fonte da deslumbrante beleza ritual que encontraremos no

grau 18, quando ali se desdobra a mística da Rosa-Cruz e do simbolismo que

ele encerra.

[1] Exerto da nossa obra Conhecendo a Arte Real- Madras, 2006

[2] O Livro de Mórmon- 1995

[3] Conforme o ritual do grau

4] Sobre esse assunto veja-se o nosso trabalho publicado neste site, denominado A Rosa

Mística.

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Ir Marco Antônio Nunes – Florianópolis – SC

é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9

Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC

Contato: [email protected]

Mestre Aprendiz

O que seria um Mestre Aprendiz? Um Companheiro exaltado há pouco

sem as devidas instruções do grau de mestre?

Ou seria um Mestre na eterna busca pelo conhecimento, não se satisfazendo nunca com o que já aprendeu, considerando-se, portanto, um

sempre aprendiz?

Leio em todas as definições, seja qual for a bibliografia, inclusive nos rituais, que o Mestre é o seu próprio mestre, aperfeiçoando-se, doando-se

para os seus irmãos, colocando sua inteligência e sua vontade à serviço, não

só da coletividade maçônica, mas e principalmente à coletividade que o

abriga. Ser perfeito nas mínimas realizações e servir de referência e exemplo em tudo com que se envolve.

Do latim “MAGISTER” significa diretor, chefe, derivativo da palavra

“MAGIS” que quer dizer “maior que todos”, mais sábio, o mais justo, aquele que mais se aproxima da perfeição.

Vou além, recorrendo a fragmentos do que li a aprendi sobre o Mestre,

citando o que Forestier esclarece em obra, cujo título não lembro, onde ele se

manifesta sobre a razão pela qual o termo serviu, a partir de 1735, para designar não mais uma função, mas uma dignidade para tornar-se a

5 - Mestre aprendiz Ir Marco Antônio Nunes

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denominação de um terceiro grau na Maçonaria. Lembrando que o título de

mestre era usado entre os que trabalhavam na pedra para distinguir o companheiro encarregado da direção do canteiro de obras, sendo que a

Maçonaria Especulativa atribuía ao companheiro que presidia as assembléias

de uma loja, que seria denominado posteriormente Venerável Mestre.

De qualquer forma, para chegarmos onde desejo, a denominação de Mestre que passou a se constituir num terceiro grau, nasceu mais no desejo

de se fazer uma escolha entre os membros das associações que se faziam

cada vez mais numerosos e que se constituíam em elites e em lideranças, do

que propriamente os mais sábios ou experientes. Pelo menos é esta a impressão que os escritos nos passam.

Desejo aqui enfatizar alguns conceitos, reportando-me ao mais antigo documento maçônico que se tem conhecimento que é o Regius Poem, ou

Poema Régius, também conhecido como Manuscrito Halliwell, respeitando

autores que consideram como mais antiga a Carta de Bolonha, mas esta não

é a questão. O que desejo é extrair as idéias contidas nos quinze artigos do

Poema que se referem diretamente ao mestre, com destaque aos termos diretamente relacionados. Aconselho a leitura do Poema como um todo.

Leiam a sinopse que faço dos artigos e tirem suas conclusões:

O Mestre deve ser firme, sincero e verdadeiro para que se possa confiar

inteiramente nele. Deve comparecer sempre aos encontros e compromissos, sendo pontual e sempre pronto a atuar, agindo com prontidão e regularidade.

Com relação aos seus subordinados, ele não deve assumir compromisso

com um aprendiz se não tiver a certeza de poder conduzi-lo ou instruí-lo

durante o tempo necessário para que este seja considerado apto a desenvolver seu ofício e jamais encará-lo como de sua propriedade ou

desviando-o para afazeres outros que não os determinados para o seu

crescimento. Saber escolher seu aprendiz para que ele tenha real aptidão

para o trabalho e jamais ser negligente na escolha a ponto de admitir alguém que não reúna condições de cumprir condições mínimas de aprendizado e

trabalho. Promovê-lo somente quando suas aptidões e tempo de experiências

forem realmente comprovados jamais acobertando fraquezas, negligências ou

vícios. Ter a devida sabedoria e firmeza para substituir aqueles considerados

incapazes por outro mais competente, preservando, acima de tudo, a continuidade da sua obra a bom termo.

Nenhum Mestre deve se colocar em posição superior a outro Mestre,

mas trabalhar e agir em conjunto. Como Maçom, jamais poderá assumir o trabalho de outro, a menos que haja ameaça à continuidade ou a integridade

da obra, enfatizando-se que sempre seria melhor se a obra fosse concluída

por aquele que a iniciou desde as suas fundações.

Muitos dos artigos são repetitivos e redundantes, principalmente do

décimo segundo ao décimo quarto, reproduzindo a relação do Mestre com o

Aprendiz, cujos principais itens foram devidamente reproduzidos.

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O décimo primeiro diz que nenhum Maçom deve trabalhar durante a noite, isto é, fora do seu horário normal de trabalho, a não ser que utilize

esse tempo para estudar e se aperfeiçoar. Mas o artigo décimo quinto e

último, faço questão de reproduzi-lo na íntegra:

“ O MESTRE não deve ter para com os outros homens Um comportamento hipócrita,

Nem seguir os Companheiros no caminho do erro,

Qualquer que seja o benefício que possa ter.

Ele nunca deverá fazer um falso juramento e Com amor deverá preocupar-se com sua alma,

Sob pena de trazer para o ofício a vergonha

E para si a repreensão.”

Os termos fazem referência direta à Maçonaria de Ofício, mas basta um

pouco de imaginação para incorporarmos as idéias ao nosso dia-a-dia

contemporâneo e no quanto estamos distanciados das concepções da época

em que foram escritas em 1390.

Moral da história? Conclusões? Deixo-as ao livre arbítrio de quem

acompanhou esta leitura. Mas é minha obrigação explicar o que seria um

Mestre Aprendiz na minha concepção. É a resposta à pergunta do segundo

parágrafo deste texto. É aquele Mestre que não se sinta uma pedra totalmente desbastada, que persiga os ditames escritos nesse Poema Régius,

revestindo-se do verdadeiro avental de um mestre que tenha sentimentos de

que o seu verdadeiro avental, jamais teve a sua abeta abaixada desde o

momento em que foi considerado apto à sua elevação a companheiro.

Constatamos uma realidade muito cruel, quando convivemos com uma

maioria ausente e descompromissada de Mestres que abandonam as colunas,

seus compromissos e, o que é bem mais grave, esquecendo-se completamente os seus juramentos feitos com a mão sobre o Livro Sagrado.

Além de mencionar os que se fazem presentes, quer no oriente, quer no

ocidente, mas completamente ausentes nos seus objetivos e nas suas

intenções.

Louvo e aplaudo as exceções que mantém a Maçonaria como um

caminho a seguir.

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O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk.

Loja Estrela de Morretes, 3159

Morretes - PR

estrelas e a circulação O Respeitável Irmão Marcelo Tietböhl Guazzelli, sem declinar o

nome da Loja, Rito e Obediência, apresenta a questão seguinte: [email protected]

Lendo há pouco o JB News 992, deparei-me com um texto sobre o Tronco de Solidariedade. Resumindo a parte que interessa nessa mensagem reproduzo abaixo: “A circulação ritualística da bolsa de solidariedade obedece ao formato de duas estrelas de seis pontas, que por sua vez são compostas cada uma por dois triângulos um dentro do outro, em posição invertida”. “A marcha inicia no ocidente, entre colunas, em direção ao oriente. O irmão hospitaleiro coloca a bolsa colada a sua cintura, ao lado esquerdo do corpo e inicia a marcha. Sem olhar para o que é depositado na bolsa vai passando por todos os obreiros em loja. O venerável mestre, primeiro vigilante e segundo vigilante definem o primeiro triângulo; orador, secretário e guarda do templo definem o segundo triângulo, o que resulta na primeira estrela; depois passa pelos oficiais e obreiros do oriente, pelos mestres e oficiais da coluna do sul e pelos mestres e oficiais da coluna do norte, definindo o terceiro triângulo; companheiros, aprendizes e o cobridor externo formam o quarto triângulo e completam a segunda estrela. E por fim, o cobridor externo segura a bolsa, e o próprio hospitaleiro deposita seu óbolo na bolsa, retoma a bolsa, lacra-a e conclui o giro da bolsa postando-se entre colunas. Comunica ao venerável mestre que a tarefa está cumprida e recebe instruções do que deve fazer em seguida”. Pois bem. Como fica a primeira estrela se o Primeiro Vigilante estiver na Coluna do Norte? (estou falando de uma loja do REAA do GORGS). Saindo do Venerável, o Mestre de Cerimônias vai até ele e, seguindo o sentido horário, cruza pela frente do Oriente para chegar ao Segundo Vigilante na Coluna do Sul. A linha imaginária vira um “nó” e o triângulo não existe. Ou essa estrela é apenas simbólica ou me parece que não há muita lógica. A lógica no meu ponto de vista é seguir a hierarquia dentro da lógica. O que lhe parece?

6 - Perguntas & Respostas Ir Pedro Juk

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Considerações: Sem qualquer intenção de crítica ou contestação, eu não compactuo com opiniões de formação de estrelas relacionadas às circulações em Loja. Primeiro porque nos ritos de vertente latina (francesa) e, nesse particular o Rito Escocês Antigo e Aceito, a única estrela abordada na sua doutrina é a Hominal, ou Pitagórica representada pela Estrela Flamejante (cinco pontas) que é objeto de estudo do Grau de Companheiro como Luz intermediária. Segundo, porque estrela de seis pontas é alegoria simbólica do Craft inglês e nos Trabalhos ingleses não existe circulação de bolsas. Terceiro é a carência de um bom exercício de imaginação na interligação de cargos e o desenho, pelo menos lógico, de uma estrela. Quarto é que dos diversos ritos existentes, nem sempre a localização topográfica dos cargos, coincidem uns com os outros. À bem da verdade o primeiro conjunto de circulação resume-se às Luzes da Loja, às Dignidades do Orador e Secretário e por fim ao Cobridor, ou Cobridores conforme o caso. Essa regra é apenas e tão somente aplicada aos cargos principais e nela inclui-se o do Cobridor pela sua importância na constituição de uma Loja (uso, costume e tradição). Assim, nesses primeiros cargos fica difícil se ordenar o símbolo de uma estrela. Mesmo levando-se em conta na disposição das Luzes da Loja conforme os rituais do da COMAB do estado do Rio Grande do Sul que ainda mantém esses cargos posicionados conforme as extintas Lojas Capitulares. Essa constituição vem apenas reforçar a desigualdade de posição em Loja que se contrapõe à tese estelar generalizada não se levando em conta outros rituais e ritos. Muito mais contraditória é a referência a outras estrelas formadas além dos primeiros cargos. Sem qualquer conotação mística ou oculta, a primeira fase da circulação simplesmente obedece à importância dos seis primeiros cargos (às vezes sete dependendo da presença do Guarda Externo). Composta essa primeira etapa, são abordados os do Oriente, os Mestres do Sul, os Mestres do Norte, Companheiros e Aprendizes. O próprio oficial circulante longe de qualquer hierarquia é o último a depositar a proposta ou o óbolo. É bem verdade que esse conceito de formação de estrela povoa o imaginário maçônico de há muito tempo já inserido na própria França por escritores de feição mística e oculta. Deixo aqui os meus respeitos a esses pensadores, todavia não me atenho às convicções contrárias à autenticidade.

T.F.A. PEDRO JUK

[email protected] MAIO/2013

Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )

que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )

Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.

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Lojas Aniversariantes da GLSC

Data Nome Oriente

13/08 Albert Mackey nr. 56 Tubarão

13/08 Harmonia nr. 42 Itajaí

15/08 Presidente Roosevelt Nr. 2 Criciúma

16/08 Caminhos da Verdade nr. 92 Blumenau

17/08 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis

18/08 Fraternidade de Itapema nr. 104 Itapema

20/08 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú

30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul

30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte

31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis

Com cobertura da Rádio Sintonia 33 e JB News. www.radiosintonia33.com.br

7 - destaques jb

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Loja Lara Ribas nr. 66 (GOSC)

A Loja Lara Ribas realizou na última quarta-feira (7) a sua Sessão Branca em regozijo ao Dia dos Pais. Seguem alguns registros do Ir Jean Pagani,

com informação enviada pelo nosso correspondente Ir. Borbinha: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaLaraRibasDiaDosP

ais7813?authkey=Gv1sRgCNnKsZL9v4_heg#

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Oração aos Irmãos/Pais (adaptada)

(Ir Édio Coan - Florianópolis)

Grande Arquiteto do Universo, Tu que és Pai de todos nós peço

que abençoes aqueles Irmãos que enviaste para desempenhar o

papel de Pai aqui na terra.

Que através deles possam os seus filhos ver refletida a tua face

paterna, teu amor e compaixão.

Peço a ti Senhor, multiplicai os dias desses Irmãos/Pais para que

seus filhos possam sentir sua bendita presença nos momentos

felizes e difíceis da vida.

Senhor acompanha esses Irmãos/Pais em todo riso e em toda

lágrima, nos momentos do trabalho, do lazer e da oração, durante

o dia e durante a noite e no sono tranqüilo permita que ele

experimente seu Amor divino.

Meu bom senhor, eu peço que tua benção se faça presente na vida

desses Irmãos/Pais hoje e todo o sempre.

Amém.

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CONHEÇA O COMPLEXO MAÇÔNICO

GOMS - DOURADOS - MS

No Oriente de Dourados fica localizado o complexo maçônico onde se reúnem as Lojas Ceres 9, III

Milenium 21 e Edgar Buytendorf 29, o projeto inicial foi elaborado pela loja Ceres 9 que foi a Loja

Primaz do GOMS nesta Cidade.

Acesse o link abaixo:

http://ritobrasileirors.blogspot.com.br/2013/08/conheca-o-complexo-maconico-goms.html

Ir Evandro Lecey

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BOLETIM CURIOSIDADES DO MUNDO MAÇÔNICO - ALAGOAS", Nº 122, ABR/MAI/JUN, 2013.

[email protected]

ESTAMOS CIRCULANDO "BOLETIM CURIOSIDADES DO MUNDO MAÇÔNICO - ALAGOAS", EM SUA EDIÇÃO TRIMESTRAL DE Nº 122, ABR/MAI/JUN, 2013.

É UMA SÉRIE DE BOLETINS INICIADA, HÁ MAIS DE 20 ANOS EM NOSSO ORIENTE ESTADUAL DE ALAGOAS, POR INICIATIVA DO NOSSO PRECLARO IR:. JOSÉ BILU DA SILVA FILHO, PRESIDENTE DE HONRA DO GREMAÇOM. CASO O O ESTIMADO IRMÃO DESEJE CONTINUAR RECEBENDO ESSE BOLETIM, BASTA SIMPLESMENTE CONFIRMAR O RECEBIMENTO, PARA QUE POSSAMOS ATUALIZAR O ARQUIVO DE E-MAIL E ENCAMINHAR AS PRÓXIMAS EDIÇÕES. POR OPORTUNO, ESCLARECEMOS QUE O SEU CONTEUDO PODE SER UTILIZADO LIVREMENTE EM NOSSO AMBIENTE MAÇÔNICO, COM A DEVIDA CITAÇÃO DE AUTORIA E FONTE DAS MATÉRIAS. ACEITE O MEU FORTE E FRATERNO ABRAÇO. GILVALDAR MONTEIRO - EDITOR.

1 - Interessante e inteligente. Antes da subida ao altar, o pai faz um discurso profundo e cheio de bom humor.

http://www.youtube.com/watch?v=eQwnRnj1u5M

2 - “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo como vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valei vós muito mais do que as aves?

Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?

Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”.

https://www.facebook.com/video/embed?video_id=536751296391344

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Em nome do respeitável irmão, quero saudar todos os

demais irmãos das “ ciências Jurídicas “ pela passagem do "Dia do Advogado" (Dia 11) rogando ao vosso protetor, Santo Ivo,

que os dirija !

Um TFA Ir:. Adilson Zotovici

ADVOGADO

Como Santo canonizado

Justo juiz e conciliador

Ivo, grande homem, honrado

Que referência, “seu protetor” !

Rui Barbosa, predestinado,

Ser da justiça, bom defensor

“Seu patrono”, sempre lembrado,

Pelo incomparável valor !

Homem em leis bacharelado

Digno, ético, lutador

Por isso, “ O que foi chamado”

Justo promotor, magistrado,

Um delegado ou professor...

Mas um perfeito “Advogado” !

Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif-169

fechando a cortina

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