Luis vidigal - Apresentação no Forum da Arrábida 2014 da APDSI - Reforma do Estado

Fórum da Arrábida 2014

Luís Vidigal

Contributos para a

Reforma do Estado à luz da Sociedade da Informação

Luís Vidigal (Cidadão Livre)

1

Convento da Arrábida 10 de Outubro de 2014

Termo de Responsabilidade Todas as opiniões ou declarações expressas nesta apresentação são da inteira responsabilidade do apresentador e não responsabilizam nem veiculam qualquer opinião ou tomada de posição da Direção da APDSI ou de qualquer um dos seus associados individuais ou coleNvos


Luís Vidigal

Sumário

•  Modelos do Estado •  Impacto da Reforma do Estado em Portugal •  Os caminhos da Mudança •  Uma nova Visão: Eficiência e ProduNvidade •  Processos e Tecnologias: e-‐Government •  As Pessoas •  Paradoxos e Desafios •  Inovar e Servir – O papel do CIO

2


Luís Vidigal

Modelos de Estado

3


Luís Vidigal

Modelos de Estado

4

Estado Parceiro Governance

New Public Service

Interesses do Estado

Interesses do Cidadão

O Estado controla

O Cidadão controla

Cidadão Democracia

Sec XXI

Estado Neo-‐Liberal Regulador

New Public Management

Cliente Negócio

Anos 80

Estado Providência Administração Weberiana

Administrado Burocracia

Anos 20 Estamos

aqui


Luís Vidigal

Modelos de Estado

5

Estado Distribuído e em Rede

New Public Service

Sec XXI

Est aEstado Descentralizado

New Public Management

Anos 80

Estado Centralizado Administração Weberiana

Anos 20


Luís Vidigal

Pós-‐NPM Uma vaga de normaNvidade

6

Joined up Government

TransformaPonal Government

Whole of Government

New Weberian Restauração

dos valores do

Serviço Público

“Estamos

juntos!”

CollaboraPve Governance


Luís Vidigal

Pós-‐NPM: New Weberian Remover as arbitrariedades Recuperar •  Accountability •  Coordenação •  Transparência •  Equidade •  Imparcialidade •  Universalidade •  Rigor

Da incerteza do Mais ou Menos à certeza do Sim ou Não

7


Luís Vidigal

Impacto da Reforma do Estado em Portugal Desempenho da AP nos úlNmos 5 anos (Facetas chave da reforma segundo Hammerschmid et al., 2013)

QuesNonário do GR@P da APDSI

entre 7 e 9 de Outubro de 2014 8


Luís Vidigal

54% respondentes em 100 inquiridos

9


Luís Vidigal

Impacto da Reforma do Estado em Portugal e na Europa (Por ordem de impacto em Portugal)

10

0 1 2 3 4 5 6 7

Coerência e coordenação políNca

Eficácia das políNcas públicas

MoNvação dos funcionários e aNtudes face ao

AtraNvidade do setor público como empregador

Envolvimento e parNcipação do cidadão

Coesão social

Custo e eficiência

Transparência e abertura à sociedade

Inovação

Os cidadão acreditam na administração pública

Qualidade do serviço

Tratamento equitaNvo dos cidadãos

Redução da burocracia

Igualdade de acesso aos serviços

Comportamento éNco dos trabalhadores do setor

Portugal

Europa

QuesNonário do GR@P da APDSI (2014) e Curry, Dion (2014), The Crystal Ball of Public AdministraNon Reform: What future predicNons tell us about the present. COCOPS Working Paper No. 15, June 2014

5,3

4,7


Luís Vidigal

Impacto da Reforma do Estado em Portugal Perceção por áreas profissionais (GR@P, 2014)

11

0 1 2 3 4 5 6 7

MoNvação dos funcionários e aNtudes face

Coerência e coordenação políNca

AtraNvidade do setor público como

Eficácia das políNcas públicas

Envolvimento e parNcipação do cidadão

Custo e eficiência

Inovação

Coesão social

Os cidadão acreditam na administração

Transparência e abertura à sociedade

Qualidade do serviço

Redução da burocracia

Tratamento equitaNvo dos cidadãos

Igualdade de acesso aos serviços

Comportamento éNco dos trabalhadores

Professores

Fornecedores Externos

Dirigentes e Técnicos AP

QuesNonário do GR@P da APDSI (2014) e Curry, Dion (2014), The Crystal Ball of Public AdministraNon Reform: What future predicNons tell us about the present. COCOPS Working Paper No. 15, June 2014

5,00

3,99

4,98


Luís Vidigal

Os caminhos da Mudança

12


Luís Vidigal

Onde começar?

13

Pessoas e Cultura

Processos e Tecnologia


Luís Vidigal

Transformação cultural da AP (Mais do mesmo)

14

Valores tradicionais

•  Hierarquia do controlo

•  Conformidade •  Impessoalidade do trabalho

•  Autoridade através da posição

•  Paradigma comando-‐controlo

Novos valores culturais espectáveis

•  Accountability •  Abertura •  Transparência •  Eficiência •  Eficácia •  Autoridade através da liderança

•  Cultura de Gestão

•  Empowerment do Cidadão

•  Diálogo de políNcas •  Normalização das

condições de emprego •  Delegação da

autoridade •  Foco na orientação ao

desempenho •  Liderança baseada na

confiança

Instrumentos de Reforma

Huerta Melchor, O. (2008), "Managing Change in OECD Governments: An Introductory Framework", OECD Working Papers on Public Governance, No. 12


Luís Vidigal

As TIC na Modernização AdministraNva nos úlNmos 40 anos Um caminho marginal à Reforma

15


Luís Vidigal

MoNvações para a Reforma em Portugal (OCDE)

Pressões políNco-‐financeiras e ideológicas “PoliNcal-‐managerial elite” do Ministério das Finanças e da AP

16

Huerta Melchor, O. (2008), "Managing Change in OECD Governments: An Introductory Framework", OECD Working Papers on Public Governance, No. 12


Luís Vidigal

Será que é possível cortar em pessoas e tecnologias sem alterar os processos?

17

Poupar 558 milhões por ano em TIC


Luís Vidigal

Uma nova visão

Eficiência e ProduNvidade

18


Luís Vidigal

Existem caminhos alternaPvos para a Reforma do Estado

19

Redução do Estado •  Redução de efeNvos •  Corte de salários e pensões •  Venda de aNvos

Estado

Austeridade

Fazer menos com muito menos

Ganhos (radicais) de Eficiência e ProduNvidade

AutomaPzação do Estado •  e-‐Government •  Desmaterialização •  Interoperabilidade •  Prioridade ao Cidadão •  Colaboração •  ParNlha

Crescimento

Fazer muito mais com menos

-‐85%


Luís Vidigal

Saber usar os recursos financeiros

Redução da Despesa

Redundâncias Desintegração Incoerências

Incompatibilidades Conflitos de Poder

Desperdícios …

Aumento do Investimento

Interoperabilidade Partilha

Reutilização Tranparência

Rapidez Rigor …

20


Luís Vidigal

Processos e Tecnologias e-‐Government

21


Luís Vidigal

Estágios de maturidade do e-‐government

22

Estamos aqui

Presença na Web

Interacção

Transacção

Transformação

e-Democracia

Salto Tecnológico

Salto Tecnológico

Salto Cultural

Salto Polí3co

v AutomaPzação dos serviços que existem

v Transformação dos serviços

da AP

Tempo / Complexidade / Integração Tempo / Complexidade / Integração

Ben

efíc

ios

/ Cus

tos

Adaptado de Siau & Long (2005)


Luís Vidigal

Abrimos novos desafios sem resolver os anteriores

23

Integrar Planear e gerir através de mulPplos domínios, processos e jurisdições para gerar valor público sustentável

2011


Luís Vidigal

MoNvações ideológicas para o e-‐Gov

Gestão Privada melhor que a Gestão Pública

(NPM)

Pressupostos

E-‐Gov para aumentar a eficiência e a eficácia da AP

ExpectaPvas UNlização das TIC induzida por fornecedores privados

Autonomia de Gestão e Empresarialização

Experimentalismo avulso de “gestores” privados

Concorrência entre serviços públicos

Orientação ao markeNng insNtucional

Instrumentos de Reforma (NPM)

24


Luís Vidigal

MoNvações ideológicas para o e-‐Gov

E-‐Gov para aumentar a eficiência e a eficácia da AP

ExpectaPvas Captura do estado por parte de interesses privados

Desagregação organizacional do estado

MulNplicidade de repositórios e entropia informacional

Enfraquecimento e descredibilização do estado

Orientação e fecho em ciclos políNcos de curto prazo

Realidades

25


Luís Vidigal

É urgente uma ruptura no foco

Orientação ao

Poder

Orientação ao

Cidadão

26


Luís Vidigal

Foco no Cidadão Fases de transformação da AP

Departamentos isolados

Fornecedores de serviços integrados

AP integrada e centrada no Cidadão

Cidadãos

Al-‐Khouri, Ali M. (2011), An InnovaNve Approach for e-‐Government TransformaNon. InternaNonal Journal of Managing Value and Supply Chains (IJMVSC) Vol. 2, No. 1, March 2011 27

Acreditem que não é


Luís Vidigal

As Pessoas

28


Luís Vidigal

Desaparecimento de 47% das profissões atuais devido à informaNzação

29

Frey†, Carl Benedikt & Michael A. Osborne (2013). The Future of Employment: How SuscepNble are Jobs to ComputerisaNon? Oxford University Engineering Sciences Department and the Oxford MarNn Programme on the Impacts of Future Technology, in Workshop “Machines and Employment”, September 17th

Parar Avançar

A AP está aqui


Luís Vidigal

Desgaste dos empregos intermédios

30

A tecnologia está a substituir progressivamente empregos de competências médias, aumentando a polarização

OCDE (2014). Policy Challenges for the Next 50 Years. Economic Policy Paper, July No. 9

“Mediadores de Cidadania”


Luís Vidigal

Gestão de competências digitais Quem manter e atrair para o estado?

31

A – Plan (Planear) B – Build (Construir) C – Run (Explorar) D – Enable (Fornecer) E – Manage (Gerir)

hyp://profiletool.ecompetences.eu

3.0 (2014)


Luís Vidigal

Paradoxos e Desafios

32


Luís Vidigal

Poder e controlo

Aumentar o controlo políNco sobre a burocracia

Gestores livres para gerir

Dar poder aos consumidores de serviços

PolíPcos

Gestores Cidadãos

33 Polliy, Christopher & Geert Bouckaert (2011), Public management reform: A compara8ve analysis, Oxford, Oxford University Press.


Luís Vidigal

Opções gesNonárias

Dar prioridade às poupanças

Dar prioridade à melhoria da qualidade do serviço público

Poupança Qualidade

34 Polliy, Christopher & Geert Bouckaert (2011), Public management reform: A compara8ve analysis, Oxford, Oxford University Press.


Luís Vidigal

Liberalizar ou centralizar?

Público Privado

Centralização

Autonomia

35

As TIC permitem dar autonomia centralizando a informação

Integração central e fortalecimento

do Estado


Luís Vidigal

Conciliar conformidade legal e resultados (performance)

36

Legalidade Gestão

Boa Gestão Pública


Luís Vidigal

Abrir ao Cidadão ou a

interesses privados?

Open Gov

Mais um salto em frente no “Front Office” conNnuando a desguarnecer o “Back Office”?

37


Luís Vidigal

? 38

Mais um salto em frente no “Front Office” conNnuando a desguarnecer o “Back Office”?


Luís Vidigal

Estamos a querer avançar para o e-‐Governance

com a Sociedade

sem primeiro resolver o e-‐Government

dentro do estado

39

Colaboração ParPcipação Transparência Confiança

Outside

Inside


Luís Vidigal

Conciliar os tempos e as racionalidades

40

Tempo e racionalidades PolíPcas Tempo e racionalidades AdministraPvas


Luís Vidigal

Se alguém faz

… alguém desfaz 41


Luís Vidigal

Inovar e servir O papel do CIO Criar valor sustentável

ouvindo e moNvando a AP e a sociedade

42


Luís Vidigal

Coordenar é servir os outros

43

“É melhor liderar a parNr de trás e dar o protagonismo aos outros, principalmente quando alcançamos o sucesso”

Nelson Mandela


Luís Vidigal

Apesar de já exisNrem muitas coisas feitas

precisamos arrumar a casa e repensar o estado à luz da Sociedade da Informação

44

Representações Únicas

Processos Básicos orientados a eventos de vida

Repensar as estruturas


Luís Vidigal

Uma excelente experiência com 50 altos dirigentes (CIOs) angolanos (22 a 26/09/2014)

•  Governação e coordenação das TIC – O papel dos CIOs; •  Integração do atendimento e orientação aos eventos de vida dos

cidadãos; •  Interoperabilidade, repositórios comuns e qualidade da informação; •  Acesso às infraestruturas tecnológicas e a serviços parNlhados; •  Da Visão à Realização: Ferramentas e percursos para fazer acontecer.

45


Luís Vidigal

Obrigado

46

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