Apdsi papel da si na reforma do estado - 4 4-2013 - vidigal

Luis Vidigal 4.4.2013

O Papel das TIC na Reforma do Estado

Tendências e Perspe9vas Luís Vidigal

Direção da APDSI e Inves9gador do CAPP

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Reformar o(s Custos do) Estado

Emprego

Duração do

Trabalho

Salários

Estruturas TIC Bene@

cios

Sociais

A Poção Mágica?

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Tendências da Reforma do Estado Presidência dinamarquesa da UE -‐ 2012 IPSG -‐ Innova9ve Public Services Group

• Medidas de gestão do desempenho e da austeridade •  Foco no cidadão e seu envolvimento para melhorar a definição de prioridades • Digitalização e e-‐Government para reduzir o custo

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Oportunidade da Crise

A crise é uma coisa terrível para ser desperdiçada

OECD (2010), Making Reform Happen -‐ Lessons from O4ECD Countries. Online: hWp://www.oecd.org/site/sgemrh/46159078.pdf 4


O e-‐Government é prioritário para a Reforma do Estado

O e-‐Government é visto mais do que nunca como o cerne das reformas do sector público e os agentes polí9cos consideram-‐no como uma ferramenta políMca essencial para permi9r que os governos façam mais com menos. As estratégias de e-‐Government visam explorar novas eficiências, criar maneiras mais eficazes de trabalho e melhorar a produMvidade no sector público.

OECD (2011). Government at a Glance 5


Nova Gestão Pública New Public Management

(Anos 80 e 90)

“Verdadeiramente a primeira revolução na Era da Informação” (Donald KeWl, 1997)

Donald F. Ke2l , The Global Revolu9on In Public Management: Driving Themes Missing Links, Journal of Policy Analysis and Management, 1997, 16: 446

Mãe e Madrasta do e-‐Government

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Agências, Mercados e Parcerias

Mais Autonomia

Mais Controlo e

Responsabilização

Sim, mas…

GEERT BOUCKAERT Performance Measurement and Budge9ng in the Public Sector

Towards a Comprehensive Reform of Public Governance. Lisboa, January 28th, 2013

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Fases da Reforma entre 1980s e 2000s Experiência da Austrália

Dimensão da Reforma

Managerialism New Public Management

Governance centrada no Estado

Conceito central Management Mercado Coordenação

Foco da Reforma – Serviços públicos core

Melhoria da gestão financeira

Outsourcing Totalidade da administração pública

Foco da Reforma – Sector público externo

Empresarialização Empresas estatais

Priva9zação Publico/privado

Racionalização da governança corpora9va

Tendências gerais Mudança de paradigma para gestão por resultados

Devolução Desagregação

Integração central e fortalecimento

Tendências público-‐privado

Importação de técnicas do sector privado

Exportar a9vos e funções

Renovação do sector público

John Halligan Reform of Public Sector Governance in Australia

Towards a Comprehensive Reform of Public Governance. Lisboa, 28-‐30 January 2013

Tradução: Luís Vidigal (2013)

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Recentralização em tempo de crise

Público Privado

Centralização

Autonomia

Integração central e fortalecimento

do Estado

9


Recentralização em tempo de crise

Público Privado

Centralização da Informação

Autonomia e Responsabilização

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Uma escolha a escruMnar

Público Privado

Centralização da Informação

Autonomia e Responsabilização

Opção PolíMca

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Processo Público

ParMlhar recursos com a sociedade

Coprodução privada

Opção PolíMca e Social •  Na Saúde •  Na Educação •  Na JusMça •  Na Proteção Social •  Na Segurança •  etc.

Quebra de Solidariedade

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Tecnologias para quê?

“Eu quero que perguntemos todos os dias, como é que estamos a usar as tecnologias para melhorar efe@vamente a vida dos cidadãos.”

Presidente dos EUA Barack Obama

DIGITAL GOVERNMENT: Building a 21ST Century Plaaorm to Beber Serve the American People 23 de Maio, 2012

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Princípios Estratégicos •  Centrados na Informação (“Informa@on-‐Centric”) Deixar de ter

uma abordagem orientada aos “documentos” para passar a gerir dados e conteúdos que podem ser indexados, par9lhados, garan9dos, misturados e apresentados de uma forma que seja mais ú9l para o u9lizador;

•  Plataforma ParMlhada (“Shared PlaMorm”) -‐ Trabalho colabora9vo, intra e interorganizacional, reduzindo custos, desobstruindo processos, aplicando normas e assegurando consistência na forma como se cria e distribui informação;

•  Centrados no Cidadão (“Customer-‐Centric”) -‐ Influencia o modo como criamos, gerimos e apresentamos os dados através dos sí9os Web, aplicações móveis, dados em bruto e outras formas de distribuição, permi9ndo aos u9lizadores configurar, par9lhar e consumir informação quando e como eles quiserem;

•  Segurança e Privacidade (“Security and Privacy”) Assegura que a inovação aconteça de modo seguro, usando os serviços digitais para proteger a informação e a privacidade.

DIGITAL GOVERNMENT: Building a 21ST Century Plaaorm to Beber Serve the American People 23 de Maio, 2012 14


Princípios chave do e-‐Government Irlanda – 2012-‐2015

•  As necessidades dos cidadãos e das empresas estão no centro do e-‐Government;

•  Os serviços públicos devem ser facultados através dos canais mais adequados;

•  O e-‐Government deve reduzir os encargos administraMvos para os cidadãos e empresas;

•  Os projetos de e-‐Government devem refle9r melhorias nos processos, garan9ndo efe9vamente ganhos de eficiência, eficácia e retorno do invesMmento;

•  Os organismos devem trabalhar para assegurar que o canal digital seja a opção mais atraente para os cidadãos.

15 República da Irlanda -‐ Suppor9ng Public Service Reform: eGovernment 2012 – 2015


Desdobramento do nível Conectada

Conectada

Transacional

Alargamento

Presença na Web

Ubiqua Extra Gov Inter Gov Intra Gov

EA As Plasorm for Connected Government | Phase 1 Report © Na9onal University of Singapore -‐ Ins9tute of Systems Science (2010) 16

2010

2001


Avaliação da Arquitetura para uma AP Conectada 7 Dimensões da AP Conectada 27 Alavancas para as Dimensões da AP Conectada

1. Centralidade no Cidadão

A.  Necessidades e expecta9vas dos cidadãos B.  A AP aparece e opera como uma só C.  Acesso através de múl9plos canais D.  Serviços públicos adaptáveis

2. Infraestrutura comum e Interoperabilidade

A.  Normas tecnológicas B.  Aplicações e sistemas para toda a administração C.  Normas para troca de dados D.  Gestão de tecnologias e infraestruturas

3. Serviços parMlhados em áreas operacionais

A.  Funções de gestão colabora9vas B.  Serviços Par9lhados C.  Informação Par9lhada D.  Inovação em serviços e reorganização do back office

4. Governance do setor público

A.  Titularidade das áreas de negócio B.  Accountability dos impactos na gestão e na sociedade C.  Estruturas, polí9cas e prá9cas de Governance D.  Ins9tucionalização da Governance

5. Modelo organizacional em rede

A.  Cooperação entre vários parceiros B.  Autonomia dos ministérios, organismos e níveis de governo C.  Abordagem por clusters e missões comuns D.  Rede de valor

6. Inclusão social A.  Envolvimento dos cidadãos aos vários níveis B.  Divulgação junto dos cidadãos C.  Responsive government

7. Transparência e administração aberta

A.  Supervisão e controlo por parte do cidadão B.  Acessibilidade, disponibilidade e pesquisa dos dados C.  Prestação de contas e gestão do desempenho D.  Quadro regulamentar

EA As Plasorm for Connected Government | Phase 1 Report © Na9onal University of Singapore -‐ Ins9tute of Systems Science (2010) 17


Paradoxo da Produ9vidade

“Podem ver a os computadores em todo o lado excepto nas estamsMcas da produMvidade” 1957

Robert Solow (Prémio Nobel da Economia 1987)

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Robert M. Solow, “Technical Change and the Aggregate Produc9on Func9on“. Review of Economics and Sta9s9cs 39, no. 3 (August, 1957):312-‐320.


PIB per capita vs. Inves9mentos em TIC em 21 países da OCDE

GDP per capita and net ICT investments growth (1995-‐2005*), 21 OECD countries. Source: OECD Online Database 2007, calcula9ons of authors. Note: * -‐ actual or the latest available data.

Ibragimov, V. & Sims, J. (2008). An Updated View of the Produc9vity Paradox in the Early 21st Century. University of Bath School of Management. Acedido em hWp://is2.lse.ac.uk/asp/aspecis/20080050.pdf

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Os caminhos das TIC e do PIB nem sempre foram paralelos…


Reduzir para metade a despesa TIC na AP até 2016?

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Despesa TIC na Administração Pública, 2011 – 2013 Valores em Euros

21 Predic9ons 2013 – Novo Paradígma Tecnológico, Novos Desafiosn Novas Oportunidades


Má Despesa Redundâncias Desintegração Incoerências

IncompaMbilidades Conflitos de Poder

Desperdícios …

InvesMmento Interoperabilidade

ParMlha ReuMlização Tranparência

Rapidez Rigor …

Problema ou Solução?

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Onde estão as poupanças?

Inputs Outputs Outcomes €

Eficiência Eficácia

É muito 558 M€ / ano

Value for money

É pouco

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Problema ou Solução

?


Inputs ObjecMvos Outputs Outcomes Impactos Transfor-‐madores

Transformação sustentável

Aumentar a profundidade e a amplitude

do impacto do e-‐Government

Adaptado do Estudo EGOV4U da UE 2011

Expa

ndir o âm

bito da Av

aliação

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Evolução do e-‐Gov

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Integrar Planear e gerir através de mulMplos domínios, processos e jurisdições para gerar valor público sustentável

Andrea Di Maio (2012)


Repositórios únicos

Construção de uma Casa

Criação de uma Empresa

Nascimento de um Filho

Morte de um Familiar

Compra de Casa

Obter um subsídio da Segurança Social

Compra de Carro

……………..

Pessoas Empresas Território Prédios Veículos

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Remover as arbitrariedades

27


Remover as arbitrariedades

Da incerteza do Mais ou Menos à certeza do Sim ou Não 28


Acabar com cerMdões e comprovantes

Quem é você?

Pessoas Empresas Território Prédios Veículos

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A Incerteza e o Tempo na decisão são proporcionais à Corrupção

30

Valor d

a Co

rrup

ção

Incerteza e Tempo na decisão

Eu pago o que for preciso!


Um caminho interrompido?

© OECD 2008

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Caminho mais longo e dispendioso

Se alguém faz

… alguém desfaz

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Escolhas em tempo de crise Jogo com cartas marcadas?

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Transparência e Equidade


Concursos?

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Concursos para os “Tostões”

Acordos para os “Milhões”


Perplexidades e Desafios para Portugal A “Caixa de Pandora”

•  Indefinição do modelo de governação das TIC (CIO) •  Contaminação dos ciclos polí9cos •  Ausência de planos e orçamentos plurianuais •  Falta de colaboração interorganizacional •  Falta de uma arquitetura técnica e de informação •  Falta de par9lha e reu9lização de recursos •  Falta de clareza nas relações com o mercado •  Falta de avaliação do impacto das TIC

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Public Management Manifesto Australia (2012)

“A chave para fazer mais com menos... encontra-‐se no aumento da produ9vidade, na inovação e na adaptabilidade na prestação de serviços. A Administração Pública deve permanecer aberta a novos modelos organizacionais e às novas tecnologias e estar disposta a eliminar prá9cas desadequadas. A sustentabilidade futura dependerá da abertura e da recep9vidade à mudança“ (CFAR 2012).

36

John Halligan Reform of Public Sector Governance in Australia

Towards a Comprehensive Reform of Public Governance. Lisboa, 28-‐30 January 2013


A ProduMvidade alcança-‐se com novos Instrumentos de Trabalho

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Tecnologia Intensiva

EUA Bureau of Labor Sta9s9cs (2011)

A Economia só funciona com ProduMvidade e justa reparMção da Riqueza

38

“Taça de Champanhe” Conley, D. (2008) You may ask yourself: An introduc9on to thinking like a sociologist. New York: W.W. Norton and Company. p.392.

Mão de Obra Intensiva

Poulação Mundial

Riqueza Mundial

Mais Ricos 20% 82,7

Segundo 20% 11,7

Terceiro 20% 2,3

Quarto 20% 1,9

Mais Pobres – 20% 1,4

ProduMvidade

Salários Reais


Poderemos encher um copo maior com mais ProduMvidade e Inteligência

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Cumprir as promessas de Jean Fouras9é para o Sector Terciário

1954

Jean Fouras9é: Die große Hoffnung des 20. Jahrhunderts. ("The Great Hope of the 20th Century") Köln-‐Deutz 1954


Contributos setoriais para o crescimento do PIB e do Emprego EUA 1990-‐2000

40

Crescimen

to do Em

prego

Valor Acrescentado ao PIB Mar9n Neil Baily and James L. Manyika (2012). Technology Op9mism, but Employment and GDP Growth Uncertainty. Brookings and McKinsey Global Ins9tute, AEA Mee9ngs


Contributos setoriais para o crescimento do PIB e do Emprego EUA 2000-‐2010

41

Valor Acrescentado ao PIB

Crescimen

to do Em

prego

Mar9n Neil Baily and James L. Manyika (2012). Technology Op9mism, but Employment and GDP Growth Uncertainty. Brookings and McKinsey Global Ins9tute, AEA Mee9ngs


Importância do e-‐Government na Economia

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“À medida que os serviços públicos se tornam cada vez mais disponíveis on-‐line para empresas e cidadãos, os organismos públicos promovem um círculo virtuoso de adopção e de inves9mentos e tornam-‐se facilitadores, u9lizadores e promotores de serviços TIC. Além disso, a u9lização por parte da administração pública es9mula a procura de soluções de TIC, ajudando a promover o inves9mento no fornecimento de serviços e infraestruturas adicionais”.

World Economic Forum (2009). ICT for Economic Growth: A Dynamic Ecosystem Driving The Global Recovery


O Apagão! Imaginem que deixava de haver tecnologias da informação e comunicação nos organismos públicos

43 Luis Vidigal 4.4.2013

Quanto custaria?


Juntem-‐se a nós!

Grupo de Reflexão da Administração Pública

Começa hoje! 44

GR@P


Obrigado [email protected]

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