75
MSc José Vitor Ferreira Alves PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE

Aula 4 biossegurança ii

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 4   biossegurança ii

MSc José Vitor Ferreira Alves

PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE

Page 2: Aula 4   biossegurança ii

Contexto Histórico

1970 – Origem do conceito de Biossegurança durante a reunião

“Asilomar” (California).

1995 a Lei 8.974 Criada no Brasil ; Lei de Biossegurança

1995 o Decreto n° 1.752 criou a Comissão Técnica Nacional de

Biossegurança (CTNBio)

Page 3: Aula 4   biossegurança ii

Etiologia

O significado de Bio (do grego Bios) = Vida e segurança se refere à qualidade de ser ou estar seguro, protegido, preservado, livre de risco ou perigo.

Processo progressivo, que não inclui conclusão em sua terminologia.

Page 4: Aula 4   biossegurança ii

O que é Biossegurança?

“É a condição de segurança alcançada por um conjunto de

ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar

riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde

humana, animal, vegetal e o ambiente.”

(CBS, 2010)

Page 5: Aula 4   biossegurança ii

Objetivos. Instituir normas e medidas que reduzam ao máximo a

exposição a riscos que afetam a saúde de todos os

trabalhadores,professores e estudantes nos laboratórios da área

básica que estão em contato com equipamentos, substâncias

químicas e espécimes biológicos.

Page 6: Aula 4   biossegurança ii

Importância

Abordar medidas de Controle de infecção para proteção da equipe em serviços de saúde.

Promoção da consciência sanitária na comunidade onde atua.

Preservação do meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos quimicos, toxicos e infectantes.

Redução geral de Risco à saúde e acidentes ocupacionais.

Page 7: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

AGENTES AMBIENTAIS: são elementos ou substâncias presentes nos diversos ambientes humanos que, quando encontrados acima dos limites de tolerância, podem causar danos à saúde das pessoas.

AGENTES BIOLÓGICOS: São introduzidos nos processos de trabalho pela utilização de seres vivos ( em geral microorganismos) como parte integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacílos, bactérias, etc, potencialmente nocivos ao ser humano.

Page 8: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

AGENTES ERGONÔMICOS: são riscos introduzidos no processo de trabalho por agentes (máquinas, métodos, etc) inadequados às limitações dos seus usuários.

AGENTES FÍSICOS: são os riscos gerados pelos agentes que têm capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente.

AGENTES MECÂNICOS (Acidentes): São os riscos gerados pelos agentes que derrancam o contato físico direto com a vítima para manifestar a sua nocividade.

Page 9: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

AGENTES QUIMICOS: são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. São os riscos gerados por agentes que modificam a composição química do meio ambiente.

Page 10: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

Page 11: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

ÁGUA ESTÉRIL: é aquela que sofreu tratamento físico com a finalidade de eliminar qualquer tipo de vida microbiana ali presente (Água destilada, Água deionizada, Água MileQ)

ÁGUA TRATADA: é aquela que sofreu tratamento físico e/ou químico com a finalidade de remover impurezas e germes patogênicos.

Page 12: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

ARTIGO CRÍTICO: é todo o instrumental pérfuro-cortante que penetra em tecidos e entra em contato com sangue e secreções

ARTIGO DESCARTÁVEL: é o produto que após o uso perde as suas características originais e não deve ser reutilizado e nem reprocessado.

ARTIGO NÃO-CRÍTICO: é todo artigo destinado apenas ao contato com a pele íntegra do paciente/trabalhador.

Page 13: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

ANTI-SEPSIA: é a eliminação de formas vegetativas de bactérias patogênicas de um tecido vivo.

ASSEPSIA: é o conjunto de medidas adotadas para impedir que determinado meio seja contaminado.

DESCONTAMINAÇÃO: é o processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos ou superfícies, tornando-os aptos para o manuseio seguro. Este processo pode ser aplicado através de limpeza, desinfecção e esterilização.

Page 14: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

LIMPEZA OU HIGIENE: é o asseio ou retirada da sujidade de qualquer superfície. E pode ser feito por:

Fricção mecânica com água e sabão;

Máquinas de limpeza com jatos de água quente ou detergentes;

Máquinas de ultra-som com detergente/desencronstantes.

Page 15: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

DESINFECÇÃO: é o processo de eliminação de vírus, fungos e formas vegetativas de bactérias, porém não seus esporos, mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos, sendo principalmente utilizados:

Hipoclorito de Sódio a 0,5% (meio químico líquido)

Álcool Etílico a 70% (meio qúimico Líquido)

Formaldeído a 4% (Meio químico líquido)

Glutaraldéido a 2% (meio químico líquido)

Pasteurização de 60 a 90ºC por 30 min (meio físico líquido)

Page 16: Aula 4   biossegurança ii

Definições Básicas Aplicadas a

Biossegurança

ESTERILIZAÇÃO: é o processo de eliminação de todos os microorganismos presentes no instrumental, tais como vírus, fungos e bactérias, inclusive seus esporos.

Autoclavagem- 121ºC por 30 min (meio físico);

Estufa ou forno de Pasteur – 170ºC por 120min (meio físico);

Glutaraldeído a 2% por 10 h (meio químico líquido);

Fomaldeído a 4% por 18 h (meio químico líquido);

ET – Óxido de Etileno – tempo de aeração 6 a 24 h (meio químico gasoso).

Page 17: Aula 4   biossegurança ii

VOLTANDO...

“Biossegurança é um conjunto de medidas voltadas para a prevenção de riscos....”

O que é Risco?

Page 18: Aula 4   biossegurança ii

Biossegurança

PERIGO: Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes.

RISCO: Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso.

Page 19: Aula 4   biossegurança ii

Biossegurança

Resumindo:

Perigo é a fonte geradora e o Risco é a exposição a esta fonte.

Page 20: Aula 4   biossegurança ii

Biossegurança

Page 21: Aula 4   biossegurança ii

De onde vêm o Risco

Instrução inadequada;

Supervisão ineficiente;

Práticas inadequadas;

Mau uso de EPI;

Trabalho falho;

Não observação de normas.

Page 22: Aula 4   biossegurança ii

O que é Risco?

Entende-se por agente de risco qualquer componente de natureza Física, Química ou Biológica que possa “Comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”

Para que tenhamos AÇÃO em Biossegurança, é imprescindível realizar uma AVALIAÇÃO DE RISCO!

Page 23: Aula 4   biossegurança ii

Mapa de Risco

Page 24: Aula 4   biossegurança ii

ALGUNS EXEMPLOS DE ACIDENTES DE

TRABALHO EM POTENCIAL

Page 25: Aula 4   biossegurança ii
Page 26: Aula 4   biossegurança ii
Page 27: Aula 4   biossegurança ii
Page 28: Aula 4   biossegurança ii
Page 29: Aula 4   biossegurança ii
Page 30: Aula 4   biossegurança ii
Page 31: Aula 4   biossegurança ii
Page 32: Aula 4   biossegurança ii
Page 33: Aula 4   biossegurança ii

Boas Práticas em Laboratório Clínico (BPLC)

Page 34: Aula 4   biossegurança ii

Boas Práticas em Laboratório Clínico (BPLC)

Page 35: Aula 4   biossegurança ii

Boas Práticas em Laboratório Clínico (BPLC)

Page 36: Aula 4   biossegurança ii

Boas Práticas em Laboratório Clínico (BPLC)

Page 37: Aula 4   biossegurança ii

Barreiras de contenção

EPCs

EPIs

Page 38: Aula 4   biossegurança ii

Barreiras de contenção primária

Barreiras de contenção secundária

- Equipamentos de proteção individual (EPI)

-Equipamentos de proteção coletiva (EPC)

-Cabines de segurança biológica (CSB)

- Desenho e estrutura física dos laboratórios

-Portaria 3214-NR6 (08/06/78)

“Todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou

estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física

do trabalhador”.

Page 39: Aula 4   biossegurança ii

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Luvas

Máscara

Jaleco

Viseiras de proteção

Óculos

Gorro

Page 40: Aula 4   biossegurança ii

Equipamentos de proteção coletiva (EPC)

Chuveiro de emergência

Lava-olhos

Equipamentos complementares

Cabines de segurança

Fluxo laminar de ar

Capela química NB

Manta ou cobertor

Vaso de areia

Mangueira de incêndio

Extintores de incêndio

Page 41: Aula 4   biossegurança ii
Page 42: Aula 4   biossegurança ii

Classificação de Risco Biológico

Page 43: Aula 4   biossegurança ii

Classificação de Risco Biológico

Os riscos biológicos podem ser classificados em “Classes de Risco 1, 2, 3 e 4” segundo a OMS.

Esses riscos são classificados segundo:

Patogenicidade para o homem

Virulência

Modos de transmissão

Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes

Disponibilidade de tratamento eficaz

Endemicidade

Page 44: Aula 4   biossegurança ii

Normas e condutas no ambiente laboratorial

As instalações laboratoriais designam-se por: (NR-32)

Laboratório de base 1 (lab. escola) – Nível 1 de segurança

biológica;

Laboratório de base 2 (Hospitais e lab. clínicos) – Nível 2 de

segurança biológica,

Laboratório de confinamento – Nível 3 de segurança

biológica.(grandes quantidades e [ ] de microrganismos Cl.2)

Laboratório de confinamento máximo – Nível 4 de segurança

biológica

Page 45: Aula 4   biossegurança ii

Níveis de Biossegurança (Agente Biológico)

RISCO 1: NB1: baixo risco individual e coletivo Ex: bascillus subtilis

RISCO 2: NB2: moderado risco individual e risco coletivo limitado Ex: HBV, HIV

RISCO 3: NB3: elevado risco individual e risco coletivo baixo Mycrobacterium tuberculosis

RISCO 4: NB4: Agentes que causam doenças graves para o homem e representa sério risco para os profissionais (individual) e para a coletividade. Ex: Vírus Ebola

Page 46: Aula 4   biossegurança ii

Níveis de Biossegurança

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) normatizou

os níveis de Biossegurança crescentes no maior grau de contenção e

complexidade do nível de proteção

NB AGENTES PRÁTICAS INSTALAÇÕES (Barreiras

Secundárias)

1

Que não são conhecidos por

causarem doenças em adultos

sadios.

Práticas Padrões de microbiologia Bancadas abertas com pias

próximas.

2

Associados com doenças

humanas, risco = lesão

percutânea, ingestão, exposição

da membrana mucosa.

Prática de NB-1 mais:

- Acesso limitado

- Aviso de Risco Biológico

- Precauções com objetos

perfurocor-tantes.

- Manual de Biossegurança que

defina qualquer descontaminação de

dejetos ou normas de vigilância

médica.

NB-1 mais: Autoclave disponível.

3

Agentes exóticos com potencial

para transmissão via aerossol; a

doença pode ter conseqüências

sérias ou até fatais.

Práticas de NB-2 mais:

- Acesso controlado

- Descontaminação de todo o lixo

- Descontaminação da roupa usada

no laboratório antes de ser lavada.

- Amostra sorológica

NB-2 mais:

- Separação física dos corredores de

acesso.

- Portas de acesso dupla com

fechamen-to automático.

- Ar de exaustão não recirculante.

- Fluxo de ar negativo dentro do

laborató-rio.

4

Agentes exóticos ou perigosos

que impõem um alto riso de

doenças que ameaçam a vida,

infecções laboratoriais

transmitidas via aerossol; ou

relacionadas a agentes com

risco desconhecido de

transmissão

NB-3 mais:

-Mudança de roupa antes de entrar.

-Banho de ducha na saída.

-Todo o material descontaminado na

saída das instalações.

NB-3 mais:

- Edifício separado ou área isolada.

- Sistemas de abastecimento e

escape, a vácuo, e de

descontaminação.

-Outros requisitos sublinhados no

texto.

Page 47: Aula 4   biossegurança ii

Classificação dos resíduos de serviços de saúde

Grupo A1: Culturas e estoques de microrganismos; descarte de vacinas,

amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos.

Grupo A2 :Carcaças, peças anatômicas

vísceras e outros resíduos submetidos a

processos de experimentação com ino-

culação de microorganismos.

Grupo A3 :Peças anatômicas (membros)

do ser humano

Grupo A4 :resíduos que não necessitam de tratamento. Sobras de

amostras de laboratório e seus recipientes etc.

Page 48: Aula 4   biossegurança ii

Grupo B

Resíduos contendo substâncias químicas que podem

apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente.

Page 49: Aula 4   biossegurança ii

Grupo C

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que

contenham radionuclídeos e para os quais a reutilização é imprópria

ou não prevista.

Page 50: Aula 4   biossegurança ii

Grupo D

Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou

radiológico à saúde ou ao meio ambiente. Suas características são

similares às dos resíduos domiciliares.

Page 51: Aula 4   biossegurança ii

Grupo E

Materiais perfuro cortantes ou escarificantes: objetos instrumentos

contendo cantos, bordas, pontas ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar.

“As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as

seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou

proceder a sua retirada manualmente” (ANVISA, 2004)”

Page 52: Aula 4   biossegurança ii
Page 53: Aula 4   biossegurança ii
Page 54: Aula 4   biossegurança ii
Page 55: Aula 4   biossegurança ii

Simbologia em Biossegurança

Page 56: Aula 4   biossegurança ii
Page 57: Aula 4   biossegurança ii
Page 58: Aula 4   biossegurança ii
Page 59: Aula 4   biossegurança ii
Page 60: Aula 4   biossegurança ii
Page 61: Aula 4   biossegurança ii
Page 62: Aula 4   biossegurança ii
Page 63: Aula 4   biossegurança ii
Page 64: Aula 4   biossegurança ii
Page 65: Aula 4   biossegurança ii
Page 66: Aula 4   biossegurança ii
Page 67: Aula 4   biossegurança ii
Page 68: Aula 4   biossegurança ii
Page 69: Aula 4   biossegurança ii
Page 70: Aula 4   biossegurança ii
Page 71: Aula 4   biossegurança ii
Page 72: Aula 4   biossegurança ii

Condutas mediante a um acidente com

material biológico em Lab.Escola

Comunicar imediatamente ao professor

Cuidados com o ferimento:

-Exposição percutânea ou cutânea: Lavagem com água corrente e sabão

-Exposição em mucosas:lavagem com soro fisiológico ou água destilada.

Identificaçao da fonte

Determinaçao do material biologico envolvido

Classificaçao da gravidade da lesao

Exames solicitados

Acompanhamento do acidentado e notificaçao CIPA

Page 73: Aula 4   biossegurança ii

Biossegurança em saúde

Para que as ações de biossegurança sejam efetivas é necessário

que todos os envolvidos em atividades de risco estejam

devidamente informados acerca das diretrizes atuais, bem como

aptos a colocá-las em prática de maneira correta.

Para que as ações de biossegurança sejam efetivas é necessário

que todos os envolvidos em atividades de risco estejam

devidamente informados acerca das diretrizes atuais, bem como

aptos a colocá-las em prática de maneira correta.

Page 74: Aula 4   biossegurança ii
Page 75: Aula 4   biossegurança ii

Referencias Bibliograficas

P.M.M. Penna et al. BIOSSEGURANÇA: UMA REVISÃO: Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.77, n.3, p.555-465, jul./set., 2010

PALOS M , Acidentes com material biológico ocorridos com profissionais de laboratórios de Análises Clínicas- DST – J bras Doenças Sex Transm 18(4): 231-234, 2006

UNESP, Manual de Biossegurança – Laboratorio de Hemoglobina e Genetica das doenças Hematologicas.

PUC-GOIAS, Manual de Biossegurança Laboratorios da Area Basica-LAB,Departamento de Biomedicina,2008

Ministerio da saude-Manual de biossegurança,2 ediçao,SP 2003