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divulgação da diabetes doença que afecta um numero significativo de portugueses.
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DIABETES
Trabalho elaborado por:
Renato Pinheiro
Paulo Covelo
O q
ue é
a
Dia
bete
s?
A diabetes é uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue.
Dia
bete
s tipo 1
A Diabetes Tipo 1, também
conhecida como Diabetes
Insulino-Dependente é mais rara
(a sua forma juvenil não chega a
10% do total) e atinge na
maioria das vezes crianças ou
jovens, podendo também
aparecer em adultos e até em
idosos. Na Diabetes do Tipo 1, as
células ß do pâncreas deixam de
produzir insulina pois existe uma
destruição maciça destas células
produtoras de insulina. As
causas da diabetes tipo 1 não
são, ainda, plenamente
conhecidas. Contudo, sabe-se
que é o próprio sistema de
defesa do organismo (sistema
imunitário) da pessoa com
Diabetes, que ataca e destrói as
suas células b.
A diabetes que aparece na
gravidez:
Estas pessoas com
Diabetes necessitam
de terapêutica com
insulina para toda a
vida porque o
pâncreas deixa de a
poder fabricar. A causa
desta Diabetes do tipo
1 é, pois, a falta de
insulina e não está
directamente
relacionada com
hábitos de vida ou de
alimentação errados,
ao contrário do que
acontece na diabetes
Tipo 2.
Dia
bete
s ti
po 2
A Diabetes Tipo 2 também conhecida como Diabetes
Não-Insulino Dependente, ocorre em indivíduos que
herdaram uma tendência para a Diabetes (têm,
frequentemente, um familiar próximo com a doença:
pais, tios, ou avós) e que, devido a hábitos de vida e de
alimentação errados e por vezes ao “stress”, vêm a sofrer
de Diabetes quando adultos. Quase sempre têm peso
excessivo e em alguns casos são mesmo obesos,
sobretudo “têm barriga”. Fazem pouco exercício físico e
consomem calorias em doces e/ou gorduras em excesso,
para aquilo que o organismo gasta na actividade física.
Têm, com frequência, a tensão arterial elevada
(hipertensão arterial) e por vezes “gorduras” (colesterol
ou triglicéridos) a mais no sangue (hiperlipidemia).
Na diabetes tipo 2 o pâncreas é capaz de produzir
insulina. Contudo, a alimentação incorrecta e a vida
sedentária, com pouco ou nenhum exercício físico,
tornam o organismo resistente à acção da insulina
(insulinorresistência), obrigando o pâncreas a trabalhar
mais (e mais), até que a insulina que produz deixa de ser
suficiente. Nessa altura surge a Diabetes.
O excesso de peso e a obesidade estão intimamente
relacionados com a diabetes. A redução do peso
contribui, nestas situações, de uma forma muito sensível
para o controlo da glicemia. Mesmo uma pequena
diminuição do peso tem reflexos benéficos na glicemia.
As pessoas com diabetes tipo 2 têm frequentemente
insulinorresistência. O excesso de gordura, sobretudo
abdominal, contribui para esta insulinorresistência e,
consequentemente, para o aumento da glicemia.
Dia
bete
s gest
aci
onal
Existe, ainda, a Diabetes que ocorre
durante a gravidez: a Diabetes
Gestacional. Esta forma de diabetes
surge em grávidas que não tinham
Diabetes antes da gravidez e,
habitualmente, desaparece quando esta
termina. Contudo, quase metade destas grávidas
com Diabetes virão a ser, mais tarde,
pessoas com Diabetes do tipo 2 se não
forem tomadas medidas de prevenção.
A Diabetes Gestacional ocorre em cerca
de 1 em cada 20 grávidas e, se não for
detectada através de análises e a
hiperglicemia corrigida com dieta e, por
vezes com insulina, a gravidez pode
complicar-se para a mãe e para a
criança. São vulgares os bebés com mais
de 4 kg à nascença e a necessidade de
cesariana na altura do parto. Podem, por
exemplo ocorrer abortos espontâneos.
Com
o a
conte
ce?
A falta da insulina impede a glicose de entrar nas células, o
que tem por efeito elevar seu nível no sangue (hiperglicemia).
Com
o s
e p
ode
manifest
ar?
oPerda inexplicada de peso;
oAumento da freqüência urinária;
oAumento da sede;oAumento da fome; Outros: Fraqueza, cansaço, desânimo
Visão turva;Infecções freqüentes
(pele, urina, genitais) Feridas de difícil
cicatrização, sonolência, dormência e
às vezes dor nos pés e/ou mãos,
náuseas e dor abdominal e
impotência sexual
Observação: Estes sintomas são os mais frequentes e eles não aparecem isolados. No diabetes tipo 1 eles surgem de maneira rápida e no diabetes tipo 2 eles podem estar ausentes ou aparecem de forma lenta e gradual.
Com
o s
e
dia
gnost
icar
Através do exame de glicemia
(açúcar) no sangue, avaliado
nas fitas teste ou coletado
com seringa para análise
laboratorial. Podem ser:
Glicemia casual: coletada em
qualquer momento – não considera
o jejum – DM 200mg/dl;
Glicemia de jejum: coletada após
jejum de 8 a 14 horas – DM
126mg/dl Teste de tolerância à glicose (TTG –
75g): glicemia em jejum, ingerir 75g
de glicose e medir a glicemia após 2
horas – DM 200mg/dl após 2 horas
de ingestão de glicose;
Muitas pessoas têm diabetes e não sabem porque não apresentam sintomas (doença silenciosa). Isto é bastante freqüente no tipo de diabetes que aparece no adulto (tipo 2).
Cuid
ados
Bási
cos
Mudanças de hábitos
alimentares: Plano alimentar adequado -
idade, sexo, atividade física, doenças,
hábitos socioculturais,
situação
econômica e disponibilidade dos
alimentos; Fracionamento das refeições -
distribuição harmônica dos alimentos,
evitando concentrações
de
carboidratos em cada refeição,
reduzindo, assim, o risco de hipo e
hiperglicemia; Consumo de fibras alimentares
(frutas, verduras,
legumes,
leguminosas e cereais integrais) –
tornam a absorção do açúcar mais
lenta e gradual;
Evitar alimentos: Ricos em gordura saturada
e colesterol (gorduras de origem
animal, gema de ovo, carne de porco,
lingüiça, enlatados em geral, frutos do
mar, miúdos, vísceras, pele de frango,
dobradinha, mocotó, carne vermelha
com gordura aparente, leite, iogurte
integral – no caso de adultos –
manteiga, creme de leite, leite de
côco, azeite de dendê e chocolate);
Frituras em geral - com
margarinas ou creme vegetal,
processo que produz oxidação;
Carboidratos simples (mel,
açúcar, garapa, melado, rapadura,
refrigerantes, compotas e doces em
geral);
Alimentos “ligth”: isenção/redução de gordura,
normalmente tendo reduzida a
quantidade de calorias. Alimentos “diet”:
isenção/redução de algum componente
que pode ser açúcar ou outro como
gordura, por exemplo. Existem alimentos/produtos
específicos para a
alimentação dos diabéticos.
É importante ler atentamente
os rótulos, se propondo uma
dieta nutritiva e saudável.
Medicamentos: usar corretamente;Insulina: conservar adequadamente (refrigerador - não congelar);Peso: manter o ideal;Glicemia: controlar;Fazer exercícios regularmente orientadosHiperglicemia e Hipoglicemia: atentar para sinais e sintomas;
Cuidados com os Pés: Examinar, manter unhas aparadas, não retirar cutículas, usar calçado confortável e macio;Não fumar;Evitar ingerir álcool;Usar cartão de identificação de portador de diabetes;Participar, se houver, na sua comunidade, de grupos de diabéticos.
FRUTAS!!!VERDURAS!!!LEGUMES!!!!
Sin
ais
de a
lert
a
Hipoglicemia: Ocorre pelo nível muito
baixo de açúcar no sangue.
Pode ser causada por
insulina demais, alimentação
de menos ou atrasada,
exercícios, álcool, etc.
Sintomas comuns: tremores,
suor excessivo, palidez,
palpitação, irritabilidade, dor
de cabeça, tontura, cansaço,
confusão e fome. Se o nível
de açúcar no sangue cair a
valores muito baixos, a
pessoa pode perder a
consciência ou sofrer um
ataque.
Hiperglicemia: É o oposto da hipoglicemia,
ocorrendo quando o corpo tem
açúcar demais no sangue.
Pode ser causada por insulina
insuficiente, excesso de
alimentação, inatividade,
doença,
estresse,
isoladamente ou em conjunto.
Sintomas comuns: cansaço,
visão borrada,
vômitos,
vermelhidão facial,
dor
abdominal, pele
seca,
inquietude, pulso rápido,
respiração profunda, podendo
apresentar pressão baixa,
hálito de maçã e progredir
para o coma.
Consi
dera
ções
Finais
Hábitos de vida saudáveis
(alimentação, manutenção do peso, evitar
fumo e álcool, exercícios físicos regulares)
são fundamentais na promoção de
saúde e na prevenção de doenças.
Também são muito importantes
na manutenção da saúde,
mesmo para quem já tem DM.
Com controle adequado do DM,
podem-se evitar as complicações a longo
prazo(alterações vasculares na retina,
cegueira, necroses (morte de tecidos), AVC,
impotência sexual, infarto, amputações, etc.)
A prevalência da diabetes verificada para a população portuguesa foi de 11,7% no conjunto das pessoas com diagnóstico prévio de diabetes e das pessoas com diabetes não diagnosticada. Tinham diagnóstico prévio de diabetes 6,6% das pessoas e 5,1 % das pessoas não sabiam que tinham diabetes.
Existem diferenças significativas entre os homens - 14,2% e as mulheres - 9,5%.
Concl
usõ
es
Prevalência da Diabetes em Portugal 2009
A prevalência da diabetes verificada para a população portuguesa
foi de 11,7%.Existem diferenças significativas entre os homens, 14,2% e as
mulheres, 9,5%.Tinham diagnóstico prévio 6,6% das pessoas e 5,1 % das pessoas
não sabiam que tinhamdiabetes.
Por grupos etários verificámos uma prevalência de diabetes de
2,4% entre os 20 e os 39 anos,
12,6% entre os 40 e os 59 anos e 26,3% entre os 60 e os 79
anos.Em números totais o Estudo aponta para a existência de 905.035
portugueses entre os 20 eos 79 anos com diabetes, dos quais 395.134 (43,6% do total)
não sabem que são portadores
desta doença crónica.Com “Pré-Diabetes” foi encontrada uma percentagem de 23,2%
entre os 20 e 79 anos, o que
corresponde a 1.782.663 pessoas com “Pré-Diabetes”.
34,9% da população portuguesa, entre os 20 e os 79 anos
(2.687.698 portugueses),
sofrem de diabetes ou de “pré-diabetes”.
Os Açores aparecem com os valores regionais mais elevados do
país com uma prevalênciade 14,3% (9,2% com diabetes diagnosticada e 5,1% com
diabetes não diagnosticada).
Sera
que
apre
ndi?
O objectivo principal
da dieta da pessoa
com Diabetes é não
comer açúcar? Não é verdade! A restrição de ingerir
açúcar ou açucarados é
apenas uma parte da
chamada «dieta da pessoa com Diabetes».
A diabetes tipo 2 é uma doença menos grave que a diabetes tipo 1?
Não é verdade!
A diabetes do tipo 2, se não for tratada como deve ser, constitui uma doença tão ou mais grave que a do tipo 1. O que leva à ideia errada de que a diabetes tipo 1 é mais grave, é o facto desta atingir com frequência crianças e jovens e da sua terapêutica estar associada à administração de insulina através de injecções!
A Diabetes é provocada
pelo açúcar que se ingere?
É falso! Como se sabe, as causas da
diabetes são outras, já
anteriormente explicadas.
No entanto, o açúcar
consumido em excesso pode
contribuir para uma alimentação errada e para a
obesidade, que por sua vez
pode levar ao aparecimento
da Diabetes tipo 2.
Uma vez iniciada a insulina
o corpo habitua-se e nunca
mais se pode deixá-la?
Não é verdade! O que acontece é que se
associa, por vezes, erradamente o conceito de
insulino-dependencia com
habituação! A pessoa com
Diabetes insulino-dependente é
dependente da insulina porque
necessita dela para sobreviver
pois o seu corpo (o pâncreas)
não a produz!
Já há insulina em comprimidos? Inflizmente Não!
existem outras formas
eficazes de administração de insulina sem ser através
de «picadas»: seringas,
dispositivos tipo canetas
ou bombas de infusão
contínua.
E LEMBRE-SE:TER DIABETE NÃO É
ESTAR NO FIM DA LINHA!
AS RECOMENDAÇÕES DE MUDANÇAS DE HÁBITOS DE VIDA PARA OS
DIABÉTICOS,SÃO TÃO SAUDÁVEIS QUE
MESMO PESSOAS SEMDIABETES
DEVERIAM SIGUÍ-LAS!