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Enfº Eduardo Gomes da Silva – COREN 001790 Enfª Juliana Lopes Figueiredo – COREN 99792

OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

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Enfº Eduardo Gomes d

a Silva –

COREN

001790

Enfª Julia

na Lopes Figueire

do – COREN

99792

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Organização do Sistema de Saúde no Brasil

As mudanças constantes acompanhado por transformações econômicas, socioculturais e políticas

Sanitarismo campanhista

Transição

Modelo médico assistencial privatista

Modelo plural

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Sanitarismo Campanhista

Sua principal estratégia era as campanhas sanitárias

Vigorou do início do século XX até 1945

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Transição

Atravessa um período de 1945 a 1960 para consolidação do modelo seguinte

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Modelo Médico Assistencial Privatista

Teve início no final da década de 60 até início dos anos de 1980

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Modelo Plural

Hoje vigente, que inclui o Sistema Único de Saúde

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Organização do Sistema de Saúde no Brasil

Tiveram origem diferenciada para as ações coletivas

As genericamente classificadas como preventivas estiveram vinculadas às instituições públicas de saúde

As ações individuais ou curativas recentemente atreladas ao sistema previdenciário

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Início do Século XX até 1920

Primeira república: economia baseava-se na agricultura tendo como principal produto: o café

Era de fundamental importância que os espaços para circulação fosse saneados (portos) pois as doenças podiam prejudicar as exportações

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Início do Século XX até 1920

Serviços de saúde pública: eram dirigidos pela Diretoria Geral de Saúde, vinculado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores

Frente dessa diretoria destacava-se o médico Oswaldo Cruz que adotou o Modelo das Campanhas Sanitárias

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Modelo das Campanhas Sanitárias

Destinado à combater as endemias urbanas e, posteriormente as rurais

Teve inspiração militar com interposição de barreiras que quebrassem a relação agente/hospedeiro

Adotava um estilo repressivo de intervenção médica tanto nos indivíduos como na sociedade como um todo

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Modelo das Campanhas Sanitárias

Na área de assistência individual: as ações de saúde eram privadasAssistência domiciliar pública: assumia caráter social; abrigava e isolava os portadores de psicoses, hanseníase e tuberculoseDemais áreas de atenção aos que não podiam custeá-la, eram considerados indigentes e praticada por entidades de caridade como as Santas Casas de Misericórdia

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De 1920 a 1945

Neste período as ações de caráter coletivo dispunham de instrumentos de intervenção mais eficazes que a assistência médica individual

A tecnologia não acumulava recursos eficientes

O modelo sanitarista continuava sendo a principal característica da política de saúde

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De 1920 a 1945

Inicia a campanha contra a tuberculose em 1936

Realizações de ações concentradas no combate às endemias rurais

Criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), mantido pela Fundação Rockefeller

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De 1920 a 1945

Começam a surgir os primeiros indícios do modelo médico assistencial que se consolidará após início dos anos 1960

Em 1923 surge a assistência previdenciária (Lei Elói Chaves) em 24 de janeiro

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Lei Elói Chaves

Esta lei cria em cada uma das empresas de estrada de ferro, uma Caixa de Aposentadoria e Pensões (CAP) para os respectivos empregados

Em 1926 as CAPs foram estendidas aos portuários e marítimos

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CAPs - Características

Concessão de benefícios como aposentadorias e pensões

Prestações de serviços como assistência médica e farmacêutica aos empregados e dependentes

Eram organizadas por empresas e administradas e financiadas por empregados e empregadores

Foram registrados nesta época a criação de 183 Caixas de Aposentadorias e Pensão

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Mudanças

Ocorreram mudanças a partir de 1930 com a Revolução que colocou Getúlio Vargas no poder

Houve quebra na Bolsa de Nova Iorque em 1929, com longa crise do café que desvalorizou no mercado internacional

Deslocamento da economia para centros urbanos e empreendimentos industriais

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Mudanças

Um novo perfil da sociedade formada por trabalhadores assalariados principalmente nos setores de transporte e na indústria

Em 1933 nasce nova estrutura de previdência social – Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), agora não mais por empresas mas sim por categoria de trabalhadores

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IAPs

Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM)

Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB)

Dos transportes de cargas (IAPTEC)

Dos comerciários (IAPC)

Outros

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IAPs

Representaram uma modernização pois transportaram uma estrutura civil para o interior do aparelho do Estado

Isso ocorreu um controle progressivo por parte do Estado na gestão de instituições previdenciárias

O presidente dos institutos passou a ser nomeado pelo Presidente da República

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IAPs

Os representantes dos empregados e empregadores passaram a ser indicados pelos respectivos sindicatos e não mais escolhidos por eleição direta

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IAPs - Financiamento

É instituída a participação do Estado, além dos empregados e empregadores (contribuição tripartite)

Os recursos ficavam centralizados nas mãos do Estado

Esse processo de centralização do poder é coroado com a criação do Ministério do Trabalho em 1930

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IAPs - Mudanças

Regime de capitalização estava sendo implantado neste período o que tornaram mais rígidos os critérios para concessão dos benefíciosDiminuição dos valores a serem concedidosAumento da contribuição dos seguradosComo resultado: essas medidas fizeram com que mais de 70% da receita fosse destinada às reservas previdenciárias

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IAPs - Mudanças

Registra-se também em 1930 a criação do Ministério da Educação e Saúde onde passa a coordenar as ações de saúde de caráter coletivo

A assistência à população não vinculada ao mercado formal do trabalho, continuava sendo prestada pelo poder público ou pelas entidades de caridade

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De 1945 a 1966

Agravamento das condições sociais no Brasil devido ao desemprego relacionado ao pós-guerraHouve em todo o mundo um aumento significativo de gastos nas áreas sociaisTécnicos previdenciários formularam um modelo alternativo de seguridade socialPrevidência Social passa ter importância sendo um instrumento político-eleitoral

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De 1945 a 1966

A assistência médica previdenciária passa a consumir recursos cada vez mais significativos

Essa modificação deve-se à industrialização do País, provocando uma acelerada urbanização e crescimento da população

Esse crescimento populacional passa a pressionar por uma assistência médica

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De 1945 a 1966

O aumento de benefícios não acompanhou o aumento da receita, levando a uma crise do sistema previdenciário no início dos anos 60

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Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS)

Teve como objetivo uniformizar os benefícios aos segurados

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Ministério da Saúde

Foi criado em 1953

Apenas incorporou a estrutura do antigo Departamento Nacional de Saúde, com um orçamento bem escasso

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De 1945 a 1966

Década de 60 marcada por insatisfações populares

Considerável grau de industrialização e urbanização

Necessária mudanças estruturais

Reivindicações populares por reformas de base

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Década de 60

Acirrava-se o impasse entre as necessidades políticas de atendimento das demandas colocadas pelos trabalhadores e a impossibilidade de contemplá-las

Golpe militar de 1964 centraliza fortemente o poder na esfera do governo federal

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Década de 60

A intervenção do estado nos Institutos (IAPs) sob argumento de obter racionalidade financeira se dá com a unificação dos mesmos

Inicia-se o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), ocorrido em 1967

Aumento do papel regulador do Estado e da exclusão dos trabalhadores e empregadores da gestão previdenciária

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Década de 60

Concomitante à exclusão, cresce a influência junto à direção da previdência: a indústria farmacêutica, a de equipamentos médicos-hospitalares e os hospitais particulares

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Modelo Médico-Assistencial Privatista

A industrialização e a urbanização trouxeram mudanças no quadro nosológico (doenças)Assume maior importância as doenças de massa que são agravadas pelas condições de trabalho e de vida Assistência médica individual ganha com o avanço tecnológico, com melhor eficácia de diagnóstico e terapêuticaViabiliza-se a partir daí um complexo médico-industrial e hospitalar respaldado em normas que privilegiam a contratação de serviços de terceiros

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Modelo Médico-Assistencial Privatista

Vigorou dos anos 1960 até meados dos anos 1980

Tem como característica prática médica curativa, individual, assistencialista e especializada

O setor privado nacional como prestador de serviços de assistência médica

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1968 a 1980 – Período de Crise na Previdência

Período da ditadura militar, marcado por atos institucionais e por decretos presidenciais de cunho arbitrário que alteram a Constituição no que diz respeito a direitos de cidadaniaNeste período tem como principal característica a extensão de cobertura que em 1971 passa a incluir os trabalhadores rurais. Em 1972 as empregadas domésticas e em 1973 os trabalhadores autônomos

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1968 a 1980 – Período de Crise na Previdência

Ampliação da seguridade social e da assistência médica

Novas categorias sociais

Proliferação de contratos de serviços com empresas privadas, sem controle por parte da previdência criou condições para a corrupção

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1968 a 1980 – Período de Crise na Previdência

Criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), em 1974 com o objetivo de contornar esses problemas

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MPAS - Vinculado

Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)

Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)

Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA)

Fundação Nacional do Bem Estar do Menor (FUNABEM)

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MPAS - Vinculado

Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV)

Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS)

Central de Medicamentos (CEME)

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1968 a 1980

O período também define os campos de atuação de ambos ministériosMinistério da Saúde: execução de medidas e atendimentos coletivos, inclusive a vigilância sanitáriaMinistério da Previdência e Assistência Social: voltada ao atendimento médico-assistencial individualizadoEsta normatização está regulamentada pela Lei Federal 6.229 de 1975

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MPAS

São criados também o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS), onde os recursos são direcionados para financiamento para construção de hospitais, produzindo enorme expansão da rede hospitalarPlano de Pronta Ação: ampliou a contratação do setor privado para a prestação de serviços de saúdeResultado: elevação dos gastos previdenciários

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Década de 1970

Crise generalizada, com perda do poder aquisitivo dos salários

Intenso êxodo rural: abandono do campo por seus habitantes por melhores condições de vida; acompanhado de miséria, fome, sede e doenças ligadas à desnutrição

Insatisfação expressa por diversas maneiras, através de análises sociológicas, manifestações políticas legais e ilegais, guerrilhas urbanas, etc

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Reforma Sanitária

Formulação do pensamento crítico na política de saúdeIntegra-se ao movimento de oposição ao golpe militar de 1964Começam a surgir idéias sobre a Medicina Comunitária, nos Departamentos de Medicina Preventiva das Universidades brasileirasEra uma proposta originária dos Estados Unidos e difundida nos países latino-americanos através de Instituições como a Organização Panamericana de Saúde e fundações como a Kellogg e a Ford

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Reforma Sanitária

O conceito de Atenção Primária à Saúde (APS), sistematizado pelo Congresso de Alma Ata, promovido pela Organização Mundial de Saúde

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Declaração de Alma Ata

Realizada em 12 de setembro de 1978

Expressou a necessidade de ação urgente de todos os governos para promover a saúde de todos os povos do mundo

Reafirmou o significado de saúde como direito humano fundamental

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Declaração de Alma Ata

Tem como marco referencial a promoção da saúde

Novas políticas de saúde, enfatizando a participação comunitária e a participação de diversos setores da sociedade

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Declaração de Alma Ata

Promoção e proteção da saúde como fator indispensável para desenvolvimento econômico e social

Considera a atenção primária como um reflexo e consequencia das condições econômicas e características sócio-culturais e políticas do país

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Declaração de Alma Ata – Atenção Primária

Educação

Alimentação

Saneamento

Cuidados de saúde materno-infantil

Imunizações

Prevenção de endemias

Tratamento adequado a doenças e traumatismos

Medicamentos essenciais

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Declaração de Alma Ata

A participação comunitária têm o dever e o direito individual ou coletivamente de exercer ações que visam a fiscalização de aplicações e ações da saúde,priorizando o que tem mais necessidade

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Programas

Alguns programas buscaram reorganizar o serviço na ótica da Atenção Primária à saúde

Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento do Nordeste (PIASS)

Sistema Integrado de Saúde do Norte de Minas

Programa de Preparação Estratégica de Pessoal de Saúde (PREPS)

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Programas - PIASS

Teve como finalidade, implantar uma estrutura básica de saúde pública em comunidades de até 20 mil habitantes

Tinha como diretriz utilização de pessoal de nível auxiliar com ênfase na detecção de doenças transmissíveis mais comuns, detecção precoce e encaminhamento a serviços especializados dos casos mais complexos

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Programas - PIASS

Ampliação de cobertura por unidades de saúde simples e apoiadas por outras de maior porte

Sistema de rede regionalizado espacialmente e hierarquizado quanto à complexidade do atendimento

Participação comunitária e desativação das unidades itinerantes de saúde

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Sistema Integrado de Saúde do Norte de Minas

Destinado a uma região de 46 municípios

Tinha um total de mais de um milhão de habitantes, na maior parte rurais

A cidade principal era Montes Claros

Surge como alternativa para regiões pobres, rurais e de população dispersa

Baseia-se nos princípios de regionalização e hierarquização

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PREPS

Direcionado para recursos humanos

Visava formar grande número de pessoal de nível médio (técnicos e auxiliares) e elementar

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Sistema Municipal

Quarto tipo de experiência e definitivo ator da estrutura do Sistema de Saúde

Londrina, Campinas e Niterói foram os primeiros do Brasil a aplicar o sistema na realidade das populações municipais

Pessoas passaram a ter acesso a serviços de saúde de forma institucionalizada

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1980 a 1990

Enfraquecimento e queda da ditadura militar

Processo de transição democrática do país

Discussão, redação e aprovação da Constituição Federal

Nova política para o setor da saúde

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1980 a 1990

Outubro de 1980: regime militar ainda firme busca saídas para crise da saúde

Apresentam o anteprojeto do Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde: Prev-Saúde que recuou por falta de recursos financeiros

Regime implanta o pacote da previdência: estabelece o aumento da contribuição previdenciária para empregados e empregadores

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1980 a 1990

Institui o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP): racionalizar despesas e controlar gastos

Criação do Plano CONASP: plano de reorientação da assistência à saúde no âmbito da previdência social

Principal desdobramento do plano foi a implantação das Ações Integradas de Saúde (AIS)

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Ações Integradas de Saúde (AIS) - Princípios

Universalidade do atendimentoIntegralidade e equidade da atençãoRegionalização e hierarquização dos serviçosDescentralização das ações e do poder decisórioDemocratização através da participação da sociedade civil e do controle pelos usuáriosPlanejamento e controle efetivo pelo setor público

Page 61: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

Ações Integradas de Saúde (AIS) -

Significava que as prefeituras iriam receber recursos federais oriundos da previdência mediante pagamento por serviços prestados (médico, odontológico e de enfermagem) realizados pelos municípios

Dinheiro complementar significou um acréscimo de recursos aos serviços municipais de saúde

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Ações Integradas de Saúde (AIS) -

O financiamento era uma parceria com a participação do INAMPS, secretarias estaduais e municipais de saúde, constituição do fundo único para custeio e investimento dos serviços estaduais e municipais

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Ações Integradas de Saúde (AIS) - Avanços

Avanços expressivos foram conseguidos em vários estados, possibilitando o fortalecimento da rede básica ambulatorialAumento da capacidade de atendimento à demandaContratação de recursos humanosRevisão do papel dos serviços privadosEm alguns casos a participação da população na gestão

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Ações Integradas de Saúde (AIS) - Avanços

Passo seguinte à AIS foi a implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), através do decreto nº 94.657 de 20 de julho de 1987

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SUDS - Objetivos

Contribuir para a consolidação e o desenvolvimento qualitativo da AIS

As diretrizes reconhecem a necessidade de reformulação do Sistema Nacional de Saúde

Necessita redefinir as atribuições dos três níveis de governo, com delimitação de funções

Essa reformulação não acontece no SUDS

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SUDS - Consequências

Concentração de poder nas secretarias estaduais de saúde

Início do desmonte do INAMPS

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1980 a 1990

A ditadura ainda demonstrava força, porém desmoralizada

Vários movimentos pela redemocratização em todo território nacional

Incluía igrejas, sindicatos, universidades e vários brasileiros que contribuía com a derrota do regime opressor

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1980 a 1990

Políticos de oposição ganharam mais cadeiras e voz no Congresso Nacional

Em 1986 o maior problema era a saúde

Com o término da ditadura inicia-se uma Nova República, preparando para o processo Constituinte

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8ª Conferência Nacional de Saúde

Convocada a 8ª Conferência Nacional de Saúde com a finalidade de discutir uma nova proposta de estrutura e de política de saúde nacional

Foi realizada em 17 de março de 1986, pelo Presidente José Sarney

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8ª Conferência Nacional de Saúde

Da primeira (1941) à sétima conferência (1980), os debates restringiam às ações governamentais, com a participação exclusiva de deputados, senadores e autoridades do setor

Page 71: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

8ª Conferência Nacional de Saúde

A intenção era de ouvir as incontáveis experiências vivenciadas que existiam no Brasil afora

Reuniu brasileiros e discutiam como viviam, quais condições de saúde e o que almejavam

Possibilitou um debate democrático com a participação da sociedade civil na mesa com profissionais de saúde, autoridades e políticos

Page 72: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

8ª Conferência Nacional de Saúde

Materializou-se sem maiores dificuldades o conceito em torno da conceituação de saúde, seus determinantes e incorporação do direito de cidadania, o consequente dever do estado e criação do Sistema Único de Saúde

Caracterização dos serviços públicos de saúde como bem essencial

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8ª Conferência Nacional de Saúde

Teve desdobramento imediato no conjunto de trabalhos técnicos desenvolvidos pela Comissão Nacional de Reforma Sanitária com a consolidação e desmonte do SUDS e início do Sistema Único de Saúde (SUS)

Definiu princípios finalísticos da Reforma Sanitária Brasileira

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Reforma Sanitária Brasileira

Participação

Equidade

Descentralização

Integralidade

Universalidade

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Participação

Pressupõe a inclusão representativa da população e de trabalhadores de saúde no processo decisório e no controle de serviços

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Descentralização

Contém a idéia de multiplicação dos centros de poder e irá se realizar principalmente através da municipalização

Page 77: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

Universalização

Igualdade de acesso aos serviços

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Integralidade

A saúde do indivíduo integral desde prevenção, curativa e atuação em outras áreas para promoção da saúde

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Constituição Federal

Incorporou mudanças no papel do Estado e alterou o arcabouço do sistema público de saúde

Criou novas relações entre as diferentes esferas de governo

Origem do SUS

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Carta Magna

Nove títulos

Divididos em capítulos

Divididos em seções

242 artigos constitucionais

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Título VIII

Dedicado à ordem social

Capítulo II: seguridade social composto por quatro seções

Disposição gerais

Da saúde

Da previdência social

Assistência social

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Capítulo Seguridade Social

Está descrito todo o sistema oficial de saúde brasileiro, especialmente os artigos 196 a 200

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Artigo 196

Coloca a saúde como um direito de todos e dever do estado, garantindo acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação

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Artigo 197

Define as ações e serviços de saúde como sendo de relevância pública

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Artigo 198

Constitui o Sistema Único de Saúde através de rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços públicos de saúde

Descentralização com direção única em cada esfera de governo

Atendimento integral preventivo e assistencial

Participação da comunidade

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Artigo 199

Mantém a assistência à saúde livre à iniciativa privada

Page 87: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

Artigo 200

Dispõe sobre as competências do Sistema Único de Saúde

Page 88: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

1990 a 2001

Processo de elaboração e implantação do SUS através da aprovação das Leis nº 8.080 e nº8.142 denominada Leis Orgânicas da Saúde

Page 89: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

Leis Orgânicas da Saúde

Detalhou princípios, diretrizes gerais e condições para organização e funcionamento do sistema

Só foram concluídas em dezembro de 1990 com a complementação da lei 8.142

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Leis Orgânicas da Saúde

Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990: organiza as ações e serviços básicos de saúde, quanto à direção, gestão, competências e atribuição em cada esfera de governo no SUSLei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990: complementa a lei nº 8.080 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sistema e a forma e condições para as transferências intergovernamentais de recursos

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Leis Orgânicas da Saúde

De acordo com essa legislação, compete ao SUS prestar assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde

Realizar integrada ações assistenciais e das atividades preventivas

Inclui as ações da vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral e assistência farmacêutica

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SUS - Direção

É única e é exercida em cada esfera de governo:

No âmbito da União: pelo Ministério da Saúde

No âmbito dos estados e distrito federal: pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente

No âmbito municipal: pelas respectivas secretarias de saúde ou órgãos equivalente

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Quanto ao Financiamento

O art.33 da Lei nº 8.080 cita que os recursos são oriundos do orçamento da seguridade social e de outros orçamentos da União além de outras fontes

Ocasionou problemas como cortes frequentes no orçamento e exclusão de algumas fontes destinadas à saúde com consequente redução de verbas do setor

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Quanto ao Financiamento

Devido a situação fez com que vários setores se organizassem para que fosse proposta uma ementa constitucional que fixasse percentuais de destinação dos orçamentos da União, estados e municípios para a área da saúde

Page 95: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

Meados do ano 2000

Setembro de 2000 foi aprovada a Proposta de Ementa Constitucional nº 29

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Ementa Constitucional 29

União terá que agregar 5% a mais ao Orçamento da Saúde com base no repasse de 1999; reajuste atrelado à variação nominal do Produto Interno BrutoOs Estados teriam que gastar, no mínimo, 7% dos seus orçamentos com saúde; o percentual deverá chegar a 12% até 2004Os municípios comprometeriam 7% de suas contas, chegando a 15% também em 2004

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Recursos da União

Como condição para recebimento de recursos, a lei nº 8.142 estabelece que os estados e municípios devem apresentar os seguintes requisitos

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Requisitos

Fundo de saúde: conta especial onde serão depositados e movimentados os recursos financeiros do sus, sob fiscalização do Conselho de Saúde

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Requisitos

Conselho de Saúde: órgão colegiado, de caráter permanente e deliberativo, composto por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários

Atua na formulação de estratégias e no controle da execução política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros

Exerce controle social sobre gestão e implementação do SUS

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Requisitos

Plano de saúde: base nas programações e atividades que serão desenvolvidas em cada nível de direção do Sistema Único de Saúde

Relatórios de gestão: mecanismo de acompanhamento da execução de plano de saúde e da aplicação dos recursos recebidos

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Requisitos

Contrapartida de recursos: para o respectivo orçamento

Plano de carreira, cargos e salários: previsto para dois anos para sua implantação

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Norma Operacional Básica (NOB)

Regula o processo de descentralização proposto pelo SUS

Editada pelo presidente do INAMPS

Resolução nº 273, de 17 de julho de 1991

Busca instituir o arranjo institucional previsto na legislação para gestão descentralizada do SUS

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Norma Operacional Básica (NOB)

Foram várias as portarias para instruir e regular a nova organização do sistema de saúde

Através delas houve um avanço no processo de municipalização, universalização da atenção básica e estabelecimento de novas e sistemáticas para o financiamento das ações e serviços de saúde

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NOB 91

Introduziu o conceito de habilitação dos municípios e dos estados ao SUS, mediante comprometimento com a gestão direta de serviços

Previu a formação de fundo setorial e funcionamento de conselhos comunitários

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NOB 91

Iguala prestadores de serviços e privados

Gestão do SUS ainda muito centralizada no nível federal (INAMPS extinto em 1993)

Os municípios ainda essencialmente gerentes de unidades, portanto ainda prestadores

Estados: alguns já assumem a gestão (maioria ainda como prestador)

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NOB 93

Representa um importante divisor de responsabilidades criada dois anos após a NOB 91 que tornou-se inoperante

Esta NOB desencadeia o processo de municipalização nas condições de gestão criadas (incipiente, parcial, semi-plena)

Habilita os municípios como gestores, criando uma terceira instância gestora do SUS

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NOB 93

Frágil definição do papel dos EstadosEstes passam a assumir seu papel de gestor no Sistema Estadual de SaúdeSão constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (âmbito estadual) e Comissão Intergestores Tripartite (âmbito federal)Criou-se um importante espaço de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores

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Extinção do INAMPS

Feito através da Lei nº 8.689 em 27 de julho de 1993

As funções, competências, atividade e atribuições do INAMPS passam a ser absorvidas pelas instâncias federal, estadual e municipal gestoras do SUS

Page 109: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

NOB 93

Mesmo com avanços conseguidos, os recursos federais destinados ao custeio da assistência à saúde ainda eram repassados através do pagamento por produção de serviços, igualando estados e municípios, aos demais prestadores privados

Surge a proposta de uma nova norma operacional do sus, para repasses financeiros, com transferência regular e automática fundo a fundo, o que possibilita autonomia aos municípios e estados para gestão descentralizada

Page 110: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

NOB 96

Ampliou a responsabilidade dos gestores municipais e estaduais

Fortaleceu as ações e serviços de atenção básica

Simplificou o processo de responsabilização

Page 111: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

NOB 96

Tem como objetivo consolidar o pleno exercício por parte do poder público municipal

Caracterizar a responsabilidade sanitária em cada setor

Reorganizar o modelo assistencial descentralizando aos municípios

Responsabilidade pela gestão e execução direta de atenção básica de saúde

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NOB 96

São definidos claramente os papéis dos níveis municipal, estadual e federal no âmbito SUS

Estabeleceu tetos financeiros para todas as esferas de governo

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Teto Financeiro Global do Município

PAB Fixo

PAB Variável

FAE

Remuneração de Internações Hospitalares

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Teto Financeiro Global do Município

PAB fixo: Piso de atenção Básica Fixo para o custeio das ações básicas de assistência à saúde (clínica médica geral, pediatria e ginecologia, atendimentos de enfermagem e atendimentos básicos de odontologia, além das ações de vigilância epidemiológica e sanitária

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Teto Financeiro Global do Município

PAB Variável: Piso de Atenção Básica Variável, compreende incentivos destinados às seguintes ações e programas:

Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)

Programa de Saúde da Família (PSF)

Programa de Combate às Carências Nutricionais

Ações de Vigilância Epidemiológica e Ambiental

Ações de Vigilância Sanitária

Assistência Farmacêutica Básica

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Teto Financeiro Global do Município

FAE: fração assistencial especializada que é um montante que corresponde ao custeio das ações especializadas e das de alto custo/complexidade realizadas em regime ambulatorial

Page 117: OrganizaçãO Do Sistema De SaúDe No Brasil Parte 1

Teto Financeiro Global do Município

Remuneração de Internações Hospitalares: valor destinado ao pagamento as internações hospitalares, com base na Autorização de Internação Hospitalar (AIH)

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Ano 2000

A habilitação nas condições previstas pela NOB-SUS 96 atingia 99% do total de municípios do país

O processo de descentralização que ocorre em nível municipal resulta em alguns problemas de inter-relação entre os sistemas municipais e estaduais

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Problemas

Alguns municípios são pequenos demais para gerirem em seu território um sistema funcional completo

Incorporação tecnológica irracional, imposição de barreira de acesso e baixa qualidade de serviços

Outros que demandam a existência de mais de um sistema em sua área de abrangência são pólos de atração regional

Situação semelhante nos estados, principalmente nas divisas interestaduais

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NOAS

Por não ser cumprida a Regulação e implementada de maneira adequada, a Programação Pactuada e Integrada, foi proposto, em janeiro de 2001, a Norma Operacional da Assistência à Saúde para promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população

Organiza através de três estratégias articuladas

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NOAS - Estratégias

Regionalização e organização da assistência através do Plano Diretor de Regionalização

Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS

Revisão de critérios de habilitação dos estados e municípios

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NOAS

Portaria MS/GM nº 373 de 27 de fevereiro de 2002 e regulação complementar

Fortalecer a descentralização

Ampliar as responsabilidades dos municípios na atenção básica

Busca maior equidade

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Plano Diretor de Regionalização

Prioriza as intervenções de acordo com as necessidades da população e garantir o acesso dos cidadãos a todos os níveis de atenção

Fundamentado na resolutividade de assistência à saúde por meio da organização de territórios estaduais em regiões e microrregiões, módulos assistenciais

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Plano Diretor de Regionalização

Tem como dever garantir aos cidadãos o acesso ao conjunto de ações e serviços de saúde o mais próximo de sua residência, bem como a integralidade de sua assistência de acordo com suas necessidades

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Plano Diretor de Regionalização - Responsabilidades

Assistência pré-natal e puerpério

Acompanhamento do desenvolvimento e do crescimento infantil

Cobertura universal do esquema preconizado pelo Programa Nacional de Imunização para todas faixas etárias

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Plano Diretor de Regionalização - Responsabilidades

Ações de promoção da saúde e prevenção de doenças

Tratamento de intercorrências mais comuns da infância

Atendimento das afecções agudas de maior incidência

Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de maior prevalência

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Plano Diretor de Regionalização - Responsabilidades

Tratamento clínico e cirúrgico de casos de pequenas urgências ambulatoriais

Tratamento de distúrbios mentais e psicossociais de maior frequência

Controle de doenças bucais mais comuns

Suprimentos/dispensação dos medicamentos da farmácia básica

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