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A ENFERMAGEM E OS CUIDADOS GERIÁTRICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR. PALAVRA CHAVE: HUMANIZAÇÃO.

A Enfermagem e os Cuidados Geriátricos

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A ENFERMAGEM E OS CUIDADOS GERIÁTRICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR.PALAVRA CHAVE: HUMANIZAÇÃO.

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HUMANIZAÇÃO Segundo Beck et al (2007), a humanização é uma

mudança no gerenciamento dos sistemas de saúde que ascendeu cada vez mais, sabendo que não se restringe somente às técnicas ou artifícios, mas que fornece um melhor cuidado no atendimento envolvendo a vivência e gerando melhorias, tanto para o paciente como para os profissionais de saúde. Sabe-se que o processo de humanização envolve sensibilidade, afetividade, preocupação, interação, amor e solidariedade, portanto, o tecnicismo e a preocupação exacerbada com o tratamento da doença podem dificultar as relações interpessoais entre o enfermeiro e paciente (AYRES, 2004).

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POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO A Política Nacional do Idoso foi criada em

1994, regida pela Lei nº 8.842, gerando mecanismo de assistência à saúde do idoso e de implantação e organização de redes estaduais de saúde. (BRASIL, 2003; POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO,1994).

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ESTATUDO DO IDOSO Em 2003, foi regulamentado pela Lei nº

10.741, o Estatuto do Idoso, e a partir desta data, houve uma maior discussão relacionada à mhumanização, visando programar estratégicas que promovessem o contato humano entre profissionais e usuários (BRASIL, 1991).

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IDOSOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE De acordo com a portaria ministerial nº 2.528

de 1999, que aprovou a Política Nacional á Saúde do Idoso, foi determinada a criação de projetos conforme diretrizes estabelecidas e também a ampliação da Estratégia de Saúde da Família, A partir daí, notou-se que houve uma maior procura de familiares e idosos nas Unidades Básicas de Saúde, um marco importante para a saúde dos idosos e estratégias inerentes a ela (SANTOS et al., 2008).

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O PACIENTE IDOSO Os idosos são acometidos normalmente por

doenças crônicas devido ao envelhecimento, necessitando de acompanhamento médico constante, uso de medicações contínuas e internações, o que gera estresse e desconforto quanto á readaptação ao ambiente, justificando, assim, o processo de humanização na assistência de enfermagem ao idoso no ambiente hospitalar visando garantir maior conforto ao paciente (LIMACOSTA,VERAS, 2003).

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O ENVELHECIMENTO E A HOSPITALIZAÇÃO O ato de envelhecer não é um processo

unitário. Não se pode associá-lo a nenhuma doença específica e nem acontece de uma vez só no organismo inteiro. Existem fatores diversos que devem ser levados em conta, em um processo de integração (SANTOS; ANDRADE;BUENO, 2009).

Os idosos apresentam alterações psicológicas e sociais inerentes ao contexto político, econômico, social e cultural, o que dificulta o processo de adaptação, bem como, a não aceitação da internação e limitações (PAZ et al, 2006).

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O ENVELHECIMENTO E A HOSPITALIZAÇÃO A característica principal dessas alterações é a

redução da reserva funcional. Isso significa que, em condições apropriadas, um organismo envelhecido pode sobreviver por muito tempo, mas caso haja situações de estresse, seja físico ou emocional, surgem todas as dificuldades, trazendo para o organismo uma sobrecarga funcional que compromete os sistemas endócrino, nervoso e imunológico, levando o indivíduo a perda de resistência orgânica e à possível hospitalização (CANCELA, 2007).

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O ENVELHECIMENTO E A HOSPITALIZAÇÃO A hospitalização, de modo geral, gera desconforto,

preocupação e medo aos pacientes, sendo que, especificamente ao público idoso, normalmente, gera prejuízos às atividades sociais, perda da autonomia, dificuldade na adaptação a nova realidade e ambiente, carga emocional, estresse, sofrimento, fragilidade, limitações além das pré-existentes, e carências afetivas. Portanto, faz-se necessário a interação e comunicação com este público para garantir segurança afetiva e melhor enfrentamento da nova realidade (BEUTER et al, 2012).

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A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO

Humanizar não é apenas chamar o paciente pelo nome, sorrir constantemente, mas, além disso, compreender suas incertezas, angústias e medos, dando-lhe apoio e atenção sempre que necessário.

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A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO

O homem é um ser que necessita de cuidados, e se não recebê-los, estará sujeito a perder sua estrutura, definhar, perder a compreensão do que significa a vida e até mesmo morrer. Cuidado, então, é uma necessidade básica.

Morrendo o cuidado desaparece o ser humano, e dessa forma, falar sobre a humanização na enfermagem significa entrar no instrumento de trabalho da profissão, o cuidado que está implícito em uma relação de ajuda.

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO Foi criada em 2001, a Política Nacional de

Humanização no Ambiente Hospitalar foi criada em 2001, com o objetivo de capacitar os profissionais de enfermagem para garantir uma assistência humanizada e holística, valorizando a vida humana e a cidadania, aprimorando as relações humanas, resgatando a integralidade na assistência aos indivíduos e à população idosa, visto que esta normalmente constitui-se de um público que necessita amplamente dos serviços prestados pelas Unidades de Saúde e de internação devido às suas condições fisiológicas (Ministério da Saúde, 2001)

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO

A humanização apresenta vantagens, entre as quais estão a interação eficaz do profissional de enfermagem com o paciente através da aproximação que promove segurança e confiança maior deste com a equipe, além de atenuar o estresse e sofrimento, garantindo maior colaboração com o autocuidado.

Esta aproximação pode ser realizada no próprio exercício das atividades de enfermagem através de simples interação por diálogo sem necessidade de recursos (SILVA et al, 2014).

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO

Apesar dessas vantagens apontadas, deve-se levar em conta que os problemas pelos quais passam os profissionais da saúde não são poucos. Estes são submetidos a tensões que surgem de vários lados, que sejam o contato com doentes ,com a dor que estes sentem, com sua condição de pacientes terminais, o medo de fazer algo errado, pacientes que não facilitam o relacionamento, e isso definitivamente dificulta o trabalho de humanização (MOTA; MARTINS; VERAS, 2006).

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO Nem sempre a humanização é facilitada. Acredita-

se que traz benefícios, mas o processo não é rápido, apresentando demora e complexidade, e por esse motivo, sofre resistência porque precisa que haja mudança de atitudes, de comportamento, mudanças que causam insegurança (MOTA; MARTINS; VERAS, 2006).

Ressalta-se que as expectativas dos usuários no ambiente hospitalar devem ser correspondidas inicialmente pelo processo de acolhimento eficaz, que compreende uma abordagem adequada ao cliente, sendo necessário respeitar sua singularidade e individualizar a sua assistência.

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO

O enfermeiro deve estimular a sua equipe a quebrar o paradigma cultural de que o idoso é um ser dependente e incapaz de tomar decisões próprias. Portanto, é necessário respeitar o processo de envelhecimento e fornecer tratamento individualizado a estes clientes, estimulando, sempre que possível, à participação ativa dos idosos no controle e tratamento da saúde, valorizando as suas capacidades e integrando-o socialmente. Estes preceitos integram a bioética estabelecida pelo Código de Ética Profissional do Enfermeiro (FREITAS; SHRAMM, 2009).

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO

Através da valorização das crenças e culturas são aplicados os valores humanísticos, visto que o enfermeiro tem por dever e responsabilidade a formação de um sistema de valor através das seguintes ações: prestando informações, estimulando a fé-esperança, se colocando no lugar do outro, desenvolvendo ajudaconfiança, promoção da aceitação dos sentimentos negativos e positivos proporcionando, assim, um ambiente biopsicossocial e espiritual com aceitação de forças fenomenológicas (WATSON, 2007).

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO

De acordo com os princípios do SUS e do Código de Ética Profissional de Enfermagem (CEPE), o cuidado humanizado ao paciente idoso no ambiente hospitalar preconiza a proteção contra imperícia, negligência ou imprudência, respeito ao paciente ainda após o óbito e a estimulação da autonomia deste público (FREITAS; SCHAMM, 2009).

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O ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO

Ressalta-se que, ainda, o enfermeiro pode realizar a escolha do acompanhante do idoso no cenário hospitalar, o que reforça a necessidade de conhecer o perfil individual dos familiares para uma escolha mais sábia (SQUASSANTE, 2007).

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A FAMÍLIA NOS CUIDADOS AO PACIENTE IDOSO A família constitui-se uma parceria com a equipe

de saúde muito positiva para o tratamento das mulheres idosas, garantido pelo fornecimento de apoio afetivo e físico nesta fase da vida, principalmente do público feminino, que, de forma geral, sofre alterações psicológicas relacionadas ao processo de envelhecimento. Portanto, o abandono da família pode ser um agravante no tratamento destas clientes que, com o rompimento dos laços afetivos com os familiares, sofre com a solidão (AIRES, PASKULIN; MORAIS, 2010).

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PARA REFLETIR ... “O enfermeiro, começando da gente,

precisa estar muito bem cuidado para cuidar dos outros. Quando fala de funcionário que não cuida, que é descaso, às vezes eles não estão bem para cuidar dos outros -como profissional, como ser.

Se a gente não está bem, não vai cuidar bem de ninguém. Não vai ver o paciente direito. Não vai ter a capacidade de perceber”.