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TECMED FARTEC FACULDADE REGIONAL DE TECNOLOGIA CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS Silene de Souza VITAMINA ÔMEGA 3 NA PREVENÇÃO NO MAL DEALZHEIMER SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP 2015

ôMega 3 na prevenção do alzeimer

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Page 1: ôMega 3 na prevenção do alzeimer

TECMEDFARTEC FACULDADE REGIONAL DE TECNOLOGIA

CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS

Silene de Souza

VITAMINA ÔMEGA 3 NA PREVENÇÃO NO MAL DEALZHEIMER

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP

2015

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SILENE DE SOUZA

VITAMINA ÔMEGA 3 NA PREVENÇÃO NO MAL DE ALZHEIMER

Trabalho de conclusão de curso apresentado

junto à Fartec Faculdade Regional de

Tecnologia Tecmed para obtenção do título de

tecnólogo.

ORIENTADOR: PROF. FAUSTO PADILHA

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP2015

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Page 3: ôMega 3 na prevenção do alzeimer

Resumo

A doença de Alzheimer é caracterizada como uma patologia neurodegenerativairreversível, pode ter fatores genéticos, bem como deficiência nutricionais. A doença se

manifesta com pequenos deslizes de memória e ao passar do tempo vai ficando mais

frequente até que a pessoa não se lembra de fatos cotidianos. Existem vitaminas que

ajudam na prevenção ao mal de Alzheimer, como ômega 3 que tem grande importância

no fortalecimento cerebral.

Alzheimer não tem cura com ao passar do tempo se agrava, causa perda de

memória por decorrente morte de células cerebrais, está associado a pessoas idosas,

porém é um transtorno neurodegenerativo associada às placas senis.

Os estudos sobre os antioxidantes têm ressaltado, principalmente, o uso de

nutrientes isolados no tratamento e prevenção de doenças. O desequilíbrio entre

moléculas oxidantes e antioxidantes que resulta na indução de danos celulares pelos

radicais livres tem sido chamado de estresse oxidativo.

Ômega 3 é um ácido graxo de cadeia longa é encontrado em alguns alimentos

como peixes, vegetais e sementes (chia), que com suas propriedades faz bem ao cérebro.

Os resultados demonstram que o consumo do ômega-3 possui benefícios que

previnem e diminuem os sintomas da doença de Alzheimer, e atividades físicas ajuda na

melhora.

Palavras-chave - Ômega 3; Alzheimer; Prevenção; Estresse oxidativo

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Abstract

Alzheimer`s disease is known as a inrreversible neudegenerative

pathology pathology that netic load as well as nutritional. This disease starts

with smalls memory lapses witch become more common as the times by,

further than that, in a determined time, the patients can`t remember daily

events. There are vitamins that can help to prevent Alzheimer`s disease, as

omega 3. It plays a huge role in the brain strengthening.

Alzheimer`s isn´t curable and gets worst as the time goes by, causing

memory irreversible losses due to the death. It is linked to elderly people,

but is, indeed, a neurodegenerative pathology linked to the senile cells.

Studies have highlighted the antioxidants, especially the use of single

nutrients in the treatment and prevention of diseases. The imbalance

between oxidants and antioxidants molecule that results in inducing cell

damage by free radicals has been called oxidative stress.

Omega 3 is a long chain fatty acid founded in some foods like fisher,

vegetables and seeds (Chia). Its properties are beneficial for the brain

functions.

The results show that Omega 3 consumption prevents and decreases

Alzheimer`s disease symptoms and that physical activities help the

improvement.

1.4 Key words: Omega 3; Alzheimer´s; Prevention; Oxidative Stress

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1. Introdução

O médico Dr. Alóis Alzheimer foi o primeiro a descrever a doença, em 1906.

Ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que,

aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação,

distúrbio de linguagem com dificuldade para compreender e se expressar, que veio a

falecer com essa doença mental. (ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER,

2015).

Figura 1: Dr. Alois Alzheimer and Puzzle Brain

Fonte: http://www.vebido

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O Alzheimer é uma doença que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve

ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas, e o mal de Alzheimer é

responsável por mais da metade dos casos de demência. É uma doença conhecida

popularmente como “esclerose” ou doença essa que acomete a parte do cérebro

principalmente na região da memória e linguagem.

A proteína beta-amiloide é acumulada nas placas senis, sendo essa as primeiras

mudanças patológicas observáveis na doença de Alzheimer. Elas têm como principal

constituinte o beta amilóide (ßA), um dos marcos patológicos da doença. O Alzheimer é

uma doença neurodegenerativa, ou seja, que destrói os neurônios progressivamente.

Essa doença começa no hipocampo que é a parte da memória e com o tempo se espalha

para o cérebro. (Placas senis são formadas pelo depósito de uma proteína (beta-

amilóide), no espaço existente entre os neurônios. Já, os emaranhados neurofibrilares

são formados por uma proteína (tau) que se deposita no interior dos neurônios.

(ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER, 2015).

Figura 2: Acúmulo extra-celular de proteína beta-amilóide

Fonte: http// cienciasecognicao.org

A doença se manifesta com pequenos deslize de memórias e ao passar do tempo

vai ficando mais frequentes e chega há um determinado tempo que a pessoa não se

lembra de fatos cotidianos. A demência provoca destruição das sinapses que conecta a

vários neurônios, com a demência tem-se uma redução drástica de neurônios no

hipocampo e no córtex. (PESQUISA FAPESP SP N° 215).

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Figura3: Imagem do cérebro de uma pessoa sadia (a esq.) e um cérebro de alguém que sofre de Alzheimer (dir.).

O Alzheimer começa no tronco cerebral que é chamado núcleo dorsal da rafe,

(neurônios localizados no tronco cerebral). (PESQUISA FAPESP SP N° 153).

As manifestações clínica da doença são caracterizadas em três fases: leve,

moderada e grave. Na fase leve, observa-se o declínio de memória; na moderada há

confusão mental dificultando o processo de alimentação e de reconhecimento; na fase

grave os pacientes apresentam quadro clínico de alterações comportamentais, motora e

de raciocínio, apresentando uma maior dependência de outras pessoas.

Dentre os fatores de risco da doença estão a idade sexo nível de escolaridade,

genética e déficit de alimentos ricos em ômega-3 presente no óleo de peixe. A Doença

de Alzheimer “DA” acomete principalmente idosos acima de 65 anos devido à perda

progressiva da funcionalidade cerebral; as mulheres estão mais propensas a desenvolver

a doença pelo aumento da expectativa de vida e quanto menor o nível de escolaridade

maior o risco da “DA” através da atividade cognitiva do indivíduo. Quanto ao fator

genético, apolipoproteína “APOE” (Apolipoproteína é uma proteína que liga lipídeos,

formando uma lipoproteína), o mais importante influenciador da doença, portadores

desse Gene tem a probabilidade aumentada de desenvolver a doença.

Pacientes portadores da doença apresentam baixas concentrações plasmáticas e cerebrais de “DHA” docosahexaenóico, o que predispõe lesões na membrana do cérebro. A deficiência de “DHA” é ocasionada pelo estresse oxidativo através dos

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radicais livres que lesam as células do sistema nervoso pelos processos de peroxidação lipídica, oxidação protéica e de DNA e aumento da produção do peptídeo amilóide “A”. O consumo de “DHA” evita a produção de amilóide, inibindo desorganização deste peptídeo toxicidade, o estresse oxidativo e o declínio nas capacidades cognitivas, com melhora do raciocínio e aprendizagem. (PAMELA ZANARDO, 2014).

A proteína β-amilóide pode formar radicais livres. Estes radicais livres são tóxicos e no caso de não serem removidos ou neutralizados reage com lipídios, proteínas e ácidos nucléicos, danificando as funções celulares. (CHAUHAN, CHAUHAN, 2006).

De acordo com as características das membranas cerebrais, o “DHA” representa a maior

parte da massa cinzenta comparada ao ácido eicosapentaenóico“EPA” e influencia

diretamente nas transmissões sinápticas, e em pacientes com “DA” as concentrações de

ácido docosa-hexaenóico “DHA” são significativamente mais inferiores comparadas

com o “EPA”. (BERTOLUCCI, 2015).

Estima-se que nas próximas décadas, devido ao aumento da expectativa de vida,

a doença de Alzheimer, principal doença desencadeadora da demência, acometerá 65

milhões de pessoas ao redor do mundo.

Diante disso, indivíduos que consomem alimentos fontes de ômega 3 possuem

menor probabilidade de desenvolver a doença e maior probabilidade de minimizar os

sintomas da doença. Portanto, o estudo relacionado estas duas linhas se faz relevante

para aperfeiçoar o atendimento nutricional na prevenção e no tratamento da Doença de

Alzheimer, contribuindo na qualidade de vida dos pacientes e na ampliação dos

conhecimentos dentre os profissionais da área da saúde.

A partir deste contexto o presente estudo teve por finalidade realizar revisão da

literatura abordando os benefícios do ômega 3 na Doença de Alzheimer. (PAMELA

ZANARDO, 2014).

Ômega 3 são ácidos gordos que mencionamos ao pescado como sendo a sua

principal fonte nutritiva. O salmão, a sardinha, o atum e até mesmo os crustáceos são

especialmente ricos em ácidos gordos ômega 3, contudo de uma forma geral as

recomendações são direcionadas para o aumento do consumo de todo o tipo de peixe e

marisco. A quantidade de ômega 3 é encontrado em peixes de regiões de águas frias e

profundas como na Gronelândia. (FOOD TODAY, 2003).

Há duas variações: O ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docohexanóico

(DHA). Compostos conhecidos por ômega 3 são ácidos carboxílicos poliinsaturados

(apresentam várias duplas ou triplas ligações entre átomos de carbono) que apresentam

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a primeira dupla ligação a partir do terceiro carbono a contar da extremidade oposta do

grupamento carboxílico. São ácidos graxos (com elevado número de carbonos) cuja a

formúla com apenas uma insaturação, ácido graxo poliinsaturado se referem aos ácidos

graxos cujas moléculas possuem de 18 a 22 carbonos, e duas ou mais duplas ligações.

A denominação “w” ou “n” diferencia os ácidos graxos em relação à posição da

primeira dupla ligação contada a partir do grupamento metila final da molécula de

forma que a molécula possua um número par de carbonos na cadeia. Brasileiro é

naturalmente pobre em ômega-3, já que as principais fontes deste tipo de gordura não

fazem parte da nossa dieta habitual.

O ômega 3 é uma gordura poli insaturada, um ácido graxo essencial que não

pode ser produzido pelo nosso organismo, necessitando assim ser adquirido pela

alimentação. Ácido graxo é essencial no organismo sendo necessário a sua reposição

com alimentação rica em ômega 3 ou suplementação. Ômega 3 reduz o nível

triglicerídeos e colesterol LDL e aumenta o colesterol HDL. (AIRES, 2005).

As gorduras e óleos são reconhecidos como nutrientes essenciais na alimentação

humana e animal e proporcionam a fonte mais concentrada de energia que se tem

conhecimento. O ômega 3 traz grande benefício para os idosos as habilidades motoras.

De acordo com vários estudos, as doenças degenerativas como diabete, artrite e o

câncer, estão relacionadas em parte à desproporção atual da concentração dos ácidos

ômega-6 e ômega-3 que constituem nossa alimentação, ou seja, uma grande

concentração de ômega-6 e uma escassez de ômega 3.

Os ácidos são excelentes para a formação de gorduras no cérebro, para manter a

saúde do cérebro é fundamental ingerir grande quantidade de gordura e pela

performance mental é um tipo de gordura ômega 3. Se o cérebro para de receber ômega

3, procura-se adaptar a essa deficiência. Como conseqüência, fica “preguiçoso” e as

respostas passam a ser mais lenta. (SILVA, 2015).

2. Objetivos

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Objetivo desse artigo é demonstrar a importância das vitaminas, uma boa

nutrição rica em ômega 3 e estilo de vida com atividades físicas no retardamento do

mal de Alzheimer.

3. Metodologia

4. Desenvolvimento

A idade é um grande fator de risco no desenvolvimento da demência após os 65

anos. A proporção do mal de Alzheimer ser hereditário é muito pequeno cerca de 5% a

8%.

Pessoas com histórico de complexa atividade intelectual e alta escolaridade

tendem a desenvolver os sintomas da doença em um estágio mais avançado da atrofia

cerebral, pois é necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de

demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença

é a estimulação cognitiva constante. Outros fatores importantes que aceleram a doença

são hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Uma boa alimentação

ajuda a previnir a doença além de atividades físicas e jogos que ative a memória.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER, 2015).

Pessoas resistentes à insulina e pessoas com diabetes de tipo 2 são mais

propenso a desenvolver placas Amilóides no cérebro, que estão associados com a

doença de Alzheimer. Pesquisas anteriores também encontraram uma correlação forte

entre o índice de massa corporal (IMC) e altos níveis de beta-amilóide (BA). Acredita-

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se que os beta-amilóides destroem as células nervosas, contribuindo para os problemas

cognitivos e comportamentais típicos da doença.

Além disso, as células de gordura produzem substâncias que afetam o sistema

imunológico, o que é gatilho para o excesso de inflamação. A inflamação no cérebro é

correlacionado como um dos precursores da demência senil. (CALEIRO, 2015).

Pessoas deprimidas são duas vezes mais propensos a desenvolver certas formas

de demência, incluindo a doença de Alzheimer. Doença de Alzheimer e depressão não

parecem ter muito em comum, mas compartilham uma semelhança ambos estão ligados

ao baixo nível de vitamina D. (CALEIRO, 2015).

Já foi comprovado que as gorduras ômega 3 diminuem os sintomas de doenças

inflamatórias, como artrite e colite, reduzem os riscos de doença cardiovascular,

acidente vascular cerebral e certos tipos de câncer e ainda diminuem o risco de

desenvolver a doença de Alzheimer. Pesquisas recentes sobre ômega 3 comprovaram

que há uma forte associação entre a sua ingestão diária e o humor, o que levou à

introdução dessas gorduras como coadjuvantes no tratamento geral de depressão

moderada. Para mulheres grávidas, as gorduras ômega 3 são importantes para o

desenvolvimento do cérebro fetal e podem diminuir o risco de nascimentos prematuros

e exercer um efeito positivo discreto sobre as capacidades congnitivas da criança.

(SUSAN, 2009)

A hipertensão é um tipo de malignidade associada ao desenvolvimento posterior

da doença de Alzheimer e outras demências. A hipertensão provoca cicatrizes em certas

partes do cérebro de meia-idade, décadas antes de problemas de memória começar a

aparecer. É muito importante o controle da hipertensão durante toda a vida, com

medidas que vai além dos medicamentos. (ZANIN, 2015).

Fatores de risco para a demência, como a hipertensão, diabetes e obesidade,

podem ser modificados pela dieta. Estudos comprovam que uma dieta rica em

antioxidantes (vitaminas ômega 3 e C) pode reduzir a inflamação que está associada ao

risco de demência e retardar o declínio cognitivo. Através da revisão de 34 estudos nas

áreas de restrição dietética, antioxidantes e dieta mediterrânea, os quais apresentaram

provas de que as intervenções nutricionais contra a demência têm um grande potencial

de prevenir este desenvolvimento. A inclusão de frutas e vegetais além de pão, trigo e

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outros cereais, azeite, peixe e vinho tinto pode reduzir o risco de Alzheimer. (ZANIN,

2015).

Figura 4: Alimentos ricos em ômega 3

Fonte: http:// www.tuasaude.com

Além das fontes citadas, outras pesquisas Científica fizeram testes com ratos

com algumas especiarias como a curcumina na prevenção da doença mostraram sucesso

na prevenção da doença degenerativa. O pigmento que dá ao açafrão o sabor picante a

sua cor amarela-laranja, a curcumina pode ajudar a inibir a acumulação destrutivas

proteínas ‘beta amilóides’ nos cérebros dos pacientes de Alzheimer, bem como separar

placas existentes.

A linhaça é rica em ômega 3 e peixes também possuem o poder esses ácidos

graxo antiinflamatório ajuda a preservar o sistema nervoso, por isso é importante tanto

no tratamento como na prevenção da doença. (CARRETTA, 2012).

O quadro 1 contém alguns exemplos de alimentos ricos em ômega 3 com as respectivas quantidades.

Alimento Porção Quantidade em ômega 3 Energia

Sardinha 100 g 3,3 g 124 calorias

Arenque 100 g 1,6 g 230 calorias

Salmão 100 g 1,4 g 211 calorias

Atum 100 g 0,5 g 146 calorias

Sementes de chia 28 g 5,06 g 127 calorias

Sementes de linhaça 20 g 1,6 g 103 calorias

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Nozes 28 g 2,6 g 198 calorias

Os inibidores da acetilcolina na fase inicial da doença de Alzheimer, ocorre

principalmente a perda de neurônios que usam como mensageiro a acetil-colina, uma

substância importante no processo de memória e aprendizado. A acetil-colina é

produzida no cérebro a partir da colina, presente em alimentos da dieta do dia-a-dia.

Depois de utilizada como mensageiro químico entre os neurônios, a acetil-colina é

degradada pela enzima acetil-colinesterase, transformando-se novamente em colina. Se

existe uma deficiência na produção de acetil-colina, um modo de controlar o problema é

evitar que a pouca acetil-colina produzida seja degradada, impedindo a ação da enzima.

(BERTOLUCCI, 2014).

As proteínas possuem um papel fundamental no crescimento, já que muitas delas

desempenham papel estrutural nas células, isto é, são componentes da membrana

plasmática, das organelas dotadas de membrana, do citoesqueleto dos cromossomos etc.

E para produzir mais células é preciso mais proteína. Sem elas não há crescimento

normal. As proteínas são formadas por moléculas de aminoácidos que tem a formação

de polipeptídicas.Tem aminoácidos que são produzido pelo organismo e outros não

então é necessário através de ingestão de alimentos. (RIBEIRO, 2013).

As vitaminas são de grande importância ao metabolismo do organismo e ajuda a

proteger de doenças. A carência de vitaminas na falta na nutrição é necessário a

reposição nutricional. Vitaminas são necessário ao metabolismo do organismo, ajuda a

proteger de doenças e infecções. É importante para o bom funcionamento do nosso

corpo o equilíbrio exato das vitaminas, se no caso houver a falta de vitaminas entramos

na situação de avitaminose. (RIBEIRO, 2013).

Este desequilíbrio entre essas duas famílias de ácidos é “apenas parte do

problema” relativo a doenças degenerativas. (FAGUNDES, 2002).

Estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade da

Califórnia, nos Estados Unidos conclui que, a vitamina D e o ácido docohexaenóico

(DHA), do tipo ômega 3, melhoram a capacidade do sistema imunológico para limpar

as placas amilóides que se depositam no cérebro de pacientes que sofrem de Alzhaeimer

(SMITHI, 1999).

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Para isso, os cientistas isolaram os macrófagos de uma série de amostras de

sangue recolhidas de um grupo de pessoas afetadas pelo Alzheimer. Essas células foram

encubadas com ß-amilóide, o composto formador de placas. No dia seguinte foram

adicionadas formas ativas, tanto de vitamina D3 como de DHA para que seu efeito

sobre a inflamação e a absorção de ß-amilóide fossem analisados.

A Vitamina A obtida facilmente pela alimentação ou até por meio de

suplementos vitamínicos no seu dia a dia, é essencial. (SANTOS, 2015).

Os neurônios são as unidades celulares fundamentais do cérebro, suas ligações e

interações são responsáveis pelas atividades cerebrais. A membrana dos neurônios são

compostas por fosfolipídios, que são produzidos a partir de nutrientes. Eles são

responsáveis pelas reações que o cérebro precisa para manter as suas células saudáveis e

repor os fosfolipídios, além de ajudar os neurônios a alcançar um equilíbrio químico

satisfatório. Uma dieta saudável pode garantir o funcionamento do cérebro, retardar seu

envelhecimento e melhorar suas funções cognitivas. Os principais alimentos fonte

de vitamina C são: Frutas: abacaxi, acerola, goiaba, laranja, limão, tangerina, kiwi, caju,

morangos e legumes. (FONSECA, 1999).

Para o bom desempenho mental máximo, a quantidade diária de ácido

ascórbico (Vitamina C) deve ser pelo menos, três vezes maior que 60mg recomendados

pelo centro de abastecimeto e nutrição dos Estados Unidos. (LINUS PAULING, 1988).

Antioxidantes protegem as células sadias contra a ação oxidante dos radicais

livres. A importância do antioxidantes para regular a entrada dos radicais livres, uma

boa alimentação rica em oxidantes ajuda a evitar stress oxidativo. O sistema nervoso

central é particularmente vulnerável ao stress oxidativo é um grande responsável perdas

congnitivas. Os antioxidantes são substâncias presentes em alguns tipos de alimentos

capazes de combater a formação de radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento

das células. Os radicais são moléculas de elétrons que ficaram sem seu par de prótons.

Isso os torna moléculas muito instáveis e reativas que, na tentativa de obter a

estabilidade, tentam "roubar" o seu par de outra molécula, fazendo com que esta

também se torne um radical livre. (VEIGA, 2015).

Vitaminas antioxidantes contêm compostos oxidantes, os quais podem ocorrer

naturalmente ou ser introduzidos durante o processamento para o consumo. Por outro

lado, os alimentos, principalmente as frutas, verduras e legumes também contêm

agentes antioxidantes, tais como as vitaminas C, E. (GONÇALVES, 2015).

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Page 15: ôMega 3 na prevenção do alzeimer

A dieta desempenha um papel crucial na prevenção das doenças crônicas

relacionadas com a idade. Os compostos bioativos como antioxidantes, principalmente

contidos em frutas e verduras, são importantes para a proteção contra o estresse

oxidativo e nitrosativo. Esses processos têm sido associados ao próprio envelhecimento

e fisiopatologia do declínio cognitivo e demência.

A ingestão de lipídios e antioxidantes é essencial e mais do que necessário para

que possamos ter uma dieta equilibrada e para que possamos realizar os processos

biológicos de maneira adequada. (GONÇALVES, 2015).

A deficiência de “DHA” é ocasionada pelo estresse oxidativo através dos

radicais livres que lesam as células do sistema nervoso pelos processos de peroxidação

lipídica, oxidação protéica e de DNA e aumento da produção do peptídeo amiloide

(Aβ). De fato, oxidação de proteínas, peroxidação lipídica e dano oxidativo de DNA por

erros geradas pela mitocôndria já foram atribuído ao peptídeo amilóide (Aβ) e podem

ser responsáveis pelo aumento na fibrilização. (PAMELA ZANARDO, 2014).

O consumo de DHA evita a produção de peptídeo amiloide β (Aβ), inibindo a

desorganização deste peptídeo, toxicidade, o estresse oxidativo e o declínio nas

capacidades cognitivas, com melhora do raciocínio e aprendizagem. A dieta

desempenha um papel crucial na prevenção das doenças crônicas relacionadas com a

idade.

Os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 encontrados no reino vegetal ou no óleo de peixe

de água fria são lipídeos essenciais ao crescimento e desenvolvimento dos neurônios.

(FELIPE, 2012).

É importante salientar a importância das atividades que favorecem o estímulo

das funções cognitivas. Os pacientes com problemas de alzheimer atividades variadas

que abordam diferentes áreas. É necessário atividades lúdicas, envolvendo jogos,

exercícios de atenção, exercícios com palavras, construções, música, dança e tarefas que

permitam reflexão, decisão e satisfação. (FONSECA, 2014).

As atividades respeitam o estágio da doença e os antecedentes pessoais e são

recomendadas para pessoas com Doença de Alzheimer em estágio inicial ou moderado.

Estimulação cognitiva, de orientação para realidade e de treino de habilidades

específicas são possivelmente eficazes no tratamento cognitivo de pacientes com

Doença de Alzheimer leve a moderada quando associadas a anticolinesterásico.

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Programas individualizados de atividade física são possivelmente benéficos para

a funcionalidade de pessoas com Doença de Alzheimer leve a moderada.

Vários estudos realizados demonstram que o consumo do ácido poliinsaturado

ômega 3 na dieta está correlacionado ao efeito neuroprotetor na Doença de Alzheimer.

Porém, em um estudo realizado em 2000, a recomendação do consumo de

peixes, por dia ou por semana de peixe o equivalente de 1g a 5g por dia de ômega 3.

Em 2003 foi publicado um estudo com acompanhamento de 3 a 9 anos com 815

pessoas com idade de aproximadamente entre 65 e 94 anos, onde verificou-se que 131

desencadearam a DA e que a ingestão semanal de peixe tem redução de 60% no risco da

doença de Alzheimer “DA”. No estudo de corte, houve um declínio anual dos casos de

diminuição das capacidades cognitivas em 10 % em pessoas que consomem peixe em

uma refeição e 13% em pessoas que consomem peixe em 2 refeições. (PAMELA

ZANARDO, 2014).

Num estudo laboratorial, investigou-se a associação da dieta rica em “DHA” e a

produção de Amilóides. Entretanto, em um estudo padronizado, com caso-controle,

durante 18 meses, com 60 % dos pacientes suplementados com “DHA” e 40 % houve

declínio nos sintomas da doença. Em um estudo de 9 anos, investigou-se a relação de se

desenvolver a doença de Alzheimer e o consumo de óleo de peixe, observou-se que o

consumo de óleo de peixe de duas vezes ou mais por semana diminui em 50% a

probabilidade em desencadear a doença de Alzheimer “DA”. Em 2006, foi realizado um

estudo padronizado com 204 pessoas com comprometimento leve e moderada da

doença de Alzheimer, durante 6 meses, com os seguintes resultados: em 23 pacientes

com comprometimento leve houve uma diminuição na taxa de declínio cognitivo.

Em outro estudo The Three City Cohort, realizado com 8085 indivíduos acima

de 65 anos, descobriu a função protetora do óleo de peixe, mas só em pessoas não

portadoras da apolipoproteína “Gene APOE”. (PAMELA ZANARDO, 2014).

Em um estudo piloto com duração de 24 semanas, com pacientes portadores de

comprometimento cognitivo leve (MCI) e doença de Alzheimer, foi observado que

houve melhora na cognição somente em pacientes com MCI com consumo de 1,8g de

ômega 3.

Em outros estudos participaram da pesquisa 5395 pessoas não portadoras da

doença com idade a partir de 55 anos, no período de 10 anos. Utilizou-se idade e sexo

para avaliar o risco relativo de demência e doença de Alzheimer “DA” em todas as

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categorias de consumo de peixe como salmão, sardinha e atum. Verificou-se que o

consumo total de peixes não apresentou risco de demência em relação aos participantes

que não consumiam peixes e em relação aos que consumiam peixes, o risco de

demência foi baixo.

Ocorreu apenas no grupo suplementado uma queda no volume cerebral em

média 24, centímetros comparado ao grupo placebo (24 centímetros), e a taxa de atrofia

cerebral não foi afetada no grupo de suplementação de “DHA” e placebo 2010).Outro

estudo com 1.219 pessoas com mais de 65 anos de idade, não portadores de demência,

observou que durante 1 ano e 2 meses os níveis sanguíneos A e o risco de DA foi

reduzido com a ingestão de pelo menos 1g e 3g por dia de ômega 3. (PAMELA

ZANARDO, 2014).

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6. Conclusões

Estilo de vida que pode muito ajuda a impedir que nunca desenvolva a doença

de Alzheimer ou seja a prevenção, realizar exercícios moderados durante a meia-idade,

tem uma diminuição de desenvolver transtorno cognitivo leve e moderado.

O consumo do ômega 3 (EPA e DHA) possui benefícios que protegem,

as membranas cerebrais contra lesões ocasionadas pelo estresse oxidativo, idade

avançada é um grande fator na perda de memória por isso é essencial uma dieta

rica de ômega 3 saúde emocional. Ao envelhecer o individuo sofre oxidação por

está razão precisa repor através de alimentos ricos em ômega 3 ou no caso

suplementação.

A deficiência de “DHA” é ocasionada pelo estresse oxidativo causando o

desenvolvimento das demências, além disso existe a necessidade de modificar o estilo

de vida e os maus hábitos impostos pela rotina da vida moderna.

É importante salientar a importância das atividades que favorecem o estímulo

das funções cognitivas. Fatores importantes para previnir a doença além de atividades

físicas e jogos, palavras cruzadas que ative a memória.

Uma vez que existem evidências suficientes que permitam efetuar

recomendações nutricionais específicas para prevenir a DA, com base nos estudos

realizados recomendações seguras, que beneficiem o estado de saúde geral dos idosos e

previnam outras doenças, devem ser seguidas isto é uma alimentação saudável e

equilibrada, rica em frutas e hortícolas, ingestão frequentes de peixe particularmente

peixe ricos em ômega 3.

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7. Referências Bibliográficas

AIRES, JOSÉ LUIZ FERRAZ, disciplina de Bioquímica ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA

3 E ÔMEGA 6: IMPORTÂNCIA NO METABOLISMO E NA NUTRIÇÃO, 2005.

Associação Brasileira de Alzheimer. A pesquisa o que é o alzhaeimer. Disponível em:

http://abraz.org.br/sobre-Alzheimer/o-que-e-Alzheimer. Acesso: 15 Outubro, 2015.

BERTOLUCCI PAULO. Doença de Alzheimer. Disponível em:

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