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Orientação Prática Jurídica IV Adriana S. Ribeiro EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___________ PROCESSO: 222/02 MARCELO PIRES, devidamente qualificado nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE que lhe move MÁRCIO JOSÉ, por intermédio do seu procurador que 1

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Page 1: contrarrazões da apelação

Orientação Prática Jurídica IVAdriana S. Ribeiro

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 5ª VARA CÍVEL DA

COMARCA DE ___________

PROCESSO: 222/02

MARCELO PIRES, devidamente qualificado

nos autos da AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE que lhe move MÁRCIO

JOSÉ, por intermédio do seu procurador que a esta subscreve (em anexo

procuração, doc. 1), vem respeitosamente perante VOSSA EXCELÊNCIA

apresentar suas CONTRARRAZÕES DA APELAÇÃO, nos termos do art. 518

e seguintes do Código de Processo Civil e pelas razões em anexo:

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Orientação Prática Jurídica IVAdriana S. Ribeiro

Nestes Termos

Pede Deferimento,

Local, Data

____________________________

Advogado:

OAB número: __________/Seção:____

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CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

APELANTE: MÁRCIO JOSÉ

APELADO: MARCELO PIRES

PROCESSO: 222/02 DA 5ª VARA CIVEL DA COMARCA DE __________

EGRÉGIO TRIBUNAL

COLENDA CÂMARA

SÍNTESE

Foi proposta Ação de Reintegração de

Posse pelo Apelante com a finalidade de recuperar a posse de um imóvel dado

em comodato pelo seu falecido genitor ao Apelado conforme consta em

Contrato de Comodato (em anexo, doc. 2)

Em seguida, em juízo a parte contrária

juntou o referido contrato, que possuía prazo de 2 anos, que se encontrava

vencido desde a época do ajuizamento, além da notificação extra judicial

solicitando a desocupação voluntária do imóvel.

Em sede de Liminar requerida pelo

Apelante para a desocupação do imóvel, esta por sua vez, foi indeferida pelo

Meritíssimo juízo “a quo”.

Posteriormente, foi interposto Agravo de

Instrumento, que aliás, também foi indeferido pelo Egrégio Tribunal.

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Page 4: contrarrazões da apelação

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Realizou-se a Contestação, e em audiência

de instrução e julgamento devidamente designada colheu-se o depoimento

pessoal das partes e a oitiva de testemunhas. As partes apresentaram

Alegações finais, vindo na seqüência a prolação da sentença que culminou

pela improcedência da ação com base na falta de prova de que o Apelante não

era possuidor do imóvel em questão.

Por estar inconformado com a decisão

proferida na ação, o Apelante interpôs recurso de apelação, fato este, que

motivou a Apelado apresentar tempestivamente no mesmo prazo as

contrarrazões da Apelação. E, requerendo, portanto, que seja mantido à

sentença como se passa a demonstrar a seguir:

DO DIREITO

Não resta dúvida de que o objeto de

inconformismo em análise não se justifica, para que se requeira a reforma da

sentença proferida pelo juízo “a quo”, conforme pretende o Apelante.

Haja vista, que para fazer jus à liminar de

reintegração de posse é necessário que o esbulho ou a turbação ocorra antes

de um ano e dia, e conforme é apresentado em cópia do contrato de comodato

em anexo (doc. 2), a posse do Apelado é superior a dois anos, pois o mesmo já

se encontrava vencido no período do ajuizamento da ação. Sendo assim,

preceitua o art. 924 do Código de Processo Civil:

Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório.

No tocante, a retomada da posse da

propriedade pelo Apelante, demonstra-se infundada a pretensão, pois o

mesmo, jamais a teve ou demonstrou interesse em atender a função da

propriedade, como assim determina a Constituição da República Federativa do

Brasil, em seu art. 5°, em seu inciso XXIII “A propriedade atenderá a sua

função social”

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Orientação Prática Jurídica IVAdriana S. Ribeiro

Cabe ressalta, que nem mesmo a época em

que seu genitor ainda se encontrava em vida, ocupou ou deu alguma

destinação ao imóvel, fato este que resultou na celebração do Contrato de

Comodato, e que foi devidamente demonstrado em audiência de instrução e

julgamento segundo relato de depoimento de testemunhas.

Assim é considerado possuidor aquele que

de fato exerce de modo pleno ou não alguns dos poderes da propriedade,

assim, prevê o art. 1196 do Código Civil: “Considera-se possuidor todo aquele que

tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

E mais,

Considera-se possuidor todo aquele que tem de

fato o exercício, pleno ou não, de algum dos

poderes inerentes à propriedade.

Fica claro, portanto, que o juízo que proferiu

a sentença agiu acertadamente em não reconhecer a procedência da ação,

pelo fato do Apelante não ter exercido jamais a posse do respectivo imóvel,

objeto da causa.

DO PEDIDO

Diante do exposto requer que não sejam

acolhidas as razões do inconformismo do Apelante e, como consequência, que

seja mantida a decisão recorrida, por seus próprios fundamentos e medida de

justiça.

Local, Data

________________________

Advogado:

OAB número: __________/Seção:____

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