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MANUAL DE TREINAMENTO DA CIPA EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Manual de treinamento da cip1

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Page 1: Manual de treinamento da cip1

MANUAL DE TREINAMENTO DA CIPA

EM

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Page 2: Manual de treinamento da cip1

Este manual foi formulado para treinamento dos integrantes

da CIPA (Titulares, Suplentes e Designados) conforme a

legislação do MTE Nr 05, item 5.33, com conhecimentos

atualizados nas áreas de Investigação, Analise,

Reconhecimento, Controle e Monitoramento das principais

problemáticas que envolvem a Saúde e Segurança dos

Trabalhadores de um modo Geral.

Page 3: Manual de treinamento da cip1

Conteúdos

CIPA Segurança do Trabalho

Introdução

Problemática

Desafio 1 - Acidentes e Acidentes de Trabalho

Introdução ao Desafio 1

Introdução

Características

Causas e conseqüências Doença ocupacional Gerenciamento de Risco

Resumo

Desafio 2 - Riscos Ambientais e Prevenções

Introdução ao Desafio 2

Introdução

Classificação dos agentes Agentes físicos Agentes químicos Agentes biológicos Riscos ergonômicos Riscos mecânicos Resumo

Desafio 3 - Organização do Local de Trabalho

Introdução ao Desafio 3

Introdução

Iluminação

Transporte e armazenamento de materiais

Sinalização de segurança

Pisos e escadas

Page 4: Manual de treinamento da cip1

Resumo

Desafio 4 - Princípios de Higiene e Saúde pessoal e Ambiental

Introdução ao Desafio 4

Princípios de Higiene e Saúde Pessoal Princípios de Higiene Industrial Riscos ambientais Resumo

Desafio 5 - Normas Regulamentadoras

Introdução ao Desafio 5

CIPA

Mapa de risco

Outras NRs Resumo

Desafio 6 - Prevenção e Combate a Incêndio

Introdução ao Desafio 6

Fogo

Princípios básicos Métodos de extinção de incêndios

Classificação dos incêndios

Providência em caso de incêndio

Resumo

Page 5: Manual de treinamento da cip1

Desafio 7 - Equipamentos de Proteção

Introdução ao Desafio 7

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Controle e conservação dos EPI’s

Controle de fornecimento de EPI’s

Limpeza de EPI’s Resumo

Desafio 8 - Primeiros Socorros

Introdução ao Desafio 8

Introdução

Parada respiratória

Parada cardíaca

Hemorragias

Controlando a hemorragia externa

Queimaduras Transporte de acidentados 1/2

Transporte de acidentados 2/2

Resumo

Exercício de Passagem

Fechamento

Referências

Page 6: Manual de treinamento da cip1

Introdução

Bem vindo ao treinamento de CIPA Segurança do Trabalho!

Nos dias de hoje é fundamental para os componentes das CIPAs,

saber garantir a Saúde e Segurança dos colaboradores nos diversos

ambientes de trabalho. Isso não permite só uma melhor e maior

produtividade como também aumenta e melhora os padrões de vida

dos colaboradores das empresas.

Nessa perspectiva os integrantes da CIPA devem possuir o Maximo

de conhecimento possível para assim poderem gerenciar, analisar,

minimizar e até eliminar os riscos presente nos ambientes de

trabalho, alem de como organizar a empresa e em caso de

acidentes saber prestar os primeiro socorros e conseguir lidar com

as mais diversas situações.

Neste Manual você vai aprender as medidas de proteção e controle

relacionados à saúde e segurança, individual e coletiva nos

ambientes de trabalho e conhecer as medidas materiais e humanas

de um modo geral para o desenvolvimento das atividades laborais

nos diversos ambientes de trabalho.

Page 7: Manual de treinamento da cip1

Problemática

João trabalha em uma oficina mecânica totalmente desorganizada. A

arrumação, o depósito de materiais, as proteções das partes rotativas de

algumas máquinas, a limpeza, a organização e os equipamentos de proteção

contra incêndio praticamente não existem. O ambiente não tem sinalização e

está cheio de objetos espalhados pelo chão.

João acreditava que nada poderia acontecer, até o dia em que estava

carregando umas caixas e tropeçou!

Aquele acidente desencadeou uma série de conseqüências, gerando a maior

confusão.

Page 8: Manual de treinamento da cip1

João ao tropeçar nos objetos que estavam espalhados no chão, lançou as

caixas sobre uma pilha de tambores com líquidos inflamáveis. Seu colega que

estava fumando naquele local derrubou o cigarro acesso sobre o líquido e

imediatamente começou a pegar fogo!

Os demais trabalhadores começaram a ficar nervosos com a situação e uma

série de outros acidentes começaram a ocorrer.

Agora que você já viu os problemas ocorridos na oficina de Pedro, está na hora de resolver os desafios. Vamos lá?

Page 9: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

1/6

Introdução

Como você pôde ver, João tropeçou e caiu, causando a maior confusão e um

grave acidente na oficina onde trabalha. Será que esse acidente poderia ter

sido evitado? Mas o que é acidente?

Para responder a essas e outras perguntas, você vai saber o que são

acidentes e suas características no ambiente de trabalho, bem como a melhor

forma de evitá-los. Vamos lá?

Page 10: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

2/6

Introdução

Um acidente pode ser definido como um acontecimento imprevisto, casual ou

não, que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína etc. Nesse

sentido, é muito importante observar que um acidente não é simples obra do

acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras palavras:

acidentes podem ser previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados!

No ambiente de trabalho, pode ocorrer o mesmo. Hoje, cada vez mais pessoas

deixam o serviço por conta de acidentes de trabalho que, com a mínima

atenção e cuidado, poderiam ter sido evitados. Mas o conceito de acidente é

igual ao de acidente de trabalho?

Não. De acordo com a Lei 8213/91, Art. 19 da Legislação de Direito

Previdenciário e com o Decreto nº 611/92 de 21 de julho de 1992, do Ministério

da Previdência e Assistência Social; acidente de trabalho é aquele que

ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício

do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que cause a morte do trabalhador, a perda ou

redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho

(invalidez).

Quer saber um pouco mais sobre acidente de trabalho? Vamos lá!

Page 11: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

3/6

Características

Como vimos, acidente do trabalho é toda ocorrência não programada, não

desejada, que pode resultar em danos físicos e/ou funcionais para o

trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa e ao meio ambiente.

Existem diversos tipos de acidente de trabalho, conforme segue abaixo:

Com lesão: deixa marcas nas vítimas provocadas pelos ferimentos;

Sem lesão: não promove nenhum tipo de lesão na vítima;

Incapacidade permanente total: a vítima fica totalmente inválida para o

trabalho;

Incapacidade permanente parcial: a vítima tem uma perda parcial da

capacidade para o trabalho. Ex.: A perda de um dedo ou de uma vista;

Acidente com morte: falecimento em função do acidente de trabalho;

Acidente típico: aquele decorrente da característica da atividade

profissional desempenhada pelo acidentado;

De trajeto: ocorrem durante o deslocamento da vítima de casa para o

trabalho ou vice-versa;

Acidente fora do local e da hora do trabalho: na execução de ordem

ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; na prestação

espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou

proporcionar proveito;

Com perda de materiais: todo acidente que envolve uma perda

material que não envolve pessoas. Ex.: Queda de uma esmerilhadeira

de um andaime sobre o piso de concreto.

Page 12: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

4/6

Causas e conseqüências Diversos fatores podem provocar acidentes de trabalho como falta de

manutenção do maquinário, não utilização de equipamentos de segurança e

até mesmo falta de organização. No entanto, as causas desses tipos de

acidentes podem ser classificadas em três grupos principais: ato abaixo do

padrão, condição abaixo do padrão e fator pessoal de insegurança. Vamos

conhecer melhor cada um deles?

Ato inseguro (ato abaixo ou fora do padrão): são aqueles que

dependem das ações dos homens como fontes causadoras de

acidentes. Ex: deixar de usar equipamento de proteção individual, entrar

em áreas não permitidas e operar máquinas sem estar habilitado.

Condição insegura (condição abaixo ou fora do padrão): são as

condições físicas no ambiente de trabalho que podem gerar acidentes.

Ex: piso escorregadio, ferramentas em mau estado de conservação e

iluminação e ventilação inadequada.

Fator pessoal de insegurança: As pessoas cometem atos inseguros ou

criam condições inseguras ou colaboram para que elas continuem

existindo, pelo seu modo de agir. Ex: desconhecimento dos riscos de

acidentes, treinamento inadequado, excesso de confiança, etc.

A ocorrência dos acidentes de trabalho, independente do tipo que ele seja,

pode gerar conseqüências para a empresa, o trabalhador e a sociedade. Para

o trabalhador, por exemplo, pode causar sofrimento físico, desamparo à família

e incapacidade para o trabalho. Já a empresa pode sofrer com a perda de

faturamento, gasto com serviços médicos e perda de tempo e produtos. Quanto

à sociedade, podem existir impactos como: aumento de impostos e do custo

de vida e perda de elementos produtivos.

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2 - ATOS INSEGUROS (ato abaixo ou fora do padrão) 2.6 Roupas folgadas e Adornos As roupas folgadas, os anéis, jóias, correntinhas, pendentes e relógios são extremamente perigosos, para quem trabalha em máquinas, podendo enroscar em qualquer saliência e com isso levá-lo a movimentos bruscos ou ser arrastado contra os cilindros/peças em movimento. Outras causas que podem acarretar o mesmo tipo de acidente são os panos para limpeza, ferramentas e outros matériais, que são colocados nos bolsos e cintura. Os operadores de máquinas não devem usar as mangas longas ou folgadas nos punhos, como também as sobras da camisa na cintura.

2.7 Treinamento para Operadores de Máquinas O treinamento aos novos colegas, que irão operar máquinas, é muito importante para a segurança do operador e colegas, como também para o próprio equipamento. Esse treinamento deve ser ministrado pelos operadores mais antigos, com grande conhecimento operacional, enfocando principalmente, todos os itens que envolvam a prevenção de acidentes. Todos os colegas que não trabalham numa impressora, não devem permanecer no local, pois podem se envolver ou provocar algum acidente. Não opere máquinas/equipamentos, se não tiver conhecimento necessário. Qualquer dúvida que tenha do correto funcionamento da máquina/equipamento, consulte sempre um operador mais antigo ou sua chefia.

2.8 Ferramentas e Dispositivos Manuais Todas as ferramentas e dispositivos manuais, se desgastam com o constante manuseio e para tanto, devem ser inspecionados freqüentemente verificando o desgaste e defeitos. Caso necessário, deverá trocá-los imediatamente. Qualquer tipo de improvisação no uso de suas ferramentas e dispositivos manuais, podem se tornar perigosos, se as mesmas forem utilizadas para outras finalidades a que elas se destinam. Por isso, certifique-se que está usando a ferramenta correta. Por exemplo, não use alicate como martelo ou como chave fixa, chave de fenda como alavanca, etc. Conserve-as em boas condições e guarde-as ordenadamente em local seguro, não carregando-as no bolso, especialmente as ferramentas cortantes.

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2.9 Postura Inadequada A postura mais adequada para a execução de uma determinada tarefa é aquela em que você se sinta mais cômoda possível. Isso lhe trará um rendimento maior no trabalho e menor desgaste de energia, isto é, o seu cansaço será menor. Essa postura correta, implicará em alguns benefícios, tais como, redução no risco de acidentes do trabalho e menor possibilidade de adquirir uma doença profissional.

2.10 Conduta Pessoal A cortesia, o respeito e a colaboração aos colegas de trabalho, contribuem para o bom andamento do serviço e prevenção de acidentes. As brincadeiras, durante o trabalho, são muito perigosas, pois podem provocar acidentes graves, além de brigas e discussões entre colegas. Portanto, como regra geral, deve-se evitar qualquer tipo de brincadeira no ambiente de trabalho. Também deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, antes e durante a jornada de trabalho, pois altera os seus reflexos, predispondo-o a acidentes.

3 – CONDIÇÕES INSEGURAS (condição abaixo ou fora do padrão)

3.1 Prevenção

Quando operar máquinas / equipamentos, procure se certificar de que todas as situações de riscos de acidentes foram analisadas e eliminadas. Verifique se todas Condições Inseguras existentes na máquina / equipamento foram sanadas. Caso contrário, procure a sua chefia. Para manusear impressoras de alta velocidade ou qualquer outro equipamento, o operador tem que estar em perfeitas condições mentais e boa integridade física, pois necessita maior atenção e cuidados.

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3.2 Ordem, Organização e Limpeza

Um fator muito importante na Prevenção de Acidentes é a manutenção do nosso local de trabalho na mais perfeita Ordem, Organização e Limpeza, que representam a base de segurança. O trabalho será mais fácil e seguro se o ambiente estiver em ordem. Ordem – arrumar todos os seus materiais, de maneira que quando precise seja de fácil localização. Organização – separar os materiais importantes e eliminar/transferir os desnecessários. Limpeza – manter tudo sempre limpo, eliminando os lixos e sujeiras. O piso deve ser mantido limpo de qualquer substância que posa torná-lo escorregadio. Enxugue imediatamente os líquidos derramados. Lembre-se que além de manter a ordem, organização e limpeza no seu local de trabalho, as saídas de emergência e os corredores de circulação deverão se encontrar livres.

3.3 Líquidos Inflamáveis

O armazenamento de líquidos inflamáveis, como tintas e solventes, devem ficar em áreas totalmente isoladas de outros, com materiais diferentes e em tambores fechados. Nas áreas de impressão, todos os panos/estopas com resíduos de solventes, devem ser mantidos em latas metálicas, com tampas, a fim de se evitar a evaporação de solventes para o ambiente. Quando se encontrar exposto aos líquidos inflamáveis, deve-se tomar todos os cuidados necessários, usando os Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) exigidos e proibir o fumo nesses locais.

3.4 Ventilação

O ambiente deve estar sempre bem ventilado e arejado em todas as áreas da empresa e principalmente, no local onde se encontram as impressoras.

Page 16: Manual de treinamento da cip1

Fator pessoal de insegurança (perfil psicológico fora ou abaixo do padrão)

As pessoas cometem atos inseguros ou criam condições inseguras ou

colaboram para que elas continuem existindo, pelo seu modo de agir ou

por possuírem muitas das vezes problemas de estresse emocional ou

perfil psicológico fora do padrão ou abaixo dos padrões exigidos para

certas atividades. Ex: desconhecimento dos riscos de acidentes,

treinamento inadequado, excesso de confiança, estresse emocional

ocasionado por problemas pessoais, etc.

Para que se evite estes tipos de problemas o RH junto com a CIPA deve

estar sempre criando diálogos e pesquisas comportamentais na

empresa para se descobrir se existem pessoas com perfis psicológicos

fora ou abaixo dos padrões aceitáveis para exercer suas atividades

diárias,pois o dialogo é fundamental na solução de problemas

relacionados a fatores pessoais.

Page 17: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

5/6

Doença ocupacional

A doença ocupacional está diretamente ligada à modificação na saúde do

trabalhador por causa da atividade desempenhada por ele ou da condição de

trabalho às quais ele está submetido. Dessa forma, ela pode ser classificada

como Doença Profissional ou Doença do Trabalho.

A Doença Profissional é a modificação na saúde do trabalhador,

desencadeada pelo exercício da sua atividade profissional. Por exemplo,

um motorista de caçamba que fica com um problema de coluna por causa de

problemas de postura ao conduzir o veículo.

A Doença do Trabalho é a modificação na saúde do trabalhador,

desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é

realizado e com ele se relaciona diretamente. Por exemplo, um motorista de

caminhão que adquire um problema respiratório, porque trabalha em uma

mineradora e acaba respirando muita poeira.

Page 18: Manual de treinamento da cip1

Investigação de incidente/Acidente

A CIPA deve participar dos vários aspectos relacionados com o estudo dos acidentes, preocupando-se em analisá-los e elaborando relatórios, registros, comunicações e sugestões entre outras providências. O estudo dos acidentes não deve limitar-se àqueles considerados graves. Pequenos acidentes podem revelar riscos grandes; acidentes sem lesão podem transformar-se em ocorrências com vitimas. A CIPA deve investir na identificação de perigos que parecem sem gravidade, mas que poderão tornar-se fontes de acidentes graves. A análise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma visão mais correta sobre as condições de trabalho da empresa com indicações sobre os tipos de acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, medindo a gravidade das conseqüências e revelando os setores que necessitam de maior atenção da CIPA e do SESMT.

DEFINIÇÕES Acidente: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa

(dentro ou fora dos limites da empresa), provocando lesão corporal,

perturbação funcional, morte perda ou redução permanente ou temporária da

capacidade de trabalho,segundo a previdência social.

Incidente: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da

empresa (dentro ou fora dos limites da empresa), envolvendo apenas danos

materiais devem também ser investigados.

Page 19: Manual de treinamento da cip1

PROCEDIMENTO

Uma investigação de acidente/incidente é uma compilação de dados e

informações obtidas através do exame detalhado de um acidente/incidente.

É responsabilidade do Gerente da Área coordenar a Investigação de

Acidente/Incidente, convocando todas as pessoas necessárias, coletando

todas as informações necessárias e preenchendo da maneira mais completa e

correta possível o Comunicado Interno de Incidente/Acidente (parte referente à

investigação).

Durante a investigação do acidente, devem-se tomar alguns cuidados básicos:

- Isolar o lugar do acidente

- Preservar as evidências para um exame posterior ou de - Especialista - Identificar e registrar os elementos de evidência presentes na cena, no momento do acidente − Faça com que o acidentado se sinta à vontade − Se possível, conduza a investigação no local do acidente − Permita que o acidentado descreva a sua versão do acidente (Não interrompa a sua descrição) − Pergunte tudo o que for necessário − Repita a versão do acidentado para checar que você a entendeu − Termine a investigação com um comentário positivo, discutindo possíveis planos de ação. Toda investigação de acidente deve ser realizada o mais rapidamente possível, para se aproveitar que os detalhes estejam “claros” na memória. Recomenda-se um prazo máximo de 48 horas (para finais de semana). Observação: Todo Acidente deve ser reportado (via telefone, correio eletrônico, etc.) ao Gerente de Operações e ao Gerente da Empresa até no máximo 24 horas depois de sucedido. 4. DESCRIÇÃO DO INCIDENTE/ACIDENTE Deve-se tentar descrever o incidente/acidente da maneira mais precisa possível, indicando QUEM, O QUE, COMO, QUANDO e ONDE. A descrição do acidente/incidente “NÃO é uma simples repetição do que foi dito pelo acidentado”. Deve-se descrever também os tipos de ferramentas ou equipamentos, materiais e produtos químicos envolvidos.

Page 20: Manual de treinamento da cip1

5. CAUSAS BÁSICAS As causas básicas são definidas como a origem dos incidente/acidentes. É também o ponto que deve ser eliminado para que se possa evitar a repetição do mesmo tipo de incidente/acidente. As causas básicas mais comuns são descritas abaixo: a) Falta de Conhecimento ou Treinamento Inadequado O funcionário não tem a habilidade ou conhecimento para executar o trabalho com segurança. Exemplos: − Pessoa dirigindo empilhadeira sem ter recebido treinamento − Pessoa operando máquinas sem ter sido treinada. b) Cargo Inadequado do Funcionário O funcionário não é capaz de fazer o trabalho com segurança por faltar-lhe condições físicas ou emocionais. Exemplo: − Operador de empilhadeira com problemas auditivos ou visuais − Pessoa com problemas de coluna levantando carga excessiva c) Práticas Seguras Não Cumpridas As práticas seguras existem, mas não são seguidas. Exemplos: − Colocar as mãos em máquinas em movimento − Fumar em local com sinalização de Proibido Fumar d) Projeto Inadequado (Engenharia) O projeto de um equipamento ou área de trabalho não considerou itens de segurança ou fatores humanos (ergonômicos). Exemplos: − Guarda de proteção inadequada ou ausente − O funcionário torceu o pé, pois tem que descer a cada minuto um degrau de 50 cm. e) EPI Inadequado Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) não foram fornecidos ou são inadequados. Exemplos: − Luvas de pano para manusear produtos corrosivos − Capacetes de alumínio para eletricistas f) Inspeção/Manutenção Inadequada Equipamentos críticos ou de proteção não são bem mantidos ou as inspeções são ineficazes. Exemplos: − Guardas de proteção em estado precário − Empilhadeiras sem freio

Page 21: Manual de treinamento da cip1

− Máquinas com fios elétricos descascados g) Compra Inadequada ou Inferior Não existe um sistema para assegurar que os equipamentos/materiais comprados cumpram sua função com segurança. Exemplos: − Cabos de aço de qualidade inferior quebraram e causaram um ferimento no pé de um funcionário. h) Recompensa Inadequada (Incentivar Insegurança) O sistema de recompensa e reconhecimento não incentiva formas seguras de trabalho. Exemplos: − O funcionário estava com pressa de terminar uma manutenção e acabou se machucando com uma ferramenta. i) Método Inseguro O procedimento adotado como correto mostra uma falha que pode levar a incidentes/acidentes. Exemplos: − O procedimento indica o uso de uma chave de boca e o funcionário se machuca ao utilizá-la; a chave mais segura para aquele tipo de trabalho seria uma chave estrela. A investigação e análise compõem-se de: Relatório de Investigação e Análise de Acidentes - Registro da descrição, características e causas (vide Anexo B da NBR 14.280); Comunicação de Acidentes do Trabalho - CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho feito pela empresa. Ver a nova versão (26/02/99) da CAT veja no site da previdência social. Cadastro de Acidentado - Registro para elaboração de estatísticas junto ao INSS.

Page 22: Manual de treinamento da cip1

Segundo a NBR 14.280, da ABNT, terminologia: Lesão Pessoal: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqüência de acidente de trabalho. Natureza da Lesão: Expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais (Exemplos: escoriação, luxação, fratura, asfixia, distensão, queimadura, afogamento, estrangulamento, ferimento, contusão, efeito imediato de radiação). Localização da Lesão: Indicação da sede da lesão (Exemplos: cabeça, olho, face, testa, tronco, ombro, membros superiores, dedo, mão, membros inferiores, joelho, perna, pé). Lesão Imediata: Lesão que se manifesta no momento do acidente. Lesão Mediata (lesão tardia): Lesão que se manifesta após o acidente. Doença do Trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa, capaz de provocar lesão por ação mediata. Doença Profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante em relação oficial (Exemplos: Surdez, Pneumoconiose, Asbestose, DORT, etc.). Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independente do tempo decorrido desde a lesão.

Page 23: Manual de treinamento da cip1

Tratamento Estatístico Para um estudo mais cuidadoso a respeito de acidentes é necessário juntar dados e colocá-los em condições de se prestarem a comparações destinadas a acompanhar a evolução dos problemas relativos a acidentes. Esses dados são as estatísticas. Antes, porém, é necessário que se tenha as definições do que são dias perdidos e dias debitados, para que se possam fazer os cálculos estatísticos. Os cálculos, no Brasil, são feitos segundo dados e fórmulas presentes na norma NBR-14.280: Cadastro de Acidentes do Trabalho – Procedimento e Classificação, da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Definições Dias perdidos Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho. Dias debitados Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles representam uma perda, um prejuízo econômico, que tem por cálculo base uma média de vida ativa do trabalhador,calculada em vinte anos ou 6.000 seis mil dias.

Cálculos dos Acidentes de Trabalho

Incidência Cumulativa (IC): A Incidência Cumulativa constitui-se na estimativa do risco de um individuo acidentar-se em determinada população e em determinado intervalo de tempo: IC = I N I = Número de acidentes do trabalho ocorridos N = Número de trabalhadores expostos no início do estudo, em determinado intervalo de tempo. Exemplo: Em uma fábrica de vidro com 1200 funcionários no ano de 2006 ocorreram 10 acidentes do trabalho: IC = 10 = 0,0083 ou 0,83 % ao ano 1200

Page 24: Manual de treinamento da cip1

Densidade de Incidência (DI):

Constitui-se em um indicador mais acurado, pois no denominador considera o número de horas trabalhadas e a “entrada” e “saída” da população trabalhadora investigada: DI = Número de acidentes do trabalho x 100.000 ou 1.000.000 Número de horas homens trabalhadas A dinâmica da população trabalhadora em estudo, no intervalo de tempo considerado é levada em conta para obtenção do denominador. O trabalhador demitido, ou o tempo de afastamento dos acidentados deixam de contribuir para o denominador em termos de horas-homem trabalhadas. A densidade de incidência reflete a velocidade com que parte da população estudada acidenta-se. Neste cálculo quando não se tem a exatidão das horas trabalhadas pode-se considerar a jornada semanal de 44h da legislação e o total de 4,5 semanas ao mês para estimar o cálculo das horas trabalhadas. Coeficiente de Mortalidade por Acidente de Trabalho (CMAT): O coeficiente de mortalidade por acidente do trabalho é obtido por: CMAT = Número de óbitos por acidentes do trabalho População trabalhadora exposta (número médio) Coeficiente de Letalidade: É um indicador que mede a capacidade de um agravo a saúde levar a óbito: Letalidade = Número acidentes fatais Número de acidentes ocorridos

Em ambos os casos deve ser considerado um determinado período de

tempo.

Page 25: Manual de treinamento da cip1

Coeficiente de Gravidade: O objetivo deste coeficiente é permitir avaliação da Gravidade das perdas acarretadas pelos acidentes de trabalho: CG = Número de dias perdidos por acidentes do trabalho + Nº de dias debitados Horas-Homens de exposição ao risco Para não trabalhar com números pequenos multiplica-se o quociente obtido por 100.000(ou por 1.000.000), obtendo-se o número de dias perdidos por 100.000 horas-homens trabalhadas. Os dias debitados só aparecem quando o acidente resulta morte ou incapacidade total ou permanente ou incapacidade parcial permanente. Nesses casos, é preciso consultar a tabela especial para o cálculo dos dias debitados segundo a natureza das lesões. Exemplo:

Se numa indústria houve trinta ( 30 ) dias perdidos com acidentes, em um mês com 100.000 homens – horas - trabalhadas, o CG será calculado da seguinte forma: CG = 30 X 1.000.000 = 300 100.000 Seriam 300 dias perdidos em 1.000.000 (um milhão) de horas trabalhadas. 2) Se em um dos acidentes ocorreu uma lesão que provocou uma incapacidade parcial permanente com 300 ( trezentos ) dias debitados, o cálculo passará a ser este: CG = 330 X 1.000.000 = 3.300 100.000

Obs.: Deve ser expressa em números inteiros.

Page 26: Manual de treinamento da cip1

Taxa de Freqüência: Representa o número de acidentados, com perda de tempo, que podem ocorrer em cada milhão de homens – horas - trabalhadas. A fórmula é a seguinte: Número de acidentados com perda de tempo X 1.000.000 Horas-Homens de exposição ao risco Ex.: Se numa fábrica houve em um mês 5 acidentes com perda de tempo e nesse mês foram trabalhadas 100.000 ( cem mil ) horas, o cálculo será feito da seguinte maneira: TF = 5 x 1.000.000 = 50,00 100.000 A Taxa de Freqüência será 50,00. A multiplicação por um milhão se presta a tornar possível a comparação das Taxas de Freqüência entre departamentos de uma mesma empresa, entre empresas diferentes e mesmo entre empresas de países diversos desde que usem o mesmo sistema de cálculo.

Obs.: Deve ser expressa com aproximação de centésimos.

Todos os cálculos aqui apresentados devem ser realizados em conjunto, ou

seja, SESMT e CIPA pode-se também com o apoio do RH e Administração

serem realizados cálculos de estudo dos acidentes com perdas materiais para

assim se ter uma noção das perdas matérias que envolvem os acidentes de

trabalho, pois todo o tipo de acidente que gera qualquer tipo de perda deve ser

estudado para que não venham a ocorrer novamente.

Page 27: Manual de treinamento da cip1

A CIPA, SESMT e a GERENCIA são responsáveis solidários nas investigações

de Acidentes/Incidentes, pois atuando juntos conseguem chegar às causas

principais que levaram a ocorrência de sinistros, a CIPA obtendo a colaboração

dos trabalhadores no local do acidente o SESMT com suas habilidades

técnicas na análise e investigação e a GERENCIA com os recursos financeiros

relacionados a gastos gerados pela investigação, com a união destas três

forças conseguiremos reduzir os acidentes de trabalho e os óbitos que vem

ocorrendo nas empresas, diversas vidas serão salvas e famílias não perderão

chefes e donas de casas e nem filhos e esposas perderão seus parentes

queridos.

Page 28: Manual de treinamento da cip1

FLUXOGRAMA DE COMUNICADO INTERNO DE

ACIDENTE/INCIDENTE

Page 29: Manual de treinamento da cip1

Modelo de relatório de Investigação de Incidentes/Acidentes

Page 30: Manual de treinamento da cip1
Page 31: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

6/6

Gerenciamento de Risco

Para controlar a ocorrência de acidentes de trabalho e, dessa forma, preservar

a saúde dos funcionários e, conseqüentemente, a produtividade da empresa; é

necessário fazer o gerenciamento de risco. Esse tipo de gerenciamento visa à

identificação e avaliação de todos os perigos atuais e futuros ocorridos no

ambiente de trabalho.

Atualmente, diversas técnicas de identificação de perigos e avaliações de

riscos são utilizadas em todo o mundo. As mais conhecidas são:

Análise preliminar de riscos (APR);

Hazard and Operability Studies (HAZOP);

Análise da Árvore de Falhas (AAF).

Análise do Modo de Falha e Efeito (FMEA).

Essas metodologias vão auxiliar a descobrir que tipo de riscos o funcionário da

empresa corre no ambiente de trabalho, bem como o que fazer para eliminar

esses riscos e diminuir as possíveis situações de perigo.

A identificação de perigo e a avaliação de riscos são de fundamental

importância para a empresa, pois, se mal feitas, todas as ações decorrentes

serão realizadas de forma inadequada ou incompleta. E isso pode significar

perdas materiais e/ou pessoais.

APR AAF

FMEA HAZOP

Page 32: Manual de treinamento da cip1

Modelos de Planilhas para Gerenciamento de Riscos

Reg

istr

o

Fontes de Risco

PossíveisFalhas

Efeitos

Req

uis

ito

s

Pro

bab

ilid

ade

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Oco

rrên

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Dan

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Sev

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D

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Pri

ori

dad

e

de

Açã

o Orientações

Res

po

nsá

vel

Tempo Provável

de Execução

Registro Fotográfico da Área de Execução da Atividade e Maquinário Envolvido

ANTES DEPOIS

089/

2010

O ProdutoPerigoso

o Maquinário envolvido

e a Atividade.

Falhas de Planejamento , Operação e Maquinário com defeito ou inadequado.

Perdas:MateriaisPessoaisAmbientais eSociais(Produtos,Lesões e Óbitos,Contaminação da Flora e da Fauna e Danos a Sociedade)

Pla

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Todos os envolvidos na Atividade deverão participar do Planejamento e deverá ser realizada a verificação do Maquinário envolvido pela equipe de Manutenção Mecânica. F

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T

02:00 HORAS

Planilha de Gerenciamento de Riscos nas Atividades de Transporte e Movimentação de Cargas

Empresa: DOCAS/RJ Tipo de Máquina ou Equipamento: LHM 600 Guindaste Móvel Portuário Setor: CAPATAZIA Tipo de produto: PERIGOSO(URÂNIO-RADIOATIVO)Tipo de ambiente: EMBARCAÇÃO/CAIS Responsável pela equipe envolvida: FERNANDO SILVA ENG. NUCLEAR

Responsável pela Operação da Máquina ou Equipamento: PAULO ANTUNES

Page 33: Manual de treinamento da cip1

Estas planilhas são de extrema importância para o gerenciamento de Riscos

nas empresas, elas devem ser confeccionadas com informações reais das

atividades a serem realizadas no dia a dia, ou seja, são planilhas que devem

conter as informações de campo, assim sendo a CIPA tem fundamental

importância na implantação deste sistema nas empresas já que por ser

formada por colaboradores possui total conhecimento técnico das atividades

que serão realizadas.

A união entre Gerencia, RH, Chefias Diretas, CIPA e SESMT são a melhor

ferramenta para o Gerenciamento de Riscos nas empresas, somente com essa

união conseguiremos reduzir os acidentes nos ambientes de trabalho.

Page 34: Manual de treinamento da cip1

Acidentes e Acidente de trabalho

Resumo

Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço

da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte do

trabalhador, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade

para o trabalho (invalidez). É muito importante observar que um acidente não é

simples obra do acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras

palavras: acidentes podem ser previstos.

E, se podem ser previstos, podem ser evitados!

Page 35: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

1/8

Introdução

Sabendo de tudo que aconteceu com João e seus colegas de trabalho na

oficina, nesta unidade, você vai precisar identificar que tipo de riscos ele correu

ao circular pelo local sem atender às medidas de segurança e o que ele

precisaria fazer para evitar os acidentes.

Para isso, é necessário que você aprenda a identificar os riscos de uma tarefa;

perceba a possibilidade de existência desses riscos; quantifique-os e, por fim,

aprenda como minimizá-los e eliminá-los do local.

Mas o que são riscos? Que tipo de coisas podem causar acidentes como o

sofrido por João e os colegas de trabalho na oficina?

Page 36: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

2/8

De acordo com o minidicionário Houaiss, o termo risco significa probabilidade

de perigo ou probabilidade de insucesso. Aqui, você vai aprender um pouco

mais sobre os riscos ambientais existentes nos locais de trabalho.

Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos,

biológicos, ergonômicos e mecânicos que, a depender de sua natureza,

concentração, intensidade, freqüência ou tempo de exposição, podem

comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a

produtividade da empresa.

Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais

afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes

com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho,

que se podem ser comparadas aos acidentes do trabalho.

Os riscos ambientais são classificados segundo a sua natureza e forma com

que atuam no organismo humano. Dessa forma, podem ser físicos, químicos,

biológicos, ergonômicos e de acidentes.

Page 37: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

3/8

Classificação dos agentes

Levando em consideração a natureza dos riscos, bem como a forma como eles

atuam no organismo humano, confira exemplos de agentes que podem ser

encontrados no ambiente de trabalho.

Riscos Físicos

Riscos Químicos

Riscos Biológicos

Riscos Ergonômicos

Riscos de Acidente

Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul

Ruído

Vibrações

Radiações

Ionizantes

Radiações

não

Ionizantes

Pressões

Anormais

Temperaturas

Extremas

Umidade

Poeiras

Fumos

Vapores

Gases

Névoas

Produtos

Químicos

em Geral

Vírus

Bactérias

Fungos

Bacilos

Protozoários

Parasitas

Trabalho

Físico Pesado

Postura

Incorreta

Monotonia

Ritmo

Excessivo

Trabalhos

Noturnos

Treinamento

Inadequado/

Inexistente

Eletricidade

Animais

Peçonhentos

Iluminação

Inadequada

Arranjo Físico

Inadequado

Armazenamento

Inadequado

Probabilidade de

Incêndio ou

Explosão

Máquinas e

Equipamentos sem

Proteção

Ferramentas

Inadequadas ou

Defeituosas

Page 38: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

4/8

Agentes físicos

Os agentes de riscos físicos podem ser definidos como os diversos tipos de

energia aos quais o trabalhador é exposto durante a realização de suas

atividades. Por exemplo, uma temperatura muito baixa ou extremamente alta.

Além desse, podem ser considerados agentes físicos:

Ruído - as máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas

produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo

provocar graves prejuízos à saúde. Os principais efeitos do ruído

excessivo sobre uma pessoa pode ser a surdez total ou parcial, o stress

e/ou a redução do apetite sexual.

Vibrações mecânicas - na indústria, é comum o uso de máquinas e

equipamentos que produzem vibrações (movimentos) que podem

prejudicar o trabalhador. As vibrações podem ser localizadas ou

generalizadas

Radiações ionizantes - os operadores de aparelhos de Raios X

freqüentemente estão expostos a esse tipo de radiação que pode afetar

o organismo ou se manifestar nos descendentes. Alguns dos efeitos

produzidos por este agente são anemia, leucemia, câncer e/ou

alterações genéticas.

Radiações não ionizantes - as radiações infravermelhas (presentes em

operações de fornos e de solda oxiacetilênica), raios laser e ultravioleta

(produzida pela solda elétrica) podem causar ou agravar problemas

visuais, além de provocar sobrecarga térmica, queimaduras, câncer de

pele e aumento da atividade da tireóide.

S a i b a m a i s

Para conhecer um pouco mais sobre os agentes de riscos físicos, você pode

acessar o site do Ministério do Trabalho e Emprego e ler a NR-15.

http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp

Page 39: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

5/8

Agentes químicos

Os agentes de riscos químicos podem ser definidos como as substâncias ou

compostos que possam penetrar no organismo do trabalhador. Esses agentes,

quando entram em contato com a pessoa, podem provocar danos à saúde de

forma imediata, há médio ou longo prazo.

O contato dos agentes químicos com as pessoas pode ocorrer de três formas:

Por via respiratória – os agentes penetram pelo nariz e boca, afetando

a garganta e chegando aos pulmões. Através da circulação sanguínea,

podem seguir para outros órgãos, onde manifestam os seus efeitos

tóxicos, tais como asma, bronquites, pneumoconiose etc.

Por via cutânea - os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele,

podem ser absorvidos e provocar lesões como alterações na circulação

e oxigenação do sangue, nos glóbulos vermelhos e problemas na

medula óssea.

Por via digestiva - a contaminação do organismo ocorre pela ingestão

acidental ou não de substâncias nocivas, presentes em alimentos

contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos inadequados como o

de alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer lábios

com a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene

contribuem para a ingestão desse tipo de agente. Conforme o tipo de

produto ingerido, pode ocorrer queimadura na boca, queimadura do

esôfago e estômago etc.

Page 40: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

6/8

Agentes biológicos

Os agentes de riscos biológicos surgem do contato do homem com certos

micróbios e animais no ambiente de trabalho. Algumas atividades facilitam o

contato dos trabalhadores com esse tipo de agentes como atividades em

hospitais, a coleta do lixo, as indústrias de alimentação, laboratórios, dentre

outros. Esses agentes podem causar doenças como tuberculose, intoxicação

alimentar, brucelose, malária, febre amarela etc.

As medidas preventivas mais comuns para esses tipos de agentes são o

controle médico permanente, o uso de equipamentos de proteção individual, a

higiene rigorosa nos locais de trabalho, os hábitos de higiene pessoal, o uso de

roupas adequadas, a vacinação e o treinamento.

Page 41: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

7/8

Riscos ergonômicos

Os riscos ergonômicos estão relacionados às condições de trabalho dos

funcionários como cadeiras e mesas adequadas, maquinário moderno,

conscientização dos trabalhadores etc. Esses agentes podem gerar distúrbios

psicológicos e fisiológicos como fadiga, dores musculares, fraquezas,

hipertensão arterial, úlcera duodenal, doenças do sistema nervoso, alterações

do ritmo normal de sono e da libido, acidentes, problemas de coluna,

taquicardia, angina, infarto, diabetes, asma etc.

Para evitar que essas situações comprometam a atividade, é necessário

adequar as condições de trabalho ao homem. Essa adequação pode ser obtida

por meio de modernização de máquinas e equipamentos, uso de ferramentas

adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura adequada, simplificação e

diversificação do trabalho, entre outros.

Page 42: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

8/8

Riscos mecânicos

Os riscos mecânicos estão relacionados às condições físicas (do ambiente

físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a

integridade física do trabalhador. São considerados riscos geradores de

acidentes: arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção,

ferramentas inadequadas ou defeituosas, eletricidade, incêndio ou explosão,

animais peçonhentos e armazenamento inadequado.

A principal medida para prevenir os acidentes por riscos mecânicos é realizar

um programa de inspeções de segurança. Por meio de exame criterioso de

todas as máquinas e instalações, é possível evitar acidentes e reparar as

situações de risco potencial. A manutenção preventiva eficiente e sistemática é

a melhor, para eliminar os riscos mecânicos de acidente.

Page 43: Manual de treinamento da cip1

Riscos ambientais

Resumo

Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos,

ergonômicos, mecânicos ou biológicos que, a depender de sua natureza,

concentração, freqüência, intensidade ou tempo de exposição, podem

comprometer a segurança e a saúde dos funcionários, bem como a

produtividade da empresa.

Quando não são controlados ou previamente avaliados, os riscos ambientais

afetam o trabalhador a curto, médio e longo prazo, podendo provocar acidentes

com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho,

que podem ser comparadas aos acidentes do trabalho.

Page 44: Manual de treinamento da cip1

Organização do local de trabalho

1/6

Introdução

Nesta unidade, você ficou responsável por reorganizar o ambiente da

Metalúrgica em que João trabalha. Dessa forma, você vai precisar saber como

identificar os aspectos que podem ser melhorados, além de como fazer para

melhorá-los.

Para conseguir solucionar mais esse desafio, é necessário que você aprenda a

aplicar a política dos “5 s”, a realizar o manuseio de materiais de forma segura,

bem como identificar o ambiente a partir das cores e sinalizações de

segurança, como também fazer a orientação das pessoas sobre a forma

correta de como usar escadas e andar em segurança.

Vamos começar!

Page 45: Manual de treinamento da cip1

Organização do local de trabalho

2/6

Um local de trabalho limpo e organizado, com pessoas conscientes de suas

responsabilidades, é fundamental para minimizar os acidentes de trabalho e

impactos ao Meio Ambiente. No entanto, por incrível que pareça, essa não é

uma tarefa fácil. A pressa, os prazos curtos e o estresse do dia-a-dia, muitas

vezes, colaboram para que cada vez mais as pessoas deixem de lado coisas

simples, mas que podem colaborar com a limpeza e organização do local de

trabalho, como limpar a mesa antes de ir para casa, separar o lixo antes de

jogá-lo fora, dentre outras coisas.

Para ajudar nessa difícil tarefa, os orientais desenvolveram um programa que

auxilia na melhoria da qualidade, produtividade, segurança e saúde do trabalho

em equipe e da satisfação dos funcionários no ambiente de trabalho. É o

famoso “5 S” ou Programa dos Cinco Sensos.

Este programa é a porta de entrada para uma boa Gestão Integrada de

Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que possibilita uma maior

motivação para a qualidade e apresenta resultados rápidos e visíveis. A prática

contínua dos “5 s” permite uma mudança interior que resulta em hábitos de

organização e limpeza saudáveis.

Page 46: Manual de treinamento da cip1

Para começar esta mudança, devemos considerar alguns aspectos importantes

como iluminação do local de trabalho, transporte, armazenamento e manuseio

de materiais, sinalização de segurança, e pisos e escadas. Vamos lá?

Cuidado para não descartar materiais importantes. Tão ou mais importante do que organizar, é conseguir manter o padrão

acordado. Manter a organização só depende da ação de todos Comece por você, dê o exemplo. Por fim, comece a praticar hoje e agora. Não deixe para amanhã!

Organização do local de trabalho

3/6

Iluminação

Os locais de trabalho devem ter iluminação adequada, natural ou artificial,

apropriada à natureza da atividade. Ou seja, o tipo de iluminação utilizada no

ambiente de trabalho deve estar relacionado ao tipo de atividade que é

realizada ali. Além de ser distribuída e difusa de maneira uniforme (igual), a

iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento,

reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

Page 47: Manual de treinamento da cip1

No ambiente de trabalho, é comum encontrar alguns problemas que precisam

ser evitados como:

Nível insuficiente de iluminação – esse tipo de problema pode causar

percepção inadequada dos detalhes, queda de rendimento do

trabalhador, além de erros, cansaço etc.;

Claridade excessiva ou de ofuscamento – gera a fadiga visual;

Tamanho inadequado de letras e objetos – ocasiona fadiga visual e

posturas forçadas, para enxergar melhor;

Inexistência de bom contraste dos limites do objeto;

Uso de lâmpadas de baixa reprodutibilidade cromática como

lâmpadas de vapor de sódio para atividades em que a percepção de

cores é fundamental.

Organização do local de trabalho

4/6

Transporte e armazenamento de materiais

Os procedimentos de Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio

de Materiais estabelecem os requisitos de segurança a serem observados nos

locais de trabalho, tanto de forma mecânica quanto manual, e tem o objetivo de

prevenir acidentes.

Page 48: Manual de treinamento da cip1

Veja alguns dos requisitos estabelecidos pelos procedimentos na lista abaixo:

Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de

advertência sonora (buzina).

Todos os transportadores industriais serão permanentemente

inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências,

deverão ser imediatamente substituídas.

O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de

carga calculada para o piso.

O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança

especiais a cada tipo de material.

O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a

obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de

emergências etc.

Este procedimento você poderá encontrar detalhadamente na NR – 11.

Organização do local de trabalho

5/6

Sinalização de segurança

A sinalização de segurança é fundamental para estabelecer a padronização

das cores a serem utilizadas para classificar o nível de perigo das áreas e,

dessa forma, preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Em

função dessa necessidade, através da Norma Regulamentadora NR-26,

padronizou-se a aplicação das cores, de modo que o seu significado seja

sempre o mesmo na área de segurança do trabalho, permitindo, assim, uma

identificação imediata do risco existente.

Page 49: Manual de treinamento da cip1

Veja a seguir o significado das cores no ambiente de trabalho:

CANALIZAÇÕES

ESPECIFICOS

Page 50: Manual de treinamento da cip1

GERAL

V e r m e l h o

O vermelho é usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de

proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para

assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo

(de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). É empregado para

identificar, por exemplo, caixa de alarme de incêndio; hidrantes; bombas de

incêndios entre outros.

Am a r e l o

O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando, por

exemplo, partes baixas de escadas portáteis, corrimões, parapeitos, pisos e

partes inferiores de escadas que apresentem risco, entre outros.

B r a n c o

O branco será empregado em passarelas e corredores de circulação, por meio

de faixas (localização e largura); direção e circulação, por meio de sinais -

localização e coletores de resíduos; zonas de segurança etc.

Page 51: Manual de treinamento da cip1

Verde

O verde é a cor que caracteriza "segurança". Serve para identificar

canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas

contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; entre

outros.

O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar

distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além disso, o uso de cores não

dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

OBS: Além destas cores citadas, existem também outras cores como:

lilás, púrpura, cinza claro, alumínio e marrom.

Veja a seguir o significado das sinalizações no ambiente de

trabalho:

Sinalização para Armazenamento de Produtos Perigosos

(ROTULAGEM)

Page 52: Manual de treinamento da cip1

Sinalização de Aviso

Atmosfera Explosiva Cargas Suspensas Obstáculos/ Locais Perigosos

Quedas com Desnível Substâncias Comburentes Substâncias Corrosivas

Substâncias Corrosivas Substâncias Explosivas Substâncias Inflamáveis

Substâncias Nocivas/irritantes Substâncias Tóxicas Veículos de Movimentação

de Cargas

Page 53: Manual de treinamento da cip1

Sinalização de Proibição

Água Não Potável Não Tocar Proibida a Entrada

a

Pessoas Não Autorizadas

Passagem Proibida Proibido Fumar Proibição de Apagar

A com

Veículos de Cargas Água

Page 54: Manual de treinamento da cip1

Sinalização de Emergência

Via/ Saída de Emergência chuveiro de Segurança Lava Olhos

Maca Primeiro Socorros Telefone para

Salvamento

e

Primeiros Socorros

Page 55: Manual de treinamento da cip1

Sinalização de Incêndio

Mangueira de Incêndio Escada de incêndio

Telefone Extintor

Aviso de Incêndios

Page 56: Manual de treinamento da cip1

Sinalização de Obrigação

Obrigações Variadas Passagem Obrigatória para colaboradores

Proteção Individual Obrigatória contra

Quedas

Proteção Obrigatória da Cabeça

Proteção Obrigatória das Mãos

Proteção Obrigatória das Vias Respiratórias

Proteção Obrigatória do Corpo

Proteção Obrigatória do Rosto

Proteção Obrigatória dos Olhos

Proteção Obrigatória dos Ouvidos

Proteção Obrigatória dos Pés

A utilização e o significado de cada uma das cores de segurança e das sinalizações você poderá encontrar detalhadamente na NR – 26 no Site do Ministério do Trabalho e Emprego e NBRs da ABNT.

Page 57: Manual de treinamento da cip1

Organização do local de trabalho

6/6

Pisos e escadas Quando se fala em organização e segurança do ambiente de trabalho, é

preciso ter uma atenção especial no que diz respeito ao piso e às escadas.

Muitos acidentes, nos locais de trabalho, são causados por causa de algumas

falhas nesses dois itens do ambiente.

Vamos saber que tipo de precauções, com esses dois fatores de risco,

podemos ter?

Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem

depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de

materiais. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de

forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos. Os pisos devem oferecer

resistência suficiente para suportar as cargas móveis e fixas para as quais a

edificação se destina.

As escadas devem ser construídas de acordo com as normas técnicas oficiais

e mantidas em perfeito estado de conservação.

As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função

do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 cm (oitenta

centímetros), devendo ter pelo menos a cada 2,90m (dois metros e noventa

centímetros) de altura um patamar intermediário.

Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo,

iguais à largura da escada.

A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços

de pequeno porte. É proibido o uso de escada de mão junto a redes e

equipamentos elétricos desprotegidos.

Page 58: Manual de treinamento da cip1

Organização do local de trabalho

Resumo

O Programa dos Cinco Sensos ou “5 s” é a porta de entrada para uma boa

Gestão Integrada de Segurança, Qualidade e Meio Ambiente, visto que

possibilita uma maior motivação para a qualidade e apresenta resultados

rápidos e visíveis. A prática contínua dos “5 s” permite uma mudança interior

que resulta em hábitos de organização e limpeza saudáveis. Para que essa

mudança ocorra, é preciso considerar alguns aspectos importantes como

iluminação do local de trabalho; transporte, armazenamento e manuseio de

materiais; sinalização de segurança; e pisos e escadas.

Você integrante da CIPA deve sempre orientar e colaborar na manutenção do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança da Empresa, sempre observando e orientando os colaboradores sobre estas questões.

Page 59: Manual de treinamento da cip1

Higiene e Saúde

1/4

Introdução

Os trabalhadores não devem adoecer por conta das atividades que eles exercem em seu local de trabalho. No entanto, situações de risco são comuns no dia-a-dia dos trabalhadores, principalmente daqueles que trabalham na indústria ou qualquer outro lugar que envolva situações, produtos ou materiais perigosos, quando mal utilizados.

Diante disso, é muito importante ter um ambiente de trabalho sadio. Isso vai contribuir tanto para o funcionamento da empresa quanto para a saúde do trabalhador, a Higiene Pessoal e Industrial são de extrema importância para o controle destas problemáticas e os principais responsáveis por informar os trabalhadores a respeito de assuntos relacionados a Higiene Pessoal e Industrial são a CIPA e o SESMT.

A Metalúrgica em que João trabalha como você pôde ver, não é um ambiente

de trabalho sadio. Dessa forma, você precisa ajudar João a fazer algumas

modificações. Para isso, é necessário conhecer os princípios básicos de

higiene e saúde pessoal e Industrial. Vamos lá?

Page 60: Manual de treinamento da cip1

Higiene e Saúde

2/4

Princípios de Higiene e Saúde Pessoal

Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não

apenas a ausência de doença. De acordo com a Organização Mundial de

Saúde (OMS), a falta de uma alimentação balanceada, de exercícios físicos

regulares e o tabagismo são os três principais fatores de risco à saúde, mas

podem ser evitados com hábitos de vida saudáveis.

Algumas medidas simples podem ser adotadas no dia-a-dia para garantir

saúde há longo prazo. Acompanhe os itens abaixo para saber um pouco mais.

Page 61: Manual de treinamento da cip1

Al i m e n t a ç ã o

Para ter uma vida saudável, você precisa consumir alimentação saudável e

equilibrada, à base de frutas, verduras e legumes; reduzir o consumo de

alimentos gordurosos, optando por alimentos cozidos ou assados, ao invés de

fritos. Além disto, é preciso diminuir a ingestão de sal e alimentos ricos em

açúcar, e sempre preferir água ao invés de refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Atividade Física

A atividade física regular tem como finalidade preservar o bem-estar físico,

psíquico e social da pessoa. A falta de atividade física é reconhecida como um

dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. A atividade

física deve ser praticada pelo menos três vezes por semana, com sessões de,

pelo menos, 30 minutos de duração.

Page 62: Manual de treinamento da cip1

Vacinação

A vacinação pode prevenir as doenças como tétano, febre amarela, hepatite,

gripe, entre outros. Essa é uma importante medida para manutenção da saúde.

Para ter maiores informações, é importante procurar um posto de saúde mais

próximo de sua casa.

Conheça alguns cuidados que você deve ter para manter a sua saúde:

- Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, após as refeições;

- Ir ao dentista semestralmente;

- Não fumar;

- Não ingerir bebidas alcoólicas em grandes quantidades;

- Não usar drogas como maconha, crack e cocaína;

- Beber sempre água filtrada ou fervida;

- Lavar as mãos após usar o sanitário e antes das refeições;

- Não andar descalço e usar roupas limpas;

- Manter as unhas limpas e curtas;

- Não tomar remédios por conta própria.

Page 63: Manual de treinamento da cip1

Higiene e Saúde

P r e ve n ç ã o d e D o e n ç a s ( AI D S )

O que é AIDS?

A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema

imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é

chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do

nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um

simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O

próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte.

Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida.

Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as

recomendações médicas.

Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a

sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste

sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.

O que é HIV?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Page 64: Manual de treinamento da cip1

Sintomas e fases da AIDS

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da AIDS, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o freqüente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarréia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a AIDS. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, faça o teste!

Page 65: Manual de treinamento da cip1

Tratamento

Atendimento inicial

Após receber o diagnóstico da infecção por HIV, o paciente deve marcar uma consulta com um especialista em AIDS, no Serviço de Assistência Especializada (SAE).

Nessa primeira consulta, o paciente precisa informar a história clínica inicial, tempo de diagnóstico, se já apresentou alguma doença grave e quais são as condições e os hábitos de vida. É bem provável que, na primeira consulta o médico peça exames, como: hemograma completo (sangue), urina, fezes, glicose (açúcar), colesterol e triglicérides (gorduras), raios-X de tórax, hepatite B e C, tuberculose e os testes de contagem dos linfócitos T CD4+ (indica o sistema de defesa) e o de carga viral (quantidade de vírus circulante no sangue).

Dependendo do resultado dos exames clínicos e laboratoriais, pode ser necessário que o soropositivo comece a terapia antirretroviral, que é o tratamento com medicamentos. O médico fará o acompanhamento do paciente, que deve voltar regularmente ao consultório no tempo determinado pelos profissionais. No SAE, também estão disponíveis atendimentos com psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos.

A consulta com o profissional de saúde é o momento certo para esclarecer todas as dúvidas. O paciente deve saber como tomar os remédios, quais os horários que melhor se encaixam na rotina ou como adequar os hábitos diários para tomar a medicação regularmente. O médico deve falar sobre os sintomas que podem ser causados pelos medicamentos e o que deve ser feito se algum desses efeitos colaterais surgir - a maioria dos sintomas desaparece em poucos dias. Esse primeiro contato com o médico é o passo inicial para o sucesso do tratamento.

A equipe envolvida no atendimento de soropositivos tem todas as condições de responder sobre qualquer assunto relacionado ao tratamento e à prevenção da doença. Por isso, pergunte sempre sobre tudo o que tiver dúvida.

Recomendações de tratamento - Consensos

Também chamadas de consensos de terapia, as recomendações de tratamento reúnem as técnicas de especialistas de todo o país para tratamento de soropositivos. Tratam, de forma técnica, a utilização de medicamentos antirretrovirais e outros cuidados com o paciente. Servem, também, para entender a história da AIDS no Brasil e são uma importante estratégia da Política de Medicamentos de AIDS do Ministério da Saúde, que garante acesso universal e gratuito aos medicamentos antirretrovirais, desde 1996.

Compra e distribuição de medicamentos e insumos de prevenção

Page 66: Manual de treinamento da cip1

O Brasil é um dos primeiros países a adotar políticas de saúde significativas para interromper a cadeia de transmissão do vírus e melhorar o atendimento dos portadores do HIV. As mais importantes delas são a distribuição recorde de mais de 465 milhões de preservativos em todo o país em 2009 e o acesso universal e gratuito da população aos medicamentos usados no tratamento da AIDS.

S i s t e m a d e C o n t r o l e L o g í s t i c o d e M e d i c a m e n t o s ( S i c l o m ) G o v e r n o s f e d e r a i s e e s t a d u a i s p o s s u e m r e s p o n s a b i l i d a d e s d i f e r e n t e s n a c o m p r a e d i s t r i b u i ç ã o d e i n s u m o s d e p r e v e n ç ã o , d e m e d i c a m e n t o s A N T I A I D S e q u e c o m b a t e m a s h e p a t i t e s v i r a i s , a l é m d o s t e s t e s d e l a b o r a t ó r i o p a r a d i a g n o s t i c a r o H I V / A I D S .

D i r e i t o s F u n d a m e n t a i s d o s p o r t a d o r e s d e H I V

Pela Constituição brasileira, os portadores do HIV, assim como todo e qualquer

cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos garantidos. Entre eles: dignidade

humana e acesso à saúde pública e, por isso, estão amparados pela lei. O

Brasil possui legislação específica dos grupos mais vulneráveis ao preconceito

e à discriminação, como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos,

portadores de doenças crônicas infecciosas e de deficiência.

Em 1989, profissionais da saúde e membros da sociedade civil criaram, com o

apoio do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, a Declaração dos

Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS. O

documento foi aprovado no Encontro Nacional de ONGs que Trabalham com

AIDS (ENONG), em Porto Alegre (RS).

Page 67: Manual de treinamento da cip1

I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a AIDS.

II – Os portadores do vírus têm direito a informações específicas sobre sua

condição.

III - Todo portador do vírus da AIDS tem direito à assistência e ao tratamento,

dados sem qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida.

IV - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou

qualquer tipo de discriminação.

V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas

pelo único motivo de serem portadoras do HIV/AIDS, qualquer que seja sua

raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexual.

VI - Todo portador do vírus da AIDS tem direito à participação em todos os

aspectos da vida social. Toda ação que visar a recusar aos portadores do

HIV/AIDS um emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso,

ou que tenda a restringi-los à participação em atividades coletivas, escolares e

militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por lei.

VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos

ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o HIV.

VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura,

ou ao resultado de seus testes para o HIV/AIDS, sem o consentimento da

pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada

por todos os serviços médicos e assistenciais.

IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/AIDS compulsoriamente, em

caso algum. Os testes de AIDS deverão ser usados exclusivamente para fins

diagnósticos, controle de transfusões e transplantes, estudos epidemiológicos

e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou populações. Em todos os

casos de testes, os interessados deverão ser informados. Os resultados

deverão ser transmitidos por um profissional competente.

X - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas às pessoas que

deseja seu estado de saúde e o resultado dos seus testes.

XI - Toda pessoa com HIV/AIDS tem direito à continuação de sua vida civil,

profissional, sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos

completos à cidadania.

Page 68: Manual de treinamento da cip1

N o t r a b a l h o

Sigilo no trabalho

O portador do vírus tem o direito de manter em sigilo a sua condição sorológica

no ambiente de trabalho, como também em exames admissionais, periódicos

ou demissionais. Ninguém é obrigado a contar sua sorologia, senão em virtude

da lei. A lei, por sua vez, só obriga a realização do teste nos casos de doação

de sangue, órgãos e esperma. A exigência de exame para admissão,

permanência ou demissão por razão da sorologia positiva para o HIV é ilegal e

constitui ato de discriminação. No caso de discriminação no trabalho, por parte

de empresa privada, recomenda-se registrar o ocorrido na Delegacia do

Trabalho mais próxima.

Auxílio-doença

Se a incapacidade para o trabalho for por mais de 15 dias e menos de 12

meses.

Aposentadoria por invalidez

Se a incapacidade para o trabalho for por mais de 12 meses. Para se ter direito

a esses benefícios, é necessário ser contribuinte do INSS e requerê-los junto

aos postos de atendimento (dependendo do benefício, é possível também

requerer pelo site do INSS.

Benefício de Prestação Continuada

É a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa incapacitada

para a vida independente e para o trabalho, bem como ao idoso com 65 anos

ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção e

nem tê-la provida por sua família. Esse benefício independe de contribuições

para a Previdência Social. A pessoa para recebê-lo deve dirigir-se ao posto do

INSS mais próximo e comprovar sua situação. Essa comprovação pode ser

feita com apresentação de Laudo de Avaliação (perícia médica do INSS ou

equipe multiprofissional do Sistema Único de Saúde). A renda familiar e o não

exercício de atividade remunerada deverão ser declarados pela pessoa que

requer o benefício.

Page 69: Manual de treinamento da cip1

Dados da AIDS no Brasil

Epidemia concentrada em populações Vulneráveis e Feminização Os números demonstram que a AIDS, no Brasil, apesar de concentrada em populações vulneráveis, está presente também no universo feminino. O número de casos de AIDS é maior entre homens do que entre mulheres; entretanto, essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. O aumento proporcional do número de casos entre mulheres pode ser observado pela razão de sexos (número de casos em homens divido pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexo era de cerca de 6 casos de AIDS no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 casos em homens para cada 1 caso em mulheres.

Page 70: Manual de treinamento da cip1

A CIPA tem fundamental importância na prevenção da AIDS, pois esta diretamente ligada aos colaboradores, a Comissão deve sempre criar em conjunto com o SESMT campanhas de prevenção relacionadas a AIDS.

Page 71: Manual de treinamento da cip1

Higiene e Saúde

3/4

Princípios de Higiene Industrial

Higiene Industrial é a ciência e a arte dedicada à antecipação,

reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais

originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidades, prejuízos

para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores, sem perder de vista, claro, o

impacto na comunidade e no meio ambiente em geral. Vamos conhecer melhor

cada uma das etapas do processo de higiene ambiental.

A antecipação serve para determinar os riscos potenciais existentes,

estudando as modificações das instalações e verificando a introdução de novos

processos ou alterações dos já existentes, incluindo medidas para redução ou

eliminação dos riscos.

A avaliação designa os monitoramentos que serão conduzidos no ambiente de

trabalho para saber a que tipo de riscos os empregados são expostos durante

um período de tempo.

A terceira etapa é o reconhecimento. Nela, é feita toda análise e observação

do ambiente de trabalho, a fim de identificar os agentes existentes, os

potenciais de risco a ele associados e qual a prioridade de controle existe no

local.

O controle, por sua vez, está associado à eliminação ou minimização dos

potenciais de exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente

de trabalho considerado.

É importante deixar claro que a Higiene Industrial de uma empresa, como pôde

ser visto por você, está diretamente ligada à administração dos riscos

existentes no ambiente de trabalho e, conseqüentemente, à saúde do

trabalhador e ao sucesso da empresa.

Page 72: Manual de treinamento da cip1

Higiene e Saúde

4/4

Riscos ambientais

Como você aprendeu na Unidade 2 deste curso, os riscos ambientais são

aqueles causados por agentes físicos, químicos e biológicos, que, presentes

nos ambientes de trabalho, podem provocar danos à saúde do trabalhador em

função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.

Para saber como se prevenir de doenças causadas por esses agentes, clique

nos textos abaixo:

Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Químicos

Os agentes químicos podem causar intoxicações nos trabalhadores se usados sem os cuidados necessários. Dentre as medidas preventivas das intoxicações ocupacionais pode-se considerar: o armazenamento; a utilização e o descarte de produtos químicos da forma correta; a manutenção de ordem e limpeza rigorosa nos locais de trabalho e de permanência dos trabalhadores; higiene pessoal rigorosa e o uso de EPIs.

Os agentes químicos tendem a se expandir no ar e atingir as vias respiratórias dos trabalhadores. Estes agentes químicos, após serem inalados, podem ser absorvidos, atingir a circulação sanguínea e provocar danos à saúde.

A absorção digestiva pode resultar da ingestão de resíduos de produtos químicos presentes nas mãos e unhas sujas, da alimentação no local de trabalho e de ingestão acidental.

A pele pode ser porta de entrada de agentes químicos no estado líquido pelo contato direto, ou pelo uso de roupas impregnadas por resíduos químicos.

Page 73: Manual de treinamento da cip1

Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Físicos

Agentes físicos são as diferentes formas de energia presentes no local de trabalho como, por exemplo: ruídos, radiações ionizantes e não ionizantes e temperaturas anormais. Veja abaixo um destes exemplos e seus efeitos à saúde.

Quando uma pessoa é exposta a um ruído com intensidade superior ao limite de 85 decibéis/8h, como prevê a legislação vigente, poderá perder sua capacidade auditiva para sempre. O ruído põe em risco a segurança do trabalhador, interfere na sua comunicação, dificulta a concentração, causa irritabilidade, cansaço e alterações no sono.

Medida preventiva adotada nos locais que tenha muito ruído: em primeiro lugar o isolamento do ruído na fonte de emissão do agente. Caso não seja possível, a utilização do equipamento de proteção auditiva pelo trabalhador.

Dica: quando o trabalhador realizar atividades por um longo período exposto ao sol, ele deve utilizar fardamento de manga comprida, creme protetor com filtro solar e chapéu.

Prevenção de Doenças Causadas por Agentes Biológicos

Os agentes biológicos são microorganismos causadores de doenças, com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exercício de diversas atividades profissionais. Os exemplos são: vírus, bactérias, parasitas, fungos, etc. Alguns profissionais ficam mais expostos devido a característica de suas atividades, são eles: médicos, enfermeiros, funcionários de laboratórios, lixeiros, açougueiros, etc.

Dentre inúmeras doenças profissionais causadas por agentes biológicos, incluem-se, por exemplo: a tuberculose, o tétano, a malária, a febre tifóide e a febre amarela.

Tais doenças só devem ser consideradas profissionais, quando estiverem diretamente relacionadas com exposições ocupacionais aos microorganismos patológicos, isto é, quando causadas diretamente pelas condições de trabalho.

As medidas preventivas mais usuais são:

limpeza nos locais de trabalho; controle médico permanente; ventilação adequada; rigorosa higiene pessoal; controle dos sistemas de ar condicionado; controle dos resíduos.

Page 74: Manual de treinamento da cip1

Formas de prevenção das doenças

relacionadas ao trabalho

As medidas preventivas das doenças relacionadas ao trabalho podem ser aplicadas em 3 níveis:

Na fonte de emissão do agente – Isolamento acústico de um equipamento ruidoso; contenção de uma fonte emissora de gases e vapores; ventiladores de exaustão.

Na trajetória dos materiais e energias – Aumento da distância entre o agente e o trabalhador através de medidas administrativas de controle e orientação do pessoal, sinalização e rodízio de colaboradores.

Page 75: Manual de treinamento da cip1

No corpo do trabalhador – Disciplina rigorosa no trabalho; uso de equipamento de proteção Individual (EPI); higiene pessoal.

Page 76: Manual de treinamento da cip1

Higiene e Saúde

Resumo

Os trabalhadores não devem adoecer por conta das atividades que eles

exercem em seu local de trabalho. No entanto, situações de risco são comuns

no dia-a-dia dos trabalhadores, principalmente daqueles que trabalham na

indústria ou qualquer outro lugar que envolva situações ou objetos de trabalho

perigosos, quando mal utilizados.

Diante disso, é muito importante ter um ambiente de trabalho sadio. Isso vai

contribuir tanto para o funcionamento da empresa quanto para a saúde do

trabalhador.

Juntando esse conceito e tudo que você aprendeu sobre reconhecer, prevenir

e eliminar riscos, você está pronto para fazer Higiene Industrial na empresa

onde trabalha.

Lembre-se que essas coisas são bastante importantes para garantir a saúde e

segurança do trabalhador. Um local de trabalho limpo com pessoas orientadas

quanto à preservação da Saúde e do Meio Ambiente é essencial para manter

seu conforto físico e o equilíbrio mental. Portanto, fique atento e, se ainda tiver

alguma dúvida, volte ao conteúdo sempre que você achar necessário.

Page 77: Manual de treinamento da cip1

Normas Regulamentadoras

1/4

Introdução

As Normas Regulamentadoras (NR), no Brasil, são de cumprimento obrigatório

por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos

pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diante disso, essas normas se

aplicam tanto a empresas públicas quanto privadas de qualquer setor, incluindo

aí a oficina onde João trabalha.

Sabendo disso e de tudo que aconteceu na oficina, você vai precisar destacar

quais NR’s deveriam ser cumpridas para que João e seus colegas de trabalho

fiquem em segurança.

Para isso, no entanto, é preciso que você consiga identificar as Normas

Regulamentadoras e suas áreas de aplicação. Vamos aprender como fazer

isso?

Page 78: Manual de treinamento da cip1

Normas Regulamentadoras

2/4

CIPA

Como você pôde ver, as Normas Regulamentadoras (NR) são de cumprimento

obrigatório por todas as empresas privadas e públicas que possuam

empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Dessa

forma, estão inclusas ações de Segurança e Saúde no Trabalho.

A t u a l m e n t e , e x i s t e m c e r c a d e 3 3 N R s p r e v i s t a s p a r a a á r e a d e S e g u r a n ç a e S a ú d e n o T r a b a l h o :

NR1 - Disposições Gerais

NR2 - Inspeção Prévia

NR3 - Embargo ou Interdição

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança

e em Medicina do Trabalho

NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional

NR8 - Edificações

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais

NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade

NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio

de Materiais

NR12 - Máquinas e Equipamentos

Page 79: Manual de treinamento da cip1

NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

NR14 - Fornos

NR15 - Atividades e Operações Insalubres

NR16 - Atividades e Operações Perigosas

NR17 - Ergonomia

NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria

da Construção

NR19 – Explosivos

NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

NR21 - Trabalho a Céu Aberto

NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

NR23 - Proteção Contra Incêndios

NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

NR25 - Resíduos Industriais

NR26 - Sinalização de Segurança

NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho

no Ministério do Trabalho

NR28 - Fiscalização e Penalidades

NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NR31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária

Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura

NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

NR33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

Para conhecer detalhadamente as NR’s, acesse o site do Ministério do

Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br).

Dentre elas, é possível destacar como uma das principais a NR 5 - Comissão

Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.

A NR-05 (CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) estabelece que

as empresas organizem e mantenham uma comissão constituída,

exclusivamente, por representantes dos empregados e do empregador com o

objetivo de prevenir acidentes no ambiente de trabalho. Essa comissão é

responsável por apresentar sugestões e recomendações ao empregador para

que este melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de

acidentes e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e

específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos

163 a 165 da CLT.

Page 80: Manual de treinamento da cip1

A CIPA tem como atribuições:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa

de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores,

com assessoria do SESMT, onde houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na

solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implementação e do controle da qualidade das

medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das

prioridades de ação nos locais de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e

condições de trabalho visando à identificação de situações que

venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos

trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas

fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco

que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e

saúde no trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões

promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de

alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado à

segurança e saúde dos trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a

paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco

grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e

PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde

no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas

Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e

convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde

no trabalho;

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o

empregador da análise das causas das doenças e acidentes de

trabalho e propor medidas de solução dos problemas

identificados;

Page 81: Manual de treinamento da cip1

m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre

questões que tenham interferido na segurança e saúde dos

trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde

houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

- SIPAT;

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de

Campanhas de Prevenção da AIDS.

Principais atribuições dos integrantes da CIPA: Cabe ao Presidente da CIPA:

a. Convocar os membros para as reuniões da CIPA; b. Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao

SESMT, quando houver, as decisões da comissão; c. Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; d. Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria; e. Delegar atribuições ao Vice-Presidente;

Cabe ao Vice-Presidente:

a. Executar atribuições que lhe forem delegadas; b. Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus

afastamentos temporários;

O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes

atribuições:

a. Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos;

b. Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcançados;

c. Delegar atribuições aos membros da CIPA; d. Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; e. Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do

estabelecimento; f. Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA; g. Constituir a comissão eleitoral.

Page 82: Manual de treinamento da cip1

O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a. Acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros presentes;

b. Preparar as correspondências; e outras que lhe forem conferidas.

Base: Norma Regulamentadora 5

Organograma da CIPA:

Page 83: Manual de treinamento da cip1

Plano de ação da CIPA A CIPA tem como uma de suas principais atribuições organizar um plano de ação para o desenvolvimento de suas atividades, ou seja, um plano de trabalho que devera ser realizado por seus integrantes durante o mandato. Veja abaixo o exemplo de um plano de ação:

Page 84: Manual de treinamento da cip1

Normas Regulamentadoras

3/4

Mapa de risco

Depois de formada, uma das primeiras ações da CIPA é elaborar um mapa de

risco do local de trabalho. Para isso, a Comissão deve ouvir os trabalhadores

da área e receber orientação do Serviço Especializado em Engenharia de

Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT.

O mapa de risco é a representação gráfica dos riscos existentes nos locais de

trabalho por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores que devem

possuir em seu interior a quantidade de colaboradores expostos e o tipo de

agente nocivo. Esse mapa tem o objetivo de informar e conscientizar dos riscos

existentes na empresa para, dessa forma, prevenir acidentes de trabalho.

2 Pressão

sonora

elevada

3

Benzeno

4

Tuberculose

8

Postura

inadequada

10

Choque

elétrico

Quantidade de colaboradores

expostos ao Risco

Tipo de Agente Nocivo que os

colaboradores estão expostos

Page 85: Manual de treinamento da cip1

Veja exemplos de Mapa de Riscos:

A CLT determina que todas as empresas com CIPA devem ter o mapa de risco.

Por essa razão, se uma empresa com CIPA contratar uma empreiteira que não

tem CIPA, por exemplo, ela deve fazer um mapa de risco do canteiro de obras

onde trabalham os funcionários dessa contratada.

Page 86: Manual de treinamento da cip1
Page 87: Manual de treinamento da cip1

Normas Regulamentadoras

4/4

Outras NRs

Embora a CIPA seja uma das normas mais conhecidas, existem outras NR’s

que também são muito importantes para a manutenção da Saúde e da

Segurança do Trabalhador. Seguem algumas delas:

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho: Estabelece que as empresas organizem e mantenham

em funcionamento os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e

em Medicina do Trabalho – SESMT. Este serviço tem a finalidade de promover

a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A

fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à

existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define as

formas de proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades em

relação ao empregado, empregador, fabricante, importador e MTE. Tem

objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos capazes de ameaçar a

segurança e a saúde no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e

específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos

166 e 167 da CLT.

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece

que as empresas elaborem e implementem o Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional – PCMSO. Esse programa tem o objetivo de promover e

preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal,

ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são

os artigos 168 e 169 da CLT.

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece que as

empresas elaborem e implementem o Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física

dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e

conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que

venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção

do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e

específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos

175 a 178 da CLT.

Page 88: Manual de treinamento da cip1

NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades,

operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância. A

fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à

existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT.

NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação

das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho

eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento

jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.

NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção

contra incêndios, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos

trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá

embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200, inciso IV, da CLT.

Normas Regulamentadoras

Resumo

As Normas Regulamentadoras (NR), no Brasil, são de cumprimento obrigatório

por todas as empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos

pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diante disso, essas normas se

aplicam tanto a empresas públicas quanto privadas de qualquer setor.

Atualmente, existem cerca de 34 NR’s previstas para a área de Segurança e

Saúde no Trabalho. Dentre elas, é possível destacar, como uma das principais,

a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.

Page 89: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

1 / 6

Introdução

No acidente ocorrido na oficina de Pedro, um dos funcionários foi atingido com

produto inflamável, pegando fogo em seu fardamento. Como esse fogo poderia

ter sido controlado, que tipo de precauções deveria ter sido tomado para que

um acidente desse tipo (com fogo) não ocorresse? Essas são as principais

questões que você vai precisar responder nesta unidade do curso.

Para isso, no entanto, você vai precisar aprender o que é um incêndio, como

identificar os pontos de risco de ocorrência de incêndios, além de como

combatê-los e qual é a ferramenta adequada para isso em cada situação.

Vamos lá?

Page 90: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

2/6

Fogo

Antes de se saber como prevenir e combater um incêndio, é preciso que fique

claro qual é o conceito de fogo e qual a sua importância para humanidade.

O fogo é uma reação química de oxidação (utilizando oxigênio) com a liberação

de luz e calor, que é chamada de combustão ou queima. Essa reação tem uma

importância muito grande para a sobrevivência humana, pois é através dela

que preparamos os alimentos, aquecemos alguns ambientes e, em muitos

casos, realizamos os processos industriais. Você pode até imaginar a vida do

ser humano sem muitos elementos considerados indispensáveis como o

celular, o automóvel e, até mesmo, a internet. Mas você consegue pensar

como viveríamos sem o fogo? Não dá!

Em todas as situações que falamos acima, mostra-se a utilização do fogo pelo

homem, ou seja, o controle do fogo. Quando nos descuidados ou de alguma

forma as chamas saem de controle, acontece um incêndio. Dessa forma, o

fogo se transforma em incêndio, quando não é controlado, tendendo a se

alastrar e causar muita destruição. Vamos aprender um pouco mais!

Page 91: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

3/6

Princípios básicos

Para compreendermos os princípios em que se baseia a ciência de prevenção

e combate a incêndio, é preciso conhecer as condições que determinam a

ocorrência ou não do fogo.

A existência do fogo só é possível se houver a combinação de quatro

elementos essenciais:

Fonte de ignição: representa a energia térmica (fagulha, calor, faísca)

necessária para ativar a reação química entre um material combustível

(papel, madeira) e o comburente (oxigênio).

Comburente: é qualquer substância que mantém uma combustão

(queima). O comburente mais comum é o oxigênio, pois é o mais

abundante. O ar é composto de aproximadamente 21% de oxigênio,

78% de nitrogênio e 1% de outros gases.

Page 92: Manual de treinamento da cip1

Material Combustível: é toda e qualquer substância sólida, líquida e

gasosa que arde com formação de calor e luminosidade, após atingir a

temperatura de ignição. Como exemplo: gasolina, álcool, madeira, papel

etc.

Reação em Cadeia: se observarmos o fogo depois de iniciado, o

mesmo passa a alimentar a si próprio, ou seja, o fogo se mantém aceso.

Durante a combustão a reação em cadeia é formada pela liberação de

radicais livres que são os responsáveis pela transferência de energia à

molécula ainda intacta, provocando a propagação do fogo. Temos como

exemplo uma vela, que ao iniciar sua combustão as chamas liberam

calor, conseqüentemente evapora a cera e essa por sua vez alimenta

novamente as chamas, esse ciclo é chamado de reação em cadeia.

Quanto menor a concentração de oxigênio no ambiente menor é a intensidade

da chama.

Para que haja combustão, é necessário que o oxigênio contido no ar

atmosférico esteja na concentração mínima de 13%. Abaixo dessa

concentração, até atingir o limite mínimo de 6%, não haverá mais chama e a

combustão de um material poderá se manifestar de maneira lenta.

17% 21% 19%

Page 93: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

4/6

Métodos de extinção de incêndios

Como você viu o fogo só vai existir com a presença de quatro elementos

essenciais: fonte de ignição, comburente, material combustível, reação em

cadeia. Com a retirada de pelo menos um desses elementos, a combustão não

vai acontecer e, dessa forma, o fogo será apagado. Tendo essa informação

como base, foram desenvolvidos quatro métodos para a extinção de um

incêndio:

1. Resfriamento: é o método da retirada do calor. Significa baixar a

temperatura (resfriando) até que não haja mais a combustão. Este é o

método de extinção mais usado e a água, o agente extintor mais

utilizado no resfriamento. Uma dica importante nesses casos é

interromper o fogo, resfriando as áreas que ainda não foram atingidas,

isolando e limitando o fogo do incêndio até extingui-lo.

2. Abafamento: é o método de extinção que consiste em reduzir a

concentração do oxigênio presente no ar, situado acima da superfície do

combustível. Exemplo: abafar com cobertores de tecido especial (anti-

chama). Qualquer meio de abafamento que consiga reduzir a

quantidade de oxigênio em menos de 13% terá sucesso na extinção.

3. Interferência na Reação em Cadeia: é o método conhecido, também,

como extinção química, em que o agente extintor evita a reação das

substâncias, impedindo a continuidade da combustão.

4. Isolamento (Remoção do Combustível): é a retirada do material ou

controle do combustível. É o método de extinção mais simples na sua

realização, pois não existem aparelhos especializados. Consiste na

retirada, diminuição ou interrupção dos materiais combustíveis que

alimentam o fogo e daquele que ainda não foi atingido por este. Tudo

isso com bastante segurança.

Page 94: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

5/6

Classificação dos incêndios

Para facilitar os estudos de prevenção e combate a incêndio, é necessário o

entendimento de como o incêndio é classificado. Para isto, considera-se a

existência de quatro classes gerais de incêndios: A, B, C, D. Vamos conhecer

melhor cada uma delas?

Classe A - São os incêndios que ocorrem em material de fácil combustão

com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade e que

deixam resíduos. Por exemplo: tecido, papel, madeira etc. Para sua extinção,

é necessário o resfriamento, isto é, água ou soluções que reduzam a

temperatura do material em combustão abaixo do seu ponto de ignição.

Classe B - São os que ocorrem em produtos considerados inflamáveis

(gasolina, álcool), que queimam somente em sua superfície, não deixando

resíduo. Para sua extinção, é necessário isolar o material combustível do ar

(abafamento) ou fazer uma interferência na reação em cadeia.

Page 95: Manual de treinamento da cip1

Classe C - São os que ocorrem em materiais elétricos energizados, por

exemplo, motores, transformadores etc. Pra sua extinção, é necessário usar

um agente não condutor de eletricidade como o CO2 e o Pó químico.

Classe D - São os que ocorrem em metais pirofóricos (material que entra

em ignição espontaneamente em contato com o ar em condições normais). Por

exemplo, zinco, alumínio em pó, magnésio, titânio, potássio etc. Essa classe de

incêndio exige, para sua extinção, agentes especiais que se fundem em

contato com o metal combustível, formando uma capa que os isola do ar

atmosférico, interrompendo a combustão.

Page 96: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

6/6

Providência em caso de incêndio

Se a prevenção falhar e o fogo estiver fora de controle, existem algumas regras

de ações que podem ser tomadas para evitar maiores danos, pondo fim às

chamas. A primeira regra no ataque ao fogo é combatê-lo logo no início,

evitando a sua propagação.

Tão cedo o fogo se manifeste, deve-se:

Acionar o sistema de alarme;

Chamar imediatamente o corpo de bombeiros;

Desligar as máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do

desligamento não envolver riscos adicionais;

Atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

Para conhecer detalhadamente as normas de incêndio, veja no site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.mte.gov.br), a NR-23 Proteção Contra Incêndio, as NBRs e Legislações Estaduais e Municipais de seu Estado e Município.

Page 97: Manual de treinamento da cip1

Prevenção e combate a incêndio

Resumo

O fogo é uma reação química de oxidação (utilizando oxigênio) com a liberação

de luz e calor, que é chamada de combustão ou queima. O fogo só vai existir

com a presença de três elementos essenciais: fonte de ignição, comburente,

material combustível, mais poderá também existir através da reação em

cadeia, mais isto só ocorre com materiais de combustão espontânea ou

Química, Ex; Fósforo branco em contato com oxigênio ou resinas com seus

catalisadores. Com a retirada de pelo menos um desses elementos, a

combustão não vai acontecer e, dessa forma, o fogo será apagado. Tendo

essa informação como base, foram desenvolvidos quatro métodos para a

extinção de um incêndio: Resfriamento, Abafamento, Interferência na Reação

em Cadeia e Isolamento (Remoção do Combustível).

Page 98: Manual de treinamento da cip1

Equipamentos de proteção

1/6

Introdução

Para que os trabalhadores se protejam de forma correta na realização de suas

atividades, foram criados equipamentos de proteção, que podem ser coletivos

ou individuais. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados

com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado

ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. Já os Equipamentos de

Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à

proteção do funcionário durante a realização do trabalho.

Diante disso e, com base nas coisas que aconteceram na oficina, você vai

precisar identificar quais EPC’s e EPIs poderiam ter sido usados para evitar ou

diminuir os efeitos do tropeço de João.

Vamos lá! Basta ter atenção a tudo que for dito que rapidinho você vai

conseguir identificar qual é o equipamento adequado para cada atividade e

profissional, bem como os equipamentos funcionam, são conservados e

armazenados.

Page 99: Manual de treinamento da cip1

Equipamentos de proteção

2/6

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados com o objetivo de

modificar as condições de trabalho em um determinado ambiente, promovendo

a proteção de todo o grupo. São exemplos bastante utilizados de EPC’s, os

chuveiros e lava olhos de emergência, o isolamento acústico de um

equipamento ruidoso, os extintores de incêndio, o guarda corpo, a capela, o

lava olhos, o corrimão e os exaustores.

Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção

coletiva são sempre mais eficientes que os equipamentos de proteção

individual. Apesar disso, os EPI’s são mais utilizados, pois, normalmente, há

curto prazo, eles são mais baratos do que fazer modificações no ambiente. No

entanto, há longo prazo, os custos com a manutenção desses equipamentos

podem se tornar mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.

Extintor

Guarda corpo Exaustor

Lava Olhos Capela

Page 100: Manual de treinamento da cip1

Equipamentos de proteção

3/6

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são usados por cada

trabalhador e se destinam à proteção do funcionário durante a realização do

trabalho. Esse tipo de equipamentos deve ser usado para atender situações de

emergência e sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente

inviáveis, estiverem em fase de implantação ou não oferecerem completa

proteção.

Para atender às necessidades das empresas e garantir, de fato, a segurança

dos trabalhadores, os EPI’s devem apresentar inscrição do Cadastro de

Registro do Fabricante (CRF) e do Certificado de Aprovação (CA). Além

disso, é ideal que eles se ajustem comodamente ao usuário e ofereçam

proteção efetiva contra os riscos para os quais foi fabricado.

No entanto, para realmente garantir a segurança do trabalhador, é necessário

que os funcionários da empresa sejam treinados para saber como e quando

usar o EPI e quais são suas limitações, que modelo e tipo de equipamento

escolher a depender da situação, além de como limpá-los e armazená-los.

Existem, também, os EPI’s para proteção respiratória; proteção do tronco;

proteção dos membros superiores; proteção dos membros inferiores; proteção

do corpo inteiro; proteção contra quedas com diferença de nível, dentre outros.

Consulte sempre os fabricantes de EPI’s (capacete, óculos e protetor

auricular e etc.) para conhecê-los um pouco melhor.

Page 101: Manual de treinamento da cip1

Equipamentos de proteção

4/6

Controle e conservação dos EPI’s

A recomendação do EPI adequado ao risco existente nas atividades realizadas

pela empresa cabe à CIPA ou ao SESMT, quando for o caso. No entanto,

cumprida essa etapa, tanto os funcionários quanto os patrões ainda têm tarefas

a cumprir. Vamos ver?

Cabe ao empregador:

Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;

Exigir o uso de EPI’s;

Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional

competente em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho;

Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

conservação do EPI;

Substituir imediatamente o EPI, quando este for danificado ou

extraviado;

Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica dos EPI’s;

Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada nos EPI’s.

Cabe ao funcionário:

Usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI;

Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio

para uso;

Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado dos

EPI’s.

Page 102: Manual de treinamento da cip1

De acordo com a CLT - Art. 462, § 1º, se o trabalhador causar qualquer tipo de dano ao EPI, o patrão pode descontar o valor no salário do funcionário desde que isso tenha sido acordado anteriormente ou em caso de o funcionário tentar enganar o patrão.

Equipamentos de proteção

5/6

Controle de fornecimento de EPI’s

Quando o funcionário é admitido na Empresa, o Departamento de Segurança

fornece os EPI’s necessários à sua função, inclusive os requeridos para

trânsito nas áreas de risco, e providencia o treinamento para sua utilização. O

controle de entrega desses EPI’s é feito através do formulário Ficha Individual

- Equipamento de Segurança.

Ocorrendo transferência ou demissão do funcionário, bem como danos aos

equipamentos, estes devem ser devolvidos ao Departamento de Segurança,

que providenciará os registros necessários na Ficha Individual - Equipamento

de Segurança.

O registro da entrega e devolução dos EPI’s é feito para permitir um maior

controle por parte da empresa e para atender às Normas Regulamentadoras e

a Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do

Trabalho.

Page 103: Manual de treinamento da cip1

Equipamentos de proteção

6/6

Limpeza de EPI’s

Cada funcionário é responsável pela limpeza dos equipamentos que estão sob

sua responsabilidade e a melhor forma de fazer isso é utilizando água e sabão.

No caso das máscaras, a higienização é feita pelo Departamento de Segurança

ou empresa especializada.

A Área de Segurança mantém um controle para higienização dos EPI’s, onde

consta o tipo de equipamento, sua localização, o nome do funcionário

responsável pela sua utilização e a periodicidade para higienização. Para

verificar se os funcionários estão fazendo a limpeza dos equipamentos de

forma correta, o pessoal responsável pela segurança percorre as áreas

fazendo inspeções.

É importante lembrar que o empregador fornece os EPI’s gratuitamente e ainda

se responsabiliza pelo treinamento dos funcionários em como utilizá-los. Cabe

ao trabalhador usar os equipamentos de maneira correta, para que ele possa

ser protegido e corra menos riscos de sofrer algum tipo de acidente de

trabalho.

Saiba os procedimentos que você deve seguir para higienizar os seus EPI’s.

Page 104: Manual de treinamento da cip1

Equipamentos de proteção

Resumo

Para que os trabalhadores se protejam de forma correta na realização de suas

atividades, foram criados equipamentos de proteção, que podem ser coletivos

ou individuais. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são usados

com o objetivo de modificar as condições de trabalho em um determinado

ambiente, promovendo a proteção de todo o grupo. Já os Equipamentos de

Proteção Individual (EPI) são usados por cada trabalhador e se destinam à

proteção do funcionário durante a realização do trabalho.

Page 105: Manual de treinamento da cip1

Primeiros Socorros

1/9

Introdução

No acidente ocorrido na oficina em que João trabalha, uma das vítimas foi

lançada sobre as partes rotativas de um dos equipamentos e teve seu

fardamento incendiado. Se estivesse no local, como você reagiria para prestar

socorro a ele, sem colocá-lo em risco de morte?

Este é o seu desafio. Para conseguir solucioná-lo, você vai precisar saber

como diferenciar um acidentado com parada respiratória, cardíaca ou

hemorragia, bem como realizar o procedimento adequado em cada uma

dessas situações. Além disso, você vai ter que aprender, também, como cuidar

de pessoas que sofreram queimaduras e como realizar o transporte de

acidentados. Vamos lá?

Page 106: Manual de treinamento da cip1

Primeiros Socorros

2/9

Os Primeiros Socorros são os atendimentos que antecedem a chegada da

equipe médica especializada, prestados a uma vítima de acidente ou portador

de mal súbito, para mantê-lo com vida. Estes atendimentos, quando aplicados

de maneira correta, podem fazer a diferença entre a vida e a morte do

acidentado, já que nas duas primeiras horas, depois de ocorrido o acidente,

são de fundamental importância para a sobrevivência da vítima.

Conheça alguns procedimentos básicos de Primeiros Socorros que podem

ajudar você numa situação de emergência.

3/9

Parada respiratória

O ar que respiramos é essencial para nos mantermos vivo. A parada

respiratória se caracteriza pela interrupção da respiração, ou seja, da

entrada e saída de ar dos pulmões. A vítima para de respirar. Pode acontecer,

por exemplo, a partir da obstrução da via respiratória com engasgo por

alimentos, prótese dentária, vômito etc.

Numa situação de emergência, para verificar se a vítima está respirando é

preciso que o socorrista (quem está prestando socorro à vítima) aproxime-se

do rosto da vítima e observe se há movimento do tórax, saída de ar do nariz

ou boca e sons de respiração. Se nenhum desses aspectos for

encontrado e os lábios, línguas e unhas estivem azulados (cianose), o

socorrista pode concluir que a vítima sofreu uma parada respiratória.

Page 107: Manual de treinamento da cip1

Sabendo disso, cabe ao socorrista realizar as ações de primeiros socorros

como:

Desobstrução das vias aéreas

Incline a cabeça da vítima para trás. Observe se há qualquer objeto ou queda da

língua, obstruindo a passagem do ar.

Método boca a boca ou boca mascara

Deve ser aplicado enquanto a vítima não respirar. Somente deve ser interrompido

quando chegar um profissional de saúde.

Atenção: Há casos em que o socorrista não poderá aplicar esse método. Por exemplo,

quando a vítima apresentar traumatismo na boca. Nestes casos, o socorrista pode fechar

a boca e soprar pelo nariz.

Page 108: Manual de treinamento da cip1

4/9

Parada cardíaca

A Parada Cardíaca se caracteriza como a parada dos batimentos do coração.

Ela pode provocar , por exemplo, infarto agudo do miocárdio. Os casos de

parada cardíaca exigem ação imediata e podem ser constatados pela

observação dos seguintes sintomas: inconsciência, ausência de pulso,

palidez intensa, extremidades frias e dilatação das pupilas.

Numa situação de emergência, para saber se o coração da vítima está

batendo, o socorrista deve verificar o pulso dele, colocando os dedos,

indicador e médio, bem no meio do pescoço da vítima e deslizando-os

para o lado até encontrar o vão entre a traquéia e o músculo do pescoço.

Se a vítima não apresentar pulsação, pode ter acontecido uma parada

cardíaca.

Tento verificada a ausência de pulsação, a primeira ação que precisa ser

tomada pelo socorrista é a realização da Compressão cardíaca (massagem

cardíaca). Clique no nome da ação para ver uma animação explicando o

procedimento.

C o m p r e s s ã o C a r d í a c a

1. Escolha um dos lados do corpo para se posicionar;

Page 109: Manual de treinamento da cip1

2. Localize o osso esterno, posicionando dois dedos;

3. Logo acima dos dedos, posicione a palma da mão e coloque a outra mão por cima;

4. Realize a compressão cardíaca com bastante vigor, empurrando o esterno para baixo, cerca de três centímetros, a fim de comprimir o coração de encontro à coluna vertebral e, depois, descomprima.

Page 110: Manual de treinamento da cip1

Quando há uma parada cardíaca, a respiração também se interrompe. Dessa forma, se a vítima não for socorrida a tempo, a falta de oxigênio pode levá-la à morte ou causar lesões permanentes.

5/9

Hemorragias

Hemorragia é a saída de sangue das artérias ou veias, provocados por cortes,

esmagamentos, amputações, fraturas, etc.

Chamamos de hemorragia externa, quando ocorre a saída de sangue dos

vasos para fora do corpo.Ex: Ferimentos, cortes, esmagamentos, etc. Já a

hemorragia interna ocorre a saída do sangue dos vasos, porém o sangue

permanece dentro do corpo. Ex: Ferimentos nos órgãos internos do corpo.

Em geral, a gravidade de uma hemorragia é determinada pelos seguintes

fatores:

rapidez e quantidade com que o sangue sai dos vasos;

se o sangramento é externo ou interno;

local de origem do sangue;

quantidade de sangue perdida;

peso, idade e condição geral da vítima;

se o sangramento afeta a respiração da vitima (vias aéreas)

Page 111: Manual de treinamento da cip1

Mas você sabe o que fazer para socorrer uma vítima com hemorragia? Como o

sangramento pode ser controlado? Vamos ver!

Controlando a hemorragia externa

Existem diversas formas de controlar uma hemorragia externa. Umas são mais

simples e oferecem pouco risco à vítima, e outras mais complexas, com sérios

riscos e contra-indicações. Algumas requerem muito pouco treinamento ou

equipamento, e outras necessitam de material muitas vezes não facilmente

disponível. No entanto, cada uma delas está relacionada a uma situação, a um

caso específico de sangramento. Vamos conhecer alguns desses

procedimentos?

C o m p r e s s ã o s o b r e a l e s ã o

Compressão sobre a lesão é feita de forma simples, coloca-se um pano limpo,

gaze ou bandagem sobre o ferimento, comprimindo-o, essa é a forma mais

simples e eficaz.

E l e v a ç ã o d o m e m b r o l e s a d o

Após ter feito a compressão sobre a lesão, deve-se elevar o membro ferido

para que o fluxo sangüíneo diminua naquela região em que houve o ferimento.

Page 112: Manual de treinamento da cip1

C o m p r e s s ã o d o s p o n t o s a r t e r i a i s

Existem artérias que podem ser apalpadas por estarem mais próximas a

superfície da pele. Através da compressão nos pontos em que se encontram

essas artérias, interrompemos o sangramento do local afetado. Deve-se

comprimir a artéria atingida acima do ferimento.

Veja algumas das regiões recomendadas para compressão das artérias:

I m o b i l i z a ç ã o

A hemorragia pode ocorrer quando o osso perfura a musculatura, tecidos ou

pele. Deve-se imobilizar a vítima para reduzir o risco de hemorragia. Portanto

não deverá haver movimentação contínua nesse local, pois se isso ocorrer,

poderá agravar a hemorragia. Nuca tente colocar o osso de uma fratura

exposta para dentro do ferimento.

A imobilização reduz o sangramento e ajuda na redução da hemorragia.

Page 113: Manual de treinamento da cip1

R e s f r i a m e n t o

Consiste em resfriar o local da lesão utilizando saco plástico com gelo. Esse

método diminui a dor e edemas(inchaço) quando ocorre lesão com contusão.

Obs: Esse método é utilizado em combinação com uma das técnicas mencionadas.

7/9

Queimaduras

As queimaduras são lesões causadas quando a pele entra em contato com

temperaturas extremas (fogo ou gelo), produtos químicos (como soda

caustica), eletricidade e radiações.

Page 114: Manual de treinamento da cip1

Em casos de queimaduras, o socorrista deve realizar algumas ações imediatas

como:

resfriar o local com soro fisiológico ou com água corrente;

proteger o local da lesão com gaze, pano limpo ou lenço para aliviar a

dor e impedir o contato com o ar;

retirar relógio, pulseiras, brincos, cintos e adornos em geral, pois, esses

objetos armazenam calor;

em queimaduras elétricas, verificar a possível presença de parada

cardiorespiratória;

encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico

especializado.

A depender do agente causador da queimadura, existem ações específicas que

devem ser adotadas.

Q u e i m a d u r a s t é r m i c a s

Em caso de queimaduras por temperaturas extremas:

Utilizar água para apagar o fogo na vítima ou utilizar um cobertor para abafa-la.

Cobrir o local queimado com um pano limpo ou papel alumínio. Retirar anéis, pulseiras, relógios, cintos, etc. Não remover as roupas queimadas que grudaram na pele, corte ao

redor do local e retire o restante da roupa que não grudou na pele. Não deixar a vítima correr se houver fogo em suas vestes. No caso de queimadura nos olhos, cobrir o local com gaze umedecida

em soro.

Q u e i m a d u r a s q u í m i c a s

Em caso de queimaduras por agentes químicos:

Lave o local com água corrente por 30 minutos. Identifique qual o produto químico que causou a queimadura. Remover a roupa da vítima. Caso os olhos forem atingidos, lavar em água corrente (chuveiro,

torneira, bebedouro, etc). Verificar via aérea, respiração, circulação, e nível de consciência.

Page 115: Manual de treinamento da cip1

Q u e i m a d u r a s e l é t r i c a s

Em caso de queimaduras por agentes elétricos:

Não toque na vítima. Desligue a corrente elétrica. Queimaduras elétricas graves exigem atenção às vias aéreas e à

respiração. Todas as lesões elétricas necessitam de atenção médica.

NUNCA USE pasta de dente, pomadas, ovos, manteiga, óleo de cozinha ou

qualquer outro ingrediente, pois eles podem complicar a queimadura e dificultar

o diagnóstico. Em queimaduras de 2º grau, NÃO rompa as bolhas.

Metade das pessoas internadas com queimaduras são crianças de 0 a 15 anos.

A maioria dos acidentes que provocam queimaduras ocorre na cozinha, onde as crianças menores de 4 anos são as mais atingidas.

No período de festas juninas, com as fogueiras, fogos e balões, há um aumento de 20% no número de queimados.

Quando a pessoa sofre grandes queimaduras, ela corre risco de vida. As queimaduras deixam cicatrizes e deformações e podem provocar

perda de movimento nos braços e pernas. O tratamento de queimaduras é extremamente doloroso e longo, com

muitas cirurgias.

Page 116: Manual de treinamento da cip1

8/9

Transporte de acidentados

Ao transportar um acidentado alguns cuidados devem ser tomados para não

agravar lesões existentes. No primeiro momento parece ser fácil transportar

uma vítima, porém, se não for feito corretamente pode deixar seqüelas no

acidentado para o resto de sua vida.

O transporte da vítima só deverá ser feito se for absolutamente necessário, ou

seja, se a vítima estiver em local de perigo iminente como o de desabamento,

incêndio, explosão, etc. caso contrário, deve-se esperar o atendimento médico

no local.

Na existência de várias vítimas no local, o socorrista deve pedir ajuda o mais rápido possível. O transporte de vítimas mais seguro é o que é feito através de maca, porém, não tendo uma maca no local, deve-se improvisar utilizando porta, prancha, tábua, varas e lençóis bem resistentes.

Antes de realizar o transporte, deve-se fazer uma inspeção geral na vítima.

I n s p e ç ã o g e r a l n a v í t i m a

Verificar a existência de lesões, sangramentos, fraturas na vítima. Se não tiver

conhecimento da gravidade da lesão, não movimentar a vítima.

Deve existir preparo técnico e psicológico por parte das pessoas que estão prestando primeiros socorros, para que vidas não sejam colocadas em perigo.

Page 117: Manual de treinamento da cip1

9/9

Transporte de acidentados

Existem várias maneiras de se transportar uma vítima. Irá depender de vários

fatores como: quantidade de pessoas que possam ajudar no transporte; a

situação em que a vítima se encontra; as condições do local, etc.

No entanto, antes de remover uma vítima, é necessário alguns cuidados

especiais:

controlar a hemorragia;

manter a respiração;

imobilizar o pontos de suspeitos de fratura, lembrando de que nunca

devemos colocar ossos em sua posição normal em caso de fraturas

exposta;

evitar ou controlar o estado de choque;

Se o ferido estiver em local de perigo, ele deve ser puxado pela direção

da cabeça ou pelos pés, nunca pelos lados;

Se o ferido estiver em local de perigo, ele deve ser puxado pela direção

da cabeça ou pelos pés, nunca pelos lados, protegendo sempre a

cabeça.

Existem vários métodos de transporte de acidentados, entre eles:

Transporte de apoio

Transporte em "cadeirinha"

Transporte em cadeira

Page 118: Manual de treinamento da cip1

Transporte em braços

Transporte em tábua com imobilização do pescoço (suspeita de fratura de coluna)

Primeiros Socorros

Resumo

Os Primeiros Socorros são os atendimentos que antecedem a chegada da

equipe médica especializada, prestados a uma vítima de acidente ou portador

de mal súbito, para mantê-lo com vida. Estes atendimentos, quando aplicados

de maneira correta, podem fazer a diferença entre a vida e a morte do

acidentado, já que nas duas primeiras horas, depois de ocorrido os acidentes

são de fundamental importância para a sobrevivência da vítima.

Page 119: Manual de treinamento da cip1

Fechamento

Parabéns!

Agora que terminou o curso de CIPA, você já tem uma visão mais apurada dos

riscos e perigos existentes no trabalho e até mesmo dentro de casa.

Aproveite esses ensinamentos e utilize-os corretamente no seu dia-a-dia. Você

e todos que o cercam só têm a ganhar. Afinal de contas, sua vida é muito

valiosa!!

Para testar o que você aprendeu durante o curso faça agora a sua avaliação

final. Boa sorte!

Page 120: Manual de treinamento da cip1

Referências

ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas regulamentadoras

comentadas. 3 ed. rev. Rio de Janeiro: GVC, 2002.

BENITE, Anderson Glauco. Sistemas de gestão da segurança e

saúde no trabalho. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004.

BRASIL. Lei 8.213/91 de 24 de Julho de 1991. Dispõe sobre os Planos

de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Publicada

no Diário Oficial da União de 25.7.91 e Republicada em 11.4.96 e

14.8.98.Disponível

em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm. Acesso

em: 28 abr. 2008.

BRASIL. Decreto nº611/92 de 21 de Julho de 1992. Dá nova redação ao

Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo

Decreto nº 357, de 7 de dezembro de 1991, e incorpora as alterações da

legislação posterior.Disponível

em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-

1994/D0611.htm>. Acesso em 28 abr. 2008.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas

regulamentadoras. Disponível em:

<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp

>. Acesso em: 16 maio. 2008.

COSTA, Marco Antônio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barroso da.

Segurança e saúde no trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro; FRANCO, Francisco Manoel de

Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro:

Objetiva: Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia, 2007.

SENAC. DN. Primeiros socorros: como agir em situações de

emergência. 2. ed. Rio de Janeiro, 2007.

SENAI-DR BA. Higiene e segurança ambiental: - Lauro de Freitas:

CETIND,2007. 44p., il. (Ver.00).

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.

Departamento Nacional.Curso básico de segurança do trabalho.

Lauro de Freitas: CETIND,2004.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.

Departamento Nacional.Segurança do trabalho. Lauro de Freitas:

CETIND,2006.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.

Departamento Nacional. Curso básico de segurança em instalações e

Page 121: Manual de treinamento da cip1

Avaliação Final

Você viu nos seus estudos que a falta de prevenção, a sua atitude diante das

situações e a demora em corrigir as falhas que venham ocorrer pode causar

problemas e acidentes no ambiente de trabalho. O acidente é conseqüência de

diversos fatores que, combinados, levam a ocorrência do mesmo. Portanto,

não podemos esperar que aconteçam. Para você tomar (adotar) uma postura

preventiva é fundamental que você esteja atento à algumas informações

básicas para uma atitude correta a ser tomada. Responda as atividades abaixo

e verifique o que você aprendeu.

O método de combate a incêndio que consiste na retirada, diminuição ou

interrupção com suficiente margem de segurança dos materiais

combustíveis que alimentam o fogo e daquele que ainda não foi atingido

por este, chama-se de:

Escolher uma resposta.

a. Isolamento (Retirada do combustível)

b. Abafamento

c. Interferência na Reação em Cadeia

d. Resfriamento

Question 2

Notas: 1

Como se chama a transferência de calor através de um corpo para outro

por contato direto ou através de um meio condutor do calor?

Escolher uma resposta.

a. Radiação

b. Remoção

c. Convecção

d. Condução

Question 3

Notas: 1

Os Incêndios que ocorrem em produtos considerados inflamáveis, que

queimam somente em sua superfície, não deixando resíduo após sua

queima, são classificados como:

Escolher uma resposta.

a. Classe A

b. Classe C

c. Classe D

d. Classe B

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Question 4

Notas: 1

Podemos dizer que o Meio Ambiente é tudo que nos rodeia, portanto, devemos

manter o local em que estamos sempre limpo e em ordem evitando a poluição

do mesmo. De acordo com o que você estudou e aprendeu, responda as

atividades abaixo.

O trabalhador, sem proteção respiratória adequada, realiza um serviço de

jateamento de areia como abrasivo, para a limpeza de uma superfície. Que

risco ambiental o trabalhador está exposto por não está utilizando

proteção respiratória adequada?

Escolher uma resposta.

a. Físico

b. Biológico

c. Químico

d. Ergométrico

Question 5

Notas: 1

Em relação ao Mapa de Risco, a cor que identifica o risco químico é:

Escolher uma resposta.

a. Verde

b. Azul

c. Marrom

d. Vermelho

Question 6

Notas: 1

Os riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos

ou biológicos que, a depender de sua natureza, concentração,

intensidade ou tempo de exposição, podem comprometer a segurança e a

saúde dos funcionários, bem como a produtividade da empresa. Quando

não são controlados ou previamente avaliados, de que maneira os riscos

ambientais afetam o trabalhador:

Escolher uma resposta.

a. A curto, médio prazo

b. A curto e longo prazo

c. Apenas a curto prazo

d. A curto, médio e longo prazo

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Question 7

Notas: 1

Para controlar uma hemorragia externa no membro inferior, existem

várias formas, dentre elas pode-se destacar:

Escolher uma resposta.

a. Elevação do membro lesado, esperar o ferimento estancar, compressão

dos pontos arteriais e compressão direta sobre a lesão.

b. Imobilização, resfriamento, passar álcool no local afetado e compressão

direta sobre a lesão.

c. Garroteamento, resfriamento, Imobilização e elevação do membro

lesado.

d. Imobilização, elevação do membro lesado, resfriamento, compressão

dos pontos arteriais e compressão direta sobre a lesão.

Question 8

Notas: 1

Durante as atividades laborais os trabalhadores estão expostos a riscos

ambientais, podendo se contaminar através das vias digestivas, cutânea e

respiratória. A alternativa que valida respectivamente a afirmação acima

corresponde à alternativa:

Escolher uma resposta.

a. Contato com a pele, ingestão e inalação

b. Inalação, contato com a pele e ingestão

c. Ingestão, contato com a pele e inalação

d. Contato com a pele, inalação e ingestão

Question 9

Notas: 1

O completo bem-estar físico, mental e social é necessário para

desempenharmos nossas atividades diárias no trabalho, o ambiente de

trabalho não deve ser causa de enfermidades ao trabalhador que por sua vez

deve estar atento às orientações relacionadas à saúde que sua empresa

oferece. Você deve responder abaixo as questões propostas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS quais são os três

principais fatores de risco a saúde, relacionados aos hábitos pessoais.

Escolher uma resposta.

a. Exercícios físicos intensos, tabagismo moderado e alimentação farta.

b. Tabagismo, alimentação balanceada e exercícios físicos.

c. Exercícios pesados, uma alimentação rica em gordura e em açúcar

também.

d. Falta de alimentação balanceada, falta de exercícios físicos regulares e

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o tabagismo.

Questão 10

Quais são alguns cuidados que devemos ter para mantermos nossa

saúde?

Escolher uma resposta.

a. Lavar as mãos após o usar o sanitário e antes das refeições também.

b. Não andar descalço e usar roupas limpas.

c. Todas alternativas estão corretas.

d. Beber sempre água filtrada ou fervida.